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•1 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto Disciplina de Micologia - 2011 MICOLOGIA PROFESSORAS: Regina Célia Candido Ramal: 4722 E-mail: [email protected] Marcia Regina von Zeska Kress Ramal: 0265 E-mail: [email protected] Objetivos da disciplina Conceitos básicos de micologia Importância dos fungos nas diferentes atividades humanas Principais características morfológicas e fisiológicas Principais gêneros de interesse médico e industrial Aulas Teóricas (Turma A e B) Aulas Práticas (Turma A e/B) Aulas Práticas (Turma A e B) Data Horário Assunto Responsável Horário Assunto Responsável 24/02/11 14-15 h Introdução a Micologia Regina 24/02/11 15-16 h Morfologia dos Fungos Marcia 03/03/10 14-15 h Morfologia dos Fungos Marcia 15-17 h A P1 Morfologia dos fungos Marcia/Regina 10/03/10 14-15 h Taxonomia e Reprodução dos Fungos Marcia 15-17 h B P1 Morfologia dos fungos Marcia/Regina 17/03/10 14-15 h Taxonomia e Reprodução dos Fungos Marcia 15-17 h A P2-Estruturas Fúngicas Marcia/Regina 24/03/10 14-15 h Identificação de bolores Marcia 15-17 h B P2-Estruturas Fúngicas Marcia/Regina 31/03/10 14-15 h Fungos de interesse na Agricultura (S1, S2) Marcia 15-17 h A P3-Identificação de bolores Marcia/Regina 07/04/10 14-15 h Fungos na Indústria Química (S3) Farmacêutica (S4) Marcia 15-17 h B P3-Identificação de bolores Marcia/Regina 14/04/10 14-16 h PROVA TEÓRICA I Marcia/Regina 28/04/10 14-15 h Identificação de leveduras Regina 15-17 h A P4-Identificação de Leveduras Regina /Marcia 12/05/10 14-15 h Fungos na Produção de Bebidas (S5) e Alimentos (S6) Regina 15-17 h B P4-Identificação de Leveduras Regina /Marcia 19/05/10 14-15 h Candidíase e Criptococose, Regina 15-17 h A P5-Identificação de Leveduras Regina /Marcia 26/05/10 14-15 h Micoses Superficiais, Regina 15-17 h B P5-Identificação de Leveduras Regina /Marcia 02/06/10 14-15 h Micoses Sub-cutâneas Regina 15-17 h A P6-Identificação de Leveduras Regina /Marcia 09/06/10 14-15 h Micoses Sistêmicas Regina 15-17 h B P6-Identificação de Leveduras Regina /Marcia 16/06/11 14-16 h PROVA TEÓRICA II Regina /Marcia Cronograma da Disciplina de Micologia (INTEGRAL – 1º semestre/2011) Bibliografia sugerida Fisher & Cook. Micologia fundamentos e Diagnóstico. Revinter Ltda. Rio de Janeiro, 2001. Gillespie. Diagnóstico Microbiológico, São Paulo, Editorial Premier, 2006 Griffin. Fungal Physiology. 2a. Ed. Wiley-Liss.1994 Kern & Blevins. Micologia Médica Texto & Atlas. 2a ed. Fa. Premier. 1999. Lacaz et al. Guia para identificação: Fungos Actinomicetos Algas de interesse médico. São Paulo, Sarvier-FAPESP, 1998. Lacaz et al. Tratado de Micologia Médica. 9ª ed São Paulo, Sarvier Minami. Micologia: Métodos Laboratoriais de Diagnóstico das Micoses, Barueri, 2003. Silveira, V.D. Micologia .5a ed. Rio de Janeiro, Âmbito Cultural, 1995. Sidrim & Rocha. Micologia Médica a luz de autores contemporâneos. Ed. Guanabara & Koogan, 2004. Murray et al., Manual of Clinical Microbiology, 9th Edition, ASM Press, 2007 INTRODUÇÃO A MICOLOGIA MORFOLOGIA DOS FUNGOS Profa. Marcia Regina von Zeska Kress E-mail: [email protected] Ramal: 0265 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto Disciplina de Micologia Disciplina de Micologia - 1°Semestre/2011 Semestre/2011 MICOLOGIA Ciência que estuda os fungos Origem do nome da língua grega Mykes “μύκης“ = cogumelos Logia = estudo FUNGOS = FUNGUM 1. Célula Eucariótica 2. Parede Celular sem Celulose, mas com Quitina 3. Não armazena Amido, mas Glicogênio 4. Não possui Clorofila (não realiza fotossíntese) 5. Aeróbio 6. Heterotrófico, nutrem-se de matéria orgânica 7. Não forma tecidos verdadeiros 8. Forma colônia

