ITAPUÃ E STELLA MARIS

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UNIFACS CARTOGRAFIA - NOTURNO ANA LICKS ESTEFANO DIAZ ELIANE FRAGA FELIPE OLIVEIRA LUMA WEBERING SÉRGIO FALCÃO ZENILDA PASSOS CARTOGRAFIA ITAPUÃ E STELLA MARIS SALVADOR - BAHIA 2011

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Este trabalho visa a compreender melhor a cidade que vivemos, em termos de legibilidade, imageabilidade, imaginabilidade e ser capaz de descrever os elementos de uma cidade com clareza. Com o objetivo de aprimorar os nossos conhecimentos em relação ao espaço urbano, vamos realizar um trabalho de campo com a finalidade de colocarmos em prática o conceito dos elementos de uma cidade apresentado a nós em sala de aula. Este trabalho consiste em uma atividade lúdica praticada de dia, onde nos foi designado somente um ponto de partida, Itapuã e Stella Maris. Iremos falar sobre a história dos locais e tirar fotos, fazer diferentes mapas notando todos os pontos importantes apontados nos livros de Kevin Lynch e Gordon Cullen.

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UNIFACS

CARTOGRAFIA - NOTURNO

ANA LICKS

ESTEFANO DIAZ

ELIANE FRAGA

FELIPE OLIVEIRA

LUMA WEBERING

SÉRGIO FALCÃO

ZENILDA PASSOS

CARTOGRAFIA ITAPUÃ E STELLA MARIS

SALVADOR - BAHIA

2011

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CARTOGRAFIA ITAPUÃ E STELLA MARIS

Trabalho desenvolvido durante a disciplina de Cartografia, como parte da avaliação referente ao 2º semestre. Professor(a): Ana Licks

SALVADOR - BAHIA

2011

Page 3: ITAPUÃ E STELLA MARIS

ÍNDICE

Introdução

Historização

Diário de Bordo

Ocupação do Espaço Itapuã

O percurso

Vias Principais

Limites

Pontos Nodais

Marcos

Sujeira nas Ruas

Croquis

Mapa Volumétrico de Itapuã

Ocupação do Espaço Stella Maris

Vias Principais

Limites

Pontos Nodais

Marcos

Croquis

Mapas Volumétricos de Stella Maris

Mapa das Tipologias da ocupação do solo de Itapuã e Stella Maris

Referências Bibliográficas

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INTRODUÇÃO

Este trabalho foi desenvolvido no dia 07 de setembro de 2011 até o dia 12 de Outubro de 2011 , visando demonstrar elementos que caracterizam o trecho estudado, sendo percorrido de

Itapuã a Stela Maris.

A equipe buscou aspectos dos bairros para mostrar uma visão técnica e também pessoal de alguns moradores, esses fatores são necessários para se obter uma melhor percepção dos locais

estudados , logo o grupo no relato do diário de bordo frequentou o percurso por 3 vezes .

A primeira vez foi realizado o percurso a pé, com câmeras fotográficas em mãos fotografando cada espaço, através da primeira percepção descrevemos os espaços através dos aspectos

técnicos estudados . A segunda vez foi realizado o percurso de automóvel para obter-se uma maios percepção do espaço, sua distância, suas vias, etc . A terceira vez foi feita novamente

um percurso a pé, porem dessa vez entrevistando alguns moradores do local, como Luzia Moraes e o senhor Marcelo Ramos, moradores de Itapuã e Marcos Brito e Lidiane Correia,

ambos de Stella Maris, onde estes descreveram o espaço de acordo com a percepção do que convivem no dia a dia, através dessas referências foram feitos alguns croquis dos percursos

que foram caminhados.

Este trabalho visa a compreender melhor a cidade que vivemos, em termos de legibilidade, imageabilidade, imaginabilidade e ser capaz de descrever os elementos de uma cidade com

clareza.

Com o objetivo de aprimorar os nossos conhecimentos em relação ao espaço urbano, realizamos um trabalho de campo com a finalidade de colocarmos em prática o conceito dos

elementos de uma cidade apresentado a nós em sala de aula.

