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ANO XI N.º 99, MAIO/JUNHO DE 2013 - MENSAL - PREÇO: 1€ DIRECTOR ANTÓNIO SOUSA PEREIRA FREGUESIA DO VALE DA AMOREIRA COMEMORA 25 ANOS Entre o sonho e a fome, entre a esperança e o desespero… todos os dias com espirito de missão num trabalho em rede luta-se pelo futuro! JACINTO PEREIRA, PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA BAÍA DO TEJO “Estes territórios devem ser a base de um processo de reindustrialização” PÁGINA 14 ROSTOS NOTÍCIA PÁGINAS 4/5

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ANO XI N.º 99, MAIO/JUNHO DE 2013 - MENSAL - PREÇO: 1€

DIRECTOR ANTÓNIO SOUSA PEREIRA

FREGUESIA DO VALE DA AMOREIRA COMEMORA 25 ANOSEntre o sonho e a fome, entre a esperança e o desespero… todos os dias com espirito de missão num trabalho em rede luta-se pelo futuro!

JACINTO PEREIRA, PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA BAÍA DO TEJO

“Estes territórios devem ser a base de um processo de reindustrialização”

PÁGINA 14

ROSTOS NOTÍCIA PÁGINAS 4/5

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TEXTOS E PRETEXTOSTEXTOS E PRETEXTOS

Director António Sousa Pereira | Redacção Claudio Delicado, Maria do Carmo Torres, Vanessa Sardinha | Colaboradores Permanentes Rui Nobre (Setúbal), Marta Pereira | Colunistas Manuela Fonseca, Nuno Banza, António

Gama (Kira); Carlos Alberto Correia, Pedro Estadão, Nuno Cavaco e Jorge Fagundes | Departamento Relações Públicas Rita Sales Sousa Pereira | Departamento Gráfico Alexandra Antunes | Departamento Informático Miguel

Pereira | Contabilidade Olga Silva | Editor e Propriedade António de Jesus Sousa Pereira | Redacção e Publicidade Rua Miguel Bombarda, 74 - Loja 24 - C. Comercial Bombarda 2830 - 355 Barreiro - Tel.: 212 066 758/212 066

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FICHA TÉCNICAMEMBRO

Tempo de debate sobre a cidade e a cidadania

«ROSTOS» ASSINA PROTOCOLO COM ASSOCIAÇÃO NÓSApoiar na divulgação de projectos e actividades

Aproximam-se as eleições autárquicas um tempo que pode, ou podia, contribuir para proporcionar uma reflexão sobre a vida local e regional.Debater os problemas das comunidades. Lançar propostas de análise das dificulda-des. Proporcionar uma abordagem diferen-

ciada do ponto de vista das várias forças politicas sobre o que somos, o que queremos ser, que caminhos percorrer.Estou convencido que não é isso que vai acontecer. Mais que discutir e apresentar propostas o habitual é o confronto não de projectos, não de propostas de cidade ou de cidadania, mas, o apontar erros, o encontrar culpados, naquilo que é, muitas vezes, um verdadeiro «bulling partidário».

No Barreiro, já são conhecidos os rostos dos principais protagonistas, ou seja, dos partidos que costumam receber os votos do eleitorado local.Carlos Humberto, pela CDU, presidente da Câmara que se recandidata para o seu terceiro e último mandato. Tem um capital politico muito próprio, pelo estilo de trabalho, pela sua dinâmica politica e que conta com uma base social de apoio que vai para além do PCP e da CDU.

Luis Ferreira, candidato pelo Partido Socialis-ta, dá os primeiros passos nestas andanças. Nos primeiros dias, após a apresentação da sua candidatura surgiu com toda a energia,

criticando as politicas sociais, perspecti-vando Planos de Emergência Social. Mas, agora, parece que está a fazer a gestão do silêncio.

Bruno Vitorino, é o candidato à presidência da Câmara do PSD. Tem grande agilidade politica. É talvez o adversário mais «peri-goso» para o PCP/CDU. Tem o capital de já ter exercido funções autárquicas, com bom desempenho, e, sendo deputado da Assembleia da República, procura rentabi-lizar as suas influências na vida local.

Humberto Candeias, é o candidato do Bloco de Esquerda, actual deputado na Assembleia Municipal do Barreiro. Em primeiro lugar vai ter muito que fazer para demonstrar que o BE existe, dado que nos últimos tempos esteve hibernado, e, parece que renasceu para as eleições autárquicas.

Em suma pode dizer-se que dos candida-tos à presidência da Câmara Municipal do Barreiro, estão a concorrer dois políticos - Carlos Humberto e Bruno Vitorino – e dois «aprendizes de políticos» - Luis Ferreira e Humberto Candeias.

O CDS/PP também costuma participar, e, certamente vai marcar presença, dado que já deu os primeiros sinais de vida nas redes sociais. Mas isto é o habitual só existe para as eleições, depois desaparece, tal como o PCTP/MRPP. Mas, o importante seria saber se as próxi-mas eleições autárquicas vão ser um ponto de debate de ideias, de discussão e reflexão sobre a cidade.Que projecto de cidade? Que ideias para gerar uma dinâmica emocional que faça o Barreiro pensar futuro?As eleições autárquicas como fonte de energia mobilizadora da vida democrática deviam ser mobilizadoras da comunida-de, envolvendo os cidadãos na discussão e reflexão sobre o que querem diferente ou melhor no seu território. É esse o desafio que devem assumir os candidatos, é esse o caminho que deviam estimular, para além do confronto de ideias politico partidárias, o importante era que existisse um amplo debate sobre a cidade e a cidadania.Vamos esperar e ver o que nos reserva este tempo até Outubro…

O Director do jornal «Rostos», António Sousa Pe-reira, e Humberto Candeias, da Associação NÓS assinaram, o protocolo de cooperação entre as duas entidades.

Desta forma, o jornal «Rostos» mantém a parceria que tem existido nos últimos de apoio à divulgação regular das actividades da Associação NÓS, no-meadamente no apoio a campanhas de angariação de fundos para a construção do projeto ‘Uma Cidade

para Todas as Pessoas’, um projeto integrado no POPH (Programa Operacional Potencial Humano) (QREN), que tem como objetivo a construção de um Centro de Atividades Ocupacionais, quatro Residências Autónomas e um Serviço de Apoio Domiciliário para Pessoas com Deficiência.

Este projeto é financiado em parte pelo Ministério da Solidariedade e Segurança Social, sendo outra parte do financiamento a cargo da Associação NÓS.

ANTÓNIO SOUSA PEREIRA

A ASSINATURA DO PROTOCOLO DE COOPERAÇÃO ENTRE O JORNAL «ROSTOS» E A NÓS - ASSOCIAÇÃO DE PAIS E TÉCNICOS PARA A INTEGRAÇÃO DO DEFICIENTE, TEM POR OBJECTIVO ESTABELECER UMA PARCERIA QUE CONTRIBUA PARA DIVULGAR AS ACTIVI-DADES E PROJECTOS.O JORNAL «ROSTOS» ASSUME DESTA FORMA A SUA RESPONSABILIDADE SOCIAL DE APOIO ÀS ACTIVIDADES DA COMUNIDADE.

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MAIO/JUNHO DE 2013 À TARDE NA ESPLANADAÀ TARDE NA ESPLANADA

DIA DA MARINHA 2013 ASSINALADO NO BARREIRO «Comemorar a Marinha é comemorar Portugal»No Clube Naval do Barreiro, em conferência de imprensa foi divulgado o programa das comemorações do «Dia da Marinha 2013».Regina Janeiro, Vereadora da Câmara Mu-nicipal do Barreiro, responsável pela área cultural, recordou que o Barreiro “está li-gado às actividades marítimas há muitos séculos”, para além de existir – “uma rela-ção forte que une o Barreiro aos Fuzileiros”.A autarca expressou a satisfação pelo facto de “o Barreiro receber estas comemorações”.

TRAZER DINÂMICAS DE ESPERANÇA

Seabra de Melo, Almirante, Chefe de Gabinete do Chefe do Estado Maior da Armada, referiu que ser com agrado que a Marinha comemora o «Dia da Marinha» no Barreiro, referindo que apesar de “vivermos um período que não é muito animador” é preciso promover iniciativas com “dinâmicas de comemoração” para “trazer dinâmicas de esperança”.Recordou que é importante “celebrar a Ma-rinha porque somos um país do mar”.

DISPONIBILIDADE DE DAR À CAUSA PÚBLICA

Seabra de Melo, salientou que a Marinha mantém uma permanente actividade, 24 horas por dia, com total “disponibilidade de dar à causa pública”, agindo para “servir, sem olhar a recompensa”.Salientou que é esta a mensagem que- “quer a Marinha, quer o Barreiro querem dar” nestas comemorações.Recordou que o «Dia da Marinha» evoca a chegada de Vasco da Gama Índia, e este ano são assinalados os 500 anos do seu regresso.

UMA RELAÇÃO SECULAR COM GENTES DO MAR

Carlos Humberto, presidente da Câmara Municipal do Barreiro, sublinhou – “nós sentimos honrados em receber na nossa terra as comemorações do Dia da Marinha”.“Ao longo de séculos estivemos relaciona-dos com o Mar, pelo Tejo e pelo Rio Coina” – sublinhou.“Temos uma relação secular com gentes do Mar” – referiu o autarca, acrescentando – “uma relação que se tem aprofundado e intensificado”.O Presidente da Câmara Municipal do Bar-reiro, sublinhou que as comemorações do Dia da Marinha podem ser um contributo para “antecipar o futuro”, contribuindo para que exista “uma articulação mais estreita,

um relacionamento mais profundo” entre a autarquia e a Marinha.

EMPATIA DE PRINCÍPIOS, VALORES E ESPÍRITO DE SERVIÇO

No diálogo com os jornalistas, Seabra de Melo, sublinhou que a escolha do Barreiro para realizar as comemorações do «Dia da Marinha 2013», tem a simbologia de ter sido no Barreiro que foram assinalados os 500 anos da partida de Vasco da Gama para a India, no ano de 1997, e agora, em 2013, assinalar--se os 500 anos do regresso do navegador.Mas, acrescentou, que tem relevo “a impor-tante relação interpessoal, do Presidente da Câmara Municipal do Barreiro, Carlos Humberto, com o Chefe do Estado Maior da Armada”, numa “empatia de princípios, valores e espírito de serviço”.

TER ESPERANÇA E MOTIVAÇÃO

O Almirante, Seabra de Melo, Chefe de Gabi-nete do Chefe do Estado Maior da Armada, sublinhou que nas comemorações do «Dia da Marinha» vão estar envolvidos entre 800 a 1000 militares da Armada.Sobre os custos das comemorações refe-riu que quer da parte da Armada, quer da Câmara Municipal do Barreiro, procurou-se uma “racionalidade de meios” e “fazê-lo com sobriedade” .“Nos momentos de crise que vivemos temos que ter esperança e motivação” – referiu, acrescentando que apesar da crise– “devemos celebrar” e demonstrar que “o Barreiro tem capacidade para acolher as comemorações”.“No Barreiro estamos entre as nossas gentes” – sublinhou o Almirante Seabra de Melo, Chefe de Gabinete do Chefe do Estado Maior da Armada.

COMEMORAR A MARINHA É COMEMORAR PORTUGAL

Carlos Humberto, Presidente da Câma-ra Municipal do Barreiro, salientou que “é importante comemorar o que nos marca”.“Nos momentos que vivemos hoje é pre-ciso comemorar as instituições que são o suporte da nossa pátria” – referiu, acres-centando que “a Marinha é uma instituição que dá suporte a Portugal”.“Comemorar a Marinha é comemorar Portugal” – sublinhou Carlos Humberto, acrescentando que “em momentos como os que atravessamos comemorar a nossa

soberania é essencial”.“Comemorar com o rigor que a situação exige e não sermos despesistas” – sa-lientou o autarca.

MONUMENTO AOSDESCOBRIMENTOS NO POLIS

Tendo sido anunciada a construção de um monumento dedicado aos descobri-mentos, numa Rotunda na zona do Polis,

interrogámos o Presidente da Câmara se a realização destas comemorações não seria o momento ideal para inaugurar o referido monumento.O autarca esclareceu que “são razões de carácter técnico e logístico” e “não são razões financeiras” que estão na origem de não ser “este o momento”.“São problemas técnicos que não permitem avançar, mas mantemos essa perspecti-va” – sublinhou.

«Nos momentos que vivemos hoje é preciso comemorar as instituições que são o suporte

da nossa pátria” – referiu, acrescentando que “a Marinha é uma instituição que dá

suporte a Portugal» Carlos Humberto

PROGRAMA

Exposição de Actividades da MarinhaAuditório Municipal Augusto Cabrita

Passeio Pedestre «Descobrindo o Barreiro” e iniciação à orientação Parque da Cidade - 25 de Maio - 9h00

Concerto Oficial do Dia da Marinhapela Banda da ArmadaAuditório Municipal Augusto Cabrita

22h00 – Convites devido à lotação da sala

Comemorações 26 de Maio

Cerimónia Religiosa Igreja Nossa Senhora do Rosário10h00Presididas por D. Gilberto Canvarro, Bispo de Setúbal

Cerimónia Militar Avenida Bento Gonçalves -11h30

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PULSAR DOS DIASPULSAR DOS DIAS

MOITA QUER AFIRMAR «SABORES DE CÁ»

«Semana da Gastronomia» e bolo «Ferradura» são apostas na promoção da gastronomia localUM PASSEIO NO TEJO NO VARINO «BOA VIAGEM», NO DECORRER DO QUAL FOI PROPORCIONADA A ANIMAÇÃO MUSICAL COM OS RITMOS DO RANCHO FOLCLÓRICO DAS ARROTEIAS, ENQUADROU A DIVULGAÇÃO DA PRIMEIRA «SEMANA DA GASTRONOMIA» QUE VAI DECORRER, POR TODO O CONCELHO DA MOITA, DE 1 A 10 DE JUNHO, INICIATIVA QUE CONTA COM A ADESÃO DE 18 RESTAURANTES.

João Lobo, presidente da Câmara Municipal da Moita, no decorrer da viagem, em diálogo com os jornalistas, recordou que “o conce-lho da Moita é uma mistura de cultura, de sabores que vão do Alentejo ao Algarve, Beiras e um pouco por todo o país”.“Em termos de gastronomia existe essa mistura” – sublinhou o autarca, acrescen-tando que – “a caldeirada de enguias ou de peixe do rio são as especialidades”.

