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Tomou posse a nova Direcção da AEUPO JORNAL UNIVERSITÁRIO DA POLITÉCNICA JULHO - DEZEMBRO - 2017 DIRECTORA: PROFª. DOUTORA ROSÂNIA DA SILVA | ANO III | EDIÇÃO Nº 24 REGISTO N.° 09/GABINFO-DEC/2013 www.apolitecnica.ac.mz ESA GRADUA PELA PRIMEIRA VEZ EM LICHINGA ISHCT celebra 20 anos de existência PÁGINA 16 ÍNDICE IMEP introduz novos cursos em Tete e Nampula ESEUNA celebra 10 anos com novos desafios Carlos Lopes: Doutor Honoris Causa pela A Politécnica Empossados novos Pró- Reitores PÁGINA 6 PÁGINA 9 PÁGINA 8 PÁGINA 19 PÁGINA 5 PÁGINA 12

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Tomou posse a nova Direcção da

AEUPO

J O R N A L U N I V E R S I T Á R I O D A P O L I T É C N I C AJULHO - DEZEMBRO - 2017 DIRECTORA: PROFª. DOUTORA ROSÂNIA DA SILVA | ANO III | EDIÇÃO Nº 24

REGISTO N.° 09/GABINFO-DEC/2013

www.apolitecnica.ac.mz

ESA grADUA PELA PrimEirA vEz

Em LichingA

iShcT celebra 20 anos de existênciaPágina 16

ÍNDICE

imEP introduz

novos cursos em Tete e nampula

ESEUnA celebra 10 anos

com novos desafios

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Empossados novos Pró-

reitores

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JulhO | dezembrO-20172 o académico www.apolitecnica.ac.mz

EDIÇÃO n.° 24 o académico www.apolitecnica.ac.mz

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Narciso Matos substitui LoureNço do rosário

eMpossados Novos pró-reitores

esa gradua peLa priMeira vez eM LichiNga

atribuído NoMe de LoureNço do rosário a ceNtro de estudos africaNos eM portugaL

iMep iNtroduz seis Novos cursos eM tete e NaMpuLa

eseuNa ceLebra dez aNos a preparar-se para Novos desafios

carLos Lopes: doutor hoNoris causa peLa uNiversidade poLitécNica

provedores privados de educação LaNçaM associação eM Maputo

cidadãos têM Má percepção sobre iNstituições do estado

LEIA NESTA EDIÇÃO 24Sumário

REGISTO N.° 09/GABINFO-DEC/2013

Assessor: Lic. Leandro Paul - [email protected]

Textos: Prof. Doutor Lourenço do Rosário - [email protected]. Doutor João Mosca - [email protected]ª. Doutora Rosânia da Silva - [email protected]

Endereço físico: Av. Paulo Samuel Kankhomba, nº 1011 | Email: [email protected]: +258 21 352 750 | Fax: +258 21 352 701Cel: +258 82 3285250 | +258 82 3133700 | +258 82 3126180

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J O R N A L U N I V E R S I TÁ R I O D A P O L I T É C N I C A

Propriedade: Universidade PolitécnicaDirectora: Profª. Doutora Rosânia da Silva

[email protected]

www.apolitecnica.ac.mz

nOTA DE AbErTUrA

iMep’s e esdp vão crescer eM quaLidade e NúMero de aLuNos

urge corrigir sisteMa NacioNaL de eNsiNo

fuNde orgaNiza feira de assistêNcia jurídica

isute: atiNgir a Meta de estudaNtes é o graNde desafio

“quereMos fazer da esgct o ceNtro de exceLêNcia"

doceNtes forMaM-se eM eMpreeNdedorisMo

poLitécNica iMbatíveL eM seNiores MascuLiNos

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E sta é a XXIV edição do jornal “O Académico”, que publica hoje os acontecimentos que mais destaque tiveram na Universidade Po-litécnica nos últimos seis meses do ano de 2017, prestes a findar. Com efeito, encontrará na presente edição, entre outros aspec-tos relevantes, a tomada de posse do Professor Doutor Narciso

Matos como novo Reitor da Universidade Politécnica, em substituição do Professor Doutor Lourenço do Rosário, que dirigiu a instituição desde a sua criação, em 1995.

Igualmente, nesta edição destaca-se o empossamento da Professora Douto-ra Rosânia da Silva e do mestre Augusto Jone como Pró-Reitores para a Área de Pós-Graduação, Investigação Científica, Extensão Universitária e Coope-ração e para Graduação Presencial e à Distância, respectivamente.

Ainda na presente edição, “O Académico” inclui também a primeira gra-duação da Escola Superior Aberta (ESA), ocorrida em Lichinga, Niassa, e a cerimónia de atribuição do título de Doutor Honoris Causa ao académico guineense Carlos Lopes, na especialidade de Estudos de Desenvolvimento.

Em Novembro, a Escola Superior de Estudos Universitários (ESEUNA), de Nampula, celebrou 10 anos de existência, enquanto o Instituto Superior de Humanidades, Ciências e Tecnologias (ISHCT), em Quelimane, vai comemo-rar, no próximo ano, 20 anos da sua criação e instalação do Ensino Superior na Zambézia, estando para isso a preparar-se para a efeméride.

Outro assunto destacável é o facto de o Instituto Médio Politécnico (IMEP) introduzir, em 2018, seis novos cursos em Tete e Nampula, no quadro do Programa de Reforma do Ensino Técnico-Profissional (REPTO), cuja vocação é formar e graduar técnicos profissionais de nível médio.

Salienta-se, igualmente, o facto de a Direcção da Escola Superior de Educa-ção de Santarém ter decidido atribuir o nome do académico moçambicano Lourenço do Rosário ao seu Centro de Estudos Africanos, acto que aconte-ceu em Portugal, durante o Simpósio Mundial de Estudos da Língua Portu-guesa.

Finalmente, foi recentemente empossada este mês a nova direcção da As-sociação de Estudantes dos Universidade Politécnica (AEUPO), liderada por Suneila Faquir, que venceu o escrutínio havido para a liderança da agremia-ção com um total de 205 votos, contra 158 obtidos pela adversária.

Desejamos-lhe feliz Natal e um bom ano novo de 2018. n

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CE ProvEDorEs PrIvaDos DE EDuCação laNçam

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CIDaDãos têm má PErCEPção sobrE

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narciso matos substitui Lourenço do rosário

N arciso Matos, Doutorado em Química pela Univer-sidade de Humboldt, Ale-manha, desempenhava, até à data do seu empos-

samento, a função de Pró-Reitor para o Desenvolvimento Institucional da Universidade Politécnica.

Com esta passagem de testemu-nho, o Professor Doutor Lourenço do Rosário, fundador do então Instituto Superior Politécnico e Universitário (ISPU), actual Universidade Poli-técnica, deixou, 22 anos depois, a Reitoria da instituição, continuando, no entanto, a assumir funções de Presidente do Conselho de Adminis-tração do Grupo IPS, proprietário da Universidade, para além de passar a exercer a função de Chanceler, órgão

que tutela o relacionamento inter--institucional do Grupo.

No seu discurso, o novo Reitor comprometeu-se a consolidar e valo-rizar o legado deixado pelo seu ante-cessor e a dar primazia à qualidade de ensino, uma das marcas da Universi-dade Politécnica.

“Vamos pugnar sempre por continuar a ser uma excelente uni-versidade, que dá ao país quadros preparados para contribuírem para o bem-estar social, que participa e intervém na reflexão e no debate das questões nacionais candentes e que está enraizada em Moçambique

Lourenço do Rosário, cujo esforço e dedicação foram reconhecidos pelo Primeiro-Ministro, Carlos Agostinho do Rosário, que testemunhou o acto.

“Manifestamos o nosso reconheci-mento pela sua valiosa e inestimável contribuição na formação do capital humano em prol do desenvolvimen-to de Moçambique. Os seus feitos são notáveis e foram determinantes para o crescimento e consolidação da Universidade Politécnica”, considerou o Primeiro-Ministro, que participou, igualmente, na XIX cerimónia de gra-duação de estudantes da Universidade Politécnica, na qual foram colocados no mercado 272 quadros superiores, sendo 253 licenciados e 19 mestres.

Aos graduados, dos quais 62% são do sexo feminino, Carlos Agostinho do Rosário instou-os a aplicarem os conhecimentos adquiridos ao serviço do país, “com vista a elevarmos con-tinuamente os níveis de produção e produtividade e, desse modo, con-tribuir para a melhoria das condições de vida da população”.

Com esta cerimónia sobe para 8439 o número de graduados pela Universidade Politécnica, muitos dos quais especialistas e investigadores que, em várias frentes, têm contribuí-do com o seu talento para o desen-volvimento do país. n

▶ O Professor Doutor Narciso Matos tomou posse, em Setembro último, como novo Reitor da Universidade Politécnica, em substituição do Professor Doutor Lourenço do Rosário, que dirigiu a instituição desde a sua criação, em 1995.

pela pesquisa com rigor científico e pelo serviço comunitário”, asseve-rou Narciso Matos.

Por seu turno, Lourenço do Rosário fez uma visita ao passado para falar do contexto em que foi criada a Uni-versidade Politécnica, em 1995, um ano após a realização das primeiras eleições multipartidárias do País.

“Criar uma universidade privada naquele contexto foi um acto de co-ragem e ousadia, dado que no país ainda dominava a ideia de que o Es-tado é provedor de tudo. Para além de que acabávamos de sair de uma guerra que durou 16 anos”, explicou

Em foCoEm foCo

F oram empossados, em Agosto último, em Maputo, novos quadros do Conselho Directivo, no âmbito do pro-cesso de reestruturação da

Universidade Politécnica.O empossamento resulta da in-trodução da figura de Pró-Reitor para a Área de Pós-Graduação, Investiga-ção Científica, Extensão Universitária e Cooperação e, igualmente, para a Área de Graduação Presencial e à Distância, cargos a serem ocupados pela Professora Doutora Rosânia da

Silva e pelo mestre Augusto Jone, respectivamente.Na ocasião, o Professor Doutor Lourenço do Rosário, então Reitor da Universidade Politécnica, instou os empossados a “conduzir com zelo os destinos desta instituição, já con-solidada e com prestígio nacional e internacional, visando o alcance dos pressupostos que nortearam a sua criação”. Igualmente, foram empossados o Director para Assuntos Científicos e Pedagógicos junto do Conselho

de Reitoria, Professor Doutor Carlos Sotomane; o Director-Adjunto da Uni-dade de Extensão Universitária, Dr. Mateus Simbine; o Director da Escola Superior Aberta (ESA), Mestre Arnal-do Nhavoto, entre outros quadros. Com o empossamento dos novos quadros, conforme explicou a chefe do Gabinete de Relações Públicas e Protocolo, a Licenciada Alorna Langa, espera-se manter o prestígio da Universidade Politécnica, consolidar a investigação científica e melhorar a qualidade de ensino. n

Empossados novos Pró-reitoresREITOR DA UNIVERSIDADE POLITÉCNICA

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CE ProvEDorEs PrIvaDos DE EDuCação laNçam

assoCIação Em maPuto

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ImEP INtroDuz sEIs Novos Cursos Em tEtE E NamPula

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N a cerimónia, a primei-ra da Escola Superior Aberta, desde a ofi-cialização das suas actividades na cidade

de Lichinga, em 2013, foram gra-duados estudantes formados nos cursos de Administração Pública, Ciências da Educação, Ciências Ju-rídicas, Ensino de História e Geo-grafia, Gestão de Empresas, bem como de Recursos Humanos.

dades laborais presencialmente e as curriculares, virtualmente, por meio de tecnologias de in-formação e comunicação, com horas presenciais para a troca de impressões com os respectivos tutores.