Com base nos elementos morfológicos de Gordon Cullen, para a apreciação e a análise do entorno físico, e os elementos configuradores do espaço, de acordo com Kevin Lynch ,

que permeiam e configuram a noção da imagem que se constrói da cidade, propõe-se um confronto entre a forma arquitetônica estruturadora do espaço, analisada sobre os

aspectos físicos, e o humano sobre este, levando em consideração os aspectos sociológicos e apropriativos.

Este trabalho consiste em uma atividade lúdica praticada de dia, onde nos foi designado somente um ponto de partida, Itapuã e Stella Maris. Falamos sobre a história dos locais e tiramos

fotos, fizemos diferentes mapas.

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Historização:

Itapuã

A origem do nome Itapuã vem da língua tupi e tem como significado "pedra que ronca", moradores antigos relatam que existia uma pedra que, antes de se partir, roncava na maré

vazante. Localizada em uma espécie de enseada formada por águas límpidas, o bairro de Itapuã tem o mar tranquilo e uma orla repleta de coqueiros. Sabe-se que, antigamente, existia

uma pequena vila de pescadores que exploravam a pesca da baleia, para produzir óleo refinado, o qual era utilizado na iluminação pública.

Na década de 50, Itapuã era apenas uma colônia de pescadores em uma região afastada do centro de Salvador (cerca de vinte e cinco quilômetros). Itapuã está situada após o bairro

de Piatã e faz limite com o município de Lauro de Freitas. A parte mais antiga do bairro é onde se encontra a estátua da Sereia de Itapuã, monumento construído pelo artista plástico

Mario Cravo em homenagem aos pescadores e aos elementos que identificam o mar, localizado no cruzamento entre as Avenidas Otavio Mangabeira, Dorival Caymmi e a Rua Aristides

Milton.

Em Itapuã encontramos o Parque Metropolitano do Abaeté, inaugurado em 03 de setembro de 1993, situado dentro de uma área de proteção ambiental, com cerca de 12 mil metros

quadrados, e é onde se encontra a mais famosa lagoa de águas escuras da cidade: a Lagoa do Abaeté ou "lagoa tenebrosa", nome de origem indígena, supostamente tupi. Antes, as

pessoas do bairro a usavam para pescar e lavar roupas, hoje, com o incentivo à preservação do meio ambiente, os moradores "sobrevivem" com o turismo.

Stella Maris

É um bairro nobre da cidade de Salvador, e significa estrela do mar, em latim. Situado ao norte da capital baiana, teve sua origem em um loteamento que deu nome à praia.

Características dos bairros:

Itapuã é um bairro que chama atenção pela representatividade da cultura negra e pelas praias encantadoras, mas “passar uma tarde em Itapuã” já não é a mesma coisa. A Itapuã de

Vinícius e Toquinho, famosa pelo seu romantismo e serenidade, apresenta hoje um cenário bastante diferente daquele que inspirou os compositores. O cenário marcado pela presença de

pescadores embriagados pelo mar e pelo doce embalo dos coqueirais encontra-se um tanto quanto modificado.

O bairro transita entre a tradição e a modernidade. De um lado, ruas inteiras de moradores que nasceram e cresceram no local, e que lembram, com saudade, os velhos tempos, com

seus banhos na Lagoa do Abaeté e a tranquilidade das portas abertas; de outro, conjuntos de habitações que cresceram desordenadamente no local: são invasões e baixas que em nada

lembram as inspiradas canções de Caymmi. De bairro tradicional e pacato, Itapuã passou a ser um dos bairros mais populosos de Salvador. Os registros de crimes e atos brutais de

violência estampam as páginas dos jornais diariamente.

Localização - Distante do centro da cidade cerca de 25 quilômetros, Itapuã está situada após o bairro de Piatã, fazendo limite com o Bairro da Paz, São Cristóvão, Stella Maris e

com o município de Lauro de Freitas.