PROMOVER A GASTRONOMIA LOCAL

O autarca recordou que em tempos rea-lizava –se um Concurso de Gastronomia, mas, agora o objectivo não é promover um concurso mas através de uma «Semana da Gastronomia» dar “um contributo para promover a gastronomia local”.João Lobo, recordou que “hoje os tem-pos estão difíceis” e que a restauração do concelho da Moita – “está a sentir essas dificuldades”.“Os restaurantes são estruturas familia-res que geram uma micro economia fun-damentalmente feita de gente que vive do seu trabalho” , sublinhou João Lobo.“A situação social reflecte-se na economia local” – referiu.

FORTE RELAÇÃO COM O COMÉRCIO LOCAL

O presidente da Câmara Municipal da Moita referiu que a dinamização deste projecto tem custos financeiros muitos baixos porque todo o material produzido foi concretizado com recurso à produção interna, através dos serviços da autarquia.“Essencialmente resulta da forte relação que mantemos com o comércio local” –sa-lientou João Lobo, referindo que – a adesão de 18 restaurantes, nesta fase, é para nós um sinal positivo”.“Esperamos que esta iniciativa tenha con-tinuidade por muitos e bons anos, porque é um contributo para afirmar o concelho na sua diversidade” – referiu o autarca.Por outro lado, divulgou que os restaurantes que participam na »Semana da Gastrono-mia» vão servir dois pratos – um de peixe e outro de carne.“Nós vamos divulgara a semana ao nível da Área Metropolitana de Lisboa. Convidamos a visitar o concelho, onde podem fazer um passeio de barco no Tejo e depois almoçar com sabores do rio” – afirmou João Lobo.

«FERRADURA» UMA ESPECIALIDADE DA MOITA

Este passeio foi também a motivação para divulgar o bolo «Ferradura», uma especia-lidade da Moita.“Nós queremos promover e afirmar um bolo local que é produzido há cerca de 40 anos, pretendemos valorizar o que temos, porque, normalmente só quando vem alguém de fora é que valoriza as nossas coisas, este é um doce local apreciado que pretendemos promover” – refere João Lobo. São três pastelarias locais envolvidas na promoção do bolo «Ferradura» - Trevo, Fidalgos e Madraguda.

REGISTO DE «FERRADURA» COMO DOCE LOCAL

“Iremos proceder ao registo da «Ferradura» como doce característico do concelho da Moita” – sublinha João Lobo.Por outro lado, com o objectivo da promo-ção regional a autarquia vai contar com a colaboração da ADREPES, na divulgação do doce na região.“Esperemos que estas duas iniciativas nos tragam coisas positivas e que o município se afirme com as nossas coisas boas” – sublinhou Joao Lobo.

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PEDRO CANÁRIO, PRESIDENTE DA DIRECÇÃO DA COOPERATIVA CULTURAL POPULAR BARREIRENSE – BARREIRO

Hoje na cooperativa «trocou-se a farinha pelo forno das ideias»PEDRO CANÁRIO, PRESIDENTE DA DIRECÇÃO DA COOPERATIVA CULTURAL POPULAR BARREIRENSE, ONTEM NO DECORRER DA SESSÃO EVOCATIVA DO CENTENÁRIO DA COOPERATIVA SUBLINHOU QUE - “1913 FOI O ANO DO NASCIMENTO DE UMA IDEIA QUE PERSISTIU DURANTE 100 ANOS”. “A COOPERATIVA DEIXOU DE FAZER PÃO, HOJE AJUDA A FAZER CULTURA” – SALIENTOU CARLOS HUMBERTO, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DO BARREIRO.

No salão da SIRB «Os Penicheiros» realizou-se a sessão evocativa do centenário da Coope-rativa Cultural Popular Barreirense. Uma sala repleta marcou presença no evento que marca uma página da história do cooperativismo do concelho do Barreiro.

CELEBRAR O CENTENÁRIO COM MÚSICA

Carla Marina, da Direcção da Cooperativa re-feriu que para celebrar o centenário a decisão de escolher a música – “tem a ver com a pro-funda tradição da música no nosso concelho”, sendo com essa tradição que se celebra um século de vida, nesta terra que viu nascer a cooperativa – “um concelho muito especial a nível nacional”.O cante alentejano com o Grupo Coral «Os Amigos do Barreiro» foi o pontapé de saída, seguindo-se uma acção de expressão dramá-tica com o Projéctor – Companhia de Teatro do Barreiro, num encontro com a história da cooperativa.O CORUTIB – Grupo Coral da Universidade da Terceira Idade trouxe de novo a presença musical, seguindo-se um apontamento com a Camerata Musical do Barreiro.

UMA IDEIA QUE PERSISTIU DURANTE 100 ANOS

Pedro Canário, presidente da Direcção da CCPB, sublinhou que a presença de todos que ali se associavam à comemoração do centenário – “é um enorme estímulo para nós”, porque simboliza o reconhecimento do trabalho que a cooperativa “desenvolve para a comunidade”.Referiu que “todos os anos são singulares”, assim foi o ano de 1913, que assinalou a fun-dação da cooperativa, “num país pobre” que gritava “Viva a República”.Recordou que a cooperativa foi fundada por ferroviários que “era o núcleo qualificado a nível local”.“1913 foi o ano do nascimento de uma ideia que persistiu durante 100 anos” – sublinhou, acrescentando que essa “ideia cooperativa” foi-se “replicando por gerações”.

TROCOU-SE A FARINHA PELO FORNO DAS IDEIAS

Pedro Canário salientou que nos dias de hoje na cooperativa – “trocou-se a farinha pelo forno das ideias”.

Lembrando palavras de José Saramago, su-blinhou que os tempos actuais são marcados por três ideias conceitos – neutralidade, terror e resignação, às quais afirmou é necessário opor – cidadania, coragem e luta.Para Pedro Canário esse é o compromisso da acção da cooperativa.

UM CONTRIBUTO INESTIMÁVEL

Carlos Humberto, presidente da Câmara Muni-cipal do Barreiro, salientou que o Barreiro “tem uma divida de gratidão para com as coopera-tivas e para com o Movimento Associativo”.A «cooperativa dos ferroviários», sublinhou, “tem o seu percurso histórico” ao longo de 100 anos, nos quais foram registadas “profundas alterações no mundo”.O autarca sublinhou que nestes 100 anos “fo-ram dados passos gigantes” nas mudanças da sociedade ao nível de tecnologias, ao nível de direitos.“Os cooperativistas e associativistas do concelho deram nestes anos um contributo inestimável” – sublinhou.“A cooperativa deixou de fazer pão, hoje ajuda a fazer cultura” – salientou o Presidente da Câmara Municipal do Barreiro.

É PRECISO CONSCIENCIALIZAR

O autarca recordou que antes do 25 de Abril utilizava-se muito a expressão – “É preciso consciencializar, retomar, esta expressão que foi perdida”.Neste contexto afirmou que nos tempos di-fíceis que vivemos – “é preciso olhar para a história”, porque é “indispensável continuar a batalha, é preciso ir mais além, é preciso não desistir”.“O pior que pode acontecer ao Barreiro e ao país é adaptar-se” – referiu.

BROCHURA COM «A HISTÓRIA DA COOPERATIVA»

Na sessão registou-se ainda um momento de «Flashmob» Coral TAB, com a direcção do Maestro Manuel Gonçalves.A sessão encerrou com um momento de convívio, cantando-se os parabéns e com a divulgação de uma brochura com «A História da Cooperativa», editada pela Câmara Muni-cipal do Barreiro.

MAIO/JUNHO DE 2013 PULSAR DOS DIASPULSAR DOS DIAS

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«Porque “se o mundo não fosse claro não existiria arte” - Albert Camus. E eu identifico-me com a cor. O 1º tema fiz questão de ser eu a escolher. Os outros cabe ao grupo escolher» - sublinha Isabel Braga.

Procurámos saber um pouco do gosto de Isabel Braga pela fotografia, como analisa esta temática e penetrar na exposição marcada para a Biblioteca Municipal do Barreiro.

Como é que uma professora de Inglês entra no mundo da fotografia?«A fotografia tem-me acompanhado desde sem-pre. Sempre gostei de fotografar. Só que nunca valorizei esta minha faceta. Agora achei por bem partilhá-la».

O que é para si uma boa fotografia?«É uma imagem que nos obriga a reflectir e que nos coloca várias questões: O que é isto? Como é que isto foi tirado?»

Qual é a sua melhor fotografia?«A que farei amanhã. A frase não é minha, mas concordo inteiramente com ela».

Como é que a família encara esta sua nova faceta?«Eu não diria nova faceta. Eu sempre gostei de fotografar e eles têm consciência disso. A família respeita o meu trabalho e dá-me espaço».

Porquê «A COR» como o 1º tema da exposição?«Porque “se o mundo não fosse claro não existiria arte” - Albert Camus. E eu identifico-me com a cor. O 1º tema fiz questão de ser eu a escolher. Os outros cabe ao grupo escolher».

Projectos para o futuro do grupo?«Várias exposições colectivas com diversos te-mas. Aproveito para informar que parte do produto da venda das fotografias reverte a favor da Cruz Vermelha Portuguesa.»

Defina-se em três palavras«Honesta, divertida e fixe».

Defina o Rostos em três palavras.«Sério, despretensioso e com um Director 5 es-trelas que, ainda por cima é meu conterrâneo. Não são três palavras, mas é o que eu penso.»

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PULSAR DOS DIASPULSAR DOS DIAS

ISABEL MATEUS BRAGA – BARREIRO

Fotografia «é uma imagem que nos obriga a reflectir». Parte do produto da venda das fotografias reverte a favor da Cruz Vermelha PortuguesaNUMA CONVERSA COM ISABEL MATEUS BRAGA, CRIADORA E ADMINISTRADORA DO GRUPO CRIADO NA REDE SOCIAL FACEBOOK “UMA FOTOGRAFIA POR DIA, NÃO SABE O BEM QUE LHE FAZIA”, PROCURÁMOS DESVENDAR O VÉU DA «1ª EXPOSIÇÃO COLECTIVA» COM O TEMA «A COR», QUE VAI REALIZAR-SE NA BIBLIOTECA MUNICIPAL DO BARREIRO, COM INAUGURAÇÃO AGENDADA PARA O DIA 1 DE JUNHO.

No Barreiro Bombeiros do Distrito de SetúbalTreinaram a gestão de «cenários» de incêndio florestalNum cenário de um incêndio na zona de Sesim-bra, com a queda de um helicóptero, o exercício realizado no Barreiro, envolveu oito corporações do Distrito de Setúbal, num total de 11 formandos.A acção decorreu nas instalações dos Bombei-ros Voluntários dos Sul e Sueste do Barreiro, no Parque Empresarial da Baía do Tejo, visan-do preparar as equipas para intervenções no terreno, na época de Verão.

TREINAR OS ELEMENTOSDOS CORPOS DE BOMBEIROS

Patrícia Gaspar, Comandante Distrital de Ope-rações de Socorro de Setúbal, referiu ao «Ros-tos», que esta acção – “trata-se de um treino operacional, organizado pelo Comando Distrital de Operações de Socorro de Setúbal, que tem como objectivo treinar os elementos dos Corpos de Bombeiros que integram as equipas de posto de Comando Distrital.Estas são equipas que estão previamente formatadas que podem ser projectadas para um qualquer teatro de operações para apoiar naquela que é a gestão, nas suas mais diver-sas vertentes, nas operações de combate a um incêndio florestal”.

CRIAR UM CENÁRIO O MAIS

PRÓXIMO DA REALIDADE

“Estamos a falar de áreas das operações pro-priamente ditas, à coordenação dos meios aéreos, ao planeamento, às comunicações, ao apoio logístico.Aquilo que nós procuramos fazer aqui é criar um cenário o mais próximo da realidade quanto possível, para que estes elementos, em ambiente de treino possam, de alguma forma melhorar a sua performance, conhecer-se melhor uns aos outros, criar aqui sinergias que serão obviamen-te transportadas para uma situação real no dia que ela aconteça” – sublinhou Patricia Gaspar.

TREINAR DÁ RESULTADOS POSITIVOS

Numa avaliação Patricia Gaspar referiu que – “neste exercício registaram-se falhas pontuais, até diria que não serão falhas, são pontos a me-lhorar, que existem quase sempre, que têm a ver com a organização inicial de um teatro de operações, onde existem aspectos que devem ser limados e necessitam de algum tempo até estabilizar para que comecem a funcionar com fluidez. Estamos a falar de alguns aspectos que são críticos, na área das comunicações, por exemplo, estamos a falar de muitos meios no teatro de

operações, sendo necessário definir um plano especifico para cada teatro de operações que leva sempre algum tempo, mas, após passada fase inicial estabilizou e começou a funcionar com rapidez.Aqui, o que se pretende a montante da época

mais critica dos incêndios florestais é olear estes aspectos, para quando seja a sério estarmos preparados.É preparar a época de Verão que aí vem, fizemos isso o ano passado e estamos a fazer este ano porque treinar dá resultados sempre positivos”.

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Durante dois dias o concelho do Barreiro viveu a segunda edição do «Dia B».Numa breve conversa, no final do «Dia B», com Carlos Humberto, Presidente da Câmara Municipal do Barreiro, procurámos fazer um balanço da segunda iniciativa de voluntariado no concelho do Barreiro .

PARTICIPARAM ENTRE 4.000 A 5.000 PESSOAS

“Não temos os dados definitivos, mas, a ideia que temos é que participaram entre 4.000 a 5.000 pessoas. No primeiro dia à vota de 3000, no segundo dia participaram mais de 1000 pessoas.O importante é referir este esforço das pes-soas e das instituições para em conjunto fazer coisas no sentido de recuperar, melhorar, a qualidade da vida urbana, o aspecto da ci-dade e de cada uma das suas freguesias” – sublinhou Carlos Humberto.

UM AGRADECIMENTO ÀS PESSOASE INSTITUIÇÕES

O autarca acrescentou - “quero prestar um agradecimento muito particular a todas as pessoas envolvidas e às instituições que nos apoiaram com equipamentos, com materiais, com muitas doações.Agradecer às pessoas e instituições que de forma empenhada nos ajudaram a fazer coisas, a limpar as praias, a pintar, a recu-perar, a fazer poemas, a fazer pinturas ar-tísticas, a grafittar com qualidade, foi uma vasta intervenção em todas as freguesias, em muitos locais”

FAZEMOS UM BALANÇO MUITO POSITIVO.

