iriato V InfoViriato Escola Secundária de · no âmbito de um trabalho de desenvol-vimento de...

16
Escola Secundária de V iriato Escola em movimento... páginas 2 a 12 Opinião... página 12 a16 O ponto e a Linha... (pág. 11) InfoViriato 10ª Edição Dezembro de 2011 Geográficamente falando No dia 19 de outubro... (pág. 4) DELF... (pág. 11) IDEAlaboratories...(pág. 9) Futuros cidadãos... (pág. 10) EDITORIAL A sociedade portuguesa vive uma conjuntura difícil que afeta a generalidade dos cidadãos, particularmente os que perderam os seus postos de trabalho. Se não se acabar com a vaga de desemprego (mais de 13%), não restam quaisquer dúvidas de que a nossa subsis- tência coletiva começa a ficar perigosamente em causa. No processo educativo, porventura o mais fascinante e complexo da vida humana, como é de todos sobejamente sabido, cabem enor- mes responsabilidades à família e à escola. Na verdade, é na família que as crianças e os jovens, para além de perceberem os princípios fundamentais da solidariedade e do respeito mútuo, aprendem os valores humanos que possibilitam uma convivência saudável em soci- edade. Por outro lado, a nível de complementaridade e aprofundamento, compete à escola a formação integral da pessoa humana, o desenvolvimento do jovem ao nível de todas as facetas da sua personalidade para conseguir trilhar um caminho digno e cons- truir uma vida com base no sonho de cada um. Hoje, mais do que nunca, desafiamos os nossos jovens ao empe- nho, ao sacrifício, à constância, à humildade e à dedicação. Calcorreando este exigente caminho, todos desenvolverão harmoni- osamente as suas aptidões físicas e intelectuais, bem como os seus sentimentos sociais, estéticos e morais. GABINETE DO DIRET GABINETE DO DIRET GABINETE DO DIRET GABINETE DO DIRET GABINETE DO DIRETOR OR OR OR OR Assistente de Língua na ESV... No dia 10 de outubro... (pág. 3)

Transcript of iriato V InfoViriato Escola Secundária de · no âmbito de um trabalho de desenvol-vimento de...

Page 1: iriato V InfoViriato Escola Secundária de · no âmbito de um trabalho de desenvol-vimento de práticas de solidariedade, e, claro, que foram recebidos na BE para se inteiraram da

Esc

ola

Secu

ndár

ia d

e V

iria

to

Escola em movimento...páginas 2 a 12

Opinião...página 12 a16

O ponto e a Linha... (pág. 11)

InfoViriato 10ª Edição Dezembro de 2011

Geográficamente falando

No dia 19 de outubro... (pág. 4)

DELF... (pág. 11)

IDEAlaboratories...(pág. 9)

Futuros cidadãos... (pág. 10)

EDITORIAL

A sociedade portuguesa vive uma conjuntura difícil que afeta ageneralidade dos cidadãos, particularmente os que perderam os seuspostos de trabalho. Se não se acabar com a vaga de desemprego(mais de 13%), não restam quaisquer dúvidas de que a nossa subsis-tência coletiva começa a ficar perigosamente em causa.

No processo educativo, porventura o mais fascinante e complexoda vida humana, como é de todos sobejamente sabido, cabem enor-mes responsabilidades à família e à escola. Na verdade, é na famíliaque as crianças e os jovens, para além de perceberem os princípiosfundamentais da solidariedade e do respeito mútuo, aprendem osvalores humanos que possibilitam uma convivência saudável em soci-edade. Por outro lado, a nível de complementaridade eaprofundamento, compete à escola a formação integral da pessoahumana, o desenvolvimento do jovem ao nível de todas as facetas dasua personalidade para conseguir trilhar um caminho digno e cons-truir uma vida com base no sonho de cada um.

Hoje, mais do que nunca, desafiamos os nossos jovens ao empe-nho, ao sacrifício, à constância, à humildade e à dedicação.Calcorreando este exigente caminho, todos desenvolverão harmoni-osamente as suas aptidões físicas e intelectuais, bem como os seussentimentos sociais, estéticos e morais.

GABINETE DO DIRETGABINETE DO DIRETGABINETE DO DIRETGABINETE DO DIRETGABINETE DO DIRETOROROROROR

Assistente de Língua na ESV...

No dia 10 de outubro... (pág. 3)

Page 2: iriato V InfoViriato Escola Secundária de · no âmbito de um trabalho de desenvol-vimento de práticas de solidariedade, e, claro, que foram recebidos na BE para se inteiraram da

InfoViriato2 10ª EDIÇÃODEZEMBRO DE 2011

Escola em Movimento...Escola em Movimento...Escola em Movimento...Escola em Movimento...Escola em Movimento...

Do Sítio da Biblioteca irradia leitu-ra, silêncio, prazer, estudo, pesquisa, in-formação, escrita, mistério, tranquilidade,lazer…

A Biblioteca existe para estimular nosalunos o prazer de ler e o interesse pelasculturas nacional e universal; para com-bater a iliteracia, associar a leitura, os li-vros e a frequência de bibliotecas à ocu-pação lúdica dos tempos livres.

Contam-se, nos seus objetivos, aju-dar ao crescimento e desenvolvimentoharmonioso dos alunos e promover o seusucesso nos vários domínios.

Este ano letivo, a equipa da BE, emparceria com os professores das váriasáreas e disciplinas, propõe-se desenvol-ver atividades para estimular nos alunosa apetência para a descoberta das vári-as potencialidades que a BEdisponibiliza: um fundo documental quetem vindo a ser actualizado e enriqueci-do, de apoio à leccionação de conteú-dos e à fruição da leitura; a realização detrabalhos com maior rigor; a pesquisa ori-entada em sítios Web fidedignos; a apre-sentação de trabalhos com recursos a fer-ramentas da Web 2.0, entre outros.

Durante o mês de outubro, no MIB,Mês Internacional das Bibliotecas Esco-lares, propôs-se a realização de sessõesde informação/divulgação das possibili-dades de trabalho e rentabilização dautilização da BE aos alunos do 3º ciclo edo 10º ano, no âmbito da Formação Cí-vica, e um Bibliopaper que lhes permitiaa descoberta da organização da Biblio-teca e regras da sua utilização, a que sedeu o nome Vamos conhecer a Biblio-teca; para assinalar o dia mundial da ali-mentação, propôs o concurso “A sopamais gostosa” em colaboração com os

professores de Ciências Naturais, Bio-logia e o gabinete da Educação para aSaúde; foram escolhidas as três sopasmais equilibradas e saudáveis que seconfecionaram, posteriormente, na can-tina da escola.

Nas sessões da atividade Vamosconhecer a biblioteca foi apresentadaa biblioteca de recursos digitais que estáa ser construída na plataforma Diigo e aque se pode aceder através do blogueda BE em: http://beviriato.blogspot.com(separador lateral - Nuvem de recursos

na Web) ou diretamente em http://www.diigo.com/user/biblioesviriato.

Destaca-se, ainda, o lançamento doconcurso Personalidade Mistério, aacontecer todas as semanas, uma formalúdica de os alunos desenvolverem assuas competências de pesquisa e conhe-cerem alguns vultos da Cultura nacionale internacional.

Intervalos com Livros foi tambémuma proposta para os Professores/fun-cionários poderem ter acesso aos livrosselecionados pela equipa, estimulando aleitura. Ainda neste âmbito, a professo-

ra bibliotecária dinamizou uma Sessãode Formação para professores, A minhadisciplina e a Biblioteca, com o obje-tivo de transmitir as várias hipóteses detrabalho e de interligação entre a BE eas várias disciplinas, no âmbito da leitu-ra, da literacia, dos materiais em suportedigital e físico, e de despertar o olhar/ointeresse, o gosto para esse trabalho decooperação e entreajuda.

Para assinalar o ano Internacionalda Química, algumas atividades estão aser levadas a cabo, como a exposiçãode modelos moleculares, por exemplo,o da insulina, no dia da diabetes; o da

molécula da nicotina, associada ao diado não fumador; o da morfina, no dia daObesidade para uma melhor compreen-são das reações químicas operadas noorganismo e responsáveis pelo funciona-mento de alguns órgãos. Neste âmbito,tem estado também patente na Bibliote-ca as exposições: material de laborató-rio de Química e modelos moleculares.

Também para assinalar o Ano Inter-nacional do Voluntariado, em colabo-ração com a os alunos do 10º ano dadisciplina de Formação Cívica, propõe-se colaborar na dinamização de sessõesde leitura/atividades nos vários locais queos alunos escolheram para a realizaçãodas suas atividades (Pediatria do Hospi-tal S. Teotónio, Centros de Dia e Laresda 3ª Idade)

Durante a semana de 24 a 28 de ou-tubro, a Escola recebeu dois Professo-res Timorenses que se encontram emprocesso de formação no âmbito de umprojeto da Universidade de Aveiro, di-namizado, também, pela ProfessoraMargarida Morgado; estes formandosassistiram às suas aulas do 10º ano, fo-ram também entrevistados pelos alunos,no âmbito de um trabalho de desenvol-vimento de práticas de solidariedade, e,claro, que foram recebidos na BE parase inteiraram da forma como se encon-tra organizada, quais as suas valências,como funcionam os empréstimos…

No âmbito do projeto “A magia dapalavra”, a Biblioteca Escolar e o Clu-be de Leitura, Música e Poesia repetem,este ano, o lançamento da Comunida-de de Leitores, direcionada especial-mente aos alunos do Ensino Secundário.O seu lançamento teve lugar no dia 2 denovembro com a apresentação dos seusobjetivos, das regras de funcionamentoe das obras que irão ser lidas e objetode partilha e discussão, nas várias ses-sões agendadas.

Inserido no mesmo projeto, o Pas-saporte de Leitura, cujo lançamentoestá agendado para o final do 1º perío-do, pretende estimular o gosto e o pra-zer da leitura nos alunos, uma ajuda paradescobrirem os seus benefícios que osenriquecerá culturalmente e ajudará noseu crescimento como seres humanos.

A equipa propõe-se também comba-ter o tabagismo e, nesse âmbito, assina-lou o Dia do Não Fumador com umainiciativa a que chamou – Poesia semFiltro com o intuito de levar os fumado-res a ler a poesia proposta, a refletir so-bre a mensagem veiculada no poema, oque pretende ser um estímulo para lar-gar o tabaco.

No que concerne ao Fundo Docu-mental foram, recentemente, integradosna coleção da BE livros das áreas de li-teratura juvenil, da História, Filosofia,Geografia… para ocupação dos momen-tos de lazer e apoio à elaboração de tra-balhos e construção do conhecimentodos elementos da comunidade escolar.Para divulgar as novidades que vão che-gando à Biblioteca, foi criada uma novasecção no blogue da BE em que se di-vulgam as capas e um breve resumo dosdocumentos, em especial dos de litera-tura juvenil. (http://beviriato.blogspot.com/search/label/No-vidades).

Informamos que também a secção depublicações periódicas está a ser sema-nalmente atualizada com a aquisição denovos números das revistas: 100% Jo-vem, Gente Jovem, Quero Saber, Blitz,Sport Life, Première, National

Geographic e jornais, como A Bola ouo Jornal de Letras.

Com tudo isto, a equipa da BE dese-ja contribuir para que a comunidade es-colar possa fazer o seu caminho deaprendizagem de forma mais saudável,menos conturbada e mais feliz!

A equipa da BE

O Sítio da Biblioteca

Biblioteca Escolar=Saber=Um poder para a Vida

Visita de Estudo aoMuseu Grão Vasco

Autorretrato do Pintor

Gata

A turma de Artes Visuais do 10º ano,na tarde do dia 29 de novembro, acom-panhada pela diretora de turma e pelaprofessora de História da Cultura e dasArtes, teve uma aula diferente da dohabitual. Fomos ao Museu Grão Vasco,no âmbito das disciplinas de Português ede História da Cultura e das Artes.

Neste local de cultura, usufruímos deuma excelente visita guiada pelasbelíssimas salas do museu. Após essepériplo, foi-nos proposto que fizéssemosuma leitura detalhada de um dosautorretratos que integram o acervo domuseu: os alunos com números ímparesfariam a leitura do de Pintor Gata e osalunos com os números pares fariam ade Columbano. Como sou número impar,apresento aqui o meu ponto de vista,relativamente ao autorretrato de PintorGata.

