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Irmãs de Jesus Bom Pastor– Pastorinhas Reavivar o gosto de Deus na humanidade de hoje Do 2° Conselho Geral Ampliado Tor S. Lorenzo, 7-16 de outubro de 2007

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Irmãs de Jesus Bom Pastor– Pastorinhas

Reavivar o gosto de Deus na humanidade de hoje

Do 2° Conselho Geral Ampliado

Tor S. Lorenzo, 7-16 de outubro de 2007

Do 2 CGA – 7-16 outubro de 2007 - 2

Sumário Apresentação p. 3

Síntese relação Superiora Geral p. 4

A comunicação das Circunscrições p. 10

Síntese expositores p. 10

Argumentos vários p. 13

Mensagem final da Assembléia p. 18

Conclusão do 2°Conselho Geral Ampliado p. 21

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Apresentação

“Provai e vede

como o Senhor é bom” (Sal 33,9)

Queridas Irmãs,

Concluímos há pouco o nosso 2° Conselho Geral Ampliado, durante o qual tivemos a oportunidade de contemplar juntas a obra que o Espírito Santo vai realizando na nossa Congregação, e de sentir profundamente como as suas inspirações nos conduzem pelo caminho de santidade e de comunhão sempre mais profunda entre nós. O mesmo Espírito que nos une, nos torna criativas no nosso ministério de cura pastoral, no meio do povo de Deus.

Para fazer-vos participantes da experiência vivida vos enviamos uma síntese dos conteúdos tratados e dos assuntos de interesse comum que consideramos juntas e que orientam a nossa vida de Congregação nos próximos anos.

Confio à vossa atenta leitura e ao vosso desejo de comunhão e de participação ativa, esta síntese, na confiança que todas juntas possamos olhar na direção que Jesus Bom Pastor nos indica e viver o que o Espírito nos sugere, para caminhar unidas no caminho da Vida, e dar a nossa colaboração à Igreja para “Reavivar o gosto de Deus na humanidade de hoje”.

Ir. Marta Finotelli

e Irmãs do governo geral Roma, 22 de outubro de 2007 Memória do Bem Aventurado Timóteo Giaccardo

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Síntese relação Superiora Geral Premissa

Esta comunicação é o fruto do diálogo cotidiano com o Senhor, vivido nesses dois anos de serviço à Congregação. Este aconteceu principalmente na oração, na escuta da Palavra; e narra a obra que Deus realizou por nós nestes nesses dois anos.

“Reavivar o gosto Deus na humanidade de hoje: o ministério de cura pastoral”, é o tema que escolhemos para este nosso encontro e é também o compromisso que assumimos como Congregação ao iniciar o nosso 70° de Fundação. É um modo diferente de expressar o conduzir às fontes da Vida, que está à base do objetivo do nosso 7CG. Estamos nos conscientizando sempre mais como seja difícil conduzir a Deus, fonte da Vida, quando a fé é fraca ou até inexistente. Sentimos o quanto seja necessário colocar em ação uma pedagogia espiritual que nos permita de reavivar o gosto pela Vida verdadeira e por Aquele que è o Doador da Vida, Deus Pai, Filho e Espírito Santo. Sabemos que se trata de despertar os sentidos espirituais, em nós primeiro e nas pessoas confiadas ao nosso ministério, dando nutrimento à mente e ao coração com conteúdos de fé muito sólidos e sabendo perceber o particular momento existencial em que se encontram.

Somos chamadas a entrar com a nossa mesma vida, na força do Espírito, na oferta de Cristo ao Pai. Isto nos permitirá de reavivar a novidade da Vida de Cristo em nós e nos batizados, para torna-los discípulos capazes de evangelizar os nossos contemporâneos.

Narramos a vida

Desde o primeiro encontro como grupo de governo, em julho de 2005, partilhamos o estilo com o qual entendíamos viver o nosso serviço: • Ajudarmo-nos a manter viva a fé e o abandono em Deus, na certeza que

podemos nos apoiar no Senhor e sobre nenhum outro; • Curar a unidade e a comunhão entre nós (cf. Col 3,12) segundo as

exigências do nosso serviço: sigilo, discernimento, lealdade, sustento recíproco, atenção para não favorecer forças que nos dividem, busca sincera entre nós e com todas as coirmãs que encontramos, muita escuta e capacidade de reconciliação, na consciência que a nossa conversão é cotidianamente necessária para servir os outros;

• Comunicar entre nós e com as coirmãs, não teorias, mas somente o que experimentamos na nossa vida com Cristo;

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• Acompanharmo-nos reciprocamente, renovando sempre a confiança no Senhor e entre nós, especialmente nas dificuldades, nos momentos de prova, nos aspectos mais exigentes e delicados que o nosso serviço requer ;

• curar a nossa a formação, a vida espiritual, como alimento e sustentação de tudo;

• darmo-nos tempos de oração prolongada, de reflexão, de estudo, e de distensão para melhor servir as coirmãs e, através delas o povo que o Senhor nos confiou nesse tempo;

• partilhar a nossa vida, a nossa história de amor com o Senhor, na acolhida de no apoio mutuo, para nos comunicar reciprocamente a misericórdia do Pai;

• permanecer abertas às surpresas do Senhor, sabendo que cada uma de nós tem uma riqueza particular para dar à nossa pequena comunidade .

Nesses dois anos realizamos as visitas breves às Circunscrições: para melhor conhecer as diversas realidades e para acompanhar mais de perto as irmãs, na atuação das orientações do 7CG. Perguntamo-nos mais vezes: ”Como conseguir um olhar espiritual sobre a realidade, um olhar que acredita no poder da Páscoa, que toca a vida, aquela confiança em Deus que o tem em conta em cada nossa opção?”. Neste encontro queremos considerar algumas prospectivas que surgiram em nós no contacto com as realidades que vimos diretamente, na tentativa de perceber o que o Espírito vai indicando à nossa Congregação.