Refira-se que com estes 23 estu-dantes sobe para 8464 o número de graduados pela Universidade Poli-técnica a nível do país. n

ESA gradua pela primeira vez em Lichinga▶ A Escola Superior Aberta (ESA), Pólo de Lichinga, uma unidade orgânica da Univer-sidade Politécnica, graduou, nos finais do mês de Outubro, um total de 23 estudantes, que passaram a estar habilitados profissionalmente para dar o seu contributo para o desenvolvimento da província do Niassa e não só.

É expectativa da Universidade Politécnica que os 23 graduados, dos quais 11 são homens e 12 mulheres, dêem o seu contributo para o desenvolvimento socioe-conómico da província do Niassa, através da aplicação dos conhe-cimentos adquiridos durante a formação.

A cerimónia de graduação repre-senta, para a Universidade Politéc-

nica, um momento de júbilo e de satisfação, por ter contribuído para a formação de profissionais com competências básicas em matérias de Administração Pública, Ciências da Educação e de Gestão de Recur-sos Humanos.

Por outro lado, a cerimónia pro-porcionou a graduação, a nível da província do Niassa, de estudan-tes que cumpriram as suas activi-

Em foCoEm foCo

ESA representada em massangenaA ESA já está representada no dis-trito de Massangena, província de Gaza, pois pretende, gradualmente, atingir outros pontos do país através da campanha de divulgação dos cur-sos que ministra.

Para colher mais informações sobre as actividades desenvolvidas pela Escola Superior Aberta (ESA), em 2017, “O Académico” conversou com o director da escola, Mestre Arnaldo Nhavoto, que confirmou o facto e, para exemplificar, anunciou que, no presente ano, a unidade conseguiu apetrechar o centro de recursos de Mueda.

Fazendo o balanço das actividades desenvolvidas, Arnaldo Nhavoto afirmou que, dum modo geral, o ba-lanço é positivo, apesar de o efectivo de estudantes variar dum semestre para outro, devido às desistências.

“Em termos de qualidade de ensino e aprendizagem, com a introdução da Plataforma Moodle sentimos que houve uma melhoria ao nível de interacção entre os tutores e os estudantes. Avaliando o grau de acesso, que ronda os 70%, pode-mos dizer que se nota um grande

GESTÃO DA PLATAfOrmA mOODLESegundo informou, com a entrada em funcionamento e uso da Plata-forma Moodle o foco foi mais para a capacitação dos coordenadores dos Pólos, tutores e estudantes. Espera-

-se que com estas acções de capa-citação se possa habilitá-los, cada vez mais, no uso desta plataforma, havendo ainda a destacar o facto de todos os usuários estarem inscritos, o que vai possibilitar a incorporação e o acesso rápido aos materiais de estudo.

Em termos de perspectivas para o próximo semestre, Arnaldo Nhavoto disse que para além das actividades de carácter permanente ineren-tes às inscrições dos estudantes, programação e gestão dos cursos, atendimento e apoio dos estudan-tes, tutoria e avaliação dos estudan-tes, gestão da Plataforma Moodle, participação nas cerimónias de graduação dos estudantes da ESA e actividades da área administrativa, a ESA se propõe a dar atenção a mais acções, como consolidar e di-namizar o uso da Plataforma Moo-dle, passando desta forma de um simples espaço para depositar ma-teriais de estudo para uma platafor-ma que vai permitir uma interacção pedagógica entre os usuários.

A ESA pretende, igualmente, con-solidar o projecto de abertura de mais dois cursos, esperando realizar acções de formação dos elabora-dores dos planos de estudo e dos materiais de estudo para os cursos de Contabilidade e Auditoria e Psi-cologia Organizacional. Também vai prosseguir com as acções de forma-ção de tutores e estudantes da ESA sobre a utilização da Plataforma Moodle. n

A direcção da Escola Superior de Educação de Santarém decidiu atribuir o nome do académico moçambicano Professor Dou-tor Lourenço do Rosário ao seu Centro de Estudos Africanos.O acto aconteceu durante o Simpósio Mundial de Estudos da Língua Portuguesa, que decorreu de 23 a 28 de Outubro último, na cidade de Santarém, Portugal, onde participaram cerca de 1500 delegados vindos de academias desta área espalhadas pelo mundo.A atribuição do nome de Lou-renço do Rosário ao Centro de Estudos Africanos da Escola Superior de Educação de San-tarém justifica-se, segundo os seus promotores, pelo facto de o académico, enquanto colab-orador daquela instituição de ensino superior de Portugal, de 1988 a 1992, "ter pro-movido a aproximação das instituições africanas àquela instituição e ter introduzido os estudos africanos no mes-

pelo governo português, com o grau de Oficial da Ordem de Santiago da Espada, em 2008.Na cidade de Quelimane, capital da província da Zambézia, igual-mente, uma das ruas ostenta o seu nome. n

Atribuído nome de Lourenço do rosário a centro de Estudos Africanos em Portugal

envolvimento da parte dos tutores e estudantes”, explicou o director da ESA. Destacou o facto de os colaborado-res da ESA estarem focados na me-lhoria da qualidade de oferta curricu-lar, o que naturalmente vai culminar

com o incremento do número de estudantes. Referiu ainda que ao longo do ano, com a revisão das normas e proce-dimentos de tutoria e avaliação, foi possível elevar o nível motivacional dos estudantes, pois passou-se a

apostar ainda mais na qualidade das tutorias, tanto à distância, quanto às presenciais.

Arnaldo Nhavoto realçou que a ESA, pela primeira vez, realizou a ceri-mónia de graduação em Lichinga, sedimentando, desta forma, a sua presença neste ponto do país. Com efeito, foram 23 graduados que se juntaram aos de Maputo, Tete, Xai--Xai e Quelimane, perfazendo um total de 591 graduados em 2017.

Abordando a questão das inscrições dos estudantes, programação e ges-tão dos cursos à distância, o direc-tor da ESA esclareceu que a escola adoptou um modelo de ensino que envolve alguns momentos presen-ciais e outros à distância.

As disciplinas estão divididas por semestres e em cada um deles há dois blocos. Esta estrutura de plano de estudos, dividida em blocos de três disciplinas, cada, permite que haja admissão de estudantes quatro vezes ao ano, ou seja, qualquer inte-ressado poderá matricular-se no iní-cio de cada bloco nos seguintes cur-

sos: Gestão de Empresas, Gestão de Recursos Humanos, Ciências Jurídi-cas, Administração Pública, Ciências da Educação e Ensino de História e Geografia. A estratégia de inscrição em blocos permite também que não haja muita variação, em termos do número de estudantes ao longo do ano.

Acrescentou que em termos do número de estudantes a escola con-tinua a enfrentar desafios quanto às desistências. Até ao final de 2017 a ESA conta com 741 estudantes, distribuídos do seguinte modo: 2º semestre, 183 estudantes; 4º semes-tre, 177; 6º semestre, 209; 8º semes-tre, 172 estudantes.

“Quanto ao número de tutores, a ESA contou com 69, dos quais dois Professores Doutores, 23 Mestres e 44 Licenciados. Ainda prevalece o desafio de elevar o nível académico dos tutores, bem como capacitá-los em matérias de Educação à Distân-cia. Do total de tutores, 53 são do sexo masculino e 16 do sexo femini-no, o que corresponde a 23% do uni-verso de tutores”, esclareceu.

mo estabelecimento de ensino, nomeadamente nos cursos de pós-graduação". De recordar que Lourenço do Rosário é membro da Academia de Ciências de Lisboa.Também pelos serviços relevantes

prestados na aproximação das rela-ções académicas entre Moçambique e Portugal e entre Moçambique e Brasil, Lourenço do Rosário já foi condecorado pelo governo brasileiro com o Grau de Comendador da Or-dem do Cruzeiro do Sul, em 1999, e

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CE ProvEDorEs PrIvaDos DE EDuCação laNçam

assoCIação Em maPuto

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Carlos loPEs: Doutor hoNorIs Causa PEla

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Segundo a Prof.a Doutora Ana Guina, Directora da ESEUNA, pelos dez anos de existência foram realizadas diversas ac-ções comemorativas, desde

palestras, exposições fotográficas, actividades culturais e desportivas. As diversas realizações incluíram can-to, dança, teatro, jogos de futebol e culminaram com um jantar de gala que juntou a comunidade académica e a sociedade civil e contou com a presença do Magno Chanceler, Pro-fessor Doutor Lourenço do Rosário, do Magnífico Reitor da Universidade Politécnica, Professor Doutor Narciso Matos e representantes do Governo provincial.Na sua intervenção, dirigida à co-munidade académica da ESEUNA, o Reitor da Universidade Politécnica, Narciso Matos, destacou o contributo desta unidade orgânica para o desen-volvimento da província de Nampula, bem como do país no geral.

“Este contributo foi por intermédio dos cerca de 900 graduados agora integrados no mercado de trabalho e na vida social, o que testemunha as qualidades profissionais e huma-nas transmitidas e reforçadas pela ESEUNA”, referiu.

“Celebramos a contribuição da ESEUNA por intermédio da sua par-ticipação activa nas actividades eco-nómicas, sociais, políticas e humani-tárias da província, interagindo com o governo provincial, empresas, organizações não-governamentais, entre outras instituições educacio-nais e de formação profissional”, acrescentou o Reitor.