Stella Maris: Suas ruas projetadas têm nomes de praias do Brasil. Cercada pelas dunas que cercam o Aeroporto Internacional de Salvador , Stella Maris possui algumas das praias mais

frequentadas da cidade, como a Praia do Flamengo. Além de ter as praias mais badaladas pelos jovens de classe alta de Salvador e as famosas Barraca do Lôro, Cabana

Coral e Honolulu, é um pico para os surfistas por causa das ondas.

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Diário de bordo:

Após um sorteio em sala de aula, Itapuã e Stella Maris foram os nossos pontos de partida. Localizados perto do aeroporto de Salvador, bairros conhecidos por sua história e na

música. A equipe buscou aspectos dos bairros através de relatos das visitas dos componentes do grupo. A primeira vez foi realizado o percurso a pé, com câmeras fotográficas em mãos

fotografando cada espaço, através da primeira percepção descrevemos os espaços através dos aspectos técnicos estudados .

A segunda vez foi realizado o percurso de automóvel para obter-se uma maios percepção do espaço, sua distância, suas vias, etc . A terceira vez foi feita novamente um percurso a

pé, porem dessa vez entrevistando alguns moradores do local, como Luzia Moraes e o senhor Marcelo Ramos, moradores de Itapuã.

E Marcos Brito e Lidiane Correia, ambos de Stella Maris, onde estes descreveram o espaço de acordo com a percepção do que convivem no dia a dia, através dessas referências

foram feitos alguns croquis dos percursos que foram caminhados.

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OCUPAÇÃO DO ESPAÇO

Dia 12 de Outubro saímos pela ruas dos bairros e fizemos

análise fotográfica e física pela ruas, avenidas e vias.

Entrevistamos moradores de pontos diferentes do bairro,

pedimos para alguns fazer mapas de como eles se

locomoviam pelo bairro em que vivem.

A área se distingue pela coexistência de tipos morfológicos

bem variados, resultado de ocupações em diversos

momentos na história urbana da cidade de Salvador. O bairro

de Itapuã é muito diversificado, é centralizado de um ponto

nodal em que todos utilizam com as mesmas necessidades

que se resume no centro do bairro onde estão centralizadas

escolas, mercado, bancos, farmácias, clínicas, academias,

feiras livres, lazer e como limite a praia.

A ocupação é predominantemente Horizontal II,

ou seja, ocupação predominantemente

uniresidencial de padrão popular.

Os elementos são os pontos físicos perceptíveis

que englobam, interagem e solucionam o conjunto

de imagens da cidade; são influenciados pelo

significado social, sua função, história e

característica.

A detecção dos elementos configuradores do espaço,

segundo Lynch, análise esta a ser feita em duas partes: a

primeira, visando denotar os elementos que marcam a

imagem do ambiente, por meio de análises objetivas no

local; e a segunda, por meio de mapas mentais que serão

pedidos a transeuntes locais (estudantes, trabalhadores,

performistas, pedintes),.

No bairro tem média/alta densidade de ocupação do

solo(entre 50 à 80% do lote). As tipologias predominantes

são casas / arruamento regular e os lotes médios são

menores do que 200 metros quadrados.

Macrounidade 04 (Itapuã)

Na região de Itapuã (RA X-a) ainda predominam

densidades baixas em praticamente todos os subespaços.

Apenas São Cristóvão/ Mussurunga situa-se numa faixa um

pouco mais elevada, de 50 a 100 hab/ha.

Mesmo no subespaço correspondente a Itapuã/ Piatã/ Bairro

da Paz a densidade é inferior a 50 hab/ha, principalmente

pela presença de grandes equipamentos como o Aeroporto e

o Parque de Exposições.

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O bairro é caracterizado por uma mista ocupação diferenciada, onde lotes

particulares e ocupações ilegais convivem simultaneamente.

Podemos ver várias texturas, pavimentos construídos sem ordenação, cores

fortes, temos um sentido de continuidade na foto e uma barreira de casas.

