IX Análise Alberto Caeiro

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Análise da nona parte do guardador de rebanhos de alberto caeiro .

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Bianca Silva e Tiago Canas

Bianca Silva e Tiago Canas

IX Guardador de Rebanhos, de Alberto Caeiro Caeiro considerado o mestre de todos os eus pessoanos porque o nico que consegue atingir a paz, a tranquilidade e a serenidade, atravs da recusa do pensamento. Aspetos formais relevantes da poesia de Alberto Caeiro: linguagem simples e objetiva; liberdade estrfica, mtrica e rimtica; predomnio do presente do indicativo e do gerndio bem como do emprego da coordenao; entre outros. Como j foi referido, em anlise est a obra Guardador de Rebanhos constituda por 49 poemas, sendo que eu e o Tiago vamos apresentar a anlise do poema IX, pgina 64.No 1v. o sujeito lrico assume-se como um pastor, e no 2v. diz que ao invs de ovelhas, guarda pensamentos, sendo por isso, um pastor por metfora. No 3v. h uma transformao/reduo dos pensamentos s sensaes, que em nada se relacionam com a razo.

(leitura)

Sou um guardador de rebanhos. (metfora)O rebanho os meus pensamentos.E os meus pensamentos so todos sensaes.No 4, 5 e 6 vs. Podemos verificar que o eu potico v a realidade de forma objetiva e natural. O que "pensar com os olhos, ouvidos mos, ps, nariz e boca? aceitar simplesmente o que recebemos dos nossos sentidos, sem sentirmos necessidade de pensar nisso.

Penso com os olhos e com os ouvidosPolissndeto

E com as mos e com os psE com o nariz e a boca.

Pensar uma flor v-la e cheir-la (sinestesia/metfora)7 e 8 : claro que ningum pensa com o nariz, com o paladar ou com o cheiro, o que Caeiro quer dizer o contrrio do que afirma, isto , ele no quer pensar, ou melhor, quer apenas anular a necessidade do pensamento. Quando afirma que pensar uma flor v-la, afirma que no preciso pensar para ver, que ver um ato completo, um fim em si mesmo. No interpreta a realidade de forma abstrata.

E comer um fruto saber-lhe o sentido.

Por isso quando num dia de calorMe sinto triste de goz-lo tanto,E me deito ao comprido na erva, E fecho os olhos quentes, Sinto todo o meu corpo deitado na realidade, No inicio da ltima estrofe o sujeito potico afirma que goza tanto o dia de calor (sensaes, natureza) que se sente triste ao faz-lo, uma vez que as sensaes, a partir de determinada intensidade, passam de prazer a dor. H, ento, um apelo fruio moderada das sensaes e ao combate dos excessos. Nesta linha de pensamento interessante reparar na estrutura do poema e no seu rigor lgico: as estrofes dispem-se simetricamente- 1 sextilha, 1 dstico e 1 sextilha, que sugere tambm um apelo ao equilbrio (neste caso no gozo das sensaes).

Sei a verdade e sou feliz. (gradao)

A necessidade de harmonia recuperada pelo contacto c/a natureza.Por fim, nos ltimos versos, a tristeza do excesso de gozo evolui para felicidade, h a aceitao da realidade e o conhecimento da mesma f-lo feliz. O real apresentado com nico meio de atingir a verdade e a felicidade.

Podemos presumir que Caeiro est empenhado na descoberta para a soluo para o profundo problema de Pessoa, que procura a felicidade e um ponto de equilbrio incessantemente sem nunca os alcanar; Essa busca de soluo feita numa proposta de bucolismo (gnero clssico de poesia cujo tema a vida pastoril). Por fim, de notar que todos os verbos esto no presente, visto que h uma recusa do passado e do futuro, enquanto elaboraes mentais.Questes (p.64) Antes de ler1. Impresso produzida pelos objetos exteriores num rgo dos sentidos, transmitida ao crebro pelos nervos, onde se converte em ideia, julgamento ou perceo., in Dicionrio Priberam da Lngua Portuguesa.2. Os 5 sentidos so muito importantes pois possibilitam o contacto do ser humano com o mundo exterior e, na minha opinio, o mais imprescindvel a viso. Compreender1. No poema I o sujeito lrico assume que nunca guardou rebanhos, contudo, no nosso poema comea por dizer que um guardador de rebanhos. Em ambos percebemos que um pastor por metfora.2.

3. 3.1 Versos: 11, 12 e 13.3.2 Verso 14.3.3 pensar uma flor v-la (viso); cheir-la (olfato) e E comer um fruto saber-lhe o sentido (paladar)..3.4

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