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•1

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULOFaculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto

Disciplina de Micologia - 2011

MICOLOGIAPROFESSORAS:Regina Célia CandidoRamal: 4722E-mail: [email protected]

Marcia Regina von Zeska KressRamal: 0265E-mail: [email protected]

Objetivos da disciplina

�Conceitos básicos de micologia

�Importância dos fungos nas diferentes atividades humanas

�Principais características morfológicas e fisiológicas

�Principais gêneros de interesse médico e industrial

Aulas Teóricas (Turma A e B) Aulas Práticas (Turma A e/B) Aulas Práticas (Turma A e B)

Data Horário AssuntoResponsável

Horário Assunto Responsável

24/02/11 14-15 h Introdução a Micologia Regina

24/02/11 15-16 h Morfologia dos Fungos Marcia

03/03/10 14-15 h Morfologia dos Fungos Marcia 15-17 h A P1 Morfologia dos fungos Marcia/Regina

10/03/10 14-15 h Taxonomia e Reprodução dos Fungos Marcia 15-17 h B P1 Morfologia dos fungos Marcia/Regina

17/03/10 14-15 h Taxonomia e Reprodução dos Fungos Marcia 15-17 h A P2-Estruturas Fúngicas Marcia/Regina

24/03/10 14-15 h Identificação de bolores Marcia 15-17 h B P2-Estruturas Fúngicas Marcia/Regina

31/03/10 14-15 h Fungos de interesse na Agricultura (S1, S2) Marcia 15-17 h A P3-Identificação de bolores Marcia/Regina

07/04/10 14-15 hFungos na Indústria Química (S3) Farmacêutica (S4)

Marcia 15-17 h B P3-Identificação de bolores Marcia/Regina

14/04/10 14-16 h PROVA TEÓRICA I Marcia/Regina

28/04/10 14-15 h Identificação de leveduras Regina 15-17 h A P4-Identificação de Leveduras Regina /Marcia

12/05/10 14-15 hFungos na Produção de Bebidas (S5) e Alimentos (S6)

Regina 15-17 h B P4-Identificação de Leveduras Regina /Marcia

19/05/10 14-15 h Candidíase e Criptococose,Regina

15-17 h A P5-Identificação de Leveduras Regina /Marcia

26/05/10 14-15 h Micoses Superficiais, Regina 15-17 h B P5-Identificação de Leveduras Regina /Marcia

02/06/10 14-15 h Micoses Sub-cutâneas Regina 15-17 h A P6-Identificação de Leveduras Regina /Marcia

09/06/10 14-15 h Micoses Sistêmicas Regina 15-17 h B P6-Identificação de Leveduras Regina /Marcia

16/06/11 14-16 h PROVA TEÓRICA II Regina /Marcia

Cronograma da Disciplina de Micologia (INTEGRAL – 1º semestre/2011)

Bibliografia sugeridaFisher & Cook. Micologia fundamentos e Diagnóstico. Revinter Ltda. Rio de Janeiro, 2001.

Gillespie. Diagnóstico Microbiológico, São Paulo, Editorial Premier, 2006

Griffin. Fungal Physiology. 2a. Ed. Wiley-Liss.1994

Kern & Blevins. Micologia Médica Texto & Atlas. 2a ed. Fa. Premier. 1999.

Lacaz et al. Guia para identificação: Fungos Actinomicetos Algas de interesse médico. SãoPaulo, Sarvier-FAPESP, 1998.

Lacaz et al. Tratado de Micologia Médica. 9ª ed São Paulo, Sarvier

Minami. Micologia: Métodos Laboratoriais de Diagnóstico das Micoses, Barueri, 2003.

Silveira, V.D. Micologia .5a ed. Rio de Janeiro, Âmbito Cultural, 1995.

Sidrim & Rocha. Micologia Médica a luz de autores contemporâneos. Ed. Guanabara & Koogan,2004.