Como um bairro predominantemente residencial, a variação de estilos de

moradias evidencia diferentes situações de renda dos moradores locais com

lotes de tamanhos variados. Diferença social aparente.

Os elementos integrantes da imagem que os bairros apresentam ao

observador são diversificados e reformulados de acordo com o

contexto histórico, econômico e social dos usuários particulares de

determinada construção e, consequentemente, do espaço.

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O PERCURSO

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VIAS PRINCIPAIS

Começamos na Av. Dorival Caymmi com a Av. Otávio Mangabeira, na praça da Sereia e

fomos até a rua Prof. De Souza Brito.

As principais vias do bairro as citadas acima onde existem maior tráfego de pessoas a pé e

tráfego de carros e onde circulam os transportes coletivos para centralizar no largo da Dorival

Caymmi. Mobilidade das pessoas para as atividades diárias é através de caminhada ou a

transbordo de automóveis, transportes urbanos, moto-taxi e outros.

A população carente também tem sua personagem famosa como Cira do acarajé, onde são

formadas filas quilométricas para comprar o bolinho de feijão e frito no dendê.

Nas fotos vemos muita poluição visual o que atrapalha a legibilidade do local, as calçadas estão

razoáveis para se andar, vemos que os postes, semáforos, as linhas de transmissão oferecem

uma barreira para a vista do mar.

Podemos ver também diferentes tipos de casas, com 2 ou até mais pavimentos, sem ordenação,

casa muito próximas umas das outras. O comércio local é muito confuso, são vários

estabelecimentos comerciais muito próximo um dos outros, não existe ética comercial, todos

vendem sempre os mesmos produtos.

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LIMITES

Enquanto a existência de uma árvore isolada pode gerar o conceito de ponto referencial, a concentração de árvores ocasiona a massificação do elemento e a generalidade do

ambiente, criando um centro de convívio ou um local dentro da própria área, mas nesse caso, praia e a vegetação são limites do bairro, pois são fronteiras entre duas fases,

quebra de continuidade lineares, atuam como barreiras.

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PONTOS NODAIS

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MARCOS

Os pontos nodais, que são os focos estratégicos nos quais o observador pode entrar, são pontos de convergência de fluxo de pessoas, trânsito, podem ser praças,

pontos de ônibus, etc.

No bairro de Itapuã, conseguimos achar esses 4 pontos, o ponto de ônibus, a praça Dorival Caymmi, praça R. Souza Brito. Uma das mais importantes praças é a

Vinícius de Morais, tomando um quarteirão sozinho, foi percebido que suas calçadas estão pavimentadas e limpas. Os moradores dos condomínios são quem

estão tentando manter a praça longe das pessoas que levam lixo para a praça.

É um bairro tradicional pela pesca, pela festa de largo da Igreja padroeira do bairro, feiras livres com frutos do mar, frutas e principalmente peixes, é muito

comum até mesmo a população carente fica esperando os pescadores na areia para levar seu peixe fresquinho logo que sai das redes. Itapuã é um bairro boêmio,

com vários artistas, muitos deles conhecidos como o comediante Juca Chaves, Dorival Caymmi (compositor e canto), Calazans Neto, artista plástico e Vinícius de

Morais( escritor), entre outros anônimos.

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SUJEIRAS NAS RUAS

Marcos, pontos de referência considerados externos ao observador, são apenas elementos físicos cuja escala pode ser bastante variável. Os marcos muito importantes no bairro é o

Farol de Itapuã, a lagoa do Abaeté e a Igreja, locais muito visitados e trazem muitos turistas para o bairro. Estes marcos fazem as pessoas se sentirem dentro de um livro de história,

pois tantas coisas importantes aconteceram nestes locais, foram locais escolhidos por grandes artistas, tem um sentimento de emoção. Temos uma grande legibilidade, a percepção

dos pontos nodais são evidentes pela grandiosidade do monumento e da lagoa.

Funcionam como agentes de delimitação e demarcação do trânsito de pedestres - confundindo-se, muitas vezes, como barreiras visuais ou limites físicos da região.

