Jacobs e Alexander

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  • A crtica ao urbanismo funcionalista

  • A crtica dos anos 60 De incio a crtica terica e a prtica profissional andam defasadas: a crtica exerce-se sobre a urbanstica moderna e seus resultados, sobre as realizaes recm construdas, referenciando e elogiando as cidades antigas. A prtica profissional tenta reinventar e imaginar espaos e formas que tivessem os atributos e as qualidades dos espaos tradicionais, mas as realizaes so limitadas.As crticas conjugam diversos enfoques disciplinares, e s depois vo se concentrara na pesquisa sobre ambientes urbanos que recriassem a variedade e a animao dos bairros antigos.

  • O comportamentalismoSer pelo estudo dos comportamentos que se manifestaro as primeiras crticas contra o urbanismo moderno. Estas crticas partem de uma perspectiva analtica centrada na relao entre os indivduos e o espao.Proposta de um novo enfoque metodolgico: em vez de se partir da construo de modelos, parte-se da perspectiva dos usurios, de como estes participam na interpretao e na configurao dos espaos em que vivem, para em seguida realizar propostas de interveno.Um conjunto de estudos realizados a partir dos supostos efeitos da cidade enquanto espao, sobre o comportamento humano.Nestes estudos o conceito de espao se encontra diludo na noo de meio ambiente.Crtica ao urbanismo moderno funcionalista - A realidade havia sido reduzida situaes tpicas e, os homens, homens-tipo.

  • O ComportamentalismoA concepo de espao do urbanismo progressista e os conceitos chaves tal como zoneamento, estandardizao, multiplicao de espaos verdes, supresso da rua foram objeto de uma anlise profunda do ponto de vista das repercusses sobre o comportamento humano.A indiferenciao espacial surge como fator de monotonia e de tdio.O vazio gratuito fonte de angstia, enquanto que a inexistncia da rua fonte de dissociao e desintegrao mental; a uma forte estruturao da cidade deveria corresponder uma forte estruturao psquica dos habitantes

  • Jane Jacobs

  • Jane Jacobs ( 1916-2006) Jornalista autodidata, colaboradora e mais tarde editora associada da revista Architectural Forum, casada com um arquiteto Death and Life of Great American Cities 1961 ( A morte e vida nas cidades maericanas) A crtica: contra o urbanismo moderno, ou mais precisamente, uma crtica das prticas urbansticas em voga nos Estados Unidos, cujas origens Jacobs identificava nas propostas de Ebenezer Howard e suas cidades-jardins (1898), nas idias contidas na Ville Radieuse (1935) de Le Corbusier e, em menor grau, o movimento City Beautiful (1893) idealizado por Daniel Burnham.

  • Jane Jacobs ( 1916-2006) Crtica ao programa norte-americano de renovao urbana das reas centrais das cidades - destruio de de setores urbanos consolidados, substitudos por megaprojetos de reurbanizao marcada por uma arquitetura burocrtica ou monumental, viadutos, elevados, vias expressas e massas de concreto.

  • A morte e vida nas cidades americanasQue tipos de ruas so seguros e quais no soPorque certos parques so maravilhosos e outros so armadilhas que levam ao vcio, delinqunciaPorque certos cortios continuam sendo cortios e outros se recuperamO que faz um centro urbano deslocar-seO que um bairro

  • A morte e vida nas cidades americanasJacobs defende a pluralidade de usos. A necessidade principal das grandes cidades reside, para Jane Jacobs, na mistura de funes. atravs da integrao de funes que se forma o organismo social e econmico. A rua tradicional e a vida das caladas, os bairros densos, a participao comunitria.Os passeios, vigiados pelos vizinhos e transeuntes formariam espaos de jogos para as crianas melhor adaptados que os espaos verdes e os squares pblicos, propostos pelos modernistas.Para ela o verde pblico, sem controle social, um vazio nocivo no meio dos edifcios; neles que se observa a maior incidncia de delinqncia juvenil.

