Introdução

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Introdução O Projeto “O Lance é Transformar” é um trabalho que se iniciou em agosto de 2008, com o objetivo de atender crianças e adolescentes em vulnerabilidade social, por meio de práticas esportivas, na sede social de Belo Horizonte da APCEF/MG. Atualmente, atende aproximadamente 300 crianças e jovens, de 6 a 16 anos, com atividades diversificadas, voltadas para o esporte, cultura, meio ambiente, empreendedorismo e educação. A crescente busca pelo conhecimento nos dias atuais leva o indivíduo a procurar por meios que facilitem o acesso não só a informação, mas também em suas relações pessoais e sociais. Esse trabalho visa analisar a importância de possibilitar a participação efetiva dos alunos e compreender as suas diversas formas de interação com e no ambiente do projeto e nas diversas ações desenvolvidas no sentido de buscar uma participação legítima e igualitária de todos. Aprender é uma ação individual em que se obtém informações gerais a partir de um corpo de conhecimentos, muitas vezes descontextualizados, na qual se processa a aprendizagem de forma dialética envolvolvendo-se com várias pessoas, ou seja, em um fenômeno social. A interação social e suas consequentes colaborações são componentes críticos e complexos no aprendizado. Metodologia Analisamos a participação dos alunos, nos meses de março, abril, maio e junho de 2011, nas atividades do Projeto "O Lance é Transformar“: Para tanto, utlizamos o sistema de avaliação do projeto e a observação dos alunos durante esses messes. Abaixo segue o gráfico que descrimina percentualmente a forma de participação dos diversos alunos. Discussão Com base no gráfico, observamos que alguns parâmetros são analisados estatisticamente: alunos que ficam ao redor das quadras ou dos locais de aula somente observando (não fez aula); alunos que estavam presentes na aula mas tiveram problemas de indisciplina mas que permanece na atividade (indisciplina); alunos que foram retirados da aula por alguma indisciplina mais severa, por exemplo, agressões aos colegas; alunos que não compareceram ao local da aula ou foram localizados pela coordenação do projeto em outros locais da associação (medida disciplinar). Analisamos que os parâmetros de uma forma geral são decrescente, o que significa que ao longo do ano os alunos melhoram as posturas comportamentais e a participação na atividade. Outro aspecto de grande relevância é que analisando os demais gráficos do sistema e os alunos em suas atividades diárias observa-se que normalmente o aluno que antes não aparecia perto do local da aula, ao longo dos messes passa a assistir as aulas e posteriormente a participar das mesmas mesmo que cometendo algumas “infrações” de indisciplina. Comparando essa participação passiva com a teoria de Ingold (2001a, 2001b) e Ingold & Hallam (2007), podemos pensar que essa forma de não participação é uma impossibilidade de aprendizado da atividade em si. Considerando que o aluno não está realizando a prática, repetindo, imitando, tentando fazer, copiando as atividades dos mais capacitados. Ou seja, não estará percorrendo o seu próprio caminho. Por outro lado, pode ser considerado um primeiro contato, um início de inserção no contexto da aula, repleto de sentimentos e sensações. Como diria Jean Lave (1991) uma participação periférica legitimada, como um momento de observação por parte dos alunos dos contextos estabelecidos naquela aula, uma observação de veteranos, professores, conteúdos, e de seus próprios sentimentos e desmotivação para a prática. De fato, ao longo do processo essa participação “passiva” é decrescente e os alunos vão se envolvendo com as atividades. Considerações Finais Por fim, cabe ressaltar, que o trabalho foi embasado em dados preliminares do projeto O Lance é Transformar, e em análises superficiais que demandam de levantamentos e analises mais detalhadas. Melhorar texto...... As concepções sobre aprendizagem sob o prisma do Projeto: O Lance é Transformar. AUTOR: Sérgio Afonso Silva – RA: 1047293 INSTITUIÇÃO: Centro Universitário Claretiano E-mail: [email protected]

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As concepções sobre aprendizagem sob o prisma do Projeto: O Lance é Transformar. AUTOR: Sérgio Afonso Silva – RA: 1047293 INSTITUIÇÃO: Centro Universitário Claretiano E-mail: [email protected]. Introdução - PowerPoint PPT Presentation

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Introdução

O Projeto “O Lance é Transformar” é um trabalho que se iniciou em agosto de 2008, com o objetivo de atender crianças e adolescentes em vulnerabilidade social, por meio de práticas esportivas, na sede social de Belo Horizonte da  APCEF/MG. Atualmente, atende aproximadamente 300 crianças e jovens, de 6 a 16 anos, com atividades diversificadas, voltadas para o esporte, cultura, meio ambiente, empreendedorismo e educação. 

