IPEF PROMOVE EVENTO SOBRE FERTILIZAÇÃO E … · anos na área de fertilidade e nutrição...

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NOME DO MÊS - 1999 / 4(42) IPEF PROMOVE EVENTO SOBRE FERTILIZAÇÃO E NUTRIÇÃO FLORESTAL NOVA ASSOCIADA 11 AGENDA DE EVENTOS 12 NESTA EDIÇÃO SCIENTIA FORESTALIS 03 ANÁLISE DA MADEIRA 04 PROJETO LODO 06 PROJETO RESINA SETOR DE SEMENTES 10 MAIO/JUNHO-1999 23(144) O IPEF realizou, entre os dias 26 e 28 de maio, o Simpósio s o b r e Fertilização e Nutrição Florestal, na ESALQ/USP, em Piracicaba/SP. O evento buscou difundir técnicas geradas em estudos dos últimos cinco anos na área de fertilidade e nutrição florestal, visando o embasamento científico e técnico para tomadas de decisões imprescindíveis à sustentabilidade ou elevação da produtividade de povoamentos florestais. Pesquisas com fertilizantes de liberação lenta, fertilizantes líquidos, NPK no grânulo, entre outros, têm facilitado a mecanização 09 das diferentes operações de fertilização, desde a implantação até as fases de cobertura e manutenção. Outra tendência observada nos últimos anos, e que foi um dos assuntos abordados durante as palestras, é a elevação da oferta de resíduos industriais e urbanos, com grande potencial de uso como fonte de nutrientes e condicionador físico de solos usados para fins florestais. O simpósio promoveu, no seu primeiro dia, uma visita técnica à Fazenda Flecha Azul, da associada Ripasa S/A Celulose e Papel, em Boa Esperança do Sul/SP. Durante o dia de campo houve a participação de 95 pessoas, entre representantes de instituições de ensino e pesquisa, empresas florestais, fornecedoras e prestadores de serviços, que assistiram a demonstração de nove diferentes equipamentos mecanizados para fertilização, preparo de solo e plantio. Nos dias 27 e 28 foram apresentadas 14 palestras por professores e pesquisadores de diversas instituições de ensino e pesquisa do país e 11 trabalhos de alunos de graduação e pós- graduação da ESALQ/USP foram Participantes do dia de campo durante demonstrações de equipamento. Demonstração de plantadeira de Eucalyptus. Foto: Vanderlei Benedetti Foto: Vanderlei Benedetti expostos no formato de painéis. No total, houve a participação de 163 pessoas, entre eles oito profissionais da Argentina, quatro do México, dois de Portugal, sete do Uruguai e 142 do Brasil. Os participantes receberam um CD- ROM contendo os resumos expandidos das palestras e painéis, que estão disponíveis para compra. Posteriormente, os trabalhos serão completados e revisados, compondo um livro sobre o tema. Os interessados em adquirir o material, devem entrar em contato com o Setor de Eventos do IPEF, através do telefone: (019) 430-8602, fax: (019) 430- 8666 ou e-mail: [email protected]. Demonstração de subsolador rotativo no dia de campo do evento, na Ripasa S/A Celulose e Papel.

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NOME DO MÊS - 1999 / 4(42)

IPEF PROMOVE EVENTO SOBREFERTILIZAÇÃO E NUTRIÇÃO FLORESTAL

NOVA ASSOCIADA 11

AGENDA DE EVENTOS 12

N E S T A E D I Ç Ã O

SCIENTIA FORESTALIS 03

ANÁLISE DA MADEIRA 04

PROJETO LODO 06

PROJETO RESINA

SETOR DE SEMENTES 10

MAIO/JUNHO-1999 23(144)

O IPEFrealizou, entre osdias 26 e 28 demaio, o Simpósios o b r eFertilização eN u t r i ç ã oFlorestal, naESALQ/USP, emPiracicaba/SP. Oevento buscoudifundir técnicasgeradas emestudos dosúltimos cincoanos na área defertilidade enutrição florestal,visando oembasamentocientífico etécnico paratomadas ded e c i s õ e simprescindíveis àsustentabilidadeou elevação daprodutividade dep o v o a m e n t o sflorestais.

Pesquisas com fertilizantes de liberaçãolenta, fertilizantes líquidos, NPK no grânulo,entre outros, têm facilitado a mecanização

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das diferentesoperações defertilização, desdea implantação atéas fases decobertura em a n u t e n ç ã o .Outra tendênciaobservada nosúltimos anos, eque foi um dosa s s u n t o sa b o r d a d o sdurante aspalestras, é aelevação da ofertade resíduosindustriais eurbanos, comgrande potencialde uso como fontede nutrientes econd i c i onado rfísico de solosusados para finsflorestais.

O simpósiopromoveu, no seuprimeiro dia, uma

visita técnica à Fazenda Flecha Azul, daassociada Ripasa S/A Celulose e Papel, emBoa Esperança do Sul/SP. Durante o diade campo houve a participação de 95

pessoas, entre representantes deinstituições de ensino e pesquisa,empresas florestais, fornecedoras eprestadores de serviços, queassistiram a demonstração de novediferentes equipamentosmecanizados para fertilização,preparo de solo e plantio.

Nos dias 27 e 28 foramapresentadas 14 palestras porprofessores e pesquisadores dediversas instituições de ensino epesquisa do país e 11 trabalhos dealunos de graduação e pós-graduação da ESALQ/USP foram

Participantes do dia de campo durante demonstrações deequipamento.

Demonstração de plantadeira de Eucalyptus.

Foto: Vanderlei Benedetti

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expostos no formato de painéis. No total,houve a participação de 163 pessoas, entreeles oito profissionais da Argentina, quatrodo México, dois de Portugal, sete do Uruguaie 142 do Brasil.

Os participantes receberam um CD-ROM contendo os resumos expandidos daspalestras e painéis, que estão disponíveispara compra. Posteriormente, os trabalhosserão completados e revisados, compondoum livro sobre o tema. Os interessados emadquirir o material, devem entrar em contatocom o Setor de Eventos do IPEF, atravésdo telefone: (019) 430-8602, fax: (019) 430-8666 ou e-mail: [email protected].

Demonstração de subsolador rotativo no dia de campo doevento, na Ripasa S/A Celulose e Papel.

MAR-ABR/992

E D I T O R I A L

IPEF NOTÍCIAS

Publicação do Instituto de Pesquisas e EstudosFlorestais (IPEF), órgão conveniado com aUniversidade de São Paulo, através do Depto. deCiências Florestais da ESALQ/USP.

