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Paulo Boberto Ramos (Org)

LIVRO DE RESUMOS

ANAIS DO 1º WORKSHOP DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL INTERDISCIPLINAR

Os desafios da Educação Ambiental no Século XXI:

Repensando Prátcas e Valores

Universidade Federal do Vale do São Francisco

Petrolina Dezembro

2012

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Copyright © Projeto Escola Verde – Universidade Federal do Vale do São Francisco

Organização: Paulo Roberto Ramos

Capa: João Miguel Mendes

Diagramação e Correção: Tiago Fernandes Machado

Revisão: Adriana Silva Prado Pimentel e Gracielle Peixoto de Souza

Comissão Científica e Conselho Editorial:

Prof. Dr. Paulo Roberto Ramos Prof. Dr. Militão Vieira Figueiredo Profa. MsC. Alana Almeida Prof. MsC Vanderlei Carvalho Prof. MsC Jorge Luis Cavalcanti Ramos

Prof. MSC Cláudio Claudino Filho Prof. MsC Celso Sales Franca Profa. MsC Irailde Gonçalves de Lima Profa. MsC Nilmara Mércia de Souza Sá Santos

Ficha Catalográfica Elaborada Pela Bibliotecária da Univasf Maria Betânia de Santana da Silva

Como citar esta obra:

SOBRENOME, Nome do autor. “Título do Resumo”. In: RAMOS, Paulo Roberto (Org). Anais do 1º Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar. Petrolina: Editora Franciscana, 2012.

Petrolina

Dezembro

2012

Educação Ambiental Interdisciplinar. Workshop (1.: 2012: Petrolina, PE)

E24a (Anais do) Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar, de 08 a

09 dezembro 2012 / Organizado por Paulo Roberto Ramos – Petrolina, PE:

PEV-UNIVASF, 2012.

1 v. (66p.)

Tema: Os desafios da Educação Ambiental no Século XXI:

Repensando Praticas e Valores (Fonte retirada da Apresentação)

ISBN: 978-85-60849-50-5

1. Educação Ambiental 2. Interdisciplinaridade. 3. Caatinga –

Sustentabilidade. 4. Projeto Escola Verde. 5. Universidade Federal do

Vale do São Francisco. I. Título. II. Ramos, Paulo Roberto (Org.).

CDD 363.70071 CDU 37:577.4

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SUMÁRIO

Pag.

Apresentação ...................................................................................................................................................... 07

Grupos De Trabalho ........................................................................................................................................... 08

Análise Da Percepção Ambiental Dos Alunos Da Escola João Durval Carneiro

Em Ponto Novo–BA. Rosangela Souza Vieira et al .......................................................................................... 10

Uma Pesquisa Sobre Jogos Para Educação Ambiental No Brasil

E Soluções Para O Vale Do São Francisco. Adriana Pereira et al ................................................................... 11

Práticas De Educação Ambiental Na Construção Do Saber Ambiental Com Alunos Eja Na Escola

Municipal João Bosco Ribeiro Em Paulo Afonso-Bahia. Maria Do Socorro Silva et al ................................. 12

Uma Abordagem Sobre Os Efeitos Da Indisciplina No Meio Ambiente Escolar.

Evellyn Emanuella De Souza Sá Silva et al ....................................................................................................... 13

Jogos Computacionais Para Educação Ambiental: O Contexto Para O Desenvolvimento

De Um Jogo. Jéssica Albuquerque et a ............................................................................................................. 14

Práticas De Educação Ambiental No Ensino Médio: Interdisciplinaridade

E Desafios. Nilmara Mércia De Souza Sá Santos et al ..................................................................................... 15

Educação Ambiental No Ensino Médio Das Escolas Públicas Estaduais De Floresta – Pernambuco.

Maria Aparecida de Sá et al .............................................................................................................................. 16

O Problema Da Baixa Ambientalização Das Escolas Públicas Do Vale Do São Francisco.

Leidivana Patrícia Melo dos Santos et al............................................................................................................ 17

Jogos Computacionais Para Educação Ambiental: Um Processo Para A Elaboração De

Documentos De Requisitos. Ricardo A. Ramos et al ........................................................................................ 18

Jogos Computacionais Para Educação Ambiental: Um Estudo Investigativo.

Verônica C. Leal et al ....................................................................................................................................... 19

Jogos Computacionais Para Educação Ambiental: Utilizando Dispositivos Móveis.

Genisson Albuquerque et al ............................................................................................................................... 20

Aprendendo Sobre O Ambiente A Partir Das Imagens Do Cotidiano: Experiência Com O Pibid De Ciências

Naturais Da UFBA. Maria Cristiane dos Santos Coelho et al .......................................................................... 21

A Educação Ambiental Entre Os Profissionais Do Ensino Fundamental No Vale Do São Francisco.

Cícero Harisson Souza et al .............................................................................................................................. 23

A Influência Das Atividades Urbanas E Rurais Na Disponibilidade De Alguns Íons

Inorgânicos Nas Águas Do Rio São Francisco. Vanessa De Souza Santos et al ............................................... 25

Alternativas De Destinação Final Para Resíduos Sólidos

Da Construção Civil. Keliana Dantas Santos et al ............................................................................................ 26

Aplicações Da Espécie Myracrodruon Urundeuva Allemão No Ambiente Escolar

Adriana Silva Prado Pimentel et al .................................................................................................................... 27

Avaliação De Metais Pesados Em Café Na Micro-Região, Do Sudoeste Da Bahia, Utilizando A

Espectrometria De Absorção Atômica Com Forno De Grafite-Gfaas.

Ariane Oliveira Da Silva et al............................................................................................................................. 28

Conhecer Os Processos Históricos Para Desenvolver Tecnologias De Convivência

E Sustentabilidade No Semiárido Brasileiro. Rosiane Rocha Oliveira Sena et al ............................................. 29

Espécies Nativas Indicadas À Arborização Urbana Escolar No Semiárido

Gracielle Peixoto De Souza et al ....................................................................................................................... 30

Espaços Subterrâneos Como Ferramenta Na Construção De Competências Voltadas

Para A Conservação Do Meio Ambiente. Edemir Barbosa Dos Santos et al .................................................... 31

O Homem Natureza: Uma Experiência De Reutilização De Pneus E Garrafas Pet’s

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Em Canteiros Pedagógicos De Plantas Medicinais. João Miguel Silva Mendes et al ........................................ 32

Melhoramento Do Solo Por Meio De Técnicas De Compostagem Em Escolas

Públicas Do Vale Do São Francisco. Priscila Helena Machado et al .............................................................. .33

Revitalização Da Praça Antônio Marcelino Dos Reis Do Bairro São Geraldo,

Em Juazeiro-Bahia. Geisa Lorena Maia Carvalho Dos Santos et al ................................................................ 34

Técnicas Construtivas Utilizadas No Cariri Paraibano. Gabryela Ferreira Belo et al ...................................... 35

Territorialidade E Reapropriação Social Da Natureza Pelos Usos Das Plantas Medicinais

Em Juazeiro-Bahia. Rosa De Cássia Miguelino Silva et al .............................................................................. 36

Territórios Fluviais Urbanos E As Implicações Socioambientais Locais: Uma Ênfase

À Realidade Juazeirense. Clecia Simone Gonçalves Rosa Pacheco et al ............................................. 37

Desafios No Uso Do Computador Para A Educação Ambiental Em Escolas Públicas

Do Vale Do São Francisco. Tiago Fernandes Machado et al .......................................................................... .39

Turismo Ambientalmentecnológico. Deimison Sousa et al ............................................................................... 40

Sensibilização Através De Mídia Ambiental Visando A Promoção Da Educação Ambiental Com

Praticas De Compostagem Em Uma Escola Publica Em Petrolina. Lina Sheilla Pires De Souza et al ............. 41

Possibilidades De Aplicação Da Mídia Ambiental Para Crianças Do Ensino Fundamental

De Escolas Públicas Do Vale Do São Francisco. Daniela Alves do Nascimento et al ...................................... 42

Impactos Da Educação Ambiental Na Promoção Da Coleta Seletiva Em Uma Escola Pública

De Juazeiro-Bahia. Gaziela Lais Maia Carvalho Dos Santos et al .............................................................;...... 43

Práticas De Manejo Em Cisternas Rurais: Participação Da Comunidade De Capim De N11

Zona Rural De Petrolina. Ruanna Matos Almeida Souza et al ........................................................................... 45

O Uso De Sacolas Retornáveis Em Floresta-PE. Andrelice Da Silva Alves et al ............................................... 46

Móveis Feitos A Partir De Materiais Reciclados. Lázaro Alécio Nunes Bastos Honório et al .......................... 47

Conhecimento Dos Alunos Do Curso Médio Integrado De Edificações IFRN (Campus Mossoró)

Sobre O Saneamento E O Saneamento Básico. Izilmara Cristina Lopes De Medeiros et al ............................ 48

A Significância Dos Catadores De Materiais Recicláveis: Sua Condição De Trabalho E

O Ultraje À Dignidade Da Pessoa Humana. Tatiana Ferreira Da Silva et al ................................................... 49

A Importância Dos Parques Urbanos: O Caso Do Parque Municipal De Maceió-Alagoas.

Eligleise Santos Leandro et al ............................................................................................................................. 51

Educação Ambiental Para O Reaproveitamento Do Lixo Orgânico Na Promoção De

Compostagem Em Uma Escola Pública De Petrolina-Pernambuco. Maria Raquel da Silva et al ..................... 52

Coleta Seletiva E Reciclagem Em Uma Escola Pública De Petrolina-Pernambuco.

Sâmara Nelrye Carvalho De Oliveira et al ......................................................................................................... 53

Diagnostico Dos Problemas De Saneamento Ambiental Em Escolas Do Município De Juazeiro-Bahia.

Susi Ellen Costa Mota da Silva et al ................................................................................................................... 54

Limitações De Uso Da Água Da Lagoa Do Calú, Juazeiro-Bahia, Segundo

Resolução Conama 357/2005. Wyara Cordeiro Valença et al .......................................................................... 55

Pet Conexões De Saberes Saneamento Ambiental: Um Diagnóstico Da Drenagem Urbana De Águas

Pluviais Em Torno Da Lagoa Do Calú, Juazeiro-Bahia. Bábiton Leone De Oliveira Herculano et al .............. 56

Avaliação Da Arborização Em Cinco Escolas Do Município De Juazeiro-Bahia.

Isane Carine Guirra De Brito et al .................................................................................................................... 57

Utilização De Redes De Interação Para Avaliação De Impactos Ambientais De Atividades

Mineradoras Destinadas A Ontenção De Cobre. Hélio Costa Martim et al ..................................................... .58

Controvérsia Biológica: Nordeste Em Laboratório. Eduardo Rocha ................................................................. 59

Diagnóstico E Previsão De Impactos Ambientais Dos Resíduos De Construção

E Demolição Em Petrolina. Átila Almeida Rios De Assunção et al ................................................................... 60

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Mobilização Em Educação Ambiental Interdisciplinar Na Promoção

De Um Evento No Vale Do São Francisco. Francelita Coelho Castro et al .................................................... 61

Educação Ambiental Através Do Uso De Garrafas Pet’s E Agua De Ar Condicionado Na Produção

De Hortas, Em Uma Escola Pública de Juazeiro-Bahia. Vagner Deniz Clemente Campos et al ...................... 62

Avaliação Da Disponibilidade De Pb E Cu Nos Sedimentos Do Rio São Francisco,

Juazeiro-Bahia e Petrolina-Pernambuco. Kaíque Mesquita Cardoso et al ......................................................, 63

Resíduos Do Gesso De Construção: Ausência De Política Pública Para Sua Reciclagem

Sayonara Maria De Moraes Pinheiro et al ........................................................................................................ 64

Articulações Para Formação Do Comitê Em Defesa Do Meio Ambiente E Da Cidadania

Na Cidade De Monteiro-Paraíba. Andressa Soares Da Silva et al ................................................................... 65

Assentamento São Francisco Em Petrolina/PE: Uma Visão Da Questão Ambiental

Adriana Soely André De Souza Melo et al.......................................................................................................... 66

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AAAPPPRRREEESSSEEENNNTTTAAAÇÇÇAAAOOO

O Iº Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar foi um espaço para a divulgação e

integração de ideias, pesquisas, técnicas e vivências sustentáveis com o meio ambiente em que estamos

inseridos: a Caatinga.

O tema central do evento “Os desafios da Educação Ambiental no Século XXI: Repensando

Praticas e Valores” significou a ratificação da Educação Ambiental como um fio condutor, que pode

perpassar, interligando, diferentes atores sociais, áreas e disciplinas, na busca por novas formas de pensar

e agir na problemática ambiental local, com conhecimentos, criatividade e compromisso com a

sustentabilidade socioambiental.

Foi neste sentido que o Projeto Escola Verde e a UNIVASF, em parceria com diversas

instituições públicas e privadas, localizadas no Vale do São Francisco, realizaram o Iº Workshop de

Educação Ambiental Interdisciplinar, no Campus da Univasf/Petrolina, nos dias 7, 8 e 9 de dezembro de

2012.

Nesta primeira versão ocorreram exposições científicas, acadêmicas, artísticas e de vivências,

minicursos, oficinas, mesas-redondas, visitações técnicas e apresentações artísticas, numa ampla e

interdisciplinar articulação em prol de alternativas socioambientais sustentáveis.

Participaram do evento cerca de 500 pessoas, entre inscritos, professores, convidados, visitantes e

integrantes do PEV, discutindo e trocando experiências sobre as formas de convivências sustentáveis no

Semiárido nordestino.

Estiveram presentes na Abertura, o Coordenador Geral do PEV, Prof. Paulo Ramos; o Reitor da

UNIVASF, Julianeli Tolentino; o Reitor da FACAPE, Rinaldo Remígio; o Diretor Presidente da Agência

Municipal do Meio Ambiente (AMMA) de Petrolina, Geraldo Junior; além de representantes das

prefeituras e secretarias municipais de Petrolina-PE e Juazeiro-BA.

O evento contou com a participação de alunos e professores de diferentes áreas do conhecimento

e de diversas cidades nordestinas, tais como Feira de Santana-BA e Salvador-BA, São Raimundo Nonato-

PI, Maceió-Al, Senhor do Bonfim-BA, além de caravanas de Nova Floresta-PE, Monteiro-PB, Uauá-BA

e Palmeira do Índios-AL.

Levantamento preliminar aponta que mais de 500 pessoas participaram do evento, sendo que 157

participaram das palestras de abertura; 175 pessoas nos 6 Minicursos realizados; 107 pessoas em 6 Mesas

Redondas formadas; 98 pessoas realizaram visita técnica ao CEMAFAUNA e ao CRAD; 55 pessoas

participaram das 6 Oficinas ministradas, 51 resumos foram aprovados para publicação; 41 pessoas

fizeram apresentações orais em 6 GTs; 4 instituições montaram Stands (CRAD, CEMAFAUNA,

AGROVALE e CODEVASF). Ocorreram também desfile de roupas de materiais reciclados, mostra de

filmes, peça teatral e exposição de banners.

Aqui apresentamos aos leitores os 51 resumos aprovados para serem apresentados em forma de

Exposição Oral e Banner durante o evento.

Boa leitura!

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1. A Educação Ambiental nas escolas

Coord. Profa. Nilmara Mércia de Souza Sá Santos (Uniesb)

Ações, composições curriculares, contextualização e percepções da Educação Ambiental, formal

e informal, no processo ensino-aprendizagem.

2. Formação de Professores em Educação Ambiental

Coord. Profa. Irailde Gonçalves de Lima (Uneb) / Coord. Profa. MsC Alana Almeida

(AMMA)

Perfil e características da formação acadêmica dos professores que atuam no magistério e

processos de capacitação em Educação Ambiental, de forma interdisciplinar, articulada e

contextualizada.

3. Vivências e experiências de sustentabilidade no Semiárido

Coord. Prof. Celso Sales Franca (Facape)

Representações sociais, processos cooperativos e as diferentes formas de convivência com o

Semi-Árido, conservação e preservação, a partir do reconhecimento e problematização das

questões ambientais locais.

4. Educação Ambiental através da Arte e da Mídia

Coord. Prof. Paulo Roberto Ramos (Univasf) Representações artísticas da questão ambiental, através das artes cênicas, gráficas, plásticas e das

novas tecnologias midiáticas no desenvolvimento da Educação Ambiental.

5. Educação e Saúde Ambiental

Coord. Prof. Cláudio Claudino da Silva Filho (Univasf) Articulação da saúde com a Educação Ambiental. Estratégias e processos de saneamento

ambiental, higiene e consumo sustentável, como práticas educativas para melhoria da qualidade

de vida.

6. Estado e Meio Ambiente

Coord. Prof. Vanderlei Souza Carvalho (Univasf)

Ações e projetos dos Poderes Públicos e da sociedade civil no enfrentamento dos problemas

socioambientais, a partir da promoção da Educação Ambiental, formal e informal, que visam

estimular a participação popular e garantir a sustentabilidade das ações executadas.

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ANÁLISE DA PERCEPÇÃO AMBIENTAL DOS ALUNOS DA ESCOLA

JOÃO DURVAL CARNEIRO EM PONTO NOVO - BAHIA

Rosangela Souza Vieira1 Marizete Evangelista Souza2

Larize Teixeira Lopes2

Márcia Evangelista Sousa3

Cada vez é mais comum à depredação do patrimônio ambiental, sem a preocupação de conservar

para as futuras gerações, devido a isso escolas apresentavam algum tipo de trabalho envolvendo

a temática Educação Ambiental, implementando atividades e oficinas de educação ambiental.

Assim O presente trabalho é um recorte de um projeto de pesquisa com alunos do colégio

estadual João Durval Carneiro, o qual abrange as três series do ensino médio. Esta escola situa-se

no município de Ponto Novo, estado da Bahia. E uma vez por semana oferece oficinas de

educação ambiental. Com o objetivo de saber visão dos discentes sobre a educação ambiental e

como eles a compreendem, foram feitas visitas na referida escola para aplicação do questionário

com os mesmos. Tendo como objetivo principal investigar a percepção dos alunos sobre

educação ambiental e a compreensão dos mesmos. E como objetivos específicos: Buscar a

percepção ambiental sobre a oficina a partir das respostas tidas com os questionários; Verificar o

que estão fazendo para diminuir os danos da atual situação ambiental e quais as medidas que

esses jovens tomarão futuramente; Analisar se as oficinas estão contribuindo para um

pensamento mais crítico e, portanto, envolvido com a conservação do ambiente. Para analisar a

percepção dos alunos sobre a educação ambiental aplicou-se questionários contendo 10

perguntas, formados de questões dicotômicas e questões abertas. Estas questões abordavam

sobre o conhecimento e a conscientização ambiental. Foram examinados 24 alunos sendo 8 de

cada série (1ª, 2ª e 3ª) do ensino médio do turno vespertino sendo escolhidos de acordo com os

que se dispuseram a participar. Durante a visita a escola, os alunos foram solícitos. Percebeu-se

que apesar de incorporar a educação ambiental por meio das oficinas ofertadas uma vez por

semana durante todo o ano letivo, poucos alunos frequentam, por não ter caráter avaliativo.

Sendo assim, mesmo gostando do tema eles não se sentem motivados a mudar suas atitudes

voltadas para a conservação do meio ambiente. Também foi visto que o mesmo pouco relaciona

a escassez de água com a ação antrópica. Diante disto, analisou-se que a realização das oficinas

está incorporando a educação ambiental de forma separada das outras disciplinas e, portanto eles

a veem de forma fragmentada. Por fim, a adoção da temática Educação Ambiental é de extrema

importância nas escolas devido à necessidade de desenvolver nos alunos a consciência sobre os

problemas ambientais e instigá-los buscar soluções para os mesmos.

Palavras-chave: Educação Ambiental, Percepção ambiental, Oficinas.

1 Orientadora especialização em Educação, Ciência e Tecnologia

2 Discente da Universidade Federal do Vale do São Francisco

3 Discente da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) e da Universidade de Pernambuco (UPE).

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UMA PESQUISA SOBRE JOGOS PARA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO

BRASIL E SOLUÇÕES PARA O VALE DO SÃO FRANCISCO

Adriana Pereira1

Verônica C. Leal²

Jessica Albuquerque³

Genisson Albuquerque³

Ricardo A. Ramos4

Os jogos didáticos caracterizam-se como uma viável alternativa para auxiliar nos processos de

ensino-aprendizagem, por favorecer na construção do conhecimento do aluno. É utilizado com o

objetivo de proporcionar determinadas aprendizagens, diferenciando-se do material didático por

contemplar o aspecto lúdico, melhorando assim o desempenho dos alunos em alguns conteúdos

de difícil entendimento. A utilização de jogos tem se difundido como uma importante ferramenta

de apoio para o professor no ensino da Educação Ambiental. Esta pesquisa teve por objetivo

estudar a área sobre a utilização de jogos computacionais na educação ambiental. O Jogo

tartaruga, como exemplo, foi utilizado para ensinar aos alunos noções de preservação do meio

ambiente e cidadania. No Paraná uma escola municipal confeccionou o jogo Bingo ambiental,

que auxiliou os alunos no processo de ensino-aprendizagem em relação a questões ambientais

locais, bem como os professores no desenvolvimento de práticas pedagógicas mais dinâmicas e

que facilitaram o trabalho em sala de aula com as crianças. Em Pernambuco a reserva Ecológica

de Gurjaú utiliza jogos educativos na tarefa de conscientização das crianças que a visitam e das

que estudam em escolas localizadas no seu entorno, estimulando suas famílias a não desmatar a

Reserva. Outro exemplo de jogo visto foi sobre reciclagem do lixo doméstico, o qual explica a

necessidade e importância da separação do lixo doméstico, que favorece o desenvolvimento de

habilidades pelos alunos como: pensamento lógico, concentração, curiosidade, habilidades

motoras e cooperação que são extremamente proveitosas para o processo de ensino-

aprendizagem. Este estudo é a base para que um grupo de pesquisa multidisciplinar inicie uma

proposta de implantação dos jogos computacionais educativos relacionados com a Região do

Vale do São Francisco, mostrando a importância da preservação do meio ambiente e

relacionando a influência do homem no meio ambiente. Os jogos terão o foco na conscientização

da comunidade para um determinado problema ambiental. Com os jogos computacionais será

possível um maior alcance da educação ambiental e de maneira mais agradável para transmitir

conhecimento e conscientização para os jogadores/alunos. Este projeto faz parte de outros

projetos multidisciplinares do mesmo grupo de pesquisa da Universidade Federal do Vale do São

Francisco que tem o objetivo de desenvolver jogos computacionais para o ensino.

