Introdução à Manufatura Mecânica
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ESCOLA POLITÉCNICA
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
PMR 2202
INTRODUÇÃO À MANUFATURA MECÂNICA
Projeto 1
Caracterização Mecânica de Material
Ensaio de Tração Professor Ricardo Cury Ibrahim
Data: 19/09/06
Turma 01 Grupo C
Integrantes Nº USP
Deborah Okuno 5434664 Filipe Batista 5437080
Gabriel Madureira 5434650 Laís Paixão 5437072
Raphael Brito 5177998 Nome de Guerra: IFIFI
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Índice
1. Introdução ............................................................................................................... 3
2. Objetivos ................................................................................................................. 3
3. Metodologia ............................................................................................................ 4
3.1. Preparação do corpo de prova ................................................................... 4
3.2. Metodologia de Ensaio ................................................................................. 5
3.3. Propriedades a serem obtidas do ensaio de tração ............................... 6
3.3.1. Módulo de Elasticidade (E) .................................................................. 6
3.3.2. Limite de Escoamento (σe) ................................................................... 7
3.3.3. Limite de Resistência Mecânica (σu) .................................................. 7
3.3.4. Limite de Ruptura (σr) ........................................................................... 7
3.3.5. Módulo de Tenacidade (UT ) ................................................................. 7
3.3.6. Módulo de Resiliência (UR) ................................................................... 8
3.3.7. Alongamento Total (A) .......................................................................... 8
3.3.8. Estricção () ............................................................................................ 8
3.3.9. Curva Verdadeira ................................................................................... 8
3.3.10. Coeficiente da Curva Verdadeira .................................................... 9
4. Resultados .............................................................................................................. 9
4.1. Tabela de Medidas Experimentais ............................................................. 9
4.2. Gráficos Experimentais .............................................................................. 10
4.3. Gráficos de Resultados .............................................................................. 11
4.3.1. Limite de Escoamento (σe) ................................................................. 12
4.3.2. Limite de Resistência Mecânica (σu) ................................................ 13
4.3.3. Limite de Ruptura (σr) ......................................................................... 14
4.3.4. Módulo de Tenacidade (Ut)................................................................. 14
4.3.5. Módulo de Resiliência (Ur) ................................................................. 15
4.3.6. Alongamento Total .............................................................................. 16
4.3.8. Curva Verdadeira ................................................................................. 16
4.3.9. Coeficientes da Curva Verdadeira .................................................... 17
5. Comentários e Conclusões ............................................................................... 18
6. Referências Bibliográficas ................................................................................ 20
3
1. Introdução
O ensaio de tração foi realizado com uma chapa de aço 1020 a qual foi
recebida pelo grupo na primeira aula. Essa chapa foi usinada de acordo com as
normas para preparação de um corpo de prova. Então foi feito um ensaio de
tração em que plotamos um gráfico de força por alongamento. A partir desse
gráfico iremos obter algumas propriedades mecânicas como o módulo de
elasticidade, limite de escoamento, limite de resistência mecânica, limite de
ruptura, módulo de elasticidade, módulo de resiliência, alongamento total,
estricção e determinação dos coeficientes da curva verdadeira.
Na realização do ensaio deve-se seguir as normas adequadas ao
procedimento e usinagem das dimensões do corpo de prova. Isso é necessário
para que os valores possam ser usados de forma comparativa e para que seja
garantida segurança em um futuro uso do material.
2. Objetivos
Como objetivo do projeto tem-se a obtenção de valores específicos do
material utilizado e a comparação desses com valores teóricos. Além disso,
também visa o aprendizado e familiarização com as medidas e equipamentos
empregados durante o ensaio.
Pode-se aplicar na prática os conceitos aprendidos previamente nas aulas
teóricas das disciplinas PMR 2202 (Introdução à Manufatura Mecânica) e PMT
2201 (Introdução a Ciência dos Materiais).
O relatório é uma forma de expor todos os procedimentos, análises e
resultados obtidos com o ensaio.
