Isadora Forte Barros. Um Protótipo de Ferramenta para Assessorar o Professor na criação do Plano...

download Isadora Forte Barros. Um Protótipo de Ferramenta para Assessorar o Professor na criação do Plano de Aula. 2014. Trabalho de Conclusão de Curso. (Graduação em Ciência da Computação)

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Este trabalho descreve a concepção e avaliação de um Sistema de Informação que permite realizar o planejamento educacional e visa uma integração com elementos do Learning Design. Para projetar tal sistema o design seguiu corrente Human-Centered Design com aplicação de técnicas de escuta, criação e implementação. Incluiu-se uma ampla comparação com sistemas existentes no mercado também voltados para o planejamento de aulas. A validação de protótipos do sistema foi feita utilizando a técnica de paper prototyping com usuários-professores. Os resultados mostram um bom grau de aceitação e apontam para ajustes da versão final do sistema.

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  • Universidade Federal de PernambucoCentro de Informtica

    Graduao em Cincia da Computao

  • ii

    Um Prottipo de Ferramenta paraAssessorar o Professor na Criao do

    Plano de Aula

    Isadora Forte Barros

    Trabalho de Graduao

    Recife18 de agosto de 2014

  • Universidade Federal de PernambucoCentro de Informtica

    Isadora Forte Barros

    Um Prottipo de Ferramenta para Assessorar o Professor naCriao do Plano de Aula

    Trabalho apresentado ao Programa de Graduao em Ci-ncia da Computao do Centro de Informtica da Univer-sidade Federal de Pernambuco como requisito parcial paraobteno do grau de Bacharel em Cincia da Computao.

    Orientador: Prof. Dr. Alex Sandro Gomes

    Recife18 de agosto de 2014

  • Aos meus pais, meus professores mais dedicados.

  • Agradecimentos

    Aos meus companheiros de equipe da disciplina de Engenharia de Software Educativo Alexan-dre Ferreira, Diogo Nbrega, Gabriel Medeiros, Horcio Cavalcanti, Matheus Santana e YvesBouckaert por todo o suporte e dedicao que tornaram esse trabalho possvel.

    Ao professor Alex Sandro pelas orientaes, pelos papos empreendedores e por toda a ajudae entusiasmo com o projeto.

    Aos professores que participaram das validaes nas escolas visitadas.Aos meus amigos por compreenderem minha recluso nesse semestre e pela cumplicidade

    incondicional e noites viradas em todos os outros.Aos meus padrinhos e primos por todo o apoio, caronas para a universidade, conversas no

    carro e pelo carinho imenso.Aos meus avs pela preocupao constante e por estarem por perto.Aos meus pais por serem as pessoas mais ntegras e doces do mundo e por criarem esse

    ambiente de livros, filmes, discusses e muito trabalho que me fez desde cedo enxergar omundo de forma mais crtica e buscar formas de contribuir com a sociedade.

    Ao meu irmo por estar sempre presente, mesmo to distante fisicamente, em drops diriosde mensagens no whatsapp tornando meus dias mais leves.

    v

  • O mundo no . O mundo est sendo. Como subjetividade curiosa,inteligente, interferidora na objetividade com que dialeticamente me

    relaciono, meu papel no mundo no s o de quem constata o que ocorremas tambm o de quem intervm como sujeito de ocorrncias.

    PAULO FREIRE (Pedagogia da Autonomia: saberes necessrios prtica educativa, 1996)

  • Resumo

    Este trabalho descreve a concepo e avaliao de um Sistema de Informao que permite re-alizar o planejamento educacional e visa uma integrao com elementos do Learning Design.Para projetar tal sistema o design seguiu corrente Human-Centered Design com aplicao detcnicas de escuta, criao e implementao. Incluiu-se uma ampla comparao com sistemasexistentes no mercado tambm voltados para o planejamento de aulas. A validao de prot-tipos do sistema foi feita utilizando a tcnica de paper prototyping com usurios-professores.Os resultados mostram um bom grau de aceitao e apontam para ajustes da verso final dosistema.

    Palavras-chave: Planejamento educacional, plano de aula, Learning Design, Human-CenteredDesign, LD, HCD.

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  • Abstract

    This work describes the conceiving and validation of an Information System which allows ma-king educational planning and aims to have integration with elements of Learning Design. Todesign such system current Human-Centered Design was followed considering its techniquesof hearing, creation and delivery. It was included a broad comparison with existing systems inmarket which were also focused on lesson planning. The validation of systems prototypes wasdone utilizing paper prototyping technique with user-teachers. The results show a good levelof acceptance and point to adjustments of final version of the system.

    Keywords: Educational planning, lesson plan, Learning Design, Human-Centered Design,LD, HCD.

    viii

  • Sumrio

    1 Introduo 1

    2 O planejamento e a problemtica envolvida na sua execuo 22.1 Origem, definio e importncia do planejamento 22.2 Planejamento e planos educacionais 32.3 Os elementos do plano de aula 42.4 Os atores envolvidos no planejamento 52.5 Os projetos e leis da educao no mbito do planejamento 62.6 A problemtica decorrente da prtica do planejamento 6

    3 Learning Design 73.1 Definio 73.2 Comparativo com outras abordagens para o ensino-aprendizagem 73.3 Utilizao na prtica 8

    4 Anlise de Sistemas de Planejamento Educacional 94.1 Critrios para anlise 94.2 Sistemas de Informao para Planejamento Educacional 10

    4.2.1 Planejador de Aulas do Projeto Ararib 104.2.2 PlanbookEdu 114.2.3 PlanboardApp 124.2.4 Portal do Professor (MEC) 134.2.5 Paperless Teacher 144.2.6 OpenGLM 15

    4.3 Resultado da anlise dos sistemas 16

    5 Mtodo 175.1 Processo de Human-Centered Design 175.2 Participantes e contexto de uso 175.3 Anlise de contexto: Escuta 185.4 Gerao de soluo: Criao 18

    6 O sistema proposto e sua avaliao 196.1 Necessidades levantadas 196.2 Sntese das solues propostas 196.3 Prottipos 20

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  • SUMRIO x

    6.3.1 Cadastro e primeiro acesso ao sistema 206.3.2 Criao e venda de plano de aula 216.3.3 Busca por planos de aula e compra 256.3.4 Visualizao de perfil 26

    6.4 Comparativo entre as ferramentas existentes e a soluo proposta 276.5 Validao com os usurios-professores 296.6 Prottipos Atualizados 30

    7 Consideraes Finais e Trabalhos Futuros 32

  • Lista de Figuras

    2.1 Exemplo de plano de aula 4

    4.1 Interface do Planejador de Aulas do Projeto Ararib 104.2 Tela de edio de um planbook no PlanbookEdu 114.3 Tela de edio de plano de aula no PlanboardApp 124.4 Tela de criao de plano de aula do Portal do Professor 134.5 Tela com a lista de aulas criadas de um semestre do Paperless Teacher 144.6 Interface do OpenGLM 15

    6.1 Landing page 226.2 Tela inicial do sistema 236.3 Tela de criao do plano de aula 246.4 Tela de criao do plano de aula com diagrama de atividades 256.5 Tela de visualizao do plano de aula aps criao 266.6 Tela de visualizao dos pacotes de assinatura 276.7 Exibio dos resultados da busca por plano de aula 286.8 Tela de perfil do usurio 296.9 Screenshot da tela de criao do plano de aula 316.10 Screenshot da janela de dilogo de detalhamento de atividade 31

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  • Lista de Tabelas

    4.1 Escores dos sistemas analisados 16

    6.1 Necessidades 206.2 Solues 21

    xii

  • CAPTULO 1

    Introduo

    O objetivo deste trabalho descrever a concepo de uma soluo prtica docente de plane-jamento de aula, por intermdio de uma ferramenta de aprendizagem assistida por tecnologias,como uma proposta de evoluo das atuais ferramentas disponveis no mercado.

    O planejamento da prtica docente o que possibilita ao professor refletir sobre suas pr-ticas de ensino, selecionar e organizar contedos e elaborar e acompanhar objetivos, metas eatividades.

    Os trs captulos que se seguem a esta introduo so destinados reviso da literatura sobreplanejamento educacional, dos conceitos que permeiam a abordagem de Learning Design e dossistemas de planejamento educacional.

    O captulo 2 se destina a dar uma compreenso sobre a prtica docente do planejamento deaula, sendo iniciado com a origem, descrio e importncia do planejamento, seguidas da dife-renciao do conceito de planejamento e plano de ensino. Aps esse esclarecimento as seesseguintes se destinam a dar uma introduo sobre plano de aula, seus elementos e atores envol-vidos. O captulo finalizado com os problemas que causam a protelao ou no realizao daatividade de planejamento pelos professores que servem como ponto de partida e embasamentopara o desenvolvimento do sistema.

    Um segundo fundamento terico importante destrinchado no captulo 3: o Learning De-sign. Que apresentado como um recurso adequado prtica do planejamento de aula e permiteo surgimento de modelos genricos e padres que podem ser reutilizados em diversos contex-tos com diferentes alunos. Este captulo conta com uma definio dessa abordagem, uma visoprtica da sua utilizao e suas vantagens.

    Em seguida, no captulo 4, busca-se identificar quais ferramentas se propem a auxiliar oprofessor na tarefa do planejamento no mbito educacional e suas principais caractersticas.Seis sistemas de plataformas variadas foram escolhidos e analisados com base em seis critriospredefinidos. Uma tabela com os escores das ferramentas em cada um dos critrios exibidano final.