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CROQUIS

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Entrevistamos pessoas moradoras dos bairros para saber como se movimentam pelos arredores. Os primeiros entrevistados foram a senhora Luzia Moraes, moradora da rua da

Cacimba em Itapuã, e o senhor Marcelo Ramos, morador da rua Olhos Dágua, também em Itapuã.

Pedimos para eles descreverem o caminho que fazem e desenhamos mapas dos trechos que fazem todos os dias, das suas casas, até o Hiper Bompreço de Itapuã, passando pela

praia e chegando até a Igreja Nossa Senhora da Conceição, na praça Dorival Caymmi.

Os dois basicamente tiveram a mesma legibilidade do bairro em que moram, destacando as principais vias, os lugares que passam, a forma que o bairro tem em geral.

De acordo com os croquis feitos por nós através dos olhos dos moradores do bairro, observamos e analisamos como se classifica o bairro de Itapuã quanto à forma, mobilidade

das pessoas, os elementos, limites e pontos nodais.

Dividimos o grupo em duplas para irem em trechos do bairro e de acordo com o croqui acima e os de baixo, localiza-se o Acarajé da rua Aristide Milton.

Passamos pelas ruas olhos Dágua, pela rua Betel, rua do tamarineiro, outra sem nome, travessa Aimoré, antiga Ladeira do Abaeté, e na frente das maiorias das casas muitas

árvores estão plantadas no meio das calçadas, a maioria são residências, muito confusas e uma certa aglomeração.

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Logo depois chegamos até a Igreja evangélica Batista, Hotel Milênio e uma pousada Cosme e Damião. Logo na frente está localizada uma torre de celular e a lagoa do Abaeté,

que está cercada de comércio ilegal, dos Restaurantes Jucimar, Sabor da Terra, entre outros.

A lagoa do Abaeté é um dos marcos do bairro, conhecida pela uma natureza belíssima e aconchegante, onde as lavadeiras lavavam suas roupas, pois não existia água potável,

hoje já não é uma necessidade das famílias mas foi mantido a tradição depois da reforma feita no local, trazendo melhorias para a lagoa.

Muitos estacionamentos existem no local e muitas pessoas visitam a lagoa como ponto de lazer. A área e a grama servem para o passeio e a diversão das crianças, velhos e

animais de estimação. O paisagismo não é muito percebido, pois não existe urbanismo, muitas calçadas e escadarias estão destruídas.

Percebemos também a falta de segurança e de policiamento, existe um posto policial desativado, os seguranças que estavam perto são pessoas contratadas possivelmente pelos

restaurantes. O mirante é uns dos pontos nodais onde é possível ter uma vista total da lagoa, da vegetação, das dunas e do mar. No lado oposto há confusão de residências

construídas sem projeto arquitetônico adequado.

A análise focal partiu de uma observação, primeiramente, estimulada pelo movimento, pelo trajeto. A visão serial em croquis representa esse fluxo: a descoberta das

mudanças da paisagem, do citadino, turbulento (Av. Otávio Mangabeira), ao mais íntimo, mais aconchegante (Lagoa do Abaeté). Essa sequência revela as muitas faces

do bairro, um local para o sagrado, mas também para o profano. O movimento conturbado do comércio na Av. Otávio Mangabeira, ao passeio livre pela praça Dorival

Caymmi, as sensações de convívio são várias. Um lugar que comporta símbolos de todas as formas (o religioso, o curioso, o instigante, o especulativo, o nobre, o

boêmio, o cultural), fornece subsídios para a avaliação precipitada.

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MAPA VOLUMÉTRICO DE ITAPUÃ

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STELLA MARIS - OCUPAÇÃO DO ESPAÇO

Em Stella Maris já notamos uma grande diferença, pois o bairro já

é mais organizado que Itapuã, as residências são mais

padronizadas, condomínios fechados, estabelecimentos comerciais

voltados mais para a classe mais alta.