Presidente do IPEFManoel de Freitas

Vice-PresidenteEdson Antonio Balloni

Reitor da Universidade de São PauloProf. Dr. Jacques Marcovitch

Diretor da Escola Superior de Agricultura Luizde Queiroz (ESALQ)Prof. Dr. Júlio Marcos Filho

Chefe do Departamento de Ciências Florestaisda ESALQ/USP e Diretor Científico do IPEFProf. Dr. José Otávio Brito

Gerência Administrativa e de DesenvolvimentoEdward Fagundes Branco

Coordenação de P & DProf. Dr. Antonio Natal GonçalvesProf. Dr. Fábio PoggianiProf. Dr. Fernando SeixasProf. Dr. Ivaldo Pontes Jankowsky

Central Técnica de InformaçõesMarialice Metzker Poggiani

Coordenação de SementesIsrael Gomes Vieira

Jornalista ResponsávelBianca Rodrigues MouraMtb 28.592

DiagramaçãoBianca Rodrigues Moura

CorrespondênciaCaixa Postal 53013400-970 – Piracicaba – SPFone: (019) 430-8600 Fax: (019) 430-8666E-mail: [email protected] Page: www.ipef.br

Tiragem: 7.000 exemplares

Gráfica: Elbergráfica Artes Gráficas Ltda.Rua Álvares de Azevedo, 132 - Americana - SPFone: (019) 460-7172 / Fax: 460-4630

Distribuição Gratuita.Reprodução permitida desde que citada a fonte.

Neste IPEF Notícias estamos compartilhando com os leitores uma parte dasrealizações do Instituto durante o 1o semestre de 1.999.

Na unidade de negócio “sementes florestais” apresentamos os resultados de 3anos do projeto de extensão florestal TUME – Teste de Usos Múltiplos deEucalipto”. Trata-se de uma iniciativa do Departamento de Ciências Florestaisda ESALQ/USP em parceria com o IPEF, visando difundir o eucalipto junto aosproprietários rurais do nosso País.

Em nossa unidade de negócio “informações florestais” o destaque cabe anossa singular linha editorial Scientia Forestalis, considerada a únicapublicação científica florestal brasileira de nível internacional A, de acordo comavaliação realizada pela CAPES. Na área de eventos, mais de 835profissionais já participaram dos 12 encontros viabilizados pelo IPEF nesteano. Para os próximos dois meses estaremos oferecendo mais cinco encontrosinternacionais.

Na unidade de negócio “pesquisa & desenvolvimento” trazemos dois exemplosde integração universidade x empresa: o Programa Nacional de Goma-Resina,unindo 15 empresas e 20 pesquisadores, nossa mais recente cooperativa depesquisa, e a parceria IPEF/SABESP, trazendo os resultados dos primeiros 12meses, que já demonstram a possibilidade de nossas florestas virem aoferecer mais um benefício ao encontro da qualidade de vida da sociedade.

Neste número você terá também a oportunidade de conhecer em maisdetalhes as linhas de pesquisas de dois professores do Departamento deCiências Florestais da ESALQ/USP: um equipamento inovador que vem sendoutilizado pelo setor de Dendrologia, Anatomia e Identificação das Madeiras,sob a coordenação do Prof. Mário Tomazello Filho; e a tese de doutorado daProfa. Teresa Cristina Magro, do setor de Manejo de Áreas Silvestres.

Para encerrar gostaríamos de dar as boas vindas a nossa mais novaassociada, a empresa Cyanamid Química do Brasil Ltda. Uma empresa global(com receitas que ultrapassam 13 bilhões de dólares), que ao participar comomantenedora do IPEF reforça o nosso indicador de qualidade e a nossamissão de promover o desenvolvimento científico, tecnológico e sustentável dosetor florestal, através de uma política de gestão voltada para a inovação, ainformação, a formação de recursos humanos e o fornecimento de materialgenético certificado, com ampla diversidade, variabilidade e adaptado àsdiversas condições de solo e clima.

Edward Fagundes BrancoGerente Administrativo e de Desenvolvimento

IPEF NOTÍCIAS 3

REVISTA SCIENTIA FORESTALIS NO“TOP” INTERNACIONAL

P U B L I C A Ç Ã O

L A N Ç A M E N T O

Capa da RevistaScientia Forestalisno 52

A últimaclassificação deperiódicos área deCiências Agrárias,realizada pelaC A P E S ,Coordenadoria deAperfeiçoamento dePessoal de NívelSuperior, doMinistério da Ciênciae Tecnologia, relativoao período de 1996/

1997, trás uma lista de mais de 400 títulosnacionais, internacionais e locais. Do total,apenas cerca de 20% são classificados como conceito “A – Internacional“, encontrando-se dentre eles a revista Scientia Forestalis,mantida pelo IPEF. O quadro à seguirapresenta os principais periódicos da áreaflorestal mencionados na lista declassificação da CAPES.

Scientia Forestalis Brasil Internacional – ACommonwealth

Forestry Review Inglaterra Internacional – AForest Ecology

& Management Holanda Internacional – BAgricultural and

Forest Meteorology Holanda Internacional – BRevue Forestiére Française França Internacional – CRevista Árvore Brasil Nacional – ARevista de Sistema de

Producción Forestal Espanha Nacional – BRevista da Madeira Brasil Nacional – CCiência Florestal Brasil Nacional – C

PERIÓDICO PAÍS CLASSIFICAÇÃOCAPES

Conheça a Scientia Forestalis visitando o site www.florestal.ipef.br/publicacoes/.

IPEF PARTICIPA DO LANÇAMENTODO HERBICIDA CHOPPER NA

O engenheiro Rubens M. Louzada,do Programa Temático de Manejo Integradode Pragas Florestais (PCMIP/IPEF),participou do lançamento do herbicidaChopper NA, da Cyanamid Química doBrasil Ltda., nos dias 25 e 26 de junho. Oevento foi realizado no hotel Sheraton, noRio de Janeiro/RJ e contou com aparticipação de cerca de 70 profissionaisrepresentando 32 empresas e instituiçõesbrasileiras.

No primeiro dia, foram apresentadosos resultados obtidos com o uso do ChopperNA para o controle de brotação nasempresas Votorantim, Ripasa e Bahia Sul,além dos resultados no controle de plantasdaninhas em reflorestamentos de pinusapresentados pela Rigesa.

As apresentações do dia 26consistiram em dados toxicológicos doproduto, bem como outros assuntos ligadosaos cuidados com o meio ambiente enormas de certificação para o setor.

No encerramento do evento, aCyanamid mostrou o portifólio de produtosque está desenvolvendo e disponibilizando

para o mercado florestal acurto e médio prazo e osplanos da empresa na área debiotecnologia.

O evento foi umaoportunidade para que osprofissionais ligados à área desilvicultura, pudessemdebater os aspectos técnicosrelacionados àimplementação do herbicidaChopper NA, uma vez que oproduto já vem sendoutilizado em áreassignificativas pela maioriadas empresas florestais.

