JANARA CUSTÓDIO DOS SANTOS...do método scan não houve alteração no tempo de consumo de água...

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1 CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA JANARA CUSTÓDIO DOS SANTOS AVALIAÇÃO DE PRODUÇÃO DE LEITE E COMPORTAMENTO ANIMAL DE BOVINOS SUBMETIDOS A DIFERENTE HIGIENIZAÇÃO DO BEBEDOURO GAMA, DF 2019

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    CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

    JANARA CUSTÓDIO DOS SANTOS

    AVALIAÇÃO DE PRODUÇÃO DE LEITE E COMPORTAMENTO ANIMAL DE

    BOVINOS SUBMETIDOS A DIFERENTE HIGIENIZAÇÃO DO BEBEDOURO

    GAMA, DF

    2019

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    JANARA CUSTÓDIO DOS SANTOS

    AVALIAÇÃO DE PRODUÇÃO DE LEITE E COMPORTAMENTO ANIMAL

    DE BOVINOS SUBMETIDOS A DIFERENTE HIGIENIZAÇÃO DO

    BEBEDOURO

    Trabalho de conclusão de curso para

    avaliação no componente curricular TCC II

    do curso de Medicina Veterinária do Centro

    Universitário do Planalto Central Apparecido

    dos Santos, na área de medicina veterinária.

    Orientadora: Profª MSc Carolina Mota

    Carvalho.

    GAMA, DF

    2019

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    LISTA DE FIGURAS

    Figura 1 - Bebedouro de água antes da limpeza .................................................... 6

    Figura 2 - Bebedouro de água após a limpeza ...................................................... 6

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    LISTA DE TABELAS

    Tabela 1 - Dados do experimento em etograma no método focal .......................... 15

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    LISTA DE GRÁFICOS

    Gráfico 1 -

    Produção média em litros de leite das vacas no etograma focal ......... 13

    Gráfico 2 -

    Média do consumo de água em minutos das vacas no etograma

    focal com cocho sujo e cocho limpo ..................................................

    14

    Gráfico 3-

    Média do mês da produção leiteira em litros das vacas no etograma

    focal com o cocho sujo e cocho limpo ...............................................

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    SUMÁRIO

    1. INTRODUÇÃO .................................................................................................. 1

    2. MATERIAL E MÉTODOS .............................................................................. 5

    3. RESULTADOS E DISCUSSÃO ....................................................................... 6

    4. CONCLUSÕES ................................................................................................ 11

    REFERÊNCIAS ................................................................................................... 12

    APÊNDICE A ....................................................................................................... 15

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    AVALIAÇÃO DE PRODUÇÃO DE LEITE E COMPORTAMENTO ANIMAL

    DE BOVINOS SUBMETIDOS A DIFERENTE HIGIENIZAÇÃO DO

    BEBEDOURO

    EVALUATION OF LACTEA PRODUCTION AND ANIMAL BEHAVIOR OF

    CATTLE SUBMITTED TO DIFFERENT HYGIENIZATION OF FOUNTAIN

    Janara Custódio Dos SANTOS ¹, Carolina Mota CARVALHO ²,

    1 - Graduanda do curso de medicina veterinária no Centro Universitário do Planalto

    Central Apparecido dos Santos – UNICEPLAC

    2 - Professora titular do Departamento de Grandes animais da Medicina Veterinária

    do Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos - UNICEPLAC.

    RESUMO

    Devido à importância, crescimento e rendimento que a atividade pecuária leiteira

    trem trago nas últimas décadas para o país, para o melhoramento e aperfeiçoamento

    dessa produção, estudos e experimentos vem acontecendo cada vez mais para que se

    tenham animais produtivos em situações de conforto e bem estar, com isso trazendo um

    acréscimo monetário ao produto final. O presente trabalho foi realizado em uma fazenda

    no Município de Luziânia – GO, com animais leiteiros da raça Girolando de variada

    composição racial, nos meses de fevereiro e março. Teve como objetivo avaliar se a

    temperatura do ambiente e o tempo de ingestão de água dos indivíduos com o

    bebedouro sujo e bebedouro limpo alterariam tempo de consumo hídrico, produção

    láctea e o comportamento desses animais, pois vacas em lactação que passam por

    estresse térmico tem uma diminuição na ingestão de alimentos, queda na produção

    leiteira, alteração em parâmetros fisiológicos e alguns outros malefícios. Para essa