Palavras-chave: Jogos, computador, educação ambiental.

1 Mestrado em Entomologia Agrícola pela Universidade Federal Rural de Pernambuco.

² Graduando em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Vale do São Francisco.

³ Graduando em Engenharia da Computação pela Universidade Federal do Vale do São Francisco. 4 Doutor em Ciência da Computação pela Universidade Federal de Pernambuco e Coordenador do Grupo de

pesquisa em Games e Educação Ambiental da UNIVASF.

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PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA CONSTRUÇÃO DO

SABER AMBIENTAL COM ALUNOS EJA NA ESCOLA MUNICIPAL

JOÃO BOSCO RIBEIRO EM PAULO AFONSO - BAHIA

Maria do Socorro da Silva1 Adriana Soely André de Souza Melo2

Saullo André de Souza Leite Melo3 Sérgio Luiz Malta de Azevedo4

Esta pesquisa buscou compreender de que forma a escola promove a Educação Ambiental,

possibilitando a reflexão para a apreensão do saber ambiental no cotidiano. Objetivou-se analisar

a percepção ambiental dos professores e alunos da Educação de Jovens e Adultos da Escola João

Bosco Ribeiro em Paulo Afonso - BA. Diante dos graves problemas ambientais que ocorrem em

todo o planeta terra, o processo de aprendizagem de Educação Ambiental assume um papel

imprescindível na transformação do ser humano em relação às suas práticas e percepções do

ambiente em que vive. O homem é o sujeito responsável pelo futuro de todos os seres vivos.

Reigota (2009), diz que “os problemas ambientais não estão ligados apenas à quantidade de

pessoas existentes no planeta que necessitam consumir cada vez mais recursos; mais sim, no

excessivo consumo, no desperdício e produção de artigos inúteis e nefastos à qualidade de vida”.

Com isso, acredita-se que as práticas educativas são uma forma de alcançar resultados

satisfatórios através da formação do saber ambiental. Para tanto, utilizou-se a pesquisa de base

qualitativa através de observações diretas, entrevistas abertas e semiestruturadas e atividades

lúdicas e palestras realizadas no âmbito escolar, além da pesquisa bibliográfica. Chegou-se aos

seguintes resultados: mudança de atitude em relação às questões ambientais; envolvimento dos

alunos e professores na busca de adquirir novas práticas comportamentais, principalmente no que

se refere ao contexto escolar, na preservação do patrimônio físico, destinação adequada de lixo,

uso racional de água e energia, bem como de material escolar e de higiene pessoal. A

sensibilização das pessoas enquanto agentes responsáveis pelas boas práticas ambientais é a

solução para amenizar os problemas vivenciados no dia-a-dia dos homens e mulheres, tendo em

vista que a vivencia cotidiana muda padrões comportamentais e habituais.

Palavras-chave: Educação ambiental. Comunicação. Saber ambiental.

1 Mestranda em Ecologia Humana e Gestão Socioambiental pela Universidade do Estado da Bahia.

2 Mestranda em Ecologia Humana e Gestão Socioambiental pela Universidade do Estado da Bahia.

3 Graduando em Engenharia Agronômica pela Universidade do Estado da Bahia.

4 Doutor em Geografia pela Universidade Federal de Pernambuco.

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UMA ABORDAGEM SOBRE OS EFEITOS DA INDISCIPLINA

NO MEIO AMBIENTE ESCOLAR

Evellyn Emanuella de Souza Sá Silva1

Maria Auxiliadora Gomes de Sousa2

Nilmara Mercia de Souza Sá Santos3

Com frequência a indisciplina dos alunos é uma reação ao desrespeito e ao uso de poder

exacerbado pelo professor. Este comportamento pode ser verificado no patrimônio escolar por

meio da depredação das cadeiras, da poluição visual, das paredes manchadas e também nos

próprios livros didáticos. A Constituição Federal de 1988 caracteriza como meio ambiente

urbano toda edificação construída pelo homem. Diante desta problemática analisa-se as reais

intenções das práticas da indisciplina. Por se tratar de um tema que interfere no crescimento

social e pessoal do indivíduo, sente-se a necessidade de abordá-lo de forma a investigar possíveis

conflitos. Desta forma, o presente estudo apresenta como objetivo perceber a realidade em que a

escola campo está inserida mediante observação do cotidiano escolar, o ambiente familiar e

social do aluno indisciplinado e verificar se há na escola intervenções pedagógicas específicas

que associem o descuido do meio ambiente construído com a indisciplina. Realizou-se

observação da práxis do professor em sala de aula e do coordenador pedagógico na Escola

Municipal Mãe Vitória em Petrolina-PE. Utilizou-se a pesquisa bibliográfica para

aprofundamento da temática e abordagem qualitativa. Selecionou-se 10 % do universo de alunos

matriculados entre as três turmas mais indisciplinadas da escola. Os pais, coordenadores e

direção, também fizeram parte do levantamento por meio de resolução de questionários.

Percebeu-se que todas as classes avaliadas apresentam sinais de depreciação do patrimônio físico

como reflexo da indisciplina praticada pelos dicentes. Constatou-se que a escola está inserida em

zona periférica da cidade, desprovida de infraestrutura como pavimentação e saneamento básico.

Verificou-se ainda que os pais dos alunos são, em sua maioria, trabalhadores rurais que cumprem

jornada de trabalho de 12 horas diárias. Entretanto, mesmo diante desta realidade a escola

apresenta políticas de combate à indisciplina e de reconhecimento dos discentes disciplinados.

Portanto, para mudar a perspectiva em relação à indisciplina, é imprescindível que a escola se

responsabilize cotidianamente por um ambiente de cooperação, onde o aluno prioriza a

preservação do meio ambiente escolar como reflexo dos seus valores humanos. Conclui-se então

que essa conquista pode dar-se por meio de formação continuada para toda a equipe e da prática da Educação Ambiental como aliadas da boa convivência.

Palavras-chave: Escola. Indisciplina. Meio Ambiente Urbano.

1 Graduanda em Pedagogia, UPE

2 Docente, UPE

3 Mestre em Ciência Animal, UNIVASF

Page 14: ISBN: 978-85-60849-50-5 · e de diversas cidades nordestinas, tais como Feira de Santana-BA e Salvador-BA, São Raimundo Nonato-PI, Maceió-Al, Senhor do Bonfim-BA, além de caravanas

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JOGOS COMPUTACIONAIS PARA EDUCAÇÃO AMBIENTAL:

O CONTEXTO PARA O DESENVOLVIMENTO DE UM JOGO

Jéssica Albuquerque1

Genisson Albuquerque²

Adriana Pereira³

Veronica Leal4

Ricardo Ramos5

Para que um dado conhecimento seja transmitido e para que seja assimilado, nos dias atuais em

que o mundo multimídia faz parte do cotidiano, é de fundamental importância, além de motivar e

incentivar os interesses dos cidadãos respeitando sua cultura e as diversidades locais, construir

uma conexão com a tecnologia da informação. Atento a esse contexto, este projeto tem como

objetivo criar um ambiente para desenvolver jogos educativos, criando um instrumento de

ensino-aprendizagem que explora conteúdos interdisciplinares associados à educação ambiental

e tecnologia da informação. O objetivo da primeira etapa foi escolher ferramentas que permitirão

criar o RPG (Role Playing Game), um mundo virtual em que um jogador poderá interagir. Uma

das ferramentas selecionadas é o RPGmaker, que permite a construção do mundo virtual de

acordo com o desejo do desenvolvedor, além disso, a ferramenta permite também a confecção

dos jogadores (personagens) que irão interagir no mundo virtual. A ferramenta é gratuita e

facilita a criação do jogo, pois já possui muitos componentes já prontos para criar tanto os

mundos virtuais como os personagens. Com a ferramenta o desenvolvedor pode programar os

acontecimentos no jogo através de comandos de eventos pré-programados, entre outras funções.

O ponto de partida para elaborar o jogo é o documento de requisitos que contém os roteiros,

ações e tramas do jogo, além disso, terão os desafios e a visão da educação ambiental que fará

com que o jogador se conscientize após ter jogado. Este documento de requisitos deverá ser

elaborado por pesquisadores da área ambiental, que poderá escolher um tema especifico de uma

dada região que desejar, ou poderão tratar de temas mais abrangentes da educação ambiental,

como por exemplo, coleta de lixo seletivo. Todos os jogos desenvolvidos deverão estar

disponíveis on-line para que os jogadores possam acessar através de um navegador de Internet,

ou se desejar o jogo poderá ser acessado pelo celular. No contexto para o desenvolvimento de

um jogo computacional para educação ambiental deverá considerar a validação qualitativa. Está

validação de maneira controlada poderá ser feita, por exemplo, em algumas escolas do Vale do

São Francisco, com a finalidade de avaliar se o jogador se conscientizou de um dado problema

ambiental e que saiba como poderá ajudar na sua solução. Este projeto faz parte de outros

projetos multidisciplinares do mesmo grupo de pesquisa da Universidade Federal do Vale do São

Francisco que tem o objetivo de desenvolver jogos computacionais para o ensino.

Palavras-chave: Jogos, computador, educação ambiental.

1 Graduando em Engenharia da Computação pela Universidade Federal do Vale do São Francisco.

2 Graduando em Engenharia da Computação pela Universidade Federal do Vale do São Francisco.

3 Mestrado em Entomologia Agrícola pela Universidade Federal Rural de Pernambuco.

4 Graduando em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Vale do São Francisco.

5 Doutor em Ciência da Computação pela Universidade Federal de Pernambuco e Coordenador do Grupo

de pesquisa em Games e Educação Ambiental da UNIVASF.

Page 15: ISBN: 978-85-60849-50-5 · e de diversas cidades nordestinas, tais como Feira de Santana-BA e Salvador-BA, São Raimundo Nonato-PI, Maceió-Al, Senhor do Bonfim-BA, além de caravanas

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PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO ENSINO MÉDIO:

INTERDISCIPLINARIDADE E DESAFIOS

Nilmara Mércia de Souza Sá Santos

1

Nilo Manoel de Sá2

Évellyn Emanuella de Souza Sá Silva3

Alex Sandro dos Santos4

Diante da crescente expressividade dos fenômenos naturais ao redor de todo o planeta, as

questões ambientais têm apresentado constante notoriedade nos meios de comunicação e feito

parte do cotidiano das civilizações. Segundo Phillipi (2005) o intuito da educação ambiental é

preparar o indivíduo para atuar de forma crítica, solucionar problemas e saber conhecer seus

direitos e deveres a fim de promover o equilíbrio entre homem e natureza. De acordo com os

Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN’S (1999) o trabalho de educação ambiental deve ser

desenvolvido a fim de ajudar os alunos a construírem uma consciência global das questões

relativas ao meio para que possam assumir posições afinadas com os valores referentes à sua

proteção e melhoria. Desta forma objetivou-se com o presente estudo sensibilizar os alunos de

Ensino Médio da Escola Estadual Padre Luiz Cassiano, em Petrolina – PE, quanto às mudanças

climáticas, intervenções humanas e o papel do indivíduo na gradativa reversão da degradação

ambiental. Utilizou-se avaliação quantitativa para levantamento de conhecimento prévio dos

discentes e avaliação qualitativa para verificar a eficiência das atividades desenvolvidas.

Realizou-se a leitura de textos sobre eventos e conceitos ambientais, músicas, exibição de

documentários, pesquisas de rótulos de produtos comerciais com apelo ecológico, realização de

oficina de confecção de sabão com óleo usado e oficina de reciclagem em que os discentes

apresentaram ideias para o reaproveitamento de embalagens usadas. Todas as atividades

desenvolveram-se sob a coordenação dos docentes das disciplinas Biologia, Química e Língua

Portuguesa. Entretanto percebeu-se dificuldade na interação com os professores das demais

áreas, principalmente devido à incompatibilidade de horários para planejamento e execução das

ações. Verificou-se, no entanto, por meio do engajamento dos discentes que por se tratar de

alunos inseridos em uma realidade social menos favorecida, a utilização consciente dos recursos

naturais é uma necessidade, por vezes, financeira. Portanto, a educação ambiental interdisciplinar

revela-se uma prática viável e necessária ao ambiente escolar, pois diante do atual quadro de

degradação urge a necessidade de execução de ações efetivas relacionadas a esta temática em

todos os níveis sociais.

Palavras- chave: Meio ambiente. Mudanças climáticas. Reciclagem.

1 Mestre em Ciência Animal, UNIVASF (Docente da Rede Estadual de Pernambuco)

2 Especialista em Língua Portuguesa, UNIESB

3 Graduanda em Pedagogia, UPE

4 Graduando em Administração, UNOPAR

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EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO ENSINO MÉDIO DAS ESCOLAS

PÚBLICAS ESTADUAIS DE FLORESTA – PERNAMBUCO

Maria Aparecida de Sá1

Alba Renata Ferreira Lopes² Larissa de Sá Gomes Leal³

O avanço tecnológico e o processo de globalização propiciaram ao mundo uma série de

transformações no âmbito econômico, social, político e cultural. Em virtude dos atuais padrões

de consumo, precisam-se desenvolver ações que possibilitem ao indivíduo, uma reflexão sobre

suas atitudes e valores na sociedade, para uma possível mudança de postura com relação aos seus

padrões de comportamento. A educação ambiental na escola é hoje o instrumento muito eficaz

para se conseguir criar e aplicar formas sustentáveis de interação sociedade-natureza. Este é o

caminho para que cada indivíduo mude de hábitos e assuma novas atitudes que levem à

diminuição da degradação ambiental, promovam a melhoria da qualidade de vida e reduzam a

pressão sobre os recursos ambientais. Só através da educação ambiental, desde os primeiros anos

de escolaridade a humanidade poderá adotar posturas que favoreçam a convivência harmoniosa

com a natureza, sabendo reaproveitar, reciclar, reutilizar e destinar os resíduos nos locais

indicados, fazendo a coleta seletiva, além de buscar reduzir o consumo. Faz-se necessário que se

verifique como as escolas públicas estaduais estão trabalhando com o tema ambiental e com qual

frequência, após a formação adquirida pelos professores na vivência do Projeto Cultura de

Paz.Esta pesquisa tem como objetivo geral analisar como os professores das Escolas Públicas

Estaduais de Floresta – PE concebem as orientações inerentes às questões ambientais presentes

no Projeto Cultura de Paz para o Ensino Médio. Tendo como objetivos específicos: Diagnosticar

a frequência do trato com as questões ambientais no Ensino Médio; Verificar como os

professores do Ensino Médio das Escolas Públicas Estaduais de Floresta – PE vêm

desenvolvendo seu trabalho em relação ao meio ambiente e a sustentabilidade. Detectar quais os

fatores internos e externos que dificultam a prática pedagógica dos professores para a realização

de um trabalho eficaz sobre o tema em discussão. A pesquisa será descritiva, utilizando o estudo

de caso através de questionários para os alunos do Ensino Médio, professores e gestores das

escolas públicas estaduais da cidade de Floresta – PE, utilizando amostragem aleatória de 10%

dos alunos do ensino médio, que será por adesão após conversa com os mesmos para esclarecer

sobre a pesquisa, sua finalidade e importância; 30% dos educadores do Ensino Médio e os

gestores de cada escola pesquisada.

Palavras-chave: Educação Ambiental; Meio Ambiente; Sustentabilidade.

1 Mestranda em Tecnologia Ambiental – ITEP; Pedagoga do IFSERTÃO-PE Campus Floresta.

² Aluna Bolsista PIBIC – Licenciatura em Química – IFSERTÃO –PE Campus Floresta

³ Aluna Bolsista PIBIC JR – 3º Ensino Médio Integrado em Agropecuária – Campus Floresta.

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O PROBLEMA DA BAIXA AMBIENTALIZAÇÃO

DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO VALE DO SÃO FRANCISCO

Leidivana Patrícia Melo dos Santos1

Andreina Lígia Pinto da Silva2 Thais Pereira Mendes3 Paulo Roberto Ramos4

A humanidade gerou mudanças ao longo da historia que causaram graves conseqüências para o

planeta, resultando em uma crise ambiental que se agrava a cada dia. Uma das ferramentas para a

mudança desse cenário é o exercício da Educação Ambiental (EA), com um conjunto de práticas

e ideias com respeito à qualidade de vida, equidade social e preservação ambiental. No Brasil,

embora a EA esteja prevista por Leis (Lei nº 9.795/99, A3P, LDB e PCNs) que dispõem e

regulamentam seu exercício como pratica pedagógica e social, pouca efetividade tem sido

observada nas instituições de ensino. O presente trabalho apresenta os resultados parciais de

pesquisa do Projeto Escola Verde (PEV), feita para avaliar a existência da discussão

socioambiental nos documentos que regulam o funcionamento de 13 escolas públicas do

município de Petrolina-PE, Juazeiro-BA e Sobradinho-BA. Documentos como PPPs, Currículos

e Planos de Aula das escolas foram submetidos à Análise de Conteúdo. Este trabalho é parte

integrante das atividades do Projeto Escola Verde, desenvolvido pela UNIVASF. Para a análise

foram disponibilizados 17 documentos escolares, dentre os quais 09 PPPs, 03 Planos de Aula, 02

regimentos e 03 outros documentos. Foram analisadas 614 páginas e apenas, aproximadamente,

34 páginas foram dedicadas a questões socioambientais, o que percentualmente representa

apenas 6% de dedicação a EA, o que está em desacordo com a legislação que determina sua

inserção permanente e transversal. Os dados analisados também podem significar pouco

envolvimento das escolas com as problemáticas socioambientais em suas práticas educativas

cotidianas, já que estas questões não estão contempladas nos documentos que normatizam as

atividades escolares. Todavia, a pesquisa também revelou que quase todos os documentos

analisados continham alguma referencia à EA, embora de maneira pontual. Foi detectada pouca

inclusão da EA como um tema interdisciplinar, permanente e multifacetado, o qual deveria

permear todos os aspectos da institucionalidade dos documentos escolares. O pouco

conhecimento das leis ambientais pode ser um dos fatores geradores deste quadro desafiador. É

necessário sensibilizar, estimular e acompanhar os professores e gestores nesta tarefa difícil e

fundamental para a ambientalização das instituições escolares.

Palavras-chave: Educação Ambiental, Escola, Institucionalização, Ambientalização.

1 Graduanda do Curso de Administração da UNIVASF.

2 Especializada do Curso de Recursos Humanos da Faculdade Montenegro.

3 Graduanda do Curso de Direito da FACAPE.

4 Orientador. Professor do Colegiado de Ciências Sociais da UNIVASF.

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JOGOS COMPUTACIONAIS PARA EDUCAÇÃO AMBIENTAL:

UM PROCESSO PARA A ELABORAÇÃO

DE DOCUMENTOS DE REQUISITOS

Ricardo A. Ramos1

Verônica C. Leal2

Adriana Pereira3 Jessica Albuquerque4

Genisson Albuquerque4

Jogos computacionais são reconhecidos como um grande mercado para a economia mundial,

pois atraem muitos jogadores e a tendência, de acordo com algumas pesquisas, é que a parcela da

população que se atraí para esses tipos de jogos aumente cada vez mais, devido ao maior poder

de processamento dos dispositivos móveis. Assim, essa área se torna um excelente veículo para

poder transmitir um dado conhecimento a uma parcela da computação crescente e na maioria

jovem. Nesta conjuntura de trabalhos, muitos pesquisadores têm trabalhado com o

desenvolvimento de jogos computacionais para o ensino, podem-se notar jogos para diversas

áreas do conhecimento, desde o ensino da matemática como o próprio ensino da computação em

si. Jogos computacionais para a educação ambiental também estão sendo desenvolvidos

principalmente por empresas e pesquisadores e no caso do Brasil existe um incentivo por parte

do governo que fomenta ações nesta área para a implementação da lei n. 9.795 de abril de 1999.

Entretanto, a elaboração de jogos computacionais para a educação ambiental não é algo trivial,

pois é necessário um esforço multidisciplinar para se obter resultados, como por exemplo, em

alguns casos é necessário que pesquisadores da área de computação estejam em contato com

pesquisadores da área de ciências biológicas. Em computação o principal protocolo de

comunicação entre o desenvolvedor e seus clientes é chamado de documento de requisitos, que é

o documento que descreverá as funcionalidades do software. Assim, neste contexto, este artigo

apresenta um processo que guiará o desenvolvedor de software (jogos) a colher as informações

necessárias de diversas áreas para que ele desenvolva um documento de requisitos de maneira

multidisciplinar. O processo dará suporte com passo a passo de como descrever algumas

características do jogo, tais como: perfil do jogador, desafios, tema geral (descrição do tema

geral do jogo. Por ex.: Educação Ambiental), tema específico (descrição do tema específico

dentro do tema geral. Por ex. Degradação da Mata ciliar do Rio São Francisco), conscientização

educacional (Um problema na área, uma solução de um problema), mundo virtual (Descrição

sobre o mundo virtual), roteiros (cenários de situações no jogo com início e fim) e personagens.