José de Almeida Furtado, maisconhecido por Pintor Gata,autorretratou-se numa obra, do séculoXIX (início), que está exposta no MuseuGrão Vasco, numa sala com o seu nome.Nesta obra, o Pintor Gata é jovem edescontraído. O seu rosto transmite o seuestado de espirito: pensativo e sonhador.O cabelo, curto e escuro, não se destacae mistura-se com o fundo do quadro. Oolhar expressivo transmite um certoromantismo e sedução. Pintor Gataapresenta-se num estilo casual, podendodizer-se até, um pouco desalinhado, aoestilo moderno francês. O pintor estásentado, com o cotovelo direito apoiadonuma mesa pequena e com uma pena namão. Sobre a mesa, há um esboço, queobservado de perto, parece ser umafigura humana, talvez um retrato. Noscantos superiores do retrato, existemduas aberturas: no lado esquerdo, aabertura é escura e em tons de castanho,podendo representar as dificuldades, osproblemas, as dúvidas e, também,transmitir a dificuldade em criar umaobra, a falta de inspiração artística; na

do lado direito, existe vegetação e umpedaço de céu azul que pode representara esperança, a tranquilidade, a fuga paraa solução/resolução dos seus problemas,a inspiração para a obra, a sintonia coma natureza e o universo.

Existe um grande contraste entre ofundo escuro, em tons de castanho e afigura humana visto que a luz, que advémda abertura no canto superior direito,incide no pintor, conferindo-lhe um brilhodourado. A iluminação tem uma grandeimportância neste retrato porque lhe dáum grande destaque.

Pessoalmente, acho que é uma obramuito bem executada e com um elevadonível de realismo. É um quadro muitoexpressivo e transmite, de certa forma, apersonalidade do autor.

Para finalizar, esta foi uma visita muitogratificante e teve especial interesse paraa nossa turma, visto que frequentamos ocurso de Artes Visuais. Nada comoaprender em in loco a arte que nos foilegada por vários artistas.

Mariana Menezes, 10ºE Nº. 19

Page 3: iriato V InfoViriato Escola Secundária de · no âmbito de um trabalho de desenvol-vimento de práticas de solidariedade, e, claro, que foram recebidos na BE para se inteiraram da

InfoViriato10ª EDIÇÃODEZEMBRO DE 2011 3Escola em Movimento...Escola em Movimento...Escola em Movimento...Escola em Movimento...Escola em Movimento...Colocação de uma Assistente Comenius enriquece proposta de atividades (extra)curriculares

Portugalci: národ, který chodí pozdì a milujepolévku?

Dojmy jedné Èešky v PortugalskuAno, první týden jsem mìla pocit, •e kamkoliv pøijdu, musím

èekat…dlouho…a obèas jsem se ani nedoèkala. Rychle jsem se nauèila, •ebude pro všechny lepší, kdy• nebudu chodit vèas. Sna•ím se opakovat si:hlavnì •ádný spìch. Pøesto obèas poøád èekám…

Intermezzo 1 – Setkáni asistentù Comenius v LisabonuSetkání zaèíná o 30 minut pozdìji, ne• bylo naplánováno. Skupina

nìmeckých kolegù (kteøí mají podobné støedoevropské vnímání èasu jakojá) pøichází s hodinovým zpo•dìním a jsou velmi pøekvapení, •e setkání u•zaèalo. Jedna z nich to komentuje: „Co se dìje? V•dy• jsme v Portugalsku!”

Èekat se ale vyplatí. Kdy• u• nìkdo koneènì dorazí, v•dy je milý, vìtšinoudobøe naladìný, ochotný pomoct zmatené cizince a hlavnì je usmìvavý. Jakto jen vy Portugalci dìláte? Mù•e za to slunce? Nebo snad výborná polévka,které bìhem týdne sníte snad litry?

Intermezzo 2 – V bistru ve ViseuJdeme s èeskou kamarádkou do bistra a dáváme si tak dobrou a levnou

polévku servírovanou v litrových miskách pøipomínajících noèník. Ona øíká:„To si dìláš srandu, ne?” I to je Portugalsko, moje milá.

A mohla bych pokraèovat – úchvatná architektura, slunce, krásná pøírodaa ty vlny! Ale také – dlouhé deštivé dny, ne pøíliš dobrá veøejná doprava,velmi temperamentní studenti (diplomaticky øeèeno)…

Nechci vás ale nudit, tak•e chci na závìr u• jenom podìkovat. Studentùma profesorùm, kteøí mají tolik odvahy a nadšení a chodí na mé hodiny èeštiny(a mo•ná se pokusí si tenhle èlánek pøeèíst i v originále), profesorùm, kteøími umo•òují se od nich uèit, jak uèit, a také všem tìm, díky nim• jsem poznalaPortugalsko takové, jaké je a které mám moc ráda. DÍKY!

Portugueses : aqueles que chegam tarde e quegostam de sopa?

As impressões de uma checa em PortugalNa primeira semana, eu tive a impressão que a qualquer lugar onde vá, tenho que esperar,

esperar muito, sendo que muitas vezes nem me veem. Eu aprendi rapidamente que será melhorpara todos se não entrar no tempo. Tento convencer-me: sem pressa. Mas acabo sempre poresperar.

Episódio 1 – A reunião dos assistentes Comenius em LisboaA reunião começa meia hora mais tarde do que inicialmente planeado. O grupo de colegas

alemães (que têm o percepção do tempo como eu, o nosso relógio gira ao toque do tempo daEuropa central) chegou uma hora mais tarde que o previsto e eles ficaram muito surpreendi-dos por a reunião já ter começado. Um deles diz: “Estamos em Portugal, é normal ninguémser pontual!”

Mas vale a pena esperar. Quando alguém finalmente chega, é sempre gentil, bem humorado,disposto a ajudar uma estrangeira confusa e é, sobretudo, sorridente. Como vocês, os portu-gueses, fazem isso? É do sol? Ou é da sopa excelente que comem aos litros durante a semana?

Episódio 2 – Num restaurante em ViseuFui com uma amiga checa a um restaurante em Viseu e comemos uma sopa muito boa e

barata que foi servida em tigelas de litro que pareciam penicos. Ela diz:”Tu estás a brincar?”.Isto também é Portugal, minha querida!

E poderia continuar a descrever – uma arquitetura arrebatadora, o sol, a natureza bonita eas ondas! Mas também encontrei os dias chuvosos e longos, o transporte público que não émuito bom e os estudantes agitados (diplomaticamente falando).

Em conclusão, pois não quero aborrecer, gostaria apenas de agradecer. Aos estudantes eaos professores pela coragem e entusiasmo com que frequentam as aulas de checo (é possívelque tentem ler este artigo pela versão original). A todos os professores que me possibilitaramaprender a aprender. A todos os que se cruzaram no meu caminho e me mostraram Portugalcomo ele é. País de que eu já gosto muito. OBRIGADA!

Anna Zelenková – Assistente Comenius

A Escola Secundária de Viriato lançou-se num novoprojeto no domínio da sensibilização e divulgação daslínguas estrangeiras e das suas culturas, candidatando-se a escola de acolhimento de um Assistente Comenius,consciente do seu papel no desenvolvimento de capa-cidades sócio-linguísticas, nas novas gerações, quepotenciem o estabelecer relações e a afirmação pesso-al e profissional num contexto multicultural.

A ideia do Departamento de Línguas e do grupodisciplinar de Francês era aproveitar o contributo deum assistente de língua francesa no apoio às docentesenvolvidas nos projetos da Secção Europeia de LínguaFrancesa (SELF) e do “Centre de Passation DELF”, asaber:

· na dinamização das aulas;· na preparação dos candidatos para o exame

internacional de língua francesa (DELF);· na organização e realização das provas orais e

escritas na escola;· na preparação de uma viagem a França;· na criação de materiais para as aulas das disci-

plinas linguística e não linguística da SELF.Pensou-se também dar, ao assistente que viesse a

ser colocado, a possibilidade de partilhar os seus co-nhecimentos, a sua cultura e a sua língua, com os alunose com a comunidade educativa em geral.

A ESV foi contemplada com a colocação de umaassistente, a docente Anna Zelenková, vinda da Repú-blica Checa, embora só por um período de três meses(o que levou a uma adaptação do projeto inicial). Nodecorrer deste primeiro período, os alunos e os pro-fessores puderam contar com o seu contributo não sóna lecionação das aulas de Francês, mas também comintervenções esporádicas em disciplinas/áreas comoPortuguês, História, História e Cultura das Artes, For-mação Cívica, Inglês, Educação Moral e Religiosa, etc.(A assistente voluntariou-se ainda para aulas de recu-peração de uma aluna que quis mudar de língua estran-geira no 11º ano e está a preparar-se para o examenacional de Francês.)

O destaque nas atividades desenvolvidas vai, pelasua “excentricidade”, para a oferta de aulas de Checo,a que têm assistido, de forma motivadíssima, alunos eprofessores e que culminou com a realização de umpequeno sarau noturno, na última semana do período.Este espetáculo permitiu a divulgação a toda a comuni-dade da língua e cultura checa e também das aprendi-zagens realizadas (apresentação de uma dramatizaçãoe canções checas por parte dos aprendentes).

Este ano, a comemoração do Dia europeu das Lín-guas foi dedicada à República Checa, tendo sido aindacelebrado o feriado nacional checo de 17 de novem-

bro, que relembra a Revolução de Veludo de 1989,ocorrida na ex-Checoslováquia.

A, assistente, Anna Zelenková, foi seguramente umamais-valia para a escola. Capaz de criar empatia com acomunidade escolar em geral e os alunos em particular,fomentou o desenvolvimento das competênciaslinguísticas e interculturais, constituindo-se como umtestemunho vivo (da sua importância para o desenvol-vimento da identidade pessoal e social), atendendo àsua formação ecléctica. e às vivências partilhadas.

A supervisora da Assistente Comenius

Assistente de Língua na ESVNo dia 10 de outubro, a turma P3 do

12º ano (Curso Profissional Técnico de Tu-rismo) teve uma aula diferente, na disciplinade Comunicar em Francês. A assistente delínguas, Anna Zelenková, natural da Repú-blica Checa, após a sua apresentação, deua conhecer um pouco do seu país, atravésde um jogo de perguntas.

No dia 19 de outubro, voltou à nossaturma, desta vez para lecionar um conteúdogramatical, o que se revelou uma aula inte-

ressante e diferente. O mesmo se verifi-cou no dia 30 de novembro com a abor-dagem do conteúdo temático “a lingua-gem SMS”. Depois de visualizarmos umpequeno vídeo, explicou os diversosprocessos utilizados na linguagem SMS.A aula foi muito interessante e lúdica,pois também nós tentámos por em prá-tica esta linguagem o que não foi tarefafácil.

Alunos do 12 P3

Page 4: iriato V InfoViriato Escola Secundária de · no âmbito de um trabalho de desenvol-vimento de práticas de solidariedade, e, claro, que foram recebidos na BE para se inteiraram da

InfoViriato4 10ª EDIÇÃODEZEMBRO DE 2011

Escola em Movimento...Escola em Movimento...Escola em Movimento...Escola em Movimento...Escola em Movimento...Geologicamente falando com…o Professor Galopim deCarvalho.

No dia 19 de outubro, o Professor Galopim deCarvalho veio à nossa escola falar sobre o que tantosabe: geologia! De manhã deu uma “aula” aos alunossobre a importância que a geologia tem no dia a dia,sobre as aplicações que esta ciência pode ter nas maisdiversas áreas e realçou a importância do trabalho deum geólogo. Para os alunos foi uma aula diferente!

À tarde, os professores da escola e da região deViseu tiveram oportunidade de conversar com oProfessor Galopim sobre “O quartzo na ciência, natecnologia e na arte”. Após esta palestra, osparticipantes deslocaram-se ao Monte de Santa Luzia,onde o Professor salientou a necessidade de semusealizar o local no sentido de ultrapassar o impacteambiental resultante da exploração do filão de quartzo,realçando as potencialidades educativas, turísticas eculturais que o Museu do Quartzo pode oferecer àregião. A tarde finalizou com um lanche oferecido atodos os participantes.

A opinião foi unânime: é sempre um prazer assistiràs lições do Professor Galopim!

Grupo 520

O projeto ‘We are not MAD. We are Making A Difference’ chegouao fim…

…ficam outra consciência e um “saco cheio” de experiênciasA escola esteve envolvida, durante os dois últimos

anos letivos – de 2009 a 2011 – num projeto multilate-ral de parcerias entre escolas, no âmbito do programaCOMENIUS, da agência nacional PROALV, ligadoàs problemáticas da sustentabilidade e daintercompreensão.

O projeto «We are not MAD. We

are Making A Difference.» permitiu a articulação en-tre as disciplinas de Biologia / Geologia e Geologia,Geografia e Línguas Estrangeiras, envolvendo, ao lon-go de dois anos, alunos de várias turmas dos ensinosbásico e secundário, de percursos regulares e profissi-onais.Preocupar-se com asustentabilidade e viver aintercompreensão…

No âmbito do tema da sustentabilidade, abordaram-se questões como a utilização de recursos naturais, areciclagem e a preservação da biodiversidade. O pro-jeto procurou ainda sensibilizar para aintercompreensão, isto é, a capacidade de compreen-der os outros e as suas culturas, e até em alguns casosa sua língua. Sendo um projeto de parceria com seisescolas da União europeia – Alemanha, Estónia,Hungria, Itália, Irlanda do Norte e Polónia –, permitiuaos alunos que nele participaram, nomeadamente àque-les que tiveram a oportunidade de viajar, viver experi-ências inesquecíveis.