    avalição usou a metodologia de dois estilos de etograma, Focal e Scan. O experimento

    contava com trinta e seis animais no método scan, e cinco no focal. Na análise de dados

    do método scan não houve alteração no tempo de consumo de água dos animais por ser

    um n baixo e assim não gerou diferença estatística, além da adaptabilidade e alta

    tolerância ao calor, não entrando na condição de estresse térmico desses animais. Na

    avaliação de dados do método focal houve uma diferença de 8,10% no consumo de água

    após a limpeza do bebedouro, com uma de aumento médio de 8,3 litros de leite. Com a

    não manutenção da limpeza do bebedouro houve uma queda de 12% na produção de

    leite. Com base nos dados obtidos conclui-se que a qualidade da água ofertada a

    bovinos leiteiros influencia diretamente na sua produção láctea. Ressaltando a

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    importância da limpeza dos bebedouros de água que será fornecida aos ruminantes

    devido a sua importância na produção animal e reflexo direto nos ganhos econômicos.

    Palavras-chave: produção animal, estresse térmico, etograma.

    ABSTRACT

    Due to the importance, growth and yield that the dairy cattle train has brought

    in the last decades to the country, for the improvement and improvement of this

    production, studies and experiments has been happening more and more to produce

    productive animals in situations of comfort and well being , also bringing a monetary

    increase to the final product. The present work was carried out in a farm in the

    Municipality of Luziânia - GO, with dairy animals of the Girolando breed of varied

    racial composition, in the months of February and March. The objective was to evaluate

    if the temperature of the environment and the time of water intake of the individuals

    with the dirty drinker and clean drinker would alter time of water consumption, milk

    production and the behavior of these animals, since lactating cows undergoing thermal

    stress have a decrease in food intake, decrease in milk production, changes in

    physiological parameters and some other maladies. For this evaluation he used the

    methodology of two styles of etogram, Focal and Scan. The experiment had thirty-six

    animals in the scan method, and five in the focal. In the data analysis of the scan method

    there was no change in the water consumption time of the animals because it was a low

    n and thus did not generate statistical difference, besides adaptability and high heat

    tolerance, not entering the condition of thermal stress of these animals. In the evaluation

    of the focal method data, there was a difference of 8.10% in the water consumption after

    the drinker cleaning, with an average increase of 8.3 liters of milk. With the

    maintenance of the cleanliness of the drinker there was a 12% drop in milk production.

    Based on the data obtained it is concluded that the water quality offered to dairy cattle

    directly influences its milk production. Emphasizing the importance of cleaning water

    fountains that will be supplied to ruminants due to their importance in animal

    production and direct reflection on economic gains.

    Key words: animal production, animal comfort, termal stress.

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    1. INTRODUÇÃO

    A pecuária leiteira é uma atividade econômica disseminada por todo o país.

    Observa-se variação no manejo e nos tipos de sistemas de produção de região para

    região. É uma atividade econômica que gera emprego, renda, e tributos para o país

    (LOPES et al., 2007).

    Nas últimas décadas, a produção mundial de leite teve aumento de mais de 50%,

    chegando a valores significativos. Estima-se que aproximadamente 150 milhões de

    famílias estão de algum modo relacionado com a pecuária leiteira, sendo que desses

    lares, sua grande maioria vem de pequenos produtores (JUNG e JÚNIOR, 2016).

    Além da importância na economia, também é importante na geração de

    empregos, já que o ramo do agronegócio é responsável por ocupar 40% do trabalho no

    meio rural. O aumento da demanda final do produto em 1 milhão de reais gera 195

    empregos permanentes. Em análises retrospectivas, a produção de leite em 25 anos

    aumentou 150%. Essa alta geração de emprego nesse ramo tem impacto maior que

    outros grandes setores, como por exemplo, o automobilismo, construção civil entre

    outros (CARVALHO et al., 2002).

    O leite está na lista dos seis produtos que mais são importantes na agropecuária

    brasileira, sendo ele o responsável por gerar renda e empregos para a população. O

    Brasil se encontra na posição de 5° maior produtor mundial de leite, e vem crescendo

    cerca de 4% anualmente, representando crescimento maior do que os apresentados por

    países que ocupam os primeiros lugares. O Sul vem revelando aumento na sua produção

    média, mas não sendo o suficiente ainda para desbancar as regiões tradicionais de alta

    produtividade como, por exemplo, São Paulo e Minas Gerais (acima de 25.000 kg/dia)

    (CARVALHO et al., 2002).

