ISEI BRASIL
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[ÍNDICE DE SEGURANÇA ENERGÉTICA INTELIGENTE UL - CPLP BRIEFING REPORT] 29 de Maio de 2012
8
Brasil
2008 2009
Dependência Energética
3,80%
6,50%
Ponderadores Índice Desenvolvimento Energético AIE
70%
Índice de Segurança Energética Inteligente
2,19
2,23
O Brasil é o país da CPLP líder no desempenho do ISEI, com uma performance superior à entidade
económico-política de referência, a UE: 2,23 contra 1,10, respetivamente. Para este resultado,
contribuiu sobretudo a diminuta dependência energética (é praticamente auto-suficiente, mas muito
também a elevada percentagem de energia primária renovável (devido aos biocombustíveis, que
perfazem 20% da oferta interna de energia) e da fatia de eletricidade verde (mais de 80%).
Com efeito, a matriz energética brasileira é composta por quase 45% de energia renovável, o que é um
feito notável, tendo em conta as políticas energéticas promovidas internacionalmente. Todavia, o Brasil
precisa de melhorar muito a intensidade energética da sua economia, bem como das suas infra-
estruturas para um acesso universal, seguro e equitativo da sua população aos serviços energéticos.
Tendo em conta o perfil energético da economia brasileira, para que esta consiga reforçar de forma
inteligente a sua segurança energética, propõe-se as seguintes linhas de política para reflexão:
• Manter e aumentar de forma sustentável (ambiental e economicamente) a introdução de
energia primária renovável, bem como de eletricidade «verde», diversificando as fontes, bem
como introduzindo tecnologias com melhor rendimento
• Melhorar a intensidade energética da economia, por via da utilização mais racional da energia,
com a introdução de programas de formação avançada em gestão energética
• Melhorar as infra-estruturas de acesso e distribuição de serviços energéticos, sendo possível
neste domínio estabelecer iniciativas de cooperação técnico-científica com Portugal, devido ao
conhecimento e boas práticas portuguesas neste domínio
• Ainda no capítulo do desenvolvimento energético, explorar o potencial das soluções
descentralizadas de energia híbridas (renováveis integradas com gás natural e/ou diesel) para
fornecimento energético a populações isoladas
• Manter e aumentar a prospeção para a Exploração&Produção (E&P) de hidrocarbonetos não
convencionais (deep off-shore, shale gas, oil shale) em território nacional, fomentando projetos
de cooperação técnico-científica (formação avançada e I&D) nestes domínios com países da
CPLP (p.e. Portugal, Angola, Moçambique e Timor-Leste)