Intervenção Social Participada Câmara de Lobos - Relatório Síntese

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Rela tório Intervenção Social Participada AGENDA21 Realizar o Futuro VALORIZAR PARCERIAS Eixo Estratégico As PESSOAS COESÃO SOCIAL e TERRITORIAL Participação Intervenção Integrada Comunicação e Informação Partilha de Recursos Criatividade e Inovação Bem-Estar de Todos sem exceção Responsáveis Sustentabilidade 5 março 2015 * Museu de Imprensa - Madeira Intervenção Social Participada QUE FUTURO QUEREMOS? CÂMARA DE LOBOS UM PASSO PARA A CORRESPONSABILIDADE

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O presente Relatório, em jeito de revista, é elaborado com o objetivo de sintetizar as principais ideias e resultados dos trabalhos desenvolvidos, no âmbito da iniciativa Agenda 21 Câmara de Lobos: Realizar o Futuro * Intervenção Social Participada: um passo para a Corresponsabilidade, realizada no dia 5 de março do corrente ano, no Museu de Imprensa - Madeira. Esta iniciativa contou com a participação de cerca de 60 pessoas, dirigentes e técnicos representantes das diversas organizações que desenvolvem a sua intervenção no concelho, predominantemente na área social.

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RelatórioIntervenção Social Part icipada

AGENDA21Realizar o Futuro

VALORIZAR

PARCERIAS

Eixo Estratégico

As PESSOAS

COESÃO

SOCIAL e TERRITORIALParticipaçãoIntervenção IntegradaComunicação e InformaçãoPartilha de Recursos Criatividade e Inovação Bem-Estar de Todos sem exceção

Responsáveis

Sustentabilidade

5 março 2015 * Museu de Imprensa - Madeira

Intervenção Social Participada

QUE FUTURO

QUEREMOS?

CÂMARA DE LOBOS

UM PASSO PARA A CORRESPONSABILIDADE

RelatórioIntervenção Social Participada

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5 março

2015

ÍNDICE

IntroduçãoO presente Relatório, em jeito de revista, é elaborado com o objetivo de sintetizar

as principais ideias e resultados dos trabalhos desenvolvidos, no âmbito da

iniciativa Agenda 21 Câmara de Lobos: Realizar o Futuro * Intervenção Social

Participada: um passo para a Corresponsabilidade, realizada no dia 5 de março do

corrente ano, no Museu de Imprensa - Madeira.

Esta iniciativa contou com a participação de cerca de 60 pessoas, dirigentes

e técnicos representantes das diversas organizações que desenvolvem a sua

intervenção no concelho, predominantemente na área social.

Subinha-se que a leitura deste Relatório não dispensa a consulta aos resultados

dos trabalhos, registados através de fotografia e já enviados a todos os

participantes.

Continuação de excelente trabalho e votos de...

Dias muito Felizes

Paula Elias

O Planeta e as Pessoas no centro das Políticas 04

Uma Nova História sobre as Pessoas ....... 05

Agenda 21 Câmara de Lobos ................... ... 06Realizar o Futuro

Intervenção Social Participada ............... ... 08Um Programa Integrado

Guia de Recursos 2015 .............................. ... 09Equipamentos Sociais

Roteiro dos Trabalhos ................................ ... 10Objetivos, Agenda, Participantes, Momentos e Resultados

Contextos de Participação efetiva com Resultados para a Ação ............................. ... 12Alguns apontamentos Metodológicos

Oficinas de Participação ........................... ... 14Apresentação genérica

Elaborado por: Paula Elias Equipa do Município Câmara Lobos Executivo Sónia Pereira (Vice-Presidente) Leonel Silva (Chefe de Gabinete Presidência) Equipa Técnica Elisabete Costa Alexandre Branco Teresa Velosa Cátia FreitasUriel Abreu Carla GanançaEstagiários Fátima Andrade Gervásio Jesus Sónia Rodrigues

PARTICIPAÇÃO NOS TRABALHOS Aida Rodrigues, Alice Silva Ana Almada, Ana de Sousa , Ana Jesus Ana Nóbrega, Ana Sousa , Bernardo Valerio, Carlos de Andrade, Carlos Gonçalves, Cristina Freitas, Cristina Valle, Dércia Henriques,Dina Rodrigues, Dina Silva , Eduardo Gouveia, Emanuel Gonçalves,Fátima Gouveia, Fátima Pontes Filipe Freitas, Flávio Matos, Gonçalo Esmeraldo, Hélder Paulo,João Estanqueiro, João Rodrigues, Johnny Oliviera, Lídia Abreu,Lúcia Fragoeiro, M.ª Carlos Figueiredo,M.ª Carmo Abreu, M.ª de Fátima Machado, M.ª Giselda Gouveia, M.ª Lurdes Góis, M.ª Sónia Brazão ,Manuela André, Márcia Borges, Maria da Cruz, Maria Marques, Medeiros Gaspar, Miguel Gomes, Raquel Gonçlaves, Rui Fernandes,Sandra Carneiro, Sérgio de Oliveira, Sónia Silva, Tânia Rodrigues,Tânia Silva, Teresa Martins, Vanessa Azevedo, Zulay Freitas.

FOTOGRAFIA Cátia Freitas Magno Bettencourt

ImagensInternet

PRODUÇÃOCaminhos de Pax www.caminhosdepax.pt

PARCEIRO

Relatório

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AGENDA 21 CÂMARA DE LOBOSRealizar o Futuro6

O PLANETA E AS PESSOASno centro das Politicas4

DIAGNÓSTICO SOCIALConhecer para melhor intervir em conjunto24

UM OLHAR...Principais (Àreas) Problemas identificados16

GRUPO DINAMIZADORUnir en torno de uma estratégia comum28

Diagnóstico Social: Um Olhar .................16Principais (Áreas) Problemas identificados

Diagnóstico Social .......................................18Conhecimento partilhado para melhor intervir

Intervenção Social Participada e Integrada 20O que podemos fazer em conjunto

Definir o Bem-Estar com Todos .............22Escutar cidadãos, políticos, dirigentes e profissionais

Construir o Futuro .......................................24“Em 2020 as pessoas de Câmara de Lobos são + felizes”

A Mudança começa em Mim! .................26SER, Saber e Fazer Hoje

Grupo Dinamizador ....................................28Unir em torno de uma estratégia comum

Em jeito de conclusão ...............................30

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2015 O Planeta e as

Pessoas no centro das Políticas

Vivemos hoje um momento

privilegiado da história - a

transição entre paradigmas.

As incongruências e os desajustes

dos sistemas tais como os

conhecemos têm-se revelado tão

evidentes que começa a tornar-se

impossível continuarmos a virar as

costas.

As desigualdades sociais, a falta

de acesso a iguais oportunidades

e a crise de valores são gritantes.

A pressão sobre a natureza e o

planeta em geral, tende a chegar

a um ponto limite que exige uma

viragem total na forma como nos

relacionamos com os recursos

generosamente disponibilizados

pelo planeta, como nos

relacionamos com as pessoas que

nos rodeiam e consequentemente

uma viragem nos nossos modos de

vida para podermos garantir que as

gerações futuras tenham acesso a

um