Recordou o Presidente da Câmara Munici-pal do Barreiro que – “o próprio Movimento Associativo, os escuteiros, as comunidades locais, os bombeiros, os fuzileiros, um con-junto vasto de instituições, agradecemos a todos este esforço do querer fazer, de fazer coisas pela cidade.Fazemos um balanço muito positivo”.

ESPIRITO DE ALEGRIA E CAMARADAGEM

“E, em tudo isto, sublinhava o espirito, que foi um espirito de alegria, de camaradagem, de bom ambiente, que prova como esta ideia é muito importante, de participação, de ci-dadania, de construir em conjunto, de nos envolvermos na resolução dos problemas, de nos envolvermos na reflexão sobre os problemas, e sobre os caminhos a percorrer, acho que vale a pena, este é um combate sem fim, mas é um combate que é para ir continuando, que considero muito importante

para o concelho do Barreiro” – salientou o Presidente da Câmara Municipal do Barreiro.

DETERMINANTE PARA O CONCELHODO BARREIRO E PARA O PAÍS

“Direi mesmo que esta dinâmica de cidadania é determinante para o concelho do Barreiro”.Posso até afirmar, numa visão mais ampla, é determinante para o país, em momentos tão difíceis e tão exigentes, nós não podemos deixar de fazer outra coisa e continuarmos a dar a nossa opinião, a reflectir e a fazer.” – sublinhou Carlos Humberto

DIMENSÃO MAIS AMPLAE DE MAIS QUALIDADE

“Desejo que o próximo Dia B se realize em

2014, que seja mais completo, que se vá mais longe, é esse o objectivo que todos desejamos.O Dia B não é uma coisa da Câmara, é das co-munidades, é da comunidade local, portanto, como andei por aí, que ouvi, em conversas com as pessoas, o espirito é esse mesmo – “temos que repetir”.Diria que, se houvessem condições faríamos o Dia B, não daqui a um ano, mas duas ou três vezes por ano. Isso não é possível, mas é possível continuar este projecto, dar-lhe uma dimensão mais ampla e de mais qua-lidade” – refere Carlos Humberto.

ENVOLVIMENTO DA COMUNIDADE ESCOLAR

Perguntámos se a realização deste «Dia B» não foi uma repetição, ou se comparativa-

mente registou-se um aumento qualitativo.Carlos Humberto considera que – “há alte-rações, a mais relevante, foi o envolvimento da comunidade escolar, esse é o elemento mais relevante”.

UMA VISÃO MAIS ESTRATÉGICANA INTERVENÇÃO

Por outro lado salienta que – “já se começa a ver uma visão mais estratégica na inter-venção em zonas e locais, e definição das áreas a intervir”.

Refere ainda que se procura nas acções - “articular aquilo que se faz no Dia B, com aquilo que prevemos que se vai fazer no próprio concelho”.

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MAIO/JUNHO DE 2013 VIVÊNCIASVIVÊNCIAS

NO «DIA B»

Participaram entre 4.000 a 5.000 pessoasCARLOS HUMBERTO, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DO BARREIRO, EM DECLARAÇÕES AO JORNAL «ROSTOS» SUBLINHA QUE FAZ «UM BALANÇO MUITO POSITIVO», REFERINDO – “O ESPIRITO, QUE FOI UM ESPIRITO DE ALEGRIA, DE CAMARADAGEM, DE BOM AMBIENTE”.

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MAIO/JUNHO DE 2013TEMAS E VARIAÇÕESTEMAS E VARIAÇÕES

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SALÃO ANUAL ARTESFERA

«Precisamos de colorir as nossas vidas»afirmou o Presidente da Câmara Municipal

DIA B PINTADO MURAL DEDICADO ÀS «PALAVRAS CRUZADAS»

Barreiro assinala centenário das Palavras Cruzadas (em jornal)

O Salão Anual – Artesfera 2013, na Gale-ria Municipal de Arte do Barreiro vai estar patente ao público até ao próximo dia 15 de Junho.Na sessão de abertura estiveram pre-sentes Carlos Humberto, presidente da Câmara Municipal do Barreiro e Regina Janeiro, vereadora responsável pela área Cultural, para além de alguns dos artistas que participam na exposição.

CUMPRIMENTO A MAIS UMA DAS ACÇÕES DA ARTESFERA.

Isabel Seruca, presidente da Direcção da Artesfera, expressou os votos que os visitantes “gostem” das obras expostas no Salão Anual da Artesfera, referido que com este evento “damos cumprimento a mais uma das acções” da Artesfera.“Ser artista, como um dia escrevi, é um parto com dor é algo que sai de NÓS é «Obra de CARNE», senão torna-se «Obra adotada” - sublinha Isabel Seruca no catálogo da exposição.

PRECISAMOS QUE A VIDA LOCALSEJA VIVIDA

Carlos Humberto, presidente da Câma-ra Municipal do Barreiro, referiu que, nos tempos de hoje, cada vez mais – “preci-

samos que a vida local seja vivida, seja vivida por pessoas do Barreiro”.“A cultura, a arte, a pintura devem fazer parte das nossas vivências, de forma na-tural” – sublinhou.

PRECISAMOS DE COLORIRAS NOSSAS VIDAS

O autarca referiu que os artistas devem fazer coisas para que se sintam felizes com eles próprios - “fazendo coisas para que os outros sejam felizes”.Referiu que esta é uma forma de intervir e de sentirem bem consigo próprios.“Precisamos de colorir as nossas vidas” – sublinhou, acrescentando, a importân-cia – “colorir a cidade e colorir o mundo”.

TRABALHOS DE MAIS DE UMA DEZENA DE ARTISTAS

O Salão Anual Artesfera 2013, na Gale-ria Municipal de Arte do Barreiro, inclui trabalhos dos seguintes artistas: Ado-zinda Silva, Conceição Silveira, Ricardo Coxixo, Isana, Cabrita Ramos, Carlos Ri-beiro, Fátima Romão, Fernanda Martins, Manuela Sobral, Francisco Palma, Isabel Braga, Isabel Seruca, Luís Filipe e Luísa Azevedo.

“Fiquei impressionado com a dedicação e cuidado... com tanta gente a colocar quadrados e letras, ninguém se enganou... Obrigado a todos...” - sublinha Paulo Frei-xinho.Paulo Freixinho é um «perito» em «Palavras Cruza-das», personalidade conhecida na região e no país, pela sua criatividade e dedicação às «Palavras Cruzadas»“O Barreiro vai ficar ligado a esta efeméride» - sublinha

Paulo Freixinho .Recorda que na «figura» construída estão salientadas PALAVRAS «relacionadas com o Dia B»“O enunciado apenas se refere às palavras relaciona-das com o evento Dia B ou com o Barreiro “ - salienta Paulo Freixinho.

Foto –Paulo Freixinho

NUMA NOTA QUE ENVIOU PARA A NOSSA REDACÇÃO PAULO FREIXINHO REFERE QUE NO ÂMBITO DO «DIA B», EM 4 DE MAIO, FOI CONSTRUÍDO NO BARREIRO UM MURAL DEDICADO ÀS «PALAVRAS CRUZADAS», NESTE ANO 2013, QUE SE ASSINALA O CENTENÁRIO DAS «PA-LAVRAS CRUZADAS» PUBLICADAS EM JORNAL.

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REVISTAROSTOSONLINE

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PLANO DE URBANIZAÇÃO DA QUIMIPARQUE

Barreiro Contempla as propostasportuárias previstas pela APL. Entrega da Doca da CP ao município do Barreiro“Recebemos a Administração da APL, que reafirmou a intenção de lançar o que está previsto no Plano de Urbanização da Quimiparque” – salien-tou Rui Lopo, no decorrer da conversa «5ª Feira à Noite na SFAL».Segundo o autarca, a APL prevê concretizar no Barreiro um investimento em infraestruturas portuárias na ordem dos 70 milhões de euros.

Rui Lopo, Vereador da Câmara Municipal do Barreiro, responsável pela área do Pla-neamento, foi o convidado da iniciativa «5ª Feira à Noite na SFAL», a qual teve como tema «O Barreiro e a estratégia do Porto de Lisboa».

INTENÇÃO DA APL INSTALAR-SE NO BARREIRO

Rui Lopo, recordou que a intenção da APL de instalar-se no Barreiro – “è já uma de-cisão antiga”, em terrenos da jurisdição da Baía Tejo, que eram da jurisdição da APL.Referiu o autarca que esta decisão desde o ano 2007 – “ficou mais consolidada”, dado que o Plano Estratégico criava uma “zona de reserva” no Barreiro.

PLANO DE URBANIZAÇÃO DAQUIMIPARQUE PREVÊ PROPOSTAS PORTUÁRIAS PREVISTAS

Segundo Rui Lopo, no âmbito do Plano de Urbanização da Quimiparque – “dinamizá-mos” as propostas portuárias previstas concretizar no Barreiro, no âmbito da visão estratégica que temos para aquele território – “de desenvolvimento económico”, indo ao encontro das “intenções portuárias que a APL tinha para o Barreiro”.

PARA APL BARREIRO UM SITIO DE INVESTIMENTO

O autarca sublinhou que nas propostas apresentadas pelo Governo – “o Barreiro era um sitio de investimento”.“Recebemos ontem a Administração da

APL, que reafirmou a intenção de lançar o que está previsto no Plano de Urbaniza-ção da Quimiparque” – salientou Rui Lopo.Segundo o autarca a APL prevê concre-tizar no Barreiro um investimento em in-fraestruturas portuárias na ordem dos 70 milhões de euros.Na sua intervenção referiu que a APL deu a conhecer na reunião com a Câma-ra Municipal do Barreiro que vai avançar com o “estudo económico” que poderá desenvolver-se associado ao “processo de concessão”.

Na sua opinião este trabalho poderá reali-zar-se nos próximos dez meses, inserindo--se no plano de desenvolvimento integrado da Bacia do Tejo.

Segundo o vereador responsável pela área do Planeamento da Câmara Municipal do Barreiro o lançamento dos procedimentos que possam conduzir ao arranque da obra no terreno poderão estar concretizados dentro de um ano.

AUMENTAR A CAPACIDADE DO PORTO DE LISBOA

Rui Lopo, salientou que o projecto tem por objectivo “aumentar a capacidade do Porto de Lisboa” no âmbito do previsível aumento de tráfego de contentores na zona Atlântica, devido à próxima abertura do novo Canal do Panamá.O autarca recordou que este projecto vai contribuir para potenciar a indústria local e

para a criação de alguns milhares de postos de trabalho directos e indirectos.

ENTREGA DA DOCA DA CPAO MUNICÍPIO DO BARREIRO.

Rui Lopo, a propósito de acções previstas para o concelho do Barreiro, matérias já analisadas com a APL, referiu o aprovei-tamnento das potencialidades das Docas da CP, no apoio à pesca, as intervenções na zona da Torralta e no Rio Coina, nomeada-mente nas Praias de Palhais e Copacabana.Acerca da Doca da CP, o vereador respon-sável pela área do Planeamento, referiu que existe um dossier, na posse do Secretário de Estado que prevê a entrega da Doca ao município do Barreiro, por um valor na ordem dos 150 mil euros – “o assunto está em estudo” e a questão da verba poderá ser revista.

ALBURRICA COM INVESTIMENTOSNA ORDEM DOS 1,7 MILHÕES DE EUROS

O autarca referiu, igualmente intervenções previstas na zona do Bico do Mexilhoeiro, na Praia da Barra-à-barra, no Clube Naval Barreirense e no Clube da Vela.Sublinhou que estão previstas intervenções na zona de Alburrica com investimentos na ordem dos 1,7 milhões de euros.

Referiu que foi constituído um Grupo de Trabalho, cuja missão vai ser objecto de assinatura de um Protocolo entre a Câmara Municipal do Barreiro e a APL, com a fina-lidade de perspectivar os investimentos.

TERTÚLIATERTÚLIA

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MARCO PARA O ROTARY CLUB DO BARREIRO

«Nenhuma instituição tem futurose não preservar o passado»NO AUDITÓRIO DA BIBLIOTECA MUNICIPAL DO BARREIRO REALIZOU-SE O LANÇAMENTO DO LIVRO «16 ANOS DE AÇÃO ROTÁRIA», DE ÁLVARO GASPAR, COM PREFÁCIO DE MARIA FERNANDA AFONSO.

Na apresentação da obra Maria Fernanda Afonso referiu que a mesma pode ser apre-ciada em duas partes, numa primeira parte faz uma abordagem do movimento rotary no mundo e recorda a história de16 anos de actividade do Rotary Clube do Barreiro, numa segunda parte analisa os perfis dos barreirenses que ao longo dos anos mere-ceram a distinção «Profissional do Ano».“Alguns já nos deixaram e vamos gostar de os recordar” – sublinhou.

MARCO PARA O ROTARY CLUB DO BARREIRO

No decorrer da sessão Maria Fernanda Afonso, sublinhou que esta obra é “um marco de grande importância para o Ro-tary Club do Barreiro e para a nossa terra”, contribuindo para “preservar a memória do trabalho que foi feito ao longo de 16 anos”.Sublinhou que a obra “acompanha a história detalhadamente com grande rigor”, desde a fundação em 1996.

PRESERVAR O PASSADO

“Nenhuma instituição tem futuro se não

preservar o passado, aqueles que fecham os olhos a esse conhecimento raramente conseguem lançar as bases para um futuro sólido” – sublinhou Maria Fernanda Afonso.Recordou o trabalho realizado ao longo dos anos pelo Rotary Club do Barreiro, ao serviço de projectos sociais, culturais e educativos.Referiu a importância “documental” do livro que contribui para demonstrar “a veracidade dos factos”.“Devem estar orgulhosos por saber que pertencem a esta instituição” – referiu.

ESTÃO INSCRITOS NA CONVENÇÃO 161 PAÍSES

Afonso Malho, em representação do Gover-nador Rotary, sublinhou a acção realizada ao longo dos anos pelo Rotary Clube do Barreiro.Referiu que membros do Rotary Clube do Barreiro – Pedro Gameiro e Álvaro Gaspar – estão dando um contributo positivo na organização da Convenção Internacional Rotary que vai decorrer em Lisboa, no próximo mês de Junho.“Já estão inscritos na Convenção 161 paí-

ses, com um total de 21 mil participantes” – sublinhou.

CONTRIBUEM PARA SALVAR TRÊS VIDAS

Álvaro Gaspar, sublinhou que o livro «16 anos de Ação Rotária» concretiza a reco-lha de materiais da vida do clube, procura

também divulgar o que é o movimento rotary no mundo.Recordou que esta obra é fruto de um de-safio lançado pelo jornal «Rostos».Referiu que todos aqueles que venham a adquirir o livro estão a dar um contributo para três vacinas de poliomielite – “con-tribuem para salvar três vidas”.

