Introdução ao Estudo do Método de Marx - Netto

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    DITORA EXPRESSAO I>()PULARRw Ab oI ~o. 20 1 8da VimCEI0I319010-5a.tlI,l.lIo-SPfonet;:(l1)310S9S00/3S227SI6/406J-41S9.F.ax:(11)311209.f1U ~ r: " t. @ I< " f' r . .. \ : w po p ul . . . c om . bt1OIWW.a;p :SUOpOpw r . rom,b r

    .I"IIITRODU(:.i.OAOESTUDO

    JOSE PAULO NETTO

    S u m a r i o

    lntroducdc ... .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. 9lnterpretacoes equivocadas 11ometoda de Marx: uma longaelaboracao tcorica.. , , , 16Teena, metoda e pcsquisa.,.. .. 19As f ormulacocs t eo ri co -me todo logi ca s . , 28o metoda de Marx 51

    r IntroducacA q l les l ii o do mhodo e ur n des problemas centrals(e mais pclemicos) da teoria social- dernonstra-oc csforco des dassicos das ciencias sociais: nfio foiper acasc que Durkheim (1975)sc arevc a constru-y30 de urn rnetodo para a sociologia e que Weber(199~ 2000).alem de seocupar da ccnceptualizacacdas carcgorias sociologicas, escrevcu largamentesabre mctodclogia. Por isso mesmo, rode aproxl-ma,ao secra a tai s dencias implica um ostorco dec1arificar;aometodologica (Fernandes, 1980). Enaoe casual que sempre que elas rcnham side objctode questionarnento, 0 debate metodologicc esteveem primeiro plano - ass im ocorreu, por exemplo,quendose tomou visfvel,nos enos 1960-1970,a crlsed a s oc lo lo gi a e ca de mi ca (Gouldner, 2000; Morin,2005 e Giddens, 1978),e assim voltou a verificar-sequando, jii aprofundada e s ta c r ts e, as c ienc ias socialsdesenvolveram explicitamente a d ts cu ss ao s ob re o s"paradigmas" (Santos. 1989,1995 e 2000).

    A questdo do metoda - que tambem e pole-mica nas ciencias que tern per objeto a natureza(Popper, 1980; Geymonat, 1984-1985; Peyerabend,]990, 2007}-apresenta-se tanto mais problematicaq ua nt o m at s e st a c on ec ra da a s up os to s de natureza

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    flloscflca. Defaro,ngo se pode analisar a metodolo-gtodurkheimiana sem considcrar scu cnraizamentopositlvista, bern como nac sepode debater a "sodo-logia cornprcensiva" de Webe r sem levar em contao neokantismo que consritul urn de seus suportes.

    Tambern no que toea a t eoria social de Marx aqucstao do metoda sc npresenta como lim no deproblemas. E ,neste caso, problemas que n50 sodevem npcnus a razoes de natureza tc6rica c/oufit0s6fica: devem-se lgualmente a rnzoes ideopo-Htlcas- na medida em que a teoria social de Marxvincula-so a urn projeto revoludonario, a analise ea critica da sua conccpcsc reorlco-metodologlca (cnao s6) estiverarn sempre condicionadas as reecsesque lollprojctc dcspertou e continua dcspertando.Durante 0 secu lo XX, nas chamadas "sociedadcsdcmocrdncas", ninguem t eve seus dirci tos clvisou pol uicos l im it ados par s er durkhe im iano ouwcbcriano - mas milhares de homens e mulheres,cientistas soctais ou nfio,foram pcrseguidos, presos,rorturados, desterrados e ale mesmo assassinadospor serem marxistas.Esta referenda ideopolftica nao scrd temattzadaneste brevfssimo texto introdutcrio, elaborado es-pccificarnente para estudantes que se iniciam nesCienclas Socials e trabalhadores e militantes socialsI . InI tOd~(a a ~o e s ruee dO . .hOGO U ", ..

    cles tanto os proprios seguidores de Marx quantoseus adversaries e det ratores. Uns e out ros, porrazoes diferentcs, contribuiram dccisivamcntc paradesfigurar 0 pcnsamento marxiano.