Para além dos trabalhos a realizar com os alunosnas diferentes escolas parceiras, do projeto constavamreuniões de apresentação e de monitorização/avalia-ção anuais. Foram assim realizadas quatro reuniões deparceria: na Roménia, na Estónia, na Irlanda do Nortee na Itália. A ESV concretizou um total de 20 mobilida-des e, apesar de não ter sido definida como uma prio-ridade do projeto a deslocação de alunos, foi possívellevar a essas sessões de trabalho oito alunos, do 9º ao12º ano, escolhidos de entre os que mais colaboraramnas diferentes tarefas.

Contas feitas, foram perto de uma centena de alu-nos que, de uma forma esporádica ou mais duradoura,contribuíram para deixar uma excelente imagem do povoportuguês, da sua capacidade de trabalho e da quali-dade do que produz, assim como do seu saber-estar edo seu saber-ser, pela forma corretíssima e empenhadacomo participaram nas atividades realizadas, quer emPortugal quer no estrangeiro.

Constavam, igualmente, do projeto visitas culturais,de descoberta das cidades e regiões parceiras: Buda-peste, Kaiina, Belfast e Grottaglie. Foi assim possívelobservar diferenças comportamentais nas relaçõesinterpessoais, no respeito pelas instalações escolares ena preservação do património monumental e natural.Especialmente importantes para a construção da iden-tidade pessoal e social foram as atividades de convívioentre os jovens dos vários países parceiros, que leva-ram ao desenvolvimento de laços de amizade que per-duram nas trocas de emails e na página de rede socialcriada.… Marcar a diferença

No primeiro ano, as ações desenvolvidas pelas di-ferentes escolas parceiras foram sobretudo realizadasinternamente, embora divulgadas depois às outras es-colas da parceria. O principal objetivo era a partilha deboas práticas. No segundo ano, o trabalho de parceriaevoluiu abrindo espaço a experiências de corealização.

No âmbito do tema da sustentabilidade, o primeiroano foi, na ESV, dedicado ao reforço do incentivo à

reciclagem (de plástico, metal, vidro, papel, pilhas, tin-teiros e rolhas de cortiça); foram ainda concretizadasatividades de estudo e proteção do ambiente – a ex-ploração do Rio Pavia e a planificação, organização eimplementação de um jardim temático na escola (Jar-dim de estudo da sistemática, Jardim etnobotânico, Jar-dim da conservação da biodiversidade e Jardim dosreinos das plantas e dos protistas). As estratégiasimplementadas e os resultados alcançados, ao seremdivulgados, constituíram-se como experiências peda-gógicas de grande interesse para muitos dos nossosparceiros.

No segundo ano, os alunos das diferentes es-colas aplicaram-se na criação conjunta de um“Herbalbooklet”,isto é, uma publicação contendoinformação sobre plantas (com interessegastronómico, medicinal e em risco de extinção)características de cada país. Como forma de desen-volvimento da capacidade intercompreensiva (a outratemática central do projeto), foram, numa primeira fase,criados e partilhados documentos audioscriptovisuaisdivulgando a língua portuguesa e a região Dão-Lafões.No segundo ano, a escola coparticipou na organizaçãode um calendário ‘internacional’ multilingue para 2012,que apresenta ações específicas, realizadas nas dife-rentes escolas, ligadas a tradições e costumes locais,dando a conhecer as diferentes culturas e línguas.

É possível ter uma ideia do que foi feito pelos alunosda ESV ao visitar o blog da escola - «We are not MAD.

We are Making a Difference.» - Projecto Multilate-

ral de Escolas / COMENIUS (PROALV) (http://comenius-madproject.blogspot.com) - que conta o ca-minho percorrido desde a reunião de preparação, rea-lizada em janeiro de 2009 em Portugal. Os produtosda parceria também serão divulgados no site daPROALV – European Shared Treasure (http://www.proalv.pt/est).

Jovens das diferentes escolas parceirasvisitantes, aquando da recepção pelas autori-

dades regionais irlandesas, em outubro de2010

Jovens das diferentes delegações, na escolaitaliana, aquando da reunião final de avalia-

ção, em abril de 2011Os professores responsáveis

Page 5: iriato V InfoViriato Escola Secundária de · no âmbito de um trabalho de desenvol-vimento de práticas de solidariedade, e, claro, que foram recebidos na BE para se inteiraram da

InfoViriato10ª EDIÇÃODEZEMBRO DE 2011 5

ENCONTRO DE XADREZ

Realizou-se mais um encontro de Xadrez no âmbitodo desporto escolar, no dia 16 de novembro. A escolaanfitriã foi a E.B. 2,3 da Lageosa do Dão e reuniu 30xadrezistas, numa competição saudável.

O coordenador

FUNCIONAMENTO DO CLUBEDE XADREZ

RESPONSÁVEL: Prof. Nuno AzevedoLOCAL: polivalente

TODAS AS QUARTAS FEIRAS:Das 14h às 16h

A COMBINAR COM O PROFESSOR:SEGUNDAS FEIRAS – das 12h às 13hTERÇAS FEIRAS – das 11h30m às 12h30mSEXTAS FEIRAS – das 11h30m às 12h30m

JOGAR XADREZ É FÁCIL!

O jogador com as peças brancas começa o jogo.Os movimentos das peças são:

O objetivo de  cada  jogador  é colocar o rei dooponente  ‘sob ataque’, de tal  forma que o adversárionão tenha lance legal que possa evitar a captura do seurei no próximo lance. O jogador que alcançar esseobjetivo diz-se que deu “xeque mate” ao rei adversárioe vence a partida.

Escola em Movimento...Escola em Movimento...Escola em Movimento...Escola em Movimento...Escola em Movimento... Magusto de Educação Moral eReligiosa Católica

No passado dia 19 de Novembro de 2011, umgrupo considerável de alunos do secundário, juntamentecom os professores, deslocaram-se até Oliveira deFrades para o magusto da disciplina de EMRC.Estiveram presentes, também as seguintes escolassecundárias: Alves Martins, de São Pedro do Sul, deOliveira de Frades e de Vouzela.

À chegada fomos bem recebidos pelos alunos dasescolas referidas. Cada escola apresentou uma músicainterpretada por si. A nossa escola também apresentouum PowerPoint, cuja mensagem era alusiva àsolidariedade, em que todos nós podemos “dar umpouco mais do que temos”.

Como foi uma tarde muito desgastante, tivemos umbuffet à nossa espera, onde não faltaram as castanhas,tão caraterísticas desta época, e uma vasta gama dedoces e bolos caseiros.

É de salientar que esta atividade proporcionou oconvívio entre as escolas participantes, permitindo atroca de experiências entre os alunos que não quiseramfaltar a este magusto.

Ao fim da tarde, regressámos a Viseu, com umespírito mais alegre e mais afetivo.

Esperamos agora que esta atividade se realize pormuitos mais anos, permitindo que os alunos que virão aaproveitem como nós a aproveitámos.

Os alunos de EMRC

Feira dos Sabores

No passado dia 29 de Novembro, a Escola realizoua já tradicional Feira dos Sabores. O objetivo destaatividade é estimular e executar os Procedimentos Ad-ministrativos no Contexto Comercial e Serviços Pós-Venda, as técnicas de Merchandising, Atendimento,Marketing e Gestão de Stocks. Mais uma atividade dedestaque dos alunos do Curso de Práticas - Comerci-ais 3-A que, com motivação, dedicação e empenhoconcretizaram o evento com sucesso, tendo sido en-volvidos um elevado número de alunos, professores,funcionários, pais e encarregados de educação. A sa-tisfação dos formandos e da comunidade escolar leva aque os discentes pretendam realizar outras feiras, a fimde aplicarem os conhecimentos e melhorar as técnicascomerciais.

CEF 3A

Page 6: iriato V InfoViriato Escola Secundária de · no âmbito de um trabalho de desenvol-vimento de práticas de solidariedade, e, claro, que foram recebidos na BE para se inteiraram da

InfoViriato6 10ª EDIÇÃODEZEMBRO DE 2011

Atividades do Curso Profissional de Técnico de AnálisesLaboratoriais

No dia 16 de novembro, pelas 14:30H, os alunosdo curso Técnico de Análise Laboratorial, participaramno seminário “A química ao serviço do ambiente- Inovare empreender”, organizado pelo departamento deEngenharia do Ambiente, no Instituto Politécnico deViseu. Neste seminário constatamos que a Química, comos seus produtos e serviços, faz parte integrante donosso quotidiano e contribui para o nosso bem-estar.Falou-se de bioetanol, biodiesel, de aproveitar todosos recursos que a natureza nos disponibiliza, de modoa que nada seja desperdiçado nas nossas indústrias eda importância da capacidade em sermosempreendedores.

Os alunos referiram que a atividade foi muito inte-ressante, tendo contribuído para o desenvolvimento dasPAP’s de alguns alunos da turma.

A turma de 12ºP1, do curso técnico de análiselaboratorial, visitou, no dia 23 de novembro de 2011, afarmácia Viriato situada na cidade de Viseu, Avenidada Bélgica, com o intuito de conhecer as suas instalaçõese o seu funcionamento. Visitamos a zona dearmazenamento, vimos a aplicação de tecnologia aoserviço do Homem, através do robot que faz aarmazenagem e seleciona as embalagens demedicamentos por código de barras e tamanho,colocando-as, de forma a rentabilizar ao máximo oespaço, rejeita as embalagens fora de prazo, para alémde responder aos pedidos de receita, melhorandoconsideravelmente o tempo de atendimento ao utente.Também conhecemos o laboratório, a zona de lazerdos funcionários, a zona comercial e ficamos a conheceros serviços prestados por esta farmácia, nomeadamentenutrição, podologia, testes de diagnóstico rápido.

Os alunos consideraram a visita bastante interessanteuma vez que poderá ser um futuro local de FCT. Osnossos agradecimentos ao Dr Nuno Saraiva pela suadisponibilidade e forma como nos recebeu.

Os alunos 12P1

No dia 20 de Setembro, pelas 14:30H, na sala 18no pavilhão D, os antigos alunos do curso ProfissionaldeTécnico de Análises Laboratoriais dinamizaram umaacção de sensibilização e partilha de experiências daformação em contexto de trabalho e da prova de apti-dão profissional, para os alunos que estão agora a con-cluir o curso. Consideramos a vinda destes antigos co-legas bastante interessante, proveitosa e esclarecedora,possibilitando o conhecimento dos obstáculos e a formade os ultrapassar, bem como as vantagens de frequentarum estágio.

Como forma de agradecimento pela sua presença epartilha de experiências, foi-lhes oferecido um produtonatural feito por nós no laboratório da escola.

Os alunos do curso Técnico de Análises Laboratorial,no dia 9 de novembro, pelas 14:30H, dinamizaramexperiências simples e divertidas de Física e de Química,no Jardim de Infância da Póvoa de Abraveses. Estesmostraram um grande entusiasmo pelas atividadesdesenvolvidas, tendo, assim, os alunos do 12P1contribuído para desenvolver a curiosidade e o espíritocientífico junto dos mais novos.

Visita de estudo ao IKEA e aocomércio tradicional no Porto.

No passado dia 4 de Novembro de 2011, os alunosda turma do Curso de Educação e Formação de Práti-cas Técnico-Comerciais realizaram uma visita de estu-do à loja IKEA, em Matosinhos, e ao Porto. Os princi-pais objetivos eram permitir aos formandos a compre-ensão das estratégias comerciais de empresa, identifi-car e compreender as diferentes técnicas de atendimen-to, confrontar-se com a existência do comércio tradici-onal na grande cidade, conhecer alguns locais de inte-resse histórico e cultural.

De manhã, durante a visita ao IKEA, a turma divi-diu-se em grupos, de forma a facilitar o enquadramentodos formandos no espaço comercial. Durante toda aactividade, o ambiente vivido foi de satisfação, tendoos alunos se mostrado bastante motivados e interessa-dos.

À tarde, os docentes desfrutaram da realidade docomércio tradicional na Rua Santa Catarina e puderamapreciar as belezas de uma cidade com característicaspeculiares. Foi um momento de escola diferente em quese alargaram horizontes ao conhecimento de outras re-alidades e se verificaram, nos diferentes locais, formasdiversas da atividade comercial.

CEF 3A

Escola em Movimento...Escola em Movimento...Escola em Movimento...Escola em Movimento...Escola em Movimento...