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TERTÚLIATERTÚLIA

FORMAÇÃO DE BOMBEIROS NO BARREIRO

Equipas de Salvamento e DesencarceramentoNa Associação dos Bombeiros Voluntários do Sul e Sueste realizou-se uma acção de formação de «Chefes de Equipa de Salvamento e Desen-carceramento».

A acção de formação foi orientada por José Guilherme, da Escola Nacional de Bombeiros, envolvendo na formação 10 elementos.Segundo referiu ao Rostos, José Guilherme, a acção teve como objectivo capacitar os formandos de técnicas de corte e estudo de intervenção, capacitar para gerir o teatro de operações, coordenando equipas e ge-rindo prioridades.

A acção decorreu durante dois dias com aulas teóricas e práticas.

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BUSINESS TOGETHER NETWORKING EMPRESARIAL na Baía do Tejo superou todas as expectativas

JACINTO PEREIRA, PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA BAÍA DO TEJO

Estratégia da Baía do Tejo aposta na instalação de empresas e consequente criação de emprego

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Foram muitos os que responderam com entusiasmo ao desafio para fazerem Business Together, a primeira ação de networking empresarial promovida pela Baía do Tejo.Destinado a todas as empresas clientes dos Parques Em-presariais da Baía do Tejo e aberta a todos os empresários da região, o Business Together lotou por completo o Clu-be de Empresas da Baía do Tejo, que se abriu para acolher mais de uma centena de empresários e empreendedores que aderiram a esta iniciativa.

Os representantes das várias dezenas de entidades envolvidas aproveitaram para trocar contactos, promover os seus negócios e conhecer potenciais fornecedores e parceiros que, mesmo es-tando geograficamente próximos, têm poucas oportunidades de conhecer num ambiente informal e inclusivo, mas com objetivos construtivos e bem definidos, na perspetiva de potenciar os ne-gócios.Hélder Falcão, o orador e animador da sessão, acompanhou to-dos os participantes de forma interessante e promoveu grande interatividade entre as empresas presentes.A assinatura Business Together foi assumida pela Baía do Tejo como reflexo da reorientação estratégica que a empresa op-tou por fazer, focando-se cada vez mais no seu core business, a gestão dos parques empresariais e o desenvolvimento e pro-moção da estratégia do Arco Ribeirinho Sul, tendo como grande objetivo atrair empresas e investimentos para os seus territórios e potenciar o emprego.

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No Edifício Douro, Parque Empresarial da Quimiparque, no Barreiro, realizou-se pela primeira vez na Margem Sul, o Ignite Barreiro/ Margem Sul, tendo como tema «Empreender na Margem Sul».Esta foi uma iniciativa da Rede para a Empre-gabilidade Barreiro-Moita e da Baia do Tejo.

ABRIR CAMINHOS PARA PENSAR O PRESENTE E O FUTURO

O “empreender” como, previamente, foi referido era entendido – “em sentido amplo, ou seja, perpassa a criação de negócios, po-dendo abarcar o empreendedorismo social, cultural, ambiental ou mesmo um projeto ou movimento de cidadania”.Foi, de facto, isso que aconteceu no Arma-zém nº 10, os diversos oradores, em suces-sivos períodos de 5 minutos, contaram as suas experiências, apresentaram propostas,

despertaram sonhos, abriram caminhos para pensar o presente e o futuro.De referir que a inscrição efectuada pelos participantes no evento reverteu para a As-sociação Nós, facto que foi reconhecido por Humberto Candeias, Técnico da Associação, que, também ele, apresentou e divulgou o projecto «Uma cidade para todos», que está em construção.

ATRAIR INVESTIMENTOS E POTENCIAR O EMPREGO

Humberto Fernandes, da Baía do Tejo, abriu a sessão referindo que a realização deste evento tinha por objectivo concretizar o de-sígnio da Baía do Tejo – “dinamizar os seus clientes do Parque Empresarial” e “potenciar as relações entre empresas”.A Baía do Tejo quer ser um “facilitador e potenciador de negócios” e desta forma

“atrair investimentos e potenciar o em-prego” – sublinhou Humberto Fernandes.

LANÇADO O MOTE, ABRIU-SE A PORTA AOS SONHOS…

Estava lançado o mote. Para criar ambiente um grupo de jovens voluntários, numa bela coreografia, proporcionou aos presentes um belo momento de arte, marcado de cor, ritmo e sonoridade.

Paulo Dias, sublinhou que os eventos Ignite, têm vindo a realizar-se em diversas cidades do mundo, como espaços de partilha de ideias, onde os oradores “sobem à palete”, e lhes é proporcionado um lugar para “ter voz” e com as suas propostas “causarem ignição”, com troca de conhecimentos, ex-periências sobre temas como Criatividade, Inovação, Tecnologia e Empreendedorismo.

Lançado o mote, abriu-se a porta aos sonhos…

UM SONHO QUE SE TORNOU REALIDADE

Marta Baeta, contou-nos a sua história, subordinada ao tema «Do Barreiro para o mundo».Recordou a sua experiência de três meses no Quénia, onde as crianças vivem na rua, as mães prostituem-se para dar de comer aos filhos.“São crianças maravilhosas” – referiu.Essa sua experiência, deu-lhe alento para desenvolver um projecto de apoio a 16 crianças, com base nas bijuterias criadas por elas, conseguiu ao nível mundial obter apoios, proporcionando para essas crianças apoios de livros, roupas que lhes proporcio-naram sorrisos.Sentia-se a felicidade da jovem barreirense

«Paulo Dias, sublinhou que os eventos Ignite, têm vindo a realizar-se em diversas cidades do mundo, como espaços de partilha de ideias, onde os oradores “sobem à palete”, e lhes é proporcionado um lugar para “ter voz” e com as suas propostas “causarem ignição”, com troca de conhecimentos, experiências sobre temas como Criatividade, Inovação, Tecnologia e Empreendedorismo.»

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ROSTOS CADERNOROSTOS CADERNO

IGNITE BARREIRO / MARGEM SUL

O «Armazém 10» da Quimiparque abriu as portas aos sonhos. Atrair investimentos e potenciar o emprego. Barreiro Rocks vai ter festa de apresentação em Madrid

NUM TEMPO MARCADO DE DÚVIDAS, DIFICULDADES E TANTAS INCERTEZAS, O BARREIRO VIVEU NO ARMAZÉM 10 DO PARQUE EMPRESARIAL DA QUMIPARQUE, UMA TARDE DE SONHOS, PROJECTOS, NUM ENCONTRO DE GERAÇÕES, ONDE, DE FACTO SÓ EXISTIA UMA MOTIVAÇÃO «SONHAR E ACREDITAR NOS SONHOS» E, ACIMA DE TUDO, QUE NA MARGEM SUL, HÁ LUGAR, SABER E CONDIÇÕES QUE PERMITEM ABRIR CAMINHOS PARA DAR SENTIDO À IDEIA «EMPREENDER NA MARGEM SUL»..

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Marta Baeta ao partilhar o seu projecto, o seu sonho e, obviamente, o sucesso obtido que a motivou para sentir que o seu projecto de vida é trabalhar por estes objectivos ao nível das ONG’s.

O STRESS DO QUOTIDIANO

Depois, Mónica Calado, falou sobre o «Insti-tuto Anti-stress» - NAMARJAI – uma marca que envolve um projecto de trabalho, que nasceu dos nome dos seus três filhos e que pretende ser uma ajuda a todos aqueles que diarimente são confrontados com o stress do trabalho, com o stress infantil.

«A NOSSA MARCA QUE FAZ A DIFERENÇA»

Nelson Emilio, trouxe como tema «O que eu quero ser», um projecto que começou por ser «uma ajuda a mim próprio».Uma proposta que motivou uma reflexão sobre a importância de cada um de nós descobrir aquilo que nos faz diferentes - «a nossa marca que faz a diferença», de forma que, com essa descoberta sejamos capazes de «seguir as nossas paixões».Deixou a todos o desafio de sermos capa-zes de fazer a «diferença na concorrência» e que para tal têm que fazer «o melhor de vocês próprios».

NO PASSADO HOUVE PRESENTE

Samuel Rodrigues, falou sobre «O Poder da Informação», alertando para a importância da gestão de informação nas empresas e na vida de cada um de nós – “a gestão de informação tem que ser proactiva».Edgar Barreira, referiu a importância dos «mapas mentais», recordando que «de-vagar se vai ao longe» e que «quem corre por gosto não cansa».“Nunca confiar a 100% no mapa dos outros” – referiu, para alertar para a necessidade de cada um «fazer um mapa», nunca es-quecendo nesse mapa que “no passado, houve presente».

O TEU PODER É INIMAGINÁVEL

Ana Filipa Flores, falou sobre o seu projecto de fotografia, através do qual motivou os participantes, moradores num Bairro Cri-tico, a usar a fotografia como instrumento de mudança.“A fotografia como processo de mudança da sociedade e da comunidade” – referiu.Humberto Candeias, da Associação Nós, divulgou o projecto «Cidade para Todos» - “o sonho de construir uma cidade para todas as pessoas”.

Recusou a postura que muitas vezes adop-tamos, que nos leva a não agir, adoptando ideias feitas como «a culpa é do sistema».“O teu poder é inimaginável” – sublinhou, para demonstrar que cada um no plano indi-vidual pode ajudar a transformar a realida-de, mas, acrescentando, que a cidadania e

a cidade “faz-se sozinho e acompanhado”, dando como exemplo a vivência de Cida-dania «Dia B».

IMPORTÂNCIA DE OUVIR E DESPERTAR A CONFIANÇA

Helder Falcão, recordou técnicas de con-tactos empresarias, a importância de ouvir e despertar a confiança.Para receber é preciso também dar, re-cordou.E, foi tempo de paragem. Um tempo para conversar. E descobrir novos amigos.No recomeço, João Sousa, proporcionou um momento de «Ginástica Laboral», para «prevenção de lesões» e «acção lúdica» no espaço de trabalho.

Um momento divertido proporcionado por este jovem do Barreiro, cuja acção, nesta área é dinamizada um pouco por todo o país.

BARREIRO ROCKS VAI TER FESTA DE APRESENTAÇÃO EM MADRID

Carlos Ramos, abriu a segunda parte do Ignite Barreiro/ Margem Sul, falou do seu sonho de «viver a música», do projecto «Barreiro Rocks» que começou no ano 2002 e hoje tem dimensão internacional, sendo um projecto reconhecido e com a «sua própria identidade».Referiu que este é um projecto que vai con-tinuar, num tempo que considera necessário «repensar o projecto», apontando para lhe dar «uma dimensão regional», promovendo a extensão do Barreiro Rocks a todos os concelhos da Costa Azul.“Está tudo louco?» - interrogou, para res-ponder – “ainda não!»Porque continua a acreditar e como novidade divulgou que o próximo Barreiro Rocks já vai ter uma festa de apresentação em Madrid.

SONHOS SE TORNEM REALIDADES SUSTENTÁVEIS

E, a apresentação de projectos e sonhos continuo. ali, no coração do Parque Em-presarial.Ana Varandas, trouxe para reflexão o tema do «financiamento dos sonhos», recordan-do que “os sonhos não nos podem levar à ruína».Recordou que “estar só não leva a lado ne-nhum» e lançou o repto de todos aqueles que querem desenvolver micro-projectos, criarem condições de potenciarem custos de forma que os sonhos se tornem realidades sustentáveis.

DAR… IGNIÇÃO A NOVAS IDEIAS

A acção continuou, e, acreditem, uma coisa é certa, este evento no Armazém 10 do Parque Empresarial da Qumiparque vai ficar, certa-mente, na história dos sonhos e vontades de jovens e menos jovens que acreditam é possível vencer a crise, é possível dar … ignição a novas ideias.

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MAIO/JUNHO DE 2013 ROSTOS CADERNOROSTOS CADERNO

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JACINTO PEREIRA, PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA BAÍA DO TEJO

«Baía do Tejo está capacitada para receber qualquer indústria, plataforma logística ou empresa de pequena, média ou grande dimensão»No próximo dia 28 de maio a Baía do Tejo vai promover o seu primeiro fórum com o tema central “Reindustrialização: Um caminho para o futuro da economia portuguesa”.Jacinto Pereira, Presidente do Conselho de Administração da Baía do Tejo, responde a perguntas colocadas pelo jornal «Rostos» a propósito da realização deste evento.

IMPORTÂNCIA E POTENCIAL DOS TERRITÓRIOS DO ARCO RIBEIRINHO SUL

Que objectivos pretende a Baía do Tejo concretizar com a realização do Forum sobre reindustrialização?“Temos com objetivo a promoção de uma reflexão, de um debate de ideias, acerca de um tema que está na ordem do dia e que se apresenta como um pilar fundamental da estratégia de crescimento que o Governo pretende implementar no país. Entendemos que a dinamização de um processo de reindustrialização é de ex-trema importância para o crescimento e desenvolvimento económico, e social, do país, pelo que deve ser uma questão bem refletida e debatida. Por outro lado e, na perspetiva da Baía do Tejo, para nós a mais importante, preten-de-se chamar a atenção, não apenas das instâncias, todas, oficiais, como também do mercado, nacional e internacional, para a importância e potencial dos territórios do Arco Ribeirinho Sul, nomeadamente sob o prisma de um processo de reindustria-lização, para os territórios do Seixal e do Barreiro e também de Estarreja, que é um dos clusters químicos do nosso país. Este é um trabalho, uma tarefa, que con-sideramos central, fulcral, na estratégia de promoção destes territórios e que deve ser sublinhada e reforçada, para o que sabe-mos poder contar com todas as entida-des envolvidas, autarquias, associações empresarias, etc”.

CAPACITADA PARA RECEBER QUALQUER INDÚSTRIA, PLATAFORMA LOGÍSTICA OU EMPRESA

Os territórios da Baía do Tejo que papel podem desempenhar no processo de Reindustrialização?“Podem desempenhar um papel central e altamente dinamizador. Necessariamente, estes territórios devem ser a base de um processo de reindustrialização do país, uma vez que, para além de ser o seu ADN, o

peso histórico marcante e incontornável, apresentam condições ímpares no país e, mais concretamente na região, como sejam a proximidade à capital, com tudo o que essa vantagem envolve, as excelentes acessibilidades rodoviárias, ferroviárias e marítimas/portuárias, e uma margem de evolução enorme, se pensarmos que estamos em condições de adaptar-nos a qualquer tipo de indústria, ou seja, sem condicionantes de ordem de ocupação ter-ritorial. A Baía do Tejo, através dos seus parques, está neste momento capacitada para receber qualquer indústria, plataforma logística ou empresa de pequena, média ou grande dimensão.”

