INTRODUÇÃO A CONSTRUÇÕES RURAL
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AULA 0
LEONARDO
INTRODUÇÃO A CONSTRUÇÕES RURAL
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INTRODUÇÃO A CONSTRUÇÃO RURAL
CURSO ISOLADO
Olá, meus amigos e amigas!
Vamos iniciar mais um curso isolado – CONSTRUÇÃO RURAL. Essa
é uma aula demonstrativa com intuito de conhecer nosso material.
VAMOS PARA UMA BREVE APRESENTAÇÃO
Meu nome é Leonardo, sou Engenheiro Agrônomo formado na
Universidade Federal de Lavras. Trabalho há 14 anos na Emater-MG
(Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas
Gerais). Tenho pós-graduação Lato Sensu em Extensão Ambiental para o
Desenvolvimento Sustentável e em Gestão de Agronegócio. Iniciei o
mestrado em Agricultura Tropical, na área de conservação de solos. Fui
professor do curso técnico agrícola Pronatec, ministrei aulas de nutrição e
forragicultura, fertilidade do solo e culturas anuais e olericultura. Sou
professor de matemática e física do ensino médio. Ministro vários cursos
para agricultura familiar, entre eles fertilidade do solo, culturas anuais,
olericultura, mecanização agrícola, cafeicultura e manejo da bovinocultura
de leite. Trabalho com crédito rural (custeio e investimento), elaborando
projeto e prestando orientação aos agricultores há 10 anos. Sou
responsável pela elaboração da Declaração de Aptidão ao Programa
Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (DAP) e correspondente
bancário pelo sistema COPAN.
Pessoal nosso cronograma será
AULA 0 – INTRODUÇÃO A CONSTRUÇÃO RURAL
AULA 1 - MATERIAIS DE CONSTRUÇÕES
AULA 2 - ESTRUTURAS DE SUSTENTAÇÃO
AULA 3 – TELHADO
AULA 4 – ORÇAMENTO
AULA 5 - TOPOGRAFIA E ALTIMETRIA
AULA 6 - ARMAZENAGEM E PROCESSAMENTO DE SEMENTES E
GRÃOS
AULA 7 - PLANEJAMENTO DE INSTALAÇÕES RURAIS
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CURSO ISOLADO
AULA 8 - PLANEJAMENTO DE INSTALAÇÕES RURAIS -
SUINOCULTURA
AULA 9 - PLANEJAMENTO DE INSTALAÇÕES RURAIS – AVICULTURA
AULA 10 – SANEAMENTO RURAL
AULA 11 – PROJETOS AGROINDUSTRIAIS
VAMOS INICIAR! RUMO A APROVAÇÃO.
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CURSO ISOLADO
INTRODUÇÃO A CONSTRUÇÃO RURAL
O setor agropecuário brasileiro tem se desenvolvido muito, nas
últimas décadas, com as culturas e criações alcançando índices de
produtividade bastante promissores. No entanto, a oscilação de preço tem
sido uma constante no dia a dia do produtor rural, dado a instabilidade da
economia, bem como o processo de competitividade instalado entre os
nossos produtos e os do mercado de países de primeiro mundo, decorrente
da globalização.
Conforme, SILVA & NÃÃS (1998) enfatizam que tem acelerado o
ritmo de utilização de tecnologia, primeiramente atingindo o setor industrial
urbano e agora o setor industrial agrícola. O manejo da informação está se
tornando cada vez mais fácil, face aos avanços tecnológicos. O baixo custo
dos computadores e a proliferação de softwares podem, contudo, levar a
soluções questionáveis se estas ferramentas forem usadas sem critério e
sem contar com os conhecimentos técnicos de um profissional da área.
A agricultura brasileira precisa estar sincronizada com esse cenário,
para ter garantia de competitividade de modo a ocupar espaços no
mercado agrícola mundial. Na formulação dos custos de produção, as
instalações modernas, principalmente as destinadas à exploração
tecnificada de rebanhos, apresentam custos de implantação que na maioria
das vezes inviabilizam o acesso do pequeno e do médio produtor aos
sistemas de criação mais produtivos, em que são associados aspectos
fisiológicos, de conforto térmico, e de produtividade com os custos do
produto final.