Page 7: iriato V InfoViriato Escola Secundária de · no âmbito de um trabalho de desenvol-vimento de práticas de solidariedade, e, claro, que foram recebidos na BE para se inteiraram da

InfoViriato10ª EDIÇÃODEZEMBRO DE 2011 7

Saída de campo ao Geoparque de Arouca

Os alunos assistiram, ainda, ao trabalho realizadona unidade de transformação da pedreira de exploraçãode ardósia. Puderam verificar que cada placa de xisto(ardósia) era aberta manualmente para se observar aexistência de registos fósseis, visto que aquela é umazona onde as rochas nos fornecem notáveis informaçõesacerca do passado da Terra. No caso de seremencontrados excelentes fósseis de trilobites, estes sãocolocados em exposição no museu, para que os seusvisitantes os possam observar.

De uma forma geral, consideramos que esta saídade campo se constituiu como uma excelente actividadede motivação e de aprofundamento de conteúdos deGeologia e contribuiu para o reconhecimento danecessidade que todos os cidadãos têm de preservar opatrimónio geológico.

Os alunos de Biologia e Geologia do 10º ano

Visita de estudo a Coimbra

No passado dia 4 de novembro de 2011, no âmbitodas disciplinas de Francês, Comunicar em Francês eHistória e Cultura das Artes, o 9º D, as turmas de francêsdo secundário e o 12º P3 foram numa visita de estudoa Coimbra. Alunos e professores acompanhantesdirigiram-se, inicialmente, ao Teatro Gil Vicente, porvolta das 10h00, onde assistiram a dois filmes deanimação do realizador Sylvain Chomet, no âmbito da12ª Festa do Cinema Francês, promovida pelo Institut

Français du Portugal. Após o almoço, visitaram oMuseu Nacional Machado de Castro, onde se encontrao famoso criptopórtico romano com 2000 anos.

Esta atividade revelou-se muito proveitosa, namedida em que contribui para o enriquecimento de todosos intervenientes.

Alunos de Francês

Centro de Apoio ao Aluno

Na nossa escola, está a funcionar o Centro de Apoioao Aluno (CAA). É um serviço onde podes, voluntáriae confidencialmente, tratar qualquer problema pessoal:abordagem de problemas decorrentes das relações coma família, amigos e/ou professores; dúvidas sobre asexualidade, drogas, relações afetivas; conflitos com ospais, projetos de vida, entre outros.

De acordo com o protocolo estabelecido entre anossa Escola e o Centro Hospitalar Viseu – Tondela(Hospital de São Teotónio), regularmente, desloca-seà escola um dos médicos da equipa do Gabinete de

Os alunos que frequentam a disciplina de Biologia eGeologia do 10º ano de escolaridade da EscolaSecundária de Viriato realizaram uma saída de campoao Centro de Interpretação Geológica de Canelas(CIGC), no Geoparque de Arouca, no dia 26 deoutubro.

Partiram de manhã, em dois autocarros, receososda chuva prevista para esse dia. Chegados ao CIGC,assistiram a um pequeno filme de introdução às ativida-des que iam realizar ao longo do dia. A saída de campoteve os seguintes objetivos: sensibilizar para aimportância da preservação do património geológico;compreender a relevância dos fósseis na reconstituiçãodo passado da Terra; observar e interpretarcaracterísticas das paisagens metamórficas e promovero desenvolvimento de atitudes e valores inerentes aotrabalho colaborativo em ambiente natural.

As atividades realizadas sofreram algumasadaptações, resultantes das limitações impostas pelomau tempo que se verificou ao longo de todo o dia. Osalunos efetuaram uma visita guiada ao museu do CIGC,onde puderam observar vários achados fósseis deenorme interesse geológico, especialmente de trilobites.Tiveram oportunidade de fazer uma pequena atividadeprática de “caça ao fóssil”, na qual vários alunosencontraram alguns destes registos em placas deardósia, típicas na zona, que trouxeram para a escola eprometem mostrar a toda a comunidade educativa.

Apoio à Saúde do Adolescente (GASA). Podes sem-pre contar com esta ajuda preciosa. Basta estares atentoàs datas e horas de funcionamento. Para tal, consulta ohorário exposto no gabinete 15, pav. B ou no placardno polivalente.

No blogue “Crescer” (http://epsescrescer.wordpress.com/) podes encontrar respostas a algumas dastuas dúvidas no que se refere às questões da Educaçãopara a Saúde e Educação Sexual (EpSES).

A equipa da EpS

Escola em Movimento...Escola em Movimento...Escola em Movimento...Escola em Movimento...Escola em Movimento...

Page 8: iriato V InfoViriato Escola Secundária de · no âmbito de um trabalho de desenvol-vimento de práticas de solidariedade, e, claro, que foram recebidos na BE para se inteiraram da

InfoViriato8 10ª EDIÇÃODEZEMBRO DE 2011

Momento da visita guiada a Viseu, por Rui Macário,nos claustros do Museu Grão Vasco

Alunos do 11º P4 na receção ao grupo, na EscolaSecundária de Viriato

Aluna do 11º P4 a encaminhar uma colegaestrangeira para o Polivalente da Escola

Refeitório da Escola preparado para o almoço dedia 9 com os motivos gráficos dos corações de Vianado Castelo

IDEAlaboratories: no calor daFinlândia!

Foi realmente com uma temperatura de quase 30ºCque decorreu, entre 7 e 10 de Junho últimos, emTampere, na Finlândia, o terceiro workshopIDEAlaboratories (programa Comenius) intitulado Do

Bosque para a Cidade.A Escola Secundária de Viriato esteve presente com

cinco alunas dos 11º e 12º anos de Artes Visuais e duasprofessoras desta área disciplinar. Concretizou-se umconjunto de atividades muito interessantes, que se dividiupor dois dias no campo (numa casa centenária, no meiode um bosque e junto a um dos muitos lagos que existemno país) e outros dois na cidade. A par das oficinasvocacionadas para o desenvolvimento da criatividadee da atenção ao meio circundante, que ficaram comoreferência na abordagem à arte contemporânea que oprojeto IDEAlaboratories pretende aprofundar,desenvolveu-se, entre os professores presentes, umapartilha proveitosa de questões pedagógicasexperienciadas por todos, no quotidiano da profissão.

O workshop foi avaliado de forma muito positivapor todos os participantes. A atenção que nos foiprestada e a ótima organização por parte dasprofessoras da Academia Sara-Hildén, escola parceiraque nos recebeu, fez-nos sentir muito bem e tornou,certamente, esta deslocação à Finlândia inesquecívelpara todos os participantes!

Três alunas da Escola Secundária de Viriato queestiveram presentes em Tampere,

no meio de um grupo de estudantes oriundos dospaíses que integram esta parceria

A coordenadora do projecto

IDEAlaboratories: desta vez,fomos nós a receber os nossosparceiros!

Entre 8 e 11 de novembro, as escolas secundáriasde Viriato e Alves Martins acolheram os participantesna quarta oficina do projeto ComeniusIDEAlaboratories: how to integrate contemporary

art and art education? Estiveram connosco 29 alunose 16 professores das seguintes escolas: Sara-Hildén

Academy e Vantaa Art School (Finlândia); Sally Studio

e Tartu Children´s Art School (Estónia) e Janis

Rozentals Riga Art High School (Letónia). Da nossaescola, participaram os alunos do 12ºH e ainda os do11ºP4 do Curso Profissional de Animador Sociocultural,que fizeram a receção na Escola, e alguns alunos do11ºF que assistiram à apresentação final do resultadodas oficinas artísticas.

O trabalho principal, em Viseu, nos dias 9 e 10,centrou-se no tema específico desta oficina, “ArteContemporânea e Comunidade / questões sociais e

inclusão”. Desenvolveu-se o projeto “InterpretandoVozes” que constituiu uma experiência inovadora emtermos pedagógicos já que partiu da auscultação àcomunidade. Com base em entrevistas prévias ahabitantes de Viseu ou redondezas, alguns delespertencendo a grupos desfavorecidos, feitas durante omês de Outubro por alunos das duas escolasorganizadoras, aconteceram oficinas artísticas emdiferentes áreas expressivas (desenho, pintura,estampagem, instalação, stencil, performance),orientadas por artistas que desenvolvem a sua atividadena cidade, entre os quais Ana Barbero, BeatrizRodrigues, Graeme Pulleyn, Luís Belo, YuraldiRodriguez e ateliê de design Contra-Luz.

Decorreu, ainda, uma visita guiada à zona históricado Porto, no dia 8, orientada por Pedro Freitas,portuense e ex-professor da ESAM, que colaborou,desde o ano transato, neste projeto. Nesse dia, fez-setambém a visita à exposição de fotografia de ThomasStruth, patente no Museu de Arte Contemporânea deSerralves.

A visita guiada a Viseu, que decorreu na manhã dodia 9, foi feita por Rui Macário, da empresa ProjectoPatrimónio / Empório. Aliou-se a passagem em espaçosculturais e emblemáticos da cidade com a divulgaçãodo Ano Internacional Viseense “João Torto” (primeiroaeronauta português) e dos trabalhos artísticos darespetiva exposição “Arte & Intervenção em EspaçoPúblico”. O trajeto desta visita teve início no Rossio eacabou na Cava de Viriato, tendo-se, de seguida, osparticipantes dirigido para a nossa Escola onde ummerecido almoço os esperava!

Ainda no dia 9, alunos de cada uma das sete escolasenvolvidas fizeram a apresentação de um artista dosseus países, cuja obra aborde questões sociais e/ou artecomunitária. Pelos alunos do 12ºH, Filipe Cardosoapresentou as linhas gerais do trabalho de RIGO 23,artista madeirense, e deu a conhecer algumas das suasintervenções artísticas.

Na manhã do dia 10, decorreu uma apresentaçãopor Beatriz Lacerda do projeto de intervençãocomunitária COR (Cria, Ocupa, Recupera),desenvolvido em Aveiro, recentemente distinguido pelaFundação Calouste Gulbenkian, que tem o objetivo derevitalizar e recuperar espaços através da promoçãodo diálogo intergerações e da partilha de experiências.

O dia 11 de Novembro foi ocupado com a viagempara Lisboa e a visita à exposição de Vik Muniz, artistabrasileiro que promove ações de intervenção artísticadesenvolvidas com comunidades específicas, patenteno Museu Coleção Berardo, a que se seguiu uma oficinacom base na mesma.

Depois da despedida dos nossos parceiros nesteprojeto, para alguns até ao próximo mês de Fevereiro,quando decorrerá um novo workshop em Vantaa, nazona limítrofe de Helsínquia, ficou a agradável sensaçãode termos dado uma boa contribuição para este projeto.

Da avaliação feita por questionário a todos osenvolvidos e das opiniões orais e escritas que nos têmchegado, gratificamo-nos com as que referem ter sidoo workshop português inspirador para o trabalho adesenvolver por professores e alunos, nas suas escolas,sugerindo métodos pedagógicos que entendam a artetambém como um processo ético, socialmente implicadoe, por isso, como uma ferramenta para se pensarem osvalores sociais e humanos. Pensamos, assim, ter atingidoos objetivos deste projeto no que eles pretendemcontribuir para o aprofundamento do ensino eaprendizagem da arte contemporânea, através dapartilha de experiências e de métodos que motivem osintervenientes.

Permitimo-nos também realçar os elogios àhospitalidade sentida pelos participantes, bem traduzidano comentário de uma professora que registou ter

sentido que “este workshop foi organizado com o co-ração”. Foram, aliás, os corações característicos deViana do Castelo que deram o mote para asidentificações pessoais que cada um fez e usou ao peitodurante estes dias e que estiveram presentes tambémnos individuais do refeitório da nossa escola, no dia emque os nossos parceiros aí almoçaram.

Fica um sincero agradecimento a todos os que con-tribuíram para o sucesso desta iniciativa!

A coordenadora do projeto

Escola em Movimento...Escola em Movimento...Escola em Movimento...Escola em Movimento...Escola em Movimento...

Page 9: iriato V InfoViriato Escola Secundária de · no âmbito de um trabalho de desenvol-vimento de práticas de solidariedade, e, claro, que foram recebidos na BE para se inteiraram da

InfoViriato10ª EDIÇÃODEZEMBRO DE 2011 9

Joana Pereira e Ruben Morais, do 12ºH, durante aoficina de instalação realizada numa loja desativada docentro histórico

Apresentação do trabalho de dramatizaçãoresultante da oficina orientada por Graeme Pulleyn

Oficina orientada pelo ateliê de design Contra-Luz

Rosa Nikkari, aluna finlandesa, a aplicar o seu stencil

numa parede do estádio do Fontelo cedida pela CâmaraMunicipal de Viseu para o efeito

Comentários de alunos do 12ºHà semana ComeniusIDEAlaboratories

Foram dias de divertimento, de festa e de convívio,mas também foram dias de aprendizagem e de troca deexperiências e saberes!