    O captulo 5 conta com uma descrio sucinta da metodologia de Human-Centered Designe sua aplicao na concepo das solues que originaram o sistema, de forma que, com oentendimento desse processo, a ferramenta possa ser finalmente introduzida no captulo 6.

    O captulo 6 tem detalhes do sistema, no que concerne s suas funcionalidades e conta comos resultados das validaes feitas com professores e da anlise comparativa da ferramentaproposta com os demais sistemas de apoio ao planejamento de aula.

    O trabalho finalizado no captulo 7 com as consideraes finais sobre o estudo e perspec-tivas de trabalhos futuros.

    1

  • CAPTULO 2

    O planejamento e a problemtica envolvida na suaexecuo

    Este captulo pretende dar uma viso inicial sucinta das origens do planejamento, o que o planejamento no contexto escolar e qual sua importncia. Dado esse cenrio, o leitor direcionado ento a uma clara distino dos tipos de planejamento e planos existentes nessaesfera para em seguida serem apresentados os envolvidos no processo de planejamento e oselementos que o constituem. Por fim, sero levantados alguns questionamentos relacionadosaos problemas e dificuldades que permeiam a ao de planejamento pedaggico e apresentadasrespostas. Tudo isso com o intuito de tecer bases tericas que gerem um melhor entendimentodos elementos que compem uma das funcionalidades centrais do sistema proposto, que acriao do plano de aula, bem como introduzir os fundamentos necessrios compreenso dosformalismos que sero utilizados no decorrer dos captulos.

    2.1 Origem, definio e importncia do planejamento

    O planejamento uma ao que vem sendo realizada pelo homem desde muito tempo. Sendoutilizado para organizao e sistematizao de atividades que vo das mais banais s maiscomplexas. O artigo [14] introduz o planejamento como uma atividade corriqueira e naturalatrelando-o ao pensar, pois pensar em formas de alcanar metas e objetivos genuinamenteuma forma de planejamento, s que sem os formalismos tcnicos.

    Acerca das origens do planejamento possvel dizer que tal processo foi efetivamente defi-nido com a revoluo comunista da Unio Sovitica e no mundo capitalista apenas aps a Se-gunda Guerra Mundial, na tentativa de solucionar questes mais complexas. O planejamento,a partir da, adotado massivamente em vrias reas do conhecimento, indo afetar tambm aeducao, que, desta forma, herda um planejamento baseado em formas, fins, capacidades edomnios do regime capitalista [9].

    Em se tratando mais especificamente do contexto brasileiro, pode-se dizer que o planeja-mento virou uma ferramenta de auxlio poltico na poca da ditadura militar (1964-1985), umavez que, nesse momento histrico, tal ferramenta se torna eficaz no controle da educao. Otrabalho do professor passa a ser limitado e os planos de aula supervisionados, tolhendo a cria-o de aulas que tivessem carter mais crtico e reflexivo. Resultante disso foi o desestmulo demuitos professores na elaborao dos planos de aula. Outro fator limitante do trabalho pedag-gico foi a instalao de multinacionais no pas nesse perodo, que gerou a tendncia tecnicistada educao escolar, ou seja, voltada ao atendimento de necessidades da ideologia empresarialvigente [9, 15].

    2

  • 2.2 PLANEJAMENTO E PLANOS EDUCACIONAIS 3

    Contudo, antes de iniciar a anlise dos fatores determinantes para o desestmulo e limitaoda prtica do planejamento, prescinde definir o planejamento, os atores envolvidos direta ouindiretamente no processo e os elementos que o compem.

    Planejar, de acordo com Moretto organizar aes. J Gandin, sugere ser o planejamentouma ferramenta para tornar a ao humana mais eficaz, viso que, de certa forma, comple-menta a definio anterior colocando o planejamento num patamar de organizador da tomadade decises [9].

    Ainda recorrendo a outros tericos na tentativa de tornar clara a funo do planejamentotraz-se a perspectiva de Menegolla e Santnna, que sugerem ser este um instrumento direcionalde todo o processo educacional medida que aponta prioridades bsicas e os recursos e meiosnecessrios para atingir finalidades, metas e objetivos da educao [9].

    O planejamento importante, portanto, por ser um norteador do trabalho do professor,direcionando suas aes e garantindo, de certa forma, segurana ao passo que prev possveisresultados das dinmicas de ensino na sala de aula estando relacionado ao plano da escola,plano de ensino e plano de aula [3].

    Indo um pouco mais alm, temos, por fim, Saviani que considera o planejamento como umato de reflexo por parte do docente, mas no qualquer reflexo, e sim uma preencha algunsrequisitos bsicos: ser radical, rigorosa e de conjunto, o que significa que ela deve buscar araiz do problema, utilizar o mtodo cientfico e ter uma viso da totalidade na qual o fennemoaparece [12].

    Para Fusari O planejamento, nesta perspectiva, , acima de tudo, uma atitude crtica doeducador diante de seu trabalho docente. E essa atitude crtica envolve no s a elaborao,mas tambm a execuo e avaliao de planos de ensino [12].

    2.2 Planejamento e planos educacionais

    Antes de definir cada tipo de plano faz-se necessria uma distino prvia entre dois conceitosque so comumente utilizados como sinnimos de forma errnea pelos educadores: planeja-mento e plano de ensino.

    Planejamento do ensino envolve as aes do educador na execuo do trabalho pedaggico,suas interaes com os educandos e destes ltimos entre si, equanto o plano de ensino umdocumento que contm propostas de trabalho numa rea e/ou disciplina especfica e que foiestruturado pelo docente [12].

    Desta forma, plano de ensino e planejamento so complementares. O plano de ensino notransforma a realidade na sala de aula sozinho, pois depende da atuao do professor e para queesta seja satisfatria importante um instrumento orientador [12].

    Alm do plano de ensino importante o entendimento dos outros tipos de plano que existemno mbito educacional: plano de curso e plano de aula. Segundo Vasconcellos em [9] O planode curso a sistematizao da proposta geral de trabalho do professor naquela determinadadisciplina ou rea de estudo, numa dada realidade. Pode ser anual ou semestral, dependendoda modalidade em que a disciplina oferecida. O plano de aula definido por Piletti, tambmem [9], como a sequncia de tudo o que vai ser desenvolvido em um dia letivo. (...) a sistematizao de todas as atividades que se desenvolvem no perodo de tempo em que o

  • 2.3 OS ELEMENTOS DO PLANO DE AULA 4

    professor e o aluno interagem, numa dinmica de ensino-aprendizagem.Para entender como esses planos se encaixam no processo de planejamento educacional,

    Penteado explica em [10] que o caminho que se desenvolve na ao do planejamento comeano plano de curso (planejamento macro), advindo na maioria das vezes pronto dos prpriosrgos que coordenam o trabalho nos estados, municpios e chega a escola onde so elaboradosos planos de ensino. A partir dele o professor conclui e organiza seu plano de aula sem umamaior pesquisa sobre os contedos necessrios para a srie que ir atuar. Pode-se perceberque o planejamento um elemento que necessita de muita discusso, pois, sendo iniciado demaneira para no dar certo, o ato do planejamento j comea de forma inadequada.

    2.3 Os elementos do plano de aula

    O sistema proposto no presente trabalho se baseia no conceito de planos de aula, portanto, necessrio um entendimento mais aprofundado deste elemento, ou gnero textual como definido em [13], que ser visto atravs do detalhamento dos seus componentes.

    Para elaborar o plano de aula preciso: indicar o tema central da aula, os objetivos, ocontedo que ser estudado, os procedimentos e recursos que sero utilizados e como ser feitaa avaliao [2]. A figura 2.1 mostra um exemplo de plano de aula.

    Figura 2.1 Exemplo de plano de aula

    Em [13] h uma viso diferente do plano de aula, como gnero textual e uma anlise desteelemento depreendendo as seguintes categorias: o plano textual global, o tipo de discurso e otipo de sequncia.

  • 2.4 OS ATORES ENVOLVIDOS NO PLANEJAMENTO 5

    O plano textual global tem a ver com a organizao de conjunto do contedo temtico.Depois da analisar vrios planos de aula a autora identificou as seguintes categorias comunscompondo o plano textual global: Nominao do gnero: Plano de aula; Nome da escola;Nome dos professores /Nome do estagirio; Srie; Turma; Nvel; Nmero de aulas/Durao daaula; Contedo; Procedimento de ensino; Recursos; Procedimentos de avaliao; Refernciasbibliogrficas [13].

    Ainda considerando os resultados da anlise de planos supracitada, o tipo de discurso e tipode sequncia so respectivamente expositivo-interativo e descritiva. No discurso expositivo-interativo h observao da implicao dos participantes da interao. E na sequncia descri-tiva h fases: fase de ancoragem, fase da aspectualizao, fase de relacionamento. Na fasede ancoragem apresentado o contedo a ser ministrado na aula. Na fase da aspectualizaoso enumerados aspectos desse tema, como o desenvolvimento de objetivos, procedimentos deensino, recursos, entre outros. A fase de relacionamento se d na descrio dos procedimen-tos metodolgicos e de ensino, j que preciso unir a temtica abordada com a metodologiautilizada [13].