A crescente busca pelo conhecimento nos dias atuais leva o indivíduo a procurar por meios que facilitem o acesso não só a informação, mas também em suas relações pessoais e sociais. Esse trabalho visa analisar a importância de possibilitar a participação efetiva dos alunos e compreender as suas diversas formas de interação com e no ambiente do projeto e nas diversas ações desenvolvidas no sentido de buscar uma participação legítima e igualitária de todos.

Aprender é uma ação individual em que se obtém informações gerais a partir de um corpo de conhecimentos, muitas vezes descontextualizados, na qual se processa a aprendizagem de forma dialética envolvolvendo-se com várias pessoas, ou seja, em um fenômeno social. A interação social e suas consequentes colaborações são componentes críticos e complexos no aprendizado.

Metodologia

Analisamos a participação dos alunos, nos meses de março, abril, maio e junho de 2011, nas atividades do Projeto "O Lance é Transformar“: Para tanto, utlizamos o sistema de avaliação do projeto e a observação dos alunos durante esses messes. Abaixo segue o gráfico que descrimina percentualmente a forma de participação dos diversos alunos.

Discussão

Com base no gráfico, observamos que alguns parâmetros são analisados estatisticamente: alunos que ficam ao redor das quadras ou dos locais de aula somente observando (não fez aula); alunos que estavam presentes na aula mas tiveram problemas de indisciplina mas que permanece na atividade (indisciplina); alunos que foram retirados da aula por alguma indisciplina mais severa, por exemplo, agressões aos colegas; alunos que não compareceram ao local da aula ou foram localizados pela coordenação do projeto em outros locais da associação (medida disciplinar).

Analisamos que os parâmetros de uma forma geral são decrescente, o que significa que ao longo do ano os alunos melhoram as posturas comportamentais e a participação na atividade.

Outro aspecto de grande relevância é que analisando os demais gráficos do sistema e os alunos em suas atividades diárias observa-se que normalmente o aluno que antes não aparecia perto do local da aula, ao longo dos messes passa a assistir as aulas e posteriormente a participar das mesmas mesmo que cometendo algumas “infrações” de indisciplina.

Comparando essa participação passiva com a teoria de Ingold (2001a, 2001b) e Ingold & Hallam (2007), podemos pensar que essa forma de não participação é uma impossibilidade de aprendizado da atividade em si. Considerando que o aluno não está realizando a prática, repetindo, imitando, tentando fazer, copiando as atividades dos mais capacitados. Ou seja, não estará percorrendo o seu próprio caminho. Por outro lado, pode ser considerado um primeiro contato, um início de inserção no contexto da aula, repleto de sentimentos e sensações. Como diria Jean Lave (1991) uma participação periférica legitimada, como um momento de observação por parte dos alunos dos contextos estabelecidos naquela aula, uma observação de veteranos, professores, conteúdos, e de seus próprios sentimentos e desmotivação para a prática. De fato, ao longo do processo essa participação “passiva” é decrescente e os alunos vão se envolvendo com as atividades.

Considerações Finais

Por fim, cabe ressaltar, que o trabalho foi embasado em dados preliminares do projeto O Lance é Transformar, e em análises superficiais que demandam de levantamentos e analises mais detalhadas. Melhorar texto......

ReferênciasINGOLD, Tim. From de transmission of representations to the education of attention. In: Whitehouse (ed), The Debated Mind: Evolutionary Psychology versus Ethnography, Oxford: Berg. 2001a. p. 113-153. INGOLD, TIM. Beyond Art and Technology: The Antropology of Skill. In: SCHIFFER, Michael Brain. Anthropological perspectives on technology. Albuquerque (NM): University of New Mexico Press, 2001b. p.17-31. LAVE, Jean; WENGER, Etiene. Situated learning: legitimate peripheral participation. Cambridge, UK: Cambridge University Press, 1991.

As concepções sobre aprendizagem sob o prisma do Projeto:O Lance é Transformar.

AUTOR: Sérgio Afonso Silva – RA: 1047293

INSTITUIÇÃO: Centro Universitário Claretiano

E-mail: [email protected]