INVESTIGAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE SUBLEITO DE SOLO NA …

54
RICARDO DA SILVA COELHO INVESTIGAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE SUBLEITO DE SOLO NA CIDADE DE PALMAS, TOCANTINS, USANDO-SE GEOGRELHA COMO REFORÇO PARA O PAVIMENTO Palmas TO 2020

Transcript of INVESTIGAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE SUBLEITO DE SOLO NA …

Page 1: INVESTIGAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE SUBLEITO DE SOLO NA …

RICARDO DA SILVA COELHO

INVESTIGAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE SUBLEITO DE SOLO NA CIDADE DE

PALMAS, TOCANTINS, USANDO-SE GEOGRELHA COMO REFORÇO PARA O

PAVIMENTO

Palmas – TO

2020

Page 2: INVESTIGAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE SUBLEITO DE SOLO NA …

RICARDO DA SILVA COELHO

INVESTIGAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE SUBLEITO DE SOLO NA CIDADE DE

PALMAS, TOCANTINS, USANDO-SE GEOGRELHA COMO REFORÇO PARA O

PAVIMENTO

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) I elaborado e apresentado como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em Engenharia Civil pelo Centro Universitário Luterano de Palmas (CEULP/ULBRA). Orientador: Prof. M.e Kênia Parente Lopes Mendonça.

Palmas – TO

2020

Page 3: INVESTIGAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE SUBLEITO DE SOLO NA …

RICARDO DA SILVA COELHO

INVESTIGAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE SUBLEITO DE SOLO NA CIDADE DE

PALMAS, TOCANTINS, USANDO-SE GEOGRELHA COMO REFORÇO PARA O

PAVIMENTO

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) I elaborado e apresentado como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em Engenharia Civil pelo Centro Universitário Luterano de Palmas (CEULP/ULBRA). Orientador: Prof. M.e Kênia Parente Lopes Mendonça.

Aprovado em: _____/_____/_______

BANCA EXAMINADORA

____________________________________________________________

Prof. M.e Kênia Parente Lopes Mendonça

Orientadora

Centro Universitário Luterano de Palmas – CEULP

____________________________________________________________

Prof. Dra. Jacqueline Henrinque

Avaliadora

Centro Universitário Luterano de Palmas – CEULP

Palmas – TO

2020

Page 4: INVESTIGAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE SUBLEITO DE SOLO NA …

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Geogrelha extrudada biaxial ........................................................................................... 16

Figura 2 - Geogrelha extrudada uniaxial ........................................................................................ 16

Figura 3 - Geogrelha soldada ........................................................................................................... 16

Figura 4 - Geogrelha soldada ........................................................................................................... 16

Figura 5 - Geogrelha tecida .............................................................................................................. 17

Figura 6 - Geogrelha tecida .............................................................................................................. 17

Figura 7 - Distribuição de tensões na camada de sub-leito sem reforço geossintético. ......... 19

Figura 8 - Distribuição de tensões na camada de leito com reforço geossintético. ................. 20

Figura 9 - Interação do reforço com o material de base. ............................................................. 20

Figura 10 - Aparelho de Casagrande .............................................................................................. 21

Figura 11 - Moldagem no solo para obter o Limite de Plasticidade. .......................................... 22

Figura 12- Pavimento rígido.............................................................................................................. 24

Figura 13 - Pavimento flexível .......................................................................................................... 25

Figura 14 - Divisão dos serviços de transporte ............................................................................. 26

Figura 15 - Camadas do pavimento ................................................................................................ 26

Figura 16 - Instalação da geogrelha bidirecional rígida tipo 1. ................................................... 29

Figura 17 - Instalação da base granular sobre a geogrelha tipo 2. ............................................ 30

Figura 18 - Solicitações cisalhante e de flexão no revestimento asfáltico. ............................... 31

Figura 19 - Crack Activity Meter ....................................................................................................... 32

Figura 20 - Aplicação das geogrelhas sobre as juntas de dilatação. ......................................... 33

Figura 21 - Mapa do Entorno (Solo 1). ............................................................................................ 36

Figura 22 - Local de coleta do solo (Solo 1). ................................................................................. 36

Figura 23 - Local de coleta do solo (Solo 1). ................................................................................. 37

Figura 24 - Mapa do Entorno (Solo 2). ............................................................................................ 37

Figura 25 - Local de coleta do solo (Solo 2). ................................................................................. 37

Figura 26 - Cinzel, aparelho casagrande e espátula. ................................................................... 39

Figura 27- Placa de vidro com superfície esmerilhada e gabarito cilíndrico de 3mm de

diâmetro e 100mm de comprimento. ............................................................................................... 41

Figura 28 - molde cilíndrico metálico e colarinho e soquete metálico cilíndrico com face

inferior plana. ....................................................................................................................................... 43

Figura 29 - Peneiras ........................................................................................................................... 43

Figura 30 - Intervalos permitidos nos valores de a, b, c, d. ......................................................... 44

Figura 31 - equipamento de compressão ....................................................................................... 45

Page 5: INVESTIGAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE SUBLEITO DE SOLO NA …

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Histórico obras mais relevantes realizadas com geossintéticos do século.

.................................................................................................................................. 12

Tabela 2 - Algumas das obras mais relevantes realizadas com geossintéticos no

Brasil de 2002 a 2014. .............................................................................................. 13

Tabela 3 - Modelos e funções dos geossintéticos. .................................................... 14

Tabela 4 - Características de alguns dos materiais formadores de geossintéticos. .. 18

Page 6: INVESTIGAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE SUBLEITO DE SOLO NA …

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABINT Associação Brasileira das Indústrias Não Tecidos e Tecidos

Técnicos

ABMS Associação Brasileira de Mecânica dos Solos e Engenharia

Geotécnica

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

CA Concreto asfáltico

CASE Centro de Atendimento Socioeducativo

CBR California Bearing Ratio

CBUQ Concreto betuminoso usinado a quente

CCP Concreto de cimento Portland

CEULP Centro Universitário Luterano de Palmas

cm Centímetro

CNT Confederação Nacional do Transporte

DNIT Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes

EUA Estados Unidos da América

FDC Fundação Dom Cabral

g Grama

h Horas

HRB Highway Research Board

IGS BRASIL- Associação Brasileira de Geossintéticos

IGS International Geosynthetics Society

IP Índice de plasticidade

ISC Índice de Suporte Califórnia

ISC Índice de Suporte Califórnia

ISSO Organização Internacional para Padronização

Kg Quilograma

LL Limite de liquidez;

LP Limite de plasticidade.

m Metro

MBG Manual Brasileiro de geossintético

mm Milímetro

Page 7: INVESTIGAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE SUBLEITO DE SOLO NA …

NBR Norma Brasileira

NS Norte/Sul

PEAD Polietileno de Alta Densidade

PET Poliéster

PP Polipropileno

RS Rio Grande do Sul

RJ Rio de Janeiro

MG Minas Gerais

DF Distrito Federal

PE Pernambuco

PR Paraná

MA Maranhão

RO Rondônia

ETE Estação de Tratamento de Efluentes

SC Santa Catarina

SP São Paulo

TO Tocantins

UHE Usina Hidrelétrica

ULBRA Universidade Luterana do Brasil

Page 8: INVESTIGAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE SUBLEITO DE SOLO NA …

LISTA DE SÍMBOLOS

% Por cento

µℎ Massa especifica aparente úmida

𝑃′ℎ Massa do solo úmido compactado em gramas;

𝑄𝑟 Porcentagem do material retido

𝑚𝑎 Massa do material úmido

𝑚𝑟 Massa retida na peneira

𝑚𝑠 Massa do material seco;

𝑚𝑠 Massa total utilizada para a realização do ensaio

h Teor de umidade do solo compactado em percentagem.

ºC Grau celsius

Ph Massa do material úmido;

Ps Massa do material seco.