    2.4 Os atores envolvidos no planejamento

    Freire discorre em seu clssico Pedagogia da Autonomia O ideal que, cedo ou tarde, se in-vente uma forma pela qual os educandos possam participar da avaliao [do trabalho do profes-sor]. que o trabalho do professor o trabalho do professor com os alunos e no do professorconsigo mesmo [11]. A citao enfatiza a fundamentalidade de um processo colaborativo naformalizao do exerccio da docncia, numa atividade que envolve professor e aluno e, comover-se- adiante, tambm outros indivduos desta categoria primeira, escola e contexto no qualestes elementos esto inseridos.

    importante que o planejamento ocorra de forma coletiva, porque desta forma os professo-res podem estabelecer linhas comuns de ao diante da realidade encontrada, sendo essencialo conhecimento dos alunos da turma para a qual a aula ser ministrada [3].

    Ao planejarem juntos os professores desenvolvem habilidades que levam ao crescimentoprofissional e isso proporciona ajustamento s mudanas, exerccio da autodisciplina, respon-sabilidade e unio a nvel de decises conjuntas [3].

    Se faz necessrio tambm o conhecimento da estrutura da escola e dos materiais dispo-nveis para o processo de ensino-aprendizagem, porque as previses devem ser feitas dentrodas possibilidades dos alunos e apenas com o conhecimento da realidade que se pode tomardecises que superem as condies existentes [3].

    Para Vygotsky a aprendizagem no um processo solitrio, mas que ocorre na interaocom o outro e onde o professor tem papel fundamental estabelecendo uma relao cognitiva ehumana com o aluno [3].

  • 2.5 OS PROJETOS E LEIS DA EDUCAO NO MBITO DO PLANEJAMENTO 6

    2.5 Os projetos e leis da educao no mbito do planejamento

    Para guiar os professores e garantir que o planejamento seja executado nas instituies deensino do pas foram criados alguns documentos, leis e diretrizes pelo MEC.

    O Plano Nacional de Eduao (PNE) o documento de maior abrangncia no mbito doplanejamento, uma vez que interfere nos planejamentos feitos a nvel nacional, estadual e fede-ral, sendo o reflexo da poltica educacional de um povo, num certo momento histrico do pas[21].

    Outra ferramenta o Projeto Poltico Pedaggico, que definido pelo MEC como o pla-nejamento geral que envolve o processo de reflexo, de decises sobre a organizao, o funcio-namento e a proposta pedaggica da instituio. um processo de organizao e coordenaoda ao dos professores. Ele articula a atividade escolar e o contexto social da escola. oplanejamento que define os fins do trabalho pedaggico [9].

    H ainda o projeto educacional do professor que uma diretriz a ser seguida, conforme ori-entao legal da LEI N 9.394, que recomenda que os professores devam elaborar e usar planosde aula como guias em sua ao didtica mantendo o contedo atualizado e contextualizado deforma a colaborar com as atividades de articulao da escola com as famlias e a comunidade[17].

    2.6 A problemtica decorrente da prtica do planejamento

    Mesmo com a conscincia do papel imprescindvel que o planejamento representa para a prticaeducativa, levantado em [9] e confirmado em [18], onde professores do ensino fundamentalmanifestam-se favorveis necessidade de se planejar as atividades didtico-pedaggicas, hmuitos fatores que levam negligncia da realizao desse processo por parte dos educadores.

    A falta de planejamento tem levado improvisao, atividade que prejudica a aprendizagemdos alunos e o exerccio da prtica docente. Uma ao improvisada no foi pensada estrate-gicamente, no foi planejada, portanto no d ao professor segurana e nem o prepara para aspossveis situaes que podem ocorrer na sala de aula [9, 3].

    Outro problema recorrente o uso do livro didtico como ferramenta orientadora nica doprocesso de ensino, o que faz com que o professor deixe de planejar seu trabalho a partir darealidade de seus alunos para seguir o que o autor do livro indicou tomando como base umcontexto certamente diferente do seu. O livro deve ser um mediador da aprendizagem, aliadoa outros meios de comunicao, e no elemento principal reduzindo o professor a uma funode pseudodocente [9, 12].

    A expertise advinda do contnuo exerccio da funo de ensino pode, assim como o usocego do livro didtico, se tornar uma vil na sala de aula quando vista como suficiente paraministrar aulas com competncia. Enxerg-la assim desconsiderar a realidade e a heranacultural que h em cada comunidade escolar e as necessidades peculiares que surgem nelas [9].

    Um ltimo ponto que leva ao descaso com o planejamento tem a ver com a burocratizaodos instrumentos que auxiliam na realizao deste, o que leva muitos professores a copiaremou fazerem cpia do planejamento do ano anterior, prejudicando mais uma vez os alunos e aqualidade da aula [9].

  • CAPTULO 3

    Learning Design

    O contexto globalizado em que estamos inseridos, com diversas possibilidades de interao enovas tecnologias, muda tambm as possibilidades no campo da educao, tornando as antigasabordagens menos adequadas ao novo tipo de aluno. Isso demanda o surgimento imediato dealternativas que supram essa defasagem para que haja um uso pedaggico efetivo dessas novasferramentas de forma inovadora e estimulante.

    nessa perspectiva que entra o Learning Design como metodologia que aplica a abordagemdo Design, que busca identificar bons mtodos para alcanar resultados, educao na tentativade criar intervenes no aprendizado para interpretar e entender esse aprendizado utilizando asnovas tecnlogias de uma forma mais eficiente [7].

    3.1 Definio

    A especificao do Learning Design foi feita com base em metforas teatrais, com descriodos papis dos envolvidos na interveno, do ambiente em que ela ocorre e das ferramentas erecursos envolvidos [7].

    O Learning Design uma representao do processo de ensino-aprendizagem documentadade uma forma que possa ser reutilizada pelos professores em seu prprio contexto. Essa abor-dagem prov meios de representar as chamadas Learning Activities, tarefas realizadas pelosalunos para obter determinados resultados esperados [6].

    As representaes das Learning Activities podem ser feitas ilustrativamente com diagramae/ou texto de fcil entendimento de forma que possam ser compartilhadas entre professor edesigner, reaproveitadas por outros professores, servir como ponte para criao de novas Lear-ning Activities ou prover ferramentas para que os profissionais tenham o domnio do problemae da soluo [6].

    O termo Learning Design surgiu da especificao IMS Learning Design que buscava ummeio de representar formalmente, para posterior reutilizao, sequncias de aprendizagem.A partir da a expresso ganhou um significado mais abrangente e geralmente tida comosinnimo de Course Design [6].

    3.2 Comparativo com outras abordagens para o ensino-aprendizagem

    importante frisar que existem outras abordagens cujos objetivos possuem interseco com atentiva de melhorar o processo de ensino-aprendizagem utilizando novas tcnicas ou fazendouso das tecnologias de forma efetiva. As abordagens descritas sero as seguintes: design ins-

    7

  • 3.3 UTILIZAO NA PRTICA 8

    trucional, cincias da aprendizagem e objetos de aprendizagem.O design instrucional pode ser definido como o processo em que as necessidades do apren-

    dizado so analisadas e os materiais de aprendizagem so desenvolvidos sistematicamente como objetivo de melhor o conhecimento [7].

    O construtivismo, a cincia cognitiva, tecnologias educacionais, estudos scio-culturais eos estudos do conhecimento disciplinar so influncias chave para as cincias da aprendiza-gem. O campo das cincias da aprendizagem tem como objetivo entender cientificamente oaprendizado, como se pode intuir pelo nome. Os trabalhos nessa rea trazem geralmente comovalor os estudos empricos da aprendizagem em contextos reais [7].

    Uma breve definio dos objetos de aprendizagem diz que eles so divises de contedoauto-contidas, independentes. Pode-se dizer tambm que eles so formados por objetivos edu-cacionais, materiais inistrucionais e um componente avaliativo [7].

    O Learning Design no de forma alguma uma alternativa que visa substituir tais, tendoem vista que algumas delas trazem proposies de valor a esta tcnica. O que deve ocorrer uma juno dos valores dessas metodologias para melhoria do ensino-aprendizagem, como caso das cincias da aprendizagem, que podem ser utilizadas para melhor entendimento desseprocesso [7].

    Os adeptos do design instrucional buscam esboar os saberes necessrios a uma deter-minada audincia, enquanto que o Learning Design leva em conta um cenrio muito maisabrangente, considerando o processo de design dinmico e projetando o processo de ensino-aprendizagem levando em considerao todos os envolvidos [7].

    Os objetos de aprendizagem tm sua reutilizao limitada, ao contrrio do Learning Design,que foi projetado de forma a permitir a reutilizao [7].

    3.3 Utilizao na prtica

    No mbito da formalizao, o IMS Learning Design (IMS-LD), uma especificao padromantida pelo IMS Global Learning Consortium [8], tem recebido notria ateno por parte dospesquisadores. Trata-se de uma especificao utilizada para descrever cenrios pedaggicosem consonncia com as teorias do projeto de aprendizagem. Por se tratar de um padro, diver-sos sistemas educacionais permitem a exportao do contedo nesse formato, promovendo ocompartilhamento e a interoperabilidade.

    Essas ferramentas de autoria so chamadas de Editores IMS Learning Design, softwaresque permitam aos seus usurios estruturarem uma lio de acordo com a especificao IMS-LD [20].