O que o Espírito está abrindo para nós em relação ao futuro

É premente e repetido o convite a tornar ao Evangelho, à genuinidade da vida cristã, ao essencial e à simplicidade da vida batismal. Como nos recorda Pe. Alberione: “Há muita diferença entre ter somente um pouco de fé e ter uma fé sentida. Enquanto agradecemos a Deus de haver-nos infundido essa virtude no Batismo, nos interrogamos se esta em nós é viva ou quase morta” (PrP VI, 1961, p. 132).

Tornar ao Evangelho para evangelizar a nossa Vida Religiosa, para poder viver uma cura pastoral eficaz, num mundo que está sempre mais perdendo o sentido da vida, a consciência da presença de Deus na história humana. Achamos que isto se tornou questão de vida ou morte, para nós Pastorinhas, dar força a este aspecto que acreditamos verdadeiro também para as comunidades cristãs: levar as pessoas a viver a própria vida em Cristo. Estamos convictas que o futuro será de quem terá a coragem de retornar à essencialidade evangélica das primeiras comunidades cristãs.

O Testemunho do Evangelho, para nós que escolhemos de viver em comunidade, passa também através da qualidade do clima comunitário.

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Parece-nos que aquilo que bloqueia a vida fraterna e, de conseqüência a eficácia da nossa missão, não os conflitos ou as diversidades, mas o modo com o qual assumimos as situações difíceis, um modo que nem sempre expressa a comunhão com o mistério de Páscoa de Cristo. Sentimo-nos continuamente estimuladas a aprender a absorver o mal sobre nós, como o Senhor fez, evitando de contagiar outros com os nossos desabafos e o nosso mau humor, certas de que se absorvemos o mal em nós por amor de Cristo, esse será destruído e as feridas que nos provocamos reciprocamente por causa da nossa fragilidade, podem se tornar memória da Salvação recebida através o perdão e da reconciliação. Então justamente aquelas feridas se tornaram uma benção para nós e para os outros, um estreitar os laços da nossa vida em Cristo.

Cura da nossa vida em Cristo

Somente com um grande cuidado da nossa vida batismal è possível uma eficaz cura pastoral em relação aos outros. É necessário cuidar da nossa vida espiritual. A experiência nos ensinou que onde o Espírito encontra uma irmã aberta à sua ação, qualquer coisa que essa irmã faça ou diga, chega ao coração de quem vê e escuta, o enamora de Deus, e tece relações de comunhão, porque tem um coração livre da preocupação de si e envolvido no Amor.

É indispensável portanto nos exercitar numa continua vigilância sobre os pensamentos e sobre os sentimentos que deixamos entrar no nosso coração. Quando buscamos os culpados fora de nós, provavelmente não estamos cuidando da nossa vida espiritual mas manifestamos ser escravas da tentação. Quando pelo contrário somos guiadas pelo Espírito, reconhecemos o nosso pecado e buscamos desculpar os outros, olhando-os com olhos benevolentes e misericordiosos. Somente um coração puro sabe ver todas as pessoas belas , porque as vê através do olhar de Jesus, como Deus Pai as pensou, na confiança que também o maior pecador pode converter-se. É um olhar de esperança sobre cada pessoas criada à imagem de Deus.

A fidelidade à oração é preciosa para quem é chamado a evangelizar, porque quem reza è capaz de uma comunicação que atinge diretamente da Palavra na simplicidade e beleza de um Amor que é continuamente derramado sobre nós. Como seria diferente a nossa vida de consagradas se a relação com a Palavra de Deus fosse vital e decisiva nas nossas opções!

Vemos um grande perigo no conjunto da Congregação: fazer pelo Senhor um belo apostolado, mas perdendo a relação com Ele, porque demasiado ocupadas na realização de nós mesmas na missão e de

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conseqüência uma vida religiosa desbotada e uma vida fraterna inexistente ou demasiado pesada.

Se Cristo é verdadeiramente o centro da nossa vida não deveria existir dicotomia entre oração, como relação com Deus, e missão, como expressão concreta dessa relação vital.

Existe um modo contemplativo de estar na pastoral, que é o descrito nos Atos dos Apóstolos e que os nossa santos padroeiros, Pedro e Paulo, nos ensinam: Olhar a obra de Deus que sempre nos precede e contemplar o que o Evangelho provoca quando alcança a vida das pessoas. Portanto na missão é necessário partir sempre da contemplação da obra de Deus e da sua fidelidade no Amor. Como cultivar esta atitude em nós e nas nossas jovens em formação?

Cura da nossa formação

Se a nossa formação não volta a se estabelecer sobre as bases da vida cristã e a assumir uma sã pedagogia espiritual, será difícil conseguir solidez na Vida Religiosa e permanecer ancoradas ao Senhor, na luta contra as ciladas do mal e na complexidade de nossa época.

É para ser continuamente vivida função purificadora e salvadora da Palavra de Deus guardada na memória

É necessário ter em conta a função educativa da tentação e da luta espiritual contra as sugestões do mal. O caminho do Evangelho é uma luta perene sem limites: quando optamos de seguir Cristo entramos em luta contra o inimigo da nossa salvação, que, se não vigiamos e não estamos ligados estreitamente a Cristo, age sem ser perturbado e toma conta do nosso coração antes das nossas ações.

Se não preparamos jovens capazes de estar com o Senhor e de saborear a alegria da relação com Ele, para não perder-se na mentalidade deste mundo, teremos falido no serviço às novas gerações. Sabemos dar conteúdos, mas não oferecer uma verdadeira pedagogia da fé que habilite a pessoa a reconhecer na realidade os sinais do Espírito.