Participaram dolançamento as seguintes empresas einstituições: Ripasa, Duratex, Eucatex,Lwarcel, Votorantim, Grupo Orsa, FaberCastell, Suzano, ESALQ/USP, IPEF, JariCelulose, Gerdau, Celmar, Copener, BahiaSul, Florestas Rio Doce, Aracruz, Cenibra,Mannesmann, Plantar, UFV (UniversidadeFederal de Viçosa), CAF Santa Bárbara,Rigesa, Klabin, Pisa, Riocell, Inpacel, Tafisa,

Foto: Arquivo Cyanamid

Participantes do lançamento do Chopper NA nohotel Sheraton.

Celucat, Mobasa, Placas do Paraná e FloraConsult.

A Cyanamid, através de sua divisãoSaúde Ambiental, agradece aosparticipantes e empresas envolvidas,esperando que o evento tenha atendido àsexpectativas e gerado informações quepossam ser traduzidas em tecnologiaaplicada.

MAR-ABR/994

RESISTÓGRAFO: QUALIDADE E PRECISÃO NAANÁLISE DA MADEIRA

T E C N O L O G I A

O Laboratório de Anatomia daMadeira do Departamento de CiênciasFlorestais da ESALQ/USP, recebeu umResistógrafo modelo IML-F500, no final de1998, através da Agência de CooperaçãoTécnico-Científica da Alemanha – GTZ. Oequipamento, desenvolvido naquele país,é o primeiro existente no Brasil, sendoaplicado na análise de parâmetros físicos(resistência) e biológicos (estado desanidade) da madeira de árvores e depostes.

A análise é feita através dapenetração de uma haste metálica com 1,5mm de diâmetro e 500 mm decomprimento, com ponta afilada, e rotaçãoconstante de 1.500 rpm, acionada por ummotor. O equipamento possui três pontasde aço inoxidável na sua parte anterior, quepossibilitam o apoio na madeira para mantera estabilidade. Os valores de resistência àpenetração da ponta no interior da madeirasão registrados numa fita fixada no aparelhona forma de gráficos. Para cada milímetrode penetração, são registrados 100 valoresde resistência da madeira. O resistógrafopossui um mecanismo de ajuste, quepermite a regulagem específica paramadeiras de alta e baixa densidade.

Em árvores sadias, os gráficosexpressam as variações de resistência/densidade da madeira, dentro e entre osanéis de crescimento, revelando paraespécies de coníferas e algumas defolhosas, os limites dos lenhos inicial etardio. Em madeiras cujo lenho apresenta-se parcial ou totalmente biodeteriorado,detecta-se uma redução na resistência àpenetração da haste, que é registrada nosgráficos na forma de descontinuidade ouqueda abrupta dos valores de resistência.

Dentre as vantagens do equipamentoestão a possibilidade de se efetuar a análisesem o corte ou qualquer dano às árvores,provocando apenas um pequeno orifício notronco; é portátil; e utiliza bateriarecarregável como fonte de energia.

Diversos modelos do resistógrafoestão disponíveis, e sua escolha dependedos objetivos da área de utilização e tipo

de trabalho a serrealizado. A diferençaentre eles está nocomprimento da haste ou,em alguns modelos maissofisticados, napossibilidade detransmissão dos dados daresistência diretamentepara um microcomputadorportátil e seu registro emimpressora.

Aplicabilidade eimportância doequipamento

O método usual deavaliação da qualidade ouda saúde da madeira,através do Raio X, de altasensibilidade e com graumáximo de precisão,limita sua aplicabilidade,já que necessita de umaamostra da madeira e aanálise deve ser feita em laboratório,elevando os custos e tomando mais tempopara se conseguir os resultados. A análiseatravés do Resistógrafo pode ser feita nocampo, com resultado imediato, sem custose sem danificar a madeira, fornecendotambém um resultado preciso de avaliação.

A utilização do Resistógrafo naanálise da qualidade da madeira é bastanteampla, não se restringe apenas ao eucalipto,para celulose e papel e madeira serrada.Árvores destinadas à outros fins podem seranalisadas, como a caixeta, para a produçãodo lápis, o pópulos, para a fabricação depalitos de fósforo, e a teca, para madeirade mobiliários de luxo.

O equipamento tem sido aplicado emdiversos países, na avaliação do estado desanidade de árvores em parques, jardins eruas; do estado de conservação da madeirae seus produtos, como postes, pontes eestruturas de construções históricas; dosprogramas de seleção de árvores com basena densidade e dureza de suas madeiras;dos anéis de crescimento das árvores e de

outros aspectos da anatomia da madeira,do crescimento das árvores e dos fatoressilviculturais e climáticos que os afetam.

A aplicação do Resistógrafo emavaliações fitossanitárias, identifica apodridão e outras doenças das árvores, epode ser utilizada principalmente emflorestas urbanas, como parques e ruas,onde há a necessidade de se fazer umdiagnóstico de árvores para dar suporte àdefinição de corte ou não, deixando debasear-se apenas na análise visual. Estaavaliação interna do tronco da madeirapossibilita a identificação do quanto a árvoreestá afetada e se há condições derecuperação. Também avalia a saúde depostes de madeira, podendo identificar osefeitos do contato com o solo, sem precisarretirar uma amostra para avaliação. Entreas outras diversas formas de utilização,estão a análise de estruturas de igrejas, decasas ou qualquer feita de madeira.

O Departamento de CiênciasFlorestais pretende desenvolver um projetode pesquisa na ESALQ/USP, visando

Seção transversal de disco de madeira de Eucalyptus saligna,com o gráfico mostrando os valores de variação de resitênciaobtido pelo resistógrafo. Verificar a existência da madeirajuvenil (interna) e adulta (externa).

O Resistógrafo é o único equipamento que permite a avaliação, através de método nãodestrutivo, do real estado interno da sanidade da madeira ou da árvore, que pode estar afetada

por fungos e/ou insetos que não apresentam sintomas ou sinais externos.

IPEF NOTÍCIAS 5

T E C N O L O G I A

SIMPÓSIO SOBRE RESTAURAÇÃO DEECOSSISTEMAS REÚNE 200 PROFISSIONAIS

O IPEF realizou nosdias 15 e 16 de junho, naESALQ/USP, em Piracicaba/SP, o 1 º Simpósio sobreRestauração de EcossistemasNaturais.

O evento, que foipromovido numa parceria doInstituto com a ESALQ, aIUFRO, a UNESP/Botucatu, oJardim Botânico/RJ e a CATI(Coordenadoria de AssistênciaTécnica Integral da Secretariade Agricultura eAbastecimento), teve aparticipação de 210 pessoas.

Os temas,apresentados na forma depalestras e mesas redondas, abordaramaspectos sócio econômicos da restauração;biodiversidade; indicadores desustentabilidade em áreas restauradas;interações planta-animal na restauração;legislação; restauração de matas ciliares;sucessão e grupos ecológicos; e técnicassilviculturais.

Durante o evento, ocorreram tambémapresentações de painéis de pesquisassobre a restauração ecológica e os diversostemas ligados ao assunto.