    Por anos a região de maior produtividade leiteira era a região Sudeste,

    entretanto, com o passar dos anos e a ingressão de outras regiões, ela foi perdendo seu

    posto de maior produção, dando espaço para a região Norte, Centro-Oeste e Sul. O

    Nordeste manteve sua contribuição regular, sendo responsável por média 13% da

    produção (MAIA et al., 2013).

    Ressaltando também, o valor nutritivo que o leite possui, já que é um alimento

    considerado nobre e natural. Esses adjetivos foram dados por sua composição rica em

    proteína, gordura, carboidrato, minerais, e devido ao fato de que alguns mamíferos a

    imunização de seus recém-nascidos são feitos por meio do consumo de leite (MÜLLER,

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    2002). O leite, também é uma importante fonte de vitaminas lipossolúveis (A, D, E e

    K), assim como em vitaminas hidrossolúveis (B1, B2, B6, B12, ácido pantotênico e

    niacina).

    No Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem

    Animal – RIISPOA “leite é o produto oriundo da ordenha completa, ininterrupta, em

    condições de higiene, de vacas sadias, bem alimentadas e descansadas. Assim, fatores

    como: espécie, raça, indivíduo, idade da vaca, estágio da lactação, alimentação, estações

    do ano, estado de saúde da vaca, dentre outros, afetam a composição do leite”

    (BRASIL, 2017). Para o produto ser considerado leite, este deve apresentar as

    características físico-químicas que são estabelecidas pelo RIISPOA. A adoção das

    normativas e dos padrões estabelecidos por esse decreto haverá a possibilidade de se

    obter produto final seguro (BRASIL, 2017).

    Apesar de o Brasil de modo geral ser um bom produtor de leite e com isso trazer

    todos os benefícios econômicos e sociais, pode-se observar algumas falhas no quesito

    manejo e bem-estar desses animais. O bem-estar animal começou a se tornar um

    importante parâmetro em meados da década de 1960, tendo iniciativa com o livro

    “Animal Machines” (HARRISON, 1964), com isso, um leque de oportunidades e

    estudos se abriu para esse ramo. Quanto mais o bem-estar era estudado mais a sociedade

    passou a ter consciência e conhecimento de tal ato na produção animal, exigindo cada

    vez mais uma produção humanitária. E com isso, produtos advindos de sistemas que

    são totalmente adeptos ao bem-estar acrescenta-se um valor monetário nesse produto

    (BOND et al., 2012).

    Até os dias atuais o conceito de bem-estar não está muito bem definido devido a

    complexidade do assunto e a divergência entre os profissionais e atuantes da área. Para

    Hughes (1982), o bem-estar corresponde a um estado onde o animal está em harmonia

    com a natureza ou com o seu ambiente. Já para Broom (1986), o bem-estar é definido

    como o estado do animal frente às suas tentativas de se adaptar ao ambiente em que se

    encontra, podendo ser subdivido em alguns níveis de acordo com a capacidade do

    indivíduo de se moldar à aquela divergência ou obstáculo, exigindo mais ou menos de

    seus esforços e obstáculos. Ou seja, se um indivíduo precisa de muito para se readaptar

    aquela condição, considera-se que está em um grau baixo de bem-estar ou um bem-estar

    pobre. É considerado que situações que possam ser prejudiciais aos animais tem fatores

    extrínsecos que estão além da capacidade do animal para lidar com aquilo, como por

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    exemplo pisos abrasivos que sem o correto manejo levarão a problemas de cascos;

    também podendo ser intrínsecos como os sentimentos de frustração, tédio entre outros

    (MANTECA et al, 2013).