𝑉 Volume do solo úmido compactado, em cm3

Page 9: INVESTIGAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE SUBLEITO DE SOLO NA …

7

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 9

1.1 OBJETIVOS ...................................................................................................... 10

1.1.1 OBJETIVO GERAL .......................................................................................... 10

1.1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ................................................................................ 10

1.2 JUSTIFICATIVA ................................................................................................ 10

2.REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................................... 12

2.1 GEOSSINTÉTICOS .......................................................................................... 12

2.1.1 Aplicabilidade dos geossintéticos ................................................................... 14

2.1.2 Geogrelhas ............................................................................................................. 15

2.1.3 Propriedades e materiais formadores dos geossintéticos ....................... 17

2.2 REFORÇO DE SOLOS ..................................................................................... 19

2.2.1 Reforço de solos com geossintético .............................................................. 19

2.2.2 Caracterização física do solo pelos Limites de Atterberg ........................ 21

2.2.3 Sistema rodoviário de classificação do solo ................................................ 22

2.2.4 Índice de Suporte Califórnia (CBR) ................................................................. 23

2.3 PAVIMENTO ..................................................................................................... 24

2.3.1 Modal Rodoviário ................................................................................................. 25

2.3.2 Aplicações de geogrelha em obras viárias ................................................... 27

2.3.3 Diretrizes de instalação ...................................................................................... 34

3.0 METODOLOGIA ................................................................................................................ 36

3.1 COLETA E PREPARAÇÃO DAS AMOSTRAS DE SOLO................................ 36

3.2 ENSAIOS DE CARATERIZAÇÃO .................................................................... 38

Page 10: INVESTIGAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE SUBLEITO DE SOLO NA …

8

3.2.1 Limite de liquidez ................................................................................................. 38

3.2.2 Limite de plasticidade ......................................................................................... 40

3.2.3 Ensaio de granulometria do solo ..................................................................... 42

3.3 SISTEMA RODOVIÁRIO DE CLASSIFICAÇÃO DO SOLO ............................. 43

3.4 PREPARO DOS CORPOS DE PROVA PARA COMPRESSÃO ....................... 44

3.4.1 Compactação do solo ......................................................................................... 44

3.4.2 Ensaio de Compressão ....................................................................................... 45

4.0 ORÇAMENTO .................................................................................................................... 47

5.0 CRONOGRAMA ................................................................................................................ 48

6.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 49

Page 11: INVESTIGAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE SUBLEITO DE SOLO NA …

9

1. INTRODUÇÃO

O Brasil é um país com grande extensão territorial no qual possui como

principal meio de transporte, seja de cargas ou de pessoas, o modal rodoviário

(CNT, 2019). Estradas e transportes é uma das grandes áreas de engenharia

civil, na qual enfrentamos por diversas vezes problemas na infraestrutura dessas

obras, que a princípio tem como um dos objetivos garantir conforto e segurança

aos seus usuários. Segundo a pesquisa de rodovias da Confederação Nacional

do Transporte (CNT) de 2019, foi apontado que 59% das rodovias estudadas

apresentam problemas sobretudo no pavimento. Além disso a pesquisa ainda

mostra que no Brasil o modal rodoviário é o mais utilizado, fazendo 95% do

transporte de passageiros e 61% do transporte de mercadorias. E em 2017, o

então ministério da estrutura apontou que “foram 88,7 milhões de passageiros

transportados pelas vias rodoviárias (Interestadual: 42,5 milhões; Semiurbano:

39,6 milhões; Internacional: 0,9 milhões; Fretamento: 9,3 milhões)”.

Segundo Senço (1997), o subleito é a camada destina a receber os

esforços oriundos do tráfego, e por isso é considerado como o terreno de

fundação do pavimento. Para se obter um bom desempenho da infraestrutura do

pavimento é necessário que o solo do subleito apresente boas qualificações para

desempenhar tal função. E para isso o presente trabalho visa fazer estudos no

qual serão apresentadas analises que irá classificar o solo de acordo com o

sistema rodoviário de classificação (HRB), em que Senço (1997), afirma ser a

maneira mais utilizada para classificação do solo no que se refere a

pavimentação rodoviária.

Um grande aliado no aumento da resistência do solo aos esforços do

tráfego são os geossintéticos e mais especificamente as geogrelhas para

desempenhar a função de reforço do solo. De acordo com Vertematti (2015), os

geossintéticos dentro das obras de engenharia podem desempenhar as mais

variadas funções, por exemplo, drenagem, separação, filtração, reforço, entre

outras.

Segundo Antunes (2008), as geogrelhas têm sido aplicadas, no âmbito

rodoviário, principalmente para desemprenhar a função de reforço solo.

Fazendo seu papel é possível executar obras de pavimentação sobre subleitos

fracos e manifestar um ótimo desempenho, além de permitir a construção de

pavimentos sobre solos moles, melhorando a vida útil do projeto de

Page 12: INVESTIGAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE SUBLEITO DE SOLO NA …

10

pavimentação e para além disso garantir que o pavimento tenha uma diminuição

nas deformações apresentadas ao longo da vida útil do pavimento.

1.1 OBJETIVOS

1.1.1 OBJETIVO GERAL

Investigar a resistência de um subleito de um solo em Palmas – TO

usando-se geogrelha como reforço para o pavimento.

1.1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Caracterização geotécnica do subleito por meio do sistema rodoviário de

classificação também conhecido como classificação Highway Research

Board (HRB);

• Determinação dos índices físicos por meio de ensaios de que apresentem

os limites de consistência e ensaio de granulometria da amostra do solo;

• Avaliar a capacidade de carga dos solos estudados, recebendo

contribuição de reforço com geogrelha.

1.2 JUSTIFICATIVA

Apesar de ter sido criado pelo estado no ano de 2002, o Jardim Taquari

situado Região Sul de Palmas, no Distrito de Taquaralto, implantado há 18 anos,

ainda apresenta grandes problemas com relação a infraestrutura urbana de

qualidade no setor. Uma dificuldade frequentemente identificada pelas pessoas

que circulam pela região seja moradores, pessoas que trabalham ou qualquer

visitante que frequente a área, são fáceis notar que as vias de acesso do local

apresentam grandes problemas.

O presente trabalho visa identificar a qualidade do solo do setor, mais

especificamente situado na Rua NS 14, do setor Jardim Taquari, por se tratar de

um local que frequentemente apresenta erosões na via de acesso,

principalmente em épocas chuvosas, possivelmente ocasionada pela qualidade

natural do solo, fazendo com tenha acumulo de lama e por vezes deixando os

caminhos intransitáveis, sem contar em tempos secos, que a poeira toma

grandes proporções no local, outro fato que se faz necessário apresentar é que

avia, denominada de Rua NS 14 recebe um fluxo constante de pessoas, por ser

a principal via de acesso do Centro de Atendimento Socioeducativo (CASE).

Page 13: INVESTIGAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE SUBLEITO DE SOLO NA …

11

Para além disso uma infraestrutura de qualidade permite a população maior

conforto, maior integração social e melhoria na segurança pública.

Diante do exposto, é possível perceber como é necessário fazer um

estudo do solo, para saber quais as melhores formas de desenvolver um trabalho

de qualidade e menor custo, pois tendo o estudo do solo em mãos é pouco

provável que tenhamos qualquer eventual surpresa ao executar uma obra de

pavimentação. O trabalho em questão irá realizar análises do solo no qual serão

classificados segundo o método de classificação rodoviária, apontando se o solo

em questão apresenta qualidades necessárias e imprescindíveis para receber a

pavimentação asfáltica. Caso não apresente a qualidade desejada será

implantado o uso de geogrelhas como material de reforço deste solo, por se

tratar de um material que apresenta soluções mais simples, rápida e de menor

custo.

Page 14: INVESTIGAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE SUBLEITO DE SOLO NA …

12

Tabela 1 - Histórico obras mais relevantes realizadas com geossintéticos do século.

2.REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 GEOSSINTÉTICOS

Segundo a Sociedade Internacional de Geossintéticos (IGS), são

definidos como geossintéticos:

“Produtos industrializados com pelo menos um de seus

componentes fabricado com polímero sintético ou natural.

Apresentam-se na forma de manta, tira, ou estrutura

tridimensional, e são utilizados em contato com o solo ou com

outros materiais em aplicações da engenharia civil, geotécnica e

ambiental”

Existem registros da aplicação de polímeros para a fabricação de

geossintéticos desde a década de 60. Desde aquela época o uso desse

mecanismo de trabalho vem tomando maiores proporções no mercado

principalmente nos últimos anos. (Sieira, 2003). Segundo Borges 2012, a

consolidação do uso geossintéticos veio de fato na era moderna, “nas últimas

décadas houve um desenvolvimento considerável na área de geossintéticos e

nas suas aplicações sendo o geossintético, atualmente, considerado um material

consolidado na indústria da construção civil.” As tabelas a seguir demonstra

algumas das obras mais relevantes realizadas com geossintéticos das últimas

décadas.

Page 15: INVESTIGAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE SUBLEITO DE SOLO NA …

13

Fonte: Borges apud Shukla e Yin & Sieira, 2012.

Tabela 2 - Algumas das obras mais relevantes realizadas com geossintéticos no Brasil de 2002 a 2014.

Aplicação Data Local Detalhamento

Reforço de base pavimento

2002 São Paulo (SP) Implantação do trecho oeste do Rodoanel Mário Covas

Recapeamento asfáltico

2004 Camboriú (SC)

Camada inibidora da reflexão de trincas – P. M. Balneário Camboriú

Aterros de conquista, aterros sobre solos

moles e muros reforçados

2005 a 2010 (SC) e (RS) Duplicação da BR 101 – Rodovia Regis Bittencourt

Sistema antirreflexão de trincas

2006 a 2012 Vários Estados

da União

Restauração das pistas de pouso dos principais aeroportos de SP, RJ, MG, DF, PE e PR.

Solo envelopado 2007 Carajás (MA)

Solo reforçado com geogrelhas – Estrada de Ferro Carajás - CVRD

Aterro sobre solo mole

2008 a 2010 Itaguaí (RJ)

Separação, reforço, drenos verticais e colunas de areia encamisadas, CA – Cia Siderúrgica do Atlântico

Reforço de aterros de conquista e aterro de

infraestrutura 2009 a 2011 Santos (SP)

Implantação do terminal portuário BTP-EMBRAPORT

Acondicionamento e dessecamento de

lodo de ETE 2010 Porto Velho (RO)

Formas têxteis tubulares na ETE da UHE Santo Antônio, AS-SAE

Controle de fluxo e drenagem

2011 Uberaba (MG) Impermeabilização de tanque de vinhaça – Usina Uberaba S.A.

Estradas de acesso de cargas pesadas

2013 a 2014 Itaboraí (RJ)

Aterros estaqueados, drenos verticais, reforços e colunas encamisadas – COMPERJ

Fonte: Manual Brasileiro de Geossintético, 2015.

