IRAN ESPIRITO SANTO - RESENHA CRITICA DA EXPOSIÇÃO

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE COMUNICAÇÕES E ARTES CAP0282 Formas de Expressão e Comunicação Artística - A Instalação Ano 2011/2012 Docente: Doutora LÚCIA KOCH Trabalho de Reflexão sobre a minha experiência com a obra de IRAN DO ESPIRITO SANTO Galeria Fortes Vilaça, na Rua Fradique Coutinho, Nº. 1500, São Paulo Discente: ILDA MARIA DE OLIVEIRA COSTA SILVERIO Aluna Nº. 7766668

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TRABALHO DE REFLEXÃO SOBRE A MINHA EXPERIÊNCIA COM A OBRA DE IRAN DO ESPIRITO SANTO

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

ESCOLA DE COMUNICAÇÕES E ARTES

CAP0282

Formas de Expressão e Comunicação Artística - A Instalação

Ano 2011/2012

Docente: Doutora LÚCIA KOCH

Trabalho de Reflexão sobre a minha experiência com a obra de

IRAN DO ESPIRITO SANTO

Galeria Fortes Vilaça, na Rua Fradique Coutinho, Nº. 1500, São Paulo

Discente: ILDA MARIA DE OLIVEIRA COSTA SILVERIO

Aluna Nº. 7766668

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REFLEXÕES…

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Hoje dia 24 de Setembro de 2011, por ser sábado e ter disponibilidade, decidi fazer uma

incursão a algumas exposições, acompanhada pela Maia Lam dos Santos, minha querida colega e

amiga, também intercambista como eu do Curso de Artes Visuais da Universidade do Algarve.

Era algo que se tornava vital, pois precisava de visitar duas exposições, que eram

necessárias, para uma critica reflexiva e também matéria de avaliação em duas disciplinas que

frequento na USP:

- Fotografia e Arte – Interações ao longo do Sec.XX- “EXTREMOS”-Exposição de

fotografias da coleção da Maison Européenne de la Photographie- Paris, no Instituto Moreira

Salles, na Rua Píaui, Nº. 844;

-Formas de Expressão em Comunicação Artística (Instalação) – Iran do Espirito

Santo, na Galeria Fortes Vilaça, na Rua Fradique Coutinho, Nº. 1500.

A nossa amável e solícita Sonia que além de nos disponibilizar gratuitamente a sua casa,

ainda nos ajuda em todas as dificuldades inerentes à nossa permanência em São Paulo, levou-nos à

estação do metrô Santana e na lotérica próxima compramos o bilhete único para os transportes

metropolitanos iniciando a nossa incursão do dia na linha azul munidas de um mapa e uma máquina

fotográfica compacta.

Fizemos o transbordo em Paraíso para a linha vermelha em direção a Vila Madalena. Foi

uma viagem cultural e profícua, pois o metrô parou numa paragem suspensa sobre a cidade e não

resisti a tirar uma fotografia a um dos retratos “pintados” sobre os vidros da Estação Sumaré, já que

foi a minha primeira viagem para aquelas paragens. Mais tarde já de regresso a casa fiz uma

pesquisa na internet e verifiquei que era um projecto em serigrafia de Alex Flemming, um artista

plástico independente, paulistano que vive no eixo São Paulo - Berlim, e que se tratam de 44

retratos de personagens paulistas que ilustram os vidros da plataforma da estação medindo 1,75 X

1,25m. Sobre as telas de vidro, existem trechos de poemas que vão de José de Anchieta a Haroldo

de Campos. Que a obra foi pensada pelo artista para este local, e é inserida na questão arquitetônica

do espaço, pois no local não existem paredes, e que o projeto demorou mais de 9 anos para ser

realizado, ficando paralisado por questões políticas, constituindo a obra uma homenagem à cidade e

seus moradores.1

Após um almoço bem brasileiro à saída da estação do metrô, fomos de ônibus para a Rua

Fradique Coutinho, munidas do mapa com 3 exposições assinaladas, patentes no mesmo quarteirão

(quadra).