Neste contexto, os custos de produção assumem papel fundamental
no setor agrícola, exigindo do meio técnico científico soluções a curto,
médio e longo prazo, que propiciem o maior rendimento com o menor
custo. No que diz respeito aos projetos de edificações destinadas à zona
rural, observa-se que estes apresentam em geral especificidades que
merecem tratamentos diferenciados tendo em vista suas finalidades de
uso.
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CURSO ISOLADO
Assim, podemos definir Construção rural como sendo uma parte da
Agronomia de grande importância em qualquer tipo de planejamento para
fomento de atividades agropecuárias, na criação de animais ou na
agricultura em geral, e o seu campo de atuação bastante amplo, buscando
técnicas construtivas visando aumento da produtividade e o conforto
animal com instalações adequadas para cada espécie, e para
armazenamento de grãos na pós colheita com infra-estruturas capazes de
guardá-las adequadamente até a sua utilização.
Pelas suas características próprias, requer conhecimentos
intimamente relacionados com a área agronômica e veterinária, os quais,
aliados à simplicidade e a economia de execução, irão proporcionar,
conforto nas instalações dos animais, e o correto dimensionamento das
instalações dentro da propriedade.
Desta forma, as instalações são consideradas como um ponto
fundamental dentro da exploração devendo ser amplas, arejadas, de fácil
higienização e voltadas ao maior conforto possível para que o animal não
sofra os rigores das chuvas, dos ventos e das temperaturas extremas.
Deverão, ainda, atender às legislações federal, estadual e municipal
relativas ao meio ambiente, controle sanitário e segurança. É desejável que
o sistema seja eficiente na movimentação, alimentação e manejo dos
dejetos, devendo prover um ambiente que, ao mesmo tempo, seja
saudável para os animais e que promova condições de trabalho favorável e
confortável para os funcionários e que seja, por fim, mas não menos
importante, economicamente viável. (CAMPOS et al, 2005).
A grande maioria das edificações para bovinos leiteiros se mantém
dentro de padrões de instalações abertas, com ventilação natural,
associada ou não com ventilação artificial complementando uma maior
movimentação de ar, de maneira a terem-se melhores condições de
conforto térmico. (CAMPOS et al., 2005).
É imprescindível, no planejamento das instalações, que se tenha:
espaço adequado; área de descanso seca e ventilada; sombra; espaço de
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cocho apropriado para alimento (e para reduzir competição); grupos
homogêneos e ambiente saudável. (CAMPOS et al, 2005). Projetar
instalações para animais não significa, apenas, dimensionar estruturas e
definir espaços, mas dimensioná-las em função das necessidades próprias
do animal e de sua interação com o meio ambiente e o homem.
Assim, os fatores econômicos e técnicos, bem como a preferência por
um determinado sistema, irão influenciar o produtor na escolha do tipo de
instalação de acordo com o seu sistema de produção. As construções
compreendem o conjunto de prédios que o produtor deve possuir para
racionalizar sua produção e sua criação. Em geral, devem obedecer às
seguintes condições básicas:
serem higiênicas: terem água disponível e destino adequado dos
resíduos;
serem bem orientadas no terreno;
serem simples e funcionais;
serem duráveis e seguras: utilização de materiais e técnicas
construtivas adequadas;
serem racionais: rapidez e eficiência no uso de materiais e mão-de-
obra;
permitirem controle das variáveis climáticas;
permitirem a expansão; e
serem de baixo custo.
VAMOS EXERCITAR!
1 - Engenharia Civil - IF/PA - 2015
As construções compreendem o conjunto de prédios que o criador deve
possuir para racionalizar sua criação. Devem atender a determinadas
condições básicas. No sentido de aumentar a eficiência dos sistemas de
criação de animais e prevenir ou controlar doenças, a tendência atual é de
se adotar o confinamento total, o que tem determinado uma modificação
dos prédios a dos equipamentos, especialmente nas grandes empresas. As
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construções NÃO deverão obedecer a seguinte condição básica:
A) ter água disponível e destino adequado dos resíduos.