Page 16: INVESTIGAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE SUBLEITO DE SOLO NA …

14

Geossintetico

Separação

Proteção

Filtração

Drenagem

Erosão

Reforço

Imper Meabili zação

Geotêxtil X X X X X X X(*)

Geogrelha X - - - - X -

Geomembranas X - - - - - X

Georrede - X - X - - -

Geocompostos Argilosos

- - - - - - X

Geocélula - X - - X X -

Geotubo - - - X - - -

Geofibras - - - - - X -

*Quando impregnado com material asfáltico

No Brasil, o início da utilização de geossintéticos ocorreu no ano de 1971,

com a principal utilização em obras rodoviárias, com a finalidade de reforçar

aterros de baixa capacidade de resistir solicitações. A primeira produção de

geossintético no Brasil foi de um “geotêxtil não tecido de filamentos contínuos”,

no qual a venda teve início em 1973. (Aguiar & Vertematti 2015).

Em seguida a Associação Brasileira de Mecânica dos Solos e Engenharia

Geotécnica (ABMS), fundou no início da década de 80 a Comissão Técnica de

Geossintéticos, para comunicar a utilidade desses materiais. Posteriormente

IGS-Brasil, que é a represente brasileira da “International Society of

Geosynthetics” foi constituída no ano de 1996. (Sieira, 2003)

E somente no ano de 2001, foi dado início na produção de primeira edição

do Manual Brasileiro de geossintético (MBG), obra percussora no mundo,

financiada pela Associação Brasileira das Indústrias Não Tecidos e Tecidos

Técnicos (ABINT). “Foram mais de três anos de trabalhos, envolvendo 26

coautores da obra, todos especialistas em geotecnia e hidráulica, dedicados aos

estudos dos Geossintéticos e sediados ao longo de todo o país”. (Aguiar &

Vertematti 2015).

2.1.1 Aplicabilidade dos geossintéticos

No Manual Brasileiro de Geossintéticos, é apresentado uma tabela com os

principais modelos de geossintético e suas respectivas funções.

Aqui representada pela tabela 3. (Aguiar & Vertematti 2015).

Tabela 3 - Modelos e funções dos geossintéticos.

Fonte: Manual Brasileiro de Geossintéticos, 2015.

Page 17: INVESTIGAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE SUBLEITO DE SOLO NA …

15

Sieira 2003 afirma que, as funções aplicadas aos geossintéticos são

divididas em sete principais, sendo elas:

• Separação: impossibilitar a mistura entre materiais com propriedades

geotécnicas distintas;

• Proteção: diminuir as solicitações localizadas, homogeneizando os níveis

de tensões que poderiam atingir determinada superfície ou camada;

• Filtração: possibilitar a passagem e coleta de fluidos, no entanto contendo

o carreamento de partículas do maciço;

• Drenagem: coletar e/ou facilitar a passagem de fluidos no interior do

maciço;

• Erosão: proteger a superfície do terreno contra o arraste de partículas pela

ação de agentes erosivos como o vento e escoamento superficial

• Reforço: foco do trabalho, o reforço tem como objetivo limitar deformações

e tornar a resistência do maciço maior em obras geotécnicas, contando

com a resistência à tração do material geossintético;

• Impermeabilização: conter e/ou evitar a passagem de contaminantes,

impossibilitando a migração de líquidos ou gases em aplicações

ambientais;

A maneira de utilização dos geossintéticos podem ser aplicadas de

várias formas como pôde ser observado, nesse trabalho em especifico o foco

principal estar no desempenho da geogrelha como função de reforço do solo.

2.1.2 Geogrelhas

As geogrelhas são elementos planos com formato de grelha, no qual as

aberturas admitem a interação do meio em que estão confinadas, formado por

elementos resistente a tração. É considerada uma geogrelha unidirecional

quando mostra elevada resistência à tração em uma única direção e bidirecional

quando mostra alta resistência à tração nas duas direções principais (Sieira,

2003). Conforme o processo de fabricação, as geogrelhas podem ser

extrudadas, soldadas ou tecidas:

• Geogrelha extrudada: produzida pela técnica de extrusão e estiramento

em várias direções formando uma estrutura continua, onde toda estrutura

é integrada, e não há uniões soldadas ou costuradas, dando origem a

geogrelhas unidirecionais e geogrelhas bidirecionais (BORGES, 2012);

Page 18: INVESTIGAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE SUBLEITO DE SOLO NA …

16

Figura 2 - Geogrelha extrudada uniaxial Figura 1 - Geogrelha extrudada biaxial

Figura 4 - Geogrelha soldada Figura 3 - Geogrelha soldada

Fonte: BORGES, 2012. Fonte: BORGES, 2012.

• Geogrelha soldada: são produzidas com poliéster extrudado,

polipropileno ou barras de polietileno e em suas juntas de cruzamento são

ligadas por meio de soldagem (SILVA, 2018);

Fonte: SIEIRA, 2003 Fonte: SIEIRA, 2003

• Geogrelha tecida: produzidas com fibras têxtil sintética, formada por

elementos de tração longitudinais e transversais, onde nas juntas são

tricotados ou intertecidos (BORGES, 2012).

Page 19: INVESTIGAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE SUBLEITO DE SOLO NA …

17

Figura 6 - Geogrelha tecida Figura 5 - Geogrelha tecida

Fonte: SIEIRA, 2003 Fonte: BORGES, 2012.

As geogrelhas são empregadas principalmente como técnica de reforço

para solo, como quando, por exemplo, são utilizadas para possibilitar a

construção de pavimento sobre subleitos fracos apresentando um ótimo

desempenho (Antunes 2008).

“Nesta utilização, a geogrelha aumenta a habilidade de obtenção

de compactação de agregados utilizados em sistemas

constituídos em camadas, como em pavimentos rodoviários, ao

mesmo tempo em que reduz o montante de material requerido

para ser removido e reposicionado” (Antunes 2008).

Antunes (2003), defende ainda que vêm sendo apresentado por softwares

de pesquisa que o desempenho de pavimentos reforçado com uso de

geogrelhas, é bem maior em relação a fração construída com a ausência de

reforço do geossintético em questão. (Antunes 2003 apud Al-Qadi et al. 1997,

Cancelli et al. 1996, Hass et al. 1988, dentre outros).

Por fim segundo Antunes 2008, as geogrelhas têm sido especialmente

usadas em três principais aplicações em âmbitos diferentes em estruturas de

pavimentos: estabilização mecânica do pavimento, reforço de base de

agregados, reforço de camadas de concreto asfáltico.

2.1.3 Propriedades e materiais formadores dos geossintéticos

Os geossintéticos possuem propriedades físicas e mecânicas, no decorrer

de sua vida útil, às solicitações mecânicas podem se apresentar de três formas

que são denominadas como resistência a tração ou compressão, resistência ao

puncionamento e resistência ao rasgo. Já as propriedades físicas de maior

relevância são nomeadas de gramatura, espessura nominal, porosidade e

Page 20: INVESTIGAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE SUBLEITO DE SOLO NA …

18

Tabela 4 - Características de alguns dos materiais formadores de geossintéticos.

porcentagem de área aberta (Ante, 2016 apud Lopes & Lopes, 2010 e Vertematti,

2015).

● Gramatura: é o peso por unidade de área de um corpo de prova

determinado pela relação entre a massa e a área do elemento;

● Espessura nominal: A NBR ISO 9863 define o método que estabelece a

espessura dos geossintéticos, o resultado é expressado em milímetros é

dado pela distância entre as superfícies inferior e superior de um

geossintético, mensurado para uma determinada pressão.

● Porosidade: neste caso empregada ao geotêxtil, a matéria descontínua é

apresentada pela relação entre o volume dos poros (espaços entre as

partículas) e o volume total das amostras.

Segundo Teixeira (2003), as geogrelhas são produzidas geralmente por

três principais polímeros: polietileno de alta densidade (PEAD), polipropileno

(PP) e o poliéster (PET). A tabela a seguir demonstra suas características

(Teixeira, 2003).

Fonte: KAKUDA, 2005.

Page 21: INVESTIGAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE SUBLEITO DE SOLO NA …

19

Figura 7 - Distribuição de tensões na camada de subleito sem reforço geossintético.

2.2 REFORÇO DE SOLOS

2.2.1 Reforço de solos com geossintético

Os solos reforçados com geossintéticos formam uma estrutura composta

por solo compactado e elemento de reforço de materiais poliméricos, os

geossintéticos neste caso. Com o objetivo de aumentar sua resistência a tração

e diminuir a compressibilidade do solo, sendo assim o solo em questão poderá

receber maiores cargas em sua superfície. (Borges, 2012 apud Palmeira, 1987).

