Jardins Botanicos Coloniais - nelson Sanjad

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    OS JARDINS BOTNICOSLUSO-BRASILEIROS

    Nelson Sanjad

    Na segunda metade do sculo XVIII, as cincias naturaisassumiram um carter pragmtico e utilitarista na Europa.

    A zoologia, a botnica, a agronomia e a geologia foramcultivadas para a diversificao e o fortalecimento da eco-nomia, particularmente dos setores agrcola e minerador,

    como ferramentas para a administrao colonial e tambm como smbolos doEstado moderno, racional e centralizado. Muitos jardins botnicos foram cons-trudos nesse perodo como espaos destinados para a recolha e o ordenamentode produtos naturais, para a experimentao agrcola, para a sociabilidade daelite e para a educao da populao. Frana, Holanda, Inglaterra, ustria eEspanha so alguns dos pases que instalaram redes de jardins botnicos nos

    seus territrios nacionais e coloniais, articuladas a partir de um estabelecimentocentral, vinculado coroa, e em competio com outros pases pelo nmerode espcies vegetais domesticadas, sobretudo as de interesse econmico, pelodomnio do conhecimento sobre o cultivo dessas espcies, pelo controle derotas comerciais e pelo abastecimento de mercados consumidores.O governo portugus comeou a estruturar uma rede para o cultivo deespcies vegetais a partir da dcada de 1760, quando foi criado o JardimBotnico da Ajuda, com o fim explcito de coordenar a coleta e a classifi-cao dos produtos naturais provenientes das colnias (1;2;3;4). Essa ini-ciativa estava vinculada a uma poltica de Estado fortemente influenciadapor princpios fisiocrticos, e que tambm foi responsvel pela reformado ensino universitrio, pela organizao de expedies e pela criao deacademias e de instituies cientficas (5;6;7;8;9). Nesse contexto, colees

    de produtos naturais e informaes geogrficas, expressas em mapas, dese-nhos, roteiros, relaes e memrias, ganharam importncia estratgica parao conhecimento e gesto do territrio (10).Na dcada de 1790, D. Rodrigo de Souza Coutinho, ministro da Marinhae Ultramar do prncipe regente D. Joo, ampliou essa poltica com novasmedidas administrativas. Dentre elas, consta a ordem expedida para vriospontos do imprio, determinando a construo de hortos botnicos. NoBrasil, os governadores do Gro-Par, Maranho, Pernambuco, Bahia, MinasGerais, So Paulo e Gois receberam cartas circulares com essa orientao,mas a maioria teve dificuldades em criar e manter os jardins. Somente D.Francisco de Souza Coutinho, irmo de D. Rodrigo e capito-general doGro-Par e Rio Negro, teve xito na execuo da ordem (11).Em 1798, o horto paraense j estava funcionando, junto ao antigo Hos-

    pcio dos Capuchos de N. S. da Piedade, transformado em quartel doRegimento da Infantaria aps a expulso das ordens missionrias. Instaladocom 12 mil metros quadrados, o espao recebeu mudas de vegetais nativose exticos, estes contrabandeados de Caiena, alm de rvores produtorasde madeiras utilizadas na construo civil e naval. O comando foi dado,primeiramente, a proprietrios franceses exilados em Belm em razo dasrevoltas de escravos na Guiana. Depois, militares portugueses assumiram adireo do horto. A mo-de-obra era formada, basicamente, por degreda-dos (aprisionados no quartel ao lado) e por escravos nacionais (1;12;13).

    Ao incentivar a produo de mudas de espcies nativas no jardim botnicD. Francisco pretendia criar a base para a futura transformao da econmia amaznica, ento sustentada pelo extrativismo das drogas do serto

    A domesticao dessas plantas, cujas expedies de coleta eram cada vmais dispendiosas, se consorciada ao cultivo de espcies exticas com alvalor comercial, como o cravo e a canela, poderia trazer ganhos de prodtividade a um custo relativamente baixo. Essa descoberta do governadfoi devidamente reconhecida por D. Rodrigo, que fez do jardim paraensemodelo a ser seguido pelas demais capitanias. Simultaneamente, o ministdeterminou a ampliao das plantaes, de modo que o jardim pudesfornecer mudas e sementes para outros pontos do imprio.Entre 1798 e 1802, novas cartas foram expedidas para So Paulo, SalvadoGois, Olinda, So Lus e Vila Rica, dessa vez ordenando a instalao de jadins similares ao do Par, considerado, ento, um horto econmico e muiprodutivo. Era frequente a distribuio do catlogo das plantas j cultivadem Belm e tambm de mudas e sementes. Por exemplo, em 1801 e 180inmeras remessas foram feitas ao governador do Maranho. Nesse mesmperodo, houve tentativas de instalar um horto em Gois e outro em Salvad