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3. Metodologia
3.1. Preparação do corpo de prova
Recebemos uma chapa de aço 1020 e a partir da norma ASTM E 8M-90a
preparamos o corpo de prova primeiramente cortando um pedaço retangular de
aproximadamente 20 mm de largura da chapa na guilhotina. Em seguida, utilizou-
se a fresadora (de 25 mm originando um raio de 12,5 mm e com rotação de 600
rpm) para dar o formato do raio de concordância ao corpo de prova. Para retirar as
rebarbas usou-se a lima. E depois medimos o corpo de prova com auxílio do
paquímetro para utilizarmos em cálculos futuros. Além disso, na parte útil do corpo
de prova foram feitas marcas de 2 em 2 mm para futura medição após o ensaio.
Abaixo representamos como deveria ser o corpo de prova segundo as
normas, no entanto por falta de equipamentos adequados nem todos os valores
foram obtidos dentro da precisão especificada pela norma, apesar disso, por
sabermos que é uma atividade de cunho didático e pelas limitações do laboratório,
aceitamos a utilização desse corpo de prova e do ensaio.
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3.2. Metodologia de Ensaio
No ensaio de tração utilizou-se uma máquina hidráulica (representada
abaixo), chamada máquina universal, um relógio, e um ploter. A máquina possui
um conjunto que possibilita a aplicação de uma carga variável e de mecanismos
para afixar o corpo de prova. O relógio comparador, o qual é dotado de uma
escala de 0.01 mm, é empregado para medir os valores instantâneos de
alongamento da peça. Tais valores serão utilizados para determinar o módulo de
elasticidade.
Antes de realizar o ensaio deve-se plotar uma escala de calibração dos
eixos x e y da folha de papel milimetrado. Para marcar o eixo x deslocou-se o
alongamento da máquina de 5 em 5 mm e observou-se quanto essa variação
correspondia no papel, já no eixo y a variação foi de 100 em 100 kgf na força.
No inicio do ensaio devido ao tamanho (menor do que o especificado em
norma) das garras cortou-se um pedaço da cabeça do corpo de prova, depois
prendeu-se a cabeça do corpo de prova na máquina por suas extremidades,
aplicou-se uma pré-carga de 20 kgf (para dar uma pequena tensão ao corpo de
prova) e zerou-se o medidor. Após isso, acoplou-se o relógio comparador na
regição central do corpo de prova e mediu-se um L0 igual a 50 mm. Então ligou-se
o equipamento que exerceu esforços axiais crescentes de 40 em 40 kgf até 160
kgf, provocando um alongamento elástico da parte útil do corpo de prova
observado por meio da leitura do medidor do relógio. Aos poucos retirou-se a
carga aplicada até o zero de referencia(pré-carga). Tiramos o relógio e então
aplicamos carga de uma maneira constante até o rompimento do corpo de prova.
Na máquina de ensaio de tração há dois sensores, um que mede a força aplicada
em kgf, e outro, no topo que mede o alongamento da peça. Ambos os sensores
estão ligados ao ploter, que registrará os dados num papel milimetrado.
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3.3. Propriedades a serem obtidas do ensaio de tração
Após realizarmos o ensaio utilizamos as medidas e o gráfico para
determinarmos as propriedades mecânicas do material, são elas:
3.3.1. Módulo de Elasticidade (E)
Esta é uma propriedade específica de cada metal e corresponde à
rigidez deste. Quanto maior o módulo menor será a deformação elástica.
Para determinarmos experimentalmente esta propriedade utilizamos os
dados obtidos através da leitura do relógio ao aplicarmos uma carga. Através
da fórmula o módulo de elasticidade será E = σ / ε (Lei de Hooke) , onde σ é
a tensão dada por Força/ Área e ε é a deformação dada por ΔL / L0.
Graficamente podemos achar E pela tangente da reta que representa a
deformação elástica do corpo.