A construção de camadas de base em solos orgânicos e argilas moles,

por exemplo, é um grande desafio pois estes apresentam baixa capacidade de

carga e alta compressibilidade. Dentre diversas possibilidades como construção

de base mais espessa, troca de solo ou tratamento químico com cal ou cimento,

o reforço do solo com camada de geossintético é em muitos casos a solução

mais efetiva e ecológica. “Entre todos os geossintéticos existentes no mercado,

os mais utilizados em reforço de pavimento rodoviário são os geotêxteis e as

geogrelhas”. Quando a base é reforçada com geogrelha, o reforço contribui para

uma melhor distribuição das tensões aplicadas ao subleito, dissipando a carga

em uma área mais ampla, ou seja, não sendo direcionada apenas no local de

aplicação. (SOUSA, 2017).

Fonte: Adaptado SOUSA, 2017 apud ZORNBERG, 2012

Page 22: INVESTIGAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE SUBLEITO DE SOLO NA …

20

Figura 8 - Distribuição de tensões na camada de subleito com reforço geossintético.

Figura 9 - Interação do reforço com o material de base.

Fonte: Adaptado SOUSA, 2017 apud ZORNBERG, 2012

Segundo Antunes (2008), o reforço com geogrelha proporciona um melhor

confinamento do solo, resultando em uma maior capacidade de carga. A

restrição lateral proporcionada pela geogrelha garante uma melhor compactação

da base devido a diminuição do efeito de dispersão lateral dos agregados.

Devido a flexibilidade dos produtos de reforço a geogrelha se adapta

perfeitamente a geometria da estrutura, melhora o intertravamento entre os

agregados e reforço e ao mesmo tempo aumenta a eficiência da compactação

das camadas reforçadas (LIMA JUNIOR, 2016).

Pelo desempenho mecânico do reforço de geossintético podem ser

apresentadas várias vantagens no uso da geogrelha, “o bom intertravamento

com o solo, a fácil manipulação, as baixas deformações na hora de instalação,

as elevadas resistência e rigidez à tração” e a estabilidade da estrutura aumenta

enquanto os afundamentos de trilha de roda diminuem significativamente.

(BARRANTES, 2016).

Fonte: ANTUNES 2009.

Page 23: INVESTIGAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE SUBLEITO DE SOLO NA …

21

Figura 10 - Aparelho de Casagrande

2.2.2 Caracterização física do solo pelos Limites de Atterberg

Segundo Pinto (2000), os limites de Atterberg é definido pela realização

dos ensaios de Limite de Liquidez e Limite de Plasticidade para a avaliação das

propriedades do solo e a diferença entre eles é denominado como índice de

plasticidade do solo. O limite de liquidez é a umidade entre o estado liquido e

plástico do solo. É obtido pelo aparelho casa grande, através de uma ranhura

feita no solo no qual o limite de liquidez é definido como a umidade referente á

25 golpes no aparelho casagrande, onde fazendo a interpolação do número de

golpes com o teor de umidade é possível obter o resultado do ensaio. Pérez

(2018) ressalta que através do ensaio de limite de liquidez é possível avaliar a

resistência a cisalhamento do solo. A figura 10, retrata um exemplo do aparelho

casagrande utilizado na determinação do limite de liquidez.

Fonte: Cecconi (2018).

Ainda segundo Pinto (2000), o limite de plasticidade é obtido pela

moldagem de cilindros de 3mm de diâmetro, no qual seu rompimento define o

menor teor de umidade que o solo se comporta como plástico. A figura 11,

demonstra como é feito a moldagem do solo para o ensaio.

Page 24: INVESTIGAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE SUBLEITO DE SOLO NA …

22

Figura 11 - Moldagem no solo para obter o Limite de Plasticidade.

Fonte: Cecconi (2018).

Para o limite de plasticidade Pérez (2018), afirma que pode ser utilizado

para a avaliação da resistência a tração do solo.

2.2.3 Sistema rodoviário de classificação do solo

Originalmente desenvolvido para ser utilizado em projeto de pavimentos

rodoviários, essa classificação é baseada na granulometria do solo e nos limites

de consistência (Pinto, 2000, p. 41). Senço (1997, p.201) ressalta ainda que em

relação a pavimentação asfáltica é o método de classificação mais aplicado.

Baseando-se em ensaios de caracterização de solos como o limite de liquidez,

índice de plasticidade, ensaio de granulometria e índice de grupo. Este último, é

um classificador de solos dado por um número inteiro entre 0 e 20.

Segundo Pinto (2000, p. 41), os solos são divididos em dois grandes

grupos:

● Solos granulares/grossos (A1, A2 e A3):

Quando menos 35% do solo passam pela Peneira #200 (0,075 mm).

● Solos de granulação fina (A4, A5, A6 e A7):

Quando mais de 35% do solo passam pela Peneira #200 (0,075 mm).

Na tabela 5, pode ser analisado as características do solo de acordo com

sua classe.

Page 25: INVESTIGAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE SUBLEITO DE SOLO NA …

23

Fonte: Senço 1997, p.202

2.2.4 Índice de Suporte Califórnia (CBR)

O índice de suporte Califórnia (ISC ou CBR) foi desenvolvido na Califórnia

(EUA) na década de 20 para verificar o potencial de ruptura do subleito do

estado. O ensaio tem por objetivo analisar o desempenho das estruturas do

pavimento, dimensionando a camada de acordo com o CBR do material.

Concomitantemente foi feita uma seleção dos melhores materiais granulares de

base de pavimentos, separando os melhores materiais daquela época e

realizando ensaios de penetração, para a partir disto criarem um critério de

dimensionamento do pavimento. Como resultante do ensaio foi determinado a

resistência a penetração padrão equivalente a 100% (BERNUCCI et al., 2010).

Ainda segundo Bernucci et al (2010), a resistência do material é verificada

através da “ relação entre a pressão necessária para produzir uma penetração

de um pistão num corpo-de-prova de solo ou material granular e a pressão

necessária para produzir a mesma penetração no material padrão referencial”,

ou seja, é observado o quanto esse corpo de prova resiste a penetração de um

pistão. Que de acordo com o Manual de Pavimentação “o valor dessa relação,

expressa em percentagem, permite determinar, por meio de equações

empíricas, a espessura de pavimento flexível necessária, em função do tráfego”.

Tabela 5 - Características do solo

Page 26: INVESTIGAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE SUBLEITO DE SOLO NA …

24

Figura 12- Pavimento rígido

2.3 PAVIMENTO

Segundo Bernucci et al (2010), pavimento é um arranjo formado por várias

camadas construído após a superfície de terraplanagem de um terreno, com

finalidade de resistir os esforços provocados pela passagem de veículos,

proporcionando aos usuários melhores condições de rolamento no que se refere

ao conforto, economia e segurança.

Os pavimentos são divididos em dois tipos básicos conforme sua

disseminação de tensões, sendo: rígidos e flexíveis. (Santos, 2011)

• Rígidos: Também conhecido como pavimento de concreto de cimento

Portland ou pavimento de concreto-cimento é o tipo de pavimento no qual

é revestido por uma placa de concreto, essas placas podendo ser

armadas ou não armadas, onde basicamente todas as tensões oriundas

do carregamento aplicado são absorvidas por essa estrutura por possuir

uma rigidez superior as camadas que estão abaixo, como pode ser

observado na figura 12. (BERNUCCI, et al., 2010).

Fonte: BERNUCCI, et al., 2010.

• Flexíveis: São aqueles constituídos por quatro camadas básicas

denominadas de subleito, sub base, base e revestimento asfáltico. A

técnica aplicada a esse modelo é de distribuição de cargas entre as

camadas sobrepostas, no qual o revestimento asfáltico é designado a

resistir os esforços gerado pelo tráfego e transmitir em parcelas

Page 27: INVESTIGAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE SUBLEITO DE SOLO NA …

25

Figura 13 - Pavimento flexível

proporcionais para as outras camadas, de acordo com a figura 13.

(MANUAL DE PAVIMENTAÇÃO DO DNIT, 2006).

Fonte: BERNUCCI, et al., 2010.

2.3.1 Modal Rodoviário

É interessante salientar a importância de se manter uma boa qualidade

na elaboração e execução de projetos rodoviários, pois este é o modal

predominante no que se refere ao meio de transporte no Brasil e que apesar

disto é possível observar que parte desse modal se encontra em estado

defeituoso e insatisfatório para o uso, como destaca Bernucci et al (2010):

De acordo com a pesquisa da Confederação Nacional do Transporte

(CNT) publicada em 2019, das rodovias analisadas 59% delas apresentam

problemas principalmente no pavimento, sinalização e geometria. “Pavimento

52,4% com problema, sinalização 48,1% e geometria da via 76,3%” (CNT, 2019).

Ainda segundo os dados publicados pela Confederação Nacional do

Transporte em 2019, indica que no Brasil “o modal rodoviário é o que possui a

maior participação na matriz de transporte, concentrando, aproximadamente,

61% da movimentação de mercadorias e 95% da de passageiros” (CNT, 2019).