Por fim, Narciso Matos encorajou a ESEUNA a perseguir a visão de “ser, cada vez mais, a escola eleita pe-los estudantes e suas famílias, por nela reconhecerem o compromisso permanente com a qualidade, o rigor, o profissionalismo e com os valores humanos e cívicos dos gra-duados”.

BALANÇO POSITIvOFazendo o balanço do corrente ano, Ana Guina disse que as aulas decorre-ram a um ritmo desejável e boa parte das actividades programadas foram realizadas segundo o programa e pla-no traçados. “Naturalmente houve alguns aspectos menos bons, mas nada digno de ser assinalado, e que prontamente foram resolvidos”, referiu.

Dentre as várias actividades progra-madas para 2017 pode-se destacar a reunião geral com alunos, reunião geral com os docentes, as Jornadas Científicas e palestras, participação em seminários, jornadas de saúde, com principal destaque para a doa-ção de sangue pela comunidade académica, com o apoio do Hospital Central de Nampula (HCN), partici-pação na Feira da CADE e na 11ª Fei-ra Nacional de Ciência, Tecnologia e HIV, entre outras realizações.

A directora da ESEUNA indicou

também que foram graduados, em 2017, um total de 31 estudantes, dis-tribuídos da seguinte forma: AGE: 6; CA: 6; EC:17; EE: 1 e IG: 1, salientando que para o presente ano, devido ao número reduzido de estudantes, esta unidade não realizou a habitual ceri-mónia de graduação.

Acrescentou, igualmente, que a esco-la, a nível de licenciatura, ofereceu os cursos de Administração e Gestão de Empresas, Contabilidade e Auditoria, Psicologia Clínica, Engenharias Civil, Eléctrica, Mecânica e Informática e Telecomunicações. A escola contou com uma média de 68 docentes, en-tre a tempo inteiro, parcial, técnicos superiores e convidados.

Segundo Ana Guina, a ESEUNA tem como perspectivas para 2018 o me-lhoramento do campo de jogos, o aumento do acervo bibliográfico, a continuação do apetrechamento do laboratório multifuncional de en-genharias, construção de um bloco de sala de aulas para a ESDP. “E, naturalmente, perspectivamos a consolidação dos cursos existentes e o ingresso de novos estudantes”, concluiu. n

ESEUnA celebra dez anos a preparar-se para novos desafios▶ A Escola Superior de Estudos Universitários de Nampula (ESEUNA), uma unidade orgânica da Universidade Politécnica, celebrou, a 5 de Novembro último, 10 anos de existência, tendo como perspectivas o melhoramento do campo de jogos, o aumento do acervo bibliográfico, a continuação do apetrechamento do laboratório multifuncional de engenharias, a construção de um bloco de sala de aulas para a ESDP, a consolidação dos cursos existentes e o ingresso de novos estudantes.

rEPortagEmrEPortagEm

A ssim, o IMEP de Tete vai passar a ministrar três cur-sos, nomeadamente, o de Estradas e Pontes, Manu-tenção de Equipamentos

Hidráulicos e Construção Mecânica. Por sua vez, o IMEP de Nampula vai também introduzir outros três, que são, Mestre de Obras, Electricidade Industrial e Medidores Orçamentistas.Cada um dos seis cursos tem a dura-ção de três anos e cada ano de con-clusão corresponde à aquisição de um nível de competências com uma saída profissional, no quadro do Programa de Reforma da Educação Técnico--Profissional (PIREP).Os formandos entram com 10ª classe ou equivalente e com idades entre 15 e 35 anos, com ou sem experiência profissional prévia, mas com vontade de melhorar a sua condição socioeco-nómica, através da formação técnico--profissional e vocacional, orientada para a obtenção de emprego e gera-ção de auto-emprego, razão pela qual as aulas são predominantemente prá-ticas nos seis cursos, com uma parte básica de teoria.Para explanar melhor sobre o assunto, “O Académico” conversou com Licen-ciada Arcénia Chale, coordenadora--geral do REPTO-IMEP, que disse tratar-se de um Programa de Reforma do Ensino Técnico-Profissional no Ins-tituto Médio Politécnico (IMEP), cuja vocação será a de formar e graduar técnicos profissionais de nível médio. Esta iniciativa vai consistir na minis-tração de seis cursos de formação em Construção Civil e Manutenção Indus-trial nos Institutos Médios Politécnicos de Tete e de Nampula, sob tutela da Fundação Universitária para o Desen-volvimento da Educação (FUNDE).Acrescentou que o REPTO, no quadro geral do IMEP, visa a introdução de seis cursos, o que vai constituir uma oportunidade para a implementação da fase-piloto da Reforma do Ensino Técnico-Profissional, exercício que

vai contribuir para, paulatinamente, proceder-se com a conformação dos actuais cursos do IMEP, como cumpri-mento das orientações do Ministério da Ciência e Tecnologia, Ensino Supe-rior e Técnico-Profissional (MCTESTP) e da Autoridade Nacional da Educação Profissional (ANEP), que preconizam

que todas as instituições de formação técnico-profissional devem aderir à Reforma.A coordenadora-geral do REPTO-IMEP, falando dos objectivos da iniciativa, acrescentou que a mesma vem esti-mular também a expansão da reforma nos restantes cursos do IMEP. “Esta iniciativa prender-se-á, durante os três anos de sua duração, em graduar 744 técnicos médios, dos quais 45% mulheres, para além dos que pode-rão sair para o mercado de trabalho, anualmente, antes de concluírem o nível 5”, disse Arcénia Chale.Sobre a importância da iniciativa, ela referiu que reside no facto de se poder criar condições, em termos de logística e de recursos humanos, para formar, profissionalmente, jovens homens e mulheres. Ela pretende igualmente promover a empregabilidade de jovens desfavorecidos e desempregados, que estarão a frequentar os cursos.

De acordo com a nossa interlocutora, o REPTO-IMEP constitui uma oportu-nidade de quebrar a barreira, segun-do a qual os cursos do IMEP são diri-gidos a candidatos de classe média ou alta, abrindo espaço para candida-tos financeiramente desfavorecidos, habilitando-os a elevar o seu nível de vida e das suas famílias e, consequen-temente, desenvolver o país.“Os cursos do REPTO-IMEP vi-sam, sobretudo, minimizar os problemas relacionados com o desemprego e minimizar a falta de mão-de-obra qualificada, visto que estes cursos serão de carácter eminentemente prático, sendo que grande parte da formação vai decorrer em laboratórios e ofici-nas”, indicou.

Arcénia Chale apontou que, do ponto de vista da Universidade Politécnica”, a implementação deste programa, em parceria com o JOBA, veio ajudar a minimizar os custos da introdução da Reforma, partindo das actuais condições do IMEP e tendo em conta que este processo implica um grande investimento em várias áreas. Financiar a reforma nas condições exigidas pela Lei do Ensino Técnico--Profissional seria quase que impossí-vel, a ter que depender, somente, dos recursos gerados por uma instituição privada como a Universidade Politéc-nica. Disse, igualmente, que a implemen-tação do REPTO-IMEP em Nampula e Tete foi um caminho encontrado para se iniciar com o processo de Reforma no IMEP, sendo que estas regiões foram escolhidas com base na análise e observação de alguns critérios, como a localização, existên-

cia de possíveis parceiros com quem cooperar, franco crescimento económi-co, procura crescente de mão-de-obra nas áreas de ensino dos cursos que já se tem estado a ministrar, existência de instalações básicas adequadas e outros. Portanto, dependendo dos resultados desta iniciativa, que se espera sejam positivos, poder-se-á replicar e melhor apoiar os outros IMEP’s de Maputo, Quelimane e Nacala, que também es-tão a preparar-se para a reforma.

SOBrE OS curSOSHaverá oportunidade de se oferecer “kits” de iniciação de auto-emprego ou negócios aos graduados com melhor aproveitamento e que apresentarem melhores projectos após conclusão dos

cursos.Também haverá cooperação com outras agências e instituições voca-cionadas para oferecer apoio para a empregabilidade e auto-emprego dos graduados, através de programas que vão incluir criação de núcleos de interesse, formação sobre empreende-dorismo, inglês técnico, higiene e segu-rança no trabalho, como criar, registar e gerir um negócio, acesso a fontes de financiamento para micro e pequenas empresas.Oferecer-se-á, igualmente, apoio à cria-ção de associações de graduados com outros profissionais para divulgação de oportunidades de formação, emprego e geração de auto-emprego.Far-se-á tracer-studies de acompanha-mento dos graduados após a conclusão dos cursos, sendo os estudos focados nas competências, empregabilidade, iniciativa individual, entre outros atri-butos. n

▶ O Instituto Médio Politécnico (IMEP), sob tutela da Fundação Universitária para o Desenvolvimento da Educação (FUNDE), vai introduzir, em 2018, seis novos cursos em Tete e Nampula, no quadro do Programa de Reforma do Ensino Técnico-Profissional (REPTO), cuja vocação é formar e graduar técnicos profissionais de nível médio.

eM 2018

imEP introduz seis novos cursos em Tete e nampula

ÍNDI

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EDIÇÃO n.° 24 o académico www.apolitecnica.ac.mz

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rEPortagEmrEPortagEm

▶ A Directora-geral-adjunta dos IMEP’s e das ESDP da Universidade Politécnica, Mestre Isabel Humbane Zandamela, disse que para o ano de 2018 perspectiva-se o crescimento destas instituições, quanto ao número de alunos, melhoramento cada vez mais das condições de trabalho, da qualidade de ensino e dos serviços prestados, “aspectos que estão profundamente relacionados com o nosso Plano Estratégico”.

continua na pág. 11 »»