    Entretanto, ainda no existe uma ferramenta intuitiva que permita ao usurio com poucosconhecimentos criar contedo em IMS-LD de forma facilitada, sem a necessidade de conheci-mento prvio do padro.

  • CAPTULO 4

    Anlise de Sistemas de Planejamento Educacional

    Foi realizada uma anlise com o objetivo de identificar no mercado os sistemas que se dispema auxiliar o professor na tarefa do planejamento educacional. Na seo 4.1 sero definidoscinco critrios para avaliao das ferramentas selecionadas. Esses critrios serviro como guiapara a caracterizao dos sistemas que ser feita na seo 4.2. A seo 4.3 contm uma tabelacom a pontuao das ferramentas em cada um dos critrios e as consideraes finais da anlise.

    4.1 Critrios para anlise

    Foram definidos seis critrios para avaliao das ferramentas: facilidade de acesso, ambientede criao de aula/plano de aula, compartilhamento, colaborao, confiabilidade e usabilidade.A cada ferramenta foram dados seis escores, referentes a cada um dos critrios e que variam dezero a dez. Os fatores levados em considerao para atribuio desses escores sero explicadosabaixo.

    Para o critrio facilidade de acesso, notas mais altas sero conferidas aos sistemas que nopossuem restrio de acesso, so gratuitos (ou pagos com verso de avaliao) e podem serutilizados em um nmero maior de dispositivos.

    No quesito ambiente de criao de aula/plano de aula considerar-se-o no apenas a exis-tncia de um ambiente desse tipo no sistema, mas tambm a riqueza de recursos com que ele provido.

    Acerca do compartilhamento foram levadas em conta na elevao dos escores a possibi-lidade de compartilhamento de aulas/planos de aula com alunos e outras pessoas e os meiosutilizados para esse compartilhamento.

    Para colaborao se analisou a existncia de alguma forma de colaborao entre professoresna criao de aulas/planos de aula. A existncia de ferramentas auxiliares para discusso comochats ou fruns tambm entra como fator de elevao dos escores nesse quesito.

    A confiabilidade da informao provida um fator claramente relevante em se tratando deferramentas educacionais que lidam direta ou indiretamente com o processo de formao dealunos. Para tal medida so considerados o tipo de contedo associado aos planos de aula, aexistncia de curadoria e mecanismos de validao das informaes submetidas.

    A usabilidade foi includa, apesar de ser um conceito bastante abrangente que envolve vriasmtricas, uma vez que seria descaso deix-la de fora. Portanto, foi avaliada de forma maissimplria, mas ainda assim atendendo ao objetivo desta validao: trazer um overview concisodas ferramentas. Para a pontuao deste ltimo critrio foram consideradas na elevao doescore a existncia de dicas de uso do sistema e poucos passos para realizao de tarefas.

    9

  • 4.2 SISTEMAS DE INFORMAO PARA PLANEJAMENTO EDUCACIONAL 10

    4.2 Sistemas de Informao para Planejamento Educacional

    Foi realizada uma anlise com o objetivo de identificar no mercado os sistemas que se dispu-sessem a auxiliar o professor na tarefa de criao do plano de aula. Foram escolhidos sistemasbastante heterogneos do ponto de vista das plataformas para as quais foram desenvolvidos.Duas aplicaes desktop, trs plataformas web e um aplicativo para celular.

    Buscamos analisar um editor LD, com suporte a IMS-LD a fim de identificar os resultadosobtidos com a implementao dos conceitos de Learning Design, e a possibilidade de utilizaodos conceitos da ferramenta na elaborao de planos de aula por professores. Os sistemas quesero descritos a seguir so: Planejador de Aulas do Projeto Ararib, PlanbookEdu, Planboar-dApp, Paperless Teacher, Portal do Professor (MEC) e o OpenGLM.

    Figura 4.1 Interface do Planejador de Aulas do Projeto Ararib

    4.2.1 Planejador de Aulas do Projeto Ararib

    O Planejador de Aulas do Projeto Ararib (www.moderna.com.br/arariba/planejador-de-aulas) uma ferramenta da editora Moderna, disponvel apenas em CD, em conjunto com os livros doprojeto Ararib, que permite ao professor montar planos para os contedos que sero abordadosdurante o ano, sendo estes separados por ms.

    O planejador conta com uma lista dos doze meses na tela de criao dos planos e, para cadams, h um espao para onde possvel arrastar unidades e recursos. As unidades so peque-nas tabelas com uma lista de contedos para um determinado assunto e dentre os recursos hobjetivos, metodologia, avaliao, entre outros, que, ao serem arrastados para a rea delimitada

  • 4.2 SISTEMAS DE INFORMAO PARA PLANEJAMENTO EDUCACIONAL 11

    para um plano, permitem edio para que o professor determine qual mtodo de avaliao vaiutilizar, por exemplo, quais os objetivos da aula e assim por diante.

    O acesso ao sistema realizado apenas atravs dos CDs que vm juntamente com os livrosdo Projeto Ararib, ou seja, a utilizao do sistema limitada pela existncia de dispositivos deleitura para esse tipo de mdia.

    O sistema tem compartilhamento restrito distribuio dos arquivos PDF que podem serexportados, no oferecendo nenhum outro recurso com essa finalidade.

    Tambm no h indcios de ferramentas que possibilitem uma criao colaborativa de aulas,desfavorecendo o planejador nesse quesito.

    A confiabilidade do contedo alta pelo fato deste estar atrelado a um material de ensinoconsolidado por uma editora de renome.

    Acerca da usabilidade possvel dizer que o sistema de fcil uso, com instrues indica-tivas para adio de recursos e unidades aos planos.

    Figura 4.2 Tela de edio de um planbook no PlanbookEdu

    4.2.2 PlanbookEdu

    O sistema est disponvel gratuitamente na internet (http://www.planbookedu.com/), contudoas funcionalidades premium ficam disponveis para teste por um perodo de quatorze dias ape-nas. Um ano de servio premium custa anualmente vinte e cinco dlares e tem as vantagensde se poder: anexar arquivos aos seus planos, incorporar padres americanos, canadenses ouaustralianos (esses padres indicam o que os alunos do ensino bsico devem saber em cer-tas disciplinas), buscar, compartilhar planos, criar planos colaborativamente, exportar para oformato word e PDF, dentre outras.

  • 4.2 SISTEMAS DE INFORMAO PARA PLANEJAMENTO EDUCACIONAL 12

    O sistema web de fcil acesso e pode ser utilizado em diversos dispositivos. Tendo suportea iPhone e iPad inclusive.

    A criao de planos vivel atravs do calendrio por uma janela de dilogo simples comum editor de texto e possibilidade de anexar arquivos e adicionar padres, porm antes de criarum plano de aula preciso criar um Planbook, que corresponde a um perodo de tempo noqual sero inseridos os planos. Um planbook pode ser criado atravs do menu Planbooks, quemostra a lista de todos os planbooks do usurio, atravs do clique no boto intitulado CreatePlanbook que direciona o usurio para um formulrio em que possvel definir as opes doplanbook.

    possvel adicionar e-mails de outras pessoas para compartilhar planbooks, adicionar/removercolaboradores, bem como ver os planbooks compartilhados com voc. Porm no h nenhumafuncionalidade para comunicao entre usurios.

    A confiabilidade do PlanbookEdu se resume possibilidade de utilizao dos padres ame-ricanos, canadenses e australianos.

    O sistema possui algumas facilidades de utilizao que agilizam o processo de edio deplanos como a edio de texto no prprio calendrio e barra de busca de planos.

    Figura 4.3 Tela de edio de plano de aula no PlanboardApp

    4.2.3 PlanboardApp

    O PlanboardApp (www.planboardapp.com) uma plataforma online gratuita que objetiva for-necer uma interface para organizao de semestres letivos.

    Qualquer pessoa pode se cadastrar no sistema (utilizando inclusive contas do Facebook ouGoogle) e utiliz-lo atravs de diversas dispositivos.

    Para a criao de aulas utilizado um editor de texto, que permite ao usurio formatar otexto e inserir recursos, como imagens, vdeos e links. possvel tambm anexar arquivos lo-cais e associar padres americanos como os disponveis no PlanbookEdu, porm no Planboard

  • 4.2 SISTEMAS DE INFORMAO PARA PLANEJAMENTO EDUCACIONAL 13

    ainda h possibilidade de subir novos padres (os novos padres adicionados no passam pornenhum tipo de avaliao).

    H ainda funcionalidades de exportao dos planos de aula via PDF, impresso ou enviopor e-mail. No h opes de colaborao e mas possvel compartilhar o plano por e-mail ouatravs de um link disponibilizado. O sistema bastante simples e fcil de usar, com designmoderno e responsivo.

    Figura 4.4 Tela de criao de plano de aula do Portal do Professor

    4.2.4 Portal do Professor (MEC)

    O Portal do Professor (portaldoprofessor.mec.gov.br) uma ferramenta que foi lanada em2008 pelo MEC em parceria com o Ministrio da Cincia e Tecnologia com o objetivo decriar um ambiente favorvel para que nossos professores, uma vez capacitados, se mantenhammotivados com o tema das TIC na educao e sua utilizao em sala de aula [4].

    Trata-se de um sistema Web gratuito, com algumas restries de cadastro devido ao seu ob-jetivo de atender ao pblico nacional (informaes como CPF e CEP so campos obrigatrios),porm algumas aulas podem ser visualizadas sem necessidade de fazer login.