    Dois mapas das plantas existentes no jardim botnico paraense, datadde 1800, caracterizam a coleo ali reunida e como o cultivo era organizdo. Ambos os mapas so divididos em duas sees: Dentro do cercadoMadeiras de construo e mais fruteiras fora do cercado. As plantas senumeradas em ordem alfabtica, pelo nome vulgar. A primeira seo renia 82 espcies nativas e exticas, no total de 2.354 ps. Desse montantdestacam-se 546 bananeiras, 300 ps de cana-de-acar da terra, 300 dcana-de-acar da ndia, 125 de caneleiras e 50 ps de anil manso. Dentas preciosidades vindas de Caiena, constam abrics, frutas-po, abacateire cravos da ndia. Outras espcies exticas tm a sua provenincia anotadcomo a quina de Suriname, os jasmins do Cabo da Boa Esperana,

    jasmins da Itlia, as goiabeiras do Mato Grosso e as jacas da Bahia. Ao ladas exticas, aparecem as plantas nativas da Amaznia, como a baunilha

    cacau, a casca preciosa, a copaibeira, o cravo da terra, a seringueira e muitoutros vegetais conhecidos pelos usos na farmcia, alimentao, construe indstria. Na segunda seo, a grande maioria das 58 espcies (451 p nativa e fornecedora de madeira. Provavelmente foram plantadas fodo cercado pelo tamanho que as rvores iriam adquirir. No total, o jardipossua 2.805 plantas de 140 espcies diferentes (2;12).O complexo agrcola de Belm era to promissor que, a partir de 1804, umgrande reforma foi realizada na cidade. Um extenso pntano foi aterradmelhorando a salubridade urbana e ampliando sobremaneira a rea destinda ao cultivo de especiarias. Nesse mesmo local foram criados o Jardim dCaneleiras, um passeio pblico e um jardim de recreio ornado com fonteplantas teis farmcia. A concluso dessa reforma coincide com a transfrncia da corte portuguesa para o Rio de Janeiro, em 1808, e com a conquis

    da Guiana Francesa por tropas luso-brasileiras e mercenrios ingleses, um andepois. Com a Guiana nas mos dos portugueses, o intercmbio de vegetaem territrio luso-brasileiro viria a ser plenamente realizado por meio transferncia da coleo de plantas exticas que a Frana havia reunido, pmeiramente para Belm e depois para o Rio de Janeiro e Olinda.Havia, na regio de Caiena, um famoso complexo agrcola mantido pecoroa francesa, formado pela Habitation Royale des piceries, mais conhcida como La Gabriele, pela Habitation de Mont-Baduel, pela HabitatioTilsit e pela Fbrica de Madeiras de Nancibo. Essas propriedades torn

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    ram-se os principais exemplos de estabelecimentos coloniais na Guiana, emextenso, produtividade e nmero de escravos. A posse de La Gabriele, seno representou motivo preponderante para a invaso da Guiana pelas tro-pas luso-brasileiras, certamente estaria entre os maiores benefcios a seremobtidos pelos portugueses com a anexao de uma colnia to conturbada.

    Alm de ser uma das principais fontes de renda da colnia, La Gabrielereunia todas as espcies vegetais almejadas pelos portugueses.Em abril de 1809, D. Rodrigo mandou o governador do Gro-Par pro-videnciar o transporte, de Caiena para Belm e para outros domnios, damaior quantidade possvel de todas as rvores de especiaria. Juntamentecom elas, deveriam seguir hbeis jardineiros, desde que no fossem con-taminados da ideologia liberal. No mesmo ms, nova ordem determinavaa transferncia das plantas do jardim paraense para o Rio de Janeiro, lem-brando que a procura de todo o gnero de culturas era o ponto maisessencial para o Brasil naquele momento (2;12).

    A primeira remessa foi realizada no final de 1809, para Belm. Foi o admi-nistrador de La Gabriele, Joseph Martin, quem assinou a lista de plantase as instrues para o plantio. Nesse lote foram enviados, dentre outras, a

    noz-moscada, caneleiras, carambolas, a rvore do po dOtaiti, a morin-gueira, o cravo da ndia, a groselheira da ndia, a pimenteira, o bilimbi,a bananeira dOtaiti, o sapoti, a nogueira de Bancoul e, pela primeira vezintroduzida no Brasil, a cana dOtaiti, que passou a ser conhecida comocana caiena ou caiana. No total, 82 espcies foram embarcadas em seiscaixas (14). Para garantir a sobrevivncia das plantas, o governador doPar apelou aos moradores vizinhos ao jardim botnico de Belm para queajudassem no trabalho de aclimatao, e determinou uma guarda especialpara fiscalizar os cercados construdos para esse fim.No Rio de Janeiro, a conquista da Guiana significou a oportunidade certapara D. Rodrigo retomar seus antigos planos. Ainda em 1809, uma deci-so rgia havia autorizado a concesso de prmios e outras vantagens spessoas que fizessem aclimatar especiarias da ndia ou iniciassem o cultivo