Isabel Humbane Zandamela dis-se que nas ESDP de Nampula e de Maputo prevê-se a criação de condições para o aumento das salas de aula e a conclusão

da construção de novas instalações da ESDA, respectivamente, pois as actuais não permitem mais cresci-mento. No Instituto Médio e Politéc-nico (IMEP) prevê-se a introdução de alguns novos cursos. Há um grande desafio de se preparar, em todas as unidades, a entrada na Reforma, que está basicamente relacionada com a transição da formação no modelo clássico para a formação em modelo de competências (o saber fazer).Siga a entrevista da Directora-geral--adjunta dos IMEP’s e das ESDP, Isa-bel Humbane Zandamela, em discur-so directo, no sistema de pergunta--resposta.- Que balanço faz do ano prestes a findar?- O balanço das actividades desen-volvidas ao longo do ano lectivo de 2017 é positivo, uma avaliação que poderá ser mais completa quando tivermos sistematizado o resultado do aproveitamento pedagógico, em finais de Dezembro. A maioria das es-colas conseguiu alcançar as metas de alunos por matricular, estabelecidas pela Administração. As escolas conti-

imEP’s e ESDP vão crescer em qualidade e número de alunos- projecta Isabel Humbane Zandamela

nuam a ressentir-se da falta de alguns meios de trabalho (Laboratórios de Física, Química e Biologia, Oficinas de Informática, Hotelaria e Turismo, estaleiros para as práticas de Cons-trução Civil), facto que constrange a realização de algumas aulas práticas, tanto no IMEP, como nas ESDP. Con-tudo, estão a envidar-se esforços para suprir esta necessidade, sendo que as unidades de Quelimane, Nacala e de Nampula beneficiaram de apetre-chamento e reforço em equipamento de laboratório, para algumas áreas de ensino. É de referir que o presente ano foi atípico, dado que o Ensino Se-cundário-Geral – ESG e o Ensino Téc-nico-Profissional (ETP) tiveram uma interrupção por um período de um mês e uma semana de férias, o que não foi de salutar para o processo de ensino-aprendizagem. Os professores e alunos tiveram que se reorientar, estrategicamente, para compensar o tempo perdido e minimizar o espírito de relaxamento que se havia insta-lado entre os alunos e até nos pais/encarregados de educação. - Quantos alunos foram matricula-dos este ano no IMEP e na ESG?- Ao longo do ano lectivo de 2017 atingimos o máximo de 1008 alunos inscritos no IMEP e 1190 nas Escolas Secundárias da Universidade Poli-

técnica, em todas as unidades, o que perfaz um total de 2198 alunos nos dois segmentos.- Qual é o número de estudan-tes graduados no IMEP e em que áreas?- Ainda não temos compilados os números de todas as unidades, mas graduamos nos cursos de Constru-ção Civil, Contabilidade, Gestão, Informática e Hotelaria e Turismo. De referir que a cerimónia oficial só aconteceu em Maputo. Estamos a trabalhar para o evento acontecer em todos os IMEP’s, mas a realidade das unidades fora de Maputo inspira pouco sucesso, dado que a maior parte dos graduados, imediatamente se dispersa, saindo das suas regiões de origem ou da cidade para traba-lhar nos distritos ou grandes empre-sas, geralmente, fora da cidade, logo após a conclusão do curso. Existe uma minoria que no ano seguinte entra no ensino superior e prefere esperar pela graduação da licencia-tura. - Com quantos professores conta-ram em 2017? - No ano lectivo de 2017, nos IMEP’s e nas ESDP trabalhamos com um

total de 325 professores, em todas as unidades, sendo que, destes, 181 lec-cionaram no IMEP e 144 nas ESDP.- Quais foram os principais constran-gimentos?- Os constrangimentos a destacar ao longo de 2017 foram a superação da capacidade instalada (salas de aula), facto que limitou a entrada de novos ingressos nas unidades de Maputo e Nampula; a falta de transporte escolar, em duas das cinco unidades, para a realização de visitas de estudo e aulas práticas fora da instituição; dificuldade em conseguir professores, com maior disponibilidade, para algumas áreas técnicas de Construção Civil e de Infor-mática, para o IMEP; a existência de um número de professores a tempo inteiro não proporcional ao total de alunos por unidade; a crise económica que assolou e continua fazendo-se sentir em todo o país e pelo mundo que não nos permitiu concretizar parte significativa dos objectivos planifica-dos, com implicação nas despesas de capital e de investimento. Entretanto, algumas lições pudemos tirar do exer-cício, pois aprendemos ou aperfeiçoa-

mos o sentido de poupança a todos os níveis. - Quais são as novidades assinalá-veis no IMEP e no ESG em 2017?- Estava prevista e realizámos a for-mação do CTA e dos Serventes, que não acontecia há já algum tempo; a realização de visitas de estudo, mas que não se concretizaram em todas as unidades, principalmente nas duas que não possuem transporte escolar; quase todas as escolas participaram em torneios desportivos, nas moda-lidades de basquetebol, futsal e an-debol, sendo que em Maputo, como é habitual, realizou-se o Campeonato Interno Lourenço do Rosário. Ainda na

modalidade de futsal, participaram do Torneio Inter-Escolar GO Sport´s, organizado pelo Ministério da Educa-ção e Desenvolvimento Humano; em todas as unidades celebrou-se a Se-mana do Ensino Técnico-Profissional, evento que simbolizou, também, a abertura da época da Campanha de Divulgação; as Escolas Secundárias das Acácias, da A Politécnica de Nam-pula e de Lourenço do Rosário reali-zaram as festas do baile de finalistas. As escolas envolveram-se ainda em actividades de solidariedade, através da angariação de bens e alimentos, posteriormente doados às institui-ções carenciadas e em resposta aos

pedidos de apoio diversos.- Como está a decorrer o processo de preparação dos exames no ESG e no IMEP?- A preparação dos exames decorreu normalmente e, como de costume, os alunos de todas as Escolas Secun-dárias da Universidade Politécnica estão, desde a última semana de aulas, a beneficiar de aulas de prepa-ração, para garantirmos uma maior percentagem de aprovações. Todas as unidades têm estado a colaborar com as Direcções Provinciais de Educação e Desenvolvimento Hu-mano locais neste processo, sendo que elas estão preparadas para reali-

zar os exames nacionais nas próprias instalações, com excepção de Naca-la que, por ser mais recente, ainda não tem paralelismo pedagógico. O IMEP também está a organizar-se para a realização dos exames que, diferentemente do ESG, tem um ca-rácter mais interno, porque as pro-vas são preparadas internamente, mas observando os princípios esta-belecidos pela entidade de tutela.- Que perspectivas deu para 2018 no IMEP e na ESG?- Para o ano de 2018 perspectiva--se o crescimento das escolas, em número de alunos, melhorar cada vez mais as condições de trabalho, a qualidade de ensino e de serviços prestados, aspectos que estão pro-fundamente relacionados com o nosso Plano Estratégico; nas ESDP de Nampula e de Maputo prevê-se a criação de condições para o aumen-to de salas de aula e a conclusão da construção das novas instalações da ESDA, respectivamente, pois as ac-tuais não permitem mais crescimen-to; o IMEP prevê a introdução de alguns novos cursos e tem o grande desafio de se preparar, em todas as unidades, para entrar na Reforma, que está basicamente relacionada com a transição da formação no modelo clássico para a formação em modelo de competências (o sa-ber fazer). Este exercício depende muito de investimentos na área de formação de professores, na criação de condições (adequação das insta-lações, apetrechamento dos labo-ratórios e criação de oficinas) para a realização de aulas predominante-mente práticas. n

O Instituto Médio Politécnico (IMEP), uma unidade orgânica da Universidade Politécnica, graduou, recentemente, um to-tal de 55 estudantes formados em vários cursos. Trata-se de 20 estudantes do curso de Construção Civil, 19 de Contabilidade, 8 de Gestão, 3 de Hotelaria e Turismo e 5 de Informática, que receberam os seus diplomas naquela que foi a XIII cerimónia de graduação do IMEP. Intervindo na cerimónia, Isabel Zandamela, Directora-geral--adjunta dos IMEP’s e das ESDP, endereçou votos de sucessos na vida académica para os estudantes que irão prosseguir com a formação superior, assim como no percurso profissional aos que vão exercer funções para as quais foram formados. “Com base na aprendizagem adquirida no IMEP esperamos que envidem todos os esforços para transformar, desenvol-ver, inovar e conceber produtos e serviços de elevada qualidade dentro dos sectores em que actuarem profissionalmente”, referiu Isabel Zandamela.

graduação-2017

Importa referir que durante a cerimónia foram igualmente premiados os melhores alunos de cada curso, como também o estudante que mais se destacou a nível do instituto. n

ÍNDI

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Pesou, para a atribuição do tí-tulo a este intelectual da lín-gua portuguesa, académico, cientista social e funcionário internacional superior da Or-

ganização das Nações Unidas (ONU), a relevância dos serviços prestados, em termos políticos, sociais e eco-nómicos para o desenvolvimento internacional, especialmente do Con-tinente Africano.Na sua primeira aula que proferiu, após a atribuição do título honorífico de Doutor Honoris Causa em Desen-volvimento, pela Universidade Poli-técnica, Carlos Lopes defendeu que depender apenas dos investimentos externos, nas indústrias extractivas, gera renda e, muitas vezes, tenta-ções comportamentais que não são amigas da protecção social e da redu-ção da pobreza. De acordo com o antigo Secretário--geral-adjunto da Organização das Nações Unidas, Carlos Lopes, que falava durante a cerimónia, e diante de uma plateia repleta de académi-cos, no anfiteatro da Universidade Politécnica, Moçambique atravessa, actualmente, um período de dificul-dades de ordem macroeco-nómica. No entanto, assegurou que este tipo de dificuldade não é o mais profundo, ao considerar que, para ultra-passar a crise económica, Moçambique necessita de alterações significativas a nível da sua política econó-mica. “As verdadeiras altera-ções da política econó-mica de Moçambique de-vem ser operadas a nível estrutural”, referiu Carlos Lopes, esperando que as análises deixadas nesta aula permitam uma dis-cussão aberta à volta das mudanças significativas na

do bem-estar dos moçambicanos”, explicou. Sobre a atribuição do título hono-rífico de Doutor Honoris Causa em Estudos de Desenvolvimento, Carlos Lopes não escondeu a sua emoção, assumindo que a ocasião é nobre, formal, ritualística, mas também cheia de conteúdo. “Na qualidade de homenageado, só tenho a agradecer a todos aque-les que apadrinharam esta opor-

carlos Lopes: Doutor honoriscausa pela Universidade Politécnica

política económica do nosso País. Num outro capítulo, Carlos Lopes fa-lou indirectamente da dívida pública moçambicana e da relação do nosso país com as instituições financeiras internacionais, ao afirmar que “paí-ses como Moçambique precisam ne-gociar melhor as suas dívidas e de conhecer melhor os parâmetros que influenciam as políticas mundiais”.A seu ver, “estes países precisam de saber que as instituições internacio-nais estão a fazer coisas diferentes em países diferentes. Saber o que se está a passar à volta de si permi-te negociar melhor e obter melho-res resultados”, vincou.No tocante à indústria extractiva em Moçambique, o académico é de opinião de que não se pode ter um crescimento baseado apenas no in-vestimento externo, “mesmo quan-do há crescimento, mesmo quando a dívida desaparecer”. “Estas indústrias não geram empre-go. Não são capazes de rentabilizar o tecido industrial do país e não aumentam a produtividade agríco-la, que são factores determinantes

rEPortagEmEm foCo

▶ A Universidade Politécnica, primeira instituição privada de ensino superior no país, atribuiu, em Setembro último, o título de Doutor Honoris Causa ao guineense Carlos Lopes, na especialidade de Estudos de Desenvolvimento.

