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CENTRO UNIVERSITRIO JORGE AMADO

Dispositivo para Aleitamento Materno: Uma estimulao ao Vinculo Me/Filho para mes impossibilitadas de amamentar

PORGessica da Silva SouzaJamile Meneses dos Santos

ORIENTADORALorena Gonzales Siqueira

Salvador, Setembro de 2015RESUMOA Sociedade Brasileira de Pediatria define a amamentao como uma forma especial de comunicao entre a me e o beb. Ao ser amamentada, a criana aprende muito cedo a se comunicar com intimidade, afeto e confiana, o que pode contribuir para a sua sade mental no futuro. Para que essa comunicao tambm ocorra com mes que no conseguem amamentar, e com isso adquirem sentimentos negativos, desenvolvemos o dispositivo para aleitamento materno (DAM), no qual permitir, que mes consigam aleitar o seu filho de forma semelhante amamentao. Este dispositivo proporcionar o importantssimo contato visual, que alm de trazer sentimentos necessrios para crescimento e desenvolvimento do beb, permitir a me o fortalecimento do amor maternal to necessrio que a une ao seu filho de forma diferenciada. O DAM trar para a me a sensao de cumprir seu papel na amamentao, e concomitantemente, trar ao beb toda a sensao e sentimento de estar sendo amamentado, alm de permitir o desenvolvimento da arcada dentria, respirao, musculatura facial e fala.

Palavras-chave: amamentao, aleitamento materno, vinculo me/filho.

INTRODUOA histria da amamentao no mundo, se prolonga desde muito tempo atrs, e diante de toda essa trajetria histrica, chegamos em uma poca em que se conhece muito bem os benefcios que esse ato pode trazer tanto para a me quanto para o beb, de forma a interferir na qualidade de vida da criana, e ampliar os laos do vnculo me-filho. Assim, o contato do filho com me torna-se imprescindvel, o que faz da amamentao no apenas uma forma de alimentar, mas de todo um contexto biolgico e psicolgico fundamental para o crescimento e desenvolvimento do beb. A amamentao no apenas importante para o beb, mas tambm para a me, pai e familiares que participam deste ato. Os olhos nos olhos e o contato contnuo entre me e filho fortalecem os laos afetivos, e o envolvimento do pai e familiares favorece o prolongamento da amamentao . O sentimento afetivo recproco retificado durante o ato, favorvel tanto para a criana quanto para a me, podendo inclusive diminuir os ndices de depresso ps-parto (DPP). Existe a possibilidade de que os efeitos positivos da amamentao possam superar os efeitos positivos dos antidepressivos. Desta forma, a amamentao indicada tanto para a preveno da DPP quanto para o seu tratamento. Mes submetidas a maior contato com seus filhos nos primeiros dias do ps-parto apresentam mais intensa relao me-filho. O contato face-a-face essencial para as interaes harmoniosas entre a dupla me-beb. Comportamento do beb como olhar, emitir sons, sorrir, e chorar so sinais que indicam quando eles esto disponveis para interagir e quando devem alterar ou terminar a interao.4 Assim, podemos identificar como a forma de aleitar importante para o beb, e como possibilita a me a interagir melhor com seu filho, de forma a identificar seus desejos atravs das suas manifestaes sinalticas. A distncia entre os olhos da me e do beb, quando ela est amamentando ou segurando-o em seus braos, cerca de 25 cm, que a distncia no qual os bebs conseguem focar melhor um objeto. Essas posies proporcionam oportunidades repetidas para o contato olho-a-olho do beb pela me. Enquanto o filho mama est sendo olhado por sua me, o prazer obtido pela saciedade da fome com leite, vem acompanhado pela satisfao de ser visto, de ser confirmada a sua existncia.4 A amamentao alm de alimentar, promover um afeto ntimo, despertar sentimentos e possibilitar uma interao materna.O fato da me no poder amamentar, causa alguns sentimentos negativos que podem, alm de no ser benfico para ela, proporcionar um sentimento que impedir ainda mais esse vnculo me-filho. A maternidade est diretamente ligada ao amamentar. Uma me sente-se incompleta quando no consegue realizar inteiramente esta funo intitulada para si. A no amamentao encarada pelas mulheres como uma situao de dor e padecimento e a recomendao sobre o no aleitamento materno confronta-se com seu desejo do papel social de me, causando sofrimento diante do fato de ser impedida de amamentar. 6 A Sociedade Brasileira de Pediatria define a amamentao como uma forma especial de comunicao entre a me e o beb. Ao ser amamentada, a criana aprende muito cedo a se comunicar com intimidade, afeto e confiana, o que pode contribuir para a sua sade mental no futuro. Para que essa comunicao tambm ocorra com mes que no conseguem amamentar, e com isso adquirem sentimentos negativos, desenvolvemos o dispositivo para aleitamento materno (DAM), no qual permitir, que mes consigam aleitar o seu filho de forma semelhante amamentao. Este dispositivo proporcionar o importantssimo contato visual, que alm de trazer sentimentos necessrios para crescimento e desenvolvimento do beb, permitir a me o fortalecimento do amor maternal to necessrio que a une ao seu filho de forma diferenciada. O DAM trar para a me a sensao de cumprir seu papel na amamentao, e concomitantemente, trar ao beb toda a sensao e sentimento de estar sendo amamentado, alm de permitir o desenvolvimento da arcada dentria, respirao, musculatura facial e fala.