B) ser bem orientadas no terreno.
C) ser extensa e automatizada.
D) ser duráveis e seguras.
E) permitir controle das variáveis climáticas
SOL
Como víamos acima, as construções devem obedecer às seguintes
condições básicas:
serem higiênicas: terem água disponível e destino adequado dos
resíduos;
serem bem orientadas no terreno;
serem simples e funcionais;
serem duráveis e seguras: utilização de materiais e técnicas
construtivas adequadas;
serem racionais: rapidez e eficiência no uso de materiais e mão-de-
obra;
permitirem controle das variáveis climáticas;
permitirem expansão; e - serem de baixo custo.
RESPOSTA C
DESENHO ARQUITETÔNICO
O desenho arquitetônico é uma especialização dentro do desenho
técnico voltada para a execução e representação de projetos de
arquitetura. Esses registros são feitos por arquitetos ou projetistas e têm
como objetivo padronizar e orientar a execução de projetos. Assim, o
desenho arquitetônico é uma especialização dentro do desenho técnico
voltada para a execução e representação de projetos de arquitetura. Esses
registros são feitos por arquitetos ou projetistas e têm como objetivo
padronizar e orientar a execução de projetos.
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Desta forma, podemos conceituar o Desenho arquitetônico como
sendo uma especialização dentro do desenho técnico voltada para a
execução e representação de projetos de arquitetura. Esses registros são
feitos por arquitetos ou projetistas e têm como objetivo padronizar e
orientar a execução de projetos.
NORMALIZAÇÃO DO DESENHO ARQUITETÔNICO
A representação gráfica do desenho arquitetônico segue um conjunto
de normas internacionais sob a supervisão da ISO (International
Organization for Standardization, em português, Organização Internacional
de Normalização). No Brasil, as normas são editadas pela ABNT
(Associação Brasileira de Normas Técnicas). As principais são:
o NBR-6492 – Representação de projetos de arquitetura
o NBR-10067 – Princípios gerais de representação em desenho
técnico
A NBR 6492, de 1994, que fornece todos os parâmetros necessários
não só ao desenho mas a correta compreensão dos elementos presentes
em uma planta de Arquitetura. É uma norma que se aplica tanto ao
desenho a mão quanto ao desenho a instrumentos – lembrando que na
época de sua elaboração os desenhos em software CAD não era ainda
amplamente adotado pelos escritórios e profissionais. É importante
entender, por exemplo, que os símbolos gráficos presentes em um
projeto não mudam de tamanho a medida que a escala do desenho é
alterada. Por exemplo, o símbolo de corte aparece com o mesmo tamanho,
seja o desenho na escala 1:50 ou na escala 1:125. A seguir, mostramos
os principais itens presentes no Anexo da norma, que contemplam as
simbologias de representação gráfica. Para um completo entendimento – e
dimensões a serem adotadas para cada uma das simbologias – consultar
a íntegra da norma.
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A1 – Linhas de Representação
As linhas são os principais elementos gráficos de um desenho
arquitetônico. São elas que definem o formato, dimensão e posicionamento
das paredes, portas, janelas, pilares, vigas, entre outros elementos. Por
esse motivo, as linhas precisam ser representadas de forma legível e com a
espessura adequada de acordo com o objetivo da representação. Veja o
que representa cada tipo de traço do desenho arquitetônico:
TRAÇO FORTE: paredes e elementos estruturais (pilares, vigas, lajes)
visíveis no corte de arquitetura
TRAÇO MÉDIO: elementos em vista, ou seja, tudo que esteja abaixo
(planta baixa) ou além (cortes) do plano de corte, como peitoris, soleiras,
mobiliário, ressaltos no piso, vãos de aberturas, paredes em vista, etc. O
traço médio também é usado para representar elementos cortados
pequenos, como marcos e janelas.
TRAÇO FINO: hachuras e texturas que representam elementos de
concreto e madeiras. Também é usados para representar os revestimentos
de pisos e paredes como pedras e cerâmicas, além de linhas de cotas e
chamadas.