    No campo marxista, as deformacoes tivcramporbase as influencias positivistas, dominantcs naseleborecoes des principais pensedores (Plckhanov,Kautsky) da Scgunda Internncional, org'lIliuu;aosocialtsta Iundada em 188ge de grande Importdnciaat~ 1914. Essas influencies nao foram superadas >outcs se vtram cgtuvadas, inclusive com incidcnciasneoposltlvistas - no dcscrwolvimcntc ideclogtcoulterior da 'lcrccira lnternacional (organiZclo:;aoo-munista que cxistiu entre 1919e 1943),culminandona ideologia stallnlsta. Deles resultou uma repre-scnla~ao simplista da obra marxiane: uma especiede saber total , art iculado sobre uma tecria geraldo ser (0 n u ue r ia l is m c d ia / Ct ic o ) e sua espccificacdoem face da sociedade (0 materia l iemo hist6rico).Sobre csta base surgiu farta literatura rnanualesca,apresentando 0 mctodc de Marx COmoresumivelnos "princfpios fundamentals" do materialismodialetlco e do materialismo histonco, sendo a l6gicadialetica "aplicdvel" indiferentemente a natureza ca socicdadc, bastando 0conhecimento das suas leis(ascelebres "leisda dialetica") para asseguraro born

    ja advcrtira contra esse deformacao: recordando queMarx e eresustentavarn tao somente a tese segundo;J qual a p ro dl l a e a r cp ro dl l O d a o i da r ea l a p en as e mI t f t ima i l l s tl i l lda dererminavem a historia, observave:

    Nem Marx no!l'Ileu jamais afumamos mais que lsro. Sealgucm0 rergivcrsa,azendodo fatorecoosrruco0 ' inict l~lerminanle,coO\'erteesta tese numa frasc \3Zii\ abstmt....ilbsurd.1..U.iDnf-Engt'ls,Gp. af" p.103-104}.Tal concepc;ao reducionista, que nada tem a

    ver com 0pensame:nto de Marx, e compartilhadatambCm por mui los dos adversarios leori ros deMarx, Weber, por exemplo, criticou, na "'conce~.1omaterialista da historia", as explica~Oes"'monocau-salistas" dos processos sodais, isto e , explicaCSque pre tend iam esc lar ece r tudo a part ir de umaunica causa (ouNfator");a critica e procedente sc re-lacionada" teorias efetivamenle "monocausalistas"',mas e intciramente inepta sc rcferida a Marx, Ulnavezquc, como rcah:;ouum de sellS maisqualiflcadoscstudiosos, li e 0ponlo devista da total idadc e n5.oa predominancia das causas economicas na expli-cao:;5.oa hist6ria que distingue de forma decisiva 0marxismo da ciencia burguesa" (Lukacs, 1974,p.14).

    Atualmente, no diversificado e heterogencocampo dos adversarios (e mesmo det ralores) de

    interessados naccmpreensac rigorosa dolsccededeem que vtvemos (donde, inclusive, 0caniter da bi-bliografia, citada apenas em idiomas conhccidos).Mas e precise levar tal referenda scrnprc em ccnta,porque uma parcela considcravel das polemicasem to rno do pensamento de Marx part e tant o demouvaczes cientfficas quanta de recusas ideologt-cas - efinal, Marx nunca foiurn obedicnte servidordo ordcm burguesa: foi urn pensador que colocou.nasua vida e nasua obra, a pesquisa da vcrdadc aservice dos trabalhadores e da revolucso socialista.Interpretacoes equivccadaso estudo da concepcao teorico-mctodclogicade Marx apresenta imimeres dificuldadcs - desdeas der ivadas da sua propr ia cornplexidade ale asque sc devem aos t ratamentos equivocados a queobra marxiana foisubmetida. Antes de tangenciaras dlficuldades especfficas do tcma. cabe mencionarrapidamcnte alguns equfvocos que decorrcm daslnterpretacoes que deformaram, adulteraram c/oufalsificaram a concepcao te6rico-metodol6gica deMarx.Pamdoxalrnente, quando sc analisarn os cqul-voces e as adulteracces cxistentes acerca destaconccpcao, venfica-se que Iomm responsriveis por

    andamento des pesquisas. Assim, 0 conhecimentoda realldadc nao demandaria os semprc drduosesrorcos invesngattvos, substitufdos pela simples'uplicardo" do mdtodo de Marx . que have rt a de"solucionar" todos os problemas: uma analise "eco-nomica" da sociedade fomeceria a "exphcacdo" dosistema polfttco, das formas culturais etc. Sc, numtexto celebre dos anos 1960, Sartrc (1979) ironizevaos resultados obtldos desta manetra, ja multo antes,numa cart e de5 de agostc de 1890, Engels prates-lava contra. prccedimentos dcstc genera, insistindoem que a