A ocupação do bairro é predominantemente Horizontal I, ou seja,

uniresidencial de alto padrão, com baixa / média densidade de

ocupação do solo (máximo 50% do lote). As tipologias

predominantes são de casas / arruamento regular e os lotes são

maiores que 250 metros quadrados e menores que 5000 metros

quadrados.

Em Stella Maris/ Flamengo e Patamares/ Costa Verde, as

densidades situam-se em faixas inferiores a 10 hab/ha, porém as

taxas de crescimento populacional são bastante altas. Stella Maris/

Flamengo vem apresentando desde a década de 1980 a mais alta

taxa de crescimento populacional do Município, em torno de 2- 9%

a.a., ou seja, a cada ano a população aumenta em 1/3

aproximadamente.

Patamares/ Costa Verde começou a ser ocupada mais intensamente

a partir dos anos 1990, especialmente no trecho voltado para a Av.

Paralela e deverá apresentar um adensamento significativo no

próximo período.

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VIAS PRINCIPAIS

Neste mapa vemos a organização das casas, a maioria em

ortogonal, quadras quase perfeitas. O comércio geral se

localiza na principal via do bairro, a rua Cap. Melo.

Page 21: ITAPUÃ E STELLA MARIS

LIMITES

Na Avenida General Severino Filho (foto 1 e 2) é totalmente residencial. Encontramos

neste trecho ainda algumas vegetações e elementos da natureza, temos boa legibilidade no que

observamos, temos via e condomínios nas laterais, sentido de linearidade e sentimento de

cansaço, pois ao caminhar a pé os pontos parecem muito distantes uns dos outros por falta de

muita sombra e retas longas.

Entrando na rua Cap. De Melo(foto 3), é bastante movimentada. A quantidade trânsito

era enorme, mas fluxo de pessoas já não era tão grande como antes.

Apesar de ser um bairro de classe média alta, ainda tem muitas ruas sem calçamentos e

ruas abandonadas por falta de mão de obra especializada, postes com fios soltos, calçadas sem

pisos. Muros bastante altos impede-se a visão geral criando barreiras e muita poluição visual.

A linearidade das ruas do bairro, marcada pela rua e a pouca vegetação, são

fatores que tornam, de forma única, o espaço movimentador e pouco acolhedor,

respectivamente.

Elementos como a rua, o lote e a quadra serviram para categorizar as áreas de

análise: as ruas de Stella Maris se apresentam de forma estritamente linear, indutiva,

munida de seu comércio caraterístico, exposto nas vitrines ao longo de todo o trajeto; a

linearidade das árvores intensifica isto, ao mesmo tempo em que o porte baixo e

insipiente em sombras acelera o ritmo de passagem dos pedestres; o adensamento das

casas dentro dos lotes (formando a quadra portuguesa colonial) leva uma sensação de

lugar privado, que só deve passar rapidamente.

Page 22: ITAPUÃ E STELLA MARIS

Três dos limites mais conhecidos para a separação dos bairros é o condomínio Pedra do Sal, a praia e as dunas.

As dunas estão centralizadas como limite entre a rodovia e a vegetação, casas de 01 pavimento ou 2 no máximo podem ser construídas no bairro.

Prédios, comércios e mais casas em volta, ruas movimentadas e cheias de carros, muros ainda altos fazendo limite, cores e textura das casas mais amenas que em Itapuã,

confusão de fios dos postes.

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PONTOS NODAIS

Na rua Cap. De Melo(foto 1), com mais um ponto nodal, o cruzamento de

veículos que vem da Paralela e de quem vem de Itapuã, vemos também poluição

visual, fios dos postes que se cruzam, sem nenhuma organização.

Na Alameda do Camburiú (foto 2 e 3) vemos uma feirinha livre, onde a

população compra suas frutas e vemos também mais uma conexão de ruas, que liga a

Paralela com Stella Maris.