António Custódio, nº3Durante a semana em que os nossos amigos do

projeto Comenius estiveram aqui em Portugal, maisprecisamente no Porto, Lisboa e Viseu, o tempo passoua voar, deixando-nos a desejar que tivesse durado umpouco mais!

Como já participei na oficina da Finlândia, sei que éuma experiência única de convívio e aprendizagem que,apesar de nos deixar completamente cansados, vale apena! Vale a pena por tudo o que aprendemos, todasas amizades que fazemos, toda a nova cultura queconseguimos respirar.

São dias que passam mais rápido que o normal,mesmo quando estamos a trabalhar a sério. Estamostão divertidos e concentrados que nem nos damos conta!E no fim da semana, quando nos temos de despedir unsdos outros, pensamos sempre que a semana passourápido de mais…

Joana Pereira nº7A semana foi divertida e tivemos a oportunidade de

aprender, no meu caso, como fazer stencils. Com oprojeto Comenius, temos a oportunidade de conhecernovas culturas.

Catarina Silva nº4Foi uma semana formidável! Gostava muito de

repetir.Os workshops foram todos diferentes, mas todos

muito bons a todos os níveis.Foi uma experiência muito gratificante para mim.Adorei conhecê-los a todos!P.S. Tenho saudades da Sonja.

Stéphanie Ferreira nº12Foi uma semana intensa de cultura, aprendizagem e

de grande divertimento.Filipe Cardoso nº5

Gostei muito da experiência e do convívio, apesarde ter pena de não termos tido mais tempo para falarmose nos conhecermos. O que ficou foi suficiente pararepetir! J

Rita Pereira nº2A semana Comenius foi bastante interessante. Os

workshops foram muito produtivos, realizaram-setrabalhos originais e diferentes do habitual.

Acho que as finlandesas foram as mais sociáveis edeixaram saudade pela alegria delas.

Adorei!Joana Miranda nº8

Foi uma semana diferente, diferente em váriosaspectos desde os workshops às pessoas que nelesparticiparam.

Conhecemos novas pessoas, com uma culturadiferente, outros estilos de vida…

Sem dúvida, uma experiência para recordar e repetir!Marco Santos nº9

Escola em Movimento...Escola em Movimento...Escola em Movimento...Escola em Movimento...Escola em Movimento...Projeto Educação para a saúde

Na escola, o trabalho de promoção da saúde comos alunos tem como ponto de partida “o que eles

sabem” e “o que eles podem e devem fazer” para seproteger, desenvolvendo em cada um a capacidade deinterpretar o real e atuar de modo a incutir atitudes e/oucomportamentos adequados. Neste processo, osalicerces são as “forças” de cada um, nodesenvolvimento da autonomia e de competências parao exercício pleno da cidadania. Educação e Saúdepartilham objetivos, permitindo que as escolas setransformem em lugares mais apetecíveis para aprender,ensinar e trabalhar. Assim, a escola, enquanto entidadeque se pretende seja promotora de saúde, deveimplementar planos estruturados e sistematizados tendoem conta o bem-estar e a saúde e um desenvolvimentosocial para os alunos, pessoal docente e não docente.Embora de forma incipiente, reconhecemos, é o que setem tentado fazer na nossa escola.

À semelhança dos anos anteriores, a equipa daEducação para a Saúde e Educação Sexual (EpSES)tem procurado desenvolver atividades que vão aoencontro das necessidades da comunidade educativa,contribuindo para a aquisição de competências que lhepermitam confrontar-se positivamente consigo própriae, deste modo, fazer escolhas conscientes e responsáveisna promoção de hábitos de vida saudável. Tem sido,de igual modo, preocupação da equipa construir e/oudisponibilizar materiais didáticos que possam serutilizados na abordagem dos temas definidos no Projetode EpSES e auxiliar na concretização das atividadespropostas.

Até ao momento, já foram feitas algumas atividades,das quais destacamos a comemoração do dia Mundialda Alimentação, a campanha de recolha de sangue, acolaboração no concurso “Sopa saborosa é maisapetitosa” e a recolha de dados relativos aos hábitosalimentares dos alunos.

A equipa dinamiza um espaço na internet aberto atoda a comunidade educativa, criado ao abrigo dodisposto no Artigo 10º, ponto 5, da Lei 60/2009, de 6de Agosto, no qual se disponibilizam informações dediferentes áreas temáticas: alimentação,toxicodependências e educação sexual e outras deinteresse geral (como por exemplo, diascomemorativos). Estão em fase de (re)construção osprojetos de implementação da educação sexual, deacordo com a legislação em vigor, nomeadamente,  aLei n.º 60/2009, de 6 de Agosto, a Portaria nº 196-A/2010, de 9 de Abril e o Despacho n.º 19308/2008, de21 de Julho, Número 9 e alínea a) do número 10.

A equipa do EpS

Projeto financiado com o apoio da ComissãoEuropeia. A informação contida nesta publicação vinculaexclusivamente o autor, não sendo a Comissãoresponsável pela utilização que dela possa ser feita.

Page 10: iriato V InfoViriato Escola Secundária de · no âmbito de um trabalho de desenvol-vimento de práticas de solidariedade, e, claro, que foram recebidos na BE para se inteiraram da

InfoViriato10 10ª EDIÇÃODEZEMBRO DE 2011

Escola em Movimento...Escola em Movimento...Escola em Movimento...Escola em Movimento...Escola em Movimento...Pormenores da visita a Viena...

Mostrou-nos catedrais esplêndidas egrandiosas, umas do estilo barroco, ou-tras do estilo gótico e, ainda, uma igrejadiferente, de estilo moderno. Convidou-nos a subir os 344 degraus da Catedralde Santo Estevão, ou o elevador pa-norâmico da Karlskirche, para que pu-déssemos apreciar a beleza da cidade deViena.

Como em Viena é obrigatório uma vi-sita à opera, no programa estava incluí-da a representação de uma opereta, naVolksoper. Quem diria que a língua ale-mã era tão bela representada e cantada?Mesmo os alunos que não tinham qual-quer contacto com a língua, conseguiramaperceber-se do fio condutor da históriaem palco. Foi uma sensação única.

O complexo da Organização dasNações Unidas em Viena, foi outro doslocais visitados. Aqui são tratados todosos assuntos da energia atómica(“International Atomic Energy Agency”).Achei interessante que nos tivesse feitoa visita guiada um jovem chinês, o Jimmy.

Futuros cidadãos europeus pró-ativos em ‘incubação’ da ESV

Para além das explicações relativas à Ins-tituição que representa, ensinou-nos al-guns vocábulos em chinês e nós em por-tuguês.

Uma fonte de riqueza na região é ovinho, daí a visita a um mosteirobeneditino, Stift Klosterneuburg, co-nhecido pela enorme adega com vinhosmuito conhecidos. A existência de umpipo com capacidade de 5 mil litros dei-xou-nos boquiabertos.

A meio da semana, visitámos a gran-de atração de Viena, os palácios da fa-mília real. A residência habitual,“Hofburg” é composta por vários edifí-cios e foi aumentando ao longo dos tem-pos de acordo com a vontade dos seussenhores. Apreciamos as Jóias da Co-roa, visitámos a Escola de EquitaçãoEspanhola e a Biblioteca Nacional,onde estão guardados manuscritos queremontam ao século IV. Nesse mesmodia, deslocámo-nos, ainda, ao Palácio de“Schönbrunn”, o palácio da “Sissi”,

como é conhecido e que foi a residênciade Verão dos Imperadores. A História,os detalhes da vida quotidiana, a beleza,elegância e a riqueza do Palácio deixou-nos fascinados e com vontade de viverum conto de fadas. Para terminar aindafomos ao Jardim Zoológico, parte in-tegrante de Schönbrunn.

Visitámos o Museu de Arte Moder-na, o Museu de História Natural e oda História de Arte, bem como oBelvedere, onde apreciámos belíssimosexemplares da pintura de Gustav Klimtou Egon Schiele.

Conhecíamos Viena da televisão oudos livros, mas a oportunidade de verao vivo estes locais maravilhosos não épossível descrever por palavras.Andámos de barco, de eléctrico, de au-tocarro e de Ü-bahn, o que nos permitiudeslocar a todos os pontos turísticos deforma rápida de eficiente.

Dia 23, sábado, estava na hora de re-gressarmos a Viseu, Portugal, para con-tarmos a todos como tinha sido a via-gem, o que tínhamos visitado, as amiza-des que tínhamos feito. Porque para alémdos monumentos, também fizemos no-vas amizades, algumas que esperamossejam duradouras. Vínhamos tristes pornão podermos ficar lá mais tempo, masfelizes por termos passado uma excelentesemana.

E voltámos convictos que em brevelá voltaremos.

Melanie, nº 24, 11º A

Andámos a contar ansiosamente osmeses, as semanas, os dias e as horasque faltavam para voarmos rumo a Vie-na. E finalmente o dia de partir, 17 deAbril de 2011, chegou.

Para alguns, andar de avião já não eranovidade; para outros foi uma nova ex-periência que gerou alguns medos, masque a diversão e a amizade trataram defazer desaparecer.

Chegámos a Viena de noite, cansa-dos mas muito felizes e concentrados emtudo o que nos rodeava. Estávamos aten-tos a esta nova cidade que já começá-vamos a conhecer; estávamos atentos eabertos a esta nova experiência.

Segunda-feira, dia 18, começámos anossa visita. A acompanhar-nos, a nossafantástica guia do Ministério da Educa-ção e da Cultura Austríaco, a Gabriela.De um modo simples e claro, porque sa-bia das nossas dificuldades de comuni-cação na língua do país, explicou-nos asrazões históricas, políticas e sociais dosdiferentes monumentos que visitámos.

Com o objetivo de implementar umamaior dimensão europeia no seu traba-lho junto dos alunos e de contribuir paraum maior conhecimento sobre os outrospaíses e culturas, têm os docentes res-ponsáveis pelo Clube europeu da ESVprocurado concretizar atividades varia-das que potenciem o desenvolvimento de

cidadãos mais competentes, mais aber-tos e mais ativos, tanto a nível local comointernacional. A participação no Parla-mento dos Jovens e no Euroescola, aorganização de uma viagem de estudoao estrangeiro, a realização de exposi-

ções e palestras sobre temáticas de inte-resse nacional e europeu, assim como acomemoração de dias europeus são al-gumas das propostas que o clube anual-mente apresenta aos alunos.

O desenvolvimento da cidadania aonível da participação política já está emmarcha, estando formadas listas de alu-nos que mostraram interesse em partici-par no Parlamento dos Jovens. Atemática deste ano – Redes Sociais – écomum aos ensinos básico e secundá-rio, embora abordada numa perspectivadiferente. Para melhor preparação dosalunos na realização das sessões de de-bate parlamentar (ao nível de escola,numa primeira fase e ao nível distrital enacional, em fases seguintes), está aindaa ser programada uma ação de esclare-cimento e debate com jovens represen-tantes das estruturas partidárias, a con-cretizar nos primeiros dias de janeiro.

Aproveitando a colocação da Assis-tente Comenius e a oferta de aulas decheco, o clube decidiu avançar com‘Cursos de língua’, nomeadamente defrancês, inglês, alemão e espanhol – lín-guas do currículo – e também de russo –aproveitando o contributo de alunos vin-dos da Europa de Leste. Estas aulas,dadas em forma de clube, não só permi-tirão aos alunos manter e/ou desenvol-ver os seus conhecimentos como tam-bém lhes possibilitarão prepararem-se e

proporem-se a exames internacionais delínguas que serão úteis para o seu futuroacadémico (participação no programaErasmus ou estágios no estrangeiro) eprofissional, o que já acontece, há algunsanos, com o Diploma de Ensino de Lín-gua Francesa, na nossa escola, e acon-teceu, no ano passado, com aCertificação Europeia de Língua Alemã.

A globalização e a necessidade de so-ciedades cada vez mais multilingues emulticulturais veio realçar a importânciada aprendizagem de línguas estrangeirase criar condições de incentivo à mobili-dade e à cooperação a nível europeu emundial. O Clube europeu da ESV quercontribuir para esta gigantesca tarefa, daía sua colaboração com o Departamentode Línguas na concretização de viagensa países da União Europeia. O desti-no proposto para este ano veio no se-guimento do projeto da Secção Europeiade Língua Francesa, da turma do 9º D, eestará aberta a todos os alunos de Fran-cês e Espanhol da escola, já que se pro-põe visitar Barcelona e Nice, Nîmes eCannes. A viagem está prevista para aprimeira semana do terceiro período.

Os docentes responsáveis peladinamização do clube acreditam que to-das estas acções, assim como as que pos-sam vir a concretizar-se, trarão inequí-vocas vantagens para a formação inte-gral dos alunos nos planos: linguístico,

pelas condições facilitadoras da apren-dizagem da língua estrangeira que pro-porcionam; cognitivo, pela destreza men-tal que desenvolvem a aprendizagemmultilingue e a reflexão crítica sobre pro-blemáticas globais; socioeconómico, pe-las possibilidades futuras de mobilidadeprofissional e de ação políticossocial; e

cultural, pela abertura ao mundo e me-lhor conhecimento de si, do seu país eda sua própria língua.