O processo será muito útil para agrupar diversas áreas de conhecimento em prol da disseminação

da educação ambiental. Este projeto faz parte de outros projetos multidisciplinares do mesmo

grupo de pesquisa da Universidade Federal do Vale do São Francisco que tem o objetivo de

desenvolver jogos computacionais para o ensino.

Palavras-chave: Jogos, computador, educação ambiental.

1 Doutor em Ciência da Computação pela Universidade Federal de Pernambuco e Coordenador do Grupo

de pesquisa em Games e Educação Ambiental da UNIVASF.

² Graduando em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Vale do São Francisco.

³ Mestrado em Entomologia Agrícola pela Universidade Federal Rural de Pernambuco 4 Graduando em Engenharia da Computação pela Universidade Federal do Vale do São Francisco.

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JOGOS COMPUTACIONAIS PARA EDUCAÇÃO AMBIENTAL:

UM ESTUDO INVESTIGATIVO

Verônica C. Leal1 Adriana Pereira2

Jessica Albuquerque3

Genisson Albuquerque3

Ricardo A. Ramos4

A população do Vale do São Francisco é carente de educação ambiental. Podemos notar essa

carência quando andamos pelas ruas das cidades do Vale e não encontramos muitas árvores e

pouquíssimas ações governamentais para que seja incentivado o plantio de novas árvores. Temos

outros problemas, como a crescente poluição do rio São Francisco. Além dos próprios habitantes

que o poluírem, os que não o fazem não reivindicam que o rio seja devidamente fiscalizado pelos

órgãos competentes e que leis sejam aplicadas. Uma solução para poder melhorar a qualidade de

vida da região e preservar o meio ambiente é a disseminação da educação ambiental. A educação

ambiental oferecida nas escolas da região é um importante instrumento para que os problemas

citados sejam sanados, entretanto é ainda incipiente e atinge apenas uma pequena parcela da

população. Assim, diante do contexto exposto, este artigo tem o objetivo de investigar as

principais carências da região e em conjunto com pesquisadores das áreas de ciências biológicas

e engenharia da computação propor jogos computacionais que conscientizem a população sobre

os problemas nessa área. Os jogos propostos serão documentados e estarão prontos para serem

implementados em uma linguagem de programação computacional escolhida pelo grupo de

pesquisa. O primeiro jogo proposto apresenta um personagem que precisa entregar panfletos na

casa dos moradores para conscientizá-los da falta de árvores nas cidades de Petrolina-PE e

Juazeiro-BA, o desafio para o jogador será entregar a maior quantidade de panfletos em menos

tempo, quando um limite mínimo é atingido (uma parcela da população foi conscientizada)

árvores são plantadas no mundo virtual. Os benefícios da utilização dos jogos no ensino são

conhecidos e ainda podemos citar a utilização da computação e o desenvolvimento de jogos para

celulares e outros equipamentos móveis que aumentarão o alcance do ensino, saindo das salas de

aula e atingindo principalmente a população jovem. O alcance dos resultados é previsto em

médio e longo prazo, pois não será somente com a educação ambiental feita através dos jogos

que os problemas da região serão resolvidos. Este será o começo, que servirá para despertar a

população para os problemas da área e assim formar um conjunto cada vez maior de cidadãos

capazes de saber seus direitos e deveres ambientais. Este projeto faz parte de outros projetos

multidisciplinares do mesmo grupo de pesquisa da Universidade Federal do Vale do São

Francisco que tem o objetivo de desenvolver jogos computacionais para o ensino.

Palavras-chave: Jogos, computador, educação ambiental.

1 Graduando em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Vale do São Francisco.

2 Mestrado em Entomologia Agrícola pela Universidade Federal Rural de Pernambuco.

3 Graduando em Engenharia da Computação pela Universidade Federal do Vale do São Francisco.

4 Doutor em Ciência da Computação pela Universidade Federal de Pernambuco e Coordenador do Grupo de

pesquisa em Games e Educação Ambiental da UNIVASF.

Page 20: ISBN: 978-85-60849-50-5 · e de diversas cidades nordestinas, tais como Feira de Santana-BA e Salvador-BA, São Raimundo Nonato-PI, Maceió-Al, Senhor do Bonfim-BA, além de caravanas

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JOGOS COMPUTACIONAIS PARA EDUCAÇÃO AMBIENTAL:

UTILIZANDO DISPOSITIVOS MÓVEIS

Genisson Albuquerque1

Jessica Albuquerque2 Adriana Pereira3

Verônica C. Leal4 Ricardo A. Ramos5

1

Promover a conscientização ambiental para a população, não é uma tarefa fácil. De acordo com

algumas pesquisas a conscientização, para ser mais eficiente, necessita ser feita desde o ensino

fundamental. Os jovens nesta faixa etária são difíceis de entreter com a educação ambiental

somente ministrada em salas de aula. Assim, como estratégia para alcançar o interesse dos

jovens optou-se por utilizar os jogos, em que já é comprovado um interesse maior nessa faixa

etária por essa modelo de entretenimento. Após a escolha desta estratégia, foi pesquisada qual a

melhor plataforma digital para atingir de forma eficiente o público alvo. A solução encontrada

foi a de utilizar dispositivos móveis, como os celulares, que segundo os dados do IBGE, entre os

jovens de 10 a 14 anos, 41,9% possuíam o aparelho, e entre os jovens de 15 a 17 o valor subia

para 67,5% (Os dados fazem parte da PNAD-Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios

2011). A plataforma adotada para o desenvolvimento dos jogos para os dispositivos móveis foi o

Android, sistema operacional da Google®, que atualmente domina o mercado de SmartPhones.

Para o auxilio no desenvolvimento de jogos para essa plataforma, foram pesquisados dois

frameworks (ambiente de desenvolvimento). O primeiro é o PhoneGap, da empresa Adobe®, e

atualmente sobre a licença Apache, que permite que aplicativos escritos nas linguagens HTML5,

CSS3 e JavaScript funcionem como aplicativos nativos dessa plataforma. Uma grande vantagem

da utilização do PhoneGap, é que os aplicativos desenvolvidos nessas linguagens funcionam

perfeitamente em qualquer computador (PC). O segundo framework pesquisado foi o RPGJS,

que é um projeto de código aberto, em que foram necessárias algumas modificações para sua

integração com o PhoneGap. O RPGJS é um “motor de jogos”, que disponibiliza um ambiente

de desenvolvimento de jogos em formato RPG (Role-Playing Game). Os resultados desta

pesquisa científica estão sendo transmitidos através de minicursos e palestras, para servir como

base para capacitar estudantes da região do Vale do São Francisco, com a intenção de que estes

possam participar de grupos de desenvolvimento de jogos para o ambiente Android. Através das

pesquisas em conjunto com a área de Ciências Biológicas será definido o primeiro jogo para

conscientizar sobre a degradação ambiental que ocorre no Vale do São Francisco. Este projeto

faz parte de outros projetos multidisciplinares do mesmo grupo de pesquisa da Universidade

Federal do Vale do São Francisco que tem o objetivo de desenvolver jogos computacionais para

o ensino.

Palavras-chave: Jogos, computador, educação ambiental, Android.

1

Graduando em Engenharia da Computação pela Universidade Federal do Vale do São Francisco. 2 Graduando em Engenharia da Computação pela Universidade Federal do Vale do São Francisco.

3 Mestrado em Entomologia Agrícola pela Universidade Federal Rural de Pernambuco.

4 Graduando em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Vale do São Francisco.

5 Doutor em Ciência da Computação pela Universidade Federal de Pernambuco e Coordenador do Grupo

de pesquisa em Games e Educação Ambiental da UNIVASF.

Page 21: ISBN: 978-85-60849-50-5 · e de diversas cidades nordestinas, tais como Feira de Santana-BA e Salvador-BA, São Raimundo Nonato-PI, Maceió-Al, Senhor do Bonfim-BA, além de caravanas

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APRENDENDO SOBRE O AMBIENTE A PARTIR DAS IMAGENS

DO COTIDIANO: EXPERIÊNCIA COM O PIBID

DE CIÊNCIAS NATURAIS DA UFBA

Maria Cristiane dos Santos Coelho1

Izaura Santiago da Cruz²

Introdução: Este trabalho apresenta as contribuições que o Programa Institucional de Bolsas de

Iniciação a Docência (PIBID) do curso de Ciências Naturais proporciona aos estudantes ao

estabelecer um maior vínculo com a sua área de formação. As Diretrizes Curriculares Nacionais

para o ensino defendem a necessidade de se contextualizar os conteúdos de ensino na realidade

vivenciada pelos alunos, a fim de atribui-lhes sentido e aprendizagem (BRASIL,1999). Mediante

a problemática ambiental que vivemos, causada por nossas ações foi feita uma visita na

comunidade na qual se localiza o colégio estadual de plataforma que foi importante para definir a

temática escolhida para a sequência didática. Antes de elaborar a sequência didática foram feitos

estudos sobre as sequencias didáticas, fundamentados em Zaballa (1998), que forneceu um

modelo teórico para a elaboração da sequência didática com a temática “água e saneamento” a

ser trabalhada nas turmas de 7º ano como resposta à minimização dessa problemática. Objetivo:

Proporcionar aos estudantes um aprendizado, a partir da exploração de conceitos e

demonstrações para melhor compreensão do conteúdo utilizando atividades dinâmicas

enriquecendo o processo de ensino-aprendizagem, além de desenvolver a o senso critico dos

estudantes sobre os cuidados com o ambiente, tornando a escola como um espaço para discussão

e construção coletiva de conhecimento científicos. Metodologia: A primeira etapa para a

execução da proposta foi o levantamento dos conhecimentos dos alunos sobre a temática a ser

trabalhada através de um questionário e posterior discussão. Considerando a comunicação como

fundamental para co-participação dos sujeitos no ato de conhecer (FREIRE,1992) e a proposta

da Educomunicação que afirma que “a Educação Ambiental precisa se expressar em múltiplas

linguagens, para além da fala e escrita (...)” (TRAJBER,2005), foi definida para a sequência

uma apresentação teórica com slides com fotos mostrando as condições ambientais do bairro dos

estudantes. Tal estratégia visava exemplificar as situações abordadas considerando que a imagem

é uma forma de linguagem e comunicação universal. Um texto sobre saneamento foi utilizado

para que os estudantes pudessem responder a um questionário e posterior produção de um texto.

Resultados: Através de relatos escritos e discussões em sala pudemos perceber uma melhora no

aprendizado e o desenvolvimento de uma melhor visão critica sobre a importância de cuidar do

ambiente e a necessidade de discutir constantemente a respeito do assunto, além de uma resposta

positiva à forma como foi abordado o conteúdo. Este trabalho proporcionou a ressignificação da

identidade docente, pois qualificou a minha formação, por meio das experiências, dando sentido

a escolha de ser professor e fazendo acreditarmos que o ensino pode melhorar.

Palavras-chave: Ensino de ciências, Formação de professores, Sequências didáticas, Educação ambiental.

1

Bolsista do PIBID de Ciências Naturais - Universidade Federal da Bahia

² Coordenadora do PIBID de Ciências Naturais – Universidade Federal da Bahia

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GGGTTT 222... FFFOOORRRMMMAAAÇÇÇÃÃÃOOO DDDEEE PPPRRROOOFFFEEESSSSSSOOORRREEESSS

EEEMMM EEEDDDUUUCCCAAAÇÇÇÃÃÃOOO AAAMMMBBBIIIEEENNNTTTAAALLL

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A EDUCAÇÃO AMBIENTAL ENTRE OS PROFISSIONAIS

DO ENSINO FUNDAMENTAL NO VALE DO SÃO FRANCISCO

Cícero Harisson Souza1 Paulo Roberto Ramos2

A Educação Ambiental (EA) cumpre significativo papel no processo de formação e

responsabilidade social dos cidadãos. De acordo com as perspectivas atuais do modelo de

desenvolvimento econômico vigente, o capitalismo, percebe-se nítida degradação dos recursos

ambientais que interfere no equilíbrio das relações sociais e das relações da sociedade com os

demais elementos naturais do planeta. Sendo assim, a EA possibilita responsabilidades sociais,

enquanto mediadora das mudanças comportamentais e da percepção dos problemas que causam

impactos à sociedade e ao Meio Ambiente. Partindo de tais premissas, os profissionais de

Educação ocupam posição estratégica na repercussão desse conhecimento/prática interdisciplinar

que deve estar inserido de modo transversal e contínuo nas escolas e em todos os aspectos da

vida social. Este trabalho é parte dos resultados da pesquisa realizada no Projeto Escola Verde

para analisar a questão da Capacitação dos Professores e as práticas pedagógicas de EA, na

contextualização do processo de ensino-aprendizagem em escolas públicas de ensino

fundamental no Vale do São Francisco. Trata-se de uma pesquisa de campo de caráter

exploratório, analítico, de base qualiquantitativa, do tipo levantamento, com aplicação de

questionários semiestruturados junto aos professores da Educação Básica dos municípios de

Juazeiro-BA, Sobradinho-BA e Petrolina-PE. Os resultados parciais revelam que 75% dos 49

professores entrevistados não receberam Capacitação para trabalhar com a temática ambiental

em suas disciplinas. Pouco mais da metade trabalha parcialmente com a EA nas disciplinas que

lecionam. Dentre as principais dificuldades de inserção está a deficiente capacitação, a falta de

recursos didáticos adequados, além do próprio desinteresse dos alunos que não são estimulados

diante das dificuldades apresentadas. Embora a Educação Ambiental esteja regulamentada por

lei, (PCNs, A3P, Lei 9.795, LDB, etc.), ela não é devidamente trabalhada nos ambientes

escolares. A aplicação dos postulados que se encontram na legislação está submetida em corrente

contrária do crescimento dos problemas socioambientais; ao passo em que se aumenta também o

reconhecimento de que somente com a EA é possível superar os discursos e construir efetivamente um mundo sustentável.

Palavras-chave: Educação Ambiental, Capacitação Profissional, Meio Ambiente,

Responsabilidade Social.

1 Graduando em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Vale do São Francisco.

2 Professor/Orientador. Colegiado de Ciências Sociais da UNIVASF.

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A INFLUÊNCIA DAS ATIVIDADES URBANAS E RURAIS NA

DISPONIBILIDADE DE ALGUNS ÍONS INORGÂNICOS NAS ÁGUAS

DO RIO SÃO FRANCISCO UTILIZANDO CROMATOGRAFIA DE ÍONS

Vanessa de Souza Santos1 Ariane Oliveira da Silva1

Kaíque Mesquita Cardoso2 Thales Lelis Oliveira3

José Soares dos Santos4

Maria Lúcia Pires dos Santos4

A cromatografia de íons tem-se revelado uma ferramenta eficiente para determinações rápidas e

precisas de diferentes íons em águas de naturezas distintas como as de origem agrícola. O Rio

São Francisco é utilizado para o abastecimento de água de muitas cidades às suas margens, bem

como fonte de água para a irrigação da fruticultura, entre outros na região de Juazeiro/BA e

Petrolina/PE. Portanto, o interesse voltado para a quantificação de espécies iônicas vem com o

intuito de reunir dados sobre o impacto ambiental, já que, interferem diretamente na trofia deste

sistema, promovendo vários efeitos em níveis de saúde, biológicos, econômicos e sociais. Deste

modo, o trabalho está baseado na determinação de ânions inorgânicos em águas do Rio São

Francisco na região de Petrolina (PE) e Juazeiro (BA) utilizando cromatografia de íons (IC) com

técnica de análise. As amostras foram coletadas no apogeu da estação chuvosa (fevereiro) nesta

região em seis pontos definidos em cada cidade. Tomando com marco “zero” a ponte que liga os

dois municípios. A preservação das mesmas para a análise foi o armazenamento em geladeira

(resfriamento a 4°C). As amostras foram filtradas antes de serem injetadas no cromatógrafo de

íons Professional IC 850, o processo foi feito com o auxílio de seringas descartáveis de 10 ml e

filtro para seringa (25 mm de diâmetro e 0,2 μm de diâmetro de poro). Todas foram submetidas à

determinação de íons cloreto, nitrato, nitrito, fosfato e sulfato em triplicata. Observando-se

valores que variaram de 1,314 ppm a 4,791 para cloreto, com média de 2,582 ppm, as maiores

concentrações encontradas para esse íon foram nos pontos dentro da cidade de Petrolina pela

influência antrópica urbana, também é observado um aumento das concentrações nos dois pontos

após perímetro de irrigação em Juazeiro que pode estar relacionada com a lixiviação desse íon

com risco de toxidade no período de chuva. Os valores de íons nitrato variaram de 0,323 ppm a

1,661 ppm (média de 0,889 ppm), os dois pontos na ponte que liga as duas cidades apresentaram

maiores concentrações quando comparado aos demais. Apenas as amostras coletadas dentro da

cidade de Juazeiro e Petrolina foram encontrado valores para íons nitrito, com variação de 0,036

a 0,069 ppm (média de 0,045 ppm). Não foram observadas concentrações significativas de íons

fosfatos nas amostras. Todos os valores de íons verificados estão abaixo dos padrões permitidos

pela Resolução Nº 357, de 17 de Março de 2005, Conama.

Palavras-chave: Cromatografia de íons, Rio São Francisco, Ânions.

_______________________________________ 1 Pós-Graduanda em Química Analítica e Ambiental pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.

2 Graduando em Engenharia Florestal pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.

³ Graduando em Engenharia Agronômica pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. 4 Pesquisador (a) na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.

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ALTERNATIVAS DE DESTINAÇÃO FINAL PARA RESÍDUOS

SÓLIDOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Keliana Dantas Santos1

Artur Alan Martins de Oliveira2 Jéssica Maria de Sousa2

Ítalo Rodrigues Albuquerque2

Kássia Dyjeane Leal Félix2

Larissa Maria Moreira Bispo2

Sabe-se que a construção civil aumenta de forma quantitativa, e em grandes proporções, a média

nacional é de 2,4%, segundo a pesquisa realizada pela Codeplan. O que preocupa é a falta de

ações e soluções para o problema que os resíduos sólidos da construção civil apresentam quando

são jogados em lugares inadequados, acarretando impactos para o meio ambiente. A cidade de

Monteiro-PB, não diferente das outras, também vive esta dificuldade. Assim, tentaremos propor

possíveis soluções para essa problemática. A sustentabilidade no mercado da construção civil é

um tema que vem sendo amplamente discutido, tendo em vista que esta indústria causa um

grande impacto ambiental ao longo de toda sua cadeia produtiva. Fraga (2006) comenta que um

dos maiores problemas ambientais referentes à geração dos resíduos da construção civil consiste

na saturação de espaços disponíveis nas cidades para descarte desses materiais, já que eles

correspondem a mais de 50% dos resíduos sólidos urbanos das cidades brasileiras. Há certo

descaso com estes resíduos, porque aparentemente eles não são tão nocivos à saúde e ao bem

estar das pessoas, fazendo com que as mesmas não se preocupem com a sua destinação. Porém,

cada cidadão deve entender que o cuidado com os resíduos sólidos deve visar mais do que seu

próprio bem-estar, deve visar principalmente a preservação do meio ambiente e tudo que afeta

este meio, afeta também o próprio homem. O potencial do reaproveitamento dos entulhos da

construção civil é enorme e a exigência da aplicação destes resíduos em novos produtos pode vir

a ser extremamente favorável, já que proporciona economia de matéria-prima e energia.

Exemplo desta reutilização que vem sendo realizado em Monteiro-PB é o reaproveitamento dos

restos de tijolos que seriam descartados por serem considerados entulhos, para a fabricação de

novos tijolos aptos para serem utilizados na construção. Isto não só minimiza os impactos

ambientais causados pela mesma, como também pode reduzir os gastos da obra. Vale lembrar

que esta prática ainda é recente nesta cidade, ainda não foram feitos os testes técnicos

necessários para avaliar a resistência destes blocos cerâmicos. Com isto conclui-se que a

reutilização dos resíduos sólidos da construção acarreta benefícios para o meio ambiente, e

consequentemente para a sociedade. Vale ressaltar as melhorias no próprio setor da construção,

já que a reutilização de resíduos ocasiona economia de recursos que seriam utilizados para outros

fins, como a coleta e o transporte destes para o local de deposição.

Palavras-chave: Construção, sustentabilidade, lixo e reutilizar .

1 Professora/Orientadora. Instituto Federal da Paraíba.

2 Aluno(a) do Instituto Federal da Paraíba.e.mail: [email protected], [email protected], jailton-

[email protected], [email protected], [email protected]

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APLICAÇÕES DA ESPÉCIE Myracrodruon urundeuva ALLEMÃO

NO AMBIENTE ESCOLAR

Adriana Silva Prado Pimentel1

Susi Ellen Costa Mota da Silva2 Paulo Roberto Ramos3

As árvores desempenham papel importante para a manutenção da vida, uma vez que colaboram

para a infiltração, ou drenagem, de água no solo, com a absorção de partículas sólidas e gasosas

em suspensão no ar, na eliminação ou minimização da poluição sonora, para o sombreamento e,

também, no paisagismo, além das diferentes atividades fisioquímicas e biológicas indispensáveis

para continuidade da vida no Planeta. A Myracrodruon urundeuva Allemão, pertencente à

família Anacardiaceae, popularmente conhecida como Aroeira ou Aroeira do Sertão, é uma

espécie arbórea nativa da Caatinga. O objetivo deste trabalho foi analisar as aplicações da

Myracrodruon urundeuva Allemão no ambiente escolar, de modo a enriquecer o conhecimento

se sua viabilidade, manuseio e utilidades para os professores, funcionários, alunos e familiares.

