Itaipu Binacional Divisao de Escavacao e Aterros Eng9 Rone ... DE FUNDACAO SUBMERSA DAS... · Draga...
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XIII SEMINARIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS
RIO DE JANEIRO
ABRIL 1980
APROVEITAMENTO HIDRELETRICO DE ITAIPU
LIMPEZA DE FUNDAQAO SUBMERSA DAS ENSECADEIRAS PRINCIPAIS
TEMA III
Eng9 Rone Amorin
Divisao de Escavacao e Aterros
Itaipu Binacional
545
R E S U M 0
Para a construcao das Ensecadeiras Principais
do Aproveitamento Hidrelatrico de Itaipu, foram executados os
servigos de limpeza de fundacao submersa das Ensecadeiras Prin
cipais, em face das ocorrencias de espessos dep6sitos aluviona
res, constituidos desde bancos de areia ate concentracoes de
blocos soltos de rocha.
Como ensaiado em Modelo Hidraulico , o "estran
gulamento " do rio , com o avanco inicial dos diques de rocha,
proporcionou a remocao de parte do material supra mencionado,
constatando - se por batimetria , na regiao da Ensecadeira de Ju
sante , um abaixamento da ordem de 16 metros.
Para a remocao do material remanescente, visan
do garantir que a transicao e a argila se apoiasse na rocha de
fundacao , foi utilizada uma draga de sucgao , para a retirada de
materiais com dimens6es de ate" 15 cm, e uma draga mecanica, ti
po "Clam-Shell", para a remocao de blocos de rocha ate 5 jardas
cubicas,
Este trabalho descreve as caracteristicas des
ses equipamentos , os metodos utilizados na dragagem , e as difi
culdades encontradas , os metodos de controle de qualidade empre
gados e os resultados obtidos.
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'""To"'f"
1. INTRODUQAO. - Este trabalho relata como foram executados os
servicos de limpeza de fundacao submersa dos nucleos das Enseca
deiras Principais do Aproveitamento Hidreletrico de Itaipu. Nele
sao descritos os equipamentos utilizados, os metodos empregados,
os controles de qualidade efetuados e os resultados obtidos.
As investigaco-es efetuadas na regiao das EnsecadeirasPrincipais,
evidenciaram a ocorrencia de espessos dep6sitos aluvionares,
constituidos desde bancos de areia ate concentrag6es de blocos
soltos de rocha, depositos estes que teriam que ser removidos da
regiao dos nucleos, a fim de se garantir uma vedagao adequada.
Os testes em modelo Hidraulico mostraram que parte desses deposi
tos, principalmente os bancos de areia localizados no canal pro
fundo do rio, poderiam ser removidos pelo aumento da velocidade
d'agua, chegando-se a constatar na regiao do dique C a remogao
de uma espessura de ate 16 m de material, com o avango inicial
dos diques de rocha.
Para a remocao dos materiais aluvionares remanescentes nas regi
6es dos nucleos argilosos das Ensecadeiras Principais, foram em
principio imaginados dois tipos de equipamentos , ou seja: uma
Draga de Succao para retirada de materiais com dimens6es atg
15 cm, e uma draga mecanica tipo "Clam-Shell" para remocao de
blocos de rocha ate 5 jardas cubicas.
Dadas as condicaes peculiares dos servicos a serem executados on
de as profundidades previstas poderiam chegar a mais de 50 me
tros, com prazo para a sua conclusao definido, foi aberta uma
concorrencia internacional, cuja firma vencedora deu inicio aos
trabalhos no dia 05/10/78, concluindo-os em 16/02/79,ap6s 1.120
horas de trabalho efetivo da draga hidraulica e 883 horas da dra
ga mecanica (Clam-Shell).
2, LOCAQAO. - Em anexo e mostrada a localizadoo dos trabalhos.
3. ESPECIFICAQOES E REQUISITOS DE PROJETO. - Em linhas gerais,
o projeto previa para cada ensecadeira, tres etapas distintas
de trabalho:
3.1.-Remocao dos bancos de areia, na regiao do pe do talude
dos diques B e C, a fim de garantir que a zona de transigao a
ser langada posteriormente se apoiasse na rocha de fundagao.
Este trabalho seria feito com a draga de sucgao, cobrindo uma
area desde 5 m a jusante ou a montante do eixo do nucleo (En
secadeira de Montante e de Jusante respectivamente), ate o pe
do talude que iria receber o material de transicao.