    de vegetais teis, deciso ampliada no ano seguinte para a iseno totalde dzimos e taxas alfandegrias. Ao mesmo tempo, cumpria organizaros jardins botnicos nas demais capitanias do Brasil para que o imprioportugus tirasse o mximo proveito de La Gabriele. A Impresso Rgiapublica, ento, o Discurso sobre a utilidade da instituio de jardins nasprincipais provncias do Brasil, de Manuel Arruda da Cmara, no qualprope a criao de hortos para o cultivo de espcies nativas e exticas (15).Com uma conjuntura favorvel e o interesse das autoridades, providnciasforam tomadas pelo governo para garantir o sucesso da transferncia das plan-tas. No Rio de Janeiro, a Fazenda da Lagoa Rodrigo de Freitas, onde havia sidoinstalada uma fbrica de plvora, foi o local escolhido por D. Rodrigo paracentralizar os experimentos agrcolas com espcies exticas. Em 1809, muitasplantas foram introduzidas ali, contrabandeadas da Ilha de Frana (atual Ilhas

    Maurcio) por Luiz de Abreu. A partir de 1810, as remessas enviadas de Caienae Belm tambm tiveram como destino o horto botnico que ali se criou, e quedaria origem ao atual Jardim Botnico do Rio de Janeiro (16).Em Olinda, um horto botnico tambm foi criado para receber as plan-tas de La Gabriele, assim como servir de entreposto para as remessas quesaiam de Caiena e de Belm para o Rio de Janeiro. Em 1810, Manuel

    Arruda da Cmara, o autor do Discurso sobre a utilidade da instituiodos jardins..., foi nomeado diretor do jardim pernambucano, mas nopde assumir em virtude de seu falecimento. Em ofcio de abril de 1811,

    o intendente geral de Caiena, Joo Severiano Maciel da Costa, defendeujunto ao ministro dos negcios do interior a necessidade de um hortobotnico em Pernambuco, para onde vinha enviando muitas plantas. Em

    julho do mesmo ano, D. Rodrigo respondeu a Maciel da Costa louvandosua iniciativa e informando que as plantas que chegaram corte foram logoenviadas para o estabelecimento da Lagoa de Freitas. D. Rodrigo tambmelogiou o jardineiro que acompanhou a remessa, tienne-Paul Germain, aquem prometeu muitas recompensas. No Rio de Janeiro, Germain recebeua incumbncia de elaborar uma memria sobre a agricultura no Brasil eum projeto para a instalao de um curso de botnica e qumica. Logo emseguida, foi nomeado para dirigir o horto de Olinda (2;12).Era inteno de D. Rodrigo atrair ao Brasil hbeis cultivadores e homensindustriosos. Para isso, Maciel da Costa fez intensa propaganda em Caienado governo portugus, garantindo aos moradores da cidade liberdade deculto, convencendo-os da benevolncia do prncipe regente e mandandoimprimir e distribuir obras que atacavam o governo francs. Germain eraum desses industriosos que receberam atestado de idoneidade. Na passagempor Pernambuco, ainda em 1811, escolheu o local e deixou uma relao

    dos vegetais plantados no novo horto. Eram mudas e sementes de cravo dandia, noz moscada, fruta do conde, carambola, sapotizeiro, jalapa e outrastantas. Quando retornou como diretor, em 1812, encontrou muitas plantas

    j aclimatadas e outras introduzidas pelo padre Joo Ribeiro Pessoa de MelloMontenegro, encarregado provisoriamente do jardim. Em 1816, uma novaLista das plantas que existem presentemente no Real Jardim de Plantas emOlinda foi apresentada ao governador por Germain. Nela constam 37 varie-dades de plantas em 2.541 ps, a grande maioria transportada de Caiena.Germain ficou no cargo at o seu falecimento, em 1817 (2;12).Instalado o horto de Olinda, consolidou-se a rota de transplantao, noraro acontecendo de remessas de plantas serem enviadas do Par paraCaiena, e da para o sul; ou do Rio de Janeiro para Pernambuco (2;11).Maciel da Costa foi uma figura chave na concretizao da rede de jardins

    luso-brasileiros. Nos balanos e relatrios que enviou para a corte, fez deta-lhadas descries sobre La Gabriele e demonstrou como os portuguesespoderiam lucrar com o jardim, inclusive financeiramente. A administraodo complexo agrrio da Guiana era uma de suas preocupaes centrais,motivo pelo qual concentrou a comercializao de especiarias nas mos dogoverno e instituiu rgidas medidas disciplinares para as pessoas envolvidascom o cultivo e a exportao dos produtos.O empenho de Maciel da Costa nos revela o quanto era valorizada a cul-tura de especiarias. Os meticulosos inventrios realizados no jardim deCaiena e nos demais hortos funcionavam no apenas como relaes deespcies vegetais conquistadas natureza e aos pases considerados concor-rentes, mas como valiosos bens cujo preo era cotado internacionalmente.