ATRATIVIDADE PARA A INSTALAÇÃO DE EMPRESAS E INVESTIMENTO

A presença de membros do Governo signi-fica que na estratégia de Reindustrialização proposta para o país insere os territórios da Baía do Tejo?“Com toda a certeza, e temos tido muitos sinais, e evidências, nesse sentido.Aliás, desde há muitos meses que é publico, e sublinhado pelo Governo, que a estratégia da Baía do Tejo passa pela criação de cada vez mais condições de atratividade para a instalação de empresas e investimento e

para a consequente criação de emprego.”

TORNAR O PARQUE MAIS ATRATIVO

Qual a importância dado ao Parque Em-presarial do Barreiro?Existe algum pen-samento estruturante?“O Parque Empresarial do Barreiro foi alvo de algum desinvestimento nos últimos anos, especialmente nos espaços exte-riores e acessibilidades, quando comparado com os outros territórios. A administra-ção decidiu investir nessa requalificação, integrada nos eixos estruturantes defi-

nidos pelo Plano de Urbanização. Tornar o Parque mais atrativo para a instalação de empresas e manutenção dos clientes existentes, exige da Baía do Tejo um esfor-ço na sua requalificação nomeadamente na abertura à cidade pela Rua da União e arranjos paisagísticos envolventes, recu-peração de edifícios na zona consolidada, novas acessibilidades pedonais e arranjos exteriores, rotundas na Avenida das Na-cionalizações e entrada Nascente, ligação efluentes a rede em alta da SIMARSUL / ETAR Barreiro-Moita e demolição de edi-fícios obsoletos.”

ROSTOS CADERNOROSTOS CADERNO

(...)«pretende-se chamar a atenção, não apenas das instâncias, todas, oficiais, como também

do mercado, nacional e internacional, para a importância e potencial dos territórios do Arco Ribeirinho Sul, nomeadamente sob o

prisma de um processo de reindustrialização, para os territórios do Seixal e do Barreiro e

também de Estarreja, que é um dos clusters químicos do nosso país.»

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MAIO/JUNHO DE 2013 DINÂMICASDINÂMICAS

«ENCONTROS DA PRIMAVERA» EM ALHOS VEDROS NA MOITA

Uma noite vivida com Luís Cardoso escritor que abre caminho à «literatura timorense no futuro»NO MOINHO DE MARÉ DE ALHOS VEDROS, NO CONCELHO DA MOITA, REALIZOU-SE A APRESENTAÇÃO DO LIVRO «O ANO EM QUE PIGAFETTA COMPLETOU A CIRCUM-NAVEGAÇÃO», DO ESCRITOR TIMORENSE LUÍS CARDOSO, UMA INICIATIVA INTEGRADA NOS «ENCONTROS DA PRIMAVERA», PROMOVIDOS PELO CACAV – CENTRO DE ANIMAÇÃO CULTURAL DE ALHOS VEDROS.

João Rodrigues, editor da Sextante, apre-sentou no Moinho de Maré de Alhos Vedros, o livro «O ano em que Pigafetta completou a circum-navegação», do escritor timo-rense Luís Cardoso.“É um livro muito especial” – sublinhou, acrescentando que com esta obra, Luís Cardoso – “atinge o cume da criação li-terária”.Referiu que é “um livro revelador” que de-monstra o caminho percorrido pelo povo timorense – “em busca de identidade” e “o levantar de um povo para a Liberdade e Independência”.

UMA OBRA MARCADA PELO LIRISMO ÉPICO

“Numa linha de narração, no realismo má-gico, mistérios acompanhando a vida, onde o tempo é cíclico e dá a volta” – refere João Rodrigues, nesta sua obra Luís Cardoso – “conta com o coração, do lado esquerdo onde está o coração”, seguindo as escolas do realismo mágico da América Latina, as-sume “uma forma de narrar, como aquela que marcou a resistências às ditaduras da América Latina”.“É uma obra marcada pelo lirismo épico, da luta do povo de Timor” – sublinhou.“Uma obra herdeira das coisas intimas, dos segredos, das histórias da memória e esperança” – acrescentou.

João Rodrigues, referiu que o escritor Luís Cardoso, é “uma voz original da literatura contemporânea portuguesa”.“A sua obra é a pedra onde se vai fundar a literatura timorense no futuro” – sublinhou.

CAMINHO PARA DAR VOZ A TIMOR

Recordou que Luís Cardoso, - “trabalhou, lutou, estudou ao lado das personagens do seu livro”.Salientou que a escolha do português por Luís Cardoso, é a afirmação de uma “língua identitária”, referindo que “não é uma lín-gua de conquista”, mas sim “a língua para conhecer o outro, de outras músicas, de outras línguas, de outros mitos”.Recordou que a língua portuguesa é “uma língua minoritária em Timor”, mas a esco-lha do português é um caminho para “dar voz a Timor”.DESCOBRI O PRAZER DE GOSTAR

DA LÍNGUA PORTUGUESA

Luís Cardoso, recordou que esta era sua terceira presença em Alhos Vedros, tendo sido a primeira vez, numa iniciativa realizada após os Massacres de Santa Cruz. Lem-brou amigos de Alhos Vedros – o Ricardo e o Hélio.“Não sou um escritor muito mediatizado” – referiu.

Sublinhou que – “o português não é a mi-nha língua natural”, mas, recordou que “foi através da língua portuguesa que ganhei o primeiro pão da minha vida”.

“Descobri o prazer de gostar da língua portuguesa”- salientou, referindo que tal gosto remontava ao seu tempo de escola.Foi ali que escreveu redacções e cartas de amor, que lhe eram solicitadas por amigos. O filho do dono da padaria pedia-lhe que escrevesse as redacções. Ele escrevia. Em troca recebia pão com manteiga.

“O primeiro pão da minha vida foi na escola que comi. Era tão agradável aquele sabor e cheiro do pão com manteiga” – recordou.FORAM COISAS REAIS QUE ACONTECE-

RAM NÃO TÊM A VER COM FICÇÃO

Luís Cardoso, estudou medicina, mas aca-bou por conclui a sua licenciatura em En-genheiro Agrónomo na área de Silvicultura.Quando escreveu o seu primeiro livro recebeu elogios da critica que foram um estímulo para escrever diversas obras.

Este seu livro «O ano em que Pigafetta com-pletou a circum-navegação», fala dos seus antepassados, dos mitos, mergulha no mundo dos mortos, que se mistura com os vivos.“Foram coisas reais que aconteceram, não têm a ver com ficção” – sublinhou, acres-centado que – “este livro tem muito de autobiográfico”

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No decorrer da sessão de abertura da se-gunda edição do Fórum de Desenvolvimen-to Local do Barreiro - Moita , promovido pela «Rede para a Empregabilidade do Barreiro-Moita», João Lobo, Presidente da Câmara Municipal da Moita, sublinhou a importância do evento como contributo para a implementação de “uma estraté-gia de desenvolvimento local”, visando “procurar alternativas para a actual crise económica”.

O autarca referiu que a actual crise eco-nómica tem contribuído para o aumento do desemprego, sendo necessário unir esforços para “combater a exclusão so-cial” e criar “as condições necessárias para melhorar a vida” das populações.

REDE DE EMPREGABILIDADE“DEVE FAZER A DIFERENÇA”

O autarca referiu que o projecto da Rede de Empregabilidade “deve fazer a diferen-ça”, indo ao encontro dos “parceiros que estão no terreno” de forma a “incentivar o desenvolvimento sócio-económico do território” e dinamizar as “sua potencia-lidades endógenas”.

“BUSINESS CENTER” NO PARQUE EMPRESARIAL DO BARREIRO

Paulo Gamito, da Administração da Baía do Tejo, sublinhou que as matérias de “empregabilidade e empreendedorismo dizem-nos respeito”, porque a Baía do Tejo é uma entidade gestora de Parques Empresariais, por essa razão aposta “na capacidade de cada pessoa singular e das pessoas” para dinamizar o seu território e atrair emprego.

O administrador da Baía do Tejo anunciou, que até ao final do primeiro semestre vai entrar em funcionamento um “Business Center” no Parque Empresarial do Barreiro, um espaço destinado a permitir que peque-nos empresários possa utilizar Gabinetes e potenciar negócios.Paulo Gamito expressou a vontade que o Business Center” possa ser um contributo para “fomentar a actividade empresarial” e apoiar a “rede de empregabilidade”.

BARREIRO É ESSENCIAL NO DESENVOLVIMENTO DA ÁREA METROPOLITANA DE LISBOA

Sofia Martins, Vice presidente da Câmara

Municipal do Barreiro, sublinhou o trabalho que tem sido desenvolvido pela RUMO, que “é incansável a trabalhar” na promoção de acções de solidariedade.“Não se cansam e não desistem e dedicam o seu tempo a puxar para cima o que temos de melhor” – sublinhou.A autarca recordou que o território do concelho do Barreiro é essencial no crescimento e desenvolvimento da Área Metropolitana de Lisboa, apontando a necessidade de serem alterados os de-sequilíbrios existentes, desenvolvendo-se “projectos de trabalho no sentido de trazer

novas competências”.Sofia Martins sublinhou que o território deve ter “o desenvolvimento que merece e que o país precisa”.

APOSTAR NA “QUALIFICAÇÃO EM ÁREAS DE EMPREGABILIDADE

Félix Esménio, Vice Presidente do IEFP, su-blinhou que estas iniciativas são “estrate-gicamente relevantes” porque permitem a procura de soluções e “as soluções surgem da partilha, no pensar em comum”.Na sua intervenção sublinhou a importân-

cia da requalificação e considerou que o desemprego “que magoa” pode ser “uma oportunidade para mudar as competên-cias”.“Puxem pelo Instituto de Emprego e For-mação Profissional, ajudem-nos aprestar um serviço público de qualidade” – salien-tou.Félix Esménio, referiu que “servir melhor” é apostar na “qualificação em áreas de empregabilidade”, apostando em “quali-ficar os recursos humanos”, de forma “a transformar os negócios em negócios de sucesso”.

«Paulo Gamito, da Administração da Baía do Tejo, sublinhou que as matérias de “empregabilidade e empreendedorismo dizem-nos respeito”, porque a Baía do Tejo é uma entidade gestora de Parques Empresariais, por essa razão aposta “na capacidade de cada pessoa singular e das pessoas” para dinamizar o seu território e atrair emprego.»

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DINÂMICASDINÂMICAS

FÓRUM DE DESENVOLVIMENTO LOCAL- BARREIRO E MOITA

Baía do Tejo divulga criação de “Business Center” no Parque Empresarial do Barreiro

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TEATRO ACONTECE NO BARREIRO

No real e magia de «Era uma vez... El-Rei Tadinho»…A Arteviva – Companhia de Teatro do Barreiro estreou a peça destinada ao público infantil, “Era uma vez... El-Rei Tadinho”, baseado no livro de Alice Vieira, com adaptação e encenação de Paula Magalhães.

Um espectáculo que as Escolas do concelho do Barreiro e da região de Setúbal não podem perder. Um espectáculo divertido para as famílias, feito de paixão, sentimento e alegria.Esta é, de facto, uma peça que decorre em dois tempos – o real e o imaginário - num só tempo – o teatro -, com muita imaginação e criatividade. A Arteviva – Companhia de Teatro do Barreiro estreou a peça destinada ao público infantil, “Era uma vez... El-Rei Tadinho”, baseado no livro de Alice Vieira, com adaptação e ence-nação de Paula Magalhães.

A PROPEDÊUTICA DO TEATRO

A peça “Era uma vez... El-Rei Tadinho” é uma verdadeira lição de teatro, uma propedêutica, ali, tudo o que acontece no palco sente-se tem

um objectivo, expressar diferenciadas formas .Elas são deslumbrantes. Na dicção. Na ex-pressão corporal. Nos movimentos. Numa interpretação primorosa. Um trabalho onde, para além da energia individual de cada actriz, acima de tudo o que sobressai é a energia colectiva – um belo espectáculo. Elas fazem-nos mergulhar pelos bastidores dos ensaios, nos diálogos, nas relações hu-manas, ao mesmo tempo, que nos empurram para o mundo dos sonhos e da magia. Elas motivam-nos a participar a sentir que so-mos parte integrante daquele espectáculo, demonstrando que não há teatro sem público. Simultaneamente o público é também actor, participando nas dinâmicas da acção – no real e na magia.Esta é, de facto, uma peça que decorre em dois tempos – o real e o imaginário - num só tempo – o teatro -, com muita imaginação e

criatividade. As personagens são vividas de forma intensa, naquela dobragem permanente entre o real e o imaginário. As vivências dramáticas são sentidas como quem partilha dois especta-culos dentro de uma só vivência – a arte! O cenário é marcado de cor, de alegria, permi-tindo a fluidez cénica, onde, de facto tudo pode acontecer e, certamente, cada espectáculo poderá será sempre uma especificidade, por-que está aberta a porta para abrir e alargar o diálogo com o público e o seu envolvimento.Ali o teatro é poesia, é reflexão, é divertimen-to, é expressão plástica, é dimensão musical. Um verdadeiro laboratório de técnicas teatrais, muito bem utilizadas, muito bem encenadas e contextualizadas.Um espectáculo que as Escolas do concelho do Barreiro e da região de Setúbal não podem perder.

Um espectáculo para as famílias, feito de pai-xão, sentimento e alegria.“O melhor que pode acontecer a um actor é ser inteiramente dominado pelo seu papel”- escreveu Stanilisvaski, foi isso que vi e senti naquelas actrizes que me proporcionaram uma bela tarde de sábado, ali, no Teatro Municipal do Barreiro.Uma pergunta – São profissionais? Não sei. Mas o que ali fizeram em palco demonstra que são rigorosas e esplêndidas.Fica o registo. Não perca este espectáculo onde a magia se mistura com o real, onde a beleza de um texto tem uma interpretação fabulosa, onde, afinal, com naturalidade e criatividade…o teatro acontece!

ANTÓNIO SOUSA PEREIRA

PERSPECTIVASPERSPECTIVAS

Ficha Técnica

Autor da obra original: Alice Vieira Adaptação e Encenação: Paula Magalhães

. Interpretação: Ana Sofia Samora/Ana Lúcia Santos, Catarina Santana, Susana Marques, Sara Santinho/Vanda Robalo.