A restauração é uma técnica que sepreocupa com a estrutura das comunidades,e não necessariamente com seufuncionamento. Desta forma, ela sediferencia da recuperação, que não temnecessariamente como referência oecossistema original e, portanto, não sepreocupa com sua dinâmica futura.

O termo restauração, emboracorrente na língua inglesa há bastantetempo, passou a ser mais utilizado emportuguês depois da evolução do conceitode sustentabilidade, por incluir de formamais explícita a preocupação com a “saúde”dos ecossistemas.

O retorno às condições originaisexatas do ecossistema ou comunidadeecológica é inviável, considerando que épraticamente im possível determinarmosquais eram as condições originais doambiente e que processos atuaram, umavez que os ecossistemas são extremamentedinâmicos, independentemente da escalade tempo adotada.

O termo restauração refere-se,portanto, ao retorno de uma porçãodegradada da paisagem a uma condição

melhorada e mais natural, incluindo tantoaspectos estruturais como funcionais dosecossistemas, que permitem que umacomunidade evolua e a sucessão naturalocorra.

Pode-se considerar também arestauração ecológica como a arte e ciênciade recriar comunidades ecológicas viáveis,reintroduzindo componentes-chave,recriando, direcionando e acelerando osprocessos naturais.

Este processo passa pelaidentificação dos pontos geraisecologicamente relevantes (biodiversidade,integridade ecológica, dinâmica dascomunidades, processos sucessionais etc.),dos componentes funcionais básicos, dosatributos relevantes de cada grupofuncional, do conhecimento dos níveistróficos de cada ecossistema e, finalmente,pela determinação dos valores ecológicosa serem protegidos.

A iniciativa de se realizar essesimpósio sobre restauração ecológica deecossistemas naturais surgiu durante oCongresso IUFRO na Flórida, em 1997,onde um grupo de pesquisadoresbrasileiros, trabalhando com restauração deflorestas tropicais, sentiu a necessidade deum evento semelhante no Brasil, abordandoos nossos ecossistemas.

A justificativa para a realização desseevento baseou-se na importância de sediscutir todos esses conceitos darestauração e a necessidade de umintercâmbio e divulgação dos estudos epesquisas sobre os processos derestauração ecológica nos váriosecossistemas florestais do Brasil.

E V E N T O

Prof. Miguel Martinez-Ramos, da UNAM (México),apresentando a palestra “Sucessão e grupos ecológicos”.

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avaliar o estado de sanidade das árvoresdo campus. O projeto prevê ainda, aavaliação de árvores de espécies florestaisde parques, jardins e ruas da cidade dePiracicaba. Este plano de pesquisa envolveo acadêmico Atus Ventura Lemos, que, soba orientação do Prof. Mário Tomazello,pretende identificar o real estado interno dasárvores para, se for o caso, justificar comum método de análise precisa, possíveiscortes que se façam necessários.

O Prof. Mário Tomazello Filho,responsável pelo Laboratório de Anatomiada Madeira do Departamento de CiênciasFlorestais da ESALQ/USP, é pesquisadorem defeitos naturais da madeira resultantesdo crescimento das árvores, dendrologiadas espécies nativas e introduzidas noBrasil, identificação de espécies florestaisatravés da anatomia de suas madeiras,anatomia do lenho de gimnospermas eangiospermas, atividade cambial eformação da madeira.

Para maiores informações sobre oequipamento ou sobre as atividades dolaboratório, os interessados devem entrarem contato com o Prof. Tomazello, notelefone (019) 430-8627 ou e-mail:[email protected].

ANUNCIE NOIPEF NOTÍCIASE COMUNIQUE-

SE COM UMPÚBLICO

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MAR-ABR/996

LODO DE ESGOTO URBANO É UTILIZADO NAPLANTAÇÃO FLORESTAL

P E S Q U I S A & D E S E N V O L V I M E N T O

Área experimental em Itatitnga/SP.

Desde fevereiro de 1998, o IPEF e oDepartamento de Ciências Florestais daESALQ/USP, em parceria com a Sabesp(Companhia de Saneamento Básico doEstado de São Paulo), estão desenvolvendoum projeto intitulado “Aplicabilidade do lodofiltrado de esgoto produzido na regiãometropolitana de São Paulo em plantaçõesflorestais de rápido crescimento”, visandoidentificar a viabilidade técnica, econômicae ambiental da aplicação de biossólidos noplantio de eucalipto.

O lodo (biossólido) gerado notratamento do esgoto urbano representa umproblema, devido às dificuldadesoperacionais relativas ao manejo edisposição e aos custos envolvidos, querepresentam grande percentual no valortotal do tratamento. Desta forma, torna-senecessário o desenvolvimento de estudosque visem o reaproveitamento destebiossólido. Por outro lado, no Brasil e,particularmente no Estado de São Paulo,as áreas florestadas com espécies deeucaliptos e pinus, utilizadas para aprodução de celulose e madeira paraserraria, ocupam uma superfície deaproximadamente 800 mil hectares, quasesempre em solo de baixa fertilidade, e quepodem ser beneficiadas com o uso do lodo.

Este produto é rico em matériaorgânica, nitrogênio, fósforo, cálcio(proveniente do processo de tratamento) emicronutrientes, além de ter a capacidadede agregar partículas minerais, podendomelhorar as características físicas e

O acúmulo de resíduos da sociedade modernatem sido uma preocupação constante para gover-

nos, entidades ambientalistas e para a própriapopulação, já que gera custos e provoca proble-mas ecológicos. Considerando que grande partedestes resíduos são de origem biológica, estudosvêm sendo desenvolvidos em diversos países, a

fim de que este material, rico em nutrientes ematéria orgânica, seja devolvido ao solo parautilização em plantações agrícolas e florestais.

químicas do solo. Sabe-se que,particularmente nas áreas de cerrado, ondea silvicultura com espécies de rápidocrescimento (eucaliptos e pinus) éamplamente praticada, ocorre uma baixadisponibilidade de macro e micronutrientes.

A utilização de resíduos,principalmente aqueles com elevadosteores de matéria orgânica, tem-semostrado promissora por permitir osuprimento de nutrientes ao solo e aumentara retenção de água. Já a presença de algunsmetais pesados e contaminantes no lodo deesgoto urbano, acentua a necessidade deque pesquisas criteriosas sejam conduzidasem condições controladas antes de suautilização em larga escala, mesmoconsiderando-se que o lodo é tratado antesde sua distribuição pela Sabesp.

A vantagem da aplicação do lodo deesgoto nas plantações florestais consiste nofato de que os principais produtos destasculturas perenes não se destinam aalimentação humana ou animal. Entretanto,cuidados prévios devem ser tomados emrelação à localização dos talhões florestaise à forma e dosagem de aplicação do lodo,que em princípio, poderá ser efetuada comintervalos variando de cinco a sete anos.

