INTRODUÇÃO Entre os efeitos nocivos causados pela introdução de espécies exóticas em...

1
INTRODUÇÃO Entre os efeitos nocivos causados pela introdução de espécies exóticas em ecossistemas naturais, destaca-se a perda de biodiversidade devido à extinção local de espécies nativas. As consequências diretas deste tipo de impacto podem ser observadas através de alterações na estrutura e composição das comunidades mas também nos processos que regem a dinâmica das populações envolvidas( 1 ). Desde a década de 70 vêm sendo registradas mudanças na ictiofauna relacionadas à introdução de tucunaré e piranha na maioria das lagoas do Parque Estadual do Rio Doce( 2 e 3 ). Atualmente, houve a introdução de “tamboatá” (Hoplosternum litoralle). Neste trabalho pretende-se comparar a diversidade funcional da comunidade zooplanctônica em duas lagoas dentro do PERD, sendo uma delas (lagoa Gambazinho), um dos poucos locais onde ainda não há registro de espécies exóticas. METODOLOGIA As coletas foram realizadas em julho/2004 e janeiro/2005, caracterizando períodos de seca e chuvas, respectivamente. Foram utilizadas redes de arrasto de 65 (microzooplâncton) e 200 um (macrozooplâncton) de abertura de malha, varrendo-se toda a coluna d’água na zona limnética de cada lagoa.Os organismos foram identificados até o menor nível taxonômico possível e foram agrupados em dois grupos funcionais: filtradores e predadores. RESULTADOS Nos dois ambientes, as espécies de pequeno tamanho de corpo foram as mais abundantes e tiveram a dominância do grupo funcional filtrador. Entretanto, foi notável a maior quantidade de predadores invertebrados (Chaoboridae) na lagoa Carioca, principalmente no mesoplâncton (576 e 937 ind/m3, nos períodos de chuva e seca, respectivamente), em relação à lagoa Gambazinho. Nesta última lagoa, não foram registrados predadores de pequeno tamanho, e mesmo entre o mesozooplâncton foram encontrados predadores apenas na campanha de jul/04 e em baixa densidade (165 ind/m3). O gênero Chaoborus foi o principal organismo predador encontrado e sua abundância foi bem mais elevada na lagoa Carioca do que na lagoa Gambazinho. Abaixo , tabela expondo as abundâncias dos lagos estudados nas frações de micro e mesozooplâncton predador e filtrador: DISCUSSÃO As espécies de peixes introduzidas (fig. 3) na lagoa Carioca causaram uma grande expansão do nicho ecológico dos predadores invertebrados, principalmente as larvas de chaoboridade, que passaram a dominar tanto a fração do mesozooplâncton quanto a do microzooplâncton (Fig. 1). Sugerimos a hipótese de que o predador Chaoborus, na lagoa Carioca, teve então aumentadas as suas populações em consequência do “relaxamento das tensões ecológicas” que regulam as suas populações (ausência dos peixes nativos). CONCLUSÃO Pode-se afirmar que a introdução de peixes exóticos causou profundas consequências em todos os níveis da teia alimentar na lagoa Carioca, alterando não só a composição e a estrutura do zooplâncton. REFERÊNCIAS: 1 SANTOS, G. B.; MAIA-BARBOSA, P.M.; VIEIRA, F. e LOPEZ, C. M. : Fish and zooplankton community structrue in reservoir of Souheastern Brazil : Effects of the introduction of exotic predatory fish. 2 SUNAGA, T. e VERANI, J. R.: The fish communities of the lakes in Rio Doce Valley, Northeast Brazil. Verh. Internat. Verein. Limnol. 24, 2563-2566, Stuttgart, September 1991. 3 LATINI, A . O . ; PETRERE Jr., M. : Reduction of a native fish fauna by alien species: na example from Brazilian reshwater tropical lakes, Fisheries Management and Ecology, 2004, 11, 71-79. 5 Brandão, E.C; Braz, S. A . ; Brito, S. L; Menendez, R. M.; Maia-Barbosa, P. M.: Flutuação mensal do zooplâncton dos lagos Carioca, Dom Helvécio e Gambazinho ( Parque Estadual do Rio Doce) / Relatório 2002 PELD, pg. 146.( www.icb.ufmg.br/~peld/ufmg/ ); 9 SANTOS, L.C. dos (1980) Estudos das populações de cladocera em cinco lagos naturais (Parque Estadual do Rio Doce) que se encontram em diferentes estagios de evolução. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de São Carlos, São Paulo.260 pg. 8 MORETO, Evandro Mateus: Diversidade zooplanctônica e variáveis limnológicas das regiões limnética e litorânea de cinco lagoas do Vale do Rio Doce-MG, e suas relações com o entorno _Tese de Mestrado/ São Carlos, 2001; 10 OKANO, W.Y. (1980) Padrão de migração vertical e flutuação sazonal das principais espécies de Copépoda(Crustácea) do lago Dom Helvécio - Parque Florestal do Rio Doce- MG. 162 p. Dissertação de Mestrado - Universidade Federal do São DIVERSIDADE AQUÁTICA NO PARQUE ESTADUAL DO RIO DOCE (MG) : GRUPOS FUNCIONAIS DE ALIMENTAÇÃO NO ZOOPLÂNCTON DAS LAGOAS CARIOCA E GAMBAZINHO. MIRANDA, F. S. ( I )([email protected]); CAMPOS, M. ( I ); MOTA , T. ( I ) ; MARQUES, M.M.; RESCK, R . ( I ); MEDEIROS, A . ( I ) ; PINTO-COELHO, R. ( I ); MAIA-BARBOSA, P. . ( II ) I – Laboratório de Gestão Ambiental, Instituto de Ciências Biológicas / Biologia Geral, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) II – Laboratório de Ecologia do Zooplâncton, Instituto de Ciências Biológicas / Biologia Geral, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Este projeto recebe apoio da FAPEMIG/ FUNDEP convênio 5734 (EDT 1541/2004). G rps taxonôm icos GAMBZ GAMBZ GAMBZ CARI CARI CARI CARI CARI CARI Copepoda 2002 5 Jun/04 Jan/05 1978 10 1980 9 2001-2002 5 2001 8 Jul/04 Jan/05 Mes oc yc lops bras ilianus x Microcyclops anceps x x Notodiaptomus ihering x x Notodiaptomus sp. x x x x T hermoc yc lops minutus x x x x x x x T ropoc yc lops pras inus x C ladocera x A lona gutata x A lona verruc os a x A lona retangula x A lonella nana x A lona quadrata x x B iapertura affinis x B os mina c oregoni x B os minops is deiters i x x x B os mina hagmani x x B os mina tubic en x x C eriodaphnia c ornuta rigaudi x C eriodaphnia c ornuta c ornuta x C eriodaphniaa s ilves trii x C hydorus eurinotus Chydorus pubescens x C hydorus s phaeric us C hidorus sp. x Daphnia ges s neri x Daphnia l aevis x Diaphanos oma birgei x x x Dis paralona sp. E phemeropus barrois i x x Illioc ryptus s pinifer x x x Mac rothrix l atic ornis x x Moina sp. x x S imoc ephalus s errulatus x R otifera A nuraeops is navic ula x B delloidea sp x x B rac hionus angularis x x x B rac hionus c audatus x B rac hionus sp. x B rac hionus bidentata x x B rac hionus falc atus x B rac hionus c alyc iflorus x B rac hionus dolabratus x B rac hionus mirus x B rac hionus patulus x C ollothec a sp x x x C onoc hilus sp x x x x C ephalodella sp. x C onoc hiloide c oenobas is x Dis paralona sp. F ilinia longis eta x x Hexartra sp x x x x Hexartra intermedia x x x K eratella americ ana x x x K eratella c oc hlearis x x K eratella tropic a x x Lecane sp. x Lecane bulla x x x Lecane curvicornis x Lecane leontina x x Lecane luna x Lecane lunaris x Lec ane quadridentata x Mac roc haetus c ollins i x Mac roc haetus longipes x Mytilina sp. x RIQ UEZA DAS LAG O AS G AM BAZINHO e CARIO C A (P E R D )Jul/04 e Jan/05 a) Hoplosternum litoralle Tamboata’b) Pygocentrus nattereri Piranhac) Cichla cf. monoculus “Tucunaré” Fig. 3: Espécies exóticas introduzidas na Lagoa Carioca. Fig.1:Abundâncias de filtradores e predadores na lagoa Carioca (amostras de Jul/04 e Jan/05). Fig.2: Abundâncias de filtradores e predadores na lagoa Gambazinho (amostras de Jul/04 e Jan/05). filtrd. pred. filtrd. pred. filtr. pred. filtrd. pred. m eso Jul/04 m eso Jul/04 m icro Jul/04 m icro Jul/04 m eso Jul/04 m eso Jul/04 micro Jul/04 micro Jul/04 153,4 937,9 22972,2 522,1 1566 164,8 23993,5 0 ind/m 3 ind/m 3 ind/m 3 ind/m 3 ind/m 3 ind/m 3 ind/m 3 ind/m 3 filtr. pred. filtrd. pred. filtrd. pred. filtrd. pred. m eso Jan/05 m eso Jan/05 m icro Jan/05 m icro Jan/05 m eso Jan/05 m eso Jan/05 m icro Jan/05 m icro Jan/05 C oleta(Jan/05) 659,4 576,9 57380,5 226,4 8911 0 74524,8 0 ind/m 3 ind/m 3 ind/m 3 ind/m 3 ind/m 3 ind/m 3 ind/m 3 ind/m 3 Coleta(Jul04) Lagoa C arioca Lagoa G ambazinho Fig.4: A tabela mostra riqueza de espécies dos ambientes estudados ao longo dos anos e espécies presentes nesses lagos. Ptygura Conochilus sp. Lecane sp. Hexarthra sp B. calyciflorus C. cornuta B. hagmanni D. gessneri Notodiaptomus sp. T. minutus adultos e copepoditos Larva de Chaoborus B. mirus Chaoborus (meso) Carioca Gambazinho