Movimento e coreografias: Andreia Martins - Figurinos: Ana Pimpista - Canções: Ana Lúcia Santos - Selecção musical: Rui Lopes - Desenho de luz: João Henrique Oliveira - Design: Ana Sofia Pinto - Produção e promoção: Rita Conduto - Assistência à produção: Ana Lúcia - Apoio Geral: Dário Valente e Andreia Ribeiro - Fotografia: Cláudio Ferreira.

Classificação: M4Em cena: sábados 16:00, até Junho.No Teatro Municipal do Barreiro

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Pode afirmar-se que a estreia da comédia “A Boda dos Pequenos Burgueses” foi vi-vida numa noite de grande entusiasmo e o resultado final sentiu-se na satisfação que os espectadores partilharam com aquele conjunto de jovens actores, enquadrados pelos veteranos do TEB.Estão de facto de parabéns, por arriscarem em levar a cena este trabalho, por sentirem que vale a pena dedicar os dias a esta arte que nos faz rir, sonhar, pensar e abrir ca-minhos aos dias. Para os que não assistiram à estreia dei-xo a sugestão para numa noite de sábado, deslocarem-se à Oficina de Teatro Mário Pereira e acreditem que vão divertir-se com esta comédia, bem interpretada e com a encenação do Mestre Graciano que, como sempre, deixa sempre pormenores, bem estruturados e enquadrados, como sendo pequenas pinceladas que nos emocionam e deixam aberto o caminho para a reflexão, assim como quem diz: «pense quem vê», como é o caso daquela queda final dos quadros e os pontos de luz que ficam como um sinal estético e ético a marcar o final do espectáculo.Gostei de assistir ao espectáculo. Inicial-mente pareceu-me que estava o ambien-te um pouco tenso, talvez por ser noite de estreia, mas depois foram «soltando-se» agarrando o texto e as personagens.

Os noivos estiveram muito bem. Pareceu--nos que eram estreantes, se eram, de facto, têm nota positiva, mas se já estiveram em palco, na mesma, dizer que foram brilhantes.Aquela encenação que nos dividia, interior-mente, se estávamos assistir a uma «boda» ou à última ceia de Cristo, foi vivida com muita intensidade, com dinâmica, com pleno cruzamento dos discursos.O avô esteve bem, embora, inicialmen-te, fale-se muito depressa e juntando às características do personagem, ficou um pouco difícil de entender o seu discurso, mas, depois, à medida que a peça avançou sentiu-se que já estava mais dominador do seu papel.A «destruição» lenta do cenário ao longo da peça, foi muito bem estruturada, dando a dimensão pretendida com o texto, de quem quer viver mais no «parecer» do que «ser».E, aqueles pudins e os queques, que ali-mentam os personagens são um «mimo», lembrando aquela velha história que “quem não tem cão caça com gato». Estiveram todos muito bem. Foi uma noite divertida.Dou os parabéns ao TEB, que, de facto, com dificuldades, com paixão, com amor, mantém viva uma sala de espectaculos ali no Barreiro Velho, demonstrando que, por vezes, mais que dizer… o importante é fazer.A «Boda dos Pequenos Burgueses» é mais

um exemplo de como vivemos no nosso burgo…fazemos o que gostamos, mas é difícil fazer como gostaríamos de fazer.Uma boa encenação. Um bom conjunto de actores. Uma sala acolhedora. Mas, ali, sente-se faltam recursos e se não fosse a imaginação, a vontade e o querer, dificil-mente se concretizava o trabalho.

De certeza seria melhor e mais além se existissem recursos, porque, de facto, na essência está lá tudo – enquadramento no espaço cénico, marcações dos espaços das personagens, actores que vivem o papel, sentimento na encenação.Ali há teatro e amor ao teatro.

S.P.

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PERSPECTIVASPERSPECTIVAS

TEB – TEATRO DE ENSAIO DO BARREIRO

«A Boda dos Pequenos Burgueses»… Há teatro na cidade! O TEB – TEATRO DE ENSAIO DO BARREIRO ESTREOU A PEÇA «A BODA DOS PEQUENOS BURGUESES», DE BERTOLT BRECHT, COM ENCENAÇÃO DE GRACIANO SIMÕES.UMA SALA REPLETA ASSISTIU A UM TRABALHO FEITO COM MUITA DIGNIDADE, COM MOMENTOS HILARIANTES, QUE, MAIS UMA VEZ DEMON-STROU QUE É POSSÍVEL MANTER VIVA UMA SALA DE TEATRO NO CORAÇÃO DO BARREIRO VELHO.A «BODA DOS PEQUENOS BURGUESES» É MAIS UM EXEMPLO DE COMO VIVEMOS NO NOSSO BURGO…FAZEMOS O QUE GOSTAMOS, MAS É DIFÍCIL FAZER COMO GOSTARÍAMOS DE FAZER.

EM CENA ATÉ 25 DE MAIOA peça vai ficar em cena até 25 de Maio, aos sábados, pelas 21,30 horas, na Oficina Teatro Mário PereiraNão perca a oportunidade de ver e dar um abraço solidário ao TEB, que não desiste e insiste em fazer teatro e dar-nos momentos agradáveis de vivência da arte dramática.

Ficha ArtísticaNoiva – Patricia LinoNoivo – Nuno AntunesAvô – António JorgeMãe – Graciete PereiraIrmã – Débora FerreiraAmigo – Pedro FonaJovem – Nelson MotaSenhora – Tina SantosSenhor – João MoreiraFotógrafo – Ocasional

Ficha TécnicaAutor – Bertolt BrechtEncenador – Graciano SimõesContra Regra – António Jorge dos SantosCenografia – Graciano SimõesExecutado por - José Brito, Fernando Santos e António Jorge dos SantosDecor – Fernando Santos, António Jorge dos Santos, Graciano Simões e Graciete PereiraProjeto de Luz e Som – Graciano SimõesOperadores de Luz e Som – Susana Santos, José Guerra e Carolina AlbertoGuarda Roupa – Maria Teresa Simões e Elizabete SantosEletricista – António Jorge dos SantosCaraterização – Tina Santos e Celeste RicardoPonto – Fernando SantosPublicidade e marketing - João SantosApoio à Divulgação – CMB Produção – TEB 2013

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A S.energia - Agência Regional de Energia para os concelhos do Barreiro, Moita, Mon-tijo e Alcochete, iniciou em 2013 o ciclo de “Encontros com Energia”, evento temático anual em torno da eficiência energética e da sustentabilidade ambiental. O mês Maio é dedicado ao tema “Energias Renováveis”, pelo que a S.energia promoveu ontem uma sessão dedicada às “Tendências e Oportunidades”, realizada na na Escola Superior de Tecnologia do Barreiro / IPS, no concelho do Barreiro.

PROBLEMA QUE NÃO É SÓ TÉCNICO É TAMBÉM POLÍTICO

Numa sala repleta, que contou com a presen-ça de alunos da Escola Profissional da Moita, Nuno Canta, Vereador da Câmara Municipal de Montijo e Presidente do Conselho de Ad-ministração da S.Energia - Agência Regional de Energia para os concelhos do Barreiro, Moita, Montijo e Alcochete, na abertura da sessão, sublinhou que a necessidade de “descobrir novos caminhos” e “procurar novas fontes de energia” é um “problema que não é só técnico é também político”.

UM DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Nuno Canta, recordou a nossa sociedade, nos últimos anos, tem tido por base a utili-zação de “energias fósseis” um “recursos não renovável”.Alertou que a “utilização de recursos não renováveis” conduz “a escassez de recur-sos” que são necessários para garantir a qualidade de vida.O presidente do Conselho de Administração das S.Energia, sublinhou o trabalho realizado pela Agência com a finalidade de promover uma cultura de “boas práticas” ao nível de “poupança e eficiência energética”, de forma a dar o seu contributo para que exista nos concelhos do Barreiro, Moita, Montijo e Al-cochete “um desenvolvimento sustentável”.

TEMOS PROGREDIDOBASTANTE NAS RENOVÁVEIS

Nuno Canta salientou que, actualmente, em Portugal a utilização de energias renováveis supera as energias não renováveis.“Temos progredido bastante na produção

de energia eólica, hídrica e nas renováveis” – sublinhou.No final da sua intervenção, na sessão de abertura de mais um “Encontros com Ener-gia”, salientou Nuno Canta a necessidade de “alargar a consciência das pessoas para este problema”.

ESCASSEZ DE RECURSOS ENERGÉTICOS

Olga Paredes, Vereadora da Câmara Muni-cipal do Barreiro e do Conselho de Admi-nistração da S.energia, salientou que “Por-tugal é um país com escassez de recursos energéticos” que “conduz a uma elevada dependência do exterior.”Sublinhou a importância de produção de energias renováveis em Portugal que tem “um enorme potencial que pode contribuir para reduzir a dependência”.A autarca sublinhou que o sector das re-nováveis é um “um sector de futuro” que pode gerar emprego e mercado- “temos que enfrentar esse desafio”.

BARREIRO TEM APOSTADO EM ENERGIAS RENOVÁVEIS

Olga Paredes recordou que o Barreiro –“não ficou indiferente e tem mostrado preocupa-ções com esta situação”, tendo assinado o «Pacto dos Autarcas» e com o contributo da S.energia – “tem apostado em energias renováveis”.Sublinhou que já estão instalados no con-celho do Barreiro sistemas de painéis so-lares que produzem energia, permitindo o aquecimento de água, caso das Piscina do Lavradio e Pavilhão Municipal Luís de

Carvalho, assim como produção de energia.

ESTES SÃO EXEMPLOS DE BOA CIDADANIA

Recordou, igualmente, que com diversas colectividades e instituições do concelho do Barreiro, no âmbito do «Eco-desafio» foram instalados sistemas de microgeração,

com “benefícios para as organizações” e para a comunidade.Olga Paredes referiu que neste campo o objectivo é continuar procurando atingir – “metas e caminhos cada vez mais am-biciosos”.“Estes são exemplos de boa cidadania” – sublinhou a autarca.

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MAIO/JUNHO DE 2013 PERSPECTIVASPERSPECTIVAS

NUNO CANTA, PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA S.ENERGIA

“Procurar novas fontes de energia é um problema que não é só técnico é também político”NUNO CANTA, VEREADOR DA CÂMARA MUNICIPAL DE MONTIJO E PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA S.ENERGIA - AGÊNCIA REGIONAL DE ENERGIA PARA OS CONCELHOS DO BARREIRO, MOITA, MONTIJO E ALCOCHETE, NA ABERTURA DA SESSÃO, ONTEM, PROMOVIDA PELA S.ENERGIA, SUBLINHOU QUE A NECESSIDADE DE “DESCOBRIR NOVOS CAMINHOS” E “PROCURAR NOVAS FONTES DE ENERGIA” É UM “PROBLEMA QUE NÃO É SÓ TÉCNICO É TAMBÉM POLÍTICO”.

(...) «a utilização de recursos não renováveis”

conduz “a escassez de recursos” que são

necessários para garantir a qualidade de vida.»

Nuno Canta

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No decorrer da inauguração da nova sede do Bloco de Esquerda do Barreiro, André An-tunes, líder concelhio, referiu que o recente acto eleitoral que o conduziu à liderança foi “um processo exemplar”, colocando-se agora como objectivo “pensar no Barreiro” e divulgar o projecto do BE para o concelho.

PARECE QUE SOMOS MALFEITORES

O novo líder do Bloco de Esquerda do Bar-reiro, nos próximos dois anos, deputado na Assembleia Municipal do Barreiro, sublinhou que “vivemos momentos complicados” de tal forma que, “quem está na vida politica”, mesmo aqueles que são parte da solução e não parte do problema – “parece que somos malfeitores”.

“Carregamos todos um estigma” – referiu André Antunes.

OUTRO RUMO E DIRECÇÃO PARA A CIDADE

André Antunes, salientou que é necessário “chamar as pessoas a intervir” na vida do concelho do Barreiro.“É preciso acabar com esta lógica do Bar-reiro Cidade dormitório” – referiu, na qual as “instituições meteram-se”.“É preciso outro rumo e direcção para a ci-dade” – sublinhou André Antunes.

UMA CIDADE QUE TEM POTENCIALIDADE CRIATIVA

O líder concelhio do Bloco de Esquerda re-

feriu que um pilar do Barreiro é ser “uma referência cultural” e ser uma cidade que “tem potencialidade criativa” a qual “tem sido desperdiçada pela Câmara”.“É necessário aproveitar a capacidade das pessoas que no Barreiro querem criar” – sublinhou André Antunes.

PRÓXIMAS ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS TÊM PARTICULARIDADES

Maria Jorgete Teixeira, responsável concelhia pelo trabalho na área autárquica, referiu que o momento actual é marcado de “gravidade” fruto de “medidas de austeridade extrema”.Neste contexto considerou essencial que o Bloco de Esquerda desenvolva “a luta nas cidades onde vivemos”.

A responsável pelo trabalho autárquico do BE referiu que as próximas eleições autárquicas “têm particularidades em relação a outras”, e apontou a necessidade de “contactos com as pessoas” e ir ao encontro dos “anseios das população”

BARREIRO VELHO ABANDONADO

Referiu que nos órgãos autárquicos no concelho do Barreiro são as “moções ge-neralizadas” que “dominam” os trabalhos, afastando-se dos “problemas reais dos cidadãos”.Maria Jorgete Teixeira, sublinhou que é preciso “apostar num novo tipo de cidade”, pondo fim a uma acção politica que se “verga ao betão”, fomenta “bairros periféricos” e que deixa “o Barreiro Velho abandonado”.

PROMOVER UMA CIDADANIA ACTIVA

Sublinhou a importância de “chamar os jovens”, “juntar as força vivas da cidade”, nomeadamente as colectividades que têm um papel importante na história do concelho.“É preciso promover uma cidadania activa” – sublinhou.

NOVA COMISSÃO POLÍTICA CONCELHIA

No decorrer da sessão foi divulgada a com-posição da nova Comissão Politica Concelhia do Barreiro do Bloco de Esquerda: André An-tunes, Sabino Lopes, Mário Durval, Alberto Cruz e Maria Jorgete Teixeira.