O nosso ministério de cura pastoral na Igreja

O ministério de cura pastoral é antes de tudo a arte da relação com a Trindade, entre nós e com as pessoas que nos são confiadas. Essa arte requer autêntica sinceridade, gratuidade, ausência de julgamentos sobre os outros, pensar e falar sempre bem, entrar na Páscoa de Cristo para descobrir a

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energia espiritual do sofrimento oferecido, agradecer sempre, também pela dor, pela fadiga e pela prova.

Requer ainda aprender a olhar as coirmãs a partir da salvação, a interceder por quem nos faz sofrer, expiar em nos mesmas a dor de Deus pelo pecado e a nossa dureza de coração, sentir-nos solidárias com o mal das irmãs e de toda a humanidade.

A nossa missão pastoral é chamada a inserir-se na vertente da Vida tornar-se capazes de transmitir vida perdendo e consumindo a vida por Cristo. Uma verdadeira “cura” das pessoas quando as consideramos na sua totalidade. Na sociedade há quem se preocupa de curar o corpo das pessoas, quem cura a psique, quem a dimensão sociológica, mas são poucos aqueles que se dedicam à cura do espírito, a favorecer nas pessoas o encontro com o Senhor. Esse é o aspecto mais descuidado hoje, e na verdade a dimensão espiritual é aquela que, com relação às outras, pode fazer efetivamente unidade na pessoas e favorecer a comunhão entre as pessoas.

Na nossa missão pastoral é necessária a criatividade, é oportuno porém sublinhar que o ministério de cura pastoral tem necessidade da criatividade no Espírito. Criatividade que bruta somente de uma mente unida a um coração purificado e livre de julgamentos, preconceitos, ressentimentos, teimosia. O Espírito criador se encontra campo livre difunde uma criatividade que conduz à comunhão, no caminho da Igreja e da Congregação. Hoje também o ministério de cura pastoral pode estar sujeito à tentação, por isso é necessário vigiar principalmente com relação à unidade e a comunicação

Sobre a unidade como capacidade de perceber, na fé, o que une também no momento do conflito, dar ouvidos somente às forças que unem, sabendo que a cruz é o ponto resolutivo da unidade e da superação de todos os conflitos.

Sobre a comunicação porque justamente na era da comunicação global nos encontramos incapazes de comunicar também as coisas mais simples, porque deixamos que o inimigo insinue a suspeita sobre a autenticidade, a sinceridade e a gratuidade do ato comunicativo.

Cura do serviço da autoridade

O ajudar-se a viver na fé acreditamos ser o primeiro serviço a ser feito à nossa família religiosa, para nos encontrar em Cristo, qualquer seja o lugar que ocupamos. Somos chamadas a ser, com a graça do Senhor, o espaço onde as irmãs podem encontrá-Lo e gozar da sua Presença e da sua misericórdia. Sentimo-nos interpeladas a olhar com olhos benévolos os limites das nossas

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coirmãs, para aprender a nos amar não porque somos perfeitas, mas porque pertencemos a Cristo.

A união com o Senhor nos mantém na serenidade e, deste modo, podemos perceber a Sua Presença, amar na gratuidade e viver em atitude de benção, de gratidão, em modo eucarístico. Para tanto vos convidamos a colocar maior atenção ao modo de comunicar, para não entrar na armadilha da contra posição das partes, aquele nós e vós que às vezes causa só a divisão e o levantamento de barreiras. Ajudemo-nos a cultivar um modo de comunicar que promova abertura, busca comum, disponibilidade a trabalhar juntas para encontrar soluções melhores. Habituemo-nos a pedir com freqüência o quer nos quer dizer o Senhor nas varias situações que vivemos. E aguardemos confiantes porque a resposta não tardará a fazer-se ouvir. Somente fazendo escolhas que nascem Dele, que se desenvolvem Nele e se concluem no Seu Amor teremos a certeza de servir o seu povo e de atuar em comunhão.

Outro compromisso irrevogável do nosso serviço à Congregação é o de nos ajudar e ajudar a cada irmã a tornar-se pobre, segundo o Evangelho; chegar à entrega de quem se fia totalmente de Deus e a Ele se oferece. A nossa pobreza em Cristo é o que nos permitirá de evangelizar. Uma pobreza que se exprime também vivendo na verdade de Deus, de nós mesmas e dos outros. Cofiar Nele totalmente, em qualquer situação, é expressão concreta da nossa pertença Àquele que chega de maneira sempre nova. O Senhor trabalha sempre, também quando não conseguimos reconhecer a sua passagem.

Conclusão

“Reavivar o gosto de Deus na humanidade de hoje”, è a expressão prioritária do nosso ministério de cura pastoral nesse tempo: Doa-nos hoje, Senhor, de gozar das coisas belas

que realizas em nós e nas nossas coirmãs Doa-nos um coração que saiba exultar no Espírito pela Palavra que nos chega e o fecunda de esperança, Tu nosso amado Pastor, ensina-nos a nos admirar do Amor que o Pai derrama continuamente nos nossos corações !

Ir Marta Finotelli

E Irmãs do governo geral

Tor S. Lorenzo, 9 de outubro de 2007

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A comunicação das Circunscrições As superioras de Circunscrição narraram a vivência da vida cotidiana das nossas comunidades, assim como foi se desenvolvendo nesses dois últimos anos, em que damos ênfase à Redescoberta da vida nova em Cristo no Batismo com a finalidade de tornar a fazer próprios os fundamentos da vida cristã e da consagração religiosa de Pastorinha. Cada uma apresentou também a pedagogia espiritual colocada em ação para favorecer, em todas as irmãs a nas jovens em formação, a continua conformação a Cristo Pastor Particular atenção foi dada ao compromisso, sempre atual, de viver relações fraternas e apostólicas mais “evangélicas “. Os nossos limites e os nossos esforços, vividos com Cristo, se tornam uma ocasião para nos perdoar e crescer na caridade, deste modo expressar com mais autenticidade o ministério de cura pastoral, nas Igrejas em que estamos presentes.