    Mo~a nessa [de Marx e dele] ccnccccsc da histOria~, so-brrlut io, 111I l8l1ioam ot 'StuJo [ .. m'C.-s&friovoilnral!Sludar-tp({ll II l , is t6 r ia , dn ;onn a a mm a r- Sl ' e m l od o s ' " d l '/ a lh f S a sro"di f&s t i t ' I " : ( i s t tnoa das d i t 't 'TSGSon l1a, l i rs soc im! . l!JltlSde procurar deduzlr detas as tdctcs poJit icas, jurfd ic il s.l ' S t c ti c a s, f i l 0 s6 f i c a s. religiosas e t c . q ue lhesco r r e spon dem .(Marx-Engels. 2010,p. 107; it.ilicM naoorisinaijamentc a inconsistencia dessacrltica (Meszaros, 1993, p. 198202; Wood, 2006,p. 129154; Boron el alii, 2007, p. 43-47); recente-

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    mente, contudo, cia fci retomada por urn teoricopos-moderno de grande influencia no Brasil(Santos,1995, p. 36-38, 243),a que dediquci uma nota critica( Ne tt o, 2 00 4 , p. 2 2 3 e s s. ).

    Praticamente todas essas interpretacoes equi-vocadas podem sc r superedns - supondo-s e u rnle ite r s cm pr econce ito s - tom 0 recu rso a fon te sque operam uma anali se dgorosa e quall ficeda dao b ra r n ar x ia n a como, por exemplo, os diferenciadosestudos de Rosdolsky (2001),Dal Pra(1971),Lukacs(1979),Dussel (1985), Bensaid (1999,tercelra parte)c M es za ro s ( 20 09 , cap. 8).

    Ent re tanto, e a recorrencia a os p ro pr io s t ex ro sde Marx (e,evenrualmente, de Marxe Engels) quepropicia 0material indlspensevel e adequado parao conhecimento do metoda que ele descobriu parao cstudo da sodedadc burguesa.ometoda de Marx: uma longa elaboradio tee-leaSabe-se que Marx (1818-1883) inicia efetiva-mente sua trajetoria teodca em 1841,a0523 enos, aoreceber 0 titulo de doutor em Filosofia pela Univer-sidade de [ena. Mas e entre 1843 e 1844, quando scconfronta polemicamente com a fllosofia de Hegel,sob a I n f lu e nc ia materiallsta de Feuerbach, que elecomcco a reveler 0 seu perfil de pensador original

    rcalizado a partir do Rcnascimcnto e da I fus t racao.Com efetto, a est ruturacdo da teoria rnarxianasocorreu-se especial mente de tres linhas-de-forcado pensarncnto modcrno. a filosofia ale rna, a eco-nomia politica inglesa e osocialisrno frances (Lenin,1977. p. 4~27c 35~39).Name palavra: Marx nao fezttfbu/a mSl l do conhecimento exlstente, mas partiucriricamente dele.

    Cabe insistir na perspective critica de Marx emfaceda hcranca cul tural de que era legarar io. N50se t rata , como pede pareccr a uma visdo vulgar de"critica" de se posicionar frente ao conhecimentoexistente para recusa-lo ou, na melhor das hipctc-ses , disringui r nele a "bern" do "mal", Em Marx.a crfnca do conhecimento acumulado consiste emtrazer ao exame racional, tornando-os conscientes,OS se ll s jlflldtm/{!1Itos, as sells conti idol lamcl l tos e osseus l im it es - aomesmo tempo emque se f az a ve-rifica\aod05 contcudos dcsse conhecimento a partirdes proccssos hist6ricos rea is . J: : a ssi m q ue ele t ta ta af il o s of ia d e Hegel, os economlstas politicos inglcscs(especialmente Smith e Ricardo) c ossocialistas queo preccderam (Owen, Fourier et alii).