tunidade e este reconhecimento. Estou muito grato à Universidade Politécnica por continuar nesta sua relação de profundo engajamento nas questões de actualidade que me têm trazido à universidade várias vezes”, disse. Nascido na Guiné-Bissau, em 1960, Carlos Lopes é, actualmente, docente universitário nas universidades de Cape Town, na África do Sul, e pro-fessor visitante na Universidade de

Oxford, no Reino Unido. Foi Secretário-geral-adjunto das Nações Unidas e Secretário Executivo da Comissão Eco-nómica das Nações Unidas para África, cargos que de-sempenhou até Novembro de 2016. A Universidade Politécnica é uma instituição vocacionada para três grandes domínios, nomeadamente, Ciências Em-presariais, Ciências Sociais, Ciências Humanas e Tecno-logias, cuja acção se desen-volve através de um conjunto diversificado de actividades, com permanente sentido de interdependência entre ensi-no/formação, investigação e prestação de serviços à comu-nidade. n

• Sobre a atribuição do título honorífico, o académico não escondeu a sua emoção, assumindo que é uma ocasião nobre, formal, ritualística, mas também cheia de conteúdo

Segundo a Mestre Isabel Hum-bane Zandamela, Directora--adjunta dos IMEP´s, falando sobre os objectivos da agre-miação, a AMEPP pretende

estabelecer-se como uma entidade independente que representa os in-teresses dos provedores de formação profissional não estatais, podendo servir como um vector que facilita o diálogo e a cooperação com o sector público, em parcerias público-priva-das, dentro ou fora do país, para além de servir de voz única dos associados, para apresentar as preocupações e contribuições destes diante do Go-verno. Falando sobre os associados, afir-mou que a base de membros deve ser inclusiva e representativa das necessidades regionais e sectoriais de Moçambique, composta por or-ganizações de educação privada com uma presença enraizada de Norte a Sul do país.Sobre os requisitos de aderência, ela disse que podem ser membros da AMEPP as instituições privadas que provêm a educação profissional. Fazem parte deste leque qualquer pessoa jurídica que preste serviços técnicos para a melhoria da quali-dade da formação no âmbito do de-senvolvimento da formação técnica e profissional e instituições que pro-movem o empreendedorismo priva-do. O interessado deverá preencher uma ficha de inscrição de membro, acompanhada de uma carta de pedi-do de adesão à Associação, devendo apresentar os objectivos da admissão como membro, e deverá efectuar o pagamento da Jóia (quotas mensais) e contribuir com ideias para o cresci-mento da associação.Falando do valor da agremiação na resolução dos problemas que os as-sociados têm, referiu que a Associa-ção será importante, na medida em que criará oportunidades para que os membros beneficiem de apoios diversos para o desenvolvimento de projectos em áreas de formação

profissional e empregabilidade; vai promover um ambiente propício para o estabelecimento de parcerias que permitam o intercâmbio, partilha de recursos diversos entre os asso-ciados; vai criar condições para o estabelecimento de procedimentos e padrões de qualidade de formação, assim como de sistemas de gestão eficazes; vai desenvolver acções de advocacia e lobbying junto de entida-des governamentais e outras organi-zações; vai desenvolver instrumentos para a identificação das necessidades do mercado, em termos de educação e formação, fazendo a ligação com os empregadores.

INSErÇÃO DA ASSOcIAÇÃO

Respondendo à questão sobre a in-serção da associação na Educação Profissional em Moçambique, Isabel Zandamela destacou que a AMEPP contará com o apoio adicional do JOBA, que é o Fundo de Aprendi-zagem, consistindo o mesmo num incentivo para melhorar a qualidade de formação oferecida pelos mem-bros da AMEPP, através da promoção das actividades formativas baseadas em competências, apelo ao governo para, em tempo recorde, as institui-ções de ensino profissional se con-formarem com a Reforma do Ensino Técnico-Profissional e estas, por sua vez, poderão replicar e transferir a mesma formação para outros prove-dores. Ainda no âmbito da Reforma, o JOBA poderá apoiar no melhora-mento das condições logísticas ne-cessárias para a intensificação da par-te prática do ensino nas instituições de ensino profissional.Destacou que o Instituto Médio Poli-técnico (IMEP) é membro-fundador da associação por direito e foi convi-dado por ser dos primeiros institutos de formação técnico-profissional privado no país com uma experiência comprovada, por ser considerada uma das instituições provedoras de formação técnico-profissional com

história de sucesso nesta área de en-sino e possuir uma boa reputação na prestação de serviços de formação de qualidade. Por outro, sentindo--se que faz parte desta plataforma, o IMEP contribui para a promoção do associativismo, um instrumento ou recurso importante quando se perse-gue grandes objectivos de interesse colectivo ou de massas. Para o IMEP, dentre várias vanta-gens a ter em atenção nesta inserção figura a possibilidade que antes era remota, de se ter um fórum onde canalizar as preocupações e opiniões, que devidamente tratadas poderão ser encaminhadas às entidades com-petentes; ter-se acesso à plataforma dos provedores de Ensino Profissional Privado, através da qual, facilmen-te, se pode estabelecer parcerias de partilha de experiências, de recursos humanos, de espaços laboratoriais, de oficinas e até mesmo de salas de aula, de forma colectiva ou individual; estando activo o programa de forma-ção de formadores, os professores do IMEP serão abrangidos, o que ajudará as instituições a minimizarem os cus-

tos na área de formação.A finalizar, Isabel Zandamela defen-deu que a AMEPP deve tornar-se sustentável e autodeterminada até 2020, visto que o seu compromisso de construir, desenvolver e consolidar a sua posição, de agora em diante, é extremamente importante, o que será possível através do alargamento da base dos associados, com o desa-fio de conseguir a representatividade do país. Espera-se empreender e promover uma boa liderança de pen-samento, firmamento de parcerias estratégicas e mobilização de recur-sos para concretizar os objectivos tra-çados. De referir que no início do mês de Novembro foi realizada a primeira Assembleia Geral, onde foram eleitos os órgãos sociais, direcção que con-duzirá os destinos da Associação nos próximos anos. Posteriormente, foi feito o lançamento oficial da AMEPP, tendo os dois eventos representado momentos ímpares da mais recente agremiação comprometida com a formação profissional, para melhor responder às exigências do sector empresarial no nosso país. n

▶ Foi criada em Março deste ano a Associação Moçambicana de Educação Profissional Privada (AMEPP), com o objectivo de congregar provedores privados de ensino profissional e em conjunto trabalharem em assuntos deste âmbito, atendendo e ajudando na busca de respostas para as preocupações e necessidades que têm enfrentado. Até finais do mês de Novembro a AMEPP já contava com um total de vinte e um membros, sendo que a meta é continuar a angariar mais integrantes por todo o país.

Provedores privados de educaçãolançam associação em maputo

• Já conta com 21 membros, sendo o IMEP um dos integrantes

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Em foCo Em foCo

O académico falava, em No-vembro último, durante o debate sobre o tema “Instituições como pilar de desenvolvimento”, no MO-

ZEFO, uma plataforma de debate em prol de um crescimento acelerado e inclusivo, que reuniu os sectores pú-blico e privado e a sociedade civil, em Maputo.Lourenço do Rosário sustentou que

quando a liberdade dos cidadãos se torna num instrumento extractivo acaba por estrangular o princípio da igualdade, gerando uma sociedade desigual, daí a necessidade de forti-ficação das instituições num Estado de direito democrático: “O objectivo final é tornar possível que uns poucos não esmaguem a maioria”, frisou. Acrescentou que “um Estado demo-crático, em que o direito e a igual-

dade não têm movimento contrário, naturalmente, que pode fazer com que alguns sejam mais iguais que outros e alguns sejam mais livres que outros e a injustiça social torna--se, naturalmente, uma realidade e o desenvolvimento possível uma miragem”.Na sua opinião, quando um Estado tem instituições fracas no seu terri-tório, os cidadãos não respeitam as regras estabelecidas, os funcionários públicos, a Polícia, nem as outras as instituições que eventualmente representam o poder, daí que “esse Estado não pode de forma nenhuma ser o gestor do desenvolvimento dum país, a não ser que mude de paradigma”.As várias instituições da sociedade moçambicana que respondem ao poder, à sociedade civil e às organi-zações socioprofissionais, conforme realçou, devem desempenhar um papel de monitoria mútua, para que se possa ter uma esperança no desen-volvimento do país.Lembrou que a Ética Moçambique desenvolveu um trabalho sobre a per-cepção da corrupção e da dignidade institucional no país, “cujos inquéritos realizados, quer na cidade, quer no campo, trouxeram resultados interes-santes. “Algumas instituições do Estado, nomeadamente, a Polícia, os sec-tores da justiça e da administração pública, eram vistas com índices de

pior percepção. Curiosamente, as instituições religiosas eram vistas com a melhor percepção”, referiu, acrescentando que “é extremamente curioso, porque um Estado que tem dentro do seu próprio território ins-tituições que os próprios cidadãos têm uma percepção muito má, é um Estado com instituições fracas”. Num outro desenvolvimento, indicou que, em 2003, os países africanos, ao criarem a União Africana, definiram alguns parâmetros importantes que plasmavam o princípio da boa go-vernação, não apenas por parte dos governos, mas também no quadro ins-titucional de cada país. Moçambique, segundo disse Lou-renço do Rosário, é signatário desse processo e tem perseguido a sua au-toavaliação permanente, pois permite prevenir, inclusivamente, processos fracturantes que acontecem ao longo da nossa história, nomeadamente, os conflitos pós-eleitorais que têm a ver com várias agendas de natureza polí-tica, económica, segurança nacional e de identidade.“Moçambique precisa de monitorar continuamente esses processos fractu-rantes, de modo a prevenir os instru-mentos que fazem com que os aspec-tos fracturantes predominem sobre os aspectos de coesão, quer do ponto de vista de disputa eleitoral, quer do pon-to de vista de distribuição da riqueza”, concluiu o Magno Chanceler da maior universidade privada do país. n

cidadãos têm má percepção sobre instituições do Estado

- Referiu o Magno Chanceler, Professor Doutor Lourenço do Rosário, no Fórum MozEFo

▶ O Magno Chanceler da Universidade Politécnica, Professor Doutor Lourenço do Rosário, disse que um Estado, que tem dentro de si instituições em que os cidadãos têm uma má percepção sobre elas, não pode de forma alguma ser gestor do desenvolvimento dum país, “a não ser que mude de paradigma”.