1. Linhas de Contorno – contínuas A espessura varia com a escala e a
natureza do desenho, exemplo:
2. Linhas Internas – Contínuas Firmes, porém de menor valor que as
linhas de contorno, exemplo:
3. Linhas situadas além do plano do desenho – Tracejadas. Mesmo valor
que as linhas de eixo.
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4. Linhas de projeção – traço e dois pontos Quando se tratar de projeções
importantes, devem ter o mesmo valor que as linhas de contorno. São
indicadas para representar projeções de pavimentos superiores, marquises,
balanços, etc.
5. Linhas de eixo ou coordenadas – traço e ponto Firmes, definidas, com
espessura inferior às linhas internas e com traços longos.
6. Linhas de cotas – contínuas Firmes, definidas, com espessura igual ou
inferior à linha de eixo ou coordenadas
7. Linhas auxiliares – contínuas Para construção de desenho, guia de letras
e números, com traço; o mais leve possível.
8. Linhas de indicação e chamadas – contínuas. Mesmo valor que as linhas
de eixo.
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Figura 1.35: Espessuras das linhas Fonte: CTISM, adaptado do autor
VAMOS EXERCITAR!
1 - Assistente Legislativo - Técnico em Desenho - FGV
A figura apresenta a parte da planta baixa de uma edificação residencial
com um pavimento.
A espessura de linha que deve ser utilizada na representação das paredes
que dividem os cômodos no desenho apresentado é de
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(A) 0,2 mm.
(B) 0,4 mm.
(C) 0,6 mm.
(D) 0,8 mm.
(E) 1,0 mm.
SOL
Conforme vistos acima - Linhas de Contorno – contínuos A espessura
varia com a escala e a natureza do desenho
RESPOSTA C
PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DAS CONSTRUÇÕES
O princípio que deve nortear qualquer construção, não importando
seu tamanho, ela deve ser perfeita, no menor tempo possível, com
menor custo, assim, aproveitando o máximo rendimento das ferramentas
e da mão-de-obra. O princípio perfeição é muito difícil de ser conseguido,
mais mesmo assim, deve-se procurar alcançá-lo.
Assim, a fase de construção, execução ou produção, que se segue
logo que se tem o desenvolvimento do projeto executivo é a da construção,
cuja atividade principal é a de tornar concretos os planos pré-estabelecidos
constantes dos desenhos e plantas, obedecendo-se as especificações,
detalhes, memoriais, cronogramas, previsões de prazos e de custos e
buscando-se um bom padrão de qualidade nos resultados finais do produto.
A esta atividade chama-se comumente obra.
Desta forma, a obra é, portanto, o conjunto de atividades de
construção, com emprego de materiais, mão-de-obra especializada,
ferramentas e equipamentos específicos, desenvolvido no espaço físico
denominado canteiro de obras, planejado racionalmente para possibilitar a
materialização daquele projeto específico, conforme os parâmetros
estabelecidos.
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CURSO ISOLADO
A construção ou obra também passa por duas etapas: o
planejamento da construção e a construção propriamente dita. A obra é
então uma das fases do Projeto. Desta forma devemos dar atenção em
todas as fases da obra, sendo essas:
TRABALHOS PRELIMINARES;
TRABALHOS DE EXECUÇÃO;
TRABALHOS DE ACABAMENTO.
É indispensável um conhecimento consistente das etapas construtivas
de uma obra e de seus serviços componentes para o bom desenvolvimento
da programação e do controle das obras, pois ele permite ao engenheiro
trabalhar com mais fluência e segurança as atividades de orçamentação,
elaboração de cronograma físico, de compras e de desembolso e no
acompanhamento de obras, tão importante para o controle dos resultados
desejados.
TRABALHOS PRELIMINARES
São caracterizados como serviços preliminares, a preparação para o
inicio da obra, incluindo a limpeza do terreno, terraplanagem e/ou corte
do terreno e compactação do solo. Temos também nessa etapa a
montagem do canteiro e barracão de obras (local de armazenamento de
materiais e ferramentas).