Síntese expositores

Ao dar espaço aos momentos formativos relativos ao serviço da autoridade e à missão da Congregação, foram considerados alguns temas ligados às diversas áreas, precedido por um dia de espiritualidade

Ä O dia de espiritualidade, foi guiado por Ir. Regina Cesarato, pddm, com o tema: “A Santidade como vida no Espírito, em Alberione, desenvolvendo através da lectio de Romanos 12,1-2: a vida nova no Espírito , e o Abundantes Divitiae.

Na Lectio sublinhou:

• A santidade na linha da Encarnação, cujo corpo é envolvido na sua capacidade de relação, e na mística pastoral como encontro profundo com Deus e com as pessoas que nos são confiadas.

• A vida no Espírito acontece no detalhe da vida cotidiana porque a santidade é a experiência de nos deixar transformar, é uma peregrinação para a interioridade, para a profundidade onde se encontra a vida de Deus.

Na dinâmica própria de Alberione evidencia:

• O homem do Espírito, que lê na fé a própria história, definindo-se “um quase sego, que é guiado...”( AD 202).

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• A sua santidade de vida está no deixar-se iluminar, guiar e permitir que Deus entre na sua vida, sem colocar resistência, como ele mesmo testemunha:”A Providência agiu segundo o método divino” (AD 43).

• Quando Deus toca a vida é para fazer algo de novo. Alberione vê a sua vida como uma vida nova no Espírito, um encontro com Deus na absoluta gratuidade.

Ä Dom. Lolenzo Chiarinelli abordou e tema “A cura pastoral para reavivar o gosto de Deus na humanidade de hoje: que atenções, que expressões, que estilo”:

• Através de João 21, especificou o significado das palavras dirigidas a Pedro por Jesus.”Seja pastor”: o ser, a identidade do pastor que permanece; “apascenta”: o ministério pastoral que se atualiza no tempo. Ilumina os temos ‘reavivar’e ‘gosto de Deus’.

• Para reavivar o gosto de Deus é necessário desenvolver o sentido da maternidade: a Igreja como mãe deve gerar vida, isto é, filhos para a vida, nós somos chamadas a gerar a comunidade dos que acreditam.

• Forma vitae: viver e ser, através de três dimensões que exprimem o modo organizar a vida: o ser, as relações, a proposta.

• Três são as lógicas que dão forma a uma regra pastoral e abrem o caminho para doar-se na gratuidade:

-A lógica do “caminho” de uma Igreja peregrina no tempo numa pastoral missionária.

- -A lógica do “Sim” de Deus ao homem, interpela o nosso sim: . a Deus na fé., . ao homem na caridade . à história na esperança.

- -A lógica da sombra: cobre mas não pesa, é presença que evolve, defende, acaricia, cura, é um modo de agir próprio de Deus.

Ä Michelina Tenace desenvolveu o tema: ”A sabedoria do governar na vida religiosa hoje”, a partir da exposição autoridade-obediência. Chamou à nossa atenção sobre quatro colunas necessárias para viver o serviço de governo nas comunidades religiosas:

• A tradição espiritual necessária para definir o estilo de governo que atinge à espiritualidade própria de cada família religiosa.

• A Trindade como fundamento no qual a Vida Religiosa encontra o modo de viver as relações e também a comunicação com a autoridade.

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• O pecado da comunidade expresso em três citações bíblicas:

• Il peccato della comunità espresso in tre citazioni bibliche: - Gen 11, 1-9 a torre de Babel: o individualismo; - Nm 11, o maná: o pecado da saciedade; - Es 32,1-6, o bezerro de ouro: a absolutizar as mediações.

• Um serviço a ser inventado na fé, colocando-se na escuta de Deus e custodiando a comunidade.

• A sabedoria a ser vivida no serviço da autoridade como chamado a tornar-se peritas na sabedoria das Bem-aventuranças

Ä Pe. Cicconi, ssp, com o tema “A formação paulina hoje: uma dinâmica formativa que saiba conjugar uma sólida espiritualidade a uma preparação cultural e pastoral qualificada”, nos recordou:

• A necessidade de passar de uma leitura emotivo-racional e parcial da realidade formativa a uma leitura integral, contemplativa, iluminada, da qual é importante fazer derivar a lucidez, a sinceridade e a tenacidade.

• A necessidade da mística na conformação a Cristo para um encontro profundo e vital com Ele numa presença amorosa, humilde e simples que atrai as jovens.

• A estreita correlação entre formação, experiência dos formadores, clima educativo, correta inculturação e vivacidade pastoral.

• A referência à experiência do B. Tiago Alberione, aos Documentos da Igreja e particularmente ao texto Vita Consecrata 110: “Não tendes somente uma história para recordar e transmitir, mas uma grande história para construir”.

Ä O Dor. Francesco Passarella, com o tema: “Economia e Justiça”, considerou conosco cinco aspectos importantes:

• A globalização, que além de ter efeitos positivos como a circulação do conhecimento (internet, telecomunicações), tem efeitos negativos devastadores, como o aumento da desigualdade, da pobreza relativa e também homogeneização da cultura que destrói as riquezas locais.

• A ética na Economia, que tem origem no XI século com Bernardo di Chiaravalle na Carta Caritatis (1098), na qual afirma: “não é lícito construir a própria abundância extraindo-a do empobrecimento dos outros”.

• O capitalismo moderno, que ignora o bem comum como bem para o maior número e aproveita, ao contrário, o bem total, isto é o maior bem

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sacrificando as minorias. Isso nos está levando a desequilíbrios sempre maiores e à distribuição das riquezas de modo sempre mais iníquo.