Foram utilizadas para a arborização mudas de Libidibia ferrea (Mart. ex Tul.) L.P.Queiroz (pau

ferro), Enterolobium Contortisiliquum (Vell.) Morong (Tamboril), Hymenaea martiana Hayne

(Jatobá) e Myracrodruon urundeuva Allemão (Aroeira). A Myracrodruon urundeuva Allemão já

é muito conhecida na região por suas aplicações populares. Pode-se perceber que a M.

urundeuva Allemão possui excelente nível de aplicação nas escolas da região ser primariamente

utilizada no sombreamento das escolas, por sua disponibilidade, adaptabilidade as condições de

solo e clima da região, fácil reprodução, por não possuir espinhos, possuir uma copa grande que

pode atingir em torno de 30 m de altura, e ainda por possuir aplicação fitoterápica já incorporada

pela cultura popular como cicatrizante, antidiarréica, antisséptica e antiinflamatória. No contexto

pedagógico, os professores de português poderão desenvolver produção de textos ou outras

atividades a respeito das características e do nome científico e popular da planta; o de ciências

pode utilizá-la na explicação de fenômenos naturais como a fotossíntese; o de geografia pode

trabalhar a respeito da identidade local da espécie, possuindo varias aplicações nas diferentes

disciplinas escolares. A Aroeira foi, no processo de arborização da escola, a mais reconhecida,

indicada e que mais chamou a atenção de professores, alunos e familiares, colaborando também

para a valorização e reconhecimento das espécies nativas da região. A partir da arborização

realizada podemos deduzir a eficiência da Myracrodruon urundeuva Allemão para o

desenvolvimento de arborização de escolas da região.

Palavras-chave: Escola, Aroeira do Sertão, Educação Ambiental.

1 Aluna do Curso de Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Vale do São Francisco.

2 Aluna do Curso de Engenharia Agrícola e Ambiental pela Universidade Federal do Vale do São Francisco.

3 Orientador, Colegiado de Ciências Sociais pela Universidade Federal do Vale do São Francisco.

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AVALIAÇÃO DE METAIS PESADOS EM CAFÉ NA MICRO-REGIÃO,

DO SUDOESTE DA BAHIA, UTILIZANDO A ESPECTROMETRIA DE

ABSORÇÃO ATÔMICA COM FORNO DE GRAFITE-GFAAS.

Ariane Oliveira da Silva1 Vanessa de Souza Santos1

Kaíque Mesquita Cardoso2 Silvestre Fontana dos Santos 3

José Soares dos Santos4 Maria Lúcia Pires dos Santos4

Os metais pesados são assim chamados por apresentarem uma densidade mais elevada que os

demais, além disso, estes metais apresentam altos valores de número atômico, massa específica e

massa atômica, suas principais propriedades são os elevados níveis de reatividade e

bioacumulação, ou seja, estes elementos são capazes de desencadear diversas reações químicas,

não metabolizáveis (organismos vivos não podem degradá-los), o que faz com que permaneçam

em caráter cumulativo ao longo da cadeia alimentar. Os seres vivos precisam de alguns desses

metais, para a realização de funções vitais no organismo (cobalto, cobre, manganês,

molibdênio, vanádio, estrôncio e zinco). Porém níveis excessivos desses elementos podem ser

extremamente tóxicos. Outros metais pesados não possuem nenhuma função dentro dos

organismos e a sua acumulação pode provocar graves doenças, sobretudo nos mamíferos

(mercúrio, chumbo e cádmio) além de agredir o meio ambiente. Neste trabalho determinou-se o

teor dos metais cobre, ferro, chumbo e cádmio em solos de cafés cultivados nas cidades de

Jaguaquara, Itiruçu e Lagedo do Tabocal (sudoeste baiano), duas fazendas em cada cidade foram

escolhidas para a análise. Amostras de solo de café foram coletadas, armazenadas em sacos de

polietileno e estocadas a 0ºC, até ser levada a estufa, onde foram secas a 60 graus Célsius por um

período de vinte e quatro horas. Após a digestão ácida das amostras (EPA 3051), os metais

foram determinados através da Espectrometria de Absorção Atómica com forno de Grafite

(GFAAS). Os níveis de poluentes encontrados no material seco estão dentro dos padrões

(RESOLUÇÃO CONAMA nº 344, de 25 de março de 2004). Os gráficos gerados através da

estatística multivariada mostram que apenas a Fazenda A situada na cidade de Jaguaquara, sofre

a influência dos metais tóxicos, isso pode ser justificado, pelo fato dessa fazenda utilizar de

adubos comerciais, com a finalidade de suprir micronutrientes. Estes adubos comprovadamente

apresentam em sua composição, além dos elementos desejáveis, metais pesados tóxicos,

principalmente cádmio, chumbo. Já as outras fazendas, sofrem uma influência maior do ferro e

do cobre.

Palavras-chave: Metais pesados, café, determinação.

1 Pós-Graduanda em Química Analítica e Ambiental pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.

2 Graduando em Engenharia Florestal pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.

3 Graduado em Química Bacharelado pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.

4 Pesquisador(a) na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.

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CONHECER OS PROCESSOS HISTÓRICOS PARA DESENVOLVER

TECNOLOGIAS DE CONVIVÊNCIA E SUSTENTABILIDADE

NO SEMIÁRIDO BRASILEIRO

Rosiane Rocha Oliveira Sena1

Ana Valéria Rodrigues Lima Barbosa2

Julyvan de Souza Silva3

O presente trabalho apresenta o resultado de uma pesquisa documental que teve por objetivo

compreender os aspectos históricos das tecnologias utilizadas no bioma Caatinga. Comecemos

falando que no Brasil, antes da chegada dos portugueses o Semiárido brasileiro era o berço da

família indígena Macro-Jê que vivia com um sistema de agricultura simples, mas já dominavam

o fogo, armas para caça sem pólvora e produziam seus alimentos em casas de farinha. No

entanto, ao aportarem aqui, os europeus dotados do poder da pólvora exterminaram um grande

número de índios, mostrando sua suposta inteligência superior e, com isso, passam a dominar a

tecnologia de povos indígenas para explorá-los. Desde então, o controle da tecnologia e dos

meios de produção chega às mãos dos europeus que dominam o povo. Enquanto isso, em outras

nações os povos se desenvolvem e o Semiárido fica estático em relação aos outros lugares do

mundo. Depois da colonização a população foi impetuosamente proibida de dar continuidade ao

modo de vida dos nativos e de produzir novas tecnologias. O principal artifício utilizado pelos

colonizadores para coibir o desenvolvimento local foi a terra, ou mais precisamente a não posse

dela. Historicamente o desenvolvimento local sustentável foi prejudicado dando lugar ao manejo

indevido dos recursos naturais, pois desde a invasão do Semiárido pelos europeus, que buscavam

terra para a criação de gado, o manejo do bioma Caatinga foi lavrado de maneira incorreta. E

isso, ao longo dos anos, ocasionou a modificação de quase 80% de sua vegetação, afetando a

qualidade da água, provocando susceptibilidade à desertificação, desestruturação da fauna nativa

e outros fatores lesivos ao bioma. Nesse sentido a pesquisa identificou a criação de instituições

que compreendem a necessidade de desenvolvimento de tecnologias apropriadas ao Semiárido

para possibilitar mudanças propositivas na qualidade de vida da população, nas relações sociais e

no uso dos recursos ambientais. Hoje existem tecnologias apropriadas à Convivência com o

Semiárido ao beneficiamento e comercialização de frutas nativas, ao manejo sustentável da

Caatinga, entre inúmeros outros beneficiamentos possíveis. Durante o percurso do trabalho ficou

notável um processo deficiente de formação e utilização das tecnologias utilizadas para o manejo

dos recursos do Semiárido mas que as novas tecnologias pautadas na perspectiva de convivência

tem permitido aos sertanejos permanecerem e investirem em sua terra sem a necessidade de

abandoná-la em busca de um emprego na capital de seu estado ou em cidades do Sul e Sudeste do país.

Palavras-chave: Tecnologias de Convivência; Convivência com o Semiárido; Sustentabilidade.

1 Pedagoga e pós-graduada em Educação Contextualizada para a Convivência com o Semiárido pela Universidade

do Estado da Bahia (UNEB); professora da educação básica na Rede Municipal de Juazeiro/BA; pesquisadora e

articuladora da Rede de Educação do Semiárido Brasileiro (RESAB). 2 Pedagoga e pós-graduada em Educação Contextualizada para a Convivência com o Semiárido pela Universidade

do Estado da Bahia (UNEB); 3 Pedagogo e pós-graduado em Educação Contextualizada para a Convivência com o Semiárido pela Universidade

do Estado da Bahia (UNEB); professor da educação básica na Rede Municipal de Juazeiro/BA.

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ESPÉCIES NATIVAS INDICADAS À ARBORIZAÇÃO

URBANA ESCOLAR NO SEMIÁRIDO

Gracielle Peixoto de Souza¹1

Daniela Cristine Mascia Vieira2

Paulo Roberto Ramos3

No semiárido brasileiro os ambientes rurais e urbanos submetidos a um clima quente e seco, com

até nove meses de estiagem, necessitam da presença de uma fitomassa que lhes proporcione

melhorias estéticas e funcionais em suas paisagens, garantindo-lhes uma melhoria na qualidade

de vida das populações nelas inseridas. Atualmente percebe-se que a sociedade está

compreendendo a importância de um ambiente ecologicamente equilibrado, e a arborização é de

caráter indispensável para a manutenção da qualidade de vida, pois proporciona inúmeros

benefícios para a comunidade existente. E, nesse contexto, a arborização é peça fundamental na

prática da Educação Ambiental, principalmente no ambiente escolar. O presente trabalho teve

como objetivo a investigação e a utilização de espécies mais indicadas à arborização escolar

nesta região. Para que seja realizada de forma adequada é necessário obedecer alguns critérios

para seleção do local e das espécies a serem utilizadas. Para a escolha do local fez-se necessário

a verificação da estrutura elétrica próxima e espaçamento de muros e entre plantas de no mínimo

2 metros. Para a escolha das espécies ficou definido a utilização de árvores nativas da Caatinga,

pela valorização deste bioma e sua resistência ao período de estiagem e altas temperaturas. Além

disso, a espécies não podem conter espinhos nem agentes tóxicos, para que não ocorra acidentes

ou intoxicação das crianças que convivem no ambiente escolar. Das espécies analisadas, foram

identificadas seis que condizem com os critérios mencionados: tamboril (Enterolobium

contortisiliquum (Vell.) Morong), jatobá (Hymenaea martiana Hayne), umbu (Spondias

tuberosa Arruda), pau-ferro (Libidibia ferrea (Mart. ex Tul.) L.P. Queiroz), aroeira

(Myracrodruon urundeuva Allemão) e angico (Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan).

Pudemos observar que essas espécies, ao formarem copa com densa composição de biomassa,

contribuem para a estabilização e melhoria microclimática e podem atuar na minimização da

poluição atmosférica, tendo ação direta na saúde da população. Podemos destacar, assim, a

importância das árvores urbanas para o conforto ambiental no Semiárido brasileiro, as quais

contribuirão para melhoria das condições socioambiental, com benefícios ecológicos,

econômicos e sociais.

Palavras-chave: Semiárido, Meio Ambiente, Arborização.

1 Graduanda em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal do Vale do São Francisco.

2 Analista Ambiental do Centro de Referências para Recuperação de Áreas Degradadas (CRAD).

3 Orientador/Professor Doutor do Colegiado de Ciências Sociais pela Universidade Federal do Vale do São

Francisco.

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ESPAÇOS SUBTERRÂNEOS COMO FERRAMENTA

NA CONSTRUÇÃO DE COMPETÊNCIAS VOLTADAS

PARA A CONSERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE

Edemir Barbosa dos Santos1

Rangel batista de Carvalho Cintia Guirra da Cruz

Márcia Cristina Teles Xavier

Cavernas compreendem galerias subterrâneas, caracteriza-se por apresentar umidade relativa do

ar elevada, temperatura pouco variável nas áreas mais distantes da entrada, ausência de luz e

atmosfera rica em CO2. São formadas basicamente a partir da ação e circulação da água sobre as

rochas. A proposta inicial consistiu, na elaboração do projeto de utilização destes espaços para

sensibilizar e despertar o interesse dos alunos sobre a necessidade de preservação destas áreas. O

projeto surge a partir da necessidade de levantamentos destas áreas no município de Campo

Formoso/BA e do desconhecimento da população local a respeito da importância deste

ambientes. A de se ressaltar, que a região de estudo apresenta as maiores cavernas do Brasil

Toca da Boa Vista e a Toca da Barriguda, o desenvolvimento das atividades com estudantes

estão centradas em cavernas de menores dimensões como a Toca da Tiquara com cerca de 1Km,

esta encontrasse bastante impactada, em virtude da exploração de salitre, pichações no teto e

sobre pinturas rupestres, resíduos sólidos, quebra espeleotemas. Capacidade de carga: por se

tratarem de ambientes sensíveis, também para evitar o pisoteamento de animais do solo os

estudantes são divididos em grupos para a exploração. A cada temporada optasse por outra

cavidade. As incursões são monitoradas por técnicos. São discutidos aspectos locais como fauna

e flora e a influencia destes elementos na constituição da diversidade biológica, além das feições

geológica, arqueológica e paleontológica. Até o presente momento mais de 500 alunos de escolas

municipais e particulares dos municípios da Microrregião de Senhor do Bonfim, já

excursionaram para estes ambientes, conhecendo-os e aprendendo a respeitá-los. Segundo a

Sociedade Brasileira de espeleologia, existem no Brasil 4240 cavernas. Muitas são restritas, por

apresentarem formas endêmicas e frágeis de vida ou pela dificuldade na exploração. Contudo,

diante das suas peculiaridades, cavernas têm sido destruídas pela mineração, visitação excessiva,

descarga de efluentes, armazém para defensivos agrícolas, depósito de lixo, extração de água.

Acreditamos que incursões monitoradas em cavernas despertem o interesse por estes ambientes, de forma a sensibilizá-los a respeito da necessidade em preservá-los.

Palavras-chave: Educação, Cavernas, Desenvolvimento Sustentável.

1 Biólogo CRBio 67.598/05-D.

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O HOMEM NATUREZA: UMA EXPERIÊNCIA DE REUTILIZAÇÃO

DE PNEUS E GARRAFAS PET’S EM CANTEIROS

PEDAGOGICOS DE PLANTAS MEDICINAIS

João Miguel Silva Mendes1

Priscila Helena Machado²

Vagner Deniz Clemente Campos³

Paulo Roberto Ramos4

A Educação Ambiental na atualidade representa um aspecto da vida social de estrema

importância, visto os impactos ambientais decorrentes da ação humana. Este trabalho representa

algumas reflexões das ações de reciclagem e reutilização de pneus e garrafas Pets, na formação

de hortas escolares com cultivo de plantas medicinais. O trabalho foi desenvolvido em 4 escolas

públicas do município de Juazeiro-BA, a partir da participação de alunos e professores e

consistiu em construção de canteiros para plantio , com a utilização de pneus e garrafas Pet,

sendo estes materiais, colocados e dimensionados em forma de um corpo humano, a fim de

despertar a atenção e reflexão dos observadores. O Objetivo do trabalho é demonstrar a

possibilidade de reutilização de materiais não degradáveis na construção dos canteiros,

destinados para a produção de Plantas medicinais. Na elaboração do canteiro “Homem

Natureza”, onde reproduzimos a silhueta de um corpo humano, utilizamos os pneus para dar

forma à Cabeça e Tronco, e as garrafas Pet para dar forma aos membros do Homem Natureza.

As atividades consistiram em promover a coleta de garrafas Pets durante 4 semanas e realização

de Oficina para a montagem do Homem Natureza, preparo do terreno e semeadora dos canteiros.

Aproveitamos esse momento para introduzirmos os conceitos de ervas medicinais, usadas em

grande parte do canteiro. Tivemos como publico- alvo crianças do ensino fundamenta.

Participaram das atividades em torno de 30 alunos. Utilizamos em torno de 90 garrafas pet e dois

pneus, um grande para o tronco, e um pequeno para a cabeça. Também foi utilizado um saco de

composto orgânico e algumas centenas de sementes de plantas medicinais. Notamos uma

sensibilização por parte dos alunos, tanto em relação ao tema da reciclagem, como também em

relação as plantas medicinais. Percebemos então que o objetivo da atividade foi alcançado, uma

vez que mobilizamos e despertamos o interesse dos alunos para os dois aspetos fundamentais da

Educação Ambiental: a reutilização de materiais e utilização de plantas medicinais no cotidiano.

Palavras-chave: Reciclagem, Plantas Medicinais, Canteiro, Escola.

1 Graduando em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal do Vale do São Francisco.

² Graduando em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal do Vale do São Francisco.

³ Graduando em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal do Vale do São Francisco. 4 Orientador/Professor Doutor do Colegiado de Ciências Sociais pela Universidade Federal do Vale do São

Francisco.

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MELHORAMENTO DO SOLO POR MEIO DE TÉCNICAS DE

COMPOSTAGEM EM ESCOLAS PÚBLICAS

DO VALE DO SÃO FRANCISCO

Priscila Helena Machado1

Cícero Harisson Souza² Emanuel Victor Genovez³

Lina Sheilla Pires de Souza4

João Miguel Silva Mendes5 Paulo Roberto Ramos6

A Compostagem é uma técnica milenar, referente à destinação de resíduos a partir de processos

para transformação de diferentes tipos de resíduos orgânicos em adubo, para a melhoria da

qualidade do solo com vista ao cultivo de plantas. Tais procedimentos evitam a degradação,

reduzem a quantidade de lixo e garante melhorias tanto ao meio ambiente quanto à saúde para a

população. Nos espaços urbanos acredita-se que o lixo deve ser recolhido pelos órgãos

competentes e despejado em determinados locais previamente escolhidos. Porém, com algumas

ações práticas simples e mobilização sociais, esta atribuição, antes exclusividade do Poder

Público, também tem sido praticada pelas populações. Este trabalho é parte das atividades

desenvolvidas pelo Projeto Escola Verde em algumas escolas da região. O primeiro passo foi

escolher um recipiente e local apropriados dentro das escolas para a prática da compostagem.

Foram utilizados baldes com tampas, galões de 20 l reciclados, caixas de frutas em madeira e

estruturas de bamboo, para a produção do Composto e das hortas. Foram realizadas palestras

com alunos do ensino fundamental, cujo público foi estimado em torno de 300 alunos em todas

as atividades, onde foram abordados os benefícios, técnicas, teoria da trofobiose, vida e hábitos

das minhocas e bactérias e aplicação na escola, em casa e comunidade. Observamos que todos os

métodos utilizados mostraram ser eficientes, pois se mostraram fáceis de executar e manejar por

crianças, e não ocorreu mau cheiro ou acumulo de insetos, ou outras complicações. Os

compostos feitos com esterco de gado foram formados com mais rapidez, em 30 dias já obtemos

o composto pronto. Os compostos formados pelas minhocas foram mais lentos, levaram em

torno de 30 a 60 dias para a total decomposição. Pela repercussão junto às crianças pudemos

observar o interesse pelas minhocas e o trabalho desenvolvido por elas na fertilização do solo,

despertando a motivação e sensibilização para a questão socioambiental. O trabalho feito com

esterco abriu possibilidades de aulas práticas com a professora de Ciências, pesquisando os

benefícios de algumas bactérias. Todo o produto final foi utilizado como adubo natural para

jardins e hortas nas escolas. As atividades também tiveram por finalidade repercutir junto aos

familiares dos alunos e comunidade para a eficiência desta técnica simples e essencial para os agricultores familiares.

Palavras-chave: Escola, Compostagem, Meio Ambiente, Lixo Orgânico.

1 Graduanda em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal do Vale do São Francisco.

² Graduando em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Vale do São Francisco.

³ Graduando em Engenharia Agrícola e Ambiental pela Universidade Federal do Vale do São Francisco 4Graduanda em Engenharia Agrícola e Ambiental pela Universidade Federal do Vale do São Francisco.

5 Graduando em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal do Vale do São Francisco.

6 Orientador/Professor Doutor do Colegiado de Ciências Sociais pela Universidade Federal do Vale do São

Francisco.