A implantação do projetoO projeto consiste num experimento

instalado em duas áreas da EstaçãoExperimental de Ciências Florestais daESALQ/USP em Itatinga/SP, totalizandocerca de cinco hectares e utilizando como

tratamentos doses crescentes de lodopreviamente tratado pela Sabesp. Esta áreaé formada por talhões de Eucalyptusgrandis Hill Ex Maiden, localizados emdiferentes tipos de solo. O clima da regiãoé do tipo mesotérmico de inverno seco e osolo ocorrente na área foi caracterizadocomo um latossolo vermelho-amarelo,textura média, relevo suave ondulado. Ocerrado é a vegetação natural da região.Tais condições edafoclimáticas e florísticassão representativas de extensos blocos deflorestas homogêneas plantadas no planaltopaulista.

Devido à amplitude da pesquisa, queenfoca e integra conhecimentos deengenharia sanitária, de silvicultura e degestão ambiental, foi necessário reunir umaequipe multidisciplinar de pesquisadores daESALQ/USP e da Sabesp. Sob acoordenação do professor da ESALQ, FábioPoggiani, e do consultor do IPEF, VanderleiBenedetti, o projeto envolve atualmente, 10docentes da ESALQ, dos departamentos deCiências Florestais, Química e Solos, e trêsengenheiros da SABESP. Angariou ainda,o auxílio de entidades financiadoras(FAPESP, CAPES e CNPp) que cobrem asbolsas e parte das análises de 4 mestrandose 2 doutorandos, além de bolsistas deiniciação científica mantidos via IPEF.

O experimento consiste na aplicaçãode biossólidos em diferentes taxas, paraverificação da dosagem que apresente omelhor rendimento, além do monitoramentodos efeitos da aplicação no solo, águas

Foto: Fabio Poggiani

IPEF NOTÍCIAS 7

P E S Q U I S A & D E S E N V O L V I M E N T O

PROJETO JÁ APRESENTARESULTADOS POSITIVOS

superficiais, subterrâneas e ecossistemalocal. Nestas áreas, o trabalho vem sendocontinuamente monitorado em diversosaspectos silviculturais e ecológicos. Sãoestudados a qualidade do lodo produzido,seu potencial econômico (distância,transporte, aplicação), aspectos defertilidade e de movimentação de nutrientee metais pesados no solo e nas plantas,microbiologia do solo e o impacto sobre afauna silvestre.

Resultados preliminaresEste estudo, ainda em fase

preliminar, já apresenta alguns resultados.Entre eles está a caracterização dobiossólido, que apresentou altasconcentrações de nitrogênio, fósforo, cálcioe magnésio, que são importantes nutrientesna produção florestal e favorecem ocrescimento das árvores.

Verificou-se também, que o pHelevado do biossólido tende a alterar oequilíbrio nutricional no solo e nas plantas,quando o lodo é aplicado em doses muitoelevadas. Desta forma, os tratamentoslimitaram-se a doses de até 40 toneladasde biossólidos por hectare.

Os metais pesados (como o cobre, ocromo, o níquel e o zinco) contidos no lodoaplicado no experimento, apresentaramconcentrações inferiores aos limitesdefinidos pela norma americana 40CFR –Part 503 e não foram ainda detectados nosolo ou nas plantas.

Nos tratamentos com aplicação debiossólido em todas as doses, as plantasevidenciaram a absorção de maiores níveisde cálcio, magnésio, enxofre, cobre emanganês.

Aplicabilidade da pesquisa nasempresas

Pretende-se com este estudo,programado para um período de quatro aseis anos, verificar o efeito do lodo sobre ocrescimento das árvores, da vegetaçãoherbácea e arbustiva e o incremento dabiomassa lenhosa dos eucaliptos, bemcomo monitorar as alterações dascaracterísticas edáficas, a movimentaçãode nutrientes e metais pesados no solo enas plantas e eventuais efeitos sobre aqualidade da água e sobre a vida silvestre.

O pioneirismo deste projeto fará comque seus resultados finais contribuam paragerar critérios legais de utilização debiossólidos em plantações florestais.

A próxima etapa do projeto, visaatingir uma escala experimental mais amplajunto às empresas de reflorestamento quedesejam aumentar a produtividade florestal.

A expectativa é que os resultadosobtidos nesta primeira fase possam serprontamente avaliados pelas empresas dereflorestamento que atuam nos Estados deSão Paulo, Paraná, Minas Gerais e MatoGrosso do Sul e que geralmente utilizamsolos de baixa fertilidade para implantaçãode florestas para suprir as demandas decelulose, chapas, carvão vegetal e outrosprodutos.

Tendo em vista o interesse jádemonstrado pelas empresas associadas aoIPEF, este experimento poderá também, embreve, ser repetido em outras localidadesdo Estado de São Paulo e do Brasil comdiferentes condições de clima e de solo.

Para maiores informações sobre oprojeto, os interessados podem entrar emcontato com seus coordenadores, atravésdos telefones (019) 430-8608, 430-8636, fax(019) 430-8666 ou e-mail:[email protected] [email protected].

A Embrapa Meio Ambiente, o Instituto Agronômico de Campinas – IAC e a FundaçãoAndré Tosello estarão promovendo no período de 28 a 30 de setembro, o II Semináriosobre Gerenciamento de Biossólidos do Mercosul. O evento se realizará no IAC,em Campinas, e tem o objetivo de discutir as técnicas de tratamento, a produção, oprocessamento, o uso agroflorestal do lodo de esgoto ou biossólido para aumentar aprodutividade agrícola e florestal e seus possíveis impactos no agroecossistema. Apóso evento, está programada uma visita de campo ao experimento em Itatinga, comônibus saindo do IAC. Para maiores informações sobre o seminário, o telefone (019)867-8762, 867-8710, fax: (019) 861-8740, ou através do site www.florestal.ipef.br/eventos/.

II Seminário sobre Gerenciamento de Biossólidos do Mercosul

NOTAS

WFI desenvolve pesquisa sobre o usodo eucalipto para produtos sólidos

O World Forest Institute – WFI(EUA) está desenvolvendo no Brasil umprojeto sobre o uso da madeira deeucalipto para produtos sólidos, em todasas suas aplicações. O projeto teve inícioeste ano, através do engenheiro florestalMoacyr Fantini, com previsão deencerramento para o ano 2000. Oobjetivo é fazer um levantamento do usoda madeira de eucalipto em outros paísespara produtos sólidos (principalmenteAmérica e África do Sul), identificar opotencial do eucalipto substituir,futuramente, parte das madeiras defolhosas nativas e importadas utilizadaspelo mercado americano, e,principalmente, promover a divulgaçãodo potencial de uso e atuais aplicaçõesda madeira de eucalipto proveniente dereflorestamento, para os produtossólidos. O estudo irá preparar também,um resumo e análise do mercado defolhosas nos EUA para produtos sólidos.As empresas interessadas em maioresinformações sobre o projeto, podementrar em contato com o WFI, atravésdo telefone (503) 228-0803 ou e-mail:[email protected].