    Com isso, Broom e Johnson (1993) apresentaram três pontos a respeito: I) o bem-

    estar é algo particular do animal, não algo que o homem possa fornecer; II) o bem-estar

    pode variar entre bom e ruim; III) o bem-estar pode ser medido cientificamente. Para

    saber de forma cientifica essa medição do bem-estar, foi necessário o desenvolvimento

    de técnicas diagnosticas, sendo elas a condição fisiológica, comportamental e condição

    ambiental. A forma fisiológica de avaliação tem alto grau de importância pois permite

    quase de imediato notar o nível de bem-estar que o animal se encontra. Alguns estudos

    avaliaram frequência cardíaca e respiratória de bovinos leiteiros, outros a quantidade de

    cortisol encontrado nas fezes dos animais submetidos a situações de stress, usando a

    fisiologia como parâmetro e tendo assim resultados instantâneos a respeito do conforto;

    tendo apenas o seu lado negativo de não ser totalmente acessível e de fácil coleta e

    manejo a campo (BOND et al., 2012).

    No quesito bem-estar satisfatório (bom) ou pobre (ruim), também há métodos de

    avaliação. Para o pobre observa-se em dois aspectos: o indivíduo e se ele foi capaz de

    lidar com o ambiente e o esforço envolvido e dimensão da tentativa para se adaptar.

    Comportamentos anormais excessivos, falta de resposta e inatividade também são

    indicadores de bem-estar pobre. Lembrando sempre de observar separadamente cada

    animal, pois se sinais de desconforto começam a ser notados devem ser trabalhados

    especificadamente (BROOM, 1986).

    Para as observações do comportamento e bem estar dos indivíduos, há alguns

    métodos. O etograma é um método de listar unidades comportamentais de alguma

    espécie, acompanhado de suas respectivas ações. Com essas observações facilmente

    definiremos um padrão de comportamento, postura e de movimentos corporais. Depois

    de repetidas observações realizadas em estudos, possibilita tomadas de decisão sobre

    que posturas e movimentos constituiriam as unidades básicas do comportamento. Para o

    registro desse comportamento têm-se disponíveis alguns recursos como filmagens,

    descrição verbal e planilha de registro. Sendo essa última a mais utilizada, pois os itens

    comportamentais são transcritos em uma planilha de papel e, à medida que ocorrem, são

    registrados (YAMAMOTO E VOLPATO, 2007).

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    Para a realização dessas análises, deve-se escolher o método de amostragem dos

    dados. Dentro as opções existentes desses métodos, a amostragem do animal focal

    consiste em escolher um individuo dentre o agrupamento de forma aleatória (ou não), o

    qual servirá de foco da análise por um determinado tempo. Sendo registrado sua

    atividade de forma individual. Um método de avaliação aonde consegue abranger todo o

    agrupamento e sua atividade é a forma de amostragem por escaneamento. Consiste em

    determinar um número de intervalos regulares de tempo dentro de um período, ao final

    de cada intervalo as atividades comportamentais do grupo à vista são instantaneamente

    registradas (O‟DROBINAK E WOODS, 2002).

    Além da observação do comportamento e ambiente físico que o animal se encontra

    para mensurar bem-estar, a questão climática influência de forma direta e de grande

    peso no conforto desses animais. Bovinos leiteiros que passam por estresse térmico

    diminui a capacidade produtiva e reprodutiva, pois o acionamento de termorreguladores

    afeta diretamente esses dois aspectos. Assim como classifica-se bem-estar, há

    classificação para estresse térmico: brando, intermediário e severo. Deve-se ficar atento

    para saber distinguir queda de produção e reprodução por fatores climáticos de diversos

    fatores (RODRIGUES et al., 2010).

    Por isso dentro da cadeia produtiva leiteira destaca-se o uso de manejo e

    instalações que busquem sempre a temperatura mais agradável à esses animais, pois em

    estudos (NÄÄS; ARCARO, 2001; SILVA et al., 2002) foi comprovado que animais

    que passam por melhorias nos ambientes como ventiladores, aspersores, chuveiro em

    sala de espera entre outros, há uma resposta positiva dentro da produção, reprodução e

    bem-estar pois os indivíduos se encontram em termo neutralidade.

    Esse experimento tem como objetivo avaliar se a higienização dos bebedouros e a

    temperatura do ambiente influenciam no tempo de ingestão hídrica dos animais

    refletindo no quesito comportamento animal e estresse térmico, e se esses parâmetros

    repercutem na produção láctea desses animais.

    2. MATERIAL E MÉTODOS

    O experimento foi realizado em uma fazenda comercial na cidade de Luziânia,

    localizada na região leste do Estado de Goiás, durante os meses de fevereiro e março de

    2019. Foram utilizadas um total de 36 vacas da raça Girolando de variada composições

    genéticas e curvas de lactação divididas em três lotes de acordo com a média de

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    produção. O primeiro lote conta com um total de dez animais com média de 20 kg/dia.