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REVITALIZAÇÃO DA PRAÇA ANTÔNIO MARCELINO DOS REIS DO

BAIRRO SÃO GERALDO EM JUAZIERO-BAHIA

Geisa Lorena Maia Carvalho dos Santos1

Josivan Marques da Silva2

João Wandeson Trabuco de Souza3 Selma Mota do Carmo4

Pode-se notar que a arborização é um elemento indispensável no ambiente urbano visto os

benefícios das árvores e os problemas que podem ocorrer pela falta de planejamento. Um

ambiente conservado é de grande importância para o bem estar de uma comunidade. O projeto

Vivências (Projeto de extensão rural, realizado pela UNEB) tem o objetivo de aproximar a

universidade à comunidade externa por meio do desenvolvimento de ações extensionistas, onde

o campus III, DTCS, situado na cidade de Juazeiro, decidiu revitalizar a praça Antônio

Marcelino dos Reis, que fica no bairro São Geraldo, próximo a Universidade do estado da Bahia,

com paisagismo com plantas ornamentais produzidas no viveiro de mudas do DTCS e

complementação da arborização. As plantas e árvores existentes receberam podas. A atividade

de arborização da praça teve fortes impactos, pois foi realizada por moradores da comunidade e

com todos os envolvidos no projeto. A idéia de revitalizar a praça foi proposta pela comunidade

que assumiu o compromisso de cuidar das plantas e da conservação da praça. O principal motivo

que levou os moradores a ajudar na revitalização da praça é que no passado essa praça foi palco

de manifestações culturais e de lazer e com a deterioração e falta de uma boa manutenção, as

pessoas deixaram de freqüentar o local. O projeto vivências causou grande euforia nos

moradores pois estes agora estão com esperança de receber um ambiente de lazer bem cuidado,

arborizado onde poderá acontecer manifestações culturais. Foi no bairro são Geraldo onde a cidade de Juazeiro-Ba nasceu, bairro de grande importância cultural.

Palavras-chave: Arborização, Revitalização, Comunidade.

1, 2 e 3

Graduanda em Engenharia Agronômica pela Universidade do Estado da Bahia- UNEB. 4 Orientadora: secretaria do mestrado pela Universidade do Estado da Bahia - UNEB/ Orientadora do projeto

vivências.

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TÉCNICAS CONSTRUTIVAS UTILIZADAS

NO CARIRI PARAIBANO: IMPACTOS AMBIENTAIS

Gabryela Ferreira Belo1 Dimas Brasileiro Veras²

Alexandre Vieira Sabóia³

Adriano da Silva Félix⁴ Rafaela Maria da Silva Costa⁵

A questão ambiental vem configurando uma nova forma de atenção com o meio ambiente nas

áreas tecnológicas, e na construção civil não é diferente, uma vez que a sustentabilidade tem sido

um desafio em meio à industrialização e ao crescimento das áreas urbanas, sendo assim

necessária uma adequação da arquitetura para o clima local e utilização de materiais construtivos

que devam ser considerados como forma de minimizar os impactos ambientais.

Neste sentido, o objetivo deste trabalho é observar e analisar características do patrimônio

material da cidade de Monteiro, na finalidade de verificar se as técnicas construtivas utilizadas

são adequadas e sustentáveis para a região, lançando propostas para utilização mais eficiente das

técnicas já existentes. Apresenta-se como um estudo de caso – para o qual foram visitadas

construções – constituindo-se como uma das formas de investigação qualitativa, que se

desenvolve numa situação natural, e possui considerável dados descritivos. A técnica de pesquisa

utilizada foi a observação, visto que observação é todo procedimento que permite acesso aos

fenômenos estudados para se obter resultados. Observa-se que a maioria das construções

tradicionais possui desempenhos higrotérmicos (conforto, saúde e ambiente), acústicos e

mecânicos e outros razoáveis que atendam às necessidades dos moradores. Levando em

consideração que, por muitas vezes, essas técnicas não são utilizadas da maneira correta, o que

acaba acarretando um mau aproveitamento das especificações técnicas dos materiais. Sabemos

que existe uma certa dificuldade em tentar alterar algumas das técnicas usadas corriqueiramente

em construções, pois culturalmente as pessoas estão habituadas com técnicas tradicionais, além

do custo elevado para trazer materiais alternativos, e com especialização de trabalhadores,

evidenciando altos custos desnecessários, podendo-se apenas aperfeiçoar as técnicas já

existentes, justificando a proposta do presente artigo, para que a soma da técnica mais ciência

venha a contribuir com o desenvolvimento construtivo voltado para a sustentabilidade ambiental

e econômica dos empreendimentos.

Palavras-chave: Técnicas construtivas, normas técnicas, sustentabilidade na construção civil.

1 Graduando em Tecnologia em Construção de Edifícios pelo Instituto Federal de Educação ciência e Tecnologia da

Paraíba – IFPB, campus Monteiro.

² Professor Mestre do Instituto Federal de Educação ciência e Tecnologia da Paraíba – IFPB, campus Monteiro.

³ Graduando em Tecnologia em Construção de Edifícios pelo Instituto Federal de Educação ciência e Tecnologia da

Paraíba – IFPB, campus Monteiro.

⁴ Graduando em Tecnologia em Construção de Edifícios pelo Instituto Federal de Educação ciência e Tecnologia da Paraíba – IFPB, campus Monteiro.

⁵ Graduando em Tecnologia em Construção de Edifícios pelo Instituto Federal de Educação ciência e Tecnologia da

Paraíba – IFPB, campus Monteiro.

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TERRITORIALIDADE E REAPROPRIAÇÃO SOCIAL DA NATUREZA

PELOS USOS DAS PLANTAS MEDICINAIS EM JUAZEIRO-BAHIA

Rosa de Cássia Miguelino Silva1

Rosemeri Melo e Souza²

As questões ambientais e as estratégias territoriais de determinadas sociedades revelam a visão

de natureza do seu povo e a valoração atribuída às potencialidades existentes. Esta dissertação

tem por objetivo avaliar a relação entre territorialidade e a reapropriação social da natureza pelos

usos das plantas medicinais em Juazeiro/BA, na perspectiva de contribuição para a construção de

um conhecimento sobre biodiversidade do semi-árido e ações coletivas re-significadas. Discute a

importância da tradição nas práticas terapêuticas dos modelos de atenção à saúde, as formas de

acesso à flora e os regimes de propriedade, considerando os aspectos sociais, econômicos,

culturais e ambientais do contexto. Reflete acerca do sentimento de pertencimento do saber

popular e das políticas de fomento ao uso da fitoterapia de forma integrativa e complementar,

que estão motivando novas concepções sobre oferta e demanda desse tratamento. O trabalho de

campo aconteceu entre julho e setembro de 2012 e utilizou as técnicas snow ball, para guardiões,

e acessibilidade, para os profissionais de saúde. A pesquisa é qualiquantitativa e os dados foram

coletados por meio de entrevistas e observação. Foi feita a transcrição das narrativas,

organização e interpretação dos dados, para a análise do conteúdo, descrição dos resultados e

discussões. O estudo possibilitou a construção do perfil dos guardiões e revelou as espécies

conhecidas, usos, indicações, agravos tratados, formas de transmissão do etnoconhecimento e a

legitimidade do papel social destes atores. Mostrou, ainda, o posicionamento dos profissionais de

saúde das Estratégias de Saúde da Família frente à fitoterapia. Constatou que as práticas

populares estão presentes no universo simbólico dos comunitários como solução de problemas,

sendo esta realidade muito significativa para a manutenção de suas identidades territoriais. A

relação dos moradores com a flora que compõe a farmacopeia utilizada caracteriza a resiliência

do sistema cultural local; reforça a viabilidade do aproveitamento econômico desses eco recursos

para o desenvolvimento local de forma equitativa. Conclui que, apesar do modelo biomédico ser

predominante nas práticas terapêuticas e influenciar o surgimento de novas territorialidades, os

moradores, organizados em grupos e por meio de micropolíticas instituídas localmente,

promovem estratégias de reconstruções identitárias e o estabelecimento de prioridades. Com

mecanismos de reapropriação social da natureza, vão desenhando a sustentabilidade para

sobrevivência futura destas comunidades e garantindo o direito de gestão e uso racional de seus

recursos.

Palavras-chave: Territorialidade; Reapropriação social da natureza; Plantas medicinais.

1 Mestranda em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela Universidade Federal de Sergipe (UFS). Professora

auxiliar do Colegiado de Enfermagem da Universidade de Pernambuco (Campus Petrolina). 2 Professora Pós-Doutora do Colegiado de Geografia da Universidade Federal de Sergipe (UFS) (Orientadora).

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TERRITÓRIOS FLUVIAIS URBANOS E AS IMPLICAÇÕES

SOCIOAMBIENTAIS LOCAIS: UMA ÊNFASE

À REALIDADE JUAZEIRENSE

Clecia Simone Gonçalves Rosa Pacheco1 Sabrina Yasmim Rodrigues Pereira2

Emerson de Souza Araújo3 Leidiane Barros de Souza4

O presente trabalho faz parte de um projeto do Programa Institucional Voluntário de Iniciação

Científica (PIVIC), que está subdividido em duas etapas: a primeira etapa já foi concluída, onde

se analisou o território fluvial urbano de Juazeiro/BA e a segunda etapa, já se encontra em

andamento e se estuda a mesma problemática, desta feita, no território fluvial urbano de

Petrolina/PE. O objeto dessa investigação é basicamente uma área fluvial com cerca de 100

metros de extensão horizontal, do território fluvial de Juazeiro/Petrolina e, o problema a ser

investigado são os impactos ambientais naturais e/ou antropogênicos nesses locais, buscando

compreender os principais efeitos geomorfológicos fluviais decorrentes de múltiplos processos

nas margens do rio São Francisco, nos trechos objeto de estudo. Elencou-se como objetivo

principal, analisar a intensidade dos processos erosivos e suas respectivas implicações para o

meio ambiente, visando compreender suas causas e consequências para a sustentabilidade local.

Para realização de tal pesquisa utilizou-se como metodologia a observação in loco no território

fluvial de Juazeiro, num período de seis meses, e a colocação de pinos de erosão para

delimitação da área a ser analisada. Os resultados encontrados na primeira etapa da pesquisa

demonstram o avanço erosivo no local, bem como a intensidade, as causas e consequências

destes ao meio ambiente e a (in) sustentabilidade a nível local por conta da falta de

aplicabilidade da legislação ambiental que trata da preservação e conservação das margens dos

rios e suas respectivas matas ciliares.

Palavras-chave: Área fluvial; Processos erosivos; (In) sustentabilidade socioambiental.

1 Geógrafa, escritora, docente do IF Sertão Pernambucano e Coordenadora de Projetos PIBIC/PIVIC; Doutoranda em Educação (UCSF/AR); Mestre em Ciências da Educação (UI-Lisboa/PT); Mestranda em Tecnologia Ambiental (Itep). Atua nas seguintes linhas de pesquisas: 1. Educação Contextualizada nos Territórios Semiáridos; 2. Gestão Ambiental e Sustentabilidade de Áreas Degradadas; 3. Paisagens Rurais: impactos e câmbios espaciais, novas perspectivas a sustentabilidade; 4. Educação Ambiental norteada ao Desenvolvimento Local Sustentável. E-mail: [email protected] 2 Bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) e do Programa Institucional de Voluntários de Iniciação Científica (PIVIC). E-mail: [email protected] 3 Bolsista do Programa Institucional de Voluntários de Iniciação Científica (PIVIC).

E-mail: emerson-mê[email protected] 4 Bolsista do Programa Institucional de Voluntários de Iniciação Científica (PIVIC).

E-mail: [email protected]

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GGGTTT 444... EEEDDDUUUCCCAAAÇÇÇÃÃÃOOO AAAMMMBBBIIIEEENNNTTTAAALLL AAATTTRRRAAAVVVÉÉÉSSS

DDDAAA AAARRRTTTEEE EEE DDDAAA MMMÍÍÍDDDIIIAAA

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DESAFIOS NO USO DO COMPUTADOR PARA A EDUCAÇÃO

AMBIENTAL EM ESCOLAS PÚBLICAS

DO VALE DO SÃO FRANCISCO

Tiago Fernandes Machado1 Paulo Roberto Ramos²

Jorge Luis Cavalcanti Ramos³

O uso das novas Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) vem ganhando destaque na

última década com a popularização do computador. Todavia, vem ocorrendo um desafio

relacionado ao exercício do uso da máquina como ferramenta de ensino-aprendizagem. Muitas

vezes, a baixa utilização destas ferramentas tem sua origem na falta de capacitação do

usuário/professor para o uso efetivo nestes instrumentos, implicando na pouca utilização para o

ensino da Educação Ambiental. O objetivo central deste trabalho foi analisar a relação entre a

disponibilidade e uso do computador por professores da rede pública de Petrolina-PE e Juazeiro-

BA. Trata-se de um estudo de campo 2012, realizado através de questionários aplicados com 47

professores, em 9 escolas de Petrolina e 4 de Juazeiro. Os resultados apontam que vem

ocorrendo uma carência significativa quanto a capacitação dos professores e uso das TICs no

cotidiano escolar. O estudo mostrou que a Internet, como recurso didático, é utilizado por apenas

30% dos professores pesquisados. Os resultados preliminares apontaram que mais de 60% dos

professores afirmam que a principal dificuldade para inserir a Educação Ambiental (EA) nas

escolas é a falta de capacitação e outros 50% (o professor podia indicar mais de uma alternativa

no questionário) apontaram falta de recursos didáticos adequados. Nesse contexto, o objetivo

principal desse estudo preliminar foi levantar dados da problemática encontrada pelos

professores na utilização das TICs em sala de aula, de forma a viabilizar a produção de

conhecimentos para que possam auxiliar no desenvolvimento de tecnologias aplicadas à

Educação Ambiental, no âmbito do Projeto Escola Verde. Os dados preliminares deste estudo

apontam dificuldades na utilização das TICs no processo de ensino-aprendizagem nas escolas

públicas do Vale do São Francisco estudadas. Foi possível perceber a necessidade de capacitação

desses professores para o uso do Computador e da Internet como ferramentas didáticas,

sobretudo na promoção da Educação Ambiental.

Palavras-chave: TICs, Educação Ambiental, Capacitação.

1 Graduando em Engenharia da Computação pela Universidade Federal do Vale do São Francisco.

2 Orientador, Colegiado de Ciências Sociais.

³ Co-Orientador, Colegiado Engenharia da Computação.

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TURISMO AMBIENTALMENTECNOLÓGICO

Deimison Souza1

Italo Herbert² João Masquerenha³

Klébson Leonardo Santana da Silva4 João Sotero do Vale Júnior5

a) apresentação do tema/Problema: A questão ambiental está cada vez mais presente no cotidiano

da população da nossa cidade, principalmente no que se refere ao desafio de preservar a

qualidade de vida. Entretanto, a dinâmica de urbanização predatória tem provocado o aumento

dos problemas ambientais na nossa cidade. Todos têm sido afetados pelos problemas, em

particular os setores mais carentes da população. Isso ocorre porque no contexto urbano, os

problemas ambientais têm-se avolumado a passos agigantados e sua lenta resolução causa sérios

impactos sobre a população. b) objetivo(s): Nosso projeto nomeado de “Turismo

Ambientalmentecnológico” tem como objetivo propiciar um local, onde a população tenha uma

interação com o meio ambiente, através de recursos tecnológicos: Lixeiras interativas, que ao

serem acionadas pelo objeto descartado, irá interagir de algum modo com o indivíduo. A

iluminação “animada” também é uma das atrações desse local, visando proporcionar um

ambiente atrativo. Pensando na inclusão digital, que é um grande passo a ser dado pelos

governantes, a informação a todas as classes, através de mesas digitais e internet Wi-Fi aberta ao

público em um ambiente aberto. Um espaço ecologicamente correto, com um sistema de energia

renovável, através de placas de energia solar onde iria captar toda energia utilizada na praça. c)

metodologia: Com a metodologia de mudar o ambiente, de modo que, possa chamar a atenção

das pessoas a fazer o seu papel como cidadão participativo, no desenvolvimento ambiental na

sua cidade, e também o projeto visa estimular a educação ambiental, através de placas

educativas, aonde iremos mostra a importância da reutilização e reciclagem. d) resultados

encontrados: A educação ambiental deve ser vista como um processo de permanente

aprendizagem que valoriza as diversas formas de conhecimento e forma cidadãos com

consciência local e planetária. Temos como resultado final as pessoas motivadas e sensibilizadas,

onde poção ter um ambiente agradável e propício a qualidade de vida. Tendo uma visão de sociabilidade, baseada na educação ambiental.

Palavras-chave: Turismo, Sustentabilidade, Preservação, Conscientização.

1, 2, 3 e 4

Alunos do 2º período do curso de graduação em Gestão de Tecnologia e Informação, do IF-Sertão, Campus

Floresta. 5

Orientador e Professor da disciplina de Empreendedorismo no IF-Sertão, Campus Floresta. Graduado em

Administração, MBA em Gestão Estratégica de Negócios e Mestrando em Ciência da Educação

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SENSIBILIZAÇAO ATRAVÉS DE MIDIA VISANDO A PROMOÇÃO DA

EDUCAÇÃO AMBIENTAL COM PRATICAS DE COMPOSTAGEM

EM UMA ESCOLA PUBLICA EM PETROLINA

Lina Sheilla Pires de Souza1

Maria Raquel da Silva¹

Emanuel Victor Genovez²

Sâmara Nelrye Carvalho de Oliveira³

Paulo Roberto Ramos4

No processo de ensino-aprendizagem, a motivação é um importante fator de economia de tempo

e esforço. A Mídia Ambiental tem exercido um importante papel social na democratização da

informação socioambiental no Brasil, contribuindo para o fortalecimento da consciência e

cidadania socioambiental e possibilitando que a sociedade possa fazer escolhas melhores entre

diferentes modelos de desenvolvimento rumo à sustentabilidade. Nesse sentido, as oficinas

ecológicas tornam-se ferramentas essenciais na mobilização e sensibilização de alunos e

professores para as questões socioambientais. A aplicação de tecnologias apropriadas e

ecológicas, com a redução da utilização de recursos naturais, do desperdício, da geração de

resíduos e de poluição, deve ser uma prioridade em todos os processos, sobretudo os educativos.

Estimular alunos e professores para o desenvolvimento de ações ambientais nem sempre é algo

simples, sobretudo quando a ação depende do envolvimento de diferentes atores sociais. O

objetivo deste trabalho foi inserir a educação ambiental dentro da escola utilizando a reciclagem

do lixo orgânico como prática, além das palestras de conscientização, sobretudo no que diz

respeito a importância da reutilização do lixo orgânico da escola. Para tanto, se realizou

palestras, amostras de vídeo, oficinas, recolhimento de material orgânico na cozinha da escola. O

lixo orgânico foi separado pelos funcionários da escola. Depois foram realizadas técnicas da

compostagem doméstica, reaproveitando todo o lixo orgânico da semana e os transformamos em

composto, os quais servirão de adubo para a horta que será implantada dentro da Escola.

Pudemos observar que um dos desafios para a promoção da compostagem como prática

permanente de Educação Ambiental, é o engajamento continuado de alunos e professores no

processo de realização e acompanhamento do preparo do composto. Todavia, os que se

envolvem com esta atividade despertam o senso de responsabilidade socioambiental no

reaproveitamento do lixo orgânico, e para os perigos do seu descarte inadequado para a saúde.

Dentro do contexto de preservação ambiental, observa-se a importante necessidade de uma

mudança de comportamental de costumes e hábitos dos alunos visando à melhoria da qualidade

de vida.

Palavras-chave: Mídia ambiental. Conscientização. Educação ambiental. Compostagem.

1 Graduanda do curso de Engenharia Agrícola e Ambiental pela UNIVASF.

¹ Graduanda do curso de Engenharia Agrícola e Ambiental pela UNIVASF.

² Graduando do curso de Engenharia Agrícola e Ambiental pela UNIVASF.

³ Graduanda do curso de Engenharia Agrícola e Ambiental pela UNIVASF. 4

Orientador Professor do Colegiado de Ciências Sociais da UNIVASF.

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POSSIBILIDADES DE APLICAÇÃO DA MÍDIA AMBIENTAL

PARA CRIANÇAS DO ENSINO FUNDAMENTAL

DE ESCOLAS PÚBLICAS DO VALE DO SÃO FRANCISCO

Daniela Alves do Nascimento1

Paulo Roberto Ramos2

O uso de palestras socioeducativas com o uso das Novas Tecnologias de Informação e

Comunicação (NTICs), tais como Data Show, Vídeos e Internet, para alunos do Ensino

Fundamental, possibilita interação e reflexão com a manipulação de imagens, sons e mensagens

sobre a problemática socioambiental. É comum no ambiente acadêmico este tipo de prática como

método de ensino, mas aplicada à Educação Ambiental ainda é um desafio em todos os níveis de

ensino. Este trabalho representa um recorte de uma ação extensiva desenvolvida no Projeto

Escola Verde (PEV), em 20 escolas publicas dos municípios de Petrolina-PE e Juazeiro-BA, para

a reflexão e informação das crianças da rede pública de ensino sobre algumas problemáticas

socioambientais vivenciadas pelos mesmos, para o desenvolvimento de atividades de práticas

ambientais. Para a realização destas atividades foram utilizados Data Show, computador, sistema

de som (caixa com altos falantes), apresentação de slides e vídeos. As palestras são

desenvolvidas sempre antes de uma atividade prática proposta pelo PEV como Arborização,

Hortas e Compostagens, Reciclagem de Garrafas Pets e Coleta Seletiva. O principal objetivo

dessa ação foi mobilizar, sensibilizar e informar os alunos sobre o Meio Ambiente e as formas de

preservá-lo. A interação entre palestrante e ouvinte foi recíproca, bastante facilitada pelas

Tecnologias de Informação e Comunicação, gerando o envolvimento e participação dos alunos e

professores. Pudemos observar um grande potencial e impacto positivo e mobilizador sobre o processo ensino-aprendizagem com o uso das NTICs na promoção da Educação Ambiental.

Palavras-chave: Mídia Ambiental, NTICs, Educação Ambiental, Escola.