    Avancando criticamente a partir do conhecimentoa cu mu la do , M ar xe mp re en de u a analise da soc iedadeburguesa, com 0 objetivo dedescobrir a S~1aesrrutura

    aclme, e mesmc anrectpando algo doconteddo destetexro de 1857, c prcciso csclarecer 0significado quetearia tern para Marx.

    Para ele, a t e o r ia Ha O s e r e du z ao exame sisteman-codas formasdedas de um objeto, com0pesquisadord es cr ev en d o- o d et el ha da m en te c c o n st ru in do m o de -l os e xp ll ca d vo s p a ra dar' c on ta - a b a se d e h ip ot es esque apontarn para retaczes de causa/efeito - de seumovimentc visivel, tal como occrre nos procedi-mentes de tradi

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    para existir. 0objetivo do pcsquisedor; indo alemd a a p ar en ci a f en o me ni ca , lmedlata e empfrlca=poronde necessariamente se inicia 0 conhecimento,s en d o e ss e a p ar cn ci a urn n fv el d a realidade e, per-tanto, alga impcrtante e nao descartevel-, e apreen-der a essellcia (ou seja: a est rutura e a dindmica)do objeto. Numa palevm: 0 metoda de pesquiso qu eprapicia 0 connec imen io t e6 ri c o , pa r li ll do da aparenc ia.v is a a ic an ca r a e ss i! fl ci a d o o bj et oZ . Alcancando a es-sencia do objeto, isto e: ca ptu ra nd c a sua estrururae dinamica. por meio de procedirnentos analfticose operando a sua sfntese, 0pesqulsedor a reproduzno plano do pensamento, mediante a pesquisa,viabiliaada pelo metodo, a pesquisador reproduz,no plano ideal a csscncia do objeto que Investigou.o objero da pesquisa tern, Insista-se, uma exis-tencia objct iva. que independc da consdencia dopesquisedor. Mas 0 objeto de Marx Iii a sociedade

    T~"" n.(VfI\(IpaFllIOp ICm;. , ( ~ . .. .d o ( , p rimOrd i; >~ r o m . . .e-Uo, 1 ( 1 ( 1 : , ~ACiIlk 'rb '"!'Ib"J1u: .S(: .fOlm:ldemanTflSl~lulaap.l rend.al . . .ae;silnci .ada5coisasroIndditiem 1~latnC!IIl"" (M;ux. 1974l>, P. 939). mail; aiml.l OA Jlt n:ladesd~hlic:ik.

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    - descobrir esta logica consiste em reproduzir ideal-mente (teortcamente) a cstrutura e a dindmka des teo b je to , C l ap id ar a c on cl us ao l en in ea na : "I... Marxnao d ei xo u u r na LOgica , deixou a 1 6g ica d -0 capital"(Lenin, 1989 , p. 284) .As formulacoes teortco-metodolcgtcasSublinhei, h a pouco, que 0 metoda de Marxn50 resulte de operacoes repentinas, de intutcocsgeniais ou de Inspiracoes iluminadas. Antes, e 0produto de u m e l on g a claboracao teorico-c ient f f ic a ,amadurec ida no curso de s uoe ss i v e s aprox imacoc sa o s eu o bje to . Vejamos, mul t o e s quema t i c arne n t e,os principais passes dessa elaboraceo.E no segundo t er ce d es a no s 1840 que sc cncon-tram as fonuulacocs tcorico-metodologtcas iniciaisde Marx. Densas reflexoes materialistas-cdevidas ai nf lu en ci a d e F eu er ba ch - ja s u rg em. n l ti d as , numacrfttca a f i losof ia do direi to de Hegel , redig ida emdczcmbrodc 1843/janciro de1844 e logo publicada",f: espedalrnente nocurse de 1844. quando comeca

    T ra~~ e l " . . .k) Cttlr('JJ Jllf ikrtof ill dodMI", ft Hfgt t. ImmJ,,(,do. quenlo & e v . . - s_'I r on fund ido rom 0man us ai lo d .. ll W3 , r on he dd o r omoCn/G d.lfi~1I ill! dlmO lit Hl).,'f i , Mt1ll? d ad o : -iv i l corresponde urn detcrrninado{'Sladepolitico. quen.io cmnis que a exprcss.\o oficialdOl50-dcd3de civil. t . . . J EsuperflllOam.'SCI.:nt.lrque05 !lumens l1aos30lrvl'CSpara cstoIhcr as suasfixr;asprod!lmoas- basede todaa~'UahisiOria-, poistooa fo,,;) prooutiva e uma foo;aadqui-r ida , produto de ulna atividadto anterior. PorlanlO, as for"asPJ()dut iV