Narciso Matos fez este pro-nunciamento em Novem-bro último, em Maputo, ao dissertar no painel sobre o capital humano na educa-

ção e economia do conhecimento, do II Fórum MOZEFO, uma plataforma de debate em prol de um crescimento acelerado e inclusivo que reúne os sectores público e privado e a socie-dade civil.“Temos 17 milhões de crianças e jovens nos ensinos primário e se-cundário. Ao desagregar esses capi-tais humanos e olharmos com mais atenção vemos o que é que tem que ser corrigido”, referiu.Actualmente, conforme indicou, ao nível do ensino técnico-profissional, no país existem cerca de 100 mil jo-vens, um número em si muito reduzi-do. No ensino superior, nível universi-tário, existem cerca de 150 mil jovens, um número que também é muito pe-queno para as necessidades do país. “Em termos comparativos, temos, por exemplo, 150 mil generais e 100 mil soldados: significa que este exército tem que ser corrigido”, realçou Narciso Matos, ajuntando que “deveríamos ter muito mais elec-tricistas, carpinteiros, serralheiros e pedreiros do que os engenheiros que estamos a formar”.

Ressalvou que não pretende dizer com isto que os engenheiros sejam muitos. Na verdade, segundo expli-cou, os 150 mil representam um em cada mil moçambicanos, enquanto que na região austral africana há cer-ca de quatro em cada 100 cidadãos. Disse ainda que no ensino secundário pode-se constatar que existem cerca de um milhão e meio a dois milhões de jovens e no ensino primário temos os restantes dez ou doze milhões. “Ao passar do ensino primário para

o secundário temos uma perda enorme de talentos, acontecendo o mesmo ao passar do ensino secun-dário-geral para o ensino técnico--profissional e para o ensino univer-sitário, onde a situação se repete”, afirmou, sugerindo a necessidade de se corrigir esta situação, que levanta várias questões relacionadas com o acesso universal e à equidade no país.Num outro desenvolvimento, o Reitor da Universidade Politécnica apontou que “todos os moçambicanos têm

direito à educação. Mas têm direito a uma boa educação. Não têm direi-to apenas a poderem ir à escola. E há consenso hoje na nossa socieda-de de que há muitas fraquezas nos vários níveis de ensino”.Em relação à qualidade do ensino nacional, Narciso Matos asseverou que “não podemos estar a multipli-car uma quimera, multiplicar uma mentira. Querer dar a ideia de que há escola para todos, mas que essa escola não forma pessoas que de facto podem transformar as nossas vidas”.Defendeu a necessidade de se alocar mais recursos na educação, assim como na saúde. “Tenho consciência de que o bolo é pequeno. Mas será que está a ser adequadamente dis-tribuído de acordo com essa nossa convicção de que o capital humano é determinante para o nosso cresci-mento?”, questionou.Na sua opinião, o país devia desejar ter algumas instituições educacionais que sejam um farol. “Pelo menos uma ou duas universidades públicas que sejam aquilo que nós aspiramos no nosso país e que seriam os viveiros que formam cientistas e educadores. Quando nós pensamos em boas es-colas primárias, hoje pensamos em escolas privadas”, concluiu. n

Urge corrigir o sistema nacional de ensino- Enalteceu Narciso Matos, Reitor da Universidade Politécnica

▶ O Reitor da Universidade Politécnica defendeu a necessidade premente de implementação de iniciativas arrojadas no sector da educação para corrigir o sistema nacional de ensino, de modo a que possa crescer com equilíbrio.

Em face da recente descoberta de enormes quantidades de recursos naturais, com destaque para o gás natural, Moçambique precisa de adoptar uma lei sobre os benefícios fiscais, para garantir que estes sejam aplicados de maneira uniforme.Quem assim o diz é Bruno Santiago, especialista português em Direito Fiscal, para quem a ausência de um quadro legal sobre a matéria abre espaço para que as negociações, com potenciais investidores, sejam influenciadas por diversos factores, dentre os quais a necessidade de o país atrair mais e maiores investi-mentos.

“Os benefícios fiscais visam atrair investimentos, só que estes ten-dem a multiplicar-se, o que consti-tui um problema”, considera Bruno Santiago, que falava na primeira Conferência sobre o Direito Fiscal Internacional de Moçambique, orga-nizado pela Escola Superior de Altos Estudos e Negócios (ESAEN) da Uni-versidade Politécnica.Relativamente ao Direito Fiscal In-ternacional de Moçambique, Bruno Santiago diz que o país tem uma boa legislação, “embora ainda haja muito por fazer, como, por exem-plo, prestar atenção à questão dos recursos naturais”.

“É necessário assegurar que uma parte dos rendimentos resultantes da exploração dos recursos naturais fique efectivamente no país”, reco-menda o especialista, que dissertou sobre os acordos de dupla tributação celebrados por Moçambique. A primeira Conferência sobre Direito Fiscal Internacional de Moçambique, que teve lugar no mês de Outubro, tinha como objectivo promover a in-teracção entre os estudantes e espe-cialistas na área, conforme explicou a Pró-Reitora para Pós-Graduação, Investigação Científica, Extensão Universitária e Cooperação, Profes-sora Doutora Rosânia da Silva.

De acordo com Rosânia da Silva, pre-tende-se, com este tipo de eventos, que fazem parte do plano de activida-des da ESAEN, “ampliar o conceito de sala de aulas e permitir que os estudantes interajam com especia-listas de diversas áreas, desde os nacionais aos estrangeiros”.Para o efeito, foram convidados Maria da Graça Fumo, directora dos Assun-tos Jurídicos e Notariais do Ministé-rio da Economia e Finanças; Daniel Tivane, da Autoridade Tributária de Moçambique; Aboobacar Chang, Juiz Conselheiro do Tribunal Administra-tivo; e Bruno Santiago, especialista português em Direito Fiscal. n

moçambique precisa aprovar leis sobre benefícios fiscais

ÍNDI

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CIDaDãos têm má PErCEPção sobrE

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Novos DEsafIos

Page 9: iShcT celebra 20 anos de existência - apolitecnica.ac.mz O Académico XXIV... · Refira-se que com estes 23 estu-dantes sobe para 8464 o número de graduados pela Universidade Poli-técnica

JulhO | dezembrO-201716 o académico www.apolitecnica.ac.mz

EDIÇÃO n.° 24 o académico www.apolitecnica.ac.mz

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Em foCo Em foCo

O Instituto Superior de Humanidades, Ciências e Tecnologias (ISHCT), unidade orgânica da Universi-dade Politécnica em Quelimane, celebra no próximo ano 20 anos de existência e instalação do Ensino Superior na Zambézia, estando para isso a preparar-se para a efeméride. Segundo Mestre Seana Daud, directora do ISHCT, por isso o ano de 2018 será de grandes comemo-rações. Falando ainda sobre as perspectivas para o próximo ano, ela disse que se projecta, no âmbito da consolidação da Unidade de Extensão Universitária (UEU), a inauguração das clínicas de Ciências Jurídicas e de Psicologia Clínica.Acrescentou que em 2017 o ISHCT iniciou o ano lectivo com 426 estudantes e terminou com 358, es-tando prevista para Março próximo a efectivação da respectiva cerimónia de graduação e, para já, até ao momento cerca de 90 estudantes já terminaram os seus cursos em diferentes áreas do saber.Em 2017, o ISHCT contou com 93 docentes, cinco dos quais a tempo inteiro e os restantes em tempo parcial, facto que constitui um constrangimento, segundo Seana Daud, por causa das substituições que a situação obriga. “Tivemos três substituições ao longo do 1º semestre”, revelou.Porém, disse que o balanço das actividades realizadas em 2017 “é positivo, pois iniciamos acima da meta prevista e, de forma geral, as aulas decorreram bem”. Das actividades realizadas em 2017 destacam-se a abertura do ano lectivo em Fevereiro; o lançamen-to de livros em Agosto e Outubro; a realização de um festival cultural (vernissage) em Outubro; Jorna-das Científicas, em Setembro; efectivação de palestras relacionadas com a Psiquiatria, também em Setembro; intercâmbios académicos entre docentes e estudantes nas Ilhas Maurícias, em Agosto; e celebração do Dia Aberto, em Junho. n

iShcT celebra 20 anos de existência

A Fundação Universitária para o De-senvolvimento da Educação (FUNDE) organizou, no mês de Outubro, uma feira de assistência jurídica e atendi-mento psicológico gratuito, que se realizou na Escola Primária Completa Unidade 10, localizada no distrito municipal KaChamanculo, na capital do país.Denominada “Caravana Jurídica”, a iniciativa, que contou com a parceria do Conselho Municipal da Cidade de Maputo (CMM) e do Instituto de Pa-trocínio e Assistência Jurídica (IPAJ), insere-se no âmbito das acções desen-volvidas pela FUNDE visando a melho-ria das condições de vida das comuni-dades e a promoção da cidadania.

Este projecto, conforme explicou o representante da Universidade Politécnica, Mateus Mondlane, constitui um complemento às aulas teóricas, pois permite que os es-tudantes tenham contacto com a realidade que vão encontrar após a formação. Num outro diapasão, Mateus Mon-dlane referiu-se também à compo-nente social da “Caravana Jurídica”, através da qual “renovamos a espe-rança daqueles que têm os seus di-reitos violados ou estão em conflito com a Lei, dos que têm problemas com drogas, com o álcool e de tan-tos outros que estejam a passar por uma situação cuja solução passa por

um apoio jurídico ou acompanha-mento psicológico”. Por seu turno, Amade Tajú, delegado do IPAJ no distrito municipal KaCha-manculo, destacou a importância desta feira nas comunidades, que, na sua opinião, ainda não têm o hábito de consultar, por exemplo, um jurista ou um psicólogo.“Os juristas não existem somente para tirar as pessoas da cadeia ou ajudar a resolver um problema no tribunal. Eles existem para isso, mas também para ajudar a evitar que isso aconteça. Para tal, é ne-cessário que tenhamos o hábito de os consultar”, disse Amade Tajú, dirigindo-se aos presentes.