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3.2. - Remocao dos blocos soltos, numa faixa de 12 in, sendo 6 in
para cada lado do eixo do nucleo. Esta remocao deveria ser e
fetuada atraves de um guindaste sobre pontoes, onde seria aco
plado um sistema "Clam-Shell", ou "Orange Peel". Nesta faixa,
toda concentracao de blocos soltos deveria ser removida, po
dendo-se admitir somente blocos isolados,
3.3. - Ap6s o lancamento de material de transicao, e apos a lim
peza dos blocos soltos na faixa de 12 in, deveria ser feita a
dragagem final e cuidadosa, numa faixa central da ordem de
40 in, visando garantir nesta faixa um bom contato entre a ar
gila e a rocha de fundacao. Nesta faixa todas as possiveis
fendas ou canais preenchidos com materiais permeaveis, mesmo
concrecionados, deveriam ser limpas. Caso estas ocorrgncias
fossem constatadas, deveria ser utilizado na Draga de Succa-o
um sistema desagregador de material concrecionado.
4. DESCRIQAO DOS EQUIPAMENTOS.
4.1. DRAGA DE SUCQAO SOBRE FLUTUANTE.
4.1.1. Caracteristicas Basicas.
- Flutuante : pontao portatil de 12 m x 36 m x 2,1 in,
composto de m6dulos de 3 m x 12 m x 2,1 m, de fabrica-
gao ISHIBRAS com capacidade de 50 ton/modulo.
Ancoragem e locomocao : guinchos de conves, GERMATIC, mode-
lo 2305, tracao de cabo maxima 22.000 lbs, velocidade 190/
pes/minuto, com 0 de 7/8".
Sistema de injecao de agua : bomba centrifuga de 30 cm, mo
delo 20-24, capacidade 6,800 m3/hora.
- Motores das bombas : diesel G.E. mod. 16.567, potencia
1600 HP (s).
Energia utilizada gerador eletrico de 200 Kw.
Tubulacao de sucgao : 70 m de tubos plasticos de fabrica
cao canadense de 0 50 cm.
Juntas flexiveis : de fabricacao alema.
4.1.2. Descrigao Sumaria. - A dragagem dos nucleos das Enseca
deiras de Itaipu, foi executada com uma draga semi -estacio
naria, montada sobre pontao flutuante de 12 x 36 x 2,1 (m),
Um sistema de guinchos de conves proporcionava sua ancora
gem e locomocao e compunha-se, basicamente, do seguinte :
dois guinchos na frente e dois atras, possibilitando sua
ancoragem e rotacao em torno do eixo longitudinal ate um
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maximo de 459 e mais um guincho atras, utilizado para trans
lagao ao longo deste mesmo eixo.
Equipadas com um dispositivo especial de sucgao de 5,40 m
de diametro, e que estava associado a um sistema de destor
roamento de areia, com a utilizagao de injegao de alta pres
sao, sistema esse que possibilitava aumentar a concentragao
de solidos e limpar areias existentes nas fraturas de rocha.
0 movimento do dispositivo de sucgao, que se da no sentido
vertical, bem como o movimento de draga, a executado com
guinchos hidraulicos e centralizados na cabine de comando,
o que permite uma operagao simultanea de todo o equipamento.
A operagao de locomog-ao da draga era auxiliada por canos
seccionados e juntas flexiveis, que podiam ser retiradas ou
colocadas, rapidamente, atendendo as diferentes profundida
des de dragagem. Com a finalidade de reduzir o peso da tubu
lacao submersa, foram utilizados tubos plasticos ao longo
da mesma.
A fabricagao e operagao do equipamento descrito foi da em
presa "WILLAMETTE - Western Corporation".
4,2. PONTAO FLUTUANTE COM GUINDASTE "CLAM-SHELL".
4.2.1. Caracteristicas Basicas.
- Flutuante : pontao portatil de 15 m x 30 m x 2,1 m, com
posto de modulos de 3 m x 12 m x 2,1 m, de fabricagao
ISHIBRAS com capacidade de 50 ton/modulo.
- Ancoragem e locomogao : dois guinchos com duplo tambor, com
tragao ate 30.000 libras.
- Capacidade do guindaste : 140 toneladas.
- Capacidade das cagambas : 5j3.
- Alcance da langa : 100 pes.
- Modelo : 3.900 W (monitowoc).