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PERSPECTIVASPERSPECTIVAS

ANDRÉ ANTUNES, LÍDER DO BLOCO DE ESQUERDA

«É preciso acabar com esta lógica do Barreiro Cidade dormitório»

NO AUDITÓRIO MUNICIPAL AUGUSTO CABRITA - BARREIRO

Concerto com «Crooner VIEIRA» e «Colectivo Alburrica». O concerto do ano, a não perder

No próximo dia 15 de Junho de, no Auditório Municipal Au-gusto Cabrita, pelas 21h30, realiza-se o concerto do ano, a não perder, que vai juntar o «Colectivo Alburrica» e a voz do Crooner Vieira. No dia do concerto será inaugurada, pelas 21h00, a exposição de trabalhos artísticos sobre o Crooner Vieira desenvolvidos pelos alunos do 12º ano da turma E da Escola Secundária

de Casquilhos.Os Colectivo Alburrica são uma formação de músicos com raízes em diversas áreas, com especial interesse pelo Jazz e pela improvisação.Vieira, o Crooner, o ultimo cantor romântico da Cidade do Barreiro, foi nas décadas de 40 e 50 vocalista da Orquestra Ritmo e da Orquestra de José da Silva.

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A abrir a sessão o «Colectivo Alburrica» proporcionou às centenas de pessoas pre-sentes, agradáveis momentos musicais. Filipa Domingos, ex-Chefe de Redacção do Jornal do Barreiro abriu a sessão de apre-sentação dos candidatos, dando um novo rosto às iniciativas da CDU.

CDU É RESULTADO DE OBRA COLECTIVA

Virgolino Rodrigo, da Concelhia do PCP, subli-nhou que a experiência autárquica dos elei-tos da CDU é “resultado de obra colectiva”, de uma gestão “participada” que assenta num “projecto autárquico” concretizado com dedicação e com estudo da realidade local.

NÃO HÁ QUALQUER OUTRA SOLUÇÃO OU ESCOLHA ALTERNATIVA REALISTA

Álvaro Gaspar, Mandatário Concelhio da CDU, sublinhou que “foi com surpresa que recebi o convite para esta honrosa função”. Afirmou que os dois candidatos para Presi-dente da Câmara do Barreiro e de Presidente da Assembleia Municipal do Barreiro, que convidou para se colocarem ao seu lado - “São estes os homens mais importan-tes para, no futuro próximo, presidirem e

dirigirem os destinos da nossa cidade, do nosso Município”Sublinhando que eles – “são o garante de que não há qualquer outra solução, ou es-colha alternativa realista, para os lugares e funções que, estou certo, irão desempenhar no futuro”.“ Com eles, poderemos estar seguros de que estaremos protegidos, e de ter alguém que defende até aos seus limites os interesses do Barreiro, isto é, os nossos interesses” – refeiu o mandatário concelhio da CDU.

DIFÍCIL SITUAÇÃO QUE NOS FOI DEIXADA PELA ANTERIOR GESTÃO PS

Frederico Pereira, actual presidente da As-sembleia Municipal e candidato nas próximas autárquicas, referiu que o Governo promove uma “brutal ofensiva contra o Poder Local Democrático, que visa a sua subordinação aos interesses e orientações do Poder Cen-tral, e aos grupos cujos interesses repre-senta e, em última análise, visa a sua des-truição, com as características e conteúdo que lhe conhecemos”, acrescentando que está em causa um dos pilares do “regime democrático saído do 25 de Abril de 1974”. Recordou que “apesar das dificuldades que

nos estão quotidianamente a ser impos-tas” e também “as que decorreram da difícil situação que nos foi deixada pela anterior gestão PS no município” nos últimos anos, foram dados – “passos significativos” que contribuíram – “para a melhoria de qualidade de vida dos barreirenses”.

INOVAÇÃO, ENERGIA E SIMPLICIDADE

Carlos Humberto de Carvalho recordou que no desempenho das funções de Pre-sidente da Câmara, podia afirmar – “co-nheço pessoalmente cada um de vós”, e tal, permitia-lhe sublinhar que todos “vivemos e partilhamos o mesmo amor pelo Barreiro”.O candidato a presidente da Câmara e actual presidente, referiu a importância do «amor à camisola» que caracteriza “todos os bar-reirenses” e que faz que sejam – “pessoas melhores, mais despojadas e abertas à di-ferença, mais tolerantes e mais solidários”.“Inovação, energia e simplicidade” – afirmou como sendo as palavras que devem marcar a acção dos eleitos do Poder Local.

TRANSFORMAR AS CÂMARAS MUNICIPAIS EM MERAS ESTRUTURAS REGULADORAS

“E não é sem emoção que vinco a situa-ção difícil , muito dificil, do país e do Poderr Local. Quer-se mudar e esvaziar o Poder Local, retirar-lhe autonomia, afastar as autarquias das populações, transformar as Câmaras Municipais em meras estruturas reguladoras. O contrário do que faz falta às populações.” – salientou Carlos Humberto.“É aberrante voltar a modelos antigos e esquecidos. Hoje as autarquias são con-cretizadoras, operativas, interventivas” – sublinhou..

TRANSFORMAR A AML NUMA GRANDE REGIÃO EURO-ATLÂNTICA

“Pelo Barreiro, pela nossa terra, por lhe dar o devido valor, defendemos uma Região Metropolitana de Lisboa com um desen-volvimento harmonioso. Em que as gran-des diferenças de desenvolvimento entre as duas margens se esbatam. A margem Norte mais desenvolvida. A Margem Sul menos desenvolvida” – referiu o candi-dato da CDU.Defendendo a necessidade de existir – “um nível de rendimento per capita mais

equitativo”Por outro lado sublinhou que o Rio Tejo tem que ter – “um papel central no desenvolvi-mento da região”. e apontou a necessidade de “redução de problemas de mobilidade, ambientais e sociais”.“É necessário transformar a AML numa grande região euro-atlântica, com fortes ligações aos países de língua oficial portu-guesa , ao continente africano e americano” – afirmou.“Pelo Barreiro, pela nossa terra, para que tenha o devido valor, esta região tem que ser a cidade das cidades – a cidade das duas margens. Um motor de desenvolvimento nacional” – afirmou.

ESTE CONCELHO ESTÁ ÀDISPOSIÇÃO DO PAÍS

“O Barreiro tem tradições de trabalho, de saber fazer, de tecnologia, de progresso. É cada um de nós dar uma parte de si. É um Concelho para todos que se só se faz contando com todos” – referiu o candidato à presidência da Câmara.“No Barreiro, como em muito poucos luga-res, há sonhos, utopias e ideais. Convicções firmes que não esmorecem ou desistem com o tempo. O Barreiro intervém, propõe, constrói, resolve. Este Concelho está à dis-posição do País. Quer ajudar a ultrapassar os atuais problemas. Ajudar a criar rique-za e trabalho. Ajudar o povo português a construir alternativas sustentáveis, justas e credíveis” - afirmou.

NUNCA TRAÍMOS OS NOSSOS VALORES DE ESQUERDA

Susana Silva, do Partido Ecologista «Os Verdes» referiu que “juntos fazemos a co-ligação democrática” e a “convergência da verdadeira esquerda alternativa”.Margarida Botelho, responsável da Direcção da Organização Regional de Setúbal do PCP, condenou o «Pacto de Agressão» subscrito pelo PSD, CDS e PS, que está “destruir os serviços públicos” e a colocar à “venda o país” .“O trabalho autárquico da CDU tem tudo a ver com esta luta” – referiu, acrescentando que “o voto da CDU vale por dois” porque contribui para a “derrota da direita” e porque contribui para “afirmar a CDU”.

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MAIO/JUNHO DE 2013 MOVIMENTOSMOVIMENTOS

CARLOS HUMBERTO, CANDIDATO DA CDU À PRESIDÊNCIA DA CÂMARA DO BARREIRO

Defende que é necessário «transformar a AML numa grande região euro-atlântica»NA ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA DO BARREIRO DECORREU A SESSÃO DE APRESENTAÇÃO DOS CANDIDATOS DA CDU À PRESIDÊNCIA DA CÂMARA MUNICIPAL DO BARREIRO – CARLOS HUMBERTO – E À PRESIDÊNCIA DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DO BARREIRO – FREDERICO PEREIRA, ASSIM COMO O MANDATÁRIO CONCELHIO DA CDU – ÁLVARO GASPAR.

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Na primeira reunião pública da Câmara Municipal do Barreiro, com a presença de Olga Paredes que substituiu na vereação Nuno Banza, foi aprovado o pedido de suspensão de mandato.

ESPERO FAZER UM BOM TRABALHO

No período antes da ordem Olga Paredes, su-blinhou que Nuno Banza, no exercício das suas funções de vereador, desempenhou-as com “afinco e dedicação”, e que apesar das diferen-ças ideológicas manteve sempre uma postura de “lealdade”.Olga Paredes, salientou que ao assumir as fun-ções, em substituição do ex-vereador Nuno. esta “ciente da responsabilidade” e acrescentou sentir “orgulho pelo trabalho desenvolvido” pelo seu antecessor.“Espero fazer um bom trabalho” – referiu Olga Paredes, afirmando sua disponibilidade para agir com “respeito, civismo” tendo em vista, “desempenhar o papel com responsabilidade e honrar os que nos elegeram”.

SUSPENSÃO DO MANDATO FORMULADA COM LIMITES

Na discussão do pedido de suspensão, Amílcar Romano, vereador PS, sem pelouros, endereçou votos para que Olga Paredes – “cumpra resto de mandato” e tenha “satisfação de participar” na actividade da autarquia. O autarca interrogou as razões porque o pedido de suspensão do mandato é formulado com limites. Uma pergunta que ficou em aberto.O Pedido de Suspensão de mandato foi aprovado por unanimidade.

UMA APRENDIZAGEM MUITO GRANDE

De referir que nesta reunião de Câmara, no pe-ríodo de intervenção do público, Nuno Banza, marcou presença, e na sua qualidade de cidadão, desejou “Boa sorte” a Olga Paredes e endereçou um “Muito obrigado” à vereação, sublinhando que a sua participação como eleito no execu-tivo municipal – “foi uma oportunidade e uma aprendizagem muito grande”.

Recordou que esta experiência foi uma “opor-tunidade de trabalhar com todos” e permitiu a realização de “algumas propostas de trabalho que foi feito por muita gente”“Eu fui o agente para concretizar as acções “ – sublinhou.

FOI UM PRAZER TRABALHAR CONVOSCO

Nuno Banza, deu relevo à “representatividade plural, diferenciada dinâmica” que partilhou na Câmara Municipal do Barreiro, acrescentando que esta é uma realidade que “deve honrar os barreirenses”.“A intervenção que fiz honrou o compromisso que assumi com o Presidente da Câmara. Foi um pra-zer trabalhar convosco” – sublinhou Nuno Banza, referindo que esta sua acção de autarca foi um contributo que lhe o ajudou a “ler melhor a cidade”.

TRABALHAR EM PROL DO BARREIRO

Nuno Banza, expressou ainda um agradecimento aos funcionários municipais salientando que – “todo esse trabalho só foi possível relevan-te qualidade dos funcionários da Câmara” os quais exercem as suas funções com “empenho, responsabilidade, dedicação e trabalham em

prol do Barreiro”.

PRETENDO CONTINUAR A VIVER NO BARREIRO

“Pretendo continuar a viver no Barreiro, criar os meus filhos no Barreiro, e continuar a dizer que sou do Lavradio. Serei sempre do Lavradio mes-mo com a sua fusão com o Barreiro” – sublinhou.

TENHO PENA QUE OUTROS NÃO TENHAM ACEITE PELOUROS

Carlos Humberto, Presidente da Câmara Municipal do Barreiro, dirigindo-se a Nuno Banza referiu – “É um prazer ter trabalhado consigo”, acrescentando que esta relação – “prova com o trabalho que fizemos pelo Barreiro, como é possível traba-lhar em defesa do Barreiro,” e que a diferença de opiniões – “é uma mais valia”.“Tenho pena que outros não tenham aceite pe-louros” – sublinhou o autarca, acrescentando que – “continuaremos a defender os interesses da nossa terra”.Sofia Martins , Vice Presidente da Câmara Mu-nicipal do Barreiro, acrescentou - “todos os vereadores da CDU subscrevem palavras do presidente”.

MAIO/JUNHO DE 2013

22 | Rostos | www.rostos.pt

MOVIMENTOSMOVIMENTOS

OLGA PAREDES SUBSTITUI NUNO BANZA

«Espero fazer um bom trabalho»

Câmara Municipal do BarreiroDEPARTAMENTO DE PLANEAMENTO E GESTÃO URBANA

SECRETARIA DO DEPARTAMENTO

ANÚNCIO

EMISSÃO DO ALVARÁ DE LOTEAMENTO N.º 1/2013, DE INICIATIVA MUNICIPAL DA A.U.G.I. N.º 3, Nos termos do Nº 2 DO artigo 78.º do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, com a redacção actual, conjugado com o artigo 77º do Decreto-Lei nº 380/99 de 20 de Setembro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 316/07 de 19 de Setembro, torna-se público que foi emitido o alvará de loteamento promovido pela Câmara Municipal do Barreiro, pessoa co-lectiva de direito público nº 506673626 ao qual corresponde o processo DP/792/2, que incide sobre o prédio misto sito em Vale do Romão, Freguesia de Santo André, descrito na Conservatória do Registo Predial do Barreiro sob o n.º 2189, e inscrito nas respectivas matrizes sob o artigo 238 - rústico, e 256, 994, 1119, 1120 e 1121 - urbanos:Este loteamento, aprovado pela deliberação camarária de 06/02/2013, respeita o disposto no Plano Director Mu-nicipal e apresenta as seguintes características: Área do prédio a lotear - 84.430,00m²; Área loteável - 24.992,46m²; Área da parcela remanescente - 59.277,54m²; Área abandonada ao domínio público - 230,00m²; Número de Lotes: 4; Lote 1 - Área do lote - 11.733,00m²; Finalidade - Equipamento; Confrontações: Norte: Câmara Municipal do Barreiro (parcela remanescente); Sul: domínio público, nº 7 da Rua Encarnação Coelho, lotes 2, 3 e 4; Nascente - Câmara Municipal do Barreiro (parcela remanescente); Poente - Lote 2; Lote 2 - Área do lote - 11.909,56m²; Finalidade - Equipamento; Confrontações: Norte: Câmara Municipal do Barreiro (parcela remanescente); Sul: n.º 1, n.º3 e n.º 5 da Rua Encarnação Coelho, Nascente - domínio público e lote 1; Poente - Câmara Municipal do Barreiro (parcela remanescente); Lote 3 - Área do lote - 562,45m²; Finalidade - Sem capacidade construtiva destinado a integrar lote contíguo da Urbanização da Quinta das Rebelas; Confrontações: Norte: lote 1; Sul: n.º 11 e n.º13 da Rua Encarnação Coelho, Nascente - lote 4; Poente - n.º 7 da Rua Encarnação Coelho Lote 4 - Área do lote - 717,45m²; Finalidade - Sem capacidade construtiva destinado a integrar lote contíguo da Urbanização da Quinta das Rebelas; Confrontações: Norte: lote 1; Sul: n.º 13 e n.º15 da Rua Encarnação Coelho, Nascente - Câmara Municipal do Barreiro (parcela remanescente); Poente - lote n3;O projecto de loteamento cumpre o disposto no PDMB e não houve lugar à consulta de entidades exteriores ao Município.