TRABALHOS DE EXECUÇÃO
É a etapa posterior que consiste no conjunto dos elementos
necessários e suficientes para a execução completa da obra ou do serviço,
de acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Os
componentes da obra, como materiais descritivos, cálculos estruturais,
desenhos, especificações técnicas e executivas, cronograma e planilhas de
orçamento, são reunidos no projeto executivo. Destaque ainda para os
equipamentos necessários para a construção, que devem ser mencionados
obrigatoriamente. Os trabalhos de execução da construção propriamente
dita, são:
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CURSO ISOLADO
abertura das valas de fundação;
consolidação do terreno, alicerces, baldrames;
obras em concreto;
aterros e apiloamento;
paredes e divisórias;
revestimentos das paredes;
armação de andaimes;
engradamento e cobertura do telhado;
pisos, forros, esquadrias;
assentamento das tubulações de água;
esgotos e eletricidade;
TRABALHOS DE ACABAMENTOS
Constitui a parte final da obra, entre eles:
assentamento de ferragem nas esquadrias;
rodapés;
aparelhos elétricos;
aparelhos sanitários;
equipamentos;
vidros;
pintura;
limpeza geral etc,
Vamos exercitar!
1 - Pref. Agricolândia/PI - Engenheiro Civil - CRESCER 2018
Assinale a alternativa abaixo que caracteriza um projeto executivo:
A) É aquele que detalha a construção a ser edificada do ponto de vista
legal, explicando a conformidade com os indicadores urbanísticos
estabelecidos pela legislação municipal, estadual e federal (como taxa de
ocupação, área construída, coeficiente de aproveitamento, recuos, índices
de iluminação e ventilação, áreas mínimas, permeabilidade, entre outros).
B) É elaborado por um engenheiro geotécnico que avalia as cargas que a
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CURSO ISOLADO
futura construção irá exercer sobre o solo. As propriedades do solo como
resistência e composição são extraídas a partir de ensaios (exemplo: a
sondagem) e assim permitem a escolha do tipo de fundação.
C) É composto por um conjunto de desenhos técnicos que descrevem como
será a edificação. Detalha todos os materiais e cores como especificações
de tintas, pedras, marcas de peças cerâmicas, forros, esquadrias, rodapés,
beirais, pontos de iluminação, tamanhos, distâncias, áreas, sugestão de
posição dos móveis.
D) Detalha como deve ser executada a estrutura do edifício que é o
sistema que suporta as cargas de utilização e as transferem para as
fundações. Ele depende do método construtivo, ou seja, dos materiais e
técnicas de execução que influenciam este projeto.
SOLUÇÃO
De acordo com o Manual de Obras Públicas, o projeto executivo é ―o
conjunto de informações técnicas necessárias e suficientes para a
realização do empreendimento, contendo de forma clara, precisa e
completa todas as indicações e detalhes construtivos para a perfeita
instalação, montagem e execução dos serviços e obras objeto do contrato.
CONSTRUÇÕES RURAIS E AMBIÊNCIA
Conforme o Dicionário Aurélio animais monogástricos são animais que
apresentam um estômago simples, com uma capacidade de
armazenamento pequena. São exemplo de monogástricos porcos, cães,
gatos, coelhos, lebres, cavalos, galinhas, patos, peixes. Os animais
ruminantes são aqueles que realizam a digestão em duas fases. Na
primeira fase mastigam e engolem o alimento e na segunda etapa eles
regurgitam o bolo alimentar para fazer a mastigação e voltar a engolir,
RESPOSTA C
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INTRODUÇÃO A CONSTRUÇÃO RURAL
CURSO ISOLADO
retirando o máximo possível de nutrientes do alimento. Temos como
exemplo os cervos, búfalos, vacas, girafas, alces, cabras, bois, camelos,
lhamas, novilhas.
Os principais produtores de carne, leite, ovos, lã e pele são os
animais homeotérmicos, ou seja, aqueles, cuja temperatura corporal é
conservada dentro de limites considerados relativamente estreitos, mesmo
que a temperatura ambiente varie e que haja uma grande variação de suas
atividades. O conforto térmico ou área de termoneutralidade é a zona de
temperatura na qual o animal não precisa perder, nem produzir calor para
manter sua temperatura corpórea ideal.