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    j< i a dq ui ri da s, p el c f or m a s oc ia l a nt er io r, q ue n a o f oi c ri ad ap or d e s c ~ p r od u to d a g c r. t\ .' io p re c co e nt c, 0 s im p l es f at ed e c a da g c ~a o p os te ri or d cp ar a r- se c om f Ol \i lS p ro du tf va sadqulndas pcla gcr~50 preccdcntc I...erie na hisloria dosh cm c us u m a o on cx .; o. e ta u m a h is t6 ri a d a h u m an id ad e l .. . J.As : , 1 ,135 \105 h cmens ] r e la !, 'Oes materials formam a b a se d et od a s a s s e es ~I~ ( id., p.2-15) .EM ar xa v< ln ~a a i nd ic ac ao qu e, n os a no ss eg ui n-tcs, fundarnenterd persuasivamente:1. .1Os homcns, 00 dcscnvolvcrcm as seas facutdadcsp rc du ti va s. I st c C , v i v en do , d cs en v ol vc m c cr tn s n !l a~ Ot .~entre s i, e 1 .. . 1 0 m od o d cs ra s r el :u ;6 es m ud a necessaria-mente com a rnodifica~50 e 0 dcscnvolvlmcnto daquclasf a cu l da d es p r od u uv a s (M., p.1.')(I).' lodes estas idelas comparcccm na M istria d o

    ftlosoftn e sao basilares para a compreensao do me-todo de Marx.Observem-se duas passagcllS do livre:

    As r c l ol l ;5 c s s o c m i s e es e i nt lm am en te l ig ll da s 3S lo t \. lsprodurivas. Adquirindo 1\0 \' a5 fo~as produtlvas, cshomens t ransformam 0 seu modo de produo;ao e, eot ransform.i-Io , altemndc a manetra de ganhar a sua vida,eles rrensrormam todas as suas rela~6es socia ls . 0 mol-nho mo....do pelo braco humane nos da a soclcdedc como scscrancc 0moinho a v~por da-nos a socjcdadc com ocapitalista industrial (Id" p. 125).

    rcvolurao de 1848 -, viio adquirir urn significadoainda malor no perfodo que se inicia com 0 exi licde Marx em Londres (1850). Espccialmente a partirde 1852, ele sodedtca obsessivamente ao estudo das cc ie da de b ur gu cs a: a na li se d oc um en ta ca o h ts tc -rica, percorre praticamente toda a bibliografia japroduzida da cconomia poutica, acompanha osde-serwolvtmenros da econornta mundtal, levaem COIl-te os nvancos cicntfftcos que rcbatcrn na industriae nas comunicacocs e considera as manifcstacocsdas classes fundamentals (burguesia e proletartado)em faceda atualidade. vivendo em Londres, entaocapital do pais capital is ta mais dcsenvolvldo, deum imperio de d lm cn so es m u nd ia ls . s ed c do maiorcentro financeiro (a Cily), tendo a sua disposicao aimprcnsa ruais informada da economia c a maiscomplete biblicteca de epoca (ado British Museum),Marxpode enfim determiner prcclsamentc, em suaplena rnaturidndc, 0 seu objeto de estudo c 0 sellm et od o d e i nv es tl ga ca o . E , p ets . a c fi rn d e q ua se15 anos de pcsquisa que ele cscreve, ent re agostoe setembro de 1857,a celebre "Jnrrodccso'; onde asua concepcao teorlco-metodologlca surge niHdas.Nest~..nOlI "b'll Inl~ p"dgr.of~ .. n. . .. f~rd .1 ~mbMo i \, ;pigjJw don8.p.20l)

    a l er n d e sua o rg a ni za c dc e c on o m lc a - das sua s insti-rulcacs soctats e polfticase de culture). Para claborara rcproduciio ideal (ateoric) do sell ob ie to real (quec a s oc tc da de b ur gu es a) , M a rx d es co br lu que 0pro -c c d im en t o f l ll / da n l e e a a mf li se d o m od o pefo q ua l n ei e s ep r o d l l Z n r io u ez a m o te r ia t.A q uc st ao d a r lq ue za material - ou, mais exata-mente, das c O l1 d i e s m a te r ;n is d a v i da sociaJ-, porcm.nao envolve npenas a prodw;ao, mas artic.ula aindaa distribui~30, a troca (ea circula.:;ao,que e "a trocaconsidcrada em sua lotalidade") e 0consumo. Porque, ct1tao, come