Segundo dados da Fundação Dom Cabral da pesquisa de Custos

Logísticos no Brasil em 2017, a malha rodoviária utilizada para cargas no Brasil

é de 75% da produção, posteriormente a marítima (9,2%), aérea com (5,8%),

ferroviária (5,4%), cabotagem (3%) e hidroviária (0,7%). Notando assim que os

investimentos no modal rodoviário deviam ser levados como precedência nesse

momento, pois além de ser o mais utilizado se trata do modelo mais econômico

se comparado ao outros modais.

Page 28: INVESTIGAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE SUBLEITO DE SOLO NA …

26

Figura 15 - Camadas do pavimento

Figura 14 - Divisão dos serviços de transporte

Fonte: Fundação Dom Cabral (FDC), 2017.

2.3.1 Camadas do pavimento flexível

O pavimento flexível é formado por diferentes camadas, no entanto essas

camadas atuam em unidade onde cada uma delas desempenha a função de

absorver parte das solicitações que são impostas, conduzindo para as camadas

posicionadas nos níveis inferiores (Santos, 2011).

Fonte: Confederação Nacional do Transporte – CNT, 2017.

Detalhamento das Camadas segundo o MANUAL DE PAVIMENTAÇÃO DO

DNIT, 2006:

• Subleito: Terreno de fundação onde será apoiado o pavimento.

Encarregado de absorver os esforços verticais causados pelo tráfego e é

constituída de material natural consolidado e compactado.

Page 29: INVESTIGAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE SUBLEITO DE SOLO NA …

27

• Reforço subleito: Camada imprescindível quando a capacidade do

subleito de suportar cargas é baixa. É formada acima da camada de

regularização e dispõe de propriedades geotécnicas melhores que o

material do subleito, porém inferiores ao material posto acima.

• Sub-Base: Empregada como a camada que soma com a base quando,

por razões técnicas, não for recomendável construir a base exatamente

sobre a camada de reforço ou regularização do leito. Além disso é usada

para diminuir a espessura da camada de base.

• Base: É a camada que tem como função resistir e distribuir os esforços

verticais resultante da ação do tráfego e distribuí-los ao subleito, sendo a

camada mais relevante no que se refere a estrutura pois é sobre ela que

será implantado o revestimento.

• Revestimento Asfáltico: É a última camada do pavimento e sendo

aconselhável sempre que possível fazê-la impermeável. Também

conhecido como de capa de rolamento. É designado a aprimorar a

superfície de rolamento em relação ao estado de bem-estar e segurança

da rodovia. Recebendo de modo direto a ação do trafego e transferindo

para as outas camadas, com isso possibilitando alongar a vida útil da

estrutura resistindo aos desgastes.

2.3.2 Aplicações de geogrelha em obras viárias

Os geossintéticos são empregados principalmente como material de

reforço de solos, separação, filtração, drenagem, entre outros, como Sieira

(2003) sustenta. Com base em outros estudos de caso, em seguida serão

exemplificadas diferentes formas em que os geossintéticos podem ser

estudados, e a utilização desses materiais em aplicações variadas.

a) Uso de geogrelhas para a redução da espessura de pavimento e

melhoramento de subleito em solos de baixa capacidade de suporte

na rodovia Iquitos - Nauta

C. A. Centurión, A. A. Vilela, M. R. Marquina - IGS BRASIL, 2012

● Informações da obra

Page 30: INVESTIGAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE SUBLEITO DE SOLO NA …

28

Nome da obra: Construção da Rodovia Iquitos - Nauta. Trecho IV Nauta - Ponte

Itaya Km. 0+300 – Km. 1+300 e Km. 6+200 – Km. 19+000.

Tipo de Obra: Melhoramento de solos moles e reforço de base granular com

geogrelhas bidirecionais rígidas de polipropileno.

Local da Obra: Cidade de Nauta. Iquitos, Peru.

Data da obra: Janeiro, 2004 até junho, 2005.

Geossintéticos usados: Geogrelhas rígidas bidirecionais.

● Descrição da Obra

Nessa obra foi empregado o uso de geogrelhas para finalizar a obra da

rodovia de Iquitos - Nauta que possui uma extensão total de aproximadamente

97 km. Sendo o trecho entre Nauta e Ponte Itaya compondo os últimos 19 km a

ser concluído, fazendo o uso de geogrelhas com o objetivo de reduzir a

espessura do pavimento e melhorar as condições do subleito.

A grande dificuldade encontrada na obra foi a escassez de material

granular, tanto no local quanto nas proximidades. Dessa forma o transporte

desse material agregaria um custo de aproximadamente 5 vezes mais ao valor

da obra, sendo assim foi proposta a utilização de geogrelhas bidirecionais

rígidas.

Essa medida foi adotada para que pudesse trocar o material granular

previsto no projeto original, pelo reforço do geossintético. Além da redução das

camadas do pavimento, a geogrelha desempenhou a função de reduzir a

quantidade de matéria prima que seria usada na estabilização dos solos moles

argilosos, característicos do local da obra.

● Benefícios alcançados

Aliado às vantagens técnicas o uso de geogrelhas proporcionou grandes

vantagens econômicas e ambientais. No âmbito da economia, por fazer uso do

geossintético foi possível poupar no valor final da obra quase R$ 2 milhões e

quinhentos à época, em 2005, pelo fato de substituir o uso do agregado e ainda

teve o tempo de construção reduzido. Além disso, ao concluir a obra foi possível

constatar que as deflexões medidas foram menores do que o esperado, sendo

Page 31: INVESTIGAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE SUBLEITO DE SOLO NA …

29

Figura 16 - Instalação da geogrelha bidirecional rígida tipo 1.

assim é possível prever uma vida útil maior ao pavimento e menores custos com

manutenção.

Também houve uma melhoria da qualidade de vida das pessoas que

antes faziam um percurso de 8 horas por um rio, passando agora a ser percorrido

em 2 horas, facilitando o desenvolvimento socioeconômico por meio do turismo

e a diminuição das grandes despesas em fretes.

No que tange o contexto ambiental é de grande valia pontuar a

substituição do corte de árvores que seriam usadas como uma maneira de

estabilizar os solos moles, atribuindo essa função ao uso de geogrelhas.

Minoração na espessura das camadas granulares o que consequentemente

representou uma retirada menor de materiais das pedreiras diminuindo os

impactos ao meio ambiente.

Subleito: para o nível de subleito foi utilizado geogrelha TENSAR

BX1100, nomeada de tipo 1, aplicada em trechos pontuais nos quais

apresentavam condições de solo mole. A ideia foi distribuir as cargas por uma

área maior, diminuindo a pressão exercida sobre os solos moles. Uma das

grandes vantagens da utilização de geogrelha na camada do subleito, foi a

agilidade na execução da obra, havendo também a alternativa de fazer a

compactação de materiais sobre subleitos moles. Na figura 16, pode ser

observado a instalação dessa geogrelha sobre o solo.

Fonte: Autor do artigo.

Base: o nível da base foi usado a geogrelha biaxial do tipo TENSAR

BX1200, nomeada de tipo 2, por toda a extensão do novo pavimento como

reforço de base.

Page 32: INVESTIGAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE SUBLEITO DE SOLO NA …

30

Figura 17 - Instalação da base granular sobre a geogrelha tipo 2.

“A vantagem da geogrelha como elemento de reforço da base

granular em uma estrutura de pavimento geralmente se

quantifica-se em termos do incremento da vida útil medida pelo

número de repetições de carga (fator de eficiência "E" segundo

IGS Brasil) e/ou em termos da redução da espessura da camada

de base para um pavimento submetido a um determinado

tráfego”. (Centurión, Vilela e Marquina, 2012).

Por meio do uso de geogrelha para o confinamento do agregado foi que

se pode obter uma maior rigidez da base. Devido essa rigidez desempenhada

pela geogrelha há o processo de retardação da deformação do material pela

tensão, que é propagada a geogrelha através do agregado. É possível observar

na figura 17, a instalação da base granular sobre a geogrelha.

Fonte: Autor do artigo.

Page 33: INVESTIGAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE SUBLEITO DE SOLO NA …

31

Figura 18 - Solicitações cisalhante e de flexão no revestimento asfáltico.

b) Restauração do Pavimento da Pista Auxiliar do Aeroporto de

Congonhas com Geogrelha de Poliéster

C. A. T. Carmo, E. F. Ruiz, D. F. Arnau

● Informações da obra

Nome da obra: Restauração do Pavimento da Pista Auxiliar do Aeroporto de

Congonhas

Tipo de Obra: restauração de pavimento

Local da Obra: cidade de São Paulo - SP

Data da obra: obra realizada no ano de 2008

Geossintéticos usados: geogrelha de Poliéster

Empresa responsável pelo serviço: A pista com extensão de 1435 metros foi

reabilitada pelo consórcio OAS/Camargo Corrêa/Galvão.

● Descrição da Obra

Os autores iniciam o relato do caso de obra ressaltando que o efeito de

reflexão de trincas tem sido um dos principais responsáveis pela danificação dos

pavimentos asfálticos restaurados, não sendo suficiente e tampouco eficaz a

aplicação de recapeamento para corrigir as trincas refletidas. Com o decorrer do

tempo as trincas do antigo pavimento vão se estender até a superfície da nova

camada asfáltica, isso ocorre, pois, as paredes das trincas são constantemente

movimentadas devido a sequência de carregamento provocado pelo tráfego

constante e pelo efeito térmico. Como pode ser visto na figura 18.