É limitada pela temperatura crítica inferior (TCI) e temperatura crítica
superior (TCS), onde o metabolismo animal é mínimo e o desempenho
otimizado, atingindo desta forma, o máximo potencial produtivo e
reprodutivo. Entretanto, abaixo da temperatura mínima o animal ativa seus
mecanismos termorregulatórios para aumentar a produtividade e retenção
de calor do corpo, compensando então, a perda de calor para o ambiente e
acima da temperatura máxima, o animal ativa seus mecanismos
termorregulatórios para ajudarem na dissipação do calor para o ambiente.
Em outras palavras, abaixo da temperatura inferior (TI) o animal não
consegue energia térmica necessária para compensar as perdas e entra em
estado de hipotermia e acima da temperatura superior (TS) o organismo
não é capaz de controlar a elevação de sua temperatura interna, ocorrendo
a hipertermia. Em ambos os casos os animais apresentam redução da
produtividade de leite, ovos e carne, alta incidência de doenças e alta
mortalidade (Figura 1).
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INTRODUÇÃO A CONSTRUÇÃO RURAL
CURSO ISOLADO
Figura 1:Variações da temperatura corporal de um animal homeotérmico em
função da temperatura ambiente (TI – Temperatura Inferior; TCIn – Temperatura
Crítica Inferior; TCS- Temperatura Crítica Superior e TS- Temperatura Superior).
Fonte: BRIDI (10).
VAMOS EXERCITAR!
1 - BRDE - Analista de Projetos-Agronomia - FUNDATEC - 2015
Dentre as questões mais importantes para o investimento na produção
animal, estão os problemas ligados às adequadas condições das
construções rurais. Tais construções representam uma parcela significativa
do investimento produtivo e, quando não são adequadamente planejadas,
podem causar sérios prejuízos ao sistema de produção. Em alguns casos,
esse item pode ser responsável pela redução na eficiência produtiva e pelo
insucesso do empreendimento. Considerando tais definições, a necessidade
de haverem condições relacionadas à zona de conforto térmico para a
criação, bem como condições de ventilação e confinamento, analise as
assertivas abaixo e assinale V, se verdadeiras, ou F, se falsas, em relação
às condições de maximização de conforto térmico dos animais.
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INTRODUÇÃO A CONSTRUÇÃO RURAL
CURSO ISOLADO
( ) A hipotermia em bovinos, caprinos e suínos adultos está na faixa de
temperatura ambiente entre 2 e 5ºC, em que os animais perdem calor para
o ambiente e são levados à morte.
( ) Para que o desempenho de um animal atinja seu nível ótimo, é
necessário respeitar a zona de conforto térmico, a qual corresponde à faixa
de temperatura efetiva ambiental em que o animal mantém constante sua
temperatura corporal, não havendo sensação de frio ou de calor.
( ) A zona de conforto térmico é a mesma para todos os mamíferos.
( ) Na zona de conforto térmico, os animais não trocam calor com o
ambiente.
( ) Na adequação de construções rurais para um maior conforto térmico, a
abertura de respiros, lanternins e claraboias, bem como o uso de quebra-
ventos e vegetação nos entornos, auxiliam no conforto térmico da
construção.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
A) F – V – F – F – V.
B) V – F – F – V – V.
C) F – V – V – F – F.
D) V – F – F – V – F.
E) F – V – V – V – V.
SOLUÇÃO
Pessoal excelente questão vem mostrar que devemos nos aprofundar nas
questões construtivas e conforto animal.
(F) A hipotermia em bovinos (RUMINANTE), caprinos (RUMINANTE) e
suínos (MONOGÁSTRICO) adultos está na faixa de temperatura ambiente
entre 2 e 5ºC, em que os animais perdem calor para o ambiente e são
levados à morte. ERRADA
A zona de conforto térmico para os bovinos, além da umidade relativa do ar e da
radiação solar, depende da espécie (Bos taurus ou Bos indicus), da adaptação da
raça, potencial produtivo, estágio de lactação etc. Em média, a zona de conforto
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INTRODUÇÃO A CONSTRUÇÃO RURAL
CURSO ISOLADO
situa-se entre 4 a 21°C. Nessa faixa de temperatura apresentada nessa questão
não vai influir no animal a ponto de morte.