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3.3.2. Limite de Escoamento (σe)
O escoamento corresponde a transição entre a deformação elástica e a
plástica. O limite de escoamento superior é a tensão máxima durante o
período de escoamento, essa tensão é seguida por uma queda repentina da
carga que representa o início da deformação plástica. Após isso a curva se
estabiliza e o valor desta tensão equivale ao limite de escoamento inferior.
Tais resultados não dependem apenas do material mas também de outros
fatores como a geometria e as condições do corpo de prova. O limite de
escoamento pode ser obtido pela intersecção da curva tensão x deformação
com uma reta paralela a parte que representa a deformação elástica do
gráfico deslocada de 0,2%.
3.3.3. Limite de Resistência Mecânica (σu)
Corresponde a tensão máxima obtida durante o ensaio de tração tendo
pouca importância na resistência dos metais dúcteis.
3.3.4. Limite de Ruptura (σr)
O limite de ruptura corresponde à tensão na qual o material se rompe.
3.3.5. Módulo de Tenacidade (UT )
Tenacidade de um metal é a sua habilidade de absorver energia na
região plástica. Já o módulo de tenacidade é a quantidade de energia
absorvida por unidade de volume até a fratura. Esse valor corresponde à
área total abaixo da curva de Tensão x Deformação.
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3.3.6. Módulo de Resiliência (UR)
Resiliência de um metal é a sua capacidade de absorver energia e
depois descarregá-la quando deformado elasticamente. Já o módulo de
resiliência é a energia de deformação por unidade de volume necessária para
tensionar o metal até o final da região elástica. Esse valor corresponde a
área total abaixo do gráfico até o final da região elástica.
3.3.7. Alongamento Total (A)
Corresponde ao aumento percentual de comprimento na região útil do
corpo de prova observado até a ruptura do corpo de prova. Pode ser
determinado pela expressão:
A = ( Lf – L0) / L0 x 100
3.3.8. Estricção ()
É uma medida do estrangulamento da seção.Também pode caracterizar
a ductilidade do material, pois quanto maior for a estricção mais dúctil será o
metal. É obtida pela fórmula:
= (S0 – Sf) / S0 x 100
3.3.9. Curva Verdadeira
Curva verdadeira é a curva que representa tensão Verdadeira x
Deformação verdadeira. A tensão verdadeira (σv) corresponde a força
dividida pela área da seção reta instantânea do pescoço sobre a qual a
deformação está ocorrendo (após o limite de resistência a tração).
Já a deformação verdadeira (φ) é dada por:
φ= ln (Li / Lo) , onde Li corresponde ao comprimento instantâneo.
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3.3.10. Coeficiente da Curva Verdadeira
São considerados constantes em um material, mas podem variar de
acordo com os tratamentos. Tais coeficientes estão relacionados pela
equação v= K. φ n. Essa expressão aproxima a curva real no trecho que se
inicia a deformação plástica até o empescoçamento. O valor de K indica o
nível de resistência do material, já n fornece uma medida da capacidade do
material poder distribuir a deformação uniformemente. O n é uma grandeza
adimensional e K tem dimensão de tensão().
4. Resultados
4.1. Tabela de Medidas Experimentais
Do relógio comparador obtivemos algumas medidas do regime elástico:
Y(Kgf) X(mm)
40 0,013
80 0,022
120 0,032
160 0,05
40 0,013
10
4.2. Gráficos Experimentais
Com o gráfico gerado pelo ploter colhemos os dados que geraram a tabela:
X(mm) Y(kgf)
0,013 40
0,022 80
0,032 120
0,05 160
0,25 200
0,5 222,046
1 244,462
1,5 264,91
2 279,82
2,5 290,47
3 302,27
3,5 313,62
4 318,614
4,5 325,424
5 334,504
6 341,768
7 348,124
8 353,572
9 357,204
10 360,836
12 363,333
14 364,695
15 363,333
16 358,112
17 346,308
17,5 342,222
18 327,694
18,5 301,816
19,32 270,874
Com a tabela anterior geramos esse gráfico que reproduz o resultado
que obtivemos da ploter.