1 Graduanda em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal do Vale do São Francisco.

2 Professor/Orientador. Colegiado de Ciências Sociais da Universidade Federal do Vale do São Francisco.

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IMPACTOS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA PROMOÇÃO DA

COLETA SELETIVA EM UMA ESCOLA PÚBLICA DE JUAZEIRO-BA

Gaziela Lais Maia Carvalho dos Santos1 Susi Ellen Costa Mota da Silva 2

Isane Carine Guirra de Brito3 Barbara Ribeiro de Souza4

Camila de Souza Santana5 Paulo Roberto Ramos6

A coleta seletiva se relaciona diretamente com a melhoria na qualidade de vida, pois possui uma grande

importância nos diversos processos de reciclagem, auxiliando a conservação do ambiente ecologicamente

equilibrado, proporcionando inúmeros benefícios para a população, sobretudo diminuindo a quantidade

de lixo jogado no meio ambiente e os riscos de doenças infectocontagiosas, e também na reutilização dos

materiais. O objetivo desse trabalho foi promover a Educação Ambiental com a prática de Coleta Seletiva

e Reciclagem na escola Municipal Professora Leopoldina Leal, localizada no município de Juazeiro-BA.

Durante o trabalho foi realizada palestra educativa sobre a importância da preservação ambiental e peça

teatral abordado de maneira lúdica os problemas socioambientais da região. Este trabalho é parte das

ações realizada pelo Projeto Escola Verde. As atividades foram registradas por meio de fotografias.

Dentre as atividades realizadas, a palestra mostrou ser de fundamental importância, pois sensibilizou os

alunos sobre a crise socioambiental e a necessidade da Coleta Seletiva e da Reciclagem em todos os

processos sociais. A peça teatral obteve também bastante impacto; pois, de forma dinâmica, os alunos se

integraram, questionaram e refletiram sobre os problemas vivenciados em seus cotidianos. Todos

puderam conhecer formas fáceis e divertidas de contribuir para a minimização dos impactos ambienteis,

através da diminuição da quantidade de lixo descartado, com a prática da reciclagem, reutilizando o que

iria ser jogado fora de maneira inadequada. As ações mobilizaram cerca de 250 pessoas, entre alunos,

professores e funcionários.

Palavras-chave: Educação Ambiental, Coleta seletiva e Reciclagem.

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GGGTTT 555... EEEDDDUUUCCCAAAÇÇÇÃÃÃOOO EEE SSSAAAÚÚÚDDDEEE AAAMMMBBBIIIEEENNNTTTAAALLL

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PRÁTICAS DE MANEJO EM CISTERNAS RURAIS:

PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE

DE CAPIM DE N11, ZONA RURAL DE PETROLINA

Ruanna Matos Almeida Souza1 Janaina de Moraes Peres2

O semiárido brasileiro abrange estados do nordeste e sudeste e caracteriza-se por possuir

distribuição irregular de chuvas e alto índice de doenças associadas à precária qualidade da água

consumida. Neste contexto, o projeto de extensão “Cisternas rurais: potencializando água da

chuva” tem o objetivo de diminuir a incidência de doenças de veiculação hídrica causadas pelo

manejo inadequado das cisternas nas comunidades Capim e N11, localizados na zona rural de

Petrolina-PE, através de atividades sobre a importância da qualidade da água e das formas

adequadas de manejá-la. Aplicou-se questionário socioeconômico em 16 residências onde foi

notório que a maioria tem a concepção da importância da água limpa e desenvolvimento

sustentável. Realizou-se ainda coleta de água nas cisternas participantes do projeto, indicando

contaminação por coliformes termotolerantes em todas as amostras. Segundo relatos da

população, a implementação das cisternas desenvolvidas pelo programa P1MC do Governo

Federal proporcionou facilidades para armazenamento da água. No entanto, não foram

disponibilizadas informações essenciais sobre os cuidados a serem desenvolvidos nas mesmas.

Muitos não sabem como realizar o manejo e desconfiam da qualidade da água da chuva coletada

no telhado, preferindo consumir aquelas advindas de caminhão-pipa e do canal de irrigação. Este

fato despertou para a necessidade de atividades de formação para a localidade estudada. Sabe-se

que, com manejo correto da cisterna pode-se obter água de qualidade, diferentemente da água

bruta proveniente do canal de irrigação, onde foram identificados agentes poluidores como lixo

doméstico e animais mortos. A extensão é um dos tripés da Universidade, sendo de fundamental

importância sua participação na comunidade visando à melhoria na qualidade de vida da

população. Promoveu-se um evento com palestras e atividades práticas de coleta e análise da

água in loco nas cisternas, higienização das mãos, do balde coletor e de cloração da água. A

comunidade compareceu em peso e desenvolveu muitas discussões em torno do assunto.

Relataram ter sido “muito importante estas atividades para aprender e saber que alguém se

preocupa com eles”. O projeto está em andamento e ocorrerão outros eventos como este. Será

produzido ainda um vídeo com relatos dos moradores sobre as cisternas e a qualidade da água

disponível para eles. É essencial construir uma nova formulação de sociedade mais igualitária,

com garantia de recursos essenciais para manutenção da vida. As cisternas são importantes, no

entanto, esta tecnologia deve ser aliada à educação do homem do campo para uma convivência harmoniosa e digna com a seca.

Palavras-chave: cisternas, água, Petrolina.

1 Universidade Federal do Vale do São Francisco. E.mail: [email protected].

2 Universidade Federal do Vale do São Francisco.

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O USO DE SACOLAS RETORNÁVEIS EM FLORESTA-PE

Andrelice da Silva Alves1 Jaciara de Souza e Silva² Juliana Serafim da Silva³

Jamile Eponina dos Santos Silva4 João Sotero do Vale Júnior5

Quando se pensa no conceito de sustentabilidade vêm em mente vários fatores que envolvem a

preservação do meio ambiente.O assunto que motiva este artigo é a problemática do uso

excessivo de sacolas plásticas no mundo.Estudos indicam que no mundo todo são consumidas

cerca de 1milhão de sacolas plásticas por minuto,resultando em mais de 500 bilhões por ano.Só

no Brasil,essa quantia chega a 12 bilhões. O uso excessivo desse material resulta no acúmulo de

lixo que polui rios, mata animais, entope bueiros causando enchentes,com a queima do

combustível para a fabricação do material plástico e tudo isso piora a qualidade de vida das

pessoas.Ao contrário do plástico que degenera a atmosfera,as sacolas ecológicas priorizam a

sustentabilidade e a conservação do nosso ambiente.As sacolas retornáveis (ecológicas) estão se

tornando um símbolo expressivo de sustentabilidade e devem fazer parte da rotina de todas as

pessoas,além de ser um importante conceito de Consciência social e desejo pessoal de participar

da campanha da sustentabilidade como atitude e filosofia de vida.Esse artigo tem como objetivo

incentivar as pessoas, especialmente os florestanos, a começar a utilizar sacolas retornáveis em

seu dia-a-dia nas suas diferentes atitudes. Inclusive na hora de fazer compras. Com atitudes ou

pensamentos assim,podemos fazer a diferença na preservação do nosso meio ambiente apoiando

um consumo consciente por meio da redução das sacolas plásticas e promovendo a

responsabilidade social de que tanto se fala nos dias atuais.Conscientização através de palestras e

exposição de sacolas retornáveis durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia ocorrida

no dia 30 de outubro deste ano, no Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia – IF-

Sertão, Campus Floresta. Inicialmente tivemos uma resistência no entendimento quanto à

utilização das sacolas retornáveis. Mas ao final da palestra, abrimos a debate sobre o tema. Visto

que todos chegaram a se posicionar sobre o tema e chegando ao consenso comum que as sacolas

retornáveis contribuirão muito para um planeta mais limpo,para a proteção dos animais marinhos

e silvestres.

Palavras-chave: Sustentabilidade, Preservação, Sacolas retornáveis, Conscientização.

1,2 ,3 e 4

Aluna do 2º período do curso de graduação em Gestão de Tecnologia e Informação, do IF-Sertão, Campus

Floresta. 5 Orientador e Professor da disciplina de Empreendedorismo no IF-Sertão, Campus Floresta. Graduado em

Administração, MBA em Gestão Estratégica de Negócios e Mestrando em Ciência da Educação.

Page 47: ISBN: 978-85-60849-50-5 · e de diversas cidades nordestinas, tais como Feira de Santana-BA e Salvador-BA, São Raimundo Nonato-PI, Maceió-Al, Senhor do Bonfim-BA, além de caravanas

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MÓVEIS FEITOS A PARTIR DE MATERIAIS RECICLADOS

Lázaro Alécio Nunes Bastos Honório1

Yuri Leal Sá Ferraz Magalhães² Germano Ferraz da Silva Rosa³

João Sotero do Vale Júnior4

A partir da década de 80, a produção de embalagens plásticas e produtos descartáveis

aumentaram significativamente, tendo como consequência o aumento de lixo principalmente nos

países desenvolvidos. Na década seguinte, mais precisamente entre 1990 e 2003 a taxa de

desmatamento da Floresta Amazônica aumentou consideravelmente, devido a fatores locais,

como a construção de estradas e a pecuária, além de fatores nacionais e internacionais. Cresceu

também nos anos 2000 o desperdício de madeira provinda da Amazônia, chegando em 2011 a

60%.Tendo em vista a atual situação,temos como proposta a produção de moveis a base de

produtos reciclados. Procurando parcerias com outras empresas, onde já reaproveita o material

descartado. Com a perspectiva de uma conscientização ambiental na utilização do sistema dos

3R’s (Reaproveitamento, Reutilização e Reciclagem).Assim aumente a economia verde e

contribuir com a preservação ambiental.Reciclar significa transformar materiais usados em

novos produtos para o consumo. Esta necessidade foi despertada a partir do momento que se

verificou os benefícios que esse procedimento traz para o planeta Terra. Reciclar além de salvar

o planeta gera mais lucro para a empresa, pois a matéria prima acaba se tornando mais barata.

Para tal processo, é necessária uma previa seleção do material que será usado, visando assim a

maior eficiência no processo de fabricação, garantindo a qualidade do produto final. No caso

específico dos móveis, é feita a coleta em empresas que desperdiçam muita madeira, além

disso,também é usada madeira de demolição. Também são usadas peças provindas de plástico

reciclado, como puxadores de gaveta, pés, e rodinhas no caso de cadeiras de escritório. Com essa

reutilização de material, espera-se diminuir o desperdício de madeira e por consequência garantir

uma maior preservação do meio ambiente. Quanto mais madeira é derrubada mais é diminuída a

renovação do oxigênio do planeta e com a reciclagem estamos fazendo nossa parte para essa

preservação, e se cada vez mais todos pensassem desta forma, poderíamos remediar os processos

que começaram algumas décadas atrás: aumento do buraco na camada de Ozônio e o aumento do

aquecimento global, assim contribuindo para que nossos filhos e netos cresçam em um planeta

melhor.

Palavras-chave: Moveis, Sustentabilidade, Reciclagem, Reutilização.

1, 2 e 3

Aluno do 2º período do curso de graduação em Gestão de Tecnologia e Informação, do IF-Sertão,

Campus Floresta. 4 Orientador e Professor da disciplina de Empreendedorismo no IF-Sertão, Campus Floresta. Graduado em

Administração, MBA em Gestão Estratégica de Negócios e Mestrando em Ciência da Educação.

Page 48: ISBN: 978-85-60849-50-5 · e de diversas cidades nordestinas, tais como Feira de Santana-BA e Salvador-BA, São Raimundo Nonato-PI, Maceió-Al, Senhor do Bonfim-BA, além de caravanas

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CONHECIMENTO DOS ALUNOS DO CURSO MÉDIO INTEGRADO DE

EDIFICAÇÕES IFRN (CAMPUS MOSSORÓ)

SOBRE O SANEAMENTO E O SANEAMENTO BÁSICO

Izilmara Cristina Lopes de Medeiros1

Kívia Kandysse Paiva de Melo2

Em meio ao crescimento urbano acelerado e os vários problemas de ordem sanitária que a

população vivencia, o profissional técnico em Edificação possui sua participação na melhoria

desse quadro atual. Na medida em que, o aluno detém o conhecimento sobre saneamento e

saneamento básico, o discente, deve realizar os procedimentos necessários das instalações

sanitárias, garantindo assim, condições de higiene da população. Diante do contexto, este artigo

se trata do conhecimento de alunos do curso técnico integrado de Edificações do quarto ano -

IFRN Campus Mossoró, sobre os termos saneamento e saneamento básico. Os objetivos foram

avaliar o conhecimento que os alunos de edificações tem em relação aos termos saneamento e do

saneamento básico. Para alcançar tais objetivos, foi realizada a revisão bibliográfica sobre o

tema, a elaboração de um questionário de caráter objetivo. Os conceitos sugeridos no

questionário estavam corretos. Posteriormente foi feita a aplicação dos questionários em sala, por

fim a tabulação de dados e análise dos mesmos. Após a tabulação dos dados obtidos, 51% dos

alunos afirmaram saber conceituar saneamento. Quando o questionário sugere o conceito de

saneamento corretamente, 90,32% afirmam que o significado esta correto. Em relação ao

saneamento básico 74,20% os alunos de afirmaram saber conceituar o termo. Além de

reconhecer o termo saneamento básico, os 93,55% dos discentes concordam com o conceito

sugerido no questionário. Assim sendo, curso de Edificações médio integrado do IFRN deve

propiciar um melhor planejamento de aulas e/ou disciplinas as quais contemplem o termo

saneamento. No tocante ao saneamento básico, os alunos apresentam satisfatório conhecimento

sobre o conceito. Dessa forma, a instituição de ensino IFRN, tem alcançado o objetivo de formar

profissionais de maneira a contribui com o bem social e ambiental.

Palavras-chave: Aprendizagem; Saneamento; Saneamento Básico.

¹ Aluna e bolsista IFRN, Curso Técnico em Saneamento do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do

Rio Grande do Norte - Campus Mossoró. Licenciada em Ciências Biológicas na Universidade do Estado do Rio

Grande do Norte - Campus Central.

² Graduada em Gestão Ambiental na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - Campus Central.

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A SIGNIFICÂNCIA DOS CATADORES DE MATERIAIS RECICLÁVEIS:

SUA CONDIÇÃO DE TRABALHO E O ULTRAJE

À DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA

Tatiana Ferreira da Silva1

Ana Karla Cavalcante Ferreira2 Sergio Felipe Cabral Nunes3

A sociedade se recusa a acreditar nos impactos causados por seus anseios individuais e coletivos,

perante um consumismo desenfreado e devastador, tais transformações resultam da ascensão de

um alvitre de satisfação egoísta, gerado através de aquisições, em sua maioria, meramente

materiais. Diante disto, observa-se uma imensa produção de lixo, surgindo, a atividade de

catador de materiais recicláveis, a qual é fruto desta transformação da cultura social. O estudo

versa principalmente sobre a relevância do catador de materiais recicláveis como ser social, traz

à tona a percepção de sua atividade em torno das condições de trabalho e o esteio fincado à

dignidade humana albergada na constituição federal de 1988, ao experimentar o conhecimento

do atual estado destes. O objetivo foi identificar os meios hábeis para que se promovam

mudanças para categoria, sobretudo em relação à inserção social e a um plano organizacional de

sua atividade, com garantias sociais, livrando-os de rótulos atribuídos pela sociedade,

conhecendo-os como cidadãos de direito e revogando-se sua situação de abandono, elucidar que

o catador é ser dotado de iguais direitos aos resguardados a qualquer ser humano e necessita de

progressos na condição de trabalho, saúde e vida da qual se encontra. O presente artigo foi fruto

da utilização de uma pesquisa bibliográfica e documental em livros, legislações e artigos

infográficos, os quais versam sobre o tema em apreço. A visão negativa que a sociedade possui

do trabalho e da realidade do catador emana da carente educação social com relação ao catador e

o material com o qual trabalha de modo a causar frustrante barreira ao reconhecimento e à

regularização de seu trabalho. O principal elemento a este desígnio é firmar a coleta seletiva

como um sopro de esperança organizacional ao ser que labora no lixão, através da criação e do

fortalecimento dos trabalhos realizados por cooperativas e associações que resguardem todas as

devidas necessidades que se dispõe a qualquer ser humano.

Palavras-chave: catadores, lixo, saúde, dignidade da pessoa humana, coleta seletiva.

1 Graduanda em Fisioterapia pela Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas - UNCISAL, bolsista do

projeto In Solidum vinculado Uncisal Incubadora Tecnológica – UNITEC. 2 Mestranda em Educação, Pela Universidade Federal de Alagoas - UFAL, Gerente UNITEC/UNCISAL.

3 Graduado em Direito pelo Centro de Estudos Superiores de Maceió - CESMAC

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50

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A IMPORTÂNCIA DOS PARQUES URBANOS:

O CASO DO PARQUE MUNICIPAL DE MACEIÓ-ALAGOAS

Eligleise Santos Leandro1

Emanuelle Almeida da Costa1

Jailton Costa da Silva1

Katharin Stephanie Caldas Vargas1

Larissa Thais Omena dos Santos1

Geane Magalhães Monte Salustiano2

As transformações impostas pela urbanização ocorreram de forma violenta no Brasil no último

século levando ao cercamento e ilhamento dos fragmentos florestais (Unidades de Conservação)

remanescentes nas cidades, afetando não só a questão paisagística como também a qualidade de

vida da população. Os parques urbanos atendem a essa necessidade socioambiental por

protegerem recursos naturais e oferecerem à população opções de conforto, lazer e educação. A

presente pesquisa teve como objetivo principal reunir um conjunto de ideias sobre a necessidade

de construir um novo olhar para a organização e conservação das áreas verdes tendo como foco

de estudo o parque urbano de Maceió (PqMM), considerado única área verde com remanescentes

de Mata Atlântica existente no interior do espaço urbano no Estado de Alagoas praticamente

desativado;com o intuito de revelar ao publico e aos responsáveis pela tomada de decisões as

possíveis consequências que a falta de projetos e programas socioambientais podem causar tanto

a área em questão quanto a população.Foi desenvolvido através do levantamento bibliográfico

por meio do retrospecto conceitual, resgate histórico e evolução dos parques urbanos. Além do

levantamento de campo com ensaio fotográfico e visita a Secretaria Municipal de Proteção ao

Meio Ambiente (Sempma) responsável pelo gerenciamento e manutenção da infraestrutura,

buscando-se compreender a dinâmica voltada para a comunidade em torno. Com base nos

estudos feitos pode-se constatar que há uma progressiva diminuição da distribuição espacial e da

flora remanescente em decorrência do crescimento demográfico na área destinada ao parque.

Pouco tem sido feito pelos órgãos competentes para coibir ou modificar essa realidade tanto

socialmente quanto educacionalmente falando. Sendo assim, o espaço que resta passa a ser um

dos patrimônios mais importantes da população maceioense e necessita urgentemente de um

planejar coletivo junto à população local para a reflexão das práticas ambientais antrópicas

minimizando assim seus efeitos, bem como a percepção desta não como usuária e sim como

habitante do meio e beneficiaria de tudo proporcionado pelo parque.

Palavras-chave: Parque Municipal de Maceió; Mata Atlântica; Conservação e Percepção Ambiental;

1 Graduandos em Licenciatura em Ciências Biológicas EAD pelo Instituto Federal de Alagoas.

2 Bióloga, Especialista em Mídias na Educação pela Universidade Federal de Alagoas.

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EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA O REAPROVEITAMENTO DO LIXO

ORGÂNICO NA PROMOÇÃO DE COMPOSTAGEM EM UMA ESCOLA

PÚBLICA DE PETROLINA-PERNAMBUCO

Maria Raquel da Silva1 Lina Sheyla²

Sâmara Nelrye Carvalho de Oliveira³ Emanuel Victor Genovez4

Paulo Roberto Ramos5

A questão ambiental hoje é um tema que vem sendo discutido devido à degradação do meio

ambiente e suas consequências na qualidade de vida da população em geral. Observa-se que as

pessoas estão se informando sobre esse tema, mudando suas próprias atitudes e se engajando em

projetos ambientais, apesar da crescente degradação socioambiental em nível planetário. Um dos

problemas que preocupa a sociedade atualmente é a destinação final dos resíduos sólidos.

Pensando nisso que o Governo Federal instituiu pelo Decreto nº 5.940, de 26 de Outubro de

2006, sobre a Coleta Seletiva Solidária, enquanto ação que visa à implantação da coleta seletiva

em órgãos públicos da administração direta e indireta, com a doação dos resíduos para

associações e cooperativas de catadores. Os resíduos sólidos urbanos nas ultimas décadas têm

sido estudado no sentido de se obter opções e técnicas alternativas mais eficientes e seguras de

dispor tais resíduos no ambiente e torna-lo novamente útil. Uma das alternativas é o uso de

compostagem, a partir de técnicas de produção de adubo natural a partir de restos de alimento. O

objetivo deste trabalho foi promover a Educação Ambiental em uma escola pública do município

de Petrolina-PE, através da elaboração de composteira de material reciclado, e produção de

adubo orgânico com o uso dos restos de alimentos produzidos na escola, e Observar e registrar as

ações desenvolvidas no ambiente escolar. As atividades ocorreram a partir da realização de

Palestras informativas, exibição de slides e vídeo, recolhimento de material orgânico e recipiente

de plástico reciclado, produção e acompanhamento da Compostagem. Nesse sentido, o

reaproveitamento do lixo orgânico na Escola Anete Rolim em Petrolina-PE com uso de

Compostagem pôde ser vivenciada como uma maneira de reduzir a produção de resíduos sólidos

para os depósitos de lixo, contribuindo para a melhoria do meio ambiente e, simultaneamente, na

produção de adubo para uma horta desenvolvida na escola, mas também possibilitando a

promoção da Educação Ambiental dos envolvidos e a reflexão sobre a interdisciplinaridade e a

interdependência dos processos de coleta seletiva, reciclagem, compostagem e Educação

Ambiental. Pudemos perceber um grande interesse de alunos e professores sobre a temática e o engajamento nas atividades propostas.