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    pcssam sere ejcroentc predornlnentc, comprcendc - s c porsi mcsmo. 0 mcsmo acontece com Oldistribuiv'io I . .. 1 .UruaIformale te mn na da d a p nx Iu ~3 Q d et er mi na , pols, Iformasldetermtnadas doconsume, dadistribuil;ao,dn troca assuncomo flJn~ nrl i ' rml lrndas r i t 't 'S difort:lltt'S f ot on l i r ll tn~ .Uma teoria social da sociedade burguesa. per-tanto, ttJII que possuir como fundamento a analise

    tecrica da producdo das condtcoes materia is devida social. Esteponto de partida nao expressa urn[uizc cu uma preferencia pcssoais do pcsquisador:ele e urna exigencia que dcccrrc do proprio objetode pcsqu is a - sua e st ru tu ra e d in fimi ca 56scr dorcproduzidas com veracldadc no plano ideal a par-tirdesse fundamcnto; 0pesqulsador s o sera flelaoobjerc sc atcndcr a tal Impcratlvo (6cvidcntc que 0pcsquisador e livre para cncontrar e explorar outrasvias de a ce ss o a c o bi ct o que e a s oc ie da de e p ed e,inclusive, chegar a resultados interessantcs, entre-tanto, tais resultados nunca pcrmitirao articularuma teoria socialque deconta dos nivcis decistvos eda dina mica fundamental da sociedade burgucsa)'"... ~1IQll(l,~fk.m1Ol1( nrl\(lS(LbSi0.05~d.lsdCnciilSsod.lis,dc

    l >U r kh o :: i m c \Nebel. N . .. 5 U3 :S o br M, e nr on tr ou n- 5l > a n. ll lS < !S . .. prop~categoriascnronlril-5Ccmluliks(I970,

    c;\p.l!te197'l,p.71171J,

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    Ora, 0objcrivo da pesquisa marxinna 15,xprcs~sarnente, conhecer "as caregones que constituema articulaciio interne da sociedadc burguesa", Eoque sao "categories", des quais Marx cita iruirneras(trabalho, valor, capital etc.)? As categortas. dizele, "exprimem [... 1 forrnas de modo de ser, deter-mlnacoes de cxtsrencra, frequentemente aspectosi solados de l um a] s oc ie da de d et er mi na da " = ou seja:elas saoobjettvas, reais (pertencem a ordcm do S!com maior()u menorrapid(!~Morx , 1982,p.25).

    o metoda de Marxo l ei tor que nos acompanhou ate aqui estaratalvcz preocupado e,com certeza,. nao Ihe reduz apreocupa~o a epfgrafe que, com baslante cuidado,escolhemos para encimar este texto - "todo comC\oe dificil em qualquer ci&ncia"-, extraida exv.lamenteJnapital (Marx, 1968, p.4). E que nao Iheoferece-

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    mos,em nome deMarx, urn conjunto deregras paraoricntar a pcsquisa: rarubem nao colocamos a suad is po si cn o u rn r ol de dc f inicoes para di r ig i r a Inves-t ig a~ a o. N cs ta s p cu ca s p ag in as , e pe na s s um a ri am o s- e de forma ruuitc esquernatica: sO apresentamos//Ilia nota introdutona a problcmdtica rnctodologicade M arx - as p r i nc i pa l s a p r ox i m ac o es marxianas aquestao do metoda de pcsquisa. E dcvcmos justificara s r aa oe s d cs te p r oc ed im en tc .