Resultado Experimental
0
50
100
150
200
250
300
350
400
0 5 10 15 20 25
X
Y
Utilizando os valores colhidos no relógio comparador plotamos esse
gráfico com o objetivo de calcular o módulo de elasticidade.
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Regime Elástico Experimental (Relógio Comparador)
0,00
20,00
40,00
60,00
80,00
100,00
120,00
140,00
160,00
0 0,0002 0,0004 0,0006 0,0008 0,001 0,0012
Deformação
Te
ns
ão
(M
pa
)
4.3. Gráficos de Resultados
Utilizando os dados e os gráficos obtidos experimentalmente obtivemos
outros gráficos que serão analisadas abaixo.
Geramos o gráfico Tensão x Deformação dividindo o Y(com pré-carga) por
A0 e multiplicamos por g=10m/s2. Na coordenada X apenas multiplicamos por L0,
tanto para os dados do gráfico do ensaio completo quanto para os do relógio
comparador.
Gráfico do Ensaio de Tração
0,00
50,00
100,00
150,00
200,00
250,00
300,00
350,00
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3
Deformação
Ten
são
(M
Pa)
12
Limite de Escoamento
0,00
50,00
100,00
150,00
200,00
250,00
0 0,005 0,01 0,015 0,02 0,025
Deformação
Te
ns
ão
(M
Pa
)
σe=174,86 Mpa
Regime Elástico Linearizado
y = 131082x + 21,433
0,00
20,00
40,00
60,00
80,00
100,00
120,00
140,00
160,00
180,00
0 0,0002 0,0004 0,0006 0,0008 0,001 0,0012
Deformação
Te
nsã
o (
Mp
a)
Através do gráfico do relógio comparador linearizado obtivemos o módulo
de elasticidade ou módulo de Young (E) encontrando o coeficiente angular da reta
(E=131 GPa).
Do Gráfico do ensaio completo obtivemos vários dados entre eles:
4.3.1. Limite de Escoamento (σe)
0,002
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Para encontrar o limite de Escoamento, pegamos os 4 primeiros pontos do
gráfico de Tensão X Deformação e somamos 0,002 às deformações mantendo
constantes as tensões. Desta maneira encontramos um gráfico paralelo que
depois de linearizado gerou a reta azul acima. No encontro das 2 curvas
encontramos o limite de escoamento (σe= 174,86 MPa).
4.3.2. Limite de Resistência Mecânica (σu)
Limite de Resistência Mecânica
0,00
50,00
100,00
150,00
200,00
250,00
300,00
350,00
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3
Deformação
Te
ns
ão
(M
Pa
)
É obtido diretamente do gráfico pois é o ponto de máxima tensão. No nosso
experimento obtivemos um valor de σu=315 MPa.
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4.3.3. Limite de Ruptura (σr)
Limite de Ruptura
0,00
50,00
100,00
150,00
200,00
250,00
300,00
350,00
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3
Deformação
Te
nsã
o (
MP
a)
É obtido diretamente a partir do ponto final do gráfico. σr=240 MPa.
4.3.4. Módulo de Tenacidade (Ut)
O Módulo de Tenacidade equivale à área debaixo da curva de Tensão X
Deformação até o ponto de ruptura.
Para calcular a área embaixo da curva até o ponto de ruptura, aproximamos
pela área de retângulos a cada 2 pontos com altura igual à média das tensões e a
largura igual à distância dos 2 pontos (Método dos Retângulos) o que gerou a
tabela abaixo:
Largura Altura Área
0,000171 24,52904 0,004196
0,000118 65,41078 0,007746
0,000132 98,11617 0,01291
0,000237 130,8216 0,030984
0,002632 163,5269 0,430334
0,003289 188,8924 0,621357
0,006579 207,0693 1,362298
0,006579 224,5928 1,477584
0,006579 239,0478 1,572683
0,006579 249,4972 1,641429
0,006579 258,6751 1,70181
15
0,006579 268,1392 1,764074
0,006579 274,8209 1,808032
0,006579 279,6466 1,83978
0,006579 286,1427 1,882518
0,013158 292,8244 3,852953
0,013158 298,3925 3,926218
0,013158 303,2182 3,989713
0,013158 306,9303 4,038556
0,013158 309,8999 4,077631
0,026316 312,4056 8,221199
0,026316 313,9832 8,262716
0,013158 313,9832 4,131358
0,013158 311,2919 4,095947
0,013158 304,3318 4,004366
0,006579 297,8357 1,959446
0,006579 290,226 1,909382
0,006579 273,7073 1,800706
0,010789 250,4783 2,702529
Soma: 73,13045
Com ela obtivemos Ut=73,13 MPa.