4.2.2. Descrigao Sumaria. - 0 guindaste "Clam-Shell", foi monta
do sobre uma plataforma flutuante e nela fixado. Sua opera
gao se processava desde a cabine de comando, normalmente,
como se operado em terra. 0 posicionamento da plataforma
era conseguido atraves de dois guinchos de duplo tambor, os
quais possibilitavam uma ancoragem em quatro pontos. 0 co
mando deste sistema nao ficava na mesma cabine do "guindas
to", o que implicava a paralizagao de limpeza, sempre que
se fazia necessario novo posicionamento.
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ESO(R11A OA ORAAA OE SUCclo (PLAMTA)
ESQUEMA DA DMA" OE SUCcAo ( VISTA LATERAL )
OETALME -2 ( PLAMTA)
OETALME - 1 (PLANTA)
OETALME - 1 (COMTE-AA)
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S. EXECUQAO DOSSERVIQOS. - Os servicos de dragagem , compreende
ram, basicamente, tres etapas fundamentais: a primeira, utili
zando a Draga de Succao, quando foi realizada uma dragagem •gros
sa, indo de pe a pe dos diques. A segunda, com a utilizacao do
guindaste "Clam-Shell", quando foi limpa uma faixa de 16 m ao
longo do eixo do nucleo, dos blocos soltos existentes, e a ter
ceira, quando foi reutilizada a Draga de Succao para cobrir uma
faixa de 40 m ao longo do mesmo eixo, objetivando assegurar a
impermeabilizacao dos nucleos..
5.1. PRIMEIRA ETAPA
5.1.1. Dragagem Grossa, - A principio, esta etapa obdeceu rigo
rosamente as especifica^6es tecnicas, contudo, as observa
c5es de campo mostraram que a eficiencia e a producao da
draga hidraulica, permitia aumentar a faixa de area dragada,
o que alem de favorecer sensivelmente a impermeabilizacao,
facilitava a limpeza final da faixa de 40 m.
5.1.2. Diretrizes Seguidas;
- Primeira : dragagem de pe a pe dos diques em toda a area
dos nucleos (montante e jusante).
- Segunda : atencao especial para a zona de transicao (pe" do
dique B e pe do dique C), de maneira a no deixar espessura
de areia superior a 0,50 m.
- Terceira : Utilizacao da largura de corte mais adequada vi
sando otimizar o aproveitamento do equipamento,
0 objetivo principal da segunda diretriz, foi o de liberar
o lancamento de transigao, antes da segunda passada da Dra
ga de Suc4ao (terceira etapa), uma vez que havia a possibi
lidade da transicao deslizar ate a regiao da cortina imper
meavel e, com esta medida, estaria assegurada que a regiao
ficaria limpa de todo o material que viesse a favorecer a
permeabilidade.
Em virtude das dimens6es da draga utilizada e das necessida
des dos servigos, foi definida uma largura de torte de 54 m,
e definiu-se, tambem dois eixos de cortes paralelos ao eixo
da cortina de impermeabilizacao, para as regi6es de largura
inferior a 100 m e tres eixos para as regi6es de largura en
tre 110 e 150 m.
5.1.3. Dificuldades Observadas. - As principais dificuldades
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construtivas nesta primeira etapa foram: 1) Espessura dos
depositos de areia natural, que em alguns casos alcancavam
5 m. Para evitar o desmoronamento de areia sobre o "disposi
tivo de sucgao", o que poderia ocasionar perda total da pe
ca, decidiu-se executar o servigo utilizando uma profundida
de de corte da ordem de 2 m, 2) Irregularidades da rocha de
fundacao, constatadas principalmente na Ombreira Direita da
Ensecadeira de d utante, estas irregularidades prejudicavam
bastante as servicos, alem de exigir do operador mais peri
cia no trabalho, uma vez que o movimento do "dispositivo de
succao" e vertical e ao fazer o giro este "dispositivo" ba
tia nas rochas , provocando o rompimento das "juntas flexi
veis" de borracha.
5.1.4. Resultados Obtidos. - Conforme descricao anterior, nesta
primeira etapa nao se objetivava uma dragagem rigorosa, ex
ceto nas faixas onde se is langar transigio. Mesmo assim o
acompanhamento dos servigos com o circuito fechado de TV,
mostrou que a qualidade da limpeza ja era muito boa.
A Draga de Succao cobriu nesta etapa uma area total de
60.370 m2, tendo trabalhado durante 775,18 horas, Embora
no tenha sido efetuada uma batimetria intermediaria que ca
racterizasse o termino desta etapa, devido ter havido simul
taneidade com a segunda etapa, pode-se admitir que 80% do
volume dragado corresponde a primeira etapa o que represen
taria um volume de 74.695,20 m3.