Palavras-chave: Meio Ambiente Educação Ambiental, Compostagem.

1 Graduanda do curso de Engenharia Agrícola e Ambiental da UNIVASF.

² Graduanda do curso de Engenharia Agrícola e Ambiental da UNIVASF.

³ Graduanda do curso de Engenharia Agrícola e Ambiental da UNIVASF. 4

Graduando do curso de Engenharia Agrícola e Ambiental da UNIVASF. 5

Orientador Professor do Colegiado de Ciências Sociais da UNIVASF.

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COLETA SELETIVA E RECICLAGEM EM UMA ESCOLA

PÚBLICA DE PETROLINA-PERNAMBUCO

Sâmara Nelrye Carvalho de Oliveira1

Emanuel Victor Genovez1

Susi Ellen Costa Mota da Silva1 Maria Raquel da Silva1

Lina Sheilla Pires de Souza1

Paulo Roberto Ramos2

O problema do descarte do lixo está diretamente relacionado ao aumento crescente de sua

produção e à falta de locais adequados para a sua disposição. A vigorosa industrialização do

mundo moderno e a incorporação de novos hábitos de consumo na sociedade fizeram surgir o

problema das embalagens descartáveis não degradáveis e poluentes. São gerados cada vez mais

resíduos, principalmente plásticos tipo commodities, que são descartados inadequadamente no

meio ambiente. O gerenciamento da destinação dos resíduos urbanos é um conjunto de ações

normativas, operacionais, sociais, financeiras e de planejamento para disposição do lixo de forma

ambientalmente segura, utilizando tecnologias compatíveis com as realidades locais. A Educação

Ambiental deve ser entendida no sentido da educação para a mudança de comportamentos com

vista a sustentabilidade. Por meio dela trabalham-se informações e conhecimentos que possam

construir uma nova visão com base na prudência ambiental, justiça social e solidariedade

intergeracional. O objetivo deste trabalho foi promover oficinas de reciclagem e práticas

educativas de coleta seletiva em uma escola pública localizada no bairro Pedra Linda, no

município de Petrolina-PE. Foram realizadas atividades de oficinas de reciclagem de garrafas

Pets e rolos de papel higiênico, durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), de

14 a 21 de outubro. Os materiais utilizados nas atividades foram coletados pelos voluntários do

PEV, professores e alunos do Ensino Fundamental I e II. As atividades foram registradas através

de fotografias. As oficinas de reciclagem foram realizadas pelos os alunos com grande

entusiasmo, na confecção de diversos utensílios, como cofres de garrafas e personagens com rolo

de papel higiênico. Deduzimos que a realização das atividades, com a prática da coleta seletiva e

a oficina de reciclagem, foi satisfatória, despertando a atenção de alunos e professores para a importância de preservar e conservar o meio ambiente através de ações cotidianas e simples.

Palavras-chave: Coleta Seletiva, Reciclagem, Escola, Sustentabilidade.

1 Graduanda(o) em Engenharia Agrícola e Ambiental pela Universidade Federal do Vale do São Francisco -

UNIVASF - Integrante do Projeto Escola Verde – PEV. Contato: [email protected] 2 Orientador/Professor do Colegiado de Ciências Sociais, da Universidade do Vale do São Francisco -

UNIVASF/Coordenador do Projeto Escola Verde. Email: [email protected]

Page 54: ISBN: 978-85-60849-50-5 · e de diversas cidades nordestinas, tais como Feira de Santana-BA e Salvador-BA, São Raimundo Nonato-PI, Maceió-Al, Senhor do Bonfim-BA, além de caravanas

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DIAGNOSTICO DOS PROBLEMAS DE SANEAMENTO AMBIENTAL

EM ESCOLAS DO MUNICIPIO DE JUAZEIRO-BAHIA

Susi Ellen Costa Mota da Silva1

Isane Carine Guirra de Brito2 Adriana Silva Prado Pimentel3

Gaziela Lais Maia Carvalho dos Santos4 Paulo Roberto Ramos5

O acesso da população à rede de esgotos e a minimização de problemas ambientais são

fundamentais para garantir a qualidade de vida. Nas escolas, a existência de saneamento

ambiental no espaço interno e externo da escola é fundamental para o bem estar e qualidade do

processo ensino-aprendizagem. Esse trabalho teve como objetivo diagnosticar problemas

socioambientais de Saneamento Básico que afetam escolas públicas do Município de Juazeiro-

BA. Trata-se de uma pesquisa de campo, resultado de um recorte dos dados da pesquisa

desenvolvida pelo Projeto Escola Verde. Os dados foram coletados por meio de aplicação de

formulário, observações in loco e registros fotográficos. Foram visitadas nove escolas, cujos

nomes serão omitidos por questões éticas, de diferentes bairros e localidades socioeconômicas

distintas, a fim de se obter um perfil mais amplo das realidades das escolas. Dentre as escolas

pesquisadas apenas em três não foram diagnosticados problemas socioambientais diretamente

visíveis ou perceptíveis pelo entrevistado, em outra escola o pesquisado não soube responder.

Nas outras cinco escolas foram observados e informados problemas ambientais de saneamento

no interior e no entorno escolar. Pudemos constatar que na maioria das escolas existe o problema

de falta ou precariedade de saneamento básico, havendo inclusive presença de esgoto a céu

aberto, o que pode representar uma fonte de contaminação e transmissão de doenças, expondo,

sobretudo, alunos aos riscos de contaminação. Foi observado também que em uma escola existe

o problema de excesso de lixo produzido pela comunidade e destinação inadequada do mesmo.

Foram citados por duas escolas a presença de resíduos industriais e entulhos de construções

dentro e fora do prédio escolar. Todos estes problemas observados representam um desafio para

a Educação Ambiental, no sentido das políticas públicas de serviços de infraestrutura, mas

também para o envolvimento da comunidade no enfrentamento destes problemas.

Palavras-chave: Saneamento Ambiental, Escola e Educação Ambiental.

1 e 2

Graduanda em Engenharia Agrícola e Ambiental pela Universidade Federal do Vale do São Francisco –

UNIVASF. 3 e 4

Graduanda em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Vale do São Francisco – UNIVASF. 5

Orientador/Professor do colegiado de Ciências Sociais pela Universidade Federal do Vale do São Francisco –

UNIVASF/Coordenador do Projeto Escola Verde.

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LIMITAÇÕES DE USO DA ÁGUA DA LAGOA DO CALÚ, JUAZEIRO/BA,

SEGUNDO RESOLUÇÃO CONAMA 357/2005

Wyara Cordeiro Valença¹1 Ismara de Kassia Sousa Nascimento¹

Miriam Cleide Cavalcante de Amorim2

Erasmo de Oliveira de Carvalho Neto¹ Amélia Carvalho Faustino¹

Anderson Leandro do Nascimento¹

Na medida em que se torna mais intenso e diversificado o uso dos mananciais e de suas bacias

hidrográficas, maior é a necessidade de se definir formas de manejo sustentável e de gestão

ambiental destes ecossistemas. A Resolução CONAMA 357/2005 dispõe sobre a classificação

dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, isto é estabelecimento da

meta ou objetivo de qualidade da água (classe) a ser, obrigatoriamente, alcançado ou mantido em

um segmento de corpo de água, de acordo com os usos preponderantes pretendidos, ao longo do

tempo. Neste trabalho objetivou-se analisar e avaliar a qualidade da água superficial da Lagoa do

Calú (Juazeiro/BA), enquadrando-a nas classes de limitações de uso do CONAMA 357/05,

segundo seus usos preponderantes. A Lagoa do Calú está localizada no bairro Alto da Maravilha

da cidade de Juazeiro/Ba, loteada pela BR 407, com área de aproximadamente 8.258,40 m². Com

o intuito de visualizar espacialmente os resultados e identificar áreas de possíveis impactos ao

manancial, foram escolhidos três pontos distintos de amostragem, sendo um em cada

extremidade da lagoa (Ponto 1 e 3) e um no meio (Ponto 2), a fim de obter uma melhor

representatividade. Os parâmetros analisados foram: Escherichia Coli (E. Coli); demanda

bioquímica de oxigênio (DBO) e condutividade elétrica (CE) nos três pontos de amostragem por

três semanas consecutivas. Os resultados indicaram presença de E. Coli apenas na primeira

semana e no ponto de amostragem 3. Os demais pontos e demais coletas não apresentaram E.

Coli. Os valores obtidos de DBO em mg/L encontrados foram: Ponto 1: 9,80; 8,20 e 2,70; Ponto

2: 8,00 ; 1,60 e 4,10; Ponto 3: 4,50 e 6,80, não sendo possível a medição na terceira amostragem

devido a problemas de leitura do aparelho. Os valores de CE em dS/m foram Ponto 1: 127,45 ;

197,41 e 119,05; Ponto 2: 198,50 ; 196,85 e 207,45; Ponto 3: 191,40 ; 202,30 e 208,45. Assim,

de acordo com os valores dos parâmetros obtidos nas amostragens e pela resolução CONAMA

357/05 as águas da Lagoa do Calú poderão enquadrar-se em águas doces de Classe 3, que podem

ser destinadas ao abastecimento humano, após tratamento convencional ou avançado; à irrigação

de culturas, cerealíferas e forrageiras; à pesca amadora; à recreação de contato secundário; e à

dessedentação de animais. Os baixos valores de DBO indicam baixos teores de matéria orgânica

e consequentemente infere na ausência de lançamento de efluentes de origem doméstica na

lagoa.

Palavras-chave: enquadramento, qualidade da água, CONAMA.

1 Graduando em Engenharia Agrícola e Ambiental pela Universidade Federal do Vale do São Francisco.

2 Professora do Colegiado de Engenharia Agrícola e Ambiental da UNIVASF.

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Anais do 1º Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar

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PET CONEXÕES DE SABERES SANEAMENTO AMBIENTAL: UM

DIAGNÓSTICO DA DRENAGEM URBANA DE ÁGUAS PLUVIAIS EM

TORNO DA LAGOA DO CALÚ, JUAZEIRO-BAHIA

Bábiton Leone de Oliveira Herculano1 Wyara Cordeiro Valença1

Idiana Rodrigues1 Miriam Cleide Cavalcante de Amorim2

O PET Conexões de Saberes: Saneamento Ambiental é um programa de educação tutorial

desenvolvido no curso de Engenharia Agrícola e Ambiental da Universidade Federal do Vale do

São Francisco (UNIVASF) com proposta de buscar o empoderamento de comunidades da cidade

de Juazeiro-BA, no que tange a valorização e o uso adequado dos serviços de saneamento básico,

reforçando a responsabilidade social e a cidadania dos envolvidos. A lei nº 11.445, de 5 de

janeiro de 2007, define drenagem e manejo de águas pluviais como sendo o conjunto de

atividades, infraestrutura e instalações operacionais de drenagem urbana de águas pluviais, de

transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de vazão de cheias, tratamento e

disposição final de águas pluviais drenadas nas áreas urbanas. O sistema tradicional de drenagem

urbana compõe-se por dois sistemas distintos que devem ser planejados e projetados sob critérios

diferenciados: o Sistema de Microdrenagem e o Sistema de Macrodrenagem. Devido o aumento

do crescimento urbano desenfreado, a drenagem urbana relacionada ao mecanismo do

saneamento básico, se torna imprescindível para que este não venha a interferir no

desenvolvimento de uma cidade. Dessa forma, o presente trabalho foi desenvolvido no âmbito do

PET Conexões de Saberes Saneamento Ambiental objetivando obter um diagnóstico da

drenagem de águas pluviais na Lagoa do Calú em Juazeiro/BA, a fim de identificar os elementos

e dispositivos de micro e macrodrenagem. O Parque Municipal da Lagoa do Calú está localizado

no bairro Alto da Maravilha da cidade de Juazeiro/BA, loteada pela BR 407, com

aproximadamente 8.258,40m² de área, situado nas coordenadas geográficas entre 9°25'29"S e

40°30'5"W. O diagnóstico realizado através de verificação in loco, permitiu observar a

predominância da existência das estruturas de microdrenagem, podendo ser observada a

macrodrenagem no entorno da lagoa. Os elementos de microdrenagem identificados foram

compostos por sarjetas ou calhas coletoras e condutoras de água de chuva; bocas de lobo

localizadas nas sarjetas; sendo possível perceber que a declividade do terreno favorece o

escoamento de águas pluviais ao redor de toda a lagoa. As estruturas de macrodrenagem

correspondem à rede de drenagem natural, sendo identificado o canal de água pluvial no entorno

da lagoa e que atua no direcionamento para o transporte de águas pluviais provenientes para as

galerias e para as boca de lobo dentro da lagoa. A Lagoa do Calú foi revitalizada e hoje é

abastecida pelas águas pluviais, funcionando como um sistema de macro e microdrenagem.

Palavras-chave: saneamento básico, drenagem urbana, macrodrenagem e microdrenagem.

1 Graduando em Engenharia Agrícola e Ambiental pela Universidade Federal do Vale do São Francisco.

2 Tutora do PET Conexões de Saberes: Saneamento Ambiental, professora do Colegiado de Engenharia Agrícola e

Ambiental da UNIVASF.

Page 57: ISBN: 978-85-60849-50-5 · e de diversas cidades nordestinas, tais como Feira de Santana-BA e Salvador-BA, São Raimundo Nonato-PI, Maceió-Al, Senhor do Bonfim-BA, além de caravanas

Anais do 1º Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar

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AVALIAÇÃO DA ARBORIZAÇÃO EM CINCO ESCOLAS DO

MUNICÍPIO DE JUAZEIRO-BAHIA

Isane Carine Guirra de Brito1 Susi Ellen Costa Mota da Silva2

Adriana Silva Prado Pimentel3 Gaziela Lais Maia Carvalho dos Santos4

Sâmara Nelrye Carvalho de Oliveira5 Paulo Roberto Ramos6

A arborização se relaciona diretamente com a melhoria na qualidade de vida, tendo relação direta

na melhoria o microclima; na qualidade do ar; na minimização dos níveis de ruídos produzidos

pelo trânsito e pelos transeuntes, além de proporcionar conforto térmico por meio de

sombreamento. Sua presença em ambientes escolares é de fundamental importância no incentivo

a Educação Ambiental (EA), pois com o contato direto com elementos da natureza colabora

diretamente na reflexão das questões socioambientais. Objetivou-se nesse trabalho analisar as

características e as necessidades de arborização de cinco escolas do município de Juazeiro, com

intuído de promover a EA. Esse trabalho é parte das atividades de pesquisa e extensivas

realizadas no Projeto Escola Verde. Foi realizado coleta de dados por meio de formulários

aplicados junto a coordenadores e gestores das escolas visitadas. O formulário investigava a

existência de área verde na escola, a essa área verde era atribuída uma nota entre 0 e 10, bem

como era observada também a necessidade da escola ser arborizada. Todas as etapas foram

registradas por meio de fotografias. Observamos que, das escolas analisadas, nenhuma escola

apresentou área com vegetação suficiente para ser considerada satisfatória. A média das notas

atribuídas à arborização foi de 3 (três) sendo muito baixa, numa escala de 0 a 10. O levantamento

realizado mostra que das 5 escolas avaliadas, apenas 3 possuíam área verde considerada parcial,

e o restante não possuía nenhum tipo de área verde. Esta situação indica uma dificuldade na

promoção da EA no sentido do contato e experiência com as plantas. A carência de área verde

significa um ambiente menos agradável aos alunos pela falta de sombreamento e frescor

proporcionado pelas arvores. Deduzimos, então, que são necessárias ações socioambientais que

incentivem o plantio de árvores nos espaços escolares e em junto as comunidades, para melhoria

na qualidade de vida.

Palavras-chave: Arborização, Educação Ambiental, Escola.

1 , 2 e 5

Graduanda em Engenharia Agrícola e Ambiental pela Universidade Federal do Vale do São Francisco. 3 e 4

Graduanda em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Vale do São Francisco. 6

Orientador/Professor do colegiado de Ciências Sociais pela Universidade Federal do Vale do São Francisco.

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UTILIZAÇÃO DE REDES DE INTERAÇÃO PARA AVALIAÇÃO DE

IMPACTOS AMBIENTAIS DE ATIVIDADES MINERADORAS

DESTINADAS À OBTENÇÃO DE COBRE

Hélio Cardoso Martim1

Vivianni Marques Leite dos Santos2

O acelerado crescimento populacional e tecnológico resulta em novos produtos e consumo de

recursos naturais finitos, de modo que o desenvolvimento deve ser planejado e monitorado com

vistas a garantia da sobrevivência das gerações futuras. Neste cenário, as atividades de

mineração constituem uma necessidade para atendimento as demandas de sobrevivência da

humanidade, entretanto deve-se buscar continuamente a prática de propostas mitigadoras dos

impactos ambientais oriundos deste tipo de atividade. O objetivo deste trabalho foi avaliar os

impactos ambientais decorrentes de atividades de mineração destinadas à obtenção de cobre para

diagnóstico de impactos e busca por propostas mitigadoras daqueles impactos negativos. Para

esta finalidade foram estudados processos hidromelúrgicos, como lixiviação e biolixiviação,

relacionados à extração de cobre. A consolidação deste estudo foi alcançada por meio de visita

técnica à Mineração Caraíba S.A. (MCSA) para identificação dos processos envolvidos na

obtenção de cobre desde a extração do minério até a obtenção das placas de cobre aptas à

comercialização. O detalhamento das etapas deste processo foi realizado juntamente com a

confecção de um fluxograma geral do processo produtivo, o qual foi de fundamental importância

na avaliação dos impactos ambientais. Para esta avaliação foi utilizada a metodologia de redes de

interação que tem como característica principal a identificação dos impactos indiretos e

sinergéticos (secundários), os quais são subsequentes aos impactos principais. Desse modo foi

possível identificar as principais atividades impactantes, bem como os efeitos em nível primário,

secundário e terciário destas atividades. Embora muitas medidas de contenção destes impactos

negativos já sejam executadas pela referida mineradora, a realização deste estudo permitiu

diagnóstico atualizados dos impactos oriundos da empresa e elaboração de propostas mitigadoras

dos impactos ambientais negativos avaliados que podem ser empregadas não só na mineração de

cobre, como também em quaisquer outras atividades mineradoras, como o plantio de árvores

para atenuar os impactos visuais, realização de projetos sócio/ambientais, utilização de técnicas

de biolixiviação para recuperação de solos e o tratamento de resíduos gerados como forma de

evitar o decaimento da qualidade de recursos hídricos e atmosféricos que propiciam impactos

posteriores á fauna, flora e ao meio antrópico. Nesse contexto a realização do presente estudo

pode ser visto como uma contribuição para conscientização ambiental e desenvolvimento com

conservação dos recursos naturais.

Palavras-chave: Impactos ambientais, Redes de interação, Mineração.

1 Graduando em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal do Vale do São Francisco.

2 Docente do Colegiado Acadêmico do Curso de Engenharia de Produção da Universidade Federal do Vale do São

Francisco.

Page 59: ISBN: 978-85-60849-50-5 · e de diversas cidades nordestinas, tais como Feira de Santana-BA e Salvador-BA, São Raimundo Nonato-PI, Maceió-Al, Senhor do Bonfim-BA, além de caravanas

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CONTROVÉRSIA BIOLÓGICA: NORDESTE EM LABORATÓRIO

Eduardo Neves Rocha de Brito1

Este trabalho é uma tentativa de expandir o campo de estudos das Ciências Sociais no Vale do

São Francisco. Uma proposta interdisciplinar que pretende problematizar mais de 200 anos de

dicotomias cartesianas e hegemonia das hard sciences nos estudos sobre meio ambiente. No ano

de 2007, houve o primeiro contato entre o Ministério da Integração Nacional e Professores da

UNIVASF, que visava soluções para os problemas advindos do Projeto de Integração do São

Francisco. A partir desta iniciativa consolidou o Centro de Conservação e Manejo de Fauna

Caatinga – CEMAFAUNA. Este centro visa atender os objetivos e atingir as metas propostas

pelo PBA-23. Desta forma, aqueles socialmente legitimados para fazer este “manejo” entre

Estado e Sociedade Civil – cientistas – iniciaram um advento que trouxe uma nova cosmologia

sobre o Nordeste, com a intenção de minimizar os danos do PAC, mas transpondo o Nordeste

para um laboratório, ou seja, manuseando todo um agregado biológico, político e ideológico que

daria uma nova roupagem a este bioma.A confiança nas ciências empíricas é um traço marcante

da cosmologia moderna ocidental.A construção dos fatos científicos, abordados na obra de

Michel Foucault, Bruno Latour, Tim Ingold, entre outros, mostram como ciência subsidiou

iniciativas, seja privada ou governamental, de contato entre Estado e Sociedade Civil. A

principal problemática desse trabalho será descrever quais são os atores humanos e não humanos

envolvidos na construção dos fatos científicos; como estes fatos legitimar uma investida estatal e

como a antropologia passou a ser uma eficiente “ferramenta” para estudar a ciência nas

sociedades complexas. Especialmente, comoa transposição do Rio São Francisco consolidou um

modelo de dominação cientificista que é reproduzida para os incontáveis meandros da

sociedade.Identificar na trajetória científica quais são as forças motrizes evocadas para a

construção dos fatos, bem como descrever e analisar os procedimentos estatais mediados pela

ciência, por fim, expor uma produção científica frutos de um projeto interdisciplinar.Este estudo

pressupõe, via etnografia, refazer os caminhos dos cientistas,de forma genealógica, comparar

estes dados e analisa-los a fim de restabelecer as redes de interação do modo mais amplo

possível.Trata-se de um estudo em fase inicial, por isso não tem resultados.