• Na economia civil ao invés o fim a atividade econômica é o maior bem para o maior número e portanto que ninguém venha a perder

Diante desta realidade a ação que cada cidadão/consumidor pode fazer é tomar consciência e se por a caminho do consumo crítico como instrumento de democracia econômica. Isso pressupõe informação, maior consciência e possibilidades alternativas, como por exemplo: mercado solidário, investimentos éticos e Bancos éticos, defesa da natureza, campanhas de boicotagem dos produtos das multinacionais que se aproveitam das Pessoas e Nações.

Argumentos vários

þ Logo oficial da Congregação

Motivação • Para a documentação oficial a Congregação dos Institutos de Vida

Consagrada e Sociedades de vida apostólica ( CIVCSVA) pediu que cada Congregação tenha papel com cabeçalho e LOGO que identifique a própria Congregação

• Nas visitas breves às Circunscrições recolhemos as sugestões e fr. Carlos Alberto González V., ssp, elaborou para nós o LOGO que vos apresentamos.

Descrição O logo, constituído por uma tríplice elipse que envolve o globo

terrestre, sobre o qual é impresso Jesus Bom Pastor crucificado, quer significar/expressar a vocação das Irmãs de Jesus Bom Pastor - Pastorinhas na Igreja, chamadas a partilhar o ministério pastoral de Cristo a serviço da humanidade.

É uma elipse aberta para o alto que acolhe Cristo Crucificado, único Salvador do mundo. Ele se apresenta como o Bom Pastor: Ego sum pastor bonus. A elipse é também aberta ao lado direito para acolher a sigla latina da Congregação sjbp, as Irmãs que pertencem a Jesus bom Pastor e foram chamadas a tornar visível a sua cura de Pastor para toda a humanidade.

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A cor dominante é o azul, reflexo do céu e do mar, mas estão presentes também outras cores do arco íris, sinal da beleza das obras de Deus. À direita prevalece o amarelo, cor da luz e do ouro, que indica a santidade de Deus e a transparência da criação saída das mãos do Pai e atravessada pelo sopro do Espírito

Na parte inferior domina o vermelho, cor do sangue no qual reside a vida, sangue derramado por Jesus sobre a cruz, para redimir o homem do pecado e resgatar, junto a Ele, toda a criação, que geme na espera da salvação (Rom 8, 22). O vermelho é também o sinal do fogo do Espírito Santo que tudo purifica e transfigura na beleza de Deus.

Explicação As três elipses aludem ao útero da Trindade Santa, Pai Filho e Espírito, coração da revelação cristã, fonte de Vida que não morre. É um útero aberto e acolhedor que doa a vida e salvação a toda a criação e envolve no Amor gratuito e fiel toda a humanidade, simbolizada pelo globo terrestre.

O rosto do Amor trinitário é Cristo Bom Pastor, Crucificado e Ressuscitado, no ato de dar a vida para reunir os filhos de Deus dispersos e reconduzi-los ao Pai. É o Filho, cuja divina humanidade assumiu a carne e a história para diviniza-la. Filhos no Filho, a nossa humanidade já entrou no mistério de Deus e ninguém deste mundo é excluído da salvação operada por Jesus Cristo.

As Irmãs Pastorinhas são como imersas na luz da Trindade e desta fonte de Vida atingem energia para viver e anunciar o Evangelho e a esta fonte conduzem o rebanho do Pastor Jesus, a elas confiado, a fim de que todos tenham Vida e Vida em abundância (Gv 10,10).

As três elipses podem também recordar as três demissões cristológicas que o Fundador nos propôs como pivô da nossa espiritualidade: ao centro está Cristo Bom Pastor Caminho Verdade e Vida (Gv 14,6). É Ele o Caminho novo e vivente que nos conduz ao Pai, a Verdade que nos torna livres, a Vida que nos preenche de alegria. Com Cristo, por Cristo e em Cristo sobe a Deus o nosso hino de louvor e oferecimento da nossa vida entregue para a missão pastoral.

As linhas que traçam a figura do mundo, são partidas ao centro, quase a indicar o mistério do pão Eucarístico, matéria assumida e transubstanciada no Corpo de Cristo, partido para saciar a fome e a sede de Deus que habita no coração da humanidade.

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Indicações para o uso

O logo é para o uso exclusivo da Congregação das Irmãs de Jesus Bom Pastor, distingue os documentos oficiais da Congregação e não pode ser usado para outra finalidade. Este nos caracteriza e nos distingue na comunicação dentro e fora da Congregação.

Podemos usar no cabeçalho para a correspondência oficial da Congregação e das Circunscrições, pode representar o nosso carisma também nos Sitos oficiais e nas ocasiões de particular relevância. Não pode ser modificado na forma, estilo e cor.

þ Os leigos cooperadores das Irmãs Pastorinhas Estamos aguardando a elaboração do novo Estatuto dos Cooperadores

Paulinos na qual está trabalhando uma equipe de Família Paulina. Aguardamos o novo estatuto com o qual, no Inter-capitulo, definiremos a configuração dos nossos Cooperadores. Por enquanto consolidamos a experiência com os grupos de Cooperadores leigos presentes nas nossas Circunscrições.

þ As nossas inserções apostólicas e o aspecto fundacional nas novas aberturas

• Nas novas inserções apostólicas se faz necessário apresentar com maior clareza a identidade da Congregação, do nosso Carisma pastoral e da nossa espiritualidade.

• Constituir comunidades numericamente mais consistentes, para que algumas irmãs possam também organizar semanas vocacionais, missões populares, etc. em outras realidades pastorais e tornar mais conhecida a Congregação.

• Considera-se nova fundação uma comunidade inserida numa Igreja local onde a Congregação entra pela primeira vez.