Como pôde ser observado na figura 18, o pavimento pode sofrer além da

reflexão, que consiste no momento em que a roda do modal está sobre a trinca,

Page 34: INVESTIGAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE SUBLEITO DE SOLO NA …

32

Figura 19 - Crack Activity Meter

dessa forma provando uma abertura, como também o cisalhamento determinado

pelo efeito que ocorre toda vez que uma roda passa por cima de uma trinca,

causando um deslocamento vertical entre as paredes das trincas.

O pavimento em questão já tinha recebido antes da intervenção das

geogrelhas, um recapeamento asfáltico simples, porém não foi obtido sucesso

para solução do problema das trincas que logo após foram refletidas na

superfície, “o que é natural e esperado em vista das movimentações horizontais

e de empenamento de caráter térmico que ocorrem na placa de CCP”.

Só em 2008 foi levando em consideração usar geogrelha de poliéster

flexível de alto módulo como a solução contra o reaparecimento de trincas por

reflexão, usando a geogrelha tipo Hatelit C, desenvolvida especialmente para

restauração de pavimentos.

● Desenvolvimento da obra

Para medir os movimentos verticais e horizontais das paredes das trincas

presentes na pista foi utilizado o “Crack Activity Meter” um equipamento de alta

qualidade para garantir total precisão em todo processo de levantamento de

dados, permitindo aferir os movimentos verticais e horizontais entre as paredes

das trincas. Na figura 19, é retratado o desempenho do aparelho “Crack Activity

Meter”.

Fonte: Autor do artigo.

“O pavimento da pista auxiliar existente consistia de placas de

3,50m x 7,0m de concreto de cimento Portland (CCP), com 25cm

Page 35: INVESTIGAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE SUBLEITO DE SOLO NA …

33

Figura 20 - Aplicação das geogrelhas sobre as juntas de dilatação.

de espessura e barras de transferência de cargas nas juntas,

recapeado com concreto asfáltico (CA) com espessura de

8,0cm, tendo todas as juntas do pavimento rígido refletidas”.

A obra consiste basicamente no mesmo processo convencional de

execução de obra de um pavimento, diferenciando apenas pela aplicação da

geogrelha, que não requer uma mão-de-obra especializada e é bem simples de

ser instalada.

Logo ao iniciar o processo de execução da obra, foi realizado a fresagem

para fazer a remoção de parte do recapeamento asfáltico já existente, o próximo

passo foi fazer a preparação da superfície para garantir uma boa aderência entre

a geogrelha e a nova camada de revestimento asfáltico. No passo seguinte foi a

avaliação das trincas, constatando que as trincas de 3mm ou menos não havia

necessidade de tratamento, as maiores, no entanto foram seladas com material

betuminoso. Para receber a geogrelha na superfície da pista foi passada uma

demão de emulsão asfáltica do tipo RR-1C, com tudo pronto foram desenroladas

as bobinas de Hatelit C, sendo posicionadas diretamente no local de instalação

sempre posta entre duas camadas de materiais betuminosos o revestimento

antigo e em seguida coberta pela nova camada asfáltica. A geogrelha foi

colocada sobre as juntas de dilatação do pavimento rígido, conforme expressa a

figura 20.

Fonte: Autor do artigo.

Foi desenvolvido uma camada asfáltica de 8cm de espessura total do

recapeamento, sendo 3cm de uma camada asfáltica, tipo binder, e 5cm de

concreto asfáltico (CBUQ) tudo isso sobre a geogrelha.

Page 36: INVESTIGAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE SUBLEITO DE SOLO NA …

34

“Os resultados obtidos até o momento mostraram o excelente

desempenho da geogrelha Hatelit C como sistema anti-reflexão

de trincas. A geogrelha bloqueou a propagação das trincas

provenientes das camadas subjacentes”.

Importante também destacar a grande vantagem com relação ao tempo

de execução da obra, sendo uma solução mais rápida do que as soluções

convencionais, e assim permitindo que a pista voltasse operar bem mais rápido.

2.3.3 Diretrizes de instalação

A seguir serão apresentadas as diretrizes de instalação de geogrelhas

como reforço de base segundo a HUESKER, 2013.

1. Transporte, armazenamento e corte no tamanho de rolos

• Todo o movimento das mercadorias dentro do canteiro de obras deve ser

feito de forma a evitar danos aos rolos.

• As geogrelhas para reforço de base podem ser simplesmente cortadas no

tamanho no local.

• Para aplicações em larga escala, pode ser apropriado cortar as folhas

necessárias com antecedência em um local separado antes de

transportá-las para área de instalação. Esse procedimento é

particularmente eficiente e econômico em grandes projetos.

• As geogrelhas não têm "efeito memória", ou seja, as grades não enrolam

após o corte ou assentamento e não há necessidade de lastrar os lados

ou as extremidades das folhas.

2. Preparação da formação

• O primeiro passo envolve a preparação da formação, incluindo qualquer

escavação necessária. Quaisquer cavidades importantes na formação

devem ser preenchidas e os obstáculos existentes (por exemplo, tocos

de árvores) removidos.

• Onde o reforço deve permanecer permanentemente na construção,

recomenda-se a remoção da vegetação e a remoção do solo superficial

antes da instalação da geogrelha.

3. Instalação de geogrelha para reforço de base

Page 37: INVESTIGAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE SUBLEITO DE SOLO NA …

35

• As geogrelhas podem ser colocadas diretamente na formação

preparada. Para áreas maiores, a instalação das camadas da geogrelha

perpendicular ao eixo principal das obras pode ser considerada.

• As geogrelhas devem, tanto quanto possível, repousar na base sem

dobras. Não é necessário tensionar as folhas. Nenhum veículo deve

operar diretamente sobre a geogrelha.

Page 38: INVESTIGAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE SUBLEITO DE SOLO NA …

36

Figura 21 - Mapa do Entorno (Solo 1).

Figura 22 - Local de coleta do solo (Solo 1).

3.0 METODOLOGIA

3.1 Coleta e preparação das amostras de solo

A primeira amostra para os ensaios de caracterização de solo, chamada

de Solo 1, será retirada na Rua NS 14, setor Jardim Taquari na cidade de Palmas

- TO, com latitude -10,3532228º e longitude -48,341732º, tendo como referência

do local escolhido o Centro de Atendimento Socioeducativo (CASE), na figura

representado em amarelo.

A segunda amostra, chamada de Solo 2, será coletada na Quadra 110

Norte Alameda 17, 11 - Arne, Palmas - TO, localizado ao lado da construção do

Residencial Luman-Ville. com latitude -10,1818374º e longitude -48,3132617 º.

Fonte: Google Earth (2020).

Fonte: Google maps (2020).

Page 39: INVESTIGAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE SUBLEITO DE SOLO NA …

37

Figura 23 - Local de coleta do solo (Solo 1).

Fonte: Google maps (2020).

Figura 24 - Mapa do Entorno (Solo 2).

Fonte: Google maps (2020).

Figura 25 - Local de coleta do solo (Solo 2).

Fonte: Google maps (2020).

Page 40: INVESTIGAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE SUBLEITO DE SOLO NA …

38

Como base nas normas técnicas que regem o projeto serão realizados os

ensaios de classificação unificada dos solos, pelo método de Casagrande,

ensaio de granulometria do solo e o ensaio do Índice de Suporte Califórnia

(CBR), para que seja possível apontar as propriedades dos solos em questão.

Para além disto serão realizados ensaios de compactação e compressão dos

solos onde serão feitos parâmetros entres as amostras com geogrelha e

amostras sem geogrelha.

A coleta da amostra de solo será dividida em três etapas:

• Raspagem dos primeiros 5cm de superfície, para retirada da

matéria orgânica;

• Escavação de cerca de 30cm de profundidade, retirando cerca de

25 a 30kg de solo;

• Colocação do material em um saco, identificação da amostra e

transporte.

3.2 Ensaios de caraterização

3.2.1 Limite de liquidez

Segundo a norma ABNT NBR 6459/2016 para iniciar a execução dos

ensaios de limite de liquidez e limite de plasticidade, primeiramente é necessário

se atentar a norma ABNT NBR 6457/2016 na qual está relacionada à preparação

de amostra do solo para ensaios de caracterização.

Já tomado nota da norma ABNT NBR 6457/2016, é possível dar

seguimento inicialmente ao ensaio de limite de liquidez. Primeiramente fazendo

a separação da aparelhagem necessária.

• Aparelho de casa grande (figura 26 - B);

• Cinzel (figura 26 – A);

• Balança sensível a 0,01g;

• Estufa;

• Recipiente para guardas as amostras sem perda de umidade antes

das pesagens;

• Capsula de porcelana;

• Espátula com lâmina flexível (figura 26 – C);

• Esfera de aço com 8mm de diâmetro.

Page 41: INVESTIGAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE SUBLEITO DE SOLO NA …

39

Fonte: Autor (2020)

Já separado a aparelhagem necessária, o passo seguinte é a execução

do ensaio que se inicia depositando a amostra de solo na cápsula de porcelana

acrescentando água e usando a espátula para fazer a homogeneização do

material, com tempo de hominização de 15 a 30 minutos no máximo.