Palavras-chave: Ciência. Estado. Biologia. Rio São Francisco. Antropologia da Ciência.

1 Aluno do curso de Graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Vale do São Francisco –

UNIVASF, Bolsista de Iniciação Científica, CNPq.

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DIAGNÓSTICO E PREVISÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS DOS

RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO EM PETROLINA

Átila Almeida Rios de Assunção1 Leonardo Guimarães dos Santos¹

Vivianni Marques Leite dos Santos2

O surgimento do conceito de desenvolvimento sustentável possibilitou o fortalecimento das

legislações sobre resíduos sólidos. Dentre seus vários tipos, existem os resíduos de construção e

demolição, gerados em grande quantidade por conta do desenvolvimento tecnológico e

crescimento populacional, refletindo significativamente na construção civil. Desde então,

pesquisas mostraram que a reciclagem de RCD é possível, podendo ser aplicados tanto como

agregados em argamassas e concretos, como em pavimentações na produção de blocos. O setor

da construção civil é responsável por grande uso de recursos naturais – e seu desperdício também

– portanto deve ser o setor que mais deve ser gerenciado. Infelizmente até esta data ainda se

constata a deposição incorreta por parte das construtoras e reformas domiciliares que provoca

vários tipos de impactos ambientais. Desta forma, é necessário não só o conhecimento de sua

cadeia produtiva, mas também a sua gestão diferenciada, criando uma conscientização do

Estado, empresas e população. A reciclagem dos resíduos apresenta vantagens sociais,

econômicas e ambientais, que estimulou a implantação de usinas de tratamento e reciclagem por

todo o país, a exemplo da CTR Petrolina, que além de ser um aterro controlado, contém uma

usina de beneficiamento capaz de transformar o resíduo em agregados usados na produção de

blocos de concreto, e estes utilizados na pavimentação de obras públicas pela cidade. Este

projeto tem como principais objetivos, a avaliação de impactos ambientais provenientes desses

resíduos, bem como um diagnóstico da geração atual da cidade, a fim de se inferir propostas para

seu melhoramento, contribuindo para o funcionamento da usina e ainda para conscientização de

empresas e população. Inicialmente foram realizadas visitas as Secretaria de Obras Públicas,

Prefeitura Municipal e Compesa, onde foram coletados alvarás, Lei de Obras, Lei de Posturas,

Plano Diretor de Petrolina, e ainda fotos e relatórios de impactos ambientais de alguns bairros.

Uma construção já foi analisada, e constatou-se a não existência de um projeto de gerenciamento

de resíduos, não havendo uma separação rigorosa dos seus tipos. Ainda estão sendo analisadas

outras obras, aplicando-se questionários sobre a gestão que cada uma adote. Também serão

apresentados dados sobre a demanda da CTR Petrolina, pontos irregulares de deposição final,

composição geral, classificação e esquematização dos processos de reciclagem. Com base no

quantitativo de obras anual e na quantidade de RCD gerada e reciclada espera-se prever o

quantitativo destes resíduos nos próximos anos em função do aquecimento da construção civil

em Petrolina no nível de conscientização atual.

Palavras-chave: Desenvolvimento sustentável, resíduos de construção e demolição, gestão

ambiental, impactos ambientais.

1 Graduando em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Vale do São Francisco.

2 Docente do Colegiado Acadêmico do Curso de Engenharia de Produção da Universidade Federal do Vale do São

Francisco.

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MOBILIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL INTERDISCIPLINAR

NA PROMOÇAO DE UM EVENTO NO VALE DO SÃO FRANCISCO

Francelita Coelho Castro1

Andreina Lígia Pinto da Silva² Paulo Roberto Ramos3

A divulgação das características e importância da Educação Ambiental se constitui em um

elemento fundamental para mobilização social e mudanças de ideias e valores estabelecidos, a

partir da veiculação de conteúdos transversais e interdisciplinares. Uma das possibilidades de

vivencia da interdisciplinaridade e de mobilização social em torno da questão socioambiental é

através da realização de eventos que envolvam a temática ambiental de forma interdisciplinar. O

objetivo deste trabalho foi acompanhar e analisar os processos de capacitação da equipe do

Projeto Escola Verde e de mobilização social para a realização do 1º Workshop de Educação

Ambiental Interdisciplinar, que será realizado na Univasf/Petrolina, em dezembro de 2012.

Durante os 6 meses que antecederam o evento ocorreram capacitações da equipe do PEV, como

a 1ª Conferencia Regional de Educação Ambiental Interdisciplinar (CREAI), 2 minicursos, além

de reuniões semanais para discussão e encaminhamento das atividades do PEV, divulgação da

mídia local e nacional do evento, distribuição de material informativo do eventos nas escolas e

instituições de ensino fundamental, médio e superior da região. Os resultados coletados são

parciais, pois até o momento de realização deste resumo, as inscrições do evento ainda estavam

sendo realizadas. Os dados preliminares apontam um grande engajamento e participação tanto da

equipe do PEV na mobilização e organização do evento, mas também da população, professores

e alunos das escolas da região, na receptividade ao evento e realização de inscrições no mesmo.

Pudemos observar que o evento possui uma previsão de carga horária total de 40 hs, com

realização de desfile de roupas de material reciclado, 4 palestras, 16 Stands de instituições

expositoras de produtos e serviços, 7 minicursos, 3 peças teatrais, 1 grupo de dança, 2 cantores,

exibição de filmes 8 Mesas Redondas, dezenas de apresentações orais e exposições de banners, 9

Oficinas e visitas técnicas em 3 instituições ambientalistas da região. Até o dia 29 de novembro

(limite para submissão de resumos) haviam aproximadamente 400 inscritos no evento. Todos

estes dados apontam um mobilização social intensa na realização do evento para discutir a

problemática socioambiental, possivelmente por ser o primeiro evento sobre a temática que a

Univasf realiza em 8 anos de existência e um dos raros que ocorrem na região, tão carente deste

tipo de articulação e discussão.

Palavras-chave: Educação Ambiental; trabalho de divulgação; Projeto escola verde; currículos

escolares.

1 Graduanda em Geografia pela Universidade de Pernambuco – Campus Petrolina.

2 Graduanda em Administração pela UNIESB. Especializada em Recursos Humanos pela FAM.

³ Professor/Orientador. Colegiado de Ciências Sociais da UNIVASF.

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EDUCAÇAO AMBIENTAL ATRAVÉS DO USO DE GARRAFAS PET’S E

ÁGUA DE AR CONDICIONADO NA PRODUÇÃO DE HORTAS,

EM UMA ESCOLA PÚBLICA DE JUAZEIRO-BAHIA

Vagner Deniz Clemente Campos1 João Miguel S. Mendes¹

Priscila Helena Machado¹ Paulo Roberto Ramos2

Cuidar do meio ambiente é responsabilidade de todos e a escola é um local favorável ao processo

holístico na Educação Ambiental (EA), a qual vem sendo aceita, nos últimos anos, no sentido de

educação para o desenvolvimento sustentável ou de educação para a sustentabilidade. A partir

desta compreensão foi realizado na escola Guiomar Lustosa, em Juazeiro-BA, um processo de

mobilização escolar para a elaboração de horta pedagógica com reutilização da água do ar

condicionado da escola, com o intuito de levar conscientização pelo tema para a escola e a

importância disso no meio ambiente. Atualmente percebe-se que a sociedade está debatendo a

importância de um ambiente ecologicamente equilibrado, repercutindo no bom aceitamento de

alternativas sustentáveis e de baixo custo, como a horta pedagógica com reaproveitamento da

água, proporcionando inúmeros benefícios para a comunidade escolar. Para realização do

presente trabalho foram utilizados alguns materiais como Durepoxi, 2m de Mangueira, Arame e

Garrafas Pets. Após montagem da horta foi analisado se a pressão exercida pela água por meio

de gravidade seria o suficiente para que molhasse todas as garrafas Pets da horta. Foi colocada na

saída da mangueira do ar condicionado uma garrafa, a qual acumula essa água que seria

desperdiçada para posteriormente ser distribuída por todas as garrafas da horta, num processo

automático e contínuo. Notamos que, por conta da força da gravidade, depois de cheia a garrafa

que recebe a água do ar condicionado, ocorre uma distribuição uniforme por toda horta e

reaproveitamento integral da água que seria jogada no ambiente sem qualquer utilização prática

para reciclagem. Pudemos observar que com a conclusão e o bom desenvolvimento da atividade,

foi despertada a curiosidade e a vontade nos alunos de estarem fazendo experiência em casa para

a reutilização da água; promovendo, assim, ações de preservação de meio ambiente, Educação

Ambiental e reciclagem da água.

Palavras-chave: Escola, Água, Reciclagem, Meio Ambiente, Horta Escolar.

1 Graduando(a)s em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal do Vale do São Francisco.

2 Orientador/Professor Doutor do Colegiado de Ciências Sociais, da Universidade Federal do Vale do São Francisco.

E-mail: [email protected].

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AVALIAÇÃO DA DISPONIBILIDADE DE Pb E Cu NOS SEDIMENTOS

DO RIO SÃO FRANCISCO JUAZEIRO-BAHIA

E PETROLINA-PERNAMBUCO

Kaíque Mesquita Cardoso1 Vanessa de Souza Santos2 Ariane Oliveira da Silva2

Yane A. Mesquita Luz3 José Soares dos Santos4

Maria Lúcia Pires dos Santos4

Alguns elementos tóxicos ocorrem de forma natural no meio ambiente, contudo, algumas

atividades humanas vêm contribuindo de maneira efetiva no aumento desses contaminantes em

distintos ecossistemas, provocando assim, degradação dos recursos naturais. Essa degradação

ocasiona problemas socioambientais devido a perda de qualidade dos recursos hídricos e dos

solos disponíveis para a agricultura local. Neste contexto, as águas do Rio São Francisco são

bases de subsistência para com a população local, utilizadas como fonte de irrigação para a

agricultura. Este trabalho tem como objetivo a avaliação da disponibilidade de Chumbo (Pb) e

Cobre (Cu) nos sedimentos do Rio São Francisco, ao passo que, esses elementos nos sedimentos

poderão ser disponibilizados para a coluna d’água do rio. Tal contaminação poderá atingir a

sociedade tanto de maneira direta quanto indireta, provocando efeitos ambientais, econômicos e

sociais. As coletas dos sedimentos do rio foram realizadas em julho do ano de 2012. Foram

escolhidos um total de doze pontos, os quais subdivididos em seis pontos localizados na região

de Juazeiro/BA e seis na região de Petrolina/PE. As amostras foram condicionadas em sacos

plásticos e mantidas à temperatura de 0ºC. No laboratório foram secas em estufa à 60ºC. As

determinações dos metais foram realizadas por espectrometria de absorção atômica acoplado

com forno de grafite (GF AAS), nas amostras digeridas de acordo com o método (EPA 3051).

Os resultados das amostras apresentaram valores médios de 4,916 mg Kg-1

para o Pb e de 3,456

mg Kg-1

para o Cu. Observou-se que os pontos oriundos da região de Petrolina-PE apresentaram

os maiores teores destes dois elementos, 6,380 mg Kg-1

de Pb e 7,386 mg Kg-1

de Cu. Os

menores valores de concentração para o Pb (2, 850 mg Kg-1

) foram encontrados em Juazeiro-Ba

e para o Cu (0,775 mg Kg-1

) em Petrolina-PE . Entretanto, nenhum dos valores superou os

limites de classificações dos níveis dos poluentes encontrados em unidade de material seco

segundo a RESOLUÇÃO CONAMA nº 344, de 25 de março de 2004. Todavia é intrigante os

teores aumentados da disponibilidade do Pb e Cu na cidade de Petrolina-Pe, o que aponta para a

necessidade de estudos mais detalhados para uma avaliação das atividades que vêm causando

esse aumento.

Palavras-chave: Metais pesados, sedimento, Rio São Francisco, GFAAS.

1 Graduando em Engenharia Florestal pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. E-mail:

[email protected]. 2 Pós-Graduanda em Química Analítica e Ambiental pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. E-mail:

[email protected], [email protected] 3 Pós-Graduanda em Genética, Biodiversidade e Conservação pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. E-

mail: [email protected] 4 Pesquisador(a) na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. E-mail: [email protected],

[email protected]

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RESÍDUOS DO GESSO DE CONSTRUÇÃO:

AUSÊNCIA DE POLÍTICA PÚBLICA PARA SUA RECICLAGEM

Sayonara Maria de Moraes Pinheiro1

Gladis Camarini2

Os resíduos gerados pela cadeia produtiva da construção civil comprometem a sustentabilidade

do setor, acarretando danos ambientais, sociais e econômicos. No Brasil, somente na atividade de

construção e demolição o volume de resíduos alcança valores superiores a 50% do volume de

resíduos urbanos. Entre os resíduos gerados nesta cadeia produtiva, encontra-se o resíduo de

gesso, cujo volume gerado pode alcançar valores correspondentes a 5% do volume de resíduos

de construção e demolição. O resíduo de gesso é classificado pela NBR 10.004:2004 como

material não inerte, altamente solúvel, não desejável nos aterros sanitários, devido à liberação de

gás sulfídrico e dióxido de enxofre, exigindo cuidados especiais para sua disposição final. Em

decorrência dessas características, o resíduo de gesso de construção é classificado como Classe B

pela Resolução 307-2002 e 431-2011 do CONAMA, e deve ser encaminhado à reciclagem

específica. Medidas legais e pesquisas técnicas estão sendo desenvolvidas, entretanto encontram

dificuldades para serem implantadas. Neste sentido, o objetivo deste estudo foi elaborar um

diagnóstico da geração do resíduo de gesso ao longo da sua cadeia produtiva, identificando as

fontes geradoras, os tipos de resíduos gerados, o impacto ambiental e as legislações pertinentes.

A metodologia aplicada foi constituída de um levantamento de dados por meio de revisão

bibliográfica e visita aos setores da cadeia produtiva, desde a extração do minério até o setor de

construção. Os dados levantados registraram a geração de resíduos ao longo de toda a cadeia

produtiva, constituídos basicamente de sulfatos de cálcio di-hidratados e hemi-hidratados na

forma granular e pulverulenta, contribuindo para a contaminação do solo, do lençol freático e

degradação do ambiente no entorno do setor de produção. As legislações pertinentes encontradas

foram: (i) a Lei Nº 6.938/81, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, onde

estabelece a necessidade do Licenciamento Ambiental para funcionamento dos setores de

extração do minério, produção do gesso, e produção de componentes, bem como estabelece a

responsabilidade pelo resíduo gerado em suas atividades mesmo após sua disposição final e (ii) a

Resolução 307-2002 e 431-2011 do CONAMA, específica para os resíduos do setor de

construção e demolição (RCD). A Resolução 307-2002 do CONAMA estabelece as diretrizes

para o gerenciamento do RCD que deve ser implantado em parceria entre os setores produtivos

(construtoras) e o poder público (as Prefeituras Municipais). Entretanto, nenhuma medida ainda

foi estabelecida em relação ao resíduo de gesso, sendo frequente encontra-lo junto aos demais

resíduos de construção e dispostos, geralmente, em áreas irregulares.

Palavras-chave: Resíduo, Gesso, Gerenciamento, Políticas Públicas.

1 Prof.ª Drª em Engenharia Civil do CCIVIL da Universidade Federal do Vale do São Francisco.

2 Prof.ª Drª em Engenharia Civil da FEC da Universidade Estadual de Campinas.

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ARTICULAÇÕES PARA FORMAÇÃO DO COMITÊ

EM DEFESA DO MEIO AMBIENTE

E DA CIDADANIA NA CIDADE DE MONTEIRO-PARAÍBA

Andressa Soares da Silva1

Artur Alan Martins de Oliveira1 Bruna Dayane Alves Diniz1

Jéssica Maria de Sousa1

Kássia Dyjeane Leal Félix1

Iracira José da Costa Ribeiro2

Este trabalho identificará as ações e iniciativas para a formação de um Comitê em Defesa do

Meio Ambiente e da Cidadania, no município de Monteiro, no cariri paraibano. O mesmo está

sendo desenvolvido pelo Programa Transposição Sustentável: Educação Socioambiental e

Cidadania (PROEXT/MEC 2011), com atuação dos bolsistas deste programa, coordenado pelo

Professor Dimas Brasileiro Veras e com a participação da sociedade em geral. A preocupação

em preservar o meio ambiente e melhorar a qualidade de vida da sociedade, são temas discutidos

há bastante tempo. Atualmente, diante de um contexto marcado pela degradação do meio

ambiente, que vem sendo ocasionado de maneira natural ou por meio de ações humanas, onde

cada vez mais acarreta graves consequências à sociedade, comprometendo a saúde e o bem estar

de todos, faz-se necessário a integração de cada grupo interessado na busca pela proteção da

integridade global do meio ambiente e no engajamento em prol da qualidade de vida. Segundo

Caroline Faria (2008), o projeto de Integração do Rio São Francisco com as Bacias do Nordeste

Setentrional é um assunto bastante polêmico, pois ao passo que sugere a tentativa de solucionar o

problema da seca, que há muito afeta as populações do semiárido brasileiro, ao mesmo tempo, se

mostra como um projeto delicado do ponto de vista ambiental, já que poderá afetar um dos rios

mais importantes do Brasil. Tendo como base os anúncios do Governo Federal sobre a

continuidade nas obras da transposição do Rio São Francisco neste ano de 2012 e com debates

sobre os impactos e os benefícios que este projeto poderia trazer para o Nordeste, o programa

teve a iniciativa de apoiar a formação de um comitê que visa discutir sobre as problemáticas

ambientais e sociais que se fazem urgentes. Diante dos aspectos citados, demos início à

realização das reuniões de formação do comitê, estas eram realizadas mensalmente. Nelas

tratamos de diversos temas relacionados tanto à preservação do meio ambiente, como também

aos possíveis benefícios e impactos do projeto de transposição para o município de Monteiro.

Tratou-se ainda dos pré-requisitos necessários para que a cidade pudesse de fato receber o eixo

da transposição, conforme o projeto. As reuniões são de suma importância para mostrarmos as

propostas do comitê, entretanto, apresentaram-se alguns problemas, como a falta de

compromisso dos lideres e autoridades, para com o mesmo.

Palavras-chave: cidadania; comitê; educação; meio ambiente.

1 Graduando(a) do Curso de Tecnologia em Construção de Edifícios - IFPB, Bolsista do Programa de Extensão

Transposição Sustentável, e-mails: [email protected], [email protected],

[email protected], [email protected], [email protected] 2

Professor do Instituo Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB). Mestre em Engenharia civil na

Universidade Federal da Paraíba - UFPB, e-mail: [email protected]

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ASSENTAMENTO SÃO FRANCISCO EM PETROLINA/PE:

UMA VISÃO DA QUESTÃO AMBIENTAL

Adriana Soely André de Souza Melo1 Saullo André de Souza Leite Melo2

Josemar da Silva Martins3

A temática ambiental vem se juntar às questões da reforma agrária visto que se fazem

necessários que o social e o ecológico estejam inclusos nas questões epistemológicas e políticas.

Conforme Castanho Filho (1986) são problemas permeáveis, com fundamentos nas questões

agrárias e ambientais, originados no padrão de desenvolvimento capitalista agravado pela

pobreza e exploração dos recursos naturais. Juntamente com as questões agrárias, adicionam-se,

fatores como o desmatamento, poluição do ar e da água, contaminação do solo através do uso de

agrotóxicos que levam a extinção das espécies vegetais e animais, esgotando os recursos naturais

e potencializando o processo de desertificações (Araújo, 2010). Respondeu-se ao seguinte

questionamento: como se articulam as questões ambientais no Assentamento São Francisco?

Objetivou-se identificar os problemas ambientais existentes na comunidade que mesmo após 15

anos da conquista da terra, necessita de uma base discursiva e prática na relação sociedade-

natureza. Fundamentou-se na pesquisa bibliográfica contemporânea sobre a temática e na

pesquisa de base qualitativa, através de observações diretas, conversas informais e entrevistas

abertas. Registrou-se questões cruciais de cunho socioambiental no assentamento: falta de

irrigação em local adequado para o cultivo, falta de água com tratamento básico para o consumo

humano; desmatamento de área destinada à preservação ambiental, ausência de programa de

reciclagem e educação ambiental; falta de controle do desmatamento na área de reserva legal e

descumprimento das propostas iniciais de implantação do assentamento pelo INCRA.

Concluímos que as questões agrárias e ambientais estão ligadas e carecem de políticas públicas

que visem melhorar a qualidade de vida das pessoas residentes nos assentamentos rurais. Os

dados apresentados sugerem a existência de pouco conhecimento local sobre o planejamento

ambiental, visualizada também no contexto geral da reforma agrária. É preciso que se adotem

posturas em relação ao ambiente em que vivem através dos princípios de sustentabilidade, pois

tanto os grupos humanos quanto os ecossistemas estão sujeitos às ações desordenadas e merecem

atenção dos órgãos públicos, para melhoria nas questões ambientais.

Palavras-chave: cidadania; comitê; educação; meio ambiente.

1 Mestranda em Ecologia Humana e Gestão Socioambiental pela Universidade do Estado da Bahia.

2 Graduando em Engenharia Agronômica pela Universidade do Estado da Bahia.

3 Doutor em Educação. Professor do DCH III e PPGEcoh – UNEB Campus VIII.