Diretoria da Cenibra visita o IPEFO IPEF recebeu no dia 30 de junho a

visita dos srs. Katsuyoshi Aoki e KazuyukiWakimoto, membros da diretoria da associadaCenibra. Além de conhecer mais de perto asatividades do IPEF, os visitantes assistiramapresentações específicas do setor desementes, da área de silvicultura clonal ebiotecnologia florestal. O grupo visitou tambémos laboratórios do Departamento de CiênciasFlorestais, a Biblioteca do IPEF e a EstaçãoExperimental de Anhembi.

Equipe do Banco Central do México sereúne com IPEF

No último dia 1º de julho, o IPEFrecebeu a visita de um grupo de profissionaisdo Banco do México. A instituição é ligada aoBanco Central daquele país e é responsávelpelo fomento do desenvolvimento dos setoresagropecuário, florestal e pesqueiro do México.O grupo esteve visitando diversas empresas einstituições do setor florestal brasileiro duranteo período de 21/06 a 2/07, com o objetivo deconhecer e trocar experiências paradesenvolver alternativas viáveis para o México.O Banco possui um programa especial definanciamento à atividade florestal, que consisteem apoio para projetos de plantações florestais.

MAR-ABR/998

“I SIMPÓSIO ESTADUAL DETRATAMENTO DE ÁGUA, ESGOTO E

PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE”DIAS 11 E 12 DE AGOSTO DE 1999

PAVILHÃO DE ENGENHARIA DA ESALQ/USP - PIRACICABA/SP

VENHA CONHECER AS NOVIDADES DO SETOR. EXPOSIÇÃO DE EQUIPAMENTO DE TRITURAÇÃO PARA INDÚSTRIA

E AUTOMAÇÃO DE RECEBIMENTOS DE CONTAS DE ÁGUA

INSCREVA-SE PELOS TELEFONES: 0XX 19 422-2719/434-2338/430-8602SOLICITE A PROGRAMAÇÃO DO EVENTO

PALESTRAS COM TEMAS ATUAIS SOBRE: TRATAMENTO DE ESGOTO, ÁGUA E PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE.

ISO 14.001 E MATA CILIAR.

REALIZAÇÃO:

A professora Teresa CristinaMagro, do Departamento deCiências Florestais da ESALQ/USP, defendeu no dia 12 de maiodeste ano sua tese de doutoradointitulada “Impactos do uso públicoem uma trilha no planalto doParque Nacional do Itatiaia”, sob aorientação da Profa. Dra. Maria doCarmo Calijuri, da Escola deEngenharia de São Carlos, daUniversidade de São Paulo.

A pesquisa da tese envolveuestudos na Trilha Rebouças-Sede,no planalto do Parque Nacional doItatitaia, para identificar osparâmetros físicos com maiorinfluência no grau de impactocausado pelo uso público e,posteriormente, para avaliar a recuperaçãoda trilha no período de um ano.

O grau de declividade e o tipo de soloforam os principais fatores facilitadores da

P E S Q U I S A

TESE DE DOUTORADO ESTUDA IMPACTOS DO USOPÚBLICO NO PARQUE NACIONAL DO ITATIAIA

degradação da trilha estudada. Acompactação do solo, ao contrário doresultado de outros trabalhos, não mostrourelação efetiva com as áreas mais

Parque Nacional do Itatitaia. Quando a enxorrada não é dessipadaatravés de canais de drenagem, o leito da trilha funciona como agente

concentrado de água.

impactadas.Além dos fatores naturais,

dados referentes ao manejo daárea demonstraram que fatoresinstitucionais, ligados àadministração do parque,contribuíram para a degradação departe do ecossistema estudado.

Através das pesquisasrealizadas, a professora concluiuque o processo de regeneração davegetação nos locais maisimpactados será acelerado com autilização de técnicas simples,como a escarificação e adubaçãodo solo e dissipação do volume daenxurrada canalizada no interior datrilha, que pode ser conseguidaatravés da construção de pequenos

canais e terraços ao longo de sua extensão.A Biblioteca do IPEF possui um

exemplar da tese da Profa. Teresa, para osinteressados em consultá-la.

IPEF NOTÍCIAS 9

IPEF DESENVOLVE PROGRAMA VOLTADO AO SETORDE RESINAGEM DE PINUS

Árvore emoperação deresinagem.

P E S Q U I S A

O IPEF, em parceria com 15 empresas que atuam no setorde extração e beneficiamento de resina de pinus no Brasil, estádesenvolvendo um programa de pesquisas, com o objetivo de

aumentar a competitividade e a produtividade do setor. Oprojeto envolve as áreas de melhoramento genético, clonagem,

monitoramento nutricional de solos, análise estrutural damadeira, tecnologia de extração, monitoramento da qualidade

da goma-resina e diagnóstico econômico.

Participam do Programa mais de 20 pesquisadores do IPEF,ESALQ/USP, UNESP e Instituto Florestal. Maiores informações

sobre o Programa podem ser obtidas junto ao IPEF, com oengenheiro florestal Guilherme de Andrade Lopes, através do

telefone (019) 430-8668, fax (019) 430-8666 ou pela Internet, e-mail: [email protected].

Também conhecido como óleo-resinaou goma-resina, o produto extraído deárvores do gênero Pinus spp, oferece, pordestilação, uma fração volátil denominadaterebintina, ouaguarrás; e umafração fixa, o breuou colofônia.

Aterebintina, uml í q u i d otransparente, éutilizada comoconstituinte detintas, vernizes,c o r a n t e s ,vedantes param a d e i r a ,r e a g e n t e squímicos, cânforasintética, óleos, desodorantes, inseticidas,germicidas, líquidos de limpeza etc.

O breu é aplicado na fabricação detintas, vernizes, plásticos, lubrificantes,adesivos, inseticidas, germicidas,bactericidas, borracha sintética, chicletes,laquês, sabões, colas, graxas, esmaltes,ceras, adesivos, desinfetantes, explosivos,isolantes térmicos e outros.

A extração de goma-resina dasárvores vivas, denominada resinagem,iniciou-se no Brasil na década de setenta,

elevando o País à categoria de exportadordo produto a partir de 1989.

Apesar de ser recente a suaparticipação no mercado internacional, o

Brasil já é osegundo maiorp r o d u t o rmundial damatéria-prima,c o maproximadamente80 miltoneladas porano (US$ 24milhões/ano),atrás apenas daChina queapresenta umaprodução anualde 400 mil

toneladas, correspondente a 60% domercado mundial.

Segundo a ARESB (Associação deResinadores do Brasil), a safra 98/99, foicomercializada, em média, a US$ 300.00 atonelada. Historicamente, os preçosapresentam uma oscilação que varia entreUS$ 200.00 e US$ 600.00/ton (veja gráfico).