5.2. SEGUNDA ETAPA.
5.2.1. Dragagem com "Clam-Shell". - 0 principal objetivo desta
etapa, foi limpar uma faixa de 16 m dos dep6sitos dos blocos
soltos, cujas dimensoes fossem superiores a 0,15 m,isto por
que ate 0,15 m a Draga de Succao limparia. Alem disto, tam
bem, descobrir posslveis dep6sitos de areia sob estes blocos.
Esta faixa foi delimitada em 8 m para cada lado do eixo.
5.2.2. Diretrizes Seguidas. - Devido as possiveis interferencias
com a terceira etapa, dirigiu-se os trabalhos no sentido de
possibilitar a Draga de Succao uma area para dragagem ao con
cluir a primeira etapa, pois havia simultaneidade entre as
duas etapas.
5.2.3. Dificuldades Observadas. - Do ponto de vista construtivo,
este trabalho no a'resentou dificuldades , posto que o equi
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pamento esta" dimensionado para operar a uma profundidade de
50 m num tempo de ciclo de 2 minutos.
0 alcange de sua langa (30 m) foi, certamente a maior difi
culdade encontrada . Isto porque, na Ensecadeira de Montante,
a partir da secao 2 + 40, se faz necessario executar a lim
peza em duas etapas , pois a langa nao alcangava o talude do
dique A, local de deposito deste material.
A experiencia observada na Ensecadeira de Montante , fez com
que fosse adotada uma barcaca para auxiliar o "Clam-Shell"
na Ensecadeira de Jusante, mesmo porque na ombreira direita
havia um volume muito grande de material , proveniente de de
tonag6es para corrigir taludes negativos.
Utilizou-se uma barcaga de 100 m3, que se locomovia junto
com o guindaste ate o talude do dique D (local de deposito) ,
sendo descarregada. Devido ao sistema de ancoragem do "Clam
Shell", esta operaca"o se tornou rapida e proporcionou consi
deravel aumento na producao do equipamento.
5.2.4. Resultados Obtidos. - A qualidade de limpeza desta etapa
foi verificada atraves de mergulhadores, os quais informa
ram nao ter ficado nenhum deposito de blocos nesta faixa.
Alem disto, foram realizadas gravacoes de "video-tape", que
mostrou o 6timo resultado dos trabalhos, permitindo afirmar
que nao sera comprometida a impermeabilizanao da argila com
a rocha de fundaca-o.
5.3. TERCEIRA ETAPA. - Conforme descrito anteriormente havia a
a possibilidade da transigao deslizar ate a regiao da cortina
impermeabilizante , o que criaria uma faixa permeavel sob o nu
cleo . Para evitar esta possibilidade e tambem para limpar os
provaveis depdsitos de areia existentes sob os blocos deposi
tados, executou-se esta terceira etapa com a utilizacao da
Draga de Succao.
Nesta fase foi dragada uma faixa de 40 m sendo 20 m paracada
lado do eixo . Como a largura da Draga atingia 54 m, nao houve
dificuldades , exceto entre as seg6es 1 + 70 e 2 + 70 da Ense
cadeira de Jusante, que necessitou de uma nova passada da Dra
ga devido a constatacao de material existente.
Apes esta dragagem , fez-se mergulhos de verificagao , confir
mando a limpeza da area prevista para esta etapa.
Foram dragados nesta etapa um total de 34.080 m2, sendo gas
tos para isto 344,80 horas . A produgio obtida foi de 18 . 673,80 m3.
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6. RESUMO DOS RESULTADOS.