A zona de conforto térmico estabelecida pela literatura para suínos varia de
acordo com a idade e com o estado fisiológico dos animais. Por exemplo, para
leitões recém-nascidos ela se encontra entre 30 e 32°C, sendo a temperatura
crítica acima de 35°C. Para porcas e suínos na fase de terminação, a zona de
conforto cai para 12 a 18°C, sendo a zona crítica situada acima de 27°C. Para
ambos, a umidade relativa do ar ideal deve se encontrar entre 40 a 70%.
Com relação aos caprinos temos o seguinte quadro, que resume todos os
outros animais acima.
Tabela 1: Valores de temperatura crítica inferior (TCI), conforto térmico (TC) e
temperatura crítica superior (TCS) para espécies de animais apresentada na questão.
(V) Para que o desempenho de um animal atinja seu nível ótimo, é
necessário respeitar a zona de conforto térmico, a qual corresponde à faixa
de temperatura efetiva ambiental em que o animal mantém constante sua
temperatura corporal, não havendo sensação de frio ou de calor.
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INTRODUÇÃO A CONSTRUÇÃO RURAL
CURSO ISOLADO
De acordo com o gráfico, os animais homeotérmicos possuem uma zona de
termoneutralidade, ou seja, uma faixa de temperatura ambiente em que o animal
não precisa produzir ou perder temperatura corporal e seu metabolismo é mínimo.
Essa zona de temperatura é onde os animais estão em conforto térmico (entre
temperatura mínima e temperatura máxima) e podem expressar seu máximo
potencial genético. A zona de termoneutralidade é limitada em ambos os extremos
pela Temperatura Crítica Inferior (TCI) e Temperatura Crítica Superior (TCS)
(F) A zona de conforto térmico é a mesma para todos os mamíferos.
ERRADA
Conforme o gráfico acima, matamos essa duas questões, sendo que a zona
de conforto térmico e diferente entre os mamíferos.
(F) Na zona de conforto térmico, os animais não trocam calor com o
ambiente.
Troca calor com ambiente porque a temperatura não e estável, ou seja, a
ela varia com decorrer do dia.
(V) Na adequação de construções rurais para um maior conforto térmico, a
abertura de respiros, lanternins e claraboias, bem como o uso de quebra-
ventos e vegetação nos entornos, auxiliam no conforto térmico da
construção. CORRETA
Assim, nossa resposta e a letra A
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CURSO ISOLADO
Vamos dar uma pausa, na próxima aula vamos analisar os materiais
utilizados na construção civil. Até a próxima aula!
RESPOSTA CERTO
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CURSO ISOLADO
REFERENCIA
NBR 15575-5:2013 – Edificações habitacionais — Desempenho – Requisitos para
os sistemas de coberturas
NBR 15310:2009 Componentes cerâmicos – Telhas – Terminologia, requisitos e
métodos de ensaio
BAUER, L.A.F. Materiais de construção. 4. ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e
Científicos Editora, 1992. 892p.
BUENO, C.F.H. Construções rurais. Lavras: Coopesal-ESAL. 1980. 209p.
(Apostila).
CARNEIRO, O. Construções rurais. 12. ed. - São Paulo: Nobel. 1985. 718p.
CETOP - Centro de Ensino Técnico e Profissional à Distância, Ltda. Iniciação ao
cálculo de resistências. São Paulo: Gráfica Europam,. 1984. 227 p.
(Departamento Técnico do CEAC)
PETRUCCI, E.G.R. Concreto de cimento portland. 4. ed. - Porto Alegre: Globo.
1980.305p.
PETRUCCI, E.G.R. Materiais de construção. 3. ed.- Porto Alegre: Globo. 1978.
435 p.
PFEIL, W. Estrutura de madeira. 5. ed. - Rio de Janeiro: LTC - Livros Técnicos e
Científicos Ed., 1989. 295 p. Tabelas de Composição de Preços para Orçamento
(TCPO8). 8. ed. - São Paulo: Pini, 1986.
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