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MARCOS

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CROQUIS

No bairro também encontramos mais 2 moradores do bairro e também pedimos um mapa

mental de como eles se locomovem pelo bairro. Marcos Brito, morador da rua Vinícius de

Morais, perto da Pedra do Sal e Lidiane Correia, moradora da rua Sete Casas, perto do Hotel

Deville, fizeram um trecho de como eles se locomovem à praia, ao Hiper Ideal e à escola

Gênesis.

O mapa da esquerda é de Marcos e o da direita é o de Lidiane. Nos mapas mentais feitos por

eles, vemos que eles se aproximaram um do outro, vemos uma boa legibilidade do bairro,

pois a maioria do bairro é em uma reta, fica fácil de se orientar.

Segundo Lynch (1997), a qualidade da imagem é definida por um conjunto de relações

inerentes ao espaço. As imagens de um elemento diferem de um observador para outro,

segundo a relativa densidade destes elementos (casas mais densas, maior comércio e

movimento na rua) e pela diferenciação entre imagens concretas e sensorialmente vivas (a a

Igreja Batista Lírio dos Vales), genéricas e destituídas de conteúdo sensório ("aquele treco

ali, perto da escola Gênesis").

A importância do ponto de vista e as imediações são os que mais se relacionam,

ambos em recordação de trajetos. A análise dos mapas cognitivos revelou a

presença forte da Lagoa do Abaeté e a a Igreja Batista Lírio dos Vales como

elementos pregnantes, por suas posições marcantes no bairro. Essa detecção se deve

pela importância do ponto de vista, quando os usuários foram solicitados a ajudar o

grupo a desenhar o mapa dos locais.

Os marcos de Stella Maris são a Igreja Batista Lírio dos Vales, Glbe Clube dos Maçons, Hotel Pirâmide e a escola Gênesis. São singulares, todos do bairro

conhecem estes prédios, todos se localizam no bairro através deles, são memoráveis. Estes elementos fazem do bairro o que ele é realmente, dão importância

ao lugar. Os marcos, definidos pela pregnância dos objetos nas áreas estudadas, foram selecionados de acordo com sua projeção na linha do observador, seu

peso histórico e sua importância para o bairro.

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MAPAS VOLUMÉTRICOS DE STELLA MARIS

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Page 28: ITAPUÃ E STELLA MARIS

MAPA DAS TIPOLOGIAS DA OCUPAÇÃO DO SOLO DE ITAPUÃ E STELLA MARIS

Page 29: ITAPUÃ E STELLA MARIS

CONSIDERAÇÕES FINAIS

De acordo com todas as análises desenvolvidas nas duas áreas de estudo (Itapuã e Stella Maris), tendo sido as vias focadas como elementos mais comunicantes e

apropriativas destes dois, estabelecem-se dois resultados achados pelo grupo:

1. Os moradores de Stella Maris tem uma melhor imageabilidade e imaginabilidade do bairro do que os moradores de Itapuã, pois as ruas são mais lineares,

menos confusas para se locomover.

2. Espaços dotados de elementos simbólicos (temporais e sentimentais) são apropriados por seu caráter imagético e têm maior atribuição valorativa quanto os

elementos de atributos físicos como a forma, o tamanho e a aproximação.

Desta feita, o trabalho buscou ressaltar os elementos configuradores do espaço citados pelos autores Gordon Cullen e Kevin Lynch, como as pessoas se

locomovem pelos bairros, revelando formas de interação e ter um resultado aproximado das legibilidades e imageabilidades dos locais.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

http://www.google.com.br/search?um=1&hl=pt-BR&q=stella%20maris%20salvador&gs_sm=e&gs_upl=1072l3319l0l3551l12l10l0l1l1l3l313l1440l2-

4.1l5l0&bav=on.2,or.r_gc.r_pw.,cf.osb&biw=1366&bih=449&wrapid=tlif131878959853611&ie=UTF-8&sa=N&tab=iw Acesso em 10 de Outubro de 2011.

http://www.portaldeitapua.com/site.html Acesso em 10 de Outubro de 2011.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Itapu%C3%A3_(Salvador) Acesso em 10 de Outubro de 2011.