OBJETIVOOBJETIVO GERALProporcionar o vnculo afetivo me/filho, com utilizao de um dispositivo mamrio, simulando o ato de amamentar e estimulando a transferncia de sensaes entre o binmio.

OBJETIVOS ESPECFICOS Promover o vnculo me/filho, possibilitando a amamentao. Avaliar o desenvolvimento do vnculo me/filho ao fazer uso do dispositivo mamrio, comparando-as com as mes que no fazem uso.

Comparar a experincia de mes multparas que no amamentaram na gestao anterior e faro uso do dispositivo.

Descrever a sensao de mes que no podem amamentar e que utilizaram o dispositivo.

Estimular o desenvolvimento do beb atravs dos sentimentos que so gerados do contato existente na amamentao.

Identificar os cuidados de enfermagem na utilizao do dispositivo em alojamento conjunto.

Orientar a importncia do vnculo me/filho, atravs do uso do dispositivo.

METODOLOGIAAtravs de um dispositivo mamrio feito de silicone que ser inserido no seio da me impossibilitada de amamentar, em um formato de seio para que se assemelhe e que possa encaixar adequadamente promovendo uma proximidade a realidade, a criana poder amamentar. O dispositivo a ser desenvolvido consiste em um recipiente destinado ao armazenamento de leite fornecido ao lactante ou recm-nascido, e uma prtese mvel a ser moldada em formato do seio materno. A interligao entre recipiente e prtese dar-se- por ductos de pequeno dimetro, semelhantes aos utilizados em equipo. Essa organizao proposta tem por base o princpio da diferena de presso estabelecida entre os dois meios (recipiente e boca do beb) por suco advinda do lactante ou recm-nascido.Especificaes da fabricao do produto:1. - Da fixao da prtese ao seio:A fixao foi projetada atentando para a praticidade do processo. Por esse motivo ser utilizada uma cinta unida velcro, a qual ser ajustvel a variados tamanhos e presa ao trax materno. 1. Dos materiais a serem utilizados na confeco do reservatrio e prtese:As mamadeiras convencionais utilizam em seus reservatrios o Bisfenol A (BPA), uma substncia qumica utilizada na produo de plsticos como Policarbonato (PC), por ser uma matria prima resistente e esterilizvel. As mamadeiras dotadas desse tipo de material podem liberar algumas substncias nocivas durante o processo de esterilizao por aquecimento, o que inferiu a busca por um material substituto o qual confira as mesmas, ou parecidas, propriedades de resistncia e higienizao oferecidas pelo plstico de Policarbonato a base de Bisfenol A. Esse material o Polipropileno.Aps a confeco do reservatrio, o mesmo ser submetido a um ensaio de espectrometria por energia dispersiva (Energy Dispersive Sperctroscopy EDS). Esse ensaio revela a composio qumica do material, o que assegurar a inexistncia do Bisfenol A. A prtese ter em seu processo de usinagem o silicone como matria prima. Um ensaio de trao ser realizado a fim de detectar o esforo suportado por este silicone, com o intuito de dimensionar sua a aplicao para suco. O silicone tambm ser submetido ao EDS, para comprovar que este material esteja livre de substncias nocivas sade do beb.1. Das dimenses e formatos (reservatrio /prtese):Para melhor adequar aos diversos