Resumo Criminologia Critica e Critica Do Direito Penal Alessandro Baratta
IRAN ESPIRITO SANTO - RESENHA CRITICA DA EXPOSIÇÃO
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Transcript of IRAN ESPIRITO SANTO - RESENHA CRITICA DA EXPOSIÇÃO
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
ESCOLA DE COMUNICAÇÕES E ARTES
CAP0282
Formas de Expressão e Comunicação Artística - A Instalação
Ano 2011/2012
Docente: Doutora LÚCIA KOCH
Trabalho de Reflexão sobre a minha experiência com a obra de
IRAN DO ESPIRITO SANTO
Galeria Fortes Vilaça, na Rua Fradique Coutinho, Nº. 1500, São Paulo
Discente: ILDA MARIA DE OLIVEIRA COSTA SILVERIO
Aluna Nº. 7766668
REFLEXÕES…
Hoje dia 24 de Setembro de 2011, por ser sábado e ter disponibilidade, decidi fazer uma
incursão a algumas exposições, acompanhada pela Maia Lam dos Santos, minha querida colega e
amiga, também intercambista como eu do Curso de Artes Visuais da Universidade do Algarve.
Era algo que se tornava vital, pois precisava de visitar duas exposições, que eram
necessárias, para uma critica reflexiva e também matéria de avaliação em duas disciplinas que
frequento na USP:
- Fotografia e Arte – Interações ao longo do Sec.XX- “EXTREMOS”-Exposição de
fotografias da coleção da Maison Européenne de la Photographie- Paris, no Instituto Moreira
Salles, na Rua Píaui, Nº. 844;
-Formas de Expressão em Comunicação Artística (Instalação) – Iran do Espirito
Santo, na Galeria Fortes Vilaça, na Rua Fradique Coutinho, Nº. 1500.
A nossa amável e solícita Sonia que além de nos disponibilizar gratuitamente a sua casa,
ainda nos ajuda em todas as dificuldades inerentes à nossa permanência em São Paulo, levou-nos à
estação do metrô Santana e na lotérica próxima compramos o bilhete único para os transportes
metropolitanos iniciando a nossa incursão do dia na linha azul munidas de um mapa e uma máquina
fotográfica compacta.
Fizemos o transbordo em Paraíso para a linha vermelha em direção a Vila Madalena. Foi
uma viagem cultural e profícua, pois o metrô parou numa paragem suspensa sobre a cidade e não
resisti a tirar uma fotografia a um dos retratos “pintados” sobre os vidros da Estação Sumaré, já que
foi a minha primeira viagem para aquelas paragens. Mais tarde já de regresso a casa fiz uma
pesquisa na internet e verifiquei que era um projecto em serigrafia de Alex Flemming, um artista
plástico independente, paulistano que vive no eixo São Paulo - Berlim, e que se tratam de 44
retratos de personagens paulistas que ilustram os vidros da plataforma da estação medindo 1,75 X
1,25m. Sobre as telas de vidro, existem trechos de poemas que vão de José de Anchieta a Haroldo
de Campos. Que a obra foi pensada pelo artista para este local, e é inserida na questão arquitetônica
do espaço, pois no local não existem paredes, e que o projeto demorou mais de 9 anos para ser
realizado, ficando paralisado por questões políticas, constituindo a obra uma homenagem à cidade e
seus moradores.1
Após um almoço bem brasileiro à saída da estação do metrô, fomos de ônibus para a Rua
Fradique Coutinho, munidas do mapa com 3 exposições assinaladas, patentes no mesmo quarteirão
(quadra).
1 http://itsartscoop.wordpress.com/tag/projeto-parede/
Fotografia. 1 -Paragem de Sumaré.
Fotografia 2 - Em Vila Madalena
Chegámos ao lugar pretendido e entrámos na galeria Fortes Vilaça, onde está patente a
exposição de Iran do Espírito Santo2. Esta mostra reúne uma pintura de parede em tons gradientes
de cinza pixelizada, pintada à mão com a ajuda de réguas e fitas e esculturas inéditas em espelho,
que dão prosseguimento à investigação construtivista do artista sobre a luz e seus desdobramentos
na esfera conceitual e esculturas que são retângulos de espelho cortados obliquamente e encostados
às paredes, no piso inferior da galeria, que alteram a percepção espacial e a visão do observador,
que se vê, revê, constrói e reconstrói a imagem. No piso de cima tem uma bancada ao fundo da sala
com 7 globos esculpidos em mármore, enfileirados, reproduzindo globos de luz originais e
remetendo-nos para uma ideia de ideal e de forma puras, transformando objectos comuns em
modelos ideais dialogando com a arquitetura do ambiente e alterando a forma como o espaço é
visto.3
Esta é a primeira exposição que visito em São Paulo e vou cheia de expectactivas, também
porque me foi solicitado o relato da minha experiência com esta exposição pela professora Doutora
Lúcia Koch.
Ao entrar bastante entusiasmada deparei-me com um espaço bastante pequeno para as
minhas espectativas. Achei a exposição espacialmente muito bem organizada permitindo uma
ocupação muito inteligente do território. A luz foi um factor impressionante. Uma visão poética do
espaço.
Ao me deparar diante destas esculturas, surge a vontade de me ver e rever continuamente, e
esse reflexo permite uma reflexão sobre mim e o mundo que me rodeia.
Tirei bastantes fotografias, registando este momento especial que me remete a uma
simbologia de água e luz com que me identifico.
Uma noção de infinitude, de profunda espiritualidade e transcendência é na verdade aquilo
que os meus sentidos me revelam.
Antes de sair da galeria, estive falando com a recepcionista que me permitiu a consulta dos
livros que contém os trabalhos deste artista.
Entusiasmada, saí desta galeria, aproveitando a oportunidade de visitar mais duas galerias no
mesmo quarteirão: A Galeria do Meio, com uma exposição conjunta, com trabalhos de pintura e
uma que me agradou profundamente e que nos remete aos livros como um objecto de arte: “No
fundo, a memória é um desapego” de Reynaldo Candia.
E Rodrigo Andrade com a sua exposição individual de pintura “Velha ponte de pedra e
outras pinturas”, na galeria Millan, onde pude sentir a sensação de “entrar pela pintura dentro e
2 http://www.fortesvilaca.com.br/artista/iran-do-espirito-santo/ 3 http://www.28bienalsaopaulo.org.br/participante/iran-do-espirito-santo
Fotografia 3- Espelho dobrado Fotografia 4- Globos
sentir-me “pertencer” ao quadro noturno com a ponte.
De seguida tomámos um táxi, pois chovia e a exposição que fomos ver, a exposição
“Extremos” no Instituto Moreira Salles, era muito distante. Lá comprei a catálogo da exposição,
bem como um catálogo de uma exposição dos trabalhos do meu professor de Desenho Doutor Luiz
Claudio Mubarac,
Foi um dia em cheio que terminou na “Casa do Artista” onde comprámos algum material de
pintura a óleo e telas.
REFERÊNCIAS:
http://itsartscoop.wordpress.com/tag/projeto-parede/
http://www.fortesvilaca.com.br/artista/iran-do-espirito-santo/
http://www.28bienalsaopaulo.org.br/participante/iran-do-espirito-santo
http://www.fundacaobienal.art.br/7bienalmercosul/pt-br/iran-do-espirito-santo