A coordenadora doClube Europeu

Page 11: iriato V InfoViriato Escola Secundária de · no âmbito de um trabalho de desenvol-vimento de práticas de solidariedade, e, claro, que foram recebidos na BE para se inteiraram da

InfoViriato10ª EDIÇÃODEZEMBRO DE 2011 11Escola em Movimento...Escola em Movimento...Escola em Movimento...Escola em Movimento...Escola em Movimento...A ESV recebe a senhora cônsulde França para uma entrega dediplomas de língua francesa

Quase uma centena de jovensobtém o Diploma de Estudos deLíngua Francesa

Foram 92 os jovens candidatos aos exames DELF-Scolaire, que se realizaram nos dias 12 e 13 de maio de2011, nas instalações da nossa escola. Alunos da ESVmas também da Escola Secundária de Castro Daire,do Agrupamento de Escolas de Penalva do Castelo, daEscola EB 2,3 de Lamego, da Escola Secundária Latino

Coelho de Lamego, da Escola Secundária de Trancoso,do Agrupamento de Escolas de Sátão, e da EscolaBásica Integrada e Secundária Jean Piaget; da nossaescola eram 21 os examinandos.

O exame DELF confere uma certificaçãoreconhecida mundialmente. As provas avaliam ascompetências de compreensão e de expressão dosexaminandos, na escrita e na oralidade. São quatro osníveis do Quadro europeu comum de referência paraas línguas estrangeiras – A1, A2, B1 e B2 – que podemser realizados pelos alunos dos ensinos básico esecundário. Houve candidatos para todos eles e osucesso foi quase total.A senhora cônsul relembra aimportância da aprendizagem doFrancês.

Depois de avisada pela Alliance Française dachegada dos diplomas (provenientes de França), a ESVorganizou a cerimónia de entrega. Contactado oconsulado de França, esta ficou marcada para o dia 28de novembro de 2011, no polivalente da escola. Presidiuà sessão a senhora Cônsul de França no Porto, Dra.Aude de Amorim, tendo ainda estado presente a Dra.Anne-Laure Stamminger, adida da embaixada econselheira pedagógica para o ensino do Francês, aDra. Helena Almeida, em representação da DireçãoRegional de Educação do Centro, a Dra. Gracinda Nery,presidente da Alliance Française de Viseu, e a Dra. AliceFernandes, diretora pedagógica dessa instituição.Vieram receber o seu diploma, acompanhados das suasprofessoras, a quase totalidade dos alunos queprestaram provas.

Fazendo as honras da casa, a turma do 9ºD – daSecção europeia de língua francesa – agraciou ospresentes com uma pequena dramatização e uma cançãoem língua francesa, muito aplaudida por todos ospresentes.

O diretor da escola deu início à entrega dos diplomas,agradecendo a presença dos ilustres convidados efelicitando alunos e professores pelo sucesso alcançado.Fez referência à importância da aprendizagem das línguasestrangeiras para o futuro formativo e profissional dosnossos jovens, atendendo à crescente globalização. Asenhora cônsul também felicitou os diplomados,congratulando-se pela opção da língua francesa,vaticinando-lhes melhores saídas profissionais,esgotados que estão alguns mercados, uma vez quenovas ofertas de mão-de-obra qualificada emergem emFrança e noutros locais de expressão francesa, como oMagrebe, a Bélgica, o Canadá ou Andorra.

A coadjuvante de Francês.

Os alunos do 9º ano desejam a toda a comunidade educativa um Santo Natal e um prospero Ano Novo.

Page 12: iriato V InfoViriato Escola Secundária de · no âmbito de um trabalho de desenvol-vimento de práticas de solidariedade, e, claro, que foram recebidos na BE para se inteiraram da

InfoViriato12 10ª EDIÇÃODEZEMBRO DE 2011

Acantonamento de E.M.R.C. doSecundário

Mais de uma centena de jovens de várias escolas secundárias dodistrito de Viseu estiveram em Mira, nos dias 17 e 18 de Dezembro nojá “tradicional” acantonamento de E.M.R.C. Foram dias de alegria,partilha, festa, jovialidade, reflexão, oração… Partilhamos o testemu-nho de um dos grupos (“Explosão”) sobre uma das actividades.

«Todos nós, hoje bem cedo acordámos ansiosos por participar nestaaventura, uns já com uma ideia fundada, outros com uma vaga ideiabaseada nos comentários de amigos e professores acerca desteacantonamento. Mas é certo que nenhum membro do nosso grupoesperava uma tarde inesquecível como esta. Sorrimos, corremos,aprendemos e muito mais, e com isto cada membro definiu esta tardecom uma palavra: união – pelos laços criados esta tarde; interação econvívio – pelos sorrisos e alegria trocados ao longo do percurso;aprendizagem, experiência e conhecimento – pelas vivências trocadasno grupo; aventura e descoberta – por todos os obstáculos e dificul-dades pelas quais passámos; divertimento e harmonia – pelo positivismopresente nesta tarde; interesse e vontade – sem os quais não teríamoschegado ao fim.»

Professores de EMRC

O ponto e a linha

Trabalhos realizados pelos alunos do 7ºA;B e C – tendo como mote elaboração de postais de natal.

Escola em Movimento...Escola em Movimento...Escola em Movimento...Escola em Movimento...Escola em Movimento...

O EpS na Língua Portuguesa

Opinião...Opinião...Opinião...Opinião...Opinião...

Aposentação

A D. Milu tem andado triste e só ago-ra descobrimos porquê… Já não termi-nou o primeiro período connosco! Fo-ram muitos anos ao serviço da nossaEscola, muitos tabuleiros preparados edesmontados, muito material lavado earrumado, muitas experiências e materi-al de PAP‘s. Também nos dava algumasdicas quando a professora nos pediamaterial que deveríamos saber identifi-car ou nos via fazer asneiras… A sua re-forma chegou. Assim, desejamos-lhe asmaiores felicidades para a nova vida quea espera.

Os alunos do CPTAL

murche, Donsa corre perigo. Três dias depoisde se retirar, a planta começa a mirrar, umavez que, no seu percurso, é posto à provasem o saber, não seguindo os conselhos dofeiticeiro. Desta forma, os recursos mágicosque recolhe são indevidos.

A partir deste momento, surge um con-flito: chegado a uma aldeia, prontifica-se a sal-var a filha do rei, matando o monstro das setecabeças que devorava todas as donzelas, si-tuação só resolvida pelo seu irmão que haviaido em seu auxílio.

Chicote, obedecendo aos ensinamentosdo feiticeiro, salva a donzela real, após ter se-guido uma trajetória diferente da do seu ir-mão e de ter sido mal recebido pelos alde-ões, todavia o seu ato heróico é ofuscado peloseu irmão que reclama o feito.

No dia do casamento, recompensa doherói, como o rei solicitara ao seu futuro gen-ro o troféu de caça, que são as sete cabeçasdo monstro, este foge e finalmente Chicote érecompensado.

O caminho de ambos os irmãos é pa-recido: abandonam o lar, passam por diver-sas provações e chegam a um reino distanteonde se encontra uma princesa em apuros,no entanto apenas um casará com ela. Chico-te é o vencedor porque é merecedor do queconquistou, depois de ter passado por váriosobstáculos: valorizou e respeitou a sabedoriados mais velhos, à semelhança da sua culturaafricana. Donsa, pelo contrário, ignorou-a, fa-zendo sempre o que julgava ser melhor semnunca se arrepender, por isso, no final, é pu-nido, sendo transformado em peixe sem es-camas.

Alunos dos 7os B e C

A propósito do conto popularmoçambicano “Os filhos da cobra Bona”,abordámos, na disciplina de Língua Portu-guesa, um assunto novo. A situação inicial doconto apresenta-nos uma mulher de idadeavançada, que, fecundada por uma cobra, dáà luz dois gémeos, motivo que nos levou aabordar, de acordo com o PES, o tema dasexualidade.

A sexualidade é, de acordo com a Orga-nização Mundial de Saúde, “uma energia quenos motiva para encontrar amor, contacto,ternura e intimidade.” Como tem a ver nãosó com o instinto, mas também com emo-ções, o discernimento é fundamental: tenhoidade para assumir essa responsabilidade?

Vencida a estranheza, mágica e sim-bólica, de uma humana engravidar de umacobra, outra dúvida nos assalta: pode umamulher idosa ter filhos?

Aprendemos que uma mulher deixa de serfértil a partir da menopausa, momento opos-to à menarca, logo a matriarca não engravidoupor fecundação “in vitro”, técnica modernaavançada, mas através da manifestação defantasia.

Os filhos, gémeos verdadeiros, apesar deserem “iguais sem tirar nem pôr”, possuíamcarateres antagónicos. Vivem com a sua mãe,mas quando é chegada a hora de irem traba-lhar, esta leva-os ao feiticeiro, figura respei-tada pelos membros da tribo, que os tornainvulneráveis se cumprissem os conselhos quelhes dá.

O primeiro a partir é Donsa, que plan-ta um arbusto, a kilembe, e pede a Chicoteque cuide dela. Enquanto esta tiver folhasabertas e flores bonitas, tudo corre bem; caso

Page 13: iriato V InfoViriato Escola Secundária de · no âmbito de um trabalho de desenvol-vimento de práticas de solidariedade, e, claro, que foram recebidos na BE para se inteiraram da

InfoViriato10ª EDIÇÃODEZEMBRO DE 2011 13Opinião...Opinião...Opinião...Opinião...Opinião...

Xenofobia

A palavra Xenofobia tem origem gre-ga e pode dividir-se em duas palavras:“xenos” que significa estrangeiro e“phobos” que significa medo.

A Xenofobia é um medo irracional,aversão ou antipatia em relação a pes-soas “estrangeiras” – pessoas de dife-rentes países, culturas, etnias, ideais, …

As suas manifestações podem servárias: desconfiança, agressão, ou, ain-da, o desejo de eliminar os “estrangei-ros” para assegurar a pureza que, supos-tamente, só as pessoas iguais a si têm.

A Xenofobia tem como alvos todasas pessoas consideradas diferentes e es-tas podem sofrer várias atitudesxenófobas por parte das pessoas comideais xenófobas que podem ir desde oimpedimento à imigração de “estrangei-ros” até á defesa do seu extermínio.

A Xenofobia pode ser vista de duasperspetivas: a perspetiva do preconcei-to e a perspetiva da doença.

Na perspetiva do preconceito, a Xe-nofobia é a aversão e a discriminaçãodirigidas a pessoas de outras culturas,outros países, outras etnias, outros ide-ais, ou seja, pessoas “estrangeiras”. Estetipo de Xenofobia pode a levar ao de-senvolvimento de sentimentos de ódiocausando preconceito ou racismo comtudo o que se julga ser diferente.

Na perspetiva da doença, a Xenofo-bia é um medo excessivo e descontrola-do do desconhecido e do diferente tor-nando-se, assim, uma doença psicológi-ca caracterizada por ansiedadeprovocada pela exposição a pessoas ousituações que o paciente considere dife-

Direitos Humanos

No dia 10 de dezembro de 1948, foiproclamada a declaração universal dosdireitos humanos, a II Guerra Mundialtinha terminado três anos antes e estedocumento foi criado para evitar que no-vas guerras emergissem.

No seu interior constam direitos rela-tivos à vida, liberdade, nacionalidade,entre outros; estes foram criados com oobjectivo de manter a paz e assim evitarnovos confrontos entre países, desenvol-vendo relações de cooperação e amiza-de entre nacionalidades e combater a de-sigualdade.

No primeiro artigo da declaração écitado “Todos os seres humanos nas-

cem livres e iguais em dignidade e em

direitos. Dotados de razão e de cons-

ciência, devem agir uns para com os

outros em espírito de fraternidade.”,ou seja, qualquer ser humano deve sertratado com respeito e ser ajudado,quando necessário, por outros. Ninguémdeve ser discriminado por nenhuma ra-zão, quer seja racial, religiosa, sexual ouqualquer outra.

Todos sabemos que a cor não deter-mina a capacidade de um ser humano, éapenas uma diferença, tal como o tama-nho dos pés, a cor dos olhos, a altura…

Estas diferenças físicas não impedemque uma pessoa negra, asiática, etc nãoseja capaz de fazer o mesmo que umapessoa “branca”. Por exemplo, para omesmo emprego, frequentemente umapessoa branca é mais facilmente aceitedo que uma pessoa de outra raça, noentanto a pessoa que não ficou com o

Senhor Extraterrestre,

Desde já quero felicitá-lo, a si e aoseu povo, pela vossa avançada inteligên-cia e tecnologia que decerto foram ne-cessárias para chegar ao nosso planeta.Digo isto pois tenho quase a certeza queo vosso planeta não faz parte do Siste-ma Solar e, muito provavelmente, nemda nossa galáxia – a Via Láctea, e tam-bém porque nós os humanos, que nosdizemos tão inteligentes e com umatecnologia avançada, nunca conseguimoschegar a uma planeta tão distante nem aum planeta com vida.