- Draga de Succao la Etapa 3a Etapa Total
Area dragada (m2) 60,370 34.080 94.450,00
Horas trabalhadas 775,18 344,80 1.119,98
Volume dragado (m3) 74.695,20 18.673,80 93.369,00
Area/hora 77,87 m2/h 98,83 84,33
Vol./hora 96,35 m3/h 54,15 83,36
- Guindaste "Clam-Shell" 2a Etapa
Area trabalhada 17.406 m2
Horas trabalhadas 883,23
Area/hora 19,70 m2/h
7. CONTROLES EXECUTADOS. - Face a importancia dos servigos tan
to sob o ponto de vista de qualidade como o de praz o, fez-se ne
cessgrio implantar uma serie de controles, os quais associados
indicaram com precisao a qualidade atingida com a dragagem. Du
rante a execuga-o dos trabalhos, foram realizados os seguintes
controles:
- Sistema de estanqueamento para controle das areas varridas
pela "Draga de Succa-o" e "Clam-Shell";
- Controle da posicao dos pontoes da "Draga de Succao e de
"Clam-Shell";
- Verificagao dos bancos de areia no pe dos taludes dos diques
B e C;
- Controlesdos volumes dragados, atraves de levantamentos ba-
timetricos;
- Controle para liberanao da faixa limpa pelo "Clam-Shell" e
controle da dragagem final na faixa de 40 m liberando-a para
o langamento de argila;
- Controle realizado pelo "Side Scan Sonar";
- Registro de fundagao, atraves da gravagao feita em "video
"tape"
7.1. SISTEMA DE ESTANQUEAMENTO PARA CONTROLE DAS AREAS VARRIDAS
PELA "DRAGA DE SUCQAO" E "CLAM-SHELL". - Nos anexos sao in
dicados os estanqueamentos utilizados , seguindo a orientacao
Norte / Sul, que eram pintados de 10 em 10 metros nos taludes
interiores dos diques.
7.2. CONTROLE DA POSICAO DOS PONTOES DA "DRAGA DE SUCQAO". - Em
vista de se fazer um acompanhamento preciso do posicionamento
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dos dois equipamentos, para eliminar a possibilidade de ficar
alguma faixa sem dragar, notou-se um sistema de locacao des
tes equipamentos, constatando basicamente, no seguinte: na
margem foi instalado um Distomat DI-35 e tanto na "Draga"
quanto no "Clam-Shell", foram instalados refletores fixos.
Com isso, foi possivel determinar a posicao dos equipamentos
em qualquer instante. Fez-se, entao um gabarito de acompanha
mento, e a cada 15 minutos fazia-se a leitura da posicao exa
to dos equipamentos, acompanhando o posicionamento. Esta per
mitiu assegurar que toda a area fosse trabalhada, alem de o n
entar a operacao de dragagem.
7.3. VERIFICAQAO DOS BANCOS DE AREIA NO PE DOS TALUDES DOS DI
QUES B e C. - 0 metodo utilizado para verificarao do item
acima se encontra detalhado noutro trabalho apresentado ao IV
Seminario National de Grandes Barragens, referente ao lanca
mento de Transica-o e de Argila.
7.4, CONTROLES DOS VOLUMES DRAGADOS, ATRAVES DE LEVANTAMENTOS
BATIMATRICOS, - Realizados atraves da associacao de um eco
batimetro a um "Side Boon Scanner", formando um sistema que,por ser mais sensivel, permitia leituras batimetricas mais
precisas, sendo possivel determinar a espessura dos bancos de
areia e as fendas maiores.
Foram realizadas batimetrias iniciais e finais de toda a regi
go do nucleo, bem como batimetrias durante a execucao dos ser
vigos com a finalidade orientativa. 0 volume total dragado
foi de 93.369 m3. Para a cubagem do volume mencionado, foram
realizadas seco-es batimetricas transversais, iniciais e finais,
a cada 10 metros.
7.5. CONTROLE PARA LIBERAcAO DA FAIXA LIMPA PELO "CLAM-SHELL" E
CONTROLE DA DRAGAGEM FINAL NA FAIXA DE 40 METROS, LIBERAN
DO-A PARA 0 LANQAMENTO DE ARGILA. - Desde o inicio dos ser
vigos, se fazia necessaria uma equipe de mergulhadores, para
que se pudesse conferir a qualidade da primeira etapa de dra
gagem, e liberar o langamento de transicao , bem como a libera
cao da faixa limpa pelo "Clam-Shell". Com a equipe de mergu
lhadores , equipada com canrara de descompressao e um sistema
de fonia, no qual o mergulhador transmitia as suas observagoes
da superficie encontrada no fundo do rio, a outro elemento si
tuado no pontao, atraves de um sistema transmissor-receptor,
foi possivel auxiliar as demais controles, alem da verificacao
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dos locais onde haviam duvidas.
Na Ensecadeira de Jusante, mais 600 m2 da segunda etapa de
dragagem, foram liberados atraves da realizagao de mergulhos,
o que seria suficiente para justificar a utilizagao da equipe.