Barreiro 11 de Abril de 2013O VEREADOR DO PELOURO

(no uso de competência delegada) Rui Lopo

CANDIDATO DO PSD À PRESIDÊNCIA DA CÂMARA DO BARREIRO

Bruno Vitorino recebe apoiode 98,2% dos militantes

A Secção Local do Barreiro do Partido Social Demo-crata votou a proposta de candidatura à presidência da Câmara Municipal do Barreiro, nas próximas eleições autárquicas.Bruno Vitorino recolheu o apoio de 98, 2% dos votos dos militantes socias democratas.Bruno Vitorino que aceitou o convite de Luís Bravo, presidente da Comissão Politica da Secção do Barreiro do PSD para ser candidato à presidência da Câmara Municipal do Barreiro, viu confirmado pelo voto da maioria dos militantes do concelho que devia ser o

rosto da candidatura social democrata.Bruno Vitorino, deputado da Assembleia da República, ex-vereador da Câmara Municipal do Barreiro e actual líder de bancada dos sociais democratas na Assembleia Municipal do Barreiro será o candidato à presidência da Câmara Municipal do Barreiro nas próximas eleições autárquicas.

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Page 23: JACINTO PEREIRA, PRESIDENTE DO CONSELHO DE … com “dinâmicas de comemoração” para “trazer dinâmicas de esperança”. Recordou que é importante “celebrar a Ma - rinha

Estreou em Abril, um mês de referência na nossa vida colectiva, um mês marcado de simbolismos, de esperança, um mês que se escreve com a palavra Liberdade.Assistir, neste tempo, nesta actualidade à peça “Biedermann e os Incendiários”, faz--nos mergulhar por dentro do tempo, sentir a força da sua actualidade. Há um momento na peça que um espectador comenta por trás de mim: “Parece que es-tão a falar de Portugal!”. Também senti isso, mas posso acrescentar parece que estão a falar de Portugal, da Europa ou do mundo de hoje, deste tempo que vivemos marcado pelo ritmo da “encenação de ideias”.

Se quiser dizer aquilo que mais me agradou neste espectáculo foi ter vivido uma noite divertida, com fortes gargalhadas, demons-trando-se que é possível rir sem necessi-dade de recorrer a brejeirice, é possível falar de políticos e de politicas, sem necessidade de recorrer a referências a nomes da ac-tualidade, porque, afinal, o entendimento da realidade fica para que, na sua interioridade, cada espectador sinta e pense, de acordo com a sua visão do mundo, seus valores e sem dogmas.

O real concreto está ali, nós sentimo-lo, pode ser o real da cidade, como pode ser o real do país, da europa ou do mundo.Não é uma peça oca, não rimos por rir, se calhar rimos porque sentimos a vida real,

aquela que todos os dias nos entra em casa pelos canais de televisão, emergir, subita-mente, nos diálogos das personagens.

Uma peça com forte conteúdo filosófico, com uma intensa mensagem sociológica, que nos abre uma janela para pensar e sentir Portugal, e que nos propõe que pensemos a importância de sentir humanamente e deixarmos de viver apenas olhando para os números.Uma peça que nos alerta para o desfecho final de todos nós, para um lugar, onde, en-tão, deixarão de contar as jóias, propondo--nos uma reflexão sobre o sentido da vida, fazendo despertar o grilo falante da nossa consciência, sem dogmas, com grande aber-tura, como quem quer anunciar a Primavera.

Tudo isto foi decorrendo no espaço cénico, com muito ritmo, com intensidade, numa encenação deslumbrante que nos trans-porta a momentos que revivemos os coros da tragédia Grega, ou noutros momentos aos ambientes de filmes de Music Hall, bri-lhantemente interpretados pelo coro dos bombeiros, com intensidade na voz e plena expressão corporal.Há momentos cénicos de interpretação do coro que apetece aplaudir.

Uma encenação que procura construir arte no espaço, construindo e reconstruindo os cenários, vestindo e despindo as persona-

gens, com perfeição, num perfeito equilíbrio no jogo de sombras, de luz e pleno enqua-dramento da selecção musical, do guarda roupa, dos adereços. Tudo pensado ao pormenor. Porque, afinal, no teatro tudo conta para transmitir emoções ou gerar pensamentos. Uma peça que, naturalmente, também vive da interpretação dos actores. Rui Félix – no papel de Biedermann - , como sempre viveu o seu personagem de forma intensa, contando com um excelente acompanha-mento de Patrocinia Cristovão – no papel de Babete - ambos com excelente expressão vocal e dominando os personagens com rigor e profissionalismo.Vanda Robalo – no papel de Ana – cria a personagem com muita firmeza, e, aquele facto de mudar a cor do avental, do branco para o vermelho, mantendo o mesmo com-portamento caricatural, é, sem dúvida, muito bem conceptualizada ao nível da encenação.

Ricardo Guerreiro – no papel de Schmitz - que não recordo de ter visto actuar anterior-mente, assim como Henrique Gomes – no papel de Eisenring – colocaram realismo nas suas personagens, deram-lhes o sen-timento interpretativo essencial para lhes dar quer a dimensão cómica, quer dramática no contexto global do espectáculo. Gostei. Estiveram excelentes.Vítor Nuno – no papel de policia – ou Ale-xandre Antunes – no papel de universitário,

assim como Celeste Mestre – no papel de viúva Knechtling – vivem as suas interpre-tações com as exigências do «jogo dramá-tico» e com domínio das suas personagens. Mas, acredito, que com a realização de sucessivos espectaculos, até Junho, vão soltar-se mias e perder alguns «tiques» que são naturais numa estreia. Gostei de todos, mas, não quero deixar de fazer um registo à interpretação exigente, do ponto de vista facial, e que foi muito sólida, de Celeste Mestre.

Jorge Cardoso habituou-me a sentir, nas peças que leva a cena, a intensidade das suas mensagens, pela sua actualidade, pelo seu rigor na construção do espaço cénico, pelo ritmo que coloca na relação entre os personagens.Jorge Cardoso em cada uma das suas peças rasga o vazio dos dias e abre portas a uma dimensão cultural, que nos obriga a pen-sar, com as personagens, com o texto, com os cenários, e, como espectadores nunca saímos indiferentes. Somos obrigados a rir e a pensar.

Aquela destruição do cenário está deslum-brante, porque, na verdade, é uma destruição que abre caminho para uma reconstrução. Quando assistimos a uma peça, no final, o que perguntamos a nós mesmos, é se valeu a pena, ou seja, reflectirmos se sentimos no plano estético – na dimensão emocional - ou no plano ético – na dimensão moral - se, afinal, aquele tempo que vivemos, foi, ou não, um contributo para nos enriquecer como seres humanos.No fundo, trata-se de sentir, afinal, se acres-centamos alguma coisa à nossa vida, nesta construção do tempo que vivemos.

Posso dizer, que no final do espectáculo senti que me diverti, diverti-me de forma hilariante. E quando caminhava para casa, reflectia com as palavras e a «camuflagem» das pala-vras, pensava a cidade, pensava Portugal e pensava na Europa.Gostei. Gostei mesmo imenso, porque afinal os incendiários andam por aí e fazem muita mossa nas nossas vidas.

ANTÓNIO SOUSA PEREIRA

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MAIO/JUNHO DE 2013 MOVIMENTOSMOVIMENTOS

BARREIRO - ARTE VIVA ESTREIA «BIEDERMANN E OS INCENDIÁRIOS»

Uma «lição» sobre a natureza humana… que faz sorrir e pensar!A PEÇA “BIEDERMANN E OS INCENDIÁRIOS”, DE MAX FRISCH, COM ENCENAÇÃO DE JORGE CARDOSO, QUE VAI ESTAR EM CENA ATÉ JUNHO, ÀS SEXTAS E SÁBADOS, PELAS 21H30, NO TEATRO MUNICIPAL DO BARREIRO, MERECE, DESDE JÁ, QUE SE DIGA, É ESSENCIAL QUE OS BARREIRENSES E TODOS AQUELES QUE GOSTAM DE TEATRO NA REGIÃO NÃO FALTEM, NÃO PERCAM ESTA OPORTUNIDADE DE VER UM GRANDE ESPECTÁCULO, QUE DIVERTE E ABRE CAMINHO, NESTE MÊS DE ABRIL, PARA REFLECTIRMOS SOBRE PORTUGAL E O MUNDO, SOBRE A NATUREZA HUMANA, A SUA RELAÇÃO COM DI-VINO, COM A VIDA E COM A MORTE, SENDO OU NÃO SENDO CRENTE.

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MAIO/JUNHO DE 2013MEMÓRIAMEMÓRIA

AUGUSTO CABRITA ERA UM HUMANISTA

«O Barreiro era mais que a terra dele, era a casa dele»Um Concerto de Jazz “Revisitar Augusto Cabrita”, pelo grupo de alunos da Escola de Jazz do Barreiro, formado por Hélder Vicen-te, no trombone, Nuno Santos, na guitarra, Nuno Faria, no contrabaixo e Ricardo Leitão, na bateria, foi o ponto de partida na sessão que marcou o encerramento da exposição “Retrospetiva de Augusto Cabrita”.“Esta é a nossa homenagem a Augusto Cabrita, que nós sabemos gostava muito de jazz” – sublinhou Helder Vicente.

UM HOMEM COM MUITA “ÉTICA E MORAL”

Numa segunda parte decorreu a Conferência com o fotógrafo António Homem Cardoso sobre a obra do mestre.Homem Cardoso, recordou que Augusto Cabrita foi um homem com muita “ética e moral” que teve – “uma importância decisiva na minha vida”.Recordou histórias vividas com Augusto Cabrita, episódios hilariantes, como andar com Augusto Cabrita na procura do carro nas ruas de Lisboa e depois telefonar para o Barreiro e obter a informação que o carro tinha ficado parado à porta de casa.“Era um homem muito distraído” – subli-nhou.“A minha relação com Augusto Cabrita foi uma relação de pai para filho. Ele gostou de mim e aperfilhou-me” – referiu Homem Cardoso

UM HOMEM DE UMA GRANDE SIMPLICIDADE

Homem Cardoso, salientou que conjunta-mente com Augusto Cabrita editou a obra «Cozinha Portuguesa», a qual é “o livro mais vendido em Portugal depois da Biblia”.Referiu que Augusto Cabrita “recusou os direitos de autor“ acrescentando que o Mestre era “um homem de uma grande simplicidade”.“O Augusto dava com a generosidade com que pedia” – afirmou.“Ele era um humanista” – salientou Homem Cardoso. ELE FOI SEMPRE UMA FIGURA AMADA DE TODOS

“Augusto Cabrita fotografava com tanta paixão que para ele não havia horas” – recordou Homem CardosoRecordou que Augusto Cabrita era um amante da Serra da Arrábida e um apai-

xonado de Sebastião da Gama.Referiu que visitou o Barreiro e fotografou Augusto Cabrita, em Alburrica.“O Barreiro era mais que a terra dele, era a casa dele” – sublinhou.Esse retrato, salientou, está na sua casa e no seu estúdio –“é o patrono da minha casa”.“É uma veneração e um agradecimento por aquilo que ele me deu” – afirmou o fotógrafo.“Ele foi sempre uma figura amada de to-dos” – referiu.

TRANSMITIU-NOS CONFIANÇA E QUE A AMIZADE É TRANSVERSAL

Manuela Cabrita, filha do Mestre, recordou que apesar de seu pai passar muitas horas fora de casa, não ter horas para entrar.“Era um pai ausente, mas estava sempre presente” – referiu.“Transmitiu-nos confiança e que a amizade é transversal” – sublinhou Manuela Cabrita.Recordou que muitas das histórias conta-das por Homem Cardoso, ele também as partilhava em casa com a família.“Gostava muito de conversar” – referiu, e, sobre esta sua disponibilidade para o diálogo e encontro com amigos, recordou que uma viagem de Portimão ao Barreiro, que se fa-zia em 3 horas, demorava 12 horas, porque eram muitas as paragens, ora para contar as histórias dos lugares, ora para encontrar um velho amigo.

UMA REFERÊNCIA NA NOSSA HISTÓRIA

Carlos Humberto, Presidente da Câmara Municipal do Barreiro, referiu que Augusto Cabrita era “uma pessoa culta”, recordando que foi uma das pessoas que marcou a sua juventude.“No momento em que vivemos é essencial erguer as nossas referências, é fundamental recuperar o que nos marca”.“Augusto Cabrita é uma referência na nossa história e uma referência de futuro” – su-blinhou o autarca.

MENSAGEM DE ARAÚJO LOPES

A sessão encerrou com a exibição de curtas--metragens da Cinemateca Portuguesa e RTP: Amália Canta “Oiça Lá ó Senhor Vinho”, “O Mar Transporta a Cidade” e “Açores, Ilhas Encantadoras”, marcaram o encerramen-to da Exposição “Retrospetiva de Augusto Cabrita”.Na abertura., escutou-se uma mensagem

de Araújo Lopes, da RTP, que recordou o pro-fissional e a importância da obra do Mestre Augusto Cabrita.

UMA OBRA MARCADA PELO HUMANISMO

A curta metragem ”, “O Mar Transporta a Cidade” , com texto de Alexandre O’Neill, é de uma grande beleza, marcada pela for-ça e humanismo da fotografia de Augusto Cabrita, com imagens que mergulham elas mesmas na força das palavras.

Um obra marcada de grande actualidade, neste tempo que tanto se fala de Portugal e do Mar.A fechar Amália Canta “Oiça Lá ó Senhor Vinho”, uma delicia, a força de uma “câmara” que dança, que filma na distância, em grande plano, fechando de forma sincopada, ao sa-bor dos ritmos, da voz e da melodia. LINDO!Uma delícia, uma obra onde sentimos a ter-nura do Mestre Augusto Cabrita, sua paixão e amor pela criação de imagens com ritmo e com vida.

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