    A importncia dessas plantas pode ser comprovada nas crises monetrias,

    quando muitas delas eram utilizadas na Guiana Francesa, segundo Macielda Costa, como moeda corrente para pagamentos, principalmente o cravoda ndia, a noz-moscada e a canela.

    As melhores safras de La Gabriele ocorreram em 1812 e em 1814. Em 1815,a fazenda deu prejuzo. A maior parte da produo seguia para a Inglaterra,os Estados Unidos e o Par, de onde era re-exportada. Alm da exportao,Maciel da Costa tambm destinou as especiarias corte. Por exemplo, em abrilde 1811, enviou ao Rio de Janeiro nove caixas com cravo, canela, pimenta eamostras da pimenta branca, pedindo que o informassem do gasto anual da

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    casa real. Tambm enviou doces, mveis, produtos de histria natural e peque-nos presentes feitos com asas de insetos. Por sugesto de D. Rodrigo, recebeuem Caiena, enviados do Par, alguns rapazes hbeis e com talentos, os quaisforam entregues a Martin para que aprendessem o cultivo de plantas (2;12).Maciel da Costa pode ser considerado um dos mais ativos incentivadoresdo cultivo de especiarias, exemplo do empenho com que as autoridadesportuguesas buscaram difundir novas culturas na Colnia e, sem dvi-da, um elemento fundamental para o bem sucedido intercmbio entre osquatro jardins mencionados. Em novembro de 1817, aps a assinatura daConveno de Paris, Maciel da Costa deixou Caiena em direo ao Rio de

    Janeiro, levando consigo mais uma remessa de plantas. Em maio do anoseguinte, D. Joo VI decretou a ampliao do horto fluminense, a mudan-a do nome para Real Jardim Botnico (anexo ao Museu Real) e nomeouMaciel da Costa para dirigir as plantaes de cravo e outras especiarias.

    A partir dessa data, o intercmbio entre os jardins foi reduzido em razo demudanas polticas na corte, que levaram, inclusive, perda de interesse dogoverno central pelos jardins de Belm e de Olinda. O primeiro sobreviveriaat a dcada de 1870, mantido pelo governo provincial, mas com outra con-

    figurao. O segundo foi extinto na dcada de 1840. Ambos, contudo, foramresponsveis pela introduo, aclimatao e disseminao de muitas espciesvegetais pelo pas, incluindo algumas que, mais tarde, teriam importncia eco-nmica, como a cana caiana. Por outro lado, contriburam para a transforma-o de hbitos culturais da populao, principalmente a alimentao (2;17;18).Do ponto de vista local, os jardins instalados em Belm, em Olinda e noRio de Janeiro tornaram-se marcos urbanos para os habitantes dessas cida-des, assim como importantes espaos de sociabilidade. No caso de Belm, aconstruo do jardim deu ensejo para uma reforma urbana que permitiu ainteriorizao da cidade. Embora hoje no existam vestgios de sua existncia,soterrada pelas camadas do tempo, o jardim e seus anexos traaram os princi-pais eixos de crescimento urbano do sculo XIX. No caso do Rio de Janeiro,a instalao do jardim em local afastado do centro precedeu a prpria cidade,

    dando forma e vida a uma extensa rea da antiga capital do pas.A rede formada por esses jardins, apesar de breve, constituiu uma das pou-cas iniciativas da coroa lusitana para institucionalizar a pesquisa cientficano espao ultramarino, conforme a poltica agrarista do final do sculo

    XVIII. Essa rede demonstra no apenas uma notvel capacidade de arti-culao no governo portugus, primeiramente a partir de Lisboa e depoisdo Rio de Janeiro, como tambm a maneira pragmtica pela qual as cin-cias naturais foram arregimentadas em benefcio do imprio. Ao longodo sculo XIX, mesmo aps serem extintas as motivaes que lhe deramorigem, ela permaneceu como referncia para outros jardins criados noBrasil, como o de Salvador, o de So Paulo e o de Vila Rica (11).

    Nelson Sanjad graduado em comunicao social, doutor em histria da cincia, coordenador de

    comunicao e extenso do Museu Paraense Emlio Goeldi. Email:[email protected].

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