    H um ambiente para criao de aulas que requer preenchimento de diversos campos queincluem tema da aula, objetivos, componente curricular, etc. possvel tambm adicionarmdias e inserir links.

    As aulas podem ser criadas individual ou colaborativamente, com participao de vriosprofessores. Alm de existir tambm um frum de discusso e a funcionalidade de comparti-lhamento (no caso de aulas pblicas).

    H um processo de avaliao de aulas submetidas no permitindo a publicao de aulas sempassar pelo crivo de especialistas.

    No quesito usabilidade o sistema possui menus bem explicados, mas como ponto nega-tivo h algumas atividades que demandam preenchimento de muitos formulrios com diversoscampos obrigatrios, como o caso da criao de aula.

  • 4.2 SISTEMAS DE INFORMAO PARA PLANEJAMENTO EDUCACIONAL 14

    Figura 4.5 Tela com a lista de aulas criadas de um semestre do Paperless Teacher

    4.2.5 Paperless Teacher

    O Paperless Teacher (http://goo.gl/Qusr8y) um aplicativo pago da Apple para iOS com aproposta de substituir o planejamento de aulas em papel por uma verso digital. O sistemapossui uma verso gratuita, contudo bastante limitada e apenas em ingls.

    Para acessar o sistema no necessrio login. O aplicativo permite a criao de um semes-tre, onde possivel armazenar aulas. possvel tambm organizar os horrios de uma aula,determinar as salas onde sero ministradas e escolher o dia e o tempo de durao. Alm de criaruma lista de alunos, que so identificados por informaes pessoais como nome, data de nas-cimento, endereo de e-mail, entre outras. No planejador de aulas pode-se escrever o resumoda aula num campo destinado a isso e editar horrios e locais de aula. Porm no h nenhumaopo para adio de padres ou validao de contedo.

    As aulas cadastradas so de uso mais pessoal pelo professor possibilitando aos usuriosagirem de maneira privada, sem muita participao em grupo. No h opes para comparti-lhamento de aulas.

    H ainda funcionalidades de exportao de documentos, de alunos e de outros arquivos ecriao de deveres de casa para os alunos cadastrados na lista.

    Em se tratando de usabilidade, o sistema bastante simples de ser usado, possui um designmoderno e responsivo e no necessrio acesso internet para utilizao.

  • 4.2 SISTEMAS DE INFORMAO PARA PLANEJAMENTO EDUCACIONAL 15

    Figura 4.6 Interface do OpenGLM

    4.2.6 OpenGLM

    O Open Graphical Learning Modeller (OpenGLM) uma ferramenta de criao de projetode aprendizagem de cdigo aberto que suporta IMS Learning Design (LD) em nveis A e B(http://edutechwiki.unige.ch/en/OpenGLM). A ferramenta foi concebida para facilitar especia-listas LD no-IMS na criao, compartilhamento e reutilizao de unidades de aprendizagem.

    O ambiente de criao de aulas conta com uma interface grfica flexvel para diagramaoda aula, que permite especificar detalhes como os recursos utilizados, atores envolvidos, dura-o da atividade, objetivos e pr-requisitos. Entretanto, a utilizao dos recursos tratada deforma ambgua e pouco intuitiva, o que compromete a usabilidade do sistema.

    Por se tratar de uma aplicao instalada localmente, a nica forma de compartilhamento atravs da exportao da aula para o formato IMS-LD que pode ser enviado aos repositrios re-motos. Contudo, essa funcionalidade no se mostrou satisfatria, uma vez que no foi possvelverificar a totalidade das informaes nos repositrios nem sua visualizao de forma intuitiva.E tambm no possvel criar planos colaborativamente.

    No possui um volume significativo de downloads, o que sugere uma baixa adoo porparte dos usurios. Apesar de contar com um vasto repositrio de recursos educacionais, nofoi verificada uma moderao dos materiais criados, possibilitando a criao de matrias debaixa qualidade.

    Possui poucos componentes para representar o diagrama de aula, deixando a maior partedas informaes disponveis apenas na especificao da atividade, cujo dilogo no deixa claraa utilizao dos recursos. A reutilizao dos materiais disponveis no repositrio no providade uma ferramenta de busca eficaz que permita a visualizao adequada do material.

  • 4.3 RESULTADO DA ANLISE DOS SISTEMAS 16

    4.3 Resultado da anlise dos sistemas

    As notas da avaliao dos sistemas segundo os critrios da seo 4.1 so apresentadas na tabelaabaixo. Para reduzir o tamanho da tabela de resultados e facilitar a exibio dos escores defini-dos para cada sistema os critrios foram numerados de um a cinco como segue: facilidade deacesso (1), ambiente de criao de aula/plano de aula (2), compartilhamento (3), colaborao(4), confiabilidade (5) e usabilidade (6).

    Critrios 1 2 3 4 5 6 MdiaPlanejador de Aulas do Projeto Ararib 6 0 2 0 10 10 4,7PlanbookEdu 9,5 8 7 6 6 10 7,75PlanboardApp 10 8 8 0 5 10 6,8Portal do Professor 8 9 8 8 9 9 8,5Paperless Teacher 7 4 0 0 0 10 3,5OpenGLM 5 7 0 4 2 6 4

    Tabela 4.1 Escores dos sistemas analisados

  • CAPTULO 5

    Mtodo

    A fim de evitar uma das maiores dificuldades enfrentadas pelos projetistas de software educa-cional, a de no estar engajado na atividade, longe do contexto de utilizao e funcionamentodo produto proposto, foi utilizado o Human-Centerd Design. Trata-se de um processo usadopor dcadas para criar novas solues para empresas multinacionais [1].

    Essa seo se destina a dar uma viso geral do que so as prticas do HCD e iremos explicarcomo elas foram aplicadas na coleta de dados que culminou com o desenvolvimento da soluo.

    Os participantes do processo sero observados em seu contexto de uso e as tcnicas esco-lhidas para realizao da imerso, criao da soluo e elaborao dos prottipos da ferramentasero apontadas.

    5.1 Processo de Human-Centered Design

    O Human-Centered Design (HCD) um processo de design composto por um conjunto detcnicas utilizadas para criar novas solues, entenda-se por solues produtos, servios, ambi-entes, organizaes e modos de interao. O HCD caracterizado como centrado no humanoporque trata as pessoas como elementos fundamentais elaborao da soluo, tendo comoetapa inicial, portanto, o exame das necessidades, sonhos e comportamentos dos indivduosaos quais a soluo se destina [1].

    O processo em si composto por trs fases: Escutar, Criar e Implementar. Cada fase formada por um conjunto de mtodos com instrues para aplicao. E em cada uma delas possvel usar a combinao de mtodos desejada, de acordo com os objetivos de quem osutiliza, uma vez que o HCD bastante flexvel, podendo tambm ser complementado por outrasabordagens [1].

    5.2 Participantes e contexto de uso

    Na anlise de contexto foram utilizadas algumas tcnicas de imerso do Human-Centered De-sign com o intuito de capturar a realidade vivenciada pelos professores referente prtica doplanejamento de aula.

    As tcnicas de anlise de contexto e prototipagem foram realizadas com o envolvimentodos potenciais usurios do sistema, professores do Ensino Bsico de escolas privadas e pblicas(estaduais e federais), a fim de validar hipteses levantadas dentro do grupo de desenvolvimentoe realizar a elicitao dos requisitos do sistema.

    17

  • 5.3 ANLISE DE CONTEXTO: ESCUTA 18

    5.3 Anlise de contexto: Escuta

    Na anlise de contexto foi utilizada a tcnica do HCD Individual Interview, que consiste emconduzir entrevistas no local de trabalho ou na casa do participante permitindo que este ltimoesteja vontade e que sejam vistos objetos, espaos e pessoas a que ele se refere durante aentrevista [1].

    Essa tcnica foi utilizada com o intuito de capturar a realidade vivenciada pelos professoresreferente prtica do planejamento de aula. Durante o processo foram feitas perguntas quevisavam expor as maiores dificuldades dos professores no momento de criar planejamentosde aula. Ao conciliar os resultados, foram observadas diversas respostas em comum entrediferentes entrevistados.

    Ainda que a prtica no seja plenamente executada, todos os entrevistados exaltaram aimportncia do planejamento de aula, ressaltando a necessidade de adaptao ao perfil de cadaturma, pois, ainda que os materiais sejam frequentemente reutilizados, abordagens distintaspodem ser necessrias.

    A disponibilidade de tempo para a elaborao do plano de aula foi relatada como um impe-ditivo. Pois a dispendiosa busca por materiais complementares e criao das atividades costumaser realizada nos momentos de descanso. O que desencoraja a adoo cotidiana do planeja-mento, que acaba se tornando uma formalidade burocrtica, levando o professor a confundir arotina estabelecida pelo livro didtico com o plano de aula.

    O uso de materiais diversos valorizado pelos professores, como forma de atrair a atenodos alunos. Experincias de troca de recursos com os pares foram enaltecidas. Entretanto, aescassez de professores na rede pblica inviabiliza encontros com esse fim.

    A maioria dos professores alegaram que mantm os alunos informados sobre o contedoque ser abordado e demais atividades futuras. Prevenindo os alunos dos acontecimentos eevitando a disperso. Mesmo os professores que no cultivam essa prtica, relataram seremregularmente questionados pelos alunos.