    O segundo lote com seis animais de média 13 kg/dia e o terceiro lote com quinze

    animais média 21 kg/dia. Esses animais foram observados por etograma no método scan

    por 40 minutos no período da manhã e tarde pós ordenha, avaliando de 10 em 10

    minutos a atividade de forma individual de cada animal (ócio, água, ruminar, comida)

    durante 4 semanas no bebedouro sujo (Figura 1) e 4 semanas no bebedouro limpo

    (Figura 2). Sendo as observações feitas uma vez na semana, em um período de 4h00 da

    manhã às 19h00 da noite. Os dois primeiros lotes retornavam para um piquete onde era

    servido o concentrado pós ordenha, e o terceiro lote voltava para um pasto, pois recebia

    o concentrado antes da ordenha. A partir desses animais, foram selecionados mais cinco

    animais, sendo três animais com média para alta produção, e dois deles sendo média

    para baixa produção. O etograma desses indivíduos foi o método focal, sendo

    cronometrado o tempo de cada ação, no mesmo período que os animais do método scan.

    Essas observações foram realizadas por duas avaliadoras, sendo cada uma

    responsável por um método (Scan e Focal). Para avaliar os parâmetros de temperatura

    foi usado um termômetro para avicultura já que sua precisão era mais exata. Os

    bebedouros foram higienizados tirando toda a água que havia nele e esfregando-o com

    vassouras e escovas até retirar toda a sujidade, logo após era enchido novamente com

    água limpa pelo sistema de bomba do próprio bebedouro.

    Figura 1: Bebedouro de água antes da limpeza

    Fonte: Arquivo pessoal

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    Figura 2. Bebedouro de água após a limpeza

    Fonte: Arquivo pessoal

    3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

    Na avaliação de dados do método scan por ser um n baixo e por não ter diferença

    na ingestão hídrica dos animais com o cocho limpo ou sujo, não foi possível gerar

    gráficos ou tabelas, pois estatisticamente (P > 0,05) não houve alteração do tempo de

    consumo. Possivelmente se o n aumentasse haveria diferenças estatísticas, pois

    visualmente notou-se variações no tempo de ingestão de água dos animais.

    Na avaliação de atividades exercidas pelos animais nas temperaturas mais quente

    (36,4ºC) do dia e a mais amena (20,3ºC) do período total do experimento, não houve

    alteração de comportamento, os animais mantinham uma ingestão contínua de sólidos.

    Já analisando e comparando os dados entre os lotes, notou-se que o terceiro lote que era

    o único que voltava para o pasto de Panicum maximum (cv. Mombaça) imediatamente

    pós ordenha, tem o menor tempo de consumo de água de todos os lotes. Isso pode se dar

    pelo fato de o cocho ficar distante de onde os animais pastavam, já que nos outros dois

    lotes o cocho de água ficava dentro do piquete onde as vacas permaneciam por média de

    40 – 45 minutos pós ordenha, sendo de mais fácil acesso por ser mais próximo.

    Com os dados dos animais da observação comportamental pelo método focal,

    houve um aumento de tempo na ingestão hídrica após lavagem do bebedouro, tendo

    também um aumento da produção láctea desses animais em 8,10% sendo uma média de

    aumento de 8 litros de leite.

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    Para Vieira (2003) animais que possuem uma tolerância ao calor são animais mais

    adaptados ao ambiente que se encontram, e isso varia de acordo com a espécie e raça. E

    os indivíduos que possuem a característica elevada dessa tolerância, são animais que

    tem uma melhor resposta termorregulatória, e isso facilita o equilíbrio homeotérmico, e

    completando essa linha de raciocínio, para Silva (2000) o animal tolerante ao calor é

    aquele que possui a capacidade de manter a temperatura corpórea sob temperatura

    ambiente elevada, apresentando ainda os processos fisiológicos e produtivos normais.