Alem do mais, a liberagao final para langamento de argila ba
seou-se nos informes obtidos de uma malha de mergulhos, onde
procurou-se cobrir a regiao dos nucleos.
7.6. CONTROLE REALIZADO PELO "SIDE SCAN SONAR". - Ap6s a con-
clusao da primeira dragagem, efetuou-se registro da fundagao
do nucleo Montante com o aparelho "Side Scan Sonar" modelo
431. Este registro foi executado ao longo do eixo, cobrindo
faixa de 20 m para cada lado. Com as informagoes dos mergulha
dores nas areas previamente levantadas com o "Side Scan Sonar",
foi possivel de fazer uma interpretagao correta dos registros
do mesmo, extraindo-se as seguintes conclusoes: 1) Inexisten
cia de areias ou lamas espessas sobre as rochas; 2) Existen
cia de rochas isoladas ou amontoadas em pequena area, sem con
tinuidade na segao; 3) No foram observadas infiltragoes. 4)
No ha evidencia de fendas ou falhas na rocha de fundagao.
Antes do inicio dos servigos de dragagem na Ensecadeira de Ju
sante, fez-se um registro da fundagao, obtendo as seguintes
informag6es: 1) Nenhuma fratura an6mala, de ordem geol6gica;
2) Inexistencia de infiltragoes; 3) Algumas concentragoes de
cascalho.
7.7. REGISTRO DA FUNDAQAO ATRAVES DE "VIDEO-TAPE - Antes de
ser liberada para o langamento de argila, procedeu-se a grava
gao em "video-tape" da fundagao dos nucleos, ficando as fitas
correspondentes arquivadas na Obra.
A turbidez da agua no recinto entre os diques C e D impediu
que fosse feita a gravagao de toda a area do nucleo, ao passo
que a montante as condigoes de gravagao foram mais favoraveis,
gravando-se em "video-tape" o percurso necessario.
7.8. DADOS FORNECIDOS PELOS MERGULHADORES, - A seguir a mostra
da parte das observagoes efetuadas pelos mergulhadores.
8. CONSIDERAQOES ADICIONAIS. - 0 acompanhamento dia"rio da evolu
gao dos servigos , aliado aos resultados obtidos com os contro
les, nos permite fazer os comentarios que se seguem:
a - A dragagem adicional que se observa na Ensecadeira de Jusan
te, em sua terceira etapa, deveu-se principalmente ao des
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gaste das "juntas flexiveis" aplicadas na ligacao com o "dis
positivo de sucgao", que ja nao permitia trabalhar com a
mesma profundidade de corte utilizada na Montante, obrigan
do assim, a uma terceira passada da Draga de Succao entre
as sec6es 1 + 70 e 2 + 70.
b - A operacao de transferencia dos equipamentos de Montante pa
ra Jusante, prevista inicialmente com a desmontagem total
dos mesmos, necessitava de um prazo de 45 dias, entre o ter
mino dos servigos em Montante e o seu inicio em Jusante.
Contudo, a possibilidade de executar esta operacao em 9 dias,
justificou a abertura de uma passagem no dique B, que permi
tiu a transferencia automatica dos equipamentos, apenas com
uma desmobilizaca-o parcial.
c - A utilizada-o de tubulacao plastica na sucgao, com peso espe
cifico de 1 ton/m3, quando cheia, associada aos colares flu
tuantes, permitiu que na-o fosse transmitidos grandes esfor
cos para as "juntas flexiveis", proveniente do peso pr6prio
da tubulacao.
A excelente performance com que se houve a Empreiteira da
Dragagem, aliada ao rigoroso acompanhamento de todas as ati
vidades desenvolvidas, racionalizando-as inclusive, garantiu
a qualidade dos trabalhos, possibilitando ate a antecipacao
da conclusao dos servigos.
As insignificantes infiltracoes d'agua apes o fechamento do
recinto entre as Ensecadeiras, vieram comprovar a eficiencia
do tratamento efetuado, permitindo a eliminacao das cortinas
de injegao previstaE.
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568
VISTA DA DRAGA DE SUC9A0
PASSAGEM DO PONTAO DO CLAM - SHEII ATRAVES DA ABER
TURA EXECUTADA NO DIQUE V.
569
VISTA GERAL DOS EQUI PAMENTOS DE DRAGAGEM, ENTRE OS
DIQUES "4:1 e "B
VISTA DO CLAM - SHEII DESCARREGANDO A ROCHA DA BAR
CAt A , NO TALUDE DO DIQUE "D":
570