INTRODUÇÃO

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CÂNCER DE COLO UTERINO: ANÁLISE POPULACIONAL DE CONSCIENTIZAÇÃO EM EVENTO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA RONCHI, M. V. T. ; LEITE, S. P. ; PATINI, B. J. T. ; SAURETTI, P. N. ; LOUSADA, A. P. M.; FONSECA, A. G. N. ; MUCHIUTTI, N. F. Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP – Botucatu – SP Liga da Saúde da Mulher de Botucatu – FMB – Botucatu - SP INTRODUÇÃO OBJETIVOS Obter o nível de conhecimento da população feminina a respeito do câncer do colo de útero e sua prevenção, para posterior conscientização sobre a doença. A LSMB participou em 2009 da Feira da Saúde de Botucatu abordando o tema câncer de colo uterino, sua prevenção , diagnóstico e implicações. Estudos revelam que sua maior incidência está na faixa etária dos 35-45 anos. Vários são os fatores de risco identificados para o câncer do colo do útero, sendo que alguns dos principais estão associados às baixas condições sócio-econômicas, ao início precoce da atividade sexual, à multiplicidade de parceiros, ao tabagismo (diretamente relacionado à quantidade de cigarros fumados), à higiene íntima inadequada e ao uso prolongado de contraceptivos orais. No entanto, estudos recentes mostram ainda que o vírus do papiloma humano (HPV), principalmente os sorotipos 16-18-31-33-45-54 ,tem papel importante no desenvolvimento da neoplasia das células cervicais e na sua transformação em células cancerosas. Este vírus está presente em mais de 90% dos casos de câncer do colo do útero. A melhor prática de prevenção primária em relação ao câncer de colo do útero é o uso de preservativos nas relações sexuais, evitando assim o contágio do vírus HPV, já que é uma doença sexualmente transmissível. METODOLOGIA Elaboração e aplicação de 82 questionários com 7 questões simples e objetivas sobre o tema. RESULTADOS -35,36% da amostra estão na faixa etária de 40-60 anos -4,87% das mulheres nunca fizeram alguma consulta ginecológica -7,31% só procuram um ginecologista quando apresentam alguma queixa -87,82% da amostra vão ao ginecologista pelo menos uma vez ao ano (Gráfico 2 ). -93,90% sabem o que é o exame de Papanicolau -25% das entrevistadas de 15-20 anos não conhecem o exame de Papanicolau -69,51% demonstraram conhecimento sobre o câncer de colo de útero, sendo a maior porcentagem presente na faixa etária dos 60-70 anos e a menor (50%) entre 15-20 anos -60,97% das mulheres não sabem como prevenir a doença (Gráfico 1 ), comprometendo mais de 80 % das entrevistadas na faixa dos 15-30 anos -Sobre o uso de preservativo, 65,85% das mulheres não usam o preservativo quando têm relação sexual (Gráfico 3 ). - quando questionadas sobre portar camisinhas, apenas 14,63% das entrevistadas o tinham na bolsa. CONCLUSÃO O trabalho revela que ainda há uma parcela significativa de mulheres sexualmente ativas, na faixa etária de risco da doença, que nunca se submeteram ao exame de Papanicolau, que é a principal estratégia utilizada no Brasil para detectar lesões precursoras e assim fazer o diagnóstico precoce, visto que só em estágios avançados a doença apresenta clínica. O desconhecimento leva a não adoção de medidas de prevenção como o uso de preservativos, fato esse comprovado por 85,37% das entrevistadas não levarem consigo preservativos, e 65% admitirem o não uso do mesmo. Sendo o custo, do exame de Papanicolau, barato; a conscientização da população diminuiria os gastos do SUS e melhoraria a qualidade de vida das pacientes. Nota-se também que é grande a carência de informações sobre uma doença ainda muito prevalente no Brasil, comprovado em 60,97% das mulheres não saberem como prevenir, principalmente as que estão na faixa de maior atividade sexual(15-30anos). É fundamental que os serviços de saúde, assim como a mídia e o médico em especial como educador , orientem sobre o que é e qual a importância do exame preventivo, pois a sua realização periódica promoveria saúde, melhoraria a qualidade de vida e reduziria a mortalidade por câncer do colo do útero na população feminina de risco. Faculdade de Medicina de Botucatu Universidade Estadual Paulista - UNESP G ráfico 2 -Frequência de consultas com G inecologista 5% 64% 23% 8% N unca Um a vez ao ano Um a vez a cada 6 m eses S ó quando tem queixas G ráfico 1 -C onhecim ento sobre prevenção C âncerde colo uterino 32 50 0 10 20 30 40 50 60 Núm ero de pacientes N ão Sim G ráfico 3 -U so de preservativos na relação sexual 28 54 0 10 20 30 40 50 60 Núm ero de pacientes N ão Sim

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CÂNCER DE COLO UTERINO: ANÁLISE POPULACIONAL DE CONSCIENTIZAÇÃO EM EVENTO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA. RONCHI, M. V. T. ; LEITE, S. P. ; PATINI, B. J. T. ; SAURETTI, P. N. ; LOUSADA, A. P. M.; FONSECA, A. G. N. ; MUCHIUTTI, N. F. Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP – Botucatu – SP - PowerPoint PPT Presentation

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CÂNCER DE COLO UTERINO: ANÁLISE POPULACIONAL DE CONSCIENTIZAÇÃO EM EVENTO

DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

RONCHI, M. V. T. ; LEITE, S. P. ; PATINI, B. J. T. ; SAURETTI, P. N. ; LOUSADA, A. P. M.; FONSECA, A. G. N. ; MUCHIUTTI, N. F.

Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP – Botucatu – SPLiga da Saúde da Mulher de Botucatu – FMB – Botucatu - SP

INTRODUÇÃO

OBJETIVOS

Obter o nível de conhecimento da população feminina a respeito do câncer do colo de útero e sua prevenção, para posterior conscientização sobre a doença.

A LSMB participou em 2009 da Feira da Saúde de Botucatu abordando o tema câncer de colo uterino, sua prevenção , diagnóstico e implicações. Estudos revelam que sua maior incidência está na faixa etária dos 35-45 anos. Vários são os fatores de risco identificados para o câncer do colo do útero, sendo que alguns dos principais estão associados às baixas condições sócio-econômicas, ao início precoce da atividade sexual, à multiplicidade de parceiros, ao tabagismo (diretamente relacionado à quantidade de cigarros fumados), à higiene íntima inadequada e ao uso prolongado de contraceptivos orais. No entanto, estudos recentes mostram ainda que o vírus do papiloma humano (HPV), principalmente os sorotipos 16-18-31-33-45-54 ,tem papel importante no desenvolvimento da neoplasia das células cervicais e na sua transformação em células cancerosas. Este vírus está presente em mais de 90% dos casos de câncer do colo do útero. A melhor prática de prevenção primária em relação ao câncer de colo do útero é o uso de preservativos nas relações sexuais, evitando assim o contágio do vírus HPV, já que é uma doença sexualmente transmissível.

METODOLOGIA

Elaboração e aplicação de 82 questionários com 7 questões simples e objetivas sobre o tema.

RESULTADOS

-35,36% da amostra estão na faixa etária de 40-60 anos-4,87% das mulheres nunca fizeram alguma consulta ginecológica-7,31% só procuram um ginecologista quando apresentam alguma queixa-87,82% da amostra vão ao ginecologista pelo menos uma vez ao ano (Gráfico 2).-93,90% sabem o que é o exame de Papanicolau-25% das entrevistadas de 15-20 anos não conhecem o exame de Papanicolau-69,51% demonstraram conhecimento sobre o câncer de colo de útero, sendo a maior porcentagem presente na faixa etária dos 60-70 anos e a menor (50%) entre 15-20 anos-60,97% das mulheres não sabem como prevenir a doença (Gráfico 1), comprometendo mais de 80 % das entrevistadas na faixa dos 15-30 anos-Sobre o uso de preservativo, 65,85% das mulheres não usam o preservativo quando têm relação sexual (Gráfico 3).- quando questionadas sobre portar camisinhas, apenas 14,63% das entrevistadas o tinham na bolsa.

CONCLUSÃO

O trabalho revela que ainda há uma parcela significativa de mulheres sexualmente ativas, na faixa etária de risco da doença, que nunca se submeteram ao exame de Papanicolau, que é a principal estratégia utilizada no Brasil para detectar lesões precursoras e assim fazer o diagnóstico precoce, visto que só em estágios avançados a doença apresenta clínica. O desconhecimento leva a não adoção de medidas de prevenção como o uso de preservativos, fato esse comprovado por 85,37% das entrevistadas não levarem consigo preservativos, e 65% admitirem o não uso do mesmo. Sendo o custo, do exame de Papanicolau, barato; a conscientização da população diminuiria os gastos do SUS e melhoraria a qualidade de vida das pacientes. Nota-se também que é grande a carência de informações sobre uma doença ainda muito prevalente no Brasil, comprovado em 60,97% das mulheres não saberem como prevenir, principalmente as que estão na faixa de maior atividade sexual(15-30anos). É fundamental que os serviços de saúde, assim como a mídia e o médico em especial como educador , orientem sobre o que é e qual a importância do exame preventivo, pois a sua realização periódica promoveria saúde, melhoraria a qualidade de vida e reduziria a mortalidade por câncer do colo do útero na população feminina de risco.

Faculdade de Medicina de BotucatuUniversidade Estadual Paulista - UNESP

Gráfico 2 - Frequência de consultas com Ginecologista

5%

64%

23%

8% Nunca

Uma vez ao ano

Uma vez a cada 6 meses

Só quando tem queixas

Gráfico 1 - Conhecimento sobre prevenção Câncer de colo uterino

32

50

0 10 20 30 40 50 60

Número de pacientes

Não

Sim

Gráfico 3 - Uso de preservativos na relação sexual

28

54

0 10 20 30 40 50 60

Número de pacientes

Não

Sim