Para a avaliação das comunidades a experimentum se adotem alguns critérios: se existem ainda as motivações presentes na abertura, se o pedido do Bispo e do Pároco é ainda válido e permite a expressão do nosso carisma.

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þ Preparação ao Seminário sobre ministério de cura pastoral É apresentado o itinerário que prepara ao Seminário sobre o ministério

de cura pastoral, através de cinco Lectio divina que chegarão nas comunidade a cada três meses, de outubro de 2007 a dezembro de 2008. Cada comunidade receberá o material com as indicações. O tema é: “Nós não entendemos dominar a vossa fé, mas colaboramos para que tenhais alegria”(2Cor 1, 24). O Seminário foi prorrogado para as vésperas do 8CG.

þ Caminho de postulação

São partilhadas as iniciativas para fazer conhecer Ir. Elizabete Franchi: uma coleta de testemunhos desta Irmã, um opúsculo sobre a sua vida e uma apresentação dela no Sito: www.pastorelle.org

þ Serviços gerais na casa geral Para dar maior estabilidade à composição da comunidade geral e

desenvolver um sereno serviço de acolhida, as irmãs que fazem gosto e com competência o próprio serviço na casa geral, em dialogo com as Circunscrições de proveniência, podem ser confirmadas por todo o mandado do governo geral. Para alguns serviços se está refletindo se, no futuro, seja conveniente inserir pessoal leigo.

þ Partilha e solidariedade Nas Circunscrições está crescendo o espírito de família e também através uma concreta participação ao Fundo de solidariedade e às necessidades que surgem na Congregação. Há irmãs que se dispuseram, no seu tempo sabático, oferecer um serviço às irmãs anciãs e doentes, presentes nas comunidades de Albano Casa mãe e Negrar.

þ Casa geral È apresentado o imóvel encontrado como possível nova sede geral. São

dadas particulares informações sobre o custo e as negociações em curso. É comunicada a percentual de participação aos gastos, seja por parte de cada Circunscrição, como do governo geral. Aguardam-se novos avanços para concretizar a modalidade e os tempos de participação à aquisição.

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þ Testamento É oferecido o modelo deTestamento autográfico que as Circunscrições são

convidadas a confrontar com as leis da própria nação e a utiliza-lo com as devidas modificações se fosse necessário. Para os Testamentos feitos precedentemente e civilmente válidos, não e necessário refaze-los. Para os países onde a Congregação não é reconhecida como Entidade, foi entregue um modelo especial de Testamento autográfico para as irmãs que tem propriedades e “conta corrente” da Congregação encabeçadas no seu próprio nome.

þ Irmãs falecidas Para os funerais e o enterro das Irmãs falecidas: a Congregação provê

lóculo e o funeral, quando ao invés, os parentes desejam a Irmã no tumulo de família, se aceita a solicitação e a Congregação assume as despesas do funeral.

þ Regulamento Econômico O Regulamento econômico é apresentado e entregue às superioras de

Circunscrição. Este quer ser um instrumento através do qual ter em mão, com facilidade, as noções essenciais e os procedimentos que nos permitem de administrar evangelicamente os bens que a Providência de Deus nos doa, na consciência de ser administradores e não donos dos bens a nós confiados. O ser Congregação nos possibilita a alegria e a graça de trabalhar juntas para o Reino, cada uma com as próprias competências e também responsabilidades que lhe sãos confiadas. Como nos ensina o Bem Aventurado, no exercer cada serviço e entrega-lo “somos servos inúteis”, por conseguinte o espírito com que executamos todos os nossos compromissos quer ser aquele da gratuidade, da disponibilidade e do desapego.

þ Sito Depois de ter feito a memória do caminho realizado nesses anos, para o

desenvolvimento e crescimento do Sito Institucional, se sublinha a necessidade de ativar sempre mais novas colaborações, para torna-lo não somente instrumento de informação, mas também de formação. O sentido de família na nossa Congregação pode favorecer maior partilha das competências e recursos para responder ao pedido de formação pastoral dos que visitam o nosso Sito.

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Mensagem final da Assembléia O 2° Conselho Geral Ampliado se reuniu para partilhar a vida da

Congregação ao redor do tema Reavivar o gosto de Deus na humanidade de hoje, que explicita o objetivo do 7°Capítulo geral para todo o ano 2007-2008, dedicado à ‘santidade da Pastorinha no ministério de cura pastoral’.

O caminho percorrido juntas nos fez parar junto às fontes de vida: a escuta orante/ adorativa da Palavra de Deus, a sabedoria de Pe. Alberione , uma cura pastoral responsável capaz de gerar filhos de Deus nesse nosso tempo, o formar-se a um estilo evangélico de serviço entre irmãs e o viver profeticamente no mundo.

O que torna credível esse caminho é o ritmo da santidade, isto é a disponibilidade constante a nos deixar transformar pelo Espírito, passo a passo, e faze-lo junto, com as coirmãs que temos ao lado, na dinâmica pascal de fazer espaço à vida de Deus que vence o pecado em Cristo crucificado e ressuscitado.

Sentimo-nos chamadas a viver em continua conversão a Jesus Bom Pastor para crescer na mentalidade de fé que nos faz saborear a presença de Deus, abre-nos ao seu projeto de salvação, preenche de sentido os momentos difíceis e de prova. No caminho batismal reconhecemos que se encontra a fonte de conversão, a força para morrer ao pecado e nos revestir de Cristo, vida nova. Não esquecemos o sentido permanente da conversão, que não conhece pausas e habita relações reconciliadas.

É “através o cuidado da vida espiritual, caminho de santidade no cotidiano“, que Jesus Bom Pastor‘se forma em nós’: forma-se como Palavra de verdade e consolação, como caminho de relação, como vida oferecida incondicionalmente para todos.