Por seu turno, o secretário do bairro de Chamanculo, José Cumbana, enal-teceu a FUNDE por ter levado a “Ca-ravana Jurídica” àquele local. “É uma forma de ajudar o Estado a aproxi-mar os seus serviços ao cidadão”. Para além das equipas técnicas, compostas por juristas, psicólogos e estudantes finalistas dos cursos de Ciências Jurídicas e de Psicologia leccionados na Universidade Politéc-nica, estiveram presentes no local brigadas dos Serviços de Registo Civil e da Autoridade Tributária de Mo-çambique para o registo de crianças e emissão de NUIT (Número Único de Identificação Tributária), respecti-vamente. n

FUnDE organiza feira de assistência jurídica

A directora, que respondia à questão sobre as perspectivas do ISUTE para 2018, afirmou que além de trabalhar sobre as metas será necessário en-volver mais estudantes e docentes nas actividades extracurriculares. “O ISUTE vai materializar o projecto de separação de lixo, em parceria com a Vale e o Conselho Municipal, em algumas ruas da cidade de Tete. Os tambores já foram cedidos pela Vale, transportados pelo Conselho Municipal e os estudantes do curso de Engenharia Mecânica desenvol-veram esta actividade como aula prática. A divulgação do seu uso vai estar a cargo dos estudantes do cur-so de Engenharia Ambiental, deven-do os tambores ostentar os logóti-pos das três instituições”, realçou.Fazendo o balanço das actividades desenvolvidas em 2017, a Mestre Maria Juliana Manuel disse que em-bora não se tenha cumprido com a meta de novos ingressos proposta pela Administração, o ISUTE faz um balanço positivo deste ano lectivo. “Consideramos positivo porque das actividades programadas quase to-

das foram cumpridas”. Em relação às actividades no geral, referiu que as aulas decorreram sem sobressaltos, “pese embora, no decorrer dos semestres, alguns docentes a tempo parcial tiveram que renunciar os seus contratos por razões profissionais ou porque con-seguiram bolsas para continuarem a estudar fora da província ou do país”.“Em 2017 houve, primeiro que tudo, um encontro com os docentes, se-guido de formação sobre o uso do sistema Unimestre. Foi privilegiada, igualmente, a uniformização da estrutura dos trabalhos académicos e de trabalhos de fim-de-curso; a assistência às aulas; encontro dos coordenadores dos cursos com os estudantes; Jornadas Científicas, palestras, visitas de estudo às ins-tituições, tendo, por exemplo, os estudantes de Engenharia Civil e Eléctrica visitado o FIPAG”, relatou.Acrescentou que os estudantes de Engenharia Civil tiveram contacto com o sistema hidráulico e os de En-genharia Eléctrica foram ver o siste-

ma eléctrico que faz funcionar todo o sistema de bombeamento de água. Os estudantes do curso de Psicologia foram aplicar testes psicotécnicos aos candidatos dos cursos de saúde, a pedido da Direcção Provincial de Saúde, e continuaram a fazer o apoio psico-social às vítimas da tragédia de Caphiridzange. Todas estas acti-vidades foram desenvolvidas com o objectivo de aliar a teoria e a prática. Indicou que em 2017 o ISUTE matri-culou 336 estudantes e, em relação à graduação, a unidade não realizou a respectiva cerimónia, devido ao número reduzido de estudantes com trabalhos de fim de curso defendi-dos, tendo esta passado para o mês de Maio de 2018. Neste momento o ISUTE conta com cerca de 90 estu-dantes que já defenderam as suas monografias.Afirmou que para a leccionação, a unidade orgânica contou com 83 do-centes, dos quais 72 são Licenciados, 10 Mestres e 1 Professor Doutor.Em relação a outras actividades de-senvolvidas, a directora referiu que o departamento de CID, em coordena-

ção com o núcleo da Associação dos Estudantes, realizou a cerimónia de Baptismo de Caloiros-2017.“Nos dias 3, 4, 5 e 9 de Agosto decorreram no ISUTE as 4ªs Jorna-das Científicas, que tinham como tema: Ensino, Pesquisa e Inovação ao Serviço da Sociedade, tendo como orador principal o Prof. Dr. Pedro Muendane, membro do grupo de pesquisa da unidade. O evento teve um impacto positivo, com o registo de participação de estudantes e docentes de todos os cursos”, contou a Mestre Maria Ju-liana Manuel.No que diz respeito às actividades de extensão universitária, Maria Juliana Manuel disse que continua a ter lugar a distribuição de plan-tas na comunidade. Desta vez é a comunidade que vem ao ISUTE buscá-las. Outro ponto a realçar diz respeito a soluções internas, no que tange à produção de mudas de plantas para serem canalizadas à comunidade. “Conseguiu-se criar um viveiro experimental, onde fo-ram plantadas várias mudas e que neste momento estão a desen-volver-se bem. O nosso propósito é apostar mais neste caminho de produção interna, visto que todas as plantas que têm sido distribuí-das à comunidade são doadas pelo Conselho Municipal. Estamos, igualmente, em fase experimen-tal, a produzir plásticos para co-locar as mudas. É uma produção artesanal”, detalhou.Sobre o desporto, o ISUTE partici-pou, no mês de Abril, num torneio das universidades organizado pela UP, na modalidade de futsal, tendo meritoriamente conquistado o se-gundo lugar. Na Semana do Enfermeiro, o ISUTE participou também em várias acti-vidades, nomeadamente: vacinação contra a cólera, medição da tensão arterial e despiste do cancro da mama e do útero, com uma partici-pação de realce, corporizada tanto por estudantes, colaboradores, docentes e a comunidade, tendo o evento terminado com um sarau cul-tural no ISUTE, seguido de um fes-tival de cultura inter-escolar, com a participação das escolas secundárias e pré-universitárias da província. n

iSUTE: atingir a meta de estudantes é o grande desafio▶ A Directora do Instituto Superior Universitário de Tete (ISUTE), Mestre Maria Juliana Manuel, disse que esta unidade orgânica da Universidade Politécnica vai fazer todos os possíveis para atingir e/ou mesmo ultrapassar a meta de ingresso de estudantes estabelecida para 2018.

ÍNDI

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A Odebrecht Moçambique ofereceu, em Outu-bro último, em Maputo, à Universidade Politéc-nica e ao Instituto Superior de Ciências e Gestão (INSCIG), mais de 500 livros acadé-micos, para enriquecer o acervo das bibliotecas daquelas instituições de ensino superior.A iniciativa faz parte de um conjunto de acções de responsabilidade social levadas a cabo em Moçambique, nesta fase, com instituições ligadas à cidade de Nacala, na província de Nampula. Para a Odebrecht, trata-se de um pequeno mas significativo gesto para apoiar os estudantes: “A educação é o pilar do desenvolvimento e para a Odebrecht é gratificante poder dar o nosso pequeno contributo na cons-trução de um futuro melhor”, se-gundo afirmou o director de Relações Institucionais da Odebrecht, Miguel Paiva.

A Universidade Politécnica tem uma unidade orgâ-nica denominada Instituto Superior Politécnico e Universitário de Nacala (ISPUNA), com cursos de

Odebrecht apoia bibliotecas de instituições do ensino superior

Em foCo Em foCo

A Profª. Doutora Sandra Bri-to, nova Directora da Escola Superior de Gestão, Ciên-cias e Tecnologias (ESGCT), em Maputo, disse, em

contacto com “O Académico”, que as perspectivas para o próximo ano são de investir na formação dos docentes e corpo técnico-administrativo, pro-mover a mitigação de fraudes acadé-micas, maximizar as parcerias institu-cionais “e continuar o meu empenho, como directora desta escola e em conjunto com a minha equipa, para

fazer da ESGCT o centro de excelên-cia da Universidade Politécnica”. Sandra Brito disse que gerir esta Escola é um desafio, tendo em con-ta que nunca tinha tido contacto directo num contexto de iniciativa privada e, por isso, “precisei de fazer ajustes às minhas compe-tências no que se refere à gestão universitária”. Falando das condições em que her-dou a ESGCT, disse que encontrou uma comunidade académica consti-tuída por cerca de 2000 estudantes,

assistidos por 200 docentes e 30 CTA´s, como também fracos meios de segurança; condições materiais para o processo de ensino-aprendiza-gem em estado de adequação e es-cassez de recursos financeiros, dado o contexto actual do país. Em relação ao balanço das activida-des desenvolvidas em 2017, a Profª. Doutora Sandra Brito afirmou que o mesmo era positivo. “Apesar das di-ficuldades, reconheço o esforço de toda a equipa na Escola e na Univer-sidade”, acrescentou, concluindo que as aulas correram bem. “Os planos temáticos foram cumpridos e o índice de aprovações, no geral, foi positivo. Segundo a directora, num universo

de 2000 estudantes inscritos em Fe-vereiro transitaram para o Semestre II cerca de 1900, entre reprovações e desistências. “Um total de 188 estudantes foram graduados, dos quais 131 são do sexo feminino, nos cursos de Ad-ministração e Gestão de Empresas, Assessoria de Direcção, Ciências de Comunicação, Ciências Jurídicas, Contabilidade & Auditoria, Eco-nomia, Engenharia Civil, Gestão Financeira e Bancária, Informática de Gestão, Engenharia Ambiental, Educação de Infância, Engenharia Informática e de Telecomunicações, Psicologia e Turismo, assistidos por 200 docentes”, relatou a finalizar. n

“Queremos fazer da ESgcT o centro de excelência

- Profa. Doutora Sandra Brito, Directora da EscolaO

primeiro curso de formação de formadores em em-preendedorismo, orientado pela Erasmus Centre for Entrepreneurship, da Ho-

landa, abrangeu vários docentes das universidades Politécnica, Eduardo Mondlane e do Instituto Superior de Ciências e Tecnologias de Moçambi-que (ISCTEM).O curso foi financiado pela Agência Holandesa de Cooperação, no âmbito do Projecto-Piloto do Curso Modular em Empreendedorismo, que tem a du-ração de um ano e que envolve as três instituições de ensino superior.