  • A morte e vida nas cidades americanasOs usos das caladas: segurana, contato, integrando crianas.Os usos dos parques dos bairrosOs usos dos bairrosCondies para a diversidade urbana: a necessidade de usos combinados; a necessidade de quadras curtas; a necessidade de prdios antigos; a necessidade de concentrao

  • A morte e vida nas cidades americanasIdentificar as foras de decadncia e de recuperao: formao e recuperao de cortiosSubveno de moradiasProjetos de revitalizao

  • A morte e vida nas cidades americanasPara que um parque de bairro funcione ele precisa ter 4 elementos:Complexidade: diversidade de usos e de pessoas no entorno do parque, que conferem diversidade de horrios e de propsitos para sua utilizao; envolve tambm riqueza espacial, criada por elementos tais como diferenas de nvel, visuais interessantes, perspectivas variadas, agrupamentos de rvores, etc. Centralidade: a um elemento espacial central ou, mais precisamente, com hierarquia superior aos demais, para atuar como referncia no espao da praa. Insolao: desejado que os parques propiciem tanto boas reas de sombra para o vero como reas ensolaradas para os dias de inverno Delimitao espacial:a noo de que os espaos abertos devem ser conformados pelos edifcios, e no serem simplesmente formados a partir dos resduos deixados pelas configuraes dos espaos fechados.

  • Christopher AlexanderChristopher Alexander (Viena, ustria, 1936) foi educado na Inglaterra. Bacharel em Arquitetura e Mestre em Matemtica pela Universidade de Cambridge. PhD em Arquitetura pela Universidade de Harvard. Em 1958 mudou-se para os EUA. Professor Emrito da Escola de Arquitetura da Universidade da Califrnia, Berkeley. Inspirador do movimento Pattern Language, baseado no livro homnimo, talvez o primeiro completamente escrito em linguagem hipertextual. Projetou e construiu mais de 200 edifcios, em cinco continentes. Fundador do Center for Environmental Structure, em 1967, e do site www.patternlanguage.com.

    " A cidade no uma rvore - The city is not a tree Architectural Forum, vol. 122, n 1, abril de 1965.

  • A cidade no uma rvoreDistino entre cidades "naturais" e cidades "artificiais".As cidades naturais crescem espontaneamente, nelas os diferentes elementos do conjunto interpenetram-se reciprocamente; a populao vive ligada aos diferentes bairros por laos diversos: habitao, trabalho, convvio, relaes sociais e outros.As cidades artificiais so planificadas, compem-se de unidades distintas, segundo o modelo rvore. Esta subdiviso, imposta artificialmente, impe aos habitantes uma disciplina rgida, impedindo a criao dos laos sociais que caracterizam a cidade natural.

  • Cidades Artificiais: Maryland, Greenbelt, Clarence Stein e Columbia,

  • Cidades Artificiais: Greenbelt, Clarence Stein

  • Cidades Artificiais: BrasliaA forma, como um todo, se rebate no eixo central, e cada uma das duas asas servida por uma nica artria principal. Esta artria principal, por sua vez, alimentada por artrias secundrias, paralelas a ela. Por fim, essas artrias secundrias so alimentadas pelas vias que contornam as super-quadras. A estrutura 'em rvore'.O sistema de circulao do setor residencial, em que existe apenas uma via principal, que d acesso a vias intermedirias, que por sua vez do acesso s vias locais. Esse tambm pode ser considerado um tpico sistema em rvore.

  • Christopher Alexander"Todo efeito do meio ambiente sobre o comportamento complexo e envolve influncias sociais e psicolgicas tanto quanto as do meio ambiente fsico".

  • Christopher Alexander: Pattern Language Padres de projeto podem ser vistos como uma soluo que j foi testada para um problema.Um padro de projeto geralmente descreve uma soluo ou uma instncia da soluo que foi utilizada para resolver um problema especfico.Padres de projetosso solues para problemas que algum um dia teve e resolveu aplicando um modelo que foi documentado e que voc pode adaptar integralmente ou de acordo com a sua necessidade.

  • Christopher Alexander: Pattern Language Qualquer que seja a maneira pela qual uma soluo tenha sido obtida originalmente, to logo os seres humanos identificam um padro e o comunicam tanto oral quanto graficamente , isto confere ao grupo uma enorme vantagem.A habilidade em comunicar os padres cria, acima de tudo, um arsenal de conhecimento reutilizvel de desenho. Ento, a linguagem de padres fica vinculada de maneira muito prxima cultura e tradio.