1 http://itsartscoop.wordpress.com/tag/projeto-parede/

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Fotografia. 1 -Paragem de Sumaré.

Fotografia 2 - Em Vila Madalena

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Chegámos ao lugar pretendido e entrámos na galeria Fortes Vilaça, onde está patente a

exposição de Iran do Espírito Santo2. Esta mostra reúne uma pintura de parede em tons gradientes

de cinza pixelizada, pintada à mão com a ajuda de réguas e fitas e esculturas inéditas em espelho,

que dão prosseguimento à investigação construtivista do artista sobre a luz e seus desdobramentos

na esfera conceitual e esculturas que são retângulos de espelho cortados obliquamente e encostados

às paredes, no piso inferior da galeria, que alteram a percepção espacial e a visão do observador,

que se vê, revê, constrói e reconstrói a imagem. No piso de cima tem uma bancada ao fundo da sala

com 7 globos esculpidos em mármore, enfileirados, reproduzindo globos de luz originais e

remetendo-nos para uma ideia de ideal e de forma puras, transformando objectos comuns em

modelos ideais dialogando com a arquitetura do ambiente e alterando a forma como o espaço é

visto.3

Esta é a primeira exposição que visito em São Paulo e vou cheia de expectactivas, também

porque me foi solicitado o relato da minha experiência com esta exposição pela professora Doutora

Lúcia Koch.

Ao entrar bastante entusiasmada deparei-me com um espaço bastante pequeno para as

minhas espectativas. Achei a exposição espacialmente muito bem organizada permitindo uma

ocupação muito inteligente do território. A luz foi um factor impressionante. Uma visão poética do

espaço.

Ao me deparar diante destas esculturas, surge a vontade de me ver e rever continuamente, e

esse reflexo permite uma reflexão sobre mim e o mundo que me rodeia.

Tirei bastantes fotografias, registando este momento especial que me remete a uma

simbologia de água e luz com que me identifico.

Uma noção de infinitude, de profunda espiritualidade e transcendência é na verdade aquilo

que os meus sentidos me revelam.

Antes de sair da galeria, estive falando com a recepcionista que me permitiu a consulta dos

livros que contém os trabalhos deste artista.

Entusiasmada, saí desta galeria, aproveitando a oportunidade de visitar mais duas galerias no

mesmo quarteirão: A Galeria do Meio, com uma exposição conjunta, com trabalhos de pintura e

uma que me agradou profundamente e que nos remete aos livros como um objecto de arte: “No

fundo, a memória é um desapego” de Reynaldo Candia.

E Rodrigo Andrade com a sua exposição individual de pintura “Velha ponte de pedra e

outras pinturas”, na galeria Millan, onde pude sentir a sensação de “entrar pela pintura dentro e

2 http://www.fortesvilaca.com.br/artista/iran-do-espirito-santo/ 3 http://www.28bienalsaopaulo.org.br/participante/iran-do-espirito-santo

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Fotografia 3- Espelho dobrado Fotografia 4- Globos

sentir-me “pertencer” ao quadro noturno com a ponte.

De seguida tomámos um táxi, pois chovia e a exposição que fomos ver, a exposição

“Extremos” no Instituto Moreira Salles, era muito distante. Lá comprei a catálogo da exposição,

bem como um catálogo de uma exposição dos trabalhos do meu professor de Desenho Doutor Luiz

Claudio Mubarac,

Foi um dia em cheio que terminou na “Casa do Artista” onde comprámos algum material de

pintura a óleo e telas.

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REFERÊNCIAS:

http://itsartscoop.wordpress.com/tag/projeto-parede/

http://www.fortesvilaca.com.br/artista/iran-do-espirito-santo/

http://www.28bienalsaopaulo.org.br/participante/iran-do-espirito-santo

http://www.fundacaobienal.art.br/7bienalmercosul/pt-br/iran-do-espirito-santo