    5.4 Gerao de soluo: Criao

    O incio do processo de criao da soluo, correspondente segunda etapa do HCD (Criao),se deu com o uso da tcnica de Storytelling With Purpose, que consiste numa dinmica decompartilhamento das histrias que foram contadas pelos entrevistados na etapa de escuta[1].O que possibilitou a identificao de padres, dados e informaes relevantes na listagem denecessidades dos usurios.

    A partir dessa troca de experincias, foi utilizada outra tcnica de HCD: Extract Key In-sights, que busca selecionar as observaes feitas no Storytelling With Purpose que se mostra-ram mais surpreendentes, interessantes ou que valem mais a pena serem perseguidas [1].

    Em seguida foi utilizada uma ltima tcnica de HCD, a de Brainstorm Warm Up, uma din-mica de preparao para Brainstorming que culminou com um debate visando gerar soluespara as necessidades identificadas com a tcnica Extract Key Insights. A partir da interpretaoe de uma anlise de viabilidade, foram escolhidos um conjunto de solues que faro parte doescopo mnimo do produto a ser desenvolvido [1, 16].

  • CAPTULO 6

    O sistema proposto e sua avaliao

    Neste captulo sero apresentados os resultados da aplicao do mtodo descrito no captuloanterior, ou seja, as necessidades levantadas durante a etapa de escuta do HCD, as soluessugeridas para atender a estas necessidades, definidas na fase de criao, e os prottipos cri-ados com base nessas solues. As ltimas sees so dedicadas comparao do sistemacom as outras ferramentas analisadas no captulo 4, validao dos prottipos com os usurios-professores utilizando a tcnica de paper prototyping e evoluo dos prottipos com base noretorno da validao.

    6.1 Necessidades levantadas

    Aps as entrevistas com os professores durante a fase escuta do HCD, no que concerne aoplanejamento da prtica docente, foram detectadas as necessidades apresentadas na tabela 6.1.

    6.2 Sntese das solues propostas

    Levando em considerao tais necessidades levantadas, a etapa seguinte foi a de sugesto desolues. Vrias solues foram apontadas para cada uma das necessidades definidas, contudo,nem todas foram consideradas devido a inviabilidade e outros fatores. As solues escolhidasesto listadas na tabela 6.2 juntamente com as necessidades que cada uma delas satisfaz.

    A partir do item 1 foi definido que o sistema teria uma interface para criao de planosde aula com preenchimento de um formulrio simples com as informaes da aula e de umdiagrama de atividades a serem realizadas na aula. Essa interface permitir a adio de colabo-radores ao plano (de forma assncrona) o que cobre a soluo do item 2.

    A avaliao de planos de aula existentes (item 3) prevista pela funcionalidade de comentaros planos de aula, existente na tela de visualizao do plano de aula. Os comentrios podemser feitos atravs do perfil do Facebook.

    A soluo do item 4, que trata da converso de planos de aula em diferentes formatos deapresentao, ainda no foi definida, porm a gerao de PDF do plano de aula pode ser feitafacilmente atravs do navegador do usurio uma vez que o sistema ser web.

    A comercializao de planos de aula (item 5) prevista pelas funcionalidades de compra evenda de planos de aula presentes no sistema.

    O item 6 foi englobado com a criao de uma aba de Planos Sugeridos na tela inicial dosistema, onde o sistema lista planos de aula com caractersiticas similares aos que o usuriovem adquirindo.

    19

  • 6.3 PROTTIPOS 20

    Item Necessidade1 Falta de tempo para realizar o planejamento.

    2 Necessidade de troca e comunicao com outros professores de modosncrono e assncrono.

    3 Tomar nota sobre a experincia do autor com execues do plano de aula.

    4Necessidade de alocar recursos (espaos, materiais, dentre outros) etempo adequados para a realizao de atividades na sala de aula.

    5 Necessidade de criar dinmicas diferentes.6 Adaptar o contedo do plano de aula turma.7 Necessidade de entrega de planos para os alunos.8 Customizao dos planos de aula com a marca da escola.

    9Necessidade de receber sugestes de contedos digitais e vdeo-aulaspara complementar o contedo visto em sala de aula.

    10 Necessidade de reconhecimento dos professores com retorno financeiro.

    11Necessidade de confiana (indicao) no material (ou no plano de aula)e sistema de classificaco ou indicao de planos de aula.

    12 Necessidade de realizar uma validao do plano por outros professores.13 Compartilhamento prvio dos planos e materiais com pais e alunos (juntar).

    14 Receber um retorno dos alunos sobre a qualidade do plano de aula edos materiais utilizados na aula.

    15 Participao do aluno na criao do plano de aula.

    Tabela 6.1 Necessidades

    O sistema completo ser descrito na sesso seguinte de forma que se possa ter uma visomais detalhada de cada uma das suas funcionalidades.

    6.3 Prottipos

    Com a definio das solues na etapa de criao do sistema, a definio dos prottipos debaixa fidelidade foi iniciada, utilizando a ferramenta online de criao de diagramas Cacoo(https://cacoo.com/), tendo como resultado as telas das figuras 6.1 a 6.8. Os prottipos foramagrupados em quatro atividades bsicas da plataforma: cadastro e primeiro acesso ao sistema,criao e venda de plano de aula, busca e compra de planos de aula e visualizao de perfil quesero detalhadas a seguir.

    6.3.1 Cadastro e primeiro acesso ao sistema

    A landing page do sistema, exibida na figura 6.1, bastante simples e contm apenas umabreve descrio de algumas das funcionalidades da plataforma, um vdeo promocional e oboto Entrar, que, quando clicado, exibe campos para login e cadastro no sistema.

    Aps fazer cadastro o usurio direcionado tela inicial do sistema que na primeira utiliza-o precedida por uma janela de dilogo de boas-vindas. Essa janela contm tutoriais de uso

  • 6.3 PROTTIPOS 21

    Item Soluo Necessidades associadas1 Criao de planos de aula de maneira simples. 1,2,4,5,62 Construo colaborativa de planos de aula. 1,2,5,6,9,11,123 Avaliao de planos de aula existentes. 1,2,3,6,9,11,12,144 Avaliao da execuo de planos de aula existentes. 1,2,3,6,9,11,12,14

    5Envio de e-mail para reserva de recursos necessrios execuo do plano de aula. 4

    6Classificao de planos de aula atravs de tags queseguem taxonomia oficial. 1,2,5,6,11

    7Converso de planos de aula para diferentes formatosde apresentao (web, PDF). 7,13

    8 Comercializao de planos de aula. 10

    9Sugesto de planos de aula para professores e derecursos para planos de aula. 1,2,3,5,6,9,11,12,15

    Tabela 6.2 Solues

    para as atividades de busca e criao de plano de aula e visualizao do perfil. Ao ser fechada,a tela inicial do sistema exibida (figura 6.2).

    A interface padro do sistema contm uma barra de menus no topo com o logotipo no cantoesquerdo, seguido da barra de busca e dos botes de incio, criao de plano de aula, opes dousurio e logout (Sair), respectivamente.

    A tela de incio apresenta trs abas na metade superior e um calendrio na metade inferior.As abas delimitam os planos de aula criados pelo usurio, Meus Planos, os comprados ouadquiridos de forma gratuita, Planos Adquiridos, e os recomendados com base no contedode aquisies anteriores, Recomendaes. O calendrio anual e nele possvel adicionaras aulas que sero ministradas utilizando planos de aula das abas Meus Planos e PlanosAdquiridos. Os planos de aula presentes na aba Recomendaes devem ser adquiridos paraque possam ir para a aba de Planos Adquiridos e dessa forma poderem ser adicionados aocalendrio.

    6.3.2 Criao e venda de plano de aula

    Ao clicar no boto Criar Plano de Aula, localizado na barra de menus no topo da pgina,uma segunda tela exibida, a tela de criao de plano de aula (figura 6.3). Ela dividida emduas partes: a superior, que contm um pequeno formulrio destinado s informaes da aula,e a inferior, com um espao destinado ao diagrama das atividades a serem realizadas durante aaula.

    O formulrio destinado s informaes da aula foi criado com base nos elementos do planode aula encontrados na literatura e expostos na seo 2.3 e possui campos para definio dottulo, contedo, disciplina, nvel, resumo e objetivo da aula, alm de um campo onde podemser inseridos e-mails de um ou mais co-autores, que so usurios que podero contribuir com aelaborao do plano.

    Logo abaixo das informaes se encontra o espao destinado crio do diagrama de ati-

  • 6.3 PROTTIPOS 22

    Figura 6.1 Landing page

    vidades a serem realizadas na aula. A figura 6.3 ilustra um diagrama vazio. Para preench-lo ousurio deve arrastar as atividades que esto localizadas na barra esquerda para a rea delimi-tada pelo retngulo com ttulo Fluxo de atividades. A primeira atividade que ser realizadaem classe deve ser posicionada acima da primeira linha pontilhada (mais prxima do topo), asegunda abaixo da primeira linha pontilhada, a terceira abaixo da segunda linha pontilhada eassim sucessivamente, de modo que cada linha pontilhada delimite uma fase de execuo deatividades durante a aula e assim o fluxo tenha andamento com sentido para baixo.