    Com essas definições e os dados apresentados frente a não diferença de ingestão de

    água dos animais do etograma método scan do experimento com a limpeza do cocho,

    pode-se dizer que são animais tolerantes ao calor, que possuem alta adaptabilidade ao

    clima e temperatura, por isso não entram na condição de estresse térmico. Pois de

    acordo com Rossarolla (2007), vacas em lactação que passam por estresse térmico

    diminuem pastejo e o exercício, preferindo pastar à noite e buscando sombra e ingestão

    de água durante o dia. Apresentando também aumento da frequência respiratória,

    redução na ingestão de alimentos e aumento na ingestão de água. Como não houve

    nenhuma das alterações citadas que caracterizam o estresse térmico desses animais, e

    principalmente não houve aumento de ingestão de água e mudança alimentar isso sugere

    a adaptabilidade e alta tolerância ao calor desses indivíduos.

    Como no comparativo de atividade exercida no dia mais quente e mais frio do

    experimento não houve alteração de comportamento dos animais, afirma-se que são

    animais que possuem uma zona de conforto térmico mais amplo e uma adaptabilidade

    termorregulatória maior, corroborando Silanikove (2000) que observou a

    termorregulação refere-se especificamente à capacidade do animal de manter a

    temperatura corporal estável, sendo uma adaptação que permite aos animais minimizar

    problemas provenientes da variação de temperatura ambiente, e por isso, não alteram o

    estado, parâmetros e atividades com as modificações de temperatura.

    O terceiro lote dos animais do experimento sempre se encontrava a pasto após a

    ordenha, sendo feito o etograma método Scan nesse local. Os cochos de água nesse

    piquete ficavam em média 500 metros de distância de onde os animais pastavam. Sendo

    esse mesmo lote o que ingeriu o menor tempo de água e em muitos dias, não houve

    observação de ingesta durante o período do experimento. Tavares e Benedetti (2010)

    afirmaram que a distância da fonte de água interfere na ingestão hídrica dos bovinos e

    que o dimensionamento e localização correta dos bebedouros atenderão as necessidades

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    dos bovinos criados a pasto. Sendo assim, esse lote possui baixo consumo hídrico

    devido à má localização e dimensionamento do cocho.

    Com os resultados das vacas do etograma método focal, percebeu-se um aumento

    na produção de leite desses animas (Gráfico 1), chegando a uma mudança de 8,10%

    após a lavagem do cocho. Esses mesmos animais, em sua grande maioria, são de alta

    produção, e para Perissinotto (2005) a elevada ingestão de água desses animais pode se

    dar pelo fato dos seus altos níveis produtivos. De acordo com Degaspari e Piekarski

    (1998) bovinos em lactação necessitam de um aumento na ingestão de água diária, de

    acordo com a produção, sendo necessários 4 a 5 L de água para cada litro de leite a ser

    produzido.

    Gráfico 1. Produção média em litros de leite das vacas no etograma focal.

    Fonte: Arquivo pessoal

    Esse aumento no tempo de ingesta (Gráfico 2) também se dá pelo fato da limpeza

    do bebedouro e com isso, oferecimento de água de qualidade, percebe-se a necessidade

    da higienização dos bebedouros para bovinos, pois além de ajudar na produção seja de

    carne ou leite, a limitação de consumo hídrico reduz o desempenho animal, mais rápido

    e drástico do que qualquer outra deficiência de nutrientes, afirma Boyles et al., (1988).

    Além disso, o animal que ingere água de boa qualidade e limpa fazem uma fermentação

    e metabolismo no rúmen de forma normal, mantem o fluxo do alimento no trato

    digestivo, favorece boa digestão e absorção de nutrientes, mantem o volume normal do

    sangue e supre as demandas dos tecidos corporais de acordo com Adams e Sharpe,

    20

    20,5

    21

    21,5

    22

    22,5

    23

    23,5

    24

    24,5

    25

    25,5

    Janeiro fevereiro março abril

  • 18

    (1995). Lardner et al., (2005) afirmou que melhorar a qualidade da água bebida por

    bovinos aumenta a ingestão hídrica e nutrientes, por consequência, resulta em aumento

    no ganho de peso e performance animal, que no caso desse experimento, reflete na

    produção de leite dos indivíduos.

    Gráfico 2. Média do consumo de água em minutos das vacas no etograma focal com o cocho sujo e cocho

    limpo.

    Fonte: Arquivo pessoal

    O gráfico 3 demonstra em dados o que foi dito no parágrafo acima a respeito do

    aumento da produção animal quando ofertado água de boa qualidade, de fácil acesso e

    limpa para os animais, confirmando e comprovando os que os estudiosos afirmam.