A implantação e o manejo deflorestas de Pinus para a produção de goma-resina, constitui-se em uma alternativasocial e econômica para a fixação do

Variação do preço médio anual (US$/ton) da gomaresina de acordo com dados apresentados por Garridoet al. (1998).

RESINAGEM

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Anos

Preç

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S$/to

n)

homem no ambiente rural, seja pela suacapacidade em antecipar receitas com aatividade, ou pela criação de empregosdiretos e indiretos durante o seu processode extração, processamento ebeneficiamento, já na indústria química.

Coleta de goma-resina no campo.

Foto

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A. L

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Foto: Guilherm

e A. Lopesi

MAR-ABR/9910

VENDAS: (019) 430-8615 FAX: (019) 430-8616E-mail: [email protected] Page: www.ipef.br/sementesContato: Israel Gomes Vieira / Renato Dias Fernandes

ESPÉCIEPROCEDÊNCIAGRAU IDENTIFICAÇÃO ORIGEMR$ / Kg SEM..

MELHORAM. VIÁVEIS/Kg

O Teste de Uso Múltiplo de Eucalipto(TUME) é um projeto iniciado em 1996, peloDepartamento de Ciências Florestais daEscola Superior de Agricultura “Luiz deQueiroz” (ESALQ/USP), através da EstaçãoExperimental de Ciências Florestais deItatinga, em parceria com o IPEF.

O objetivo deste programa é divulgara eucaliptocultura a proprietários rurais eempresas privadas, mostrando seupotencial para múltiplos usos. Atualmentese conhecem mais de 600 espécies deeucaliptos, mas no Brasil, apesar da grandeexpansão e sucesso da cultura, apenasalgumas são conhecidas e seu uso ébasicamente voltado para lenha, carvão,celulose e papel.

TESTE DE USO MÚLTIPLO DE EUCALIPTOAté o momento foramimplantados mais de 40 testesem propriedades rurais eempresas privadas, sendo queaqueles localizados no estadode São Paulo vêm recebendoacompanhamento técnico eavaliações biométricasperiódicas. O teste pode serimplementado de duasmaneiras: através da aquisiçãodas mudas, ou pela compra desementes.O TUME é composto pelasseguintes espécies:Eucalyptus citriodora,Eucalyptus grandis,Eucalyptus saligna, Eucalyptus

camaldulensis, Eucalyptus urophylla,Eucalyptus pellita, Eucalyptus maculata,Eucalyptus tereticornis e pelo híbridoEucalyptus urophylla X Eucalyptus grandis(urograndis).

Todos os ingressantes no programarecebem o kit de mudas ou sementes(equivalente a duas mil mudas para umhectare), apostila de orientação para aformação das mudas, implantação nocampo e condução do teste. Em algumasregiões, em testes implantados em 1996,já foram realizados dias de campo, com oapoio da CATI (Coordenadoria deAssistência Técnica Integral), revelando-seum ótimo sistema de divulgação dadiversidade de espécies e da potencialidade

da cultura.O TUME também tem sido importantecomo um teste de adaptabilidade regionalpara as diferentes espécies. Os locais maispróximos a Itatinga e Piracicaba poderãosolicitar um acompanhamento com apresença dos técnicos e estagiáriosresponsáveis pelo programa.

Os interessados na implantação deum TUME devem contatar a EstaçãoExperimental de Ciências Florestais deItatinga: (014) 854-1520, com os Eng.Rildo ou Luiz, ou o Setor de Sementes doIPEF: (019) 430-8615 e e-mail:[email protected], comRenato ou Israel. Para locais comdistâncias superiores a 350 km de Itatinga(município próximo a Botucatu/SP)recomendamos a aquisição do KitSementes. Os demais podem optar pelaencomenda das mudas junto ao viveiro daestação de Itatinga.

* A encomenda deve ser feita com 5 mesesde antecedência à época de implantação.** Não incluso despesas com correio.

Kit mudas* R$ 200,00Encomende seu Kit

Kit sementes** R$ 50,00

E V E N T O

IPEF PROMOVE QUARTA EDIÇÃO DO CURSO DEARTE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Mudas de Eucalyptus camaldulensis.

Foto: Israel G. V

ieira

O IPEF estará promovendo noperíodo de agosto à novembro deste ano o4º Curso de Arte Educação Ambiental.

O curso estará voltado à formação ecapacitação de pessoas interessadas emdefinir conjuntamente um projeto de ArteEducação Ambiental, desde a concepçãoaté a execução e avaliação.

Ao longo desse processo, serávalorizada a participação, o conhecimentoconstruído no grupo através de vivênciasem arte e do contato mais atento com omeio.

Destinado à profissionais que já

trabalham ou desejam trabalhar comeducação ambiental e arte, este curso estásob a coordenação das engenheirasagrônomas, consultoras do IPEF, Mônica C.Cabello de Brito e Cristina Costa Diniz, eterá início, na cidade de Piracicaba, no dia7 de agosto e se realizará ao sábados,quinzenalmente.

Estão sendo programadas duasturmas que receberão aulas em locaisdistintos: além do grupo que fará o cursono Departamento de Ciências Florestais daESALQ/USP, em Piracicaba/SP, haveráoutra turma num local ainda a ser definido

no campus da USP (Universidade de SãoPaulo), na cidade de São Paulo, que teráinício no dia 14 de agosto.

Para efetuar as inscrições ou obtermaiores informações, os interessadospodem entrar em contato com o Setor deEventos do IPEF, no telefone (019) 430-8602, fax (019) 430-8666 ou e-mail:[email protected]. Aprogramação completa do evento estádisponível no site do Instituto, no endereço:www.ipef.br/eventos/.

IPEF NOTÍCIAS 11

N O V I D A D E S

NOME COMUM NOME CIENTÍFICO FAMÍLIA BOTÂNICA GRUPO ECOL. NR. SEM/KG R$ / Kg

A partir do mês deste julho aCyanamid Química do Brasil Ltda. passoua fazer parte do quadro de associadas doIPEF. A empresa é uma subsidiária daAmerican Home Products Co., um grupomultinacional em posição de liderança naprodução de medicamentos humanos eanimais, suplementos nutritivos, vitaminas,vacinas e defensivos agrícolas, com umfaturamento anual na ordem de US$ 13.5bilhões.

Em produtos agrícolas, as vendas daCyanamid foram, no ano passado, deaproximadamente US$ 2.2 bilhões, o querepresenta 16,3% do total, permitindo àempresa alcançar o 9º lugar no rankingmundial desse setor.

No Brasil, a Cyanamid Química estásediada no Rio de Janeiro. Seus cerca de1,3 mil funcionários diretos estão divididosentre a matriz, as unidades fabris deResende/RJ e Paulínia/SP, o Centro dePesquisas Agronômicas de Iracemápolis/SPe o Laboratório de Desenvolvimento deFormulações de São Cristóvão/RJ.