Após o preparo do solo retira-se uma amostra da mistura e deposita-se

na concha do aparelho Casagrande, com a parte central da concha ocupando

aproximadamente 10mm.

Ao distribuir a massa na concha ter atenção a quantidade de passada da

espátula para que não seja criado bolhas ar no interior do material, o excesso de

material deve ser tirado do aparelho e devolvido á capsula de porcelana.

No passo seguinte, usando o cinzel será executado uma canelura na

massa do solo dividindo-o em duas partes.

Em seguida com a velocidade de duas voltas por segundo, utilizando a

manivela será dados golpes na concha, até que as duas bordas divididas pela

canelura se juntem.

Etapa dos golpes concluída deve ser colhida uma amostra solo contida na

concha, após isso deve ser feia a pesagem do material e logo em seguida posto

na estufa para secagem.

Figura 26 - Cinzel, aparelho casagrande e espátula.

Page 42: INVESTIGAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE SUBLEITO DE SOLO NA …

40

Para finalizar o processo de execução de ensaio deve-se repetir o ensaio

por pelo menos três vezes.

Para a obtenção do resultado será traçado um plano cartesiano em que

no eixo X, em escala aritmética, os valores correspondentes aos teores de

umidade e no Y em escala logarítmica representados os números de golpe.

Em seguida será demarcados os pontos no plano cartesiano no qual

deverá ser traçado uma reta, o valor do limite de liquidez correspondente ao teor

de umidade é o valor da abcissa do ponto da reta correspondente a ordenada de

25 golpes, em porcentagem o valor obtido será arredondado para o número

inteiro mais próximo.

Se não for possível abrir a canelura ou não obter o fechamento da mesma

com mais de 25 golpes considera-se uma amostra não apresentando limite de

liquidez.

3.2.2 Limite de plasticidade

A norma NBR ABNT 7180/2016 será utilizada para a obtenção do

resultado do limite de plasticidade e cálculo do índice de plasticidade, na qual

está diretamente relacionada com as normas ABNT NBR 6459 e 6457 de 2016.

Aparelhagem necessária:

• Balança sensível a 0,01g;

• Estufa;

• Recipiente para guardas as amostras sem perda de umidade antes

das pesagens;

• Capsula de porcelana;

• Espátula com lâmina flexível;

• Placa de vidro com superfície esmerilhada (figura 27 – A);

• Gabarito cilíndrico de 3mm de diâmetro e 100mm de comprimento

(figura 27- B);

Page 43: INVESTIGAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE SUBLEITO DE SOLO NA …

41

Figura 27- Placa de vidro com superfície esmerilhada e gabarito cilíndrico de 3mm de diâmetro e 100mm de comprimento.

Fonte: Autor (2020)

Para início da execução do ensaio será retirada uma amostra do solo e

feita homogeneização da mesma com água com o tempo de 15 a 30 minutos no

máximo.

Será apanhado cerca 10g da massa do solo, formando uma bola que

posteriormente tomará a forma cilíndrica, executada encima da placa de vidro

rolando a massa homogênea com a mão.

Se a amostra cilíndrica romper antes de atingir 3mm de diâmetro, retornar

para a capsula fazendo a homogeneização com maior quantidade de água e

repetir o processo.

Se a amostra atingir o diâmetro de 3mm sem se romper, o material será

amassado novamente e o processo repetido outra vez.

Ao atingir 3mm de diâmetro e 100mm de comprimento de acordo com o

gabarito a amostra será fragmentada para a determinação da umidade,

repetindo esse processo por pelo menos 3 vezes.

O resultado será obtido através da média de pelo menos três valores de

umidade, considerando que os três valores não devem diferenciar em mais de

5% da média dos resultados obtidos.

Page 44: INVESTIGAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE SUBLEITO DE SOLO NA …

42

Caso não seja possível obter uma amostra cilíndrica de 3mm de diâmetro

considerar que a amostra não apresenta limite de plasticidade.

O índice de plasticidade da amostra será expresso em porcentagem e

obtido pela expressão:

IP = LL – LP

Onde: IP – Índice de plasticidade;

LL – Limite de liquidez;

LP – Limite de plasticidade.

Caso não seja possível determinar os limites de liquidez ou plasticidade

considerar que a amostra como não plástica.

3.2.3 Ensaio de granulometria do solo

A granulometria do solo será determinada pela norma ABNT NBR

7181/2016, no qual a amostra do solo já terá sido previamente preparada de

acordo com a norma ABNT NBR 6457/2016.

Em primeiro lugar a mostra será pesada e esse material vai ser passado

inteiramente para o conjunto de peneiras disponíveis no Laboratório de Solos do

CEULP/ULBRA como mostra a figura 28, anotando os percentuais retido nas

peneiras de número 10, 40 e 200 que posteriormente serão utilizados para

classificação do solo de acordo com o método de classificação rodoviária.

Depois que passar pelo processo de agitação das peneiras e anotando a

quantidade de massa retida, será calculado a porcentagem deste material retido

relacionando a massa retina na respectiva peneira e a massa total da amostra.

Segundo a expressão:

𝑄𝑟 = 𝑚𝑟

𝑚𝑠𝑥100

Onde:

𝑄𝑟= porcentagem do material retido, expresso em por cento (%);

𝑚𝑟= massa retida na peneira, expressa em gramas (g);

𝑚𝑠= massa total utilizada para a realização do ensaio (g).

Page 45: INVESTIGAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE SUBLEITO DE SOLO NA …

43

Figura 28 - Peneiras

Fonte: Autor (2020) Fonte: Autor (2020)

3.3 Sistema rodoviário de classificação do solo

Segundo Senço (1997), de posse dos ensaios de caracterização do solo

é possível classifica-lo dentro de dois parâmetros de qualidade, onde será

possível qualificar entre “excelente a bom” ou “fraco a pobre”, outro parâmetro

também será utilizado é o índice de grupo, calculado através dos limites de

consistências e granulometria do solo. Essa classificação se dá de acordo com

a tabela 6.

Fonte: Senço 1997, p.202

Tabela 6 - Sistema de Classificação HRB

Figura 29 - molde cilíndrico metálico e colarinho e soquete metálico cilíndrico com

face inferior plana.

Page 46: INVESTIGAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE SUBLEITO DE SOLO NA …

44

Figura 30 - Intervalos permitidos nos valores de a, b, c, d.

Processo de classificação: Com os dados de laboratório, iniciar a

classificação da esquerda para a direita, por eliminação. O primeiro grupo da

esquerda que satisfazer os dados será o grupo procurado.

• SOLOS A-7: Se IP ≤ LL -30, será A-7-5; Se IP > LL - 30,

será A-7-6.

• Índice de Grupo (IG): IG = 0,2. a + 0,005. a. c + 0,01. b. d

• Onde: p: teor de silte + argila do solo, ou seja, a

porcentagem que passa na peneira nº 200.

Fonte: Senço 1997, p.202

3.4 Preparo dos corpos de prova para compressão

3.4.1 Compactação do solo

Após a coleta da amostra de solo, o material será destorroado e passado

nas peneiras de 4,8mm e 19mm. Posteriormente a amostra será depositada em

uma bandeja metálica, adicionando água e misturando até que se chegue a um

teor de umidade 5% inferior à umidade ótima presumível para o solo.

O próximo procedimento após a homogeneização da amostra, será

depositado o material no cilindro em três camadas de solo e feito a compactação

usando o soquete com a aplicação de 26 golpes em cada camada.

Depois de ter sido compactado, o corpo de prova será removido com o

extrator de corpo de prova, esse procedimento será repetido por pelo menos

mais três vezes para que no final de obtenha dois corpos de prova para cada

tipo de solo. A próxima etapa a ser desenvolvida é o rompimento dos corpos de

prova para a obtenção da resistência a compressão deste material.

Equipamentos e acessórios necessários para realização do ensaio:

• Balança sensível a 0,01g;

• Peneiras 19mm e 4,8mm;

• Estufa;

Page 47: INVESTIGAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE SUBLEITO DE SOLO NA …

45

Figura 31 - equipamento de compressão

• Capsulas metálicas;

• Bandeja metálicas;

• Régua de aço biselada;

• Espátula com lâmina flexível;

• Cilindro e soquete metálico;

• Extrator de corpo de prova.

3.4.2 Ensaio de Compressão

O ensaio tem como finalidade a obtenção da resistência a compressão

simples do solo, utilizando a ABNT NBR 12770:1992 Solo coesivo –

Determinação da resistência à compressão não confinada.

Para a execução do ensaio o primeiro passo descrito na norma é a

compactação de um corpo de prova cilíndrico, já obtido subcapítulo

imediatamente anterior a este.

No passo seguinte os corpos de prova serão posicionados no

equipamento de compressão, mostrado na figura 32. É preciso atentar para que

o aparelho apenas encoste no corpo de prova sem realizar força axial. Zerar o

medidor de deslocamento.