Transcript of INTRODUÇÃO Entre os efeitos nocivos causados pela introdução de espécies exóticas em...

Page 1: INTRODUÇÃO Entre os efeitos nocivos causados pela introdução de espécies exóticas em ecossistemas naturais, destaca-se a perda de biodiversidade devido.

INTRODUÇÃO

Entre os efeitos nocivos causados pela introdução de espécies exóticas em ecossistemas naturais, destaca-se a perda de biodiversidade devido à extinção local de espécies nativas. As consequências diretas deste tipo de impacto podem ser observadas através de alterações na estrutura e composição das comunidades mas também nos processos que regem a dinâmica das populações envolvidas(1). Desde a década de 70 vêm sendo registradas mudanças na ictiofauna relacionadas à introdução de tucunaré e piranha na maioria das lagoas do Parque Estadual do Rio Doce(2 e 3). Atualmente, houve a introdução de “tamboatá” (Hoplosternum litoralle). Neste trabalho pretende-se comparar a diversidade funcional da comunidade zooplanctônica em duas lagoas dentro do PERD, sendo uma delas (lagoa Gambazinho), um dos poucos locais onde ainda não há registro de espécies exóticas.

METODOLOGIA

As coletas foram realizadas em julho/2004 e janeiro/2005, caracterizando períodos de seca e chuvas, respectivamente. Foram utilizadas redes de arrasto de 65 (microzooplâncton) e 200 um (macrozooplâncton) de abertura de malha, varrendo-se toda a coluna d’água na zona limnética de cada lagoa.Os organismos foram identificados até o menor nível taxonômico possível e foram agrupados em dois grupos funcionais: filtradores e predadores.