    0

    5

    10

    15

    20

    25

    30

    35

    40

    45

    50

    16 152 231 324 357 Total

    Tem

    po

    (e

    m m

    inu

    tos)

    Vacas

    Consumo de água Coho limpo x cocho sujo

    Cocho sujo

    Cocho limpo

  • 19

    Gráfico 3. Média do mês da produção leiteira em litros das vacas no etograma focal com o cocho sujo e

    cocho limpo.

    Fonte: Arquivo pessoal

    Na tabela 1 observou-se o aumento de temo de ingestão que os animais do

    experimento tiveram no tempo de ingestão de água após a limpeza do bebedouro, tendo

    alguns animais um aumento de consumo exorbitante. Também se notou a diferença de

    produção em litros dos animais do método focal em relação à média de leite produzida,

    tendo uma grande variação pós limpeza e uma mesma mudança após a falta de

    manutenção e higiene dos bebedouros, tendo uma redução na produção. Sendo uma

    tabela demonstrando os resultados de forma geral de todo o experimento.

    Tabela 1. Dados do experimento no etograma do método focal

    Vaca

    Tempo de consumo Aumento do

    tempo (em %)

    Produção (em litros) Variação da produção (%)

    Bebedouro sujo

    Bebedouro limpo

    Janeiro Fevereiro Março Abril Jan / Fev

    Fev / Mar

    Mar / Abr

    16 0 7,14 - 20 17,2 20 18,7 -

    14,00% 16,28% -6,50%

    152 2 7,27 263,50% 20,4 22,2 23,4 19 8,82% 5,41% -18,80%

    231 4 4,3 7,50% 27 25,4 27 26,6 -5,93% 6,30% -1,48%

    324 10,09 10 -0,89% 27 26,2 27,2 20 -2,96% 3,82% -26,47%

    357 9 16,03 78,11% 24,2 24,2 26,3 24,3 0,00% 8,68% -7,60%

    Total 25,09 45,14 79,91% 118,6 115,2 123,9 108,6 Fonte: Arquivo pessoal

    115,2

    123,9

    108,6

    100

    105

    110

    115

    120

    125

    130

    Fevereiro (sujo) Março (limpo) Abril (sujo)

    Produção leiteira x limpeza do cocho

  • 20

    Em sua composição o leite possui em média 86 a 88% de água, e essa água passa

    para o leite para manter o equilíbrio osmótico dele com o sangue, sendo que as

    concentrações de lactose e alguns íons mantêm se relativamente constantes,

    determinando o volume produzido, assegura Corrêa et al., (2002). Diante dessas

    informações, percebe-se o porquê dos animais terem aumentado a produção de leite

    após o maior consumo de água, levou a uma maior concentração de água no organismo,

    de circulação na glândula mamária de nutrientes e líquidos, levando a um aumento da

    produção desses animais.

    4. CONCLUSÕES

    Com os resultados obtidos através desse experimento, conclui-se que a

    higienização dos bebedouros influencia no tempo de ingestão de água dos bovinos, e

    com esse aumento no tempo houve uma repercussão positiva na produção de leite dos

    indivíduos. Sendo a temperatura um parâmetro que não interferiu no resultado do

    aumento de tempo do consumo hídrico. A associação dos dois fatores, higienização dos

    bebedouros e temperatura ambiente não alteram comportamento animal, porém a

    higienização de modo individual, sim.

    Ressalta-se a importância do fornecimento de água de boa qualidade e limpa para

    ruminantes para um funcionamento normal de órgãos vitais, demandas teciduais e

    devido seu grande benefício para a produção e desempenho desses animais, sendo uma

    simples higienização de modo fácil e sem custo beneficio o suficiente para trazer tais

    resultados.

  • 21

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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  • 24

    APÊNDICE A

    Modelo etograma Scan

    LOTE 1 (SCAN)

    TEMPO 1 (MANHÃ)

    NÚMERO HORÁRIO ÁGUA COMIDA RUMINAR ÓCIO

    054

    087

    167

    197

    301

    359

    HORÁRIO

    054

    087

    167

    197

    301

    359

    HORÁRIO

    054

    087

    167

    197

    301

    359

    HORÁRIO

    054

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    167

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    301

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    HORÁRIO

    054

    087

    167

    197

    301

    359