tamanhos e formas de mamas, buscou-se um estudo em mamografias realizadas pelo departamento de radiologia do Instituto Federal da Bahia. Os resultados obtidos levaram a constatao da produo de trs tamanhos diferentes de prteses, aqui classificados como:1. P - Tamanho pequeno;1. M - Tamanho intermedirio;1. G - Tamanho grande.Ao reservatrio no ser dada rigidez mxima as suas paredes, de objetivo que este seja um tanto flexvel para eventual necessidade de bombeamento manual. Por admitir a possibilidade deste tipo de bombeamento, ser conferido ao reservatrio um formato anatmico tendo como parmetro as dimenses e formatos de mos femininas.Funcionamento do produto:Conforme enunciado, o funcionamento apoia-se no princpio da diferena de presso imposta pelo lactante durante a suco. Levou-se em considerao a dificuldade do beb durante a suco, por esse motivo deu-se a flexibilidade, a dimenso e o formato elucidados no item 3.0 das especificaes da fabricao do produto. Ao realizar o processo de suco o lactante far o leite percorrer os ductos contidos no reservatrio e que irrigam a arola da prtese, o que implicar na chegada de leite at a boca.

CONCLUSO O Dispositivo para aleitamento Materno (DAM), permite que haja uma ligao fsica e psicolgica entre mes e filhos, de forma que para a me ele oferece a sensao de possibilidade de existncia de um vnculo que s a amamentao oferece; sentimentos que nascem e so amadurecidos no momento que a me diariamente pode transferir e receber amor atravs deste ato. Para o filho, o conhecer de sentimento que so essenciais para o seu crescimento e desenvolvimento e que vo contribuir para que ao longo da vida estes sejam refletidos atravs de seus atos, da relao consigo mesmo e com o meio social, atuando em um ato simples e to importante na sua sade biopsicossocial.BIBLIOGRAFIA: 1. MINISTRIO DA SADE. Em: < http://www.redeblh.fiocruz.br/media/albam.pdf>. Acesso em: 30 de agosto de 2009.

2. Field T. Breastfeeding and antidepressants. Infant Behav Dev. 2008;31:481-7.

3. Cutrona CE, Troutman BR. Social support, infant temperament and parenting self-efficacy: a mediational model of postpartum depression. Child Dev. 1986;57:1507-15

4. Nobrega, Jos Fernando de. Vnculo Me/Filho. Livraria e Editora Revinter, 2007. 173 p.

5. CAMINHA, Maria de Ftima Costa et al . Aspectos histricos, cientficos, socioeconmicos e institucionais do aleitamento materno. Rev. Bras. Saude Mater. Infant., Recife , v. 10, n. 1, Mar. 2010. Available from . access on 15 Mar. 2015. http://dx.doi.org/10.1590/S1519-38292010000100003.

6. PAIVA, Simone de Sousa; GALVAO, Marli Teresinha Gimeniz. Sentimentos diante da no amamentao de gestantes e purperas soropositivas para HIV. Texto contexto - enferm., Florianpolis , v. 13, n. 3, Sept. 2004 . Available from . access on 15 Mar. 2015. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-07072004000300011.

7. FREITAS, Cntia Helena Bulgarelli; ANGULO, Mirian. Relao me-beb logo aps o parto e na amamentao: a identificao projetiva realista, pelos sentimentos e sensaes do observador.Psicol inf., So Paulo , v. 10,n. 10,dez. 2006 . Disponvel em . acessos em 30 set. 2015