Murray et al., Manual of Clinical Microbiology, 9th Edition, ASM Press, 2007

INTRODUÇÃO A MICOLOGIAMORFOLOGIA DOS FUNGOS

Profa. Marcia Regina von Zeska Kress

E-mail: [email protected]

Ramal: 0265

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULOUNIVERSIDADE DE SÃO PAULOFaculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão PretoFaculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto

Disciplina de Micologia Disciplina de Micologia -- 11°°Semestre/2011Semestre/2011

• MICOLOGIA

– Ciência que estuda os fungos

– Origem do nome da língua grega

• Mykes “µύκης“ = cogumelos

• Logia = estudo

• FUNGOS = FUNGUM

1. Célula Eucariótica

2. Parede Celular sem Celulose, mas com Quitina

3. Não armazena Amido, mas Glicogênio

4. Não possui Clorofila (não realiza fotossíntese)

5. Aeróbio

6. Heterotrófico, nutrem-se de matéria orgânica

7. Não forma tecidos verdadeiros

8. Forma colônia

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•2

Saccharomyces cerevisiae

Penicillium roqueforti

Penicillium camemberti

Penicillium camemberti+Penicillium candidum

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•3

TRUFAS ou TÚBERASTRUFAS ou TÚBERAS

Penicillium notatum

ASPECTOS POSITIVOSASPECTOS POSITIVOS

• Degradação de matéria orgânica• Fermentação biológica

• Produção de alimentos• Produção de vitaminas

• Modelo de estudos em genética e bioquímica

ASPECTOS NEGATIVOSASPECTOS NEGATIVOS

• Doenças em – Plantas (murcha, pinta preta)– Homens e animais

• Contaminação de– Alimentos– Lentes– Refrigeradores– Rações– Livros– ...

DISSEMINAÇÃO DOS FUNGOSDISSEMINAÇÃO DOS FUNGOS

CONCEITO: “O transporte do inoculo de um lugar para outro,não implicando a inoculação, penetração ou infecção”

• Unidade disseminadora → esporos/conídios– Vento– Água– Homem– Sementes– Insetos e outros animais

CONDIÇÕES IDEAIS DE CONDIÇÕES IDEAIS DE CRESCIMENTOCRESCIMENTO

• pH 2 a 9

• Aerobiose

• 22 a 30°C

• Glicose, Nitrogênio e Oligoelementos (Fe, Zn, Mn, ...)

• Presença de substratos a serem decompostos

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•4

MODO DE VIDAMODO DE VIDA

• SAPROFITISMO

• PARASITISMO

• SIMBIOSE

• SAPROFITISMO– Nutrição a partir de tecidos mortos e/ou em decomposição

(plantas e animais)

– Reciclagem dos nutrientes do meio ambiente (Degradação de celulose, hemicelulose, amido, parafinas, ligninas, ...)

• Proteínas → aminoácidos

• Lipídios → ácidos graxos, glicerol e lipases

• Amido → amilases

– Os.: Bactérias: decomposição (transforma matéria orgânica em inorgânica)

– Liberação de CO2 que poderá ser utilizado novamente na fotossíntese

MODO DE VIDAMODO DE VIDA

MODO DE VIDAMODO DE VIDA

• PARASITISMO– Nutrição a partir de

organismo vivo• Ectoparasita

– Micélio e sistema reprodutor no exterior do organismo parasitado

» com e sem haustórios

• Endoparasita – Sistema vegetativo se

desenvolve no interior do organismo parasitado

MODO DE VIDAMODO DE VIDA

• SIMBIOSERelação mutuamente vantajosa entre

dois ou mais organismos vivos de espécies diferentes

– LÍQUEN• FUNGO

– Proteção– CO2

– Sais Minerais

• ALGA– Fotossíntese– Carbohidratos

– Proteínas

MODO DE VIDAMODO DE VIDA

• SIMBIOSE– MICORRIZAS

• FUNGO

• PLANTA

DOENÇAS CAUSADAS PELOS DOENÇAS CAUSADAS PELOS FUNGOSFUNGOS

• MICETISMO

• MICOTOXICOSES

• MICOALERGOSES

• MICOSES

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•5

MICETISMOMICETISMO

• Intoxicação

provocada pela

ingestão de fungos

macroscópicos

toxigênicos

MICOTOXICOSESMICOTOXICOSES

• Quadro clínico decorrente da ingestão contínua e prolongada de alimentos contendo micotoxinas