4.3.5. Módulo de Resiliência (Ur)
É a área da região abaixo do gráfico até o limite de escoamento.
Aproximando a área do gráfico no regime elástico por trapézios (Método
dos Trapézios) de modo similar ao módulo de Tenacidade, obtivemos a tabela:
ΔX ΔY Área (ΔX* ΔY/2)
0,000171 49,06 0,004196
0,000118 130,82 0,007746
0,000132 196,23 0,01291
0,000237 261,64 0,030984
0,002112 327,05 0,345386
Soma: 0,401222
E com ela obtivemos o módulo de Resiliência. Ur= 0,40 MPa.
16
4.3.6. Alongamento Total
L0=76mm (medido no corpo de prova inicial)
Lf=100,5mm (medido no corpo de prova final)
Alongamento Total= 32,24%
4.3.7. Estricção ()
S0=12,48*0,98=12,23mm2 (obtido através das medidas do corpo de prova inicial)
Sf=0,9*10=9 mm2 (obtido através das medidas do corpo de prova final)
= 26,41%
4.3.8. Curva Verdadeira
L0= 76 mm
A0= 12,2304 mm
Por Conservação do volume obtivemos que : Ainstantâneo= A0 * L0
Linstantâneo
Linstantâneo Linst/L0 Ln(Li/L0) Ainstantâneo Tensão Real
76,013 1,000171 0,000171038 12,22831 49,06648
76,022 1,000289 0,000289432 12,22686 81,78714
76,032 1,000421 0,000420964 12,22525 114,5171
76,05 1,000658 0,000657678 12,22236 147,2711
76,25 1,003289 0,003284075 12,1903 180,4714
76,5 1,006579 0,006557401 12,15046 199,2072
77 1,013158 0,013072082 12,07156 219,0785
77,5 1,019737 0,019544596 11,99368 237,5501
78 1,026316 0,025975486 11,9168 251,5944
78,5 1,032895 0,032365285 11,8409 262,2014
79 1,039474 0,038714512 11,76595 273,9004
79,5 1,046053 0,045023681 11,69195 285,3415
80 1,052632 0,051293294 11,61888 291,4343
80,5 1,059211 0,057523844 11,54671 299,1535
81 1,065789 0,063715814 11,47544 308,9242
82 1,078947 0,075985907 11,33549 319,1463
83 1,092105 0,088107268 11,19892 328,7138
84 1,105263 0,100083459 11,0656 337,5976
17
85 1,118421 0,111917916 10,93542 344,9379
86 1,131579 0,123613956 10,80826 352,3564
88 1,157895 0,146603474 10,56262 362,9148
90 1,184211 0,16907633 10,32789 372,4816
91 1,197368 0,180126166 10,2144 375,2868
92 1,210526 0,191055237 10,10337 374,2433
93 1,223684 0,201866153 9,994735 366,5009
93,5 1,230263 0,207228096 9,941288 364,3612
94 1,236842 0,212561442 9,888409 351,6178
94,5 1,243421 0,217866494 9,836089 327,1788
95,32 1,254211 0,226506312 9,751473 298,2872
Plotamos esses dados e obtivemos a curva verdadeira.