Há quem diga que o seu povo vemao nosso planeta com o objectivo de nosexterminar e tomar posse da Terra, co-lonizando-o com indivíduos como o Se-nhor. Eu não sou dessas pessoas… Creio

rentes. Esta exposição provoca no do-ente angústia, ansiedade, aumento da ten-são arterial e ritmo cardíaco. Pode, tam-bém, provocar ataques de pânico. Pes-soas com esta doença normalmente ten-dem a isolar-se para não terem que en-frentar a origem do seu medo. Esta do-ença tem como tratamento terapiacomportamental e, em alguns casos, me-dicamentos com propriedades calman-tes.

Em Portugal, apesar de a Xenofobiaser baixa e serem raros os casos jurídi-cos e as queixas sobre este assunto, aspessoas que mais sofrem de Xenofobiasão os ciganos e os negros. Estes, emcertos casos, ainda são discriminados enão usufruem de todos os seus direitos.Um exemplo disto é que em certos tra-balhos não se aceitam negros ou ciga-nos.

Na minha opinião, a Xenofobia é umamentalidade errada, porque todos somosseres humanos, independentemente donosso país de nascença, da nossa cultu-ra, da nossa etnia ou dos nossos ideais.Assim, por essa razão, todas as pessoasmerecem ter os mesmos direitos. É porsermos todos diferentes e termos cren-ças e ideais diferentes que aprendemosuns com os outros e que se criam novasideias e, assim o mundo evolui. Não éisolando-nos com pessoas “iguais” a nósque aprendemos coisas novas e que cres-cemos; pelo contrário, é convivendo compessoas diferentes de nós que conhece-mos novas formas de pensar e aprende-mos a julgar por nós próprios o que écerto e errado na nossa perspetiva.

Realizado por: Elisa Casal nº10,11º A, Português

emprego podia ser tão ou mais capaci-tada do que a outra e conseguir desem-penhar a mesma função da mesma ma-neira, ou melhor. Portanto, não devemosjulgar a capacidade de uma pessoa, osseus valores, a sua inteligência, os seusideais, a sua forma de ser em função dasua raça ou de qualquer outra diferençaque ela tenha em relação a nós pois issoé errado.

É também imprescindível que hajaunião entres povos, nacionalidades e cul-turas diferentes, só assim o Homem con-seguirá ser capaz de evoluir e destruircertas barreiras discriminatória que es-tão a encaminhá-lo para a suaautodestruição.

A diversidade deve ser valorizada,pois é graças a ela que nós desenvolve-mos determinados valores, como o res-peito, a tolerância, a justiça … Em opo-sição à união que deveria ser o resultadodestas diferenças, o que está a aconte-cer é que, cada vez mais, e diversidadeestá a provocar distanciamento entrepaíses e culturas que é prejudicial paratodos nós. Temos como exemplo asguerras que ocorreram até este momen-to são na sua maioria causadas pelo des-respeito tido em relação a países menospoderosos, ou em situações menos fa-voráveis e à exploração dos seus recur-sos.

Independentemente da sua raça, cul-tura, escolhas feitas (religião, etc), cadapessoa tem direito à sua individualidadee à sua integração numa sociedade quea respeite, sem que seja discriminada oumal tratada por causa das suas diferen-ças.

Mariana Maia nº22, 11ºA

que o senhor, tal como nós, os humanos,é um ser cheio de curiosidade de conhe-cer o desconhecido, com sede de sabermais…

Vejo nos filmes que os extraterrestres,quando chegam ao planeta Terra, repa-ram na poluição existente, evidente aosolhos de quem a quiser ver. Nem todosos humanos são civicamente bem com-portados, acham que os recursos não seesgotam e que o mundo é todo deles,poluem-no e tratam-no mal... Apesar detudo há humanos dispostos a travar estaideia errada, pondo em prática algumasmedidas: a reciclagem de matérias que,felizmente, se está a tornar um hábito; autilização de mais transportes públicos;o recurso, cada vez maior, a energias al-ternativas em detrimento da dos combus-tíveis fósseis; a construção de aterros sa-nitários para armazenar os resíduos sóli-dos urbanos, entre outras. Mas no pla-neta Terra não há só coisas más. Possui,também muitas coisas belas que mere-cem ser visitadas...

Neste momento, tenho imensas per-guntas a surgir na minha cabeça que lhegostava de colocar… Como é o seu pla-neta? Como é o senhor? O que come aopequeno-almoço? E ao almoço? E aolanche? E ao jantar? A sua espécie ali-

Um Heterorretrato

A Mariana nasceu no dia 21 de Julhode 1996

Tem 6 nomesÉ muito bonitaDança ballet e jazzAdora o azulGosta de música, dança e teatro!Não gosta de limaGosta de mimAnda nos escuteiros.Gosta de cães, porém detesta mos-

quitos!Mas parece que aprecia Londres!Gosta de ir à piscina, de comer cara-

cóis e maltesers.Tem medo de escorregas fechados.Tem uma guitarra azulGosta dos filmes do Tim Burton

Ri-se por tudo e por nada.Adora cantar,Sabe tocar violinoÉ muito brincalhona,Não gosta de voleibolÉ um poço fofinho de infinitosE eu gosto muito dela!

Sónia Alves Teixeira -10ºE

menta-se como a nossa? O que faz nostempos livres? As crianças vão à esco-la? Oh meu Deus, tantas perguntas…

Escrevo esta carta sem saber se al-guma vez será lida por um extraterres-tre. Muita gente acredita que existem,mas muita gente também acredita que nãoexiste vida noutros lugares do universo,a não ser na Terra. É um pouco estranhaesta última ideia: o universo é enorme,cheio de galáxias, de sistemas solares,de planetas… por que é que só o nossoplaneta Terra é que tem vida?

Se esta carta for lida por quem gos-tava que a lesse, por si, um extraterres-tre, gostava de me encontrar consigo parapoder obter respostas… E, ao mesmotempo, para poder responder às suaseventuais perguntas. Para além deste di-álogo interessante que, com certeza, nósiríamos ter, gostava de confirmar, verda-deiramente, a vossa existência e levar aque outros humanos acreditassem nomesmo. Se quiser ajudar-me a realizareste sonho, entre em contacto comigo.O meu número de telemóvel é … se nãosouber o que é um telemóvel, pergunte aqualquer ser humano, mas primeiro digaque veio em paz.

Com os melhores cumprimentos,Maria Paula, 10º A

Page 14: iriato V InfoViriato Escola Secundária de · no âmbito de um trabalho de desenvol-vimento de práticas de solidariedade, e, claro, que foram recebidos na BE para se inteiraram da

InfoViriato14 10ª EDIÇÃODEZEMBRO DE 2011

Opinião...Opinião...Opinião...Opinião...Opinião... Defensores dos Direitos Humanos

Mahatma Gandhi (1869 –1948)

“Quando em desespero, lembro-me

que ao longo de toda a história os

caminhos da verdade e do amor

ganharam sempre.

Existiram tiranos e assassinos e

durante um período eles podem

parecer invencíveis, mas no final eles

caem sempre. Pensem nisso –

sempre.”

Mahatma Gandhi

Mohandas Karamchand Gandhi éamplamente reconhecido como um dosmaiores líderes políticos e espirituais doséculo XX. Intitulado, na Índia, como opai da nação, foi pioneiro e praticou oprincípio de Satyagraha — resistênciaà tirania através de desobediência civilmassiva, não – violenta.

Enquanto liderava campanhas a nívelnacional para aliviar a pobreza, expandiros direitos das mulheres, criar harmoniareligiosa e étnica, e eliminar as injustiçasdo sistema de castas, Gandhi aplicou deforma genial os princípios dadesobediência civil não – violenta, tendoum papel decisivo para libertar a Índiado domínio estrangeiro. Com frequênciafoi preso pela sua luta, mas conseguiu o

seu objetivo em 1947 quando a Índiaconseguiu a sua independência da Grã–Bretanha. Devido à sua grandeza échamado Mahatma, que significa “grandeespírito”. Os líderes de direitos civisdesde Martin Luther King, Jr., a NelsonMandela reconheceram Gandhi comofonte de inspiração na sua luta paraconseguir direitos iguais para os seuspovos.

Aristides de SousaMendes (1885-1954)

Aristides de Sousa Mendes foi umcônsul português em Bordéus que salvoudo extermínio Nazi mais de 30 mil judeuse por isso ficou conhecido como o “Anjode Bordéus”. É no contexto histórico daII Guerra Mundial que se desenvolve aacção deste Homem que tinha umcoração do tamanho do mundo.

A Alemanha invade os Países Baixos,dando-se a queda do Luxemburgo e daHolanda e a rendição da Bélgica. AFrança é ocupada pelo exército alemão.

Fugindo aos bombardeamentos e àsperseguições nazis, milhares de

refugiados concentram-se junto àEmbaixada de Portugal, em Bordéus naesperança de obterem um visto que lhespermita chegar a Portugal e, a partir deLisboa, embarcarem rumo à América.

Em Bordéus, encontra-se Aristides deSousa Mendes, Cônsul de Portugal.Contrariando as ordens recebidas pelogoverno português, Aristides de SousaMendes assume, com a concessãoindiscriminada de vistos aos refugiados,uma atitude de coragem cívica e moral,sobrepondo assim aos interessespessoais, familiares e profissionais, osvalores morais ditados pela suaconsciência.

Como resultado desta actuação, éalvo de um processo disciplinar impostopelo regime de Salazar, que o impede deprosseguir a carreira diplomática e atéde exercera advocacia enfrentandograves dificuldades económicas.

Aristides de Sousa Mendes morresem obter a reparação pelos danosmorais e materiais sofridos.

Madre Teresa De Calcutá(1910 – 1997)

“O importante não é o que se dá,

mas o amor com que se dá”

Madre Teresa de CalcutáAmar foi o seu verbo preferido

conjugado em todas as pessoas.

Agnes Gonxha Bojaxhiu nome debaptismo da que ficou mundialmenteconhecida por Madre Teresa de Calcutá,nasceu na Albânia (então Macedónia) etornou-se cidadã indiana, em 1948.Prémio Nobel da Paz em 1979. Oriundade uma família católica, aos doze anos jáestava determinada a ser missionária.Começou por fazer votos nacongregação das Irmãs de NossaSenhora do Loreto, aos 18 anos, naIrlanda, onde viveu. A sua vida na Índia,começou como professora e só ao fimde dez anos sentiu necessidade de criara congregação das Irmãs da Caridade ededicar a sua longa vida aos pobresabandonados e mais desprotegidos deCalcutá. Entre as suas prioridades estavamatar a fome e ensinar a ler aos “maispobres entre os pobres”, bem como aleprosos, portadores de SIDA e mulheresabandonadas. Depois do Prémio Nobel,em 1979, passou a ser muito conhecidae as Irmãs da Caridade estão emcentenas de países do Mundo. O seuexemplo de dedicação sem temercontrair doenças contagiosas, a sua vidaexemplar, sempre na sua fé católicaderam-lhe, em vida, a certeza de que erasanta.

Nelson Mandela (1918)

“Nutri o ideal de uma sociedade

livre e democrática em que todas as

pessoas vivem unidas em harmonia e

com as mesmas oportunidades. E um

ideal para o qual pretendo viver e que

espero alcançar. Mas se for preciso, é

um ideal pelo qual estou preparado

para morrer.”

Nelson MandelaNelson Mandela, um dos símbolos

dos direitos humanos mais reconhecidodo século XX, é um homem cujadedicação às liberdades do seu povoinspira os Defensores dos

Direitos Humanos pelo mundo.Nascido em Transkei, África do Sul,

Mandela é filho de um chefe tribal, e teveuma educação universitária, obtendo um

(continua)

Page 15: iriato V InfoViriato Escola Secundária de · no âmbito de um trabalho de desenvol-vimento de práticas de solidariedade, e, claro, que foram recebidos na BE para se inteiraram da

InfoViriato10ª EDIÇÃODEZEMBRO DE 2011 15

Alunos das turmas B e C do 7.º ano

A Mudança

Cultura Linguagem eComunicação

Saberes Fundamentais

“É impossível haver progresso semmudanças e quem não se conseguemudar a si mesmo, não muda coisaalguma.” (George Bernard Shaw)

Todo o ser humano precisa de serfeliz, mas para alcançar a felicidade, temque percorrer um caminho nem semprefácil. A mudança é inevitável. O mundomuda do dia para a noite e deparamo-nos, muitas vezes, com situações demudança inesperadas e só quem seadaptar consegue alcançar o que deseja.