“A Holanda desenvolveu-se, em par-te, graças ao empreendedorismo e é uma experiência que nós queremos replicar em Moçambique. Em coorde-nação com parceiros locais podemos capacitar jovens, estudantes univer-sitários e outros grupos sociais em matérias de empreendedorismo, o que nos vai permitir criar um ecossis-tema capaz de dinamizar a economia e fortalecer o sector privado”, consi-derou a diplomata.Por seu turno, a Pró-Reitora para a Área de Pós-Graduação, Investigação Científica, Extensão Universitária e

Cooperação da Universidade Politéc-nica, Professora Doutora Rosânia da Silva, realçou¸ por um lado, a impor-tância deste projecto no desenvolvi-mento de competências e formação dos quadros das três instituições. Por outro, Rosânia da Silva referiu que a formação constitui uma mais--valia para a Universidade Politécnica, na medida em que “vai fortalecer as iniciativas que temos estado a desenvolver através da nossa Incu-badora Tecnológica e de Empresas e do Centro de Estudos, Negócios e Cooperação”. n

Docentes formam-se em empreendedorismo

Foi empossada, recentemente, a nova direcção da Associação dos Es-tudantes da Universidade Politécnica (AEUPO), liderada por Suneila Faquir, que concorreu pela Lista A, e venceu o escrutínio do dia 2 de Novembro, com um total de 205 votos, contra 158 obtidos pela Lista B. Na sua alocução sobre o acto, o Magnífico Reitor da Universidade Politécnica, Professor Doutor Nar-ciso Matos, disse que a direcção da AEUPO, que tomou posse, tem que fa-zer história de democracia na universidade, não só elegendo, como também sendo eleita sem qualquer conflito. “É por isso mesmo que o vosso papel é importante para que cada um de nós tenha a consciência de que vamos ter as associações que queremos. Se votar-mos pela ausência, ama-nhã não nos queixemos. Se há eleição e não participa-mos, amanhã não temos

legitimidade de nos queixarmos, para dizer que nós queremos isto e não aquilo”, disse o Reitor. Acrescentou que a Associação é uma escola onde se deve crescer. “Tam-bém é importante saberem que a lista que não ganhou não é para ser excluída. Aqueles que votaram na outra lista estão interessados nos destinos da Associação. Por isso, sejam inclusivos com os vossos co-

legas, com os que votaram e com os que não votaram. Eu estou con-vencido de que se mantiverem este espírito no nosso país, se formos ca-pazes de aferir que quem perde, não perde tudo. Quem ganha, não leva tudo. Quando não tivermos confli-tos, vamos viver em paz”, asseverou. Dirigindo-se aos membros que toma-ram posse, o Reitor da Universidade Politécnica começou por dizer que estes

tinham assumido uma grande respon-sabilidade de trabalhar para os seus co-legas e fazerem da universidade o me-lhor possível, pois “a vossa causa é a nossa causa. A vossa Associação tem que ser interventiva, ajudar a resolver os problemas da A Politécnica. As nossas portas estão abertas e ajudem com ideias para encontrar soluções dos problemas que afligem a nossa universidade. Não fiquem à espera

que vos chamemos, batam à porta e apresentem os vossos questionamentos”.Por seu turno, o Director Nacional dos Assuntos da Juventude, Roy Tem-be, em representação da Ministra da Juventude e Desportos, disse que a tomada de posse do novo elenco não estava a ser feita para cumprir forma-lidades, mas sim para rea-firmar que toda a missão tem prazo, por isso, mãos à obra nas novas tarefas de contribuir para o cresci-mento da universidade. n

Tomou posse a nova direcção da AEUPO

Engenharia Civil, Informática e de Telecomunica-ções, Engenharia do Ambiente, entre outros.Na ocasião, a directora da Biblioteca Central da

Universidade Politécnica, Prof. Dra. Sara Laísse, considerou que a oferta dos livros é muito bem-vinda, porque "irá contribuir para a revitalização do processo de ensino e dinamizar a leitura entre os discentes".Por sua vez, o INSCIG tem a sua sede em Nacala, ministrando cursos de Ad-ministração Pública, Ciências Jurídicas, Gestão de Recursos Humanos, Conta-bilidade e Auditoria e Gestão Empre-sarial, entre outros. O administrador--geral desta instituição, Pedro Tualufo, disse também que a oferta da Odebre-cht vai contribuir para "enriquecer o acervo da biblioteca daquele instituto superior, possibilitando um melhor processo de ensino-aprendizagem e boas práticas pedagógicas". n

No total foram seleccionados 10 do-centes, sendo quatro da Universidade Politécnica, três da Universidade Eduardo Mondlane (UEM) e igual nú-mero do Instituto Superior de Ciências e Tecnologias de Moçambique (ISC-TEM), que durante três dias beneficia-ram da formação. Intervindo na cerimónia de encer-ramento e entrega de certificados, a embaixadora do Reino dos Países Baixos em Moçambique, Pascalle Gro-tenhuis, referiu-se à importância do empreendedorismo na promoção do desenvolvimento inclusivo na socieda-de moçambicana.

DA A POLITÉCNICA”

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Page 11: iShcT celebra 20 anos de existência - apolitecnica.ac.mz O Académico XXIV... · Refira-se que com estes 23 estu-dantes sobe para 8464 o número de graduados pela Universidade Poli-técnica

EDIÇÃO n.° 24 o académico www.apolitecnica.ac.mz

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“Perdemos quatro jogadores funda-mentais, mas com trabalho árduo vamos recompondo a nossa equipa, sempre com a missão de competir pelos três primeiros lugares, em todas as provas em que participa-mos”, disse.Hélio de Sousa acrescentou que, em femininos, apesar das derrotas em al-guns jogos, pode-se assinalar os ganhos conseguidos pela A Politécnica. A equi-pa ficou sem seis das suas atletas que constituíam a base da formação. “Mes-mo assim encontra-se a competir com dignidade”, sustentou o técnico. Conforme afirmou, “há dois anos que só estamos a movimentar o basquetebol. Nesta modalidade, temos épocas diferentes para a formação e alta-competição. A formação compete de Fevereiro a Novembro ou Dezembro e a alta--competição inicia as provas de Se-tembro a Julho”. Fazendo o balanço da época 2016/2017, referiu que nas equipas de seniores da Universidade Politécnica tiveram ganhos e perdas, compara-

tivamente aos anos anteriores. Em seniores femininos, por exemplo, ficou em 4º lugar no Campeonato da Cidade e em último no Nacional. “Foi a pior época de todos os tem-pos. Em masculinos, foi o inverso. Melhoramos a nossa prestação no Campeonato da Cidade, onde fica-mos em 2º lugar, pela primeira vez na nossa história, e baixamos na Liga Nacional de 3º para o 4º pos-to”, observou.

A Politécnica imbatível em seniores masculinos

Relativamente aos escalões de for-mação, que as competições da pre-sente época ainda estão a decorrer, o clube conta atingir os objectivos defi-nidos no início do ano, que consistem em relançar as equipas a este nível, de modo a que nos próximos anos recupere os primeiros lugares, como num passado recente.

EvENTOS Em 2017Falando dos eventos em que o clube participou em 2017, o Mestre Hélio de Sousa descreveu as actividades da seguinte forma: “na alta-com-petição participamos nas provas organizadas pela Associação de Basquetebol da Cidade de Mapu-to, nomeadamente, Torneio de Abertura, Taça da Cidade e no Cam-peonato da Cidade. Nas provas nacionais marcámos presença no Campeonato Nacional de Seniores Femininos, que é da responsabili-dade da Federação Moçambicana de Basquetebol, e na Liga Nacional de Basquetebol, em seniores mas-culinos. Também participámos na

Fase Final do Campeonato Africano de Clubes, em Seniores Femininos, em Novembro de 2016, na cidade de Maputo”, disse.

cONSTrANGImENTOS E PErSPEcTIvASSobre os constrangimentos que o clube enfrentou na presente época, Hélio de Sousa revelou que em todas as épocas A Politécnica perde atletas. Alguns porque conseguem ingressar nas competições europeias ou ameri-canas, através da obtenção de bolsas de estudo, e outros transferem-se para os clubes locais. “E, infelizmente, têm saído as atletas que mais se desta-cam”, lamentou. Falando das perspectivas da equipa para a época, o Mestre Hélio de Sousa disse que nos escalões de formação “estamos num ano de relançamento. Estamos a começar mesmo do princí-pio. Na próxima época será possível colher frutos. Nos escalões de com-petição vamos trabalhar para não nos posicionarmos abaixo do 3º lugar”, concluiu. n

▶ O Clube de Desportos da Universidade Politécnica está imbatível no Torneio de Abertura de Basquetebol de Seniores Masculinos, em Maputo. Segundo o Mestre Hélio de Sousa, técnico principal do clube, é estimulante notar a capacidade de resposta da equipa nesta fase em que se encontra a trabalhar internamente.

J O R N A L U N I V E R S I T Á R I O D A P O L I T É C N I C AJULHO - DEZEMBRO - 2017

uNIvErSIDADE POLITÉcNIcA

a poLitécNica

ÍNDICE

O Director Nacional para os As-suntos da Juventude, Roy Tembe, considera que a aposta no des-porto, por parte das universida-des, desempenha um papel im-portante na redução dos índices de infecção pelo HIV/SIDA no seio dos jovens.Roy Tembe falava, recentemente, na cerimónia de homenagem à equipa sénior masculina de futsal da Universidade Politécnica, que se sagrou vencedora da Taça Uni-versitária, ao derrotar, na final, a equipa da Universidade Eduardo Mondlane, por 3-1, na marcação de grandes penalidades, depois de um empate a 4-4, no tempo regulamentar do jogo, que teve lugar no dia 17 de Novembro.

“Pode não parecer, mas as vanta-gens de apostar no desporto são várias. O desporto contribui, por exemplo, para a redução dos índi-ces de infecção pelo HIV/SIDA nos jovens, que são, infelizmente, os mais afectados por esta pandemia”, disse Roy Tembe, que também se re-feriu à importância do desporto e do associativismo estudantil na constru-ção da cidadania. “Há valores que são cultivados quando fazemos parte de um mo-vimento associativo juvenil, estu-dantil ou de uma equipa de futsal, como é o caso da unidade nacional, a solidariedade e o espírito de equi-pa”, acrescentou.Num outro desenvolvimento, o Di-rector Nacional para os Assuntos

da Juventude endereçou uma men-sagem de apreço à Universidade Politécnica, por apostar em diversas actividades extracurriculares, o que concorre para a formação de uma juventude sã e consciente do seu pa-pel na sociedade. “É gratificante saber que a direcção da Universidade Politécnica acari-nha várias actividades, entre elas a cultura e o desporto. Não são todas as universidades que têm esta for-ma de ser e de estar”, afirmou Roy Tembe.Por seu turno, o Reitor da Universi-dade Politécnica, Professor Doutor Narciso Matos, felicitou a equipa de futsal e encorajou-a a manter o espírito competitivo que sempre a caracterizou, tendo apontado, como

exemplo, a persistência demons-trada no jogo da final.“Tenho acompanhado alguns treinos e jogos e posso afirmar que temos potencial no des-porto. Vocês são disso prova, à semelhança das equipas de bas-quetebol. Na final foram muito persistentes. Não perderam a esperança e lutaram até o último momento”, considerou Narciso Matos. Para o treinador da equipa, Nas-ser Momade, “este título é fruto de muito trabalho e entrega. Tínhamos a consciência da res-ponsabilidade de representar a Universidade Politécnica nesta competição, na qual participaram equipas muito fortes”. n

Aposta no desporto fundamental para a juventude

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