Curva Verdadeira
0
100
200
300
400
0 0,1 0,2 0,3
Deformação
Te
ns
ão
(M
Pa
)
Curva Verdadeira Curva de Engenharia
4.3.9. Coeficientes da Curva Verdadeira
Estudo dos Coeficientes da Curva
Verdadeira
y = 0,2178x + 6,2895
0
2
4
6
8
-10 -8 -6 -4 -2 0
Ln(Deformação Real)
Ln
(Te
nsã
o R
ea
l)
18
Para uma tensão real sabemos que o gráfico Tensão X Deformação
obedece a seguinte equação: σreal=Kφn, onde φ é a deformação real.
Então da equação temos que Ln(σreal)=Ln(K)+n*Ln(φ) onde tomando Ln(φ) como
x da equação e Ln(σreal) como y teremos uma equação y = A + B*x, onde A é
Ln(K) e B é n. Plotando a equação e linearizando podemos obter os coeficientes
K=eA e n= B.
Finalmente encontramos: K= 538,88 e n= 0,2178.
5. Comentários e Conclusões
Propriedades Mecânicas Valor Experimental Valor da literatura
Módulo de Elasticidade 131 GPa 210 GPa
Limite de Escoamento 174,86 MPa 205 MPa
Limite de Resistência 315 MPa 380 MPa
Limite de Ruptura 340 MPa 370 MPa
Módulo de Tenacidade 73,13 MPa 120 MPa
Módulo de Resiliência 0,40 MPa 0.43 MPa
Alongamento 32,24% 25%
Estricção 26,41% 64%
Coef. Da Curva Verdadeira n=0,2178 e K=538,88 Mpa n=0,26 e K=530 Mpa
Primeiramente gostaríamos de comparar os valores obtidos
experimentalmente com os valores teóricos encontrados. Todos os valores
encontrados no ensaio estão abaixo dos da literatura, com exceção do
alongamento. Algumas dessas diferenças podem ser explicadas devido às
condições precárias da experiência, tais como o relógio comparador e a falta de
manutenção da aparelhagem (ploter e máquina de tracionamento).
O ploter apresentava uma caneta falha que dificultava a visualização do
ponto de ruptura (essencial para os cálculos de limite de ruptura e módulo de
tenacidade). Em relação à máquina de tracionamento, as garras, por demasiado
uso, não apresentavam boa aderência ao material, o que permitia um
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escorregamento que refletiu nos valores calculados para o comprimento inicial.
Além disso, por não termos uma garra adequada às normas tivemos que cortar
um pedaço do corpo de prova para que ela pudesse segurar corretamente. Esse
tipo de alteração é de caráter crítico e se refletiu na grande discrepância dos
resultados. O relógio comparador apesar de elevada precisão, não possuía as
divisões necessárias para uma observação precisa dos dados (o que gerou muitas
mudanças no coeficiente angular da reta necessária para cálculo do módulo de
Young), além de serem efetuadas apenas quatro medições usando esta
aparelhagem, o que aumentou o erro na zona elástica.
Fora os detalhes de execução no ensaio, também houve a dificuldade no
consenso da norma a ser utilizada, quando primeiramente o professor disse que
esta deveria ser uma escolha do grupo e posteriormente mudou de opinião.
Também ocorreu uma prévia desorganização de vossa secretaria em
disponibilizar os horários de aula para realização dos ensaios, atrasando assim
alguns grupos.
Por fim, apesar de todos os inconvenientes, a realização do trabalho foi
importante de modo a acrescer em nossa carreira, pois trouxe a prova consultas
de normas e conhecimentos práticos ao grupo, bem como toda teoria dos ensaios
de tração. Cumprindo portanto seus objetivos.
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6. Referências Bibliográficas
[1]AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS (ASTM). Standard
Test Methods for Tension Testing of Metallic Materials [Metric], E18-90a,
Estados Unidos da América,1989.
[2]ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). Determinação
das Propriedades Mecânicas à Tração, NBR 6152, Brasil,1980.
[3]Callister, William D., Ciência e Engenharia dos materiais: uma introdução,
Editora LTC, São Paulo, Brasil. 2000
[4]Souza, Sérgio Augusto de; Ensaios Mecânicos em materiais
metálicos,Editora Edgard Blucher Ltda, São Paulo, Brasil, 1974