– Aflatoxina (inibe a replicação do DNA)Aspergillus flavus

MICOALERGOSESMICOALERGOSES MICOSESMICOSES

MORFOLOGIA DOS FUNGOSMORFOLOGIA DOS FUNGOS

FUNGOSFUNGOS

• LEVEDURAS– fermento

• FILAMENTOSOS– bolor

• COGUMELOS– fungo macroscópico

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•6

ARQUITETURA DA CÉLULA ARQUITETURA DA CÉLULA FÚNGICAFÚNGICA

• Parede celular– Superfície de contato com o meio externo– Aglutinação, crescimento, interação enzimática (digestão de substrato nutritivo)– Estrutura

• Glicoproteínas (Polissacarídeos e Polipeptídeos)• Quitina e glucano (fibras)• Melanina (fungos demáceos)

• Membrana Plasmática– Fosfolipídios e esteróis– Proteínas e glicoproteínas

• Citoplasma– Triglicerídios– Organelas: RE, aparelho de Golgi, mitocôndria, vacúolo, ribossomos

• Núcleo

CRESCIMENTO SINTÉTICOCRESCIMENTO SINTÉTICO

MEIOS DE CULTURA

• Ágar Sabouraud Dextrose (ASD)

• Mycosel

• Meios ricos (BHI, RPMI,YCB, YNB)

CONDIÇÕES IDEAIS DE CONDIÇÕES IDEAIS DE CRESCIMENTOCRESCIMENTO

• pH 2 a 9

• Aerobiose

• 22 a 30°C

• Glicose, Nitrogênio e Oligoelementos (Fe, Zn, Mn, ...)

Presença de substratos a serem decompostos

CRESCIMENTO EM TUBOS e CRESCIMENTO EM TUBOS e PLACA DE PETRIPLACA DE PETRI

(morfologia macroscópica)(morfologia macroscópica)

MORFOLOGIA MACROSCÓPICA MORFOLOGIA MACROSCÓPICA DOS FUNGOSDOS FUNGOS

• FUNGO LEVEDURIFORME– Características a serem observadas na

colônia em meio de cultura• Aspecto• Cor• Superfície

COLÔNIA DE LEVEDURACOLÔNIA DE LEVEDURAAspecto cremosos, cor creme, superfície lisa

COLÔNIA DE LEVEDURACOLÔNIA DE LEVEDURAAspecto cremoso, cor branca, superfície

rugosa/cerebriforme

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•7

COLÔNIA DE LEVEDURACOLÔNIA DE LEVEDURAAspecto mucóide, cor creme, superfície lisa

COLÔNIA DE LEVEDURACOLÔNIA DE LEVEDURAAspecto cremoso, cor amarelo-tijolo, superfície rugosa

MORFOLOGIA MACROSCÓPICA MORFOLOGIA MACROSCÓPICA DOS FUNGOSDOS FUNGOS

• FUNGOS FILAMENTOSOS– Características a serem observadas na

colônia em meio de cultura• Aspecto• Cor (frente e verso)• Superfície• Bordas

BOLORBOLOR(colônias de fungo filamentoso)

BOLORBOLORcor verde, aspecto aveludado, bordas regulares,

superfície lisa

BOLORBOLORcor cinza, aspecto aveludado, bordas regulares,

superfície centro elevado

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•8

BOLORBOLORcor branca, aspecto algodonoso, bordas regulares,

superfície lisa

Microsporum canis

BOLORBOLORcor branca-creme (frente) vermelha (verso),

aspecto veludoso, bordas regulares, superfície radiada

Trichophyton cookei

FRENTE VERSO

Aspergillus niger

BOLORBOLORcor preto, aspecto pulverulento, bordas regulares,

superfície radiada

MICROMORFOLOGIA DOS MICROMORFOLOGIA DOS FUNGOSFUNGOS

CLASSIFICAÇÃO QUANTO A CLASSIFICAÇÃO QUANTO A MORFOLOGIA MICROSCÓPICAMORFOLOGIA MICROSCÓPICA

• LEVEDURAS

– Unicelular

• FUNGOS FILAMENTOSOS

– Multicelular

LEVEDURASLEVEDURAS

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•9

FUNGO FILAMENTOSOFUNGO FILAMENTOSO DIMORFISMO e POLIMORFISMODIMORFISMO e POLIMORFISMO

• Dimorfismo– Capacidade de alguns fungos de apresentar-

se sob duas formas morfológicas diferentes(levedura ou hifa) na dependência datemperatura

• Polimorfismo– Propriedade de um fungo que se apresente

com numerosas estruturas fúngicasdiferenciadas ao mesmo tempo (levedura ehifa)

FUNGO DIMÓRFICOFUNGO DIMÓRFICO

SAPROFITISMO20 a 24°C

PARASITISMO37°C

FUNGO POLIMÓRFICOFUNGO POLIMÓRFICO

Profa. Marcia Regina von Zeska Kress

E-mail: [email protected]

Ramal: 0265

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULOUNIVERSIDADE DE SÃO PAULOFaculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão PretoFaculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto

Disciplina de Micologia Disciplina de Micologia -- 11°° Semestre/2011Semestre/2011

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•10

• Aspectos positivos e negativos dos fungos• Fungos (quanto a forma):

– Levedura, filamento e Cogumelo (macroscópico)• Modo de Vida:

– Saprofítico, Parasitismo e Simbiose• Doenças:

– Micetismo, Micotoxicose, Micoalergose e Micose• Macromorfologia: Levedura Bolor (filamento)

Aspecto Aspecto

Cor Cor (frente/verso)

Superfície Superfície

Borda

REPRODUÇÃO DOS FUNGOSREPRODUÇÃO DOS FUNGOS

•• CONCEITOS:CONCEITOS:– Multiplicação Vegetativa

• Desenvolvimento e absorção de alimentos• Encarregado da manutenção da vida

– Reprodução Assexual e Sexual• Encarregado da propagação e perpetuação da

espécie

• Sistema Vegetativo– Multiplicação vegetativa

– Tecidos parasitados

– Solo

– Matéria orgânica em decomposição

• Reprodução Assexual e Sexual– Diferenciação das hifas vegetativas

– Reprodução Assexual

– Reprodução Sexual

MULTIPLICAÇÃO VEGETATIVAMULTIPLICAÇÃO VEGETATIVA

• Fungo Leveduriforme (unicelular)• Cissiparidade ou divisão direta

• Brotamento ou gemação

MULTIPLICAÇÃO VEGETATIVOMULTIPLICAÇÃO VEGETATIVO

• Fungo Filamentoso (pluricelular)1. Esporo2. Tubo germinativo3. Hifa 4. Micélio (conjunto de hifas)

MULTIPLICAÇÃO VEGETATIVOMULTIPLICAÇÃO VEGETATIVO

1.1. EsporosEsporos

– Unidade que dá origem ao fungo

2. Germinação dos esporos2. Germinação dos esporos

– Condição ideal de umidade e calor

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•11

SeptadasSeptadas CenocíticasCenocíticas(sem septos)(sem septos)

Septo completo, Woronin bodies, multiperfurada e Dolíporos

Diferenciação das hifasDiferenciação das hifas

• Articuladas (Artroconídios)

Diferenciação das hifasDiferenciação das hifas

• Ramificação

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•12

Diferenciação das hifasDiferenciação das hifas

• Anastomose ou União

Diferenciação das hifasDiferenciação das hifas

• Grampo de conexão

Diferenciação das hifasDiferenciação das hifas

• Apressórios e Haustórios (sugadores)

Diferenciação das hifasDiferenciação das hifas

• Clamidósporos ou Clamidoconídios

Diferenciação das hifasDiferenciação das hifas

• Rizomorfas ou Rizóides

Diferenciação das hifasDiferenciação das hifas

• Espiral

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•13

REPRODUÇÃO DOS FUNGOSREPRODUÇÃO DOS FUNGOS

• Sistema vegetativo– Multiplicação vegetativa

• Tecidos parasitados• Solo• Matéria orgânica em decomposição

• Sistema reprodutivo– Diferenciação das hifas vegetativas

• Reprodução Assexual• Reprodução Sexual

Reprodução assexual Reprodução assexual (Hifas Aéreas) (Hifas Aéreas)

Desenvolvimento vegetativo Desenvolvimento vegetativo (hifas vegetativas)(hifas vegetativas)

Hifas Hifas aéreasaéreas

Hifas Hifas vegetativasvegetativas

BOLOR EM PÃOBOLOR EM PÃO Reprodução Reprodução AssexualAssexual

• Os conídios são formados sem uma prévia fusão de células diferenciadas

– Formação dos conídios

» Endógenos

» Exogenos

Reprodução Reprodução AssexualAssexual

• Formação de conídios endógenos

columela

Esporangiósporos

Reprodução Reprodução AssexualAssexual

• Formação de conídios exógenos

PhragmocephalaPhragmocephala atraatra

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•14

Reprodução Reprodução AssexualAssexual CONIDIÓFOROSCONIDIÓFOROS(Reprodução assexuada)(Reprodução assexuada)

• SimplesA- hifas eretasB- hifas decumbentes

• ComplexasC- sinêmioD- esporodóquio

CONIDIÓFOROSCONIDIÓFOROS(Reprodução assexuada)(Reprodução assexuada)

• Conformação e ramificação1. Verticilado2. Capitatos (com vesícula terminal)3. Flexuosos cespitosos4. Torulosos5. Esporangióforos

CONÍDIOSCONÍDIOS

• Reprodução Assexual• Originado de Conidióforos (células conidiogênicas)• Imóveis • Haplóides • Tamanho

– Variável (micrômetros)

• Cor– Hialinos, sub-hialinos, escuros, alaranjados, róseos,

verdes, ...

CONÍDIOSCONÍDIOS

• Superfície externaA- liso

B- verrugoso

C- crestado

D- reticulado

E/F- ciliado

G- equinilado

H- papilado

i- caudado

CONÍDIOSCONÍDIOS• Forma

A- globosoB- elípticoC- ovóideD- piriformeE- cilíndricoF- em forma de barril

G- lobuladoH- falciformeI- limoniformeJ- botuliformeK- claviformeL- filiformeM- fusiforme

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•15

A- bactéria (cocos)

B- bactéria (bacilos)

C- leveduras

D / H- esporos

I- conidióforo e conídio

J- asco

K- clamidósporo

0 50 µm

Reprodução SexualReprodução Sexual

• Os esporos são produzidos pela fusão de

corpos diferenciados ou especializados,

que tem um caráter de sexualidade

– Homotálico (mesmo micélio)

– Heterotálico (micélios diferentes)

Diferenciação das hifasDiferenciação das hifas

• Anastomose ou União

ESPOROS x CONÍDIOSESPOROS x CONÍDIOS

– Células com função reprodutiva originadas em células esporogênicas que ficam alojadas em estruturas com formato de bolsa.

– Propágulo de reprodução assexuada que se forma de diversas formas a partir de células conidiogênicas.

ESPORÓFOROSESPORÓFOROSzigósporozigósporo

zigósporo

Reprodução Reprodução assexualassexual

Reprodução Reprodução sexualsexual

ESPORÓFOROSESPORÓFOROSFormação dos AscosFormação dos Ascos

ascósporos endógenosascósporos endógenos

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•16

ESPORÓFOROSESPORÓFOROSAscosAscos

ascósporos endógenosascósporos endógenos

A- Picnídio

B- asco

C- Peritécio

D- Apotécio

E/F- Cleistotécio

ESPORÓFOROSESPORÓFOROSBasídioBasídio

basidiósporos exógenosbasidiósporos exógenos

Reprodução SexualReprodução Sexual

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•17

Referência

• Queiroz-Telles et al., Medical Mycology, 47:3-15, 2009

• Ameen, A. Clinical Dermatology, 2009

• Sidrim & Rocha. Micologia Médica a luz de autores contemporâneos. Ed. Guanabara & Koogan, 2004.

• Almeida, S.R.. Micologia. Ed. Guanabara & Koogan, 2008

• Zaitz, Ruiz & Souza. Atlas de micologia médica, Ed. Guanabara & Koogan, 2004

• Murray et al., Manual of Clinical Microbiology, 9th Edition, ASM Press, 2007

• Ramos-e-Silva et al., Clinics in dermatology, 25:181-187, 2007

• Lacaz et al., Tratado de Micologia Médica, 9°Edicao, Ed. Sarvier, 2002.