Também é verdade que costumamoslidar com essas transformações comalgum medo e rejeição. A mudança dá-se na sociedade, na política, naeconomia, nas tecnologias, na cultura naecologia … e mesmo pessoas maisesclarecidas e actualizadas surpreen-dem-se.

Não devemos ter medo da mudança,temos é que identificar as causas damudança e a necessidade de mudar, jáque mudando, construímos etransformamos a nossa vida pessoal.

Concluo com esta citação que vincabem a importância e a premência damudança.

“A mudança é a lei da vida. E aquelesque apenas olham para o passado ou parao presente irão com certeza perder ofuturo.” (John F. Kennedy)

Ivone Antunes

Opinião...Opinião...Opinião...Opinião...Opinião...título universitário de direito. Em 1944tornou–se membro do CongressoNacional Africano (CNA) e trabalhouativamente para abolir as políticas doapartheid do Partido Nacional nopoder. Acusado pelas suas ações esentenciado a prisão perpétua, Mandelaconverteu–se num poderoso símbolo daresistência do crescente movimento deantiapartheid, negando – serepetidamente a comprometer a suaposição política para conseguir a sualiberdade. Finalmente libertado emfevereiro de 1990, intensificou a suabatalha contra a opressão para obter asmetas que ele e outros se propuseram aalcançar nas quatro décadas anteriores.

Em maio de 1994 Mandela começouo seu mandato como primeiro Presidentenegro da África do Sul, cargo quedesempenhou até 1999. Presidiu àtransição do governo de minorias e oapartheid, ganhando o respeitointernacional pela defesa da reconciliaçãonacional e internacional. Uma celebraçãointernacional da sua vida e novadedicação às suas metas de liberdade eigualdade, foi realizada em 2008 no seunonagésimo aniversário.

“Se falar a um homem numa língua queele compreenda, isso vai para a suacabeça. Se lhe fala na língua dele, issovai ao seu coração.” Nelson Mandela

Martin Luther King, Jr.(1929-1968)

“A derradeira dimensão de um

homem não é a posição que defende

em momentos de comodidade e

conforto, mas a posição que defende

em tempos de desafio e controvérsia.”

Dr. Martin Lutther King, Jr.Martin Luther King, Jr. foi um dos

mais conhecidos defensores da mudançasocial não violenta do século XX.

Nascido em Atlanta, Georgia, asexcepcionais habilidades de oratória evalentia pessoal de King atraíram aatenção nacional inicialmente em 1955,quando com outros ativistas dos direitoshumanos foram presos após liderar umboicote de uma companhia de transportede Montgomery, Alabama, por exigir queos não brancos cedessem os seus lugaresaos brancos e ficassem de pé ou sentadosna parte de trás do autocarro. Ao longoda década seguinte, King escreveu, faloue organizou protestos e manifestaçõesmassivas não–violentas para chamar aatenção sobre a discriminação racial epara exigir legislação de direitos civis

para proteger os direitos dos afro–americanos. Em 1963 em Birmingham,Alabama, King liderou manifestaçõesmassivas pacíficas nas quais a forçapolicial branca se opôs com cães policiase mangueiras de incêndio criando umacontrovérsia que gerou manchetes nosjornais por todo o mundo. Assubsequentes manifestações massivas,em muitas comunidades, culminaramcom um comício que atraiu mais de 250mil manifestantes a Washington, DC,onde fez o seu famoso discurso de “Eutenho um sonho” em que defendia ummundo em que as pessoas já nãoestivessem divididas por raça.

Ana Peres nº2 / 8ºB

Receitas pre-históricas

Alunos das turmas B e C do 7.º ano

Page 16: iriato V InfoViriato Escola Secundária de · no âmbito de um trabalho de desenvol-vimento de práticas de solidariedade, e, claro, que foram recebidos na BE para se inteiraram da

InfoViriato16 10ª EDIÇÃODEZEMBRO DE 2011

FICHA TÉCNICA

Propriedade: Escola Secundária de Viriato

Edição: Escola Secundária de Viriato

Equipa de Jornal Escolar:

Ana Almeida, Lourdes Alexandre,

Maria das Dores Fernandes,

Amândio Marques (Composição Gráfica),

Ana Castro, Ana Fontes (Coordenação)

Colaboradores: Comunidade Educativa

Tiragem: Online

Opinião...Opinião...Opinião...Opinião...Opinião...

Antropofagia - AntropofagiaSocial

A antropofagia social foi um tema já abordado ecriticado pelo Padre António Vieira (no “Sermão deSanto António aos Peixes”), mas que ainda hoje é umarealidade no mundo em que vivemos.

A antropofagia pode ser tomada em vários senti-dos. Por exemplo, o sentido literal, o verdadeiro senti-do da palavra, que é o acto de consumir uma ou váriaspartes de um ser humano por outro ser humano. A an-tropofagia é algo que se relaciona com a cultura e tra-dição de certos povos. Porém, a antropofagia socialvai muito mais além, é um fenómeno que vemos ocor-rer nos dias de hoje em que Homens mais poderososse servem de outros “mais pequenos”. Na minha opi-nião, isto deriva da cada vez maior sede de poder dosHomens, do desejo de ser superior ou ser ainda me-lhor. E é por isso que vemos seres maioritáriosinferiorizarem, não os que lhe dão luta, mas os maisfracos. Vou utilizar dois exemplos para tentar ilustrar oque quero dizer.

Os Homens exploram-se uns aos outros. Apesarde a exploração humana já ter sido também alvo derepreensão, parece que as críticas não foram ouvidas,parece que os homens não quiseram aprender. Bastaolhar para o mundo à nossa volta e vemos seres huma-nos a serem cruelmente explorados, como mulheresvítimas de abuso e maus tratos sexuais, que são trata-das como seres inferiores e privadas de dignidade ourespeito. Há ainda pessoas que, desesperadas por umavida melhor e aliciadas por boas perspetivas de futuro,entram em esquemas em função de outrem. Temos oexemplo de alguns emigrantes que, ao chegarem aoseu destino, encontram, em vez de uma vida melhor,dificuldades com que não contavam, e, chegando aodesespero, são alvos fáceis para a exploração já quepara sobreviver financeiramente e manter a família sevêm obrigados a aceitar qualquer coisa. Temos tam-bém a exploração infantil. As crianças são seres muitofrágeis que precisam de alguém que fale por elas e quedefenda os seus direitos, pois não sabem defender-sesozinhas. O rapto, compra e tráfico de crianças, paraexploração sexual ou trabalho infantil são crimes hedi-ondos mas reais, que acontecem quando Homens seaproveitam da vulnerabilidade das crianças para assimse tornarem mais fortes e poderosos.

Um outro exemplo, que pode ser utilizado comoargumento para mostrar que a antropofagia social estáerrada é o facto de que todos os Homens têm direitose, como tal, todos devem ser tratados e respeitadosda mesma maneira. Mas atualmente as pessoas dei-xam de se respeitar como seres humanos e passam aver-se umas às outras como fontes de dinheiro, podere prazer, meios para atingir fins e usam-se umas às outrascomo objectos. Está aqui bem clara a falta de respeitopela dignidade humana e pelos direitos humanos. Naminha opinião, cada um deve viver e sobreviver comaquilo que tem ou que consegue alcançar com mérito etrabalho próprio e não se deve aproveitar das outraspessoas para o conseguir.

Com tudo isto, e apesar da luta pela defesa da igual-dade, do respeito, apesar de pessoas como o padreAntónio Vieira, que tentam abrir os olhos de todos nóspara as injustiças que vezes e vezes sem conta são co-metidas, penso que a antropofagia social é um fenómenoque perdurará, pois numa sociedade, ainda que os tem-pos mudem e muitas coisas mudem com eles, há ou-tras que ficam para sempre, tal como a antropofagiaficará.

Maria Inês Mota nº21, 11º A

Queridos Extraterrestres,

Não sei bem quando é que vocês vão ler esta carta,aliás, nem sei bem se vocês existem, mas, de qualquermaneira, vou escrever-vos uma carta de boas-vindasao planeta Terra.

É com o maior gosto e entusiasmo que vos dou asboas-vindas ao planeta Terra. Desculpem a minha an-siedade, mas tenho tantas perguntas para vos fazer…Gostaria de saber de que galáxia vocês são, quais sãoas semelhanças entre o vosso planeta e o meu, quais asdiferenças entre as espécies que habitam no vosso pla-neta e as que habitam no planeta Terra, qual é o vossoaspecto físico, saber se conhecem mais algum planetahabitado (para além do vosso e do meu), o modo comoconseguiram descobrir o planeta Terra,… Conseguemresponder-me a estas questões?

Talvez vocês não existam, nem nunca venham a leresta carta… Mas, de qualquer modo, coloquei aquialgumas frases, com o respetivo autor, com pensamen-tos que inspiraram, ou deveriam inspirar, a espécie hu-mana e que também vos podem inspirar a vocês, paraque não cometam, no vosso planeta, alguns dos errosque foram cometidos no planeta Terra…

- Aquele que tentou e não conseguiu é superior àque-le que nada tentou. (Arquimedes)

- Não cruze os braços diante de uma dificuldade,pois o maior homem do mundo morreu de braços aber-tos. (Bob Marley)

- Só existem dois dias no ano em que não podemosfazer nada pela nossa vida: Ontem e Amanhã. (DalaiLama)

- O mais livre de todos os homens é aquele queconsegue ser livre na própria escravidão. (FrançoisFénelon)

- Quando o poder do amor superar o amor pelopoder, o mundo conhecerá a paz. (Jimi Hendrix)

- Não existe um caminho para a paz, a paz é o ca-minho. (Mahatma Gandhi)

- O amor é a força mais subtil do mundo. (MahatmaGandhi)

- De modo suave, podemos sacudir o mundo.(Mahatma Gandhi)

- Enquanto o poço não secar, não sabemos dar va-lor à água. (Thomils Fuller)

- Aprenda a confiar em si mesmo e aprenderá o gran-de segredo da vida. (Thomas Edison)

- Sucesso é ir de fracasso em fracasso sem perder oentusiasmo. (Winston Churchill)

- Nunca deixe o sucesso subir à cabeça nem osfalhanços chegarem ao coração. (Desconhecido)

- Os erros devem ser uma motivação, não uma des-culpa. (Desconhecido)

Espero que tenham lido estas mensagens com aten-ção, que elas vos sejam úteis e que vos permitam viveruma vida melhor.

Fico à espera de uma resposta ou, talvez, a vossaresposta venha apenas a ser lida pelos meus descen-dentes…

Joana Silva, 10º A

A Escravatura

Há dois tipos de escravatura: a escravatura em queum ser humano assume direitos de propriedade sobreoutro ser humano designado por escravo e sobre a es-cravatura moderna. O meu ponto de vista sobre a es-cravatura é que ela não deve ser praticada. Pela lei, aescravatura está extinta. O último país a abolir a escra-vatura foi a Mauritânia em 1981. Porém, a escravaturacontinua em muitos países, porque as leis não são apli-cadas. Elas foram somente feitas pela pressão de ou-tros países e da ONU, mas não representam a vontadedo governo do respetivo país. Hoje em dia, existempelo menos 27 milhões de escravos no mundo. A es-cravatura não devia ser praticada, porque somos todosseres humanos e a inferioridade dos humanos não se vêpela raça, etnia ou cultura, aliás um ser humano não ésuperior a outro, mas sim poderá agir da maneira maiscorrecta possível. A escravatura é uma das grandes re-alidades enfrentadas pela justiça, pois viola directamenteos princípios e direitos individuais inseridos na Decla-ração Universal dos Direitos Humanos. A escravaturaé uma consequência da enorme desigualdade entre asclasses sociais e também da desonestidade e crueldadede algumas pessoas que querem ter boa qualidade devida nem que seja necessário destruir a vida de algu-mas pessoas.

“Escravatura moderna” é uma expressão que é utili-zada para descrever uma relação de trabalho, particu-larmente na história moderna ou contemporânea, na quala pessoa é forçada a exercer uma atividade contra asua vontade, sob a ameaça de violência. Na maioriados casos, as vítimas são atraídas pela falsa promessade melhores salários e, portanto, de uma melhor quali-dade de vida, mas são confrontados com condiçõesprecárias, trabalho forçado por longas horas, e se hou-ver algum pagamento este não ultrapassa o nível de sub-sistência ou fica pouco acima deste.

Como é que algumas pessoas se podem considerarcivilizadas quando tentam dominar outras para o seupróprio benefício?

Para acabarmos com a escravatura, devemos au-mentar a conscientização de que a escravatura deveser vista como uma preocupação comunitária e nacio-nal e os governos deveriam promover o diálogointerculturas para acabar com este problema que hojeem dia afecta muitas pessoas.

Priscila Costa nº28 11ºA