    H um conjunto de quatro atividades padro que podem ser inseridas para criao do fluxode atividades: exposio de contedo, atividade em grupo, debate e atividade avaliativa. Essasatividades padro foram escolhidas com base em atividades realizadas com frequncia pelosprofessores. Para insero de qualquer outra atividade basta arrastar o retngulo editvel inti-tulado Outra e renome-lo com o nome da nova atividade.

    Tendo em vista que a complexidade de uma atividade realizada em sala de aula (ou foradela) vai alm de uma simples definio de ttulo, aps arrastar uma atividade para o espaodelimitado o usurio pode, atravs de duplo clique nesta atividade, ser levado a uma nova janelade dilogo que contm: uma rea de texto para melhor descrio da atividade, um espao paraupoload de recursos ou adio de links de pginas web, uma lista na qual pode definir o queser preciso para a realizao daquela atividade (projetor, computador, tablet, etc) e um campopara maro do tempo necessrio para realizao da atividade.

    Aps o preenchimento das informaes desejadas o usurio pode salvar as alteraes feitasna atividade clicando no boto Salvar no final da janela de dilogo ou cancelar as modifica-

  • 6.3 PROTTIPOS 23

    Figura 6.2 Tela inicial do sistema

    es clicando no boto Cancelar. O clique em qualquer um dos botes faz com que a janelade dilogo desaparea e a tela de criao do plano de aula seja novamente exibida.

    Um exemplo de fluxo de atividades pode ser visto na figura 6.4. Nela h alguns elementosnovos como as setas ligando as atividades, o texto indicando as fases e tempo estimado entreas linhas pontilhadas e os cones ao lado das atividades.

    Depois que o usurio cria as atividades e as posiciona no diagrama no local desejado elepode lig-las atravs de setas unidirecionais (sempre de cima para baixo). Para criar uma setaentre duas atividades basta clicar na atividade inicial e arrastar o cursor at a atividade seguinte.

    O texto que indica as fases de cada atividade e tempo de durao aparece automaticamenteaps sua insero. O texto que descreve cada fase apenas uma concatenao dos ttulos dasatividades e o tempo de durao a soma dos tempos de durao de cada atividade que compea fase. importante notar que a criao de mais de uma atividade por fase indica paralelismo,ou seja, todas as atividades posicionadas numa mesma fase sero realizadas ao mesmo tempo(as fases so delimitadas pelas linhas pontilhadas).

    Os cones que aparecem ao lado de cada atividade indicam os recursos que o usurio subiuatravs da janela de dilogo de tal atividade.

    Para salvar o progresso na criao do plano de aula o usurio pode clicar no boto salvar.Um pop-up aparece indicando que a ao foi realizada com sucesso.

    No caso de finalizao da criao do plano de aula o usurio deve garantir que todos oscampos de informaes da aula foram preenchidos (exceto o de co-autor que opcional), queo fluxo de atividades contm pelo menos uma atividade e clicar no boto concluir para ser

  • 6.3 PROTTIPOS 24

    Figura 6.3 Tela de criao do plano de aula

    redirecionado para a tela de visualizao do plano de aula (figura 6.5). Caso contrrio um pop-up aparece indicando h campos que precisam ser preenchidos (esses campos so indicados) eo usurio permanece na tela de criao de aula de plano de aula.

    Na tela de visualizao do plano de aula (figura 6.5) o plano de aula j foi criado e seencontra na tela de incio, na aba Planos Criados (figura 6.2), porm ele est disponvelapenas para o autor e co-autores, se existirem. Nesta tela de visualizao o autor pode publicara aula, tornando-a disponvel para outros usurios do sistema utilizando o boto Publicar;ver a lista de autores, clicando no boto Visualizar Autores; voltar para a tela de criao deaula, clicando em Editar, e assim poder fazer modificaes no plano; visualizar o link para oplano de aula atravs da leitura do QR code disponvel no canto superior direito ou visualizar alicena da Creative Commons, clicando sobre o cone CC.

    Ao clicar no boto Publicar uma janela de dilogo exibida. Nela possvel definir umpreo para o plano de aula ou no. Caso o usurio opte por publicar sem definir um preo, ele redirecionado para a tela de visualizao do plano novamente, agora com o boto de compar-tilhamento ativado (diferentemente do que visto na figura 6.5), podendo compartilhar o planode aula em redes sociais, enviar por e-mail ou compartilhar um link que disponibilizado.

    Caso opte por publicar com um preo (venda), o usurio direcionado a uma nova janelade dilogo em que aparecem as opes com os pacotes de assinatura (figura 6.6), uma vez quea venda de planos de aula s possvel se o usurio for assinante do pacote Mestre.

    Neste ponto as opes so: no adquirir o pacote e assim voltar para a tela de publicaopublicando o plano de aula com preo 0, adquirir o pacote viabilizando a venda do plano de

  • 6.3 PROTTIPOS 25

    Figura 6.4 Tela de criao do plano de aula com diagrama de atividades

    aula pelo valor desejado ou ainda no publicar o plano de aula mantendo-o restrito aos autores.De volta tela inicial do sistema possvel visualizar agora o plano de aula criado na aba

    de Planos Criados e adicion-lo no calendrio na data desejada. Os passos de adio aocalendrio foram suprimidos pelo fato de essa no ser uma atividade fundamental do sistema,mas trata-se de uma operao simples que iniciada com o clique sobre o boto Adicionar aoCalendrio, passando pelo preenchimento de informaes bsicas como data, hora, colgio eturma e sendo finalizada com o posicionamento do plano de aula (representado pelo seu ttulo)na data escolhida.

    6.3.3 Busca por planos de aula e compra

    Para buscar por um plano de aula de um determinado assunto basta digitar o assunto na barrade busca no topo da pgina e teclar enter ou clicar no boto azul com cone da lupa. Feito isso ousurio direcionado para uma pgina que contm uma lista de planos com o assunto definido(figura 6.7).

    Cada elemento da lista de planos de aula encontrados contm: uma miniatura do fluxo deatividades do plano, o ttulo da aula, o contedo abordado na aula, o trecho inicial do resumo daaula, o nome do autor do plano, a durao da aula, o preo do plano, a quantidade de pessoasque curtiram o plano (ao lado do cone da mo com polegar para cima) e a quantidade deusurios que utilizaram o plano (ao lado do cone da medalha). H ainda opes de filtragemda lista de planos de aula por disciplina, nvel de ensino, tempo de durao da aula e valor do

  • 6.3 PROTTIPOS 26

    Figura 6.5 Tela de visualizao do plano de aula aps criao

    plano.Para comprar um dos planos de aula da lista basta clicar no boto Comprar. No caso de

    planos de aula gratuitos a aquisio feita atravs do clique no boto Adquirir. Em ambosos casos o plano de aula vai para a aba de Planos Adquiridos na tela inicial do sistema.

    Caso queira visualizar o plano de aula antes de compr-lo o usurio deve clicar no cone quecontm a miniatura do fluxo de atividades desse plano, localizado esquerda, sendo direcio-nado a uma tela que contm: todas as informaes da aula (ttulo, assunto, resumo e objetivos)e o fluxo de atividades completo. Essa visualizao, contudo, no permite que os recursosda aula sejam acessados e nem as informaes detalhadas de cada atividade, j que esses sopontos cruciais da venda e que em caso de exposio poderiam ter seus contedos facilmentecopiados.

    6.3.4 Visualizao de perfil

    A visualizao do perfil do usurio feita atravs do clique no avatar do usurio, localizado nomenu principal (topo da pgina), no canto superior direito, que redireciona o usurio para a telada figura 6.8. Nesta tela o usurio pode subir uma nova foto de perfil (que substitui o avatar nomenu principal no topo), editar suas informaes pessoais, visualizar seu saldo, comprar crdi-tos, mudar o pacote de assinatura, atualizar seus dados para compra do PagSeguro, visualizar ohistrico de transaes realizadas, ver seus contatos ou modificar configuraes avanadas.

  • 6.4 COMPARATIVO ENTRE AS FERRAMENTAS EXISTENTES E A SOLUO PROPOSTA 27

    Figura 6.6 Tela de visualizao dos pacotes de assinatura

    6.4 Comparativo entre as ferramentas existentes e a soluo proposta

    Com a definio da soluo possvel comparar a nova proposta com as j existentes no mer-cado, destacando os diferenciais do novo sistema em relao aos demais, e fazer a validaodos prottipos com os usurios com o objetivo de verificar se a ferramenta atende aos requisitosde usabilidade.

    Dos sistemas apresentados na seo 4 sero apontados os que possuem funcionalidade paracriao, compartilhamento, compra e venda de planos de aula, possibilidade de colaborao nacriao dos planos e suporte ao Learning Design e destacada a relevncia de cada uma dessasfuncionalidades. A confiabilidade das informaes dos sistemas tambm ser relatada.

    A possibilidade de criao de planos de aula est presente no Paperless Teacher, Planboo-kEdu PlanboardApp, Portal do Professor, OpenGLM e na soluo proposta tendo sua impor-tncia j discutida no captulo dois, onde ressaltada a importncia do da elaborao do planode aula.