Fonte: Autor (2020)

Page 48: INVESTIGAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE SUBLEITO DE SOLO NA …

46

Em seguida poderá ser dado inicio a aplicação do carregamento com

velocidade de deformação axial aplicada de forma constante, registrando os

valores de carga, deslocamento e o tempo de ruptura da amostra em intervalos

de tempo adequados para a definir a forma da curva tensão-deformação.

Posteriormente os corpos de prova serão fotografados para fazer-se o esboço

do ângulo da superfície de ruptura com a horizontal.

O ensaio de compressão será realizado com os solos 1 e 2 sem a

presença de geogrelha e, posteriormente, com os solos 1 e 2 com a presença

de geogrelha, entre suas camadas, mas respeitando o mesmo dimensionamento

executado anteriormente.

Page 49: INVESTIGAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE SUBLEITO DE SOLO NA …

47

4.0 ORÇAMENTO

Identificação do

Orçamento Quantidade

Tipo (custeio,

capital e outros) Valor (R$)

Notebook 1 unid 2.554,55 2.554,55

Caderno 1unid 10,90 10,90

Post-it 4 unid 1,64 6,56

Canetas 5 unid 1,20 6,00

Impressão em papel A4 10 folhas 0,35 3,50

Total 2.581,51

Page 50: INVESTIGAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE SUBLEITO DE SOLO NA …

48

5.0 CRONOGRAMA

ETAPAS 2020

FEV MAR ABR MAI JUN

DEFINIÇÃO DO TEMA

X

LEITURA E LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO

PARA A CONSTRUÇÃO DO

PROJETO

X

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

X

DETERMINAÇÃO DOS OBJETIVOS

X

METODOLOGIA X

PREPARAÇÃO PARA DEFESA

X

ENTREGA E DEFESA

X

Page 51: INVESTIGAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE SUBLEITO DE SOLO NA …

49

6.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANTUNES, L. G. S. (2008). Reforço de Pavimentos Rodoviários com

Geossintéticos. Dissertação de Mestrado, Publicação G.DM- 166/08,

Departamento de Engenharia Civil, Universidade de Brasília, Brasília, DF, 158p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6457: Amostras

de solo — Preparação para ensaios de compactação e ensaios de

caracterização. 2 ed. Rio de Janeiro: Nbr, 2016. 8 p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6459: Solo -

Determinação do limite de liquidez. 2 ed. Rio de Janeiro: Nbr, 2016. 5 p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7180: Solo —

Determinação do limite de plasticidade. 2 ed. Rio de Janeiro: Nbr, 2016. 3 p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7181: Solo -

Análise granulométrica. 2 ed. Rio de Janeiro: Nbr, 2016. 12 p.

BARRANTES, M.A.V (2016) Comparações entre Métodos de Cálculo de

Esforços de Tração em Muros Reforçados com Geossintéticos. Dissertação

de Mestrado, Publicação G.DM-278/16, Departamento de Engenharia Civil e

Ambiental, Universidade de Brasília, Brasília, DF, 107 p.

BERNUCCI, Liedi Bariani et al. PAVIMENTAÇÃO ASFALTICA: Formação

Básica Para Engenheiros. [S. l.: s. n.], 2010.

BORGES, B.S. (2012). Estudo da Interação Solo-Geogrelha pelo Método dos

Elementos Discretos. Dissertação de Mestrado, Publicação G.DM-206/12,

Departamento de Engenharia Civil, Universidade de Brasília, Brasília, DF, 178 p.

CARDONA PÉREZ, Andrea. Influência de insumos agrícolas em

propriedades físicas de solos tropicais. 2018. xix, 103 f., il. Dissertação

(Mestrado em Geotecnia) — Universidade de Brasília, Brasília, 2018.

CARMO, Cássio Alberto Teoro do; RUIZ, Edwin Fernando; ARNAU, Daniel

Fernández. Restauração do Pavimento da Pista Auxiliar do Aeroporto de

Congonhas com Geogrelha de Poliéster. IGS BRASIL, [S. l.], p. 1-8, mar. 2014.

Page 52: INVESTIGAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE SUBLEITO DE SOLO NA …

50

CECCONI, Aline. AVALIAÇÃO MECÂNICA DE UM SOLO REFORÇADO COM

GEOGRELHA. 2020. 75 f. TCC (Graduação) - Curso de Engenharia Civil,

Universidade de Caxias do Sul., Caxias do Sul, 2018.

CENTURIÓN, Carlos Antônio; VILELA, Augusto Alza; MARQUINA, Miguel

Rivera. Uso de geogrelhas para a redução da espessura de pavimento e

melhoramento de subleito em solos de baixa capacidade de suporte na rodovia

Iquitos - Nauta. In: Uso de geogrelhas para a redução da espessura de

pavimento e melhoramento de subleito em solos de baixa capacidade de

suporte na rodovia Iquitos - Nauta. [S. l.], 14. Disponível em:

http://igsbrasil.org.br/wp-content/uploads/2014/07/CCO-2012-3o-Lugar-Uso-de-

geogrelhas-para-a-redu%C3%A7%C3%A3o-da-espessura-de-pavimento-e-

melhoramento-de-subleito-em-solos-de-baixa-capacidade-de-suporte-na-

rodovia-Iquitos-Nauta3.pdf. Acesso em: 28 abr. 2020.

DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE

TRANSPORTES. MANUAL DE PAVIMENTAÇÃO. PUBLICAÇÃO IPR - 719. 3

ed. Rio de Janeiro: Dnit, 2006. 278 p.

INSTALLATION Guidelines. In: HUESKER Geogrids as Base Reinforcement.

[S. l.]. Disponível em:

https://www.huesker.com.br/fileadmin/Media/Brochures/GB/IG_Base_Reinforce

ment.pdf. Acesso em: 18 abr. 2020.

KAKUDA, Francis Massashi; BUENO, Benedito de Souza. Estudo de ensaios

de arrancamento de geogrelha com utilização de um equipamento

reduzido. 2005.Universidade de São Paulo, São Carlos, 2005.

LIMA JÚNIOR, Paulo Rogério Gomes. Dimensionamento de Estruturas de

Contenção em Solo Reforçado com Geossintético e Face Elaborada com

Blocos Segmentais de Concreto. 2020. 117 f. TCC (Graduação) - Curso de

Engenharia Civil, Universidade Federal de Alagoas, Delmiro Gouveia - Al, 2016.

PESQUISA CNT de Rodovias. In: Pesquisa CNT de Rodovias: [S. l.], 10 2019.

Disponível em: https://pesquisarodovias.cnt.org.br/. Acesso em: 10 mar. 2020.

PINTO, Carlos de Sousa. Curso Básico de Mecânica dos Solos. São Paulo:

Oficina de Textos, 2000. 247 p.

Page 53: INVESTIGAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE SUBLEITO DE SOLO NA …

51

RESENDE, Paulo Tarso Vilela de et al (org.). CUSTOS LOGÍSTICOS NO

BRASIL. 2017. Elaborada por Núcleo de Logística, Supply Chain e

Infraestrutura. Disponível em: https://www.fdc.org.br/conhecimento-site/nucleos-

de-pesquisa-site/Materiais/pesquisa-custos-logisticos2017.pdf. Acesso em: 13

mar. 2020.

SANTOS, Adilene Rochido dos. O USO DO PNEU PARA PAVIMENTAÇÃO.

2020. 92 f. Monografia (Especialização) - Curso de Curso de Especialização em

Construção Civil, Escola de Engenharia da Ufmg, Belo Horizonte, 2011.

SENÇO, Wlastermiler de. Manual de Técnicas de Pavimentação. São Paulo:

Pini, 1997.

SIEIRA, A.C.C.F. (2003). Estudo Experimental dos Mecanismos de Interação

SoloGeogrelha. Tese de Doutorado em Geotecnia, PUC, Rio de Janeiro, 363p.

SILVA, T. K. (2018). Comportamento de estrada não pavimentada reforçada

com geossintético sobre subleito com bolsão compressível. Dissertação de

Mestrado, Departamento de Engenharia Civil e Ambiental, Universidade de

Brasília, Brasília, DF, 101 p.

SÍNTESE - Setor Rodoviário. [S. l.], 14 maio 2020. Disponível em:

http://www.infraestrutura.gov.br/component/content/article.html?id=5341.

Acesso em: 14 maio 2020 SOUSA, Alanny Larissa da Silva Oliveira. O uso de Geossinteticos como

Reforço de Base de Pavimentos Rodoviarios. 2020. 48 f. TCC (Graduação) -

Curso de Engenharia Civil, Departamento de Engenharia Civil, Universidade

Estadual da Paraiba, Araruna - Pb, 2017.

TEIXEIRA, Sidnei Helder Cardoso. Estudo da interação solo-geogrelha em

testes de arrancamento e a sua aplicação na análise e dimensionamento

de maciços reforçados. 2020. 236 f. Tese (Doutorado) - Curso de Engenharia

Civil, Escola de Engenharia de São Carlos, da Universidade de São Paulo, São

Carlos - Sp, 2003.

VERTEMATTI, José Carlos. Manual Brasileiro de Geossintéticos. 2. ed. São

Paulo: Edgard Blucher, 2015. 570 p.

Page 54: INVESTIGAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE SUBLEITO DE SOLO NA …

52