A oferta da vida a Deus é agradável somente na santidade, porque pode unir–se àquela de Cristo, Àquele no qual o Pai se compraz. Portanto, neste momento, o cp. 12 da carta de S. Paulo aos Romanos, o itinerário que Pe. Alberione propôs no Donec Formetur Chiestus in vobis e que dá forma toda a nossa espiritualidade, nos parece útil para reforçar o nosso compromisso Queremos custodiar a graça de saborear e partilhar este gosto: oferece-o a oração, a familiaridade com a Palavra, a seleção doo que lemos e guardamos... e é um gosto que penetra no cotidiano feito de apostolado, de encontros, de obediências; destinado portanto não a nós mesmas, mas a ‘perder-se’ como sal que, desaparecendo, dá sabor ao ministério que nos é confiado.

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Se a vida do Espírito ‘forma’ em nós Cristo Pastor, quer dizer que podemos nos tornar mães, capazes de ‘gerar’ e irmãs, pobres entre os pobres.

A vida é gerada somente lá onde é oferecida: este é o amor de Deus. A Igreja nasceu do sangue de Cristo; ela mesma é mãe e cada comunidade eclesial tem a missão de ‘fazer vir à luz da fé’ os filhos que com paixão desejou, esperou e procurou. E depois continua a acompanhá-los, porque a maternidade eclesial é presença que faz crescer, é responsabilidade que não abandona, é capacidade de estar junto a cruz acolhendo novos filhos.

Na maternidade eclesial reconhecemos o horizonte significativo para a nossa maternidade pastoral, que oferece espaços de geração ao sentido de Deus, a uma busca mais profunda da verdade, a uma cultura da acolhida e da solidariedade.

É Cristo Bom Pastor a vida que habita o nosso útero? Se Ele está, não podem faltar os seus membros, que devemos gerar ao ‘nós’ da comunidade. Se Ele está, está o gemido dos pobres, que devemos fazer nascer à justiça. Somos também irmãs, sempre a caminho nunca sedentárias; missionárias, mas juntas, peregrinas, mas não aventureiras, confiadas ao caminho de Abraão; solidárias com a humanidade que sofre, com quem está ao nosso lado, com quem encontramos, com quem continua desconhecido. A possibilidade de caminhar expeditamente e de servir fraternalmente vale quanto a nossa pobreza, isto é a disponibilidade a abandonar-se, a estar com mãos livres de todas as coisas, também belas, também santas, porque queremos deixar que seja o Senhor a dizer o que é bom e santo para nós. Ele nos restitui o que lhe entregamos na fé e nos fortifica a solicitude da partilha que tem na Providência a sua confiante sabedoria. Não è talvez esta uma condição que nos faz sentir perto dos pobres que não tem seguranças, nem podem cria-las? [Na] A lógica do sim é aquela de Deus, que em Cristo, diz sim ao mundo e a cada uma de nós. É o seu quere bem, é o fogo que inflama e que Maria soube manter aceso para que pudesse acolher o sacrifício do Filho. Com ela, Ícone da Igreja, queremos aprender a dizer, dia após dia, o sim a Deus, que é a fé, o sim a nosso ministério que é a caridade, o sim à história que a esperança.

Queridas Irmãs, partilhamos nesta mensagem o que sintetizamos e assumimos como compromisso de vida para continuar a encarnar o objetivo do 7CG:

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Em contínua conformação a Cristo Pastor aprofundamos e re-expressamos ministério de cura pastoral para conduzir a humanidade de hoje às Fontes da vida.

Vivemos em contínua conversão a Jesus Bom Pastor através o cuidado da vida espiritual, caminho de santidade no cotidiano (Rm 12 e o itinerário do DF), como mães (capacidade geradora) e irmãs (pobreza como entrega) no exemplo de Maria, ícone da Igreja, na lógica do sim,

reavivando o gosto de Deus na humanidade de hoje.

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Conclusão do 2°Conselho Geral Ampliado 16 de outubro de 2007

Queridas Irmãs, nestes dias recebemos diversas provocações e solicitações, referentes a nossa vida pessoal e o caminho de toda a Congregação. Conseguimos juntas confirmar a orientação de viver em continua conversão, assim como o Evangelho e o nosso Fundador mais vezes nos indicaram. Caminho de conversão que se traduz também com atenções particulares, que nos fazem permanecer com espírito de discernimento na realidade em que vivemos e atuamos. Na conclusão do nosso 2CGA, desejo recordar alguns aspectos que considero particularmente importantes, para nos ajudar a encarnar o objetivo do nosso 7CG, e sobre os quais gostaria que retornásseis com os vossos Conselhos e às coirmãs das vossas Circunscrições, para continuar a reflexão comum.

Diante da cultura dominante do nosso tempo, que, como vimos, exprime ambigüidade, confusão, desorientação em confronto ao núcleo decisivo da existência, estou convicta que como Pastorinhas somos interpeladas a dar a nossa contribuição para preencher o vazio de Deus e de sentido que caracteriza a atual geração.

Com o nosso carisma pastoral, recebemos do Senhor um dom especial que nos permite de saciar com a água viva da Fonte essa sede de vida e de verdade presente no coração humano. Somos portanto chamadas a iluminar com a visão teologal da fé esses núcleos: a vida, dizendo com clareza qual é a sua origem e qual é o modo cristão de entender o viver e o morrer; o amor, afirmando a sua origem em Deus Trino, e indicando o modo de viver as relações segundo o Espírito; a economia, a paz, a justiça, testemunhando com transparência os critérios de Jesus Bom Pastor.

Também diante à devastação da natureza somos chamadas a mostrar como o mistério da encarnação, ilumina tudo o que é humano e terreno, porque assumido por Cristo e pela Igreja nos seus sacramentos. É necessário dar uma alma teologal também ao empenho de salvaguardar a natureza, dizer que essa nossa terra é cada vez mais submissa ao pecado do homem e tem necessidade de ser resgatada pela salvação de Cristo.