    O compartilhamento de planos de aula visto como fundamental uma vez que, como dizFreire em seu clssico Pedagogia da Autonomia O ideal que, cedo ou tarde, se invente umaforma pela qual os educandos possam participar da avaliao [do trabalho do professor]. queo trabalho do professor o trabalho do professor com os alunos e no do professor consigomesmo [11]. Logo, formas de compartilhamento que dem retorno ao professor sobre suaprtica so de grande valia. E, dentre os sistemas analisados, os que permitem compartilha-mento de planos de aula so o PlanbookEdu e o Portal do Professor, ambos com opes de

  • 6.4 COMPARATIVO ENTRE AS FERRAMENTAS EXISTENTES E A SOLUO PROPOSTA 28

    Figura 6.7 Exibio dos resultados da busca por plano de aula

    compartilhamento de planos de aula com outros professores. O sistema proposto permite cria-o colaborativa e visualizao do plano por outros usurios no cadastrados no sistema, casoo autor deseje compartilhar o plano de aula.

    A colaborao na criao de aulas foi um dos fatores levantados pelos professores no pro-cesso de imerso dita enriquecedora da prtica docente, porm carente no dia-a-dia do exercciodas atividades de planejamento escolar. H ferramentas que viabilizam colaborao na criaode planos de aula na soluo proposta, no PlanbookEdu e no Portal do Professor, que tambmconta com um frum de discusso.

    A compra e venda de planos de aula so opes que permitem respectivamente, gerar rendaextra e otimizar o tempo de criao de aulas. Essas opes, contudo, existem apenas na soluoproposta, sendo o nico sistema, dentre os analisados, com alguma forma de monetizao.

    O suporte ao Learning Design visto apenas no o OpenGLM, no havendo nenhum sistemaque abarque os componentes desta abordagem e ao mesmo tempo oferea um ambiente decriao de planos de aula de fcil utilizao dentre demais analisados.

    Levando em conta a confiabilidade das informaes, que um fator claramente relevante,em se tratando de ferramentas educacionais que lidam direta ou indiretamente com o processode formao de alunos, o Planejador do Projeto Ararib pode ser destacado por se tratar de umsistema desenvolvido com base em contedos dos livros de uma editora de destaque, a EditoraModerna, e o Portal do Professor tambm por ter um sistema de avaliao de planos de aulasubmetidos no permitindo publicaes sem passar pelo crivo de especialistas.

    Os diferenciais da soluo proposta so, portanto, a viabilidade de utilizao de compo-

  • 6.5 VALIDAO COM OS USURIOS-PROFESSORES 29

    Figura 6.8 Tela de perfil do usurio

    nentes de Learning Design, que tornam a nova ferramenta um produto intermedirio entre assolues de fcil utilizao do mercado e as complexas ferramentas de suporte ao LearningDesign, a possibilidade de compra e venda de planos de aula, que se apresenta como uma alter-nativa para gerao de renda extra aos professores e como facilitador e referncia do processode criao de planos de aula para aqueles que porventura adquiram planos de aula pagos.

    6.5 Validao com os usurios-professores

    Para validao com os usurios foi utilizada a tcnica de paper prototyping, que consiste nacriao de prottipos de papel de baixa fidelidade, ou seja, com os quais possvel visualizarideias de design em estgios iniciais do processo de concepo do design da soluo [19].

    Esta tcnica foi comparada a outra tcnica de prototipao de baixa fidelidade (computer-based) em [19] e mostrou-se til quando: as ferramentas disponveis para prototipao nosuportam os componentes e ideias que se deseja implementar; no se quer excluir membros dotime de design sem as habilidades de software necessrias; e quando os testes deveriam levar amuitos desenhos.

    No caso do sistema proposto, o fato de no ter sido encontrada uma ferramenta adequadapara prototipao computer-based das funcionalidades previstas e dos membros do time dedesign no estarem confortveis com algumas das habilidades de software necessrias si-mulao do software no computador, com todas as funcionalidades que se desejava validar,

  • 6.6 PROTTIPOS ATUALIZADOS 30

    optou-se pela escolha dos prottipos de papel que se mostrou uma tcnica rpida e barata deser utilizada.

    A validao foi realizada com trs professores da escola da rede pblica Olinto Victor,localizada em Recife, no dia 26 de julho de 2014. As funcionalidades validadas foram as deacesso ao sistema, criao do plano de aula, busca por plano de aula e compra e venda deplanos.

    Algumas das observaes principais do processo de validao foram as seguintes: certasformas de interao no ficaram claras para os usurios, na tela de criao de aula, por exem-plo, o detalhamento de uma atividade a ser realizada durante a aula, que feito atravs de duploclique sobre o componente que representa tal atividade, no foi identificado; algumas informa-es foram ditas excessivas e desnecessrias, como foi o caso da definio de tempo para cadaatividade a ser realizada em sala; aspectos positivos do sistema foram apontados, dentre eles apossibilidade de compra e venda de planos de aula.

    6.6 Prottipos Atualizados

    Com base nas obsevaes feitas na validao com os usurios-professores foram modificadasalgumas caractersticas da interface de criao de aula. Essas modificaes foram implementa-das no sistema que j se encontra em desenvolvimento, utilizando Ruby on Rails.

    Para sanar o problema mais crtico identificado que foi o de entender que as atividadeslocalizadas na esquerda poderiam ser arrastadas para formao do diagrama direita foraminseridas informaes textuais no diagrama e delimitadas reas para os retngulos de atividadescomo pode ser visto na figura 6.9.

    Uma outra forma de interao que no ficou clara foi a de duplo clique sobre um retngulode atividade para detalhar suas informaes. Este problema foi resolvido com o lanamentodireto da janela de informaes adicionais no momento em que a atividade adicionada aodiagrama (figura 6.10).

    Outras sugestes foram feitas pelos professores que avaliaram o sistema, porm, para quesejam implementadas, necessrio que surjam de uma demanda maior de professores de formaque se comprove uma necessidade.

  • 6.6 PROTTIPOS ATUALIZADOS 31

    Figura 6.9 Screenshot da tela de criao do plano de aula

    Figura 6.10 Screenshot da janela de dilogo de detalhamento de atividade

  • CAPTULO 7

    Consideraes Finais e Trabalhos Futuros

    Este trabalho descreve um projeto em andamento que trata da concepo de um ambiente co-laborativo de gesto de planos de aula. O planejamento pedaggico uma tarefa importantedesempenhada pelo professor, pois possibilita uma reflexo sobre as prticas de ensino e a se-leo e organizao dos contedos e atividades a serem realizadas com os alunos durante aaula, contudo acaba tendo o seu exerccio comprometido devido ao apoio cego no livro did-tico e nos anos de experincia docente e aos processos burocrticos, como o preenchimento deformulrios exaustivos, criados em torno dessa atividade.

    A abordagem de Learning Design descrita no captulo 3, trata tambm das prticas deensino, por envolver a descrio do processo de ensino-aprendizagem, tem no registro dessesunidades de aprendizado a utilidade de adaptao ao contexto, compartilhamento e reutilizao.

    Muitas ferramentas foram desenvolvidas com o intuito de assessorar o professor nesse m-bito. A anlise de algumas dessas ferramentas mostrou a existncia de funcionalidades queagilizam e melhoram o planejamento como a possibilidade de fazer planos de aula colaborati-vamente e os ambientes de criao de planos de aula interativos.

    A utilizao do HCD enriqueceu o trabalho com a utilizao das tcnicas centradas nohumano, que buscam na imerso no contexto uma forma de entender melhor as necessidadesdo usurio.

    A validao do sistema utilizando tcnicas como a de paper prototyping foi importante paraque a validao pudesse ser feita de forma rpida, motivo pelo qual foi escolhida essa tcnicade prototipao de baixa fidelidade, e assim fossem apontadas falhas de design e confirmadashipteses sobre o a utilizao do sistema, resultando em melhorias implementadas.

    O que o sistema traz de inovador e positivo a possibilidade de compra e venda de planosde aula e a utilizao do Learning Design na criao do diagrama de atividades da aula deforma mais simplificada do que feita nas plataformas de Learning Design existentes.

    necessrio, porm, um estudo mais detalhado das ferramentas de Learning Design, paraque esse padro seja mais explorado, ficando aqui essa sugesto para trabalhos futuros.

    32

  • Referncias Bibliogrficas

    [1] HCD methods. http://www.hcdconnect.org/methods. Accessed: 2014-06-17.

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    [4] BIELSCHOWSKY, C. E., AND PRATA, C. L. Portal educacional do professor do brasil.Revista de Educacin 352 (2010).

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    [13] FUZA, . F. As categorias constitutivas do gnero plano de aula. Artigo desenvolvidopara a disciplina ministrada pela professora Doutora Elvira Lopes Nascimento, do Pro-grama de Ps-Graduao em Estudos da Linguagem (PPGEL), da Universidade Estadualde Londrina (UEL).

    33

  • REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS 34

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    [16] MAURYA, A. Running Lean: Iterate from Plan A to a Plan That Works. "OReilly Media,Inc.", 2012.

    [17] N, L. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educaonacional (1996).

    [18] ROSSO, A. J. O que pensam os professores do ensino fundamental do planejamentodidtico? Olhar de Professor 2, 1 (2009).

    [19] SEFELIN, R., TSCHELIGI, M., AND GILLER, V. Paper prototyping-what is it good for?:a comparison of paper-and computer-based low-fidelity prototyping. In CHI03 extendedabstracts on Human factors in computing systems (2003), ACM, pp. 778779.

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    [21] VALENTE, I. Plano nacional de educao, vol. 20. DP&A Editora, 2001.

  • Este volume foi tipografado em LATEX na classe UFPEThesis (www.cin.ufpe.br/~paguso/ufpethesis).