ProdutosAs pesquisas e o desenvolvimento

contínuo de novos produtos e serviçosfazem da Cyanamid uma empresa emconstante busca de novas e importantessoluções para as necessidades vitais dasociedade, como a produção de alimentos,o controle das pragas e vetores em áreasurbanas, a manutenção do meio ambienteequilibrado, além da proteção das áreas dereflorestamento e o seu conseqüenteaumento de produtividade. Somada àCyanamid Agrícola, a divisão Cyanamid

CYANAMID É A MAIS NOVA ASSOCIADA DO IPEF

Saúde Ambiental é responsável por vendassuperiores a R$ 200 milhões por ano, comexportações para mais de 50 países.

Um dos produtos básicos daCyanamid Saúde Ambiental é o ABATE, umlarvinicida de grande representatividade nosprogramas governamentais de controle aodengue, utilizado principalmente notratamento de água de consumo, graças àssuas características básicas de eficácia esegurança para humanos e animais não-alvo.

Já para minimizar os problemasassociados à presença de ratos e ratazanas,tanto no aspecto de destruição de alimentosquanto no da disseminação de doenças dealta letalidade como a leptospirose, ohantavírus e a peste, a Cyanamid criou oSETORM, o raticida anti-coagulante dedose única, que associa palatabilidade,potência e biodisponibilidade em um sóproduto, características necessárias aocontrole eficaz de roedores comensais.

Ainda no aspecto das pragasurbanas, a Cyanamid Saúde Ambientalpossui o SIEGE, uma isca gel de controleàs baratas que tem seu uso apropriadoinclusive nas chamadas “áreas de risco”,como berçários, cozinhas industriais,restaurantes, unidades de terapia intensivae todas as demais áreas de hospitais, entreoutros locais.

Para completar essa linha deprodutos de controle às pragas urbanas,outras formulações estão emdesenvolvimento, ou já disponíveis nomercado.

Já no campo da mato-competição emáreas reflorestadas, a empresa desenvolveu

sua linha de herbicidas ambientalmentecorretos. CHOPPER NA é sistêmico, nãoseletivo, pré e pós emergente, de efeitoprolongado. Sua moderna formulação, àbase de imazapyr, apresenta baixaabsorção, ficando normalmente disponívelna solução do solo. É por isso queCHOPPER NA acabou se tornando umaimportante ferramenta para o controle deervas infestantes em áreas destinadas aoplantio e manejo de florestas de Pinus.

CHOPPER NA é também altamenteeficiente quando aplicado em pré corte, nocontrole de brotações de eucaliptos. Possuialtíssimo rendimento operacional, baixocusto (apenas uma intervenção), reduzidaquantidade de ingrediente ativo por hectaree fácil manuseio. Apresenta ainda mínimorisco ambiental e alta eficiência,dispensando água durante a aplicação, nãosofrendo qualquer influência das chuvas.CHOPPER NA garante um elevado períodode corte para eucaliptos, variando entre 30e 120 dias após a aplicação. Pode tambémser aplicado diretamente sobre a cepa oubrotações.

Na manutenção dos aceirosindispensáveis para a proteção dos talhõescontra incêndios, ARSENAL NA é o únicoherbicida que pode ser usado também empré-emergência, e que mantém o solo livrede ervas infestantes ou de palhada porlongos períodos.

O esforço para o desenvolvimento deuma linha de produtos que, acima de tudo,respeita a natureza, vem em total encontrocom a filosofia da Cyanamid SaúdeAmbiental, de criar soluções de valor.

Multinacional passa a fazer parte do seleto grupo de empresas quecompõem o quadro de associadas do Instituto.

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Centro de Pesquisas Agronômicas daCyanamid, que possui 42 hectares eestá localizado em Iracemápolips/SP,próximo ao município de Piracicaba .

Nos dias 26 e 27 de agostoestará sendo realizado noDepartamento de Ciências Florestaisda ESALQ/USP, em Piracicaba/SP, o“2o Workshop sobre Secagem deMadeira Serrada”. O evento está sendoorganizado pelo IPEF e tem comoobjetivo dar continuidade à discussãotécnica sobre os diferentes aspectos dasecagem de madeira serrada, tanto asprovenientes das florestas plantadascomo de florestas naturais, visandodefinir as prioridades para estudo edesenvolvimento tecnológico.

Em outubro de 1998 foi realizadoo “Workshop sobre Secagem daMadeira de Reflorestamento:Tendências e Perspectivas”. O eventoreuniu representantes dos diversossegmentos industriais e comerciais

ligados à secagem da madeira serrada,visando estabelecer um fórum para adiscussão técnica das tendências enecessidades do setor. Dentre osdiversos aspectos abordados duranteo evento, destaca-se a oportunidadede estabelecer um programa detrabalho, articulado entre as indústriase as instituições de pesquisa, visandobuscar soluções para os problemascomuns e propor estratégias para ocrescimento tecnológico do setor.

Será discutida também aproposta de criação de um Grupo deTrabalho com o objetivo de buscarsoluções para os fatores consideradosproblemáticos pelas indústrias, e definiras prioridades e a estratégia parapesquisa, desenvolvimento etransferência de tecnologia.

Local ESALQ/USP - Piracicaba/SPData 26 a 27 de agosto de 1999

2o Curso de Extensão e Capacitação emManejo de Microbacias Hidrográficas

Local ESALQ/USP - Piracicaba/SPData 21 a 22 de setembro de 1999

Inscrições e informações:Tel.: (019) 430-8602 / Fax: (019) 430-8666E-mail: [email protected]: www.florestal.ipef.br/eventos

Produção, Tecnologia e Comercialização de Sementes Florestais

Tel.: (019) 430-8615 ou Telefax: 430-8616E-mail: [email protected]

http://www.ipef.br/sementes

SECAGEM DE MADEIRA SERRADA ÉTEMA DE WORKSHOP

1o Simpósio Estadual de Tratamento de Águae Esgoto e Preservação do Meio Ambiente

Data Em São Paulo/SP, no campus da USP, de 14 deagosto a 04 de dezembro de 1999

Data Em Piracicaba/SP, na ESALQ/USP, de 07 deagosto a 27 de novembro de 1999

IV Curso de Arte Educação AmbientalAulas aos sábados, quinzenalmente

Local ESALQ/USP - Piracicaba/SPData 11 e 12 de agosto de 1999

2o Workshop sobre Secagem de MadeiraSerrada

IMPRESSO

Instituto de Pesquisas e Estudos FlorestaisDepartamento de Ciências FlorestaisEscola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”Universidade de São PauloAv. Pádua Dias, 11 - Caixa Postal 53013.400-970 - Piracicaba - SP - BrasilE-mail: [email protected] Page: www.ipef.br

E V E N T O

1o Seminário sobre Qualidade da Madeira paraprodução de Celulose

Data 26 e 27 de agosto de 1999Local ESALQ/USP - Piracicaba/SP

Foto: Vanderlei B

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