    Nao ofe rcccmos ao leiter tim conjunto de regrasporque, para Marx, 0metodo nao e urn conjunto deregras fo rm als q ue se 'u ph cem " a IIm o b je t o que foirecortado para lima Irwestlgacao deterrninada nem,menos ainda, urn conjunto de regras que 0 scjeitoque pesqulsa escolhe, conforme a sua vontadc,para "enquadrar" 0seu objeto de Inves t igacao. Re-c or dc mo s a passa.gem de Lenin que c i tamos: Marxn50 nos entregou uma logica , deu-nos a l6gica d'Ocapita l . Isto qucr dizer que Marx nao nos apresen-lou 0 que "pcnsava" sob re a cap ita l, a part ir deurn sistema de categories prcviamcnre elaboradase ordenades conforme operacoes intelectivas: cle(nos) descobr tu a est rutura e a dlnfimica reois docapital; niic the "atribuiu" au "imputou" uma l6gi-ca: cxtraiu da eferividade do rnovirnento do capitala sua (propria, I rnanente) l 6g ic a - numa palavra,

    rnais simples" vao sendo carregades das re tacoes edas di rnensoes que objetivamente possliem e d e vemadquirir para reproduzir (no plano do pensamen-to) as multiples determinacoes que constituern 0concreto real.

    Mas, sobretudo, procedemos aqui com 0 cui-dado de manter a i ll di ss oc it fv el t :' Or lt 'X ao q ue e xi st ee m M arx e ufre e 1abo mriio te oric a e jo mlula(ao m ?fo -dol6gica. Os pressupostos desenvolvidos ao longodos anos 1840 encemlnham elaboracces tedricasque sao refundidas, revisadas, aprofundadas e t c .no trato do material historico-social e que rebetemnas propostas metcdotogtcas, as estudos d05 anos1850, orient ados pelas formulacoes metodologl-cas ja ulcancadas, promovem avances tecricos eestes redimensionam exigencies metodologicas.A formulecao da "tntrcdccso" de 1857 e , vista noproce sso do pensamen to de Marx , u rn pon to dechcgada c u rn pon te de part ida. E urn pon te dechegadn, na medida em que resul ta de todoo t ratoteorico anterior e, pais, contem uma adeqoecac daposicao (perspective) do pesquisador as edgenciasdo objeto; c urn ponte de partide, porque assmaleurnnovo tratarnento do objeto- que valcompart?Cernos f )( 'm e tl ta s [ un dr un eu ta is p am a c ri ti ca d a e c: on om iapolitica. Rll$Cu/lhos. 1857-1858.Este novo tratamento

    nas elaboracoes de e postertores a 1857 (ainda quelastrcadas em sua produoio anterior). Trara-se descategorias de to ta l idadc , de c o ll tr a di (f lo e de mcdiarao(Marcuse, 1969;Lukacs, 1970,1974e 1979e Barata-Moura, 1977).Para Marx, a sociedade burguesa e uma to ta-l idade col/crefa. Nee e urn " todo" const ituldo por"p

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    uma toralidade ; II di fe r el lc ia d a - e a indiferenciacaccancela ria 0 carater do concreto, ja determinadocomo "unidade do diverse?".Articulando cstas tres categories nucleates - a

    t ot al ld a de , a contredicao e a mediacao -, M a r x d es -c ob ri u a p er sp ec ti ve m et od ol og tc a q ue the propiciouc c r gu im e n m d o s e u e d l ff ci o t eo r ic o . Aonos oferecero exaustivc estudc da "prcducac burguesa", elenOSlegou a base necessaria, lndispensavel, para ateorla social. Sc, em iruimeros passos do conjuntoda sua obra, Marx foi mui to alem daquele esrudo,

    .. 0 ~~l quo: m e1 l' wr ~ ~r ~' co :u ~ w nC q> \'; '; ' " " l ob li d. .d~ " " obGm:lrxian'foII..o.t)I.aI$.Do!poi$dccriTk~rD~lodeIOO1lidadel.ucomo IIpens.!; a r t Jo s o{, abwgu{Sa ( b ;! m r o mo a s u a iJdullcr.1~io pclor35lismo),cle-esrnl!;"A\l r&do:iratotlli.:iMIe,alotalir ~: Im Uru ! 1 r. uu. qua.nto05C\le>.1J..-mop(l!>to.,,~led~etA$U"f'K'8"I,1(>,qu(1f! ''lI~(r.lj;II1o:nt~oeJop9c~loruyJ.hsocl.al(I"PaII:in.-;oo.(Jq;..Il5. Buenos A ir es J S , P a ul o- ClacsolExprClisiioPopular,200i .

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