INTRODUÇÃO - EP Engenharia · resultando em focos de incêndio, como pode ser observado nas...

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Você trabalha ou pretende trabalhar com energia

solar? Ou talvez esteja interessado em adquirir um

sistema fotovoltaico para sua casa? Bom, em ambos os

casos é importante conhecer os erros mais comuns

cometidos na instalação desses sistemas para que não

ocorram com você.

O mercado de energia solar é um dos que mais

cresce atualmente, entretanto, acontece que muitas das

empresas/instaladores não possuem formação técnica

adequada, principalmente em áreas relacionadas à

Engenharia Elétrica e por isso é comum nos

depararmos com alguns erros frequentes em

instalações fotovoltaicas que podem colocar a vidas em

risco. É importante ressaltar que uma instalação

fotovoltaica não foge das normas e regras de uma

instalação elétrica, por isso, deve ser executada por

profissionais habilitados.

INTRODUÇÃO

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① Proteções CC e CA

Os módulos fotovoltaicos

produzem energia em corrente

contínua. Essa corrente é

transportada através de cabos até

um aparelho chamado inversor,

que tem, como uma de suas

funções, converter a corrente

contínua em corrente alternada,

que é a forma de onda de corrente

e tensão utilizados na maioria dos

aparelhos domésticos e

industriais.

É importante utilizar

proteções (fusíveis/disjuntores,

chave seccionadora e DPS -

dispositivos de proteção contra

surtos) tanto na entrada do

inversor, em corrente contínua,

quanto na saída dele, em corrente

alternada. As proteções e os

circuitos devem permanecer em

locais separados, ou seja, utilizar

eletrodutos, bandejamento e

caixas de proteções para cada tipo

de corrente, conforme NBR 5410.

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② Estrutura inadequada

É comum ouvir que as instalações fotovoltaicas são feitas para

durar no mínimo 25 anos, que é o tempo em que os fabricantes garantem

que os módulos fotovoltaicos terão uma eficiência de no mínimo 80%. Para

que a instalação fotovoltaica atinja essa vida útil, é necessário tomar alguns

cuidados com a estrutura em que os módulos são instalados.

Em caso de instalações em telhados, recomenda-se que seja feita

uma análise estrutural por um profissional habilitado, certificando que a

estrutura do telhado está pronta para receber a carga dos módulos. Muitas

vezes na ânsia de vender um sistema a qualquer custo, essa análise não é

feita e em eventuais tempestades, ou condições atmosféricas adversas, a

instalação pode ser danificada.

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③ Andar sobre os módulos

Em algumas edificações a área disponível para instalações dos

módulos fotovoltaicos é bem restrita, o que leva o integrador a instalar os

módulos bem próximos uns aos outros, como se pode observar na figura

abaixo:Nesses casos a manutenção

da instalação fotovoltaica fica muito

prejudicada, uma vez que não se tem

acesso a eventuais módulos

defeituosos sem pisar em cima de

outros. É aí que está o principal

problema: apesar dos módulos serem

super resistentes, suportando

inclusive chuvas de granizo, eles não

foram projetados para serem pisados,

pois as células fotovoltaicas são muito

frágeis e podem sofrer danos

invisíveis a olho nu.

Esses danos, apesar

de na maioria das vezes serem

vistos apenas com a utilização

de equipamento próprio,

representa um prejuízo de

geração, diminuindo a

capacidade total de geração de

cada módulo além de dar início

a formação de “hot spots” que,

em casos extremos, podem dar

inicio a um incêndio.

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④Módulos com orientações diferentes na mesma string

Nos sistemas em que não são utilizados microinversores ou

otimizadores de potência, é comum a utilização dos chamados string

inverters, que são inversores alimentados por conjunto de módulos em

série e paralelo. Esses inversores possuem entradas com sistemas

chamados de MPPT, que otimizam o ponto de maior potência disponível no

conjunto de módulos, em intervalos de tempo. Alguns inversores possuem

apenas uma entrada de MPPT, outros já possuem duas ou mais.

O conjunto de módulos

ligados em cada entrada de MPPT

devem estar orientados em uma

mesma direção e inclinação. Em

telhados com diferentes orientações,

muito recortado, se os módulos

estiverem em direções e inclinações

diferentes, ligados a uma mesma

entrada de MPPT, haverá uma perda

de geração de energia considerável,

fazendo com que o MPPT não

consiga trabalhar em seu ponto de

máxima potência.

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⑤Falta de segurança em trabalhos em altura

Uma parte significativa das instalações fotovoltaicas são feitas em

telhados, locais com altura acima de 2 metros. Segundo trecho da NR 35,

norma que estabelece os requisitos mínimos de proteção e segurança para

trabalhos em altura, “35.1.2 Considera-se trabalho em altura toda atividade

executada acima de 2,00 m (dois metros) do nível inferior, onde haja risco

de queda.”. Isso significa que, para realizar instalações em telhados, com

altura acima de 2,0 metros, o profissional deve ser habilitado, e capacitado

com, no mínimo, um curso de NR 35. Há diversos procedimentos de

seguranças que devem ser observados e respeitados quando se vai realizar

um trabalho em altura. O uso de linhas de vida, com talabarte preso à ela é

uma prática básica que deve ser respeitada.

É fundamental

assegurar a integridade física

e a vida de todos os

profissionais que executam

uma instalação e também de

pessoas que frequentam o

mesmo ambiente em que o

sistema é instalado.

A ocorrência de um acidente em trabalhos em altura pode levar o

profissional à óbito ou invalidez. O não cumprimento dessas normas,

trazem sérios danos e responsabilidades à empresa integradora em caso

de acidentes.

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⑥Ferramentas e materiais inadequados

O uso de ferramentas corretas é fundamental para execução de

qualquer instalação que envolve eletricidade, e com a fotovoltaica não é

diferente. Os cabos elétricos que fazem o transporte da corrente contínua

dos módulos até o(s) inversor(es) possuem em suas extremidades

conectores, conhecidos como conectores MC4. A crimpagem dos cabos

deve ser feita com um alicate específico de modo que o conector fique

preso sem folgas. Uma má conexão pode ocasionar pontos quentes

resultando em focos de incêndio, como pode ser observado nas imagens

abaixo:

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⑦Sombreamento

O sombreamento é o inimigo número 1 dos sistemas fotovoltaicos.

Os módulos possuem células fotovoltaicas que são conectadas em série

internamente. Nesse tipo de conexão, a corrente é a mesma para todo

conjunto. A mesma definição se aplica para conjunto de módulos ligados em

série, ou seja, quando se há sombreamento em apenas uma parte do

módulo, ele irá produzir uma corrente inferior à nominal, afetando a

produção de energia desse módulo. Acontece que, na maioria das vezes os

módulos também estão em série, ou seja, se há sombreamento em um ou

mais módulos, a corrente dele(s) será inferior e irá afetar todo o conjunto de

módulos conectados em série.

Logo, sistemas fotovoltaicos instalados em área com constante

sombreamento, tem uma perda de geração bastante expressiva, e muitas

vezes não é feita uma análise de sombreamento detalhada, levando a uma

eficiência do sistema muito abaixo do que foi vendido ao cliente. É

importante relembrar que, em sistemas em que se utiliza microinversores ou

otimizadores de potência, essa perda é minimizada, uma vez que o conceito

de série não é aplicado a esses sistemas.

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