Acolhemos com convicção o convite a “ser sentinelas de esperanças e de criatividade na sociedade de hoje; a colaborar na evangelização com a eficácia do sacerdócio batismal e paulino; a cultivar uma fé profunda, que necessariamente é missionária e generosa”1. 1 Cf. Homilia de Pe. Sassi na celebração Eucarística de abertura do 2CGA, na Sob cripta do Santuário Regina Apostolorum, Roma, dia 7 de outubro de 2007.

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Nestes dias nos dissemos que um carisma nasce para responder a um vazio, a uma falta, a uma necessidade da Igreja e da humanidade. A nossa Congregação hoje tem muito para propor, tem muito para colocar à luz com a vida e com o seu ministério. Façamos frutificar o que recebemos como dom do Espírito através do Bem Aventurado Tiago Alberione. Há muitas coisas que podemos viver e fazer logo.

Diante do egoísmo e do orgulho do eu que já se tornou um sistema cultural, político e econômico, diante da ferocidade do utilitarismo e do individualismo assumamos o compromisso de cuidar desta humanidade, com a graça de Deus, propondo criativamente uma visão cristã da vida. Nós Pastorinhas hoje, podemos nos ajudar e ajudar outras pessoas a libertar-se da falsa imagem de Deus, para entrar na economia da salvação de Cristo, na gratuidade do dom e confiança na Providência divina

Creio que a falta mais grave que sofrem os nossos contemporâneos seja exatamente a falta de alguém que cuide deles de forma personalizada. O empenho de gerar vida que nos foi doado pelo carisma nos impulsiona a assumir com mais determinação o estilo de Jesus Bom Pastor, que conhece, chama por nome, orienta para pastagens que nutrem a vida e satisfazem a sede com água viva, que saciam de alimento substancial que dá significado a todas as dimensões da vida, que enfoca a dignidade da filiação divina.

Depois de escutar o que os diversos expositores quiseram partilhar conosco nestes dias, senti confirmado o risco que está correndo a fé cristã; como a Igreja perde terreno em muitos paises, justamente por essa falta de “cura” da vida cristã. Parece-me então que na missão de “cura” chegou o momento de colocar maior atenção no instruir, formar e santificar a vida cristã, seja com relação à fé dos batizados, seja para reforçar a nossa própria fé. É o momento de instruir, formar e santificar com os meios pobres do Evangelho, com a simplicidade e a pequenez que nos caracterizou desde o início da nossa Congregação.

Ao voltar às nossas Circunscrições ajudemos a nós mesmas, as nossas

irmãs dos conselhos e todas a nossas irmãs a ter o cuidado da vida cristã, a colaborar para que a Igreja tenha a credibilidade junto aos nossos contemporâneos e as paróquias se dediquem a um trabalho capilar, de reconstrução do tecido cristão nas famílias, com encontros pessoais e freqüentes precisamente com aqueles que arquivaram o próprio batismo. Tornemos a fazer o que o nosso Fundador nos confiou ao início e que com sabedoria somos chamadas a revitalizar: oferecer a instrução cristã, a formação cristã e a santificação cristã. Instruir, formar e santificar os cristãos de hoje, aquela faixa de povo de Deus que não participa às nossas reuniões paroquiais mas tem necessidade de uma presença nos momentos cruciais da

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vida, os perdidos, os que e não sabem mais distinguir o verdadeiro do falso, o bem do mal, a verdadeira santidade de fáceis influências milagreiras.

Inauguramos um ano para invocar o dom da santidade para nós e para

o povo que nos foi confiado, eis portanto o momento favorável. Talvez também nós e as nossas coirmãs sofremos de um certo mal- estar que se adverte no relaxamento pela ‘cura’ da fé, da esperança e da caridade e portanto no meio do povo de Deus temos necessidade de reconquistar força no Senhor para ser luz que ilumina e reduza as trevas, sal que dá sabor e gosto à vida, sabedoria cristã capaz de reavivar o gosto de Deus.

Sempre, nos momentos de crise, os cristãos tornaram a firmar-se sobre colunas bem claras: a Parola de Deus, a sabedoria dos Padres dos primeiros séculos e o exemplo dos santos. Por tanto também nós, para tornar a ser capazes de assumir a cura, podemos adotar a pedagogia da fé e da vida espiritual que nos ajuda a realizar o que nos propusemos nesses dias.

− Retornemos à Palavra de Deus de maneira mais vital. Este é também o convite do próximo Sínodo.

− Dediquemo-nos ao estudo e à leitura dos Padres. É a orientação de Bento XVI nas catequeses das Quartas Feiras.

− Demos mais tempo ao cuidado de nossa mente para continuar no estilo de discernimento pastoral. Alberione dedicou muitas de suas pregações à santificação da mente, para que os seus filhos tivessem um maior conhecimento espiritual dos conteúdos de fé e fossem mais enraizados sobre o que é essencial para a missão.

Concluímos com gratidão ao Senhor, este nosso 2CGA, cujo primeiro

objetivo foi aquele de crescer no sentido comum da Congregação. Ajudemos a difundir entre as irmãs o espírito de comunhão, a visão unitária do caminho de toda a nossa família religiosa, reafirmando aquele espírito de família, que o Senhor Jesus, nosso Bom Pastor, nos doou, reunindo-nos no seu Nome e no seu Amor (cf RdV 91).

Confiamos na força do Espírito, na intercessão de Maria e dos Santos da Família Paulina. Conservemos viva em nós a vida nova em Cristo Bom Pastor, de modo que o perfume do Ressuscitado se expanda nesse nosso mundo, com simpatia para os homens e mulheres do nosso tempo, através da nossa santidade de vida.

Ir. Marta Finotelli Superiora geral