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violencia domestica -sintese

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INTRODUO

Nesse presente trabalho, como foco central abordar-se- o tipo de violncia que mais acomete mulheres, porm para uma panormica mais globalizada faremos um breve aporte nos registros de violncia que acomete crianas e adolescentes, alm de idosos e deficientes fsicos e mentais, buscaremos nas registros histricos deixar registrado a evoluo desse nefasto processo de atitudes humanas que oprimem e machucam, onde pessoas fsica e psicologicamente machucam-se reciprocamente, atitudes que se exacerbaram no decorrer da histria que necessitou a taxatividade criminalstica face o alcance e potencialidade das lesividades perpetradas.Fazer uma leitura conjuntural dessa temtica necessrio percorrer seus caminhos e localizao no tempo e no espao. Trata-se de atos violentos que acontecem dentro dos lares, onde a taxa de homicdios menor, mas o prejuzo individual, familiar e social catastrfico. Entende-se por violncia intrafamiliar: toda ao ou omisso que prejudique o bem-estar, a integridade fsica, psicolgica ou a liberdade e o direito ao pleno desenvolvimento de um membro da famlia. Pode ser cometida dentro e fora de casa, por qualquer integrante da famlia que esteja em relao de poder com a pessoa agredida. Inclui tambm as pessoas que esto exercendo a funo de pai ou me , mesmo sem laos de sangueO termo domstico incluiria pessoas que convivem no ambiente familiar, como empregados, agregados e visitantes espordicos. As estatsticas mostram a magnitude doproblema. Como exemplo e para ilustrar tal trabalho, verificamos que em 1997, uma pesquisa do governo gacho, em uma amostra de 1579 crianas em situao de rua, 23,4% no retornavam para casa em funo de maus-tratos, estimaram que 18% das jovens porto-alegrenses, abaixo dos 18 anos, haviam sido vtimas de abuso sexual por familiares. John Sargent, visitante da ltima jornada de psiquiatria dinmica, ocorrida em 2002, afirmou em conferncia proferida no evento, que 1 para 5 meninas e 1 para cada 10 meninos so vtimas de abuso sexual no mundo inteiro.A Constituio Federal e o Estatuto da Criana e do Adolescente passam a ser os novosparadigmas para o sistema de Justia, para a sociedade e para o Brasil como um todo. Anova legislao, signatria da Doutrina da Proteo Integral, reconhece direitos criana e ao adolescente, respeitando seu estgio de desenvolvimento. uma das legislaes maisavanadas do mundo, que pouco a pouco comea a ser implementada. recente para acriana brasileira ter este status de pessoa, assim como para a populao feminina que, no sec. XX, conquistou significativos espaos e tambm nus sociais. O aumento da expectativa de vida tornou o idoso uma nova realidade a ser absorvida pela sociedade. Esta evoluo permitiu que se abrisse com mais clareza o ambiente privativo dos lares, expondo suas mazelas. A hiptese de que o ambiente familiar, pelas ligaes afetivas, protegeria seus membros mais vulnerveis, tem se mostrado bastante falha. Os crimes cometidos por doentes mentais de grande repercusso social e na mdia passavam a falsa idia de que atos desta natureza seriam atos de exceo cometidos por psicticos, de forma imprevisvel, restritos a situaes raras, infortnios de difcil preveno.A

Existe um meio de libertar os homens da maldio da guerra?, Einstein surpreende Freud na famosa troca de correspondncia entre os dois gnios. A resposta rpida: em princpio, os conflitos de interesse entre os homens so solucionados mediante o uso da fora.Explica Freud que a evoluo tecnolgica e intelectual pode e, muitas vezes, est a servio de estimular o poder pelas armas ou pelo conhecimento.O objetivo seguiria sendo o mesmo, aniquilar o outro. O respeito ao inimigo vem da necessidade de utilizar a vtima para seus propsitos, bastando mant-la subjugada e atemorizada.Essas so reflexes que seguem atuais, escritas sob a gide da Segunda Guerra Mundial. Partindo do filicdio institucionalizado representado pelos conflitos mundiais, conclui-se que as aflies dos grandes mestres sobre as tendncias autodestrutivas da humanidade resistem, apesar dos reiterados esforos da sociedade em explic-las e evit-las.Partindo da experincia em estudar e acompanhar vtimas e perpetradores de violncia, na experincia diria como psiquiatras forenses, membros do judicirio, mdicos que atendem a realidade dos ambulatrios e dos centros de triagem, estudiosos de urbanismo e outros determinantes sociais, os autores agruparam suas experincias e conhecimentos pararefletir e propor alternativas para lidar com um dos ngulos mais cruis do crime, aquele queatinge os mais fracos por limitaes fsicas, emocionais ou sociais. Foi realizada pesquisa bibliogrfica recente, ampla e atual, buscando contemplar os diferentes vrtices do tema. O enfoque multidisciplinar , j, uma das propostas.O problema da violncia intrafamiliar e do-