RESULTADOS

Nos dois ambientes, as espécies de pequeno tamanho de corpo foram as mais abundantes e tiveram a dominância do grupo funcional filtrador. Entretanto, foi notável a maior quantidade de predadores invertebrados (Chaoboridae) na lagoa Carioca, principalmente no mesoplâncton (576 e 937 ind/m3, nos períodos de chuva e seca, respectivamente), em relação à lagoa Gambazinho. Nesta última lagoa, não foram registrados predadores de pequeno tamanho, e mesmo entre o mesozooplâncton foram encontrados predadores apenas na campanha de jul/04 e em baixa densidade (165 ind/m3). O gênero Chaoborus foi o principal organismo predador encontrado e sua abundância foi bem mais elevada na lagoa Carioca do que na lagoa Gambazinho. Abaixo , tabela expondo as abundâncias dos lagos estudados nas frações de micro e mesozooplâncton predador e filtrador:

DISCUSSÃO

As espécies de peixes introduzidas (fig. 3) na lagoa Carioca causaram uma grande expansão do nicho ecológico dos predadores invertebrados, principalmente as larvas de chaoboridade, que passaram a dominar tanto a fração do mesozooplâncton quanto a do microzooplâncton (Fig. 1). Sugerimos a hipótese de que o predador Chaoborus, na lagoa Carioca, teve então aumentadas as suas populações em consequência do “relaxamento das tensões ecológicas” que regulam as suas populações (ausência dos peixes nativos).

CONCLUSÃO

Pode-se afirmar que a introdução de peixes exóticos causou profundas consequências em todos os níveis da teia alimentar na lagoa Carioca, alterando não só a composição e a estrutura do zooplâncton.

REFERÊNCIAS:

1 SANTOS, G. B.; MAIA-BARBOSA, P.M.; VIEIRA, F. e LOPEZ, C. M. : Fish and zooplankton community structrue in reservoir of Souheastern Brazil : Effects of the introduction of exotic predatory fish.

2 SUNAGA, T. e VERANI, J. R.: The fish communities of the lakes in Rio Doce Valley, Northeast Brazil. Verh. Internat. Verein. Limnol. 24, 2563-2566, Stuttgart, September 1991.

3 LATINI, A . O . ; PETRERE Jr., M. : Reduction of a native fish fauna by alien species: na example from Brazilian reshwater tropical lakes, Fisheries Management and Ecology, 2004, 11, 71-79.

5Brandão, E.C; Braz, S. A . ; Brito, S. L; Menendez, R. M.; Maia-Barbosa, P. M.: Flutuação mensal do zooplâncton dos lagos Carioca, Dom Helvécio e Gambazinho ( Parque Estadual do Rio Doce) / Relatório 2002 PELD, pg. 146.(www.icb.ufmg.br/~peld/ufmg/);

9SANTOS, L.C. dos (1980) Estudos das populações de cladocera em cinco lagos naturais (Parque Estadual do Rio Doce) que se encontram em diferentes estagios de evolução. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de São Carlos, São Paulo.260 pg.

8MORETO, Evandro Mateus: Diversidade zooplanctônica e variáveis limnológicas das regiões limnética e litorânea de cinco lagoas do Vale do Rio Doce-MG, e suas relações com o entorno _Tese de Mestrado/ São Carlos, 2001;

10 OKANO, W.Y. (1980) Padrão de migração vertical e flutuação sazonal das principais espécies de Copépoda(Crustácea) do lago Dom Helvécio - Parque Florestal do Rio Doce- MG. 162 p. Dissertação de Mestrado - Universidade Federal do São Carlos, São Paulo.

DIVERSIDADE AQUÁTICA NO PARQUE ESTADUAL DO RIO DOCE (MG) : GRUPOS FUNCIONAIS DE ALIMENTAÇÃO NO ZOOPLÂNCTON DAS LAGOAS CARIOCA E GAMBAZINHO.

MIRANDA, F. S. (I)([email protected]); CAMPOS, M. (I); MOTA , T. (I) ; MARQUES, M.M.; RESCK, R . (I); MEDEIROS, A . (I) ; PINTO-COELHO, R. (I); MAIA-BARBOSA, P. . (II)

I – Laboratório de Gestão Ambiental, Instituto de Ciências Biológicas / Biologia Geral, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

II – Laboratório de Ecologia do Zooplâncton, Instituto de Ciências Biológicas / Biologia Geral, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)Este projeto recebe apoio da FAPEMIG/ FUNDEP convênio 5734 (EDT 1541/2004).

Grps taxonômicosGAMBZ GAMBZ GAMBZ CARI CARI CARI CARI CARI CARI

Copepoda 2002 5 Jun/04 Jan/05 1978 10 1980 9 2001-20025 2001 8 Jul/04 Jan/05

Mesocyclops brasilianus x

Microcyclops anceps x x

Notodiaptomus ihering x xNotodiaptomus sp. x x x xThermocyclops minutus x x x x x x xTropocyclops prasinus x

Cladocera xAlona gutata xAlona verrucosa xAlona retangula xAlonella nana xAlona quadrata x xBiapertura affinis xBosmina coregoni xBosminopsis deitersi x x xBosmina hagmani x xBosmina tubicen x xCeriodaphnia cornuta rigaudi xCeriodaphnia cornuta cornuta xCeriodaphniaa silvestrii xChydorus eurinotusChydorus pubescens xChydorus sphaericusChidorus sp. xDaphnia gessneri xDaphnia l aevis xDiaphanosoma birgei x x xDisparalona sp.Ephemeropus barroisi x xIlliocryptus spinifer x x xMacrothrix l aticornis x xMoina sp. x xSimocephalus serrulatus x

RotiferaAnuraeopsis navicula xBdelloidea sp x xBrachionus angularis x x xBrachionus caudatus xBrachionus sp. xBrachionus bidentata x xBrachionus falcatus xBrachionus calyciflorus xBrachionus dolabratus xBrachionus mirus xBrachionus patulus xCollotheca sp x x xConochilus sp x x x xCephalodella sp. xConochiloide coenobasis xDisparalona sp.Filinia longiseta x xHexartra sp x x x xHexartra intermedia x x xKeratella americana x x xKeratella cochlearis x xKeratella tropica x xLecane sp. xLecane bulla x x xLecane curvicornis xLecane leontina x xLecane luna xLecane lunaris xLecane quadridentata xMacrochaetus collinsi xMacrochaetus longipes xMytilina sp. x

RIQUEZA DAS LAGOAS GAMBAZINHO e CARIOCA (PERD) Jul/04 e Jan/05

a) Hoplosternum litoralle

“Tamboata’”

b) Pygocentrus nattereri“Piranha”

c) Cichla cf. monoculus “Tucunaré”

Fig. 3: Espécies exóticas introduzidas na Lagoa Carioca.

Fig.1:Abundâncias de filtradores e predadores na lagoa Carioca (amostras de Jul/04 e Jan/05).

Fig.2: Abundâncias de filtradores e predadores na lagoa Gambazinho (amostras de Jul/04 e Jan/05).

filtrd. pred. filtrd. pred. filtr. pred. filtrd. pred.meso Jul/04 meso Jul/04 micro Jul/04 micro Jul/04 meso Jul/04 meso Jul/04 micro Jul/04 micro Jul/04

153,4 937,9 22972,2 522,1 1566 164,8 23993,5 0

ind/m3 ind/m3 ind/m3 ind/m3 ind/m3 ind/m3 ind/m3 ind/m3

filtr. pred. filtrd. pred. filtrd. pred. filtrd. pred.meso Jan/05meso Jan/05micro Jan/05micro Jan/05 meso Jan/05 meso Jan/05 micro Jan/05 micro Jan/05

Coleta(Jan/05) 659,4 576,9 57380,5 226,4 8911 0 74524,8 0

ind/m3 ind/m3 ind/m3 ind/m3 ind/m3 ind/m3 ind/m3 ind/m3

Coleta(Jul04)

Lagoa Carioca Lagoa Gambazinho

Fig.4: A tabela mostra riqueza de espécies dos ambientes estudados ao longo dos anos e espécies presentes nesses lagos.

Ptygura

Conochilus sp.

Lecane sp.

Hexarthra sp

B. calyciflorus

C. cornuta

B. hagmanni

D. gessneri

Notodiaptomus sp. T. minutus adultos e copepoditos Larva de Chaoborus

B. mirus

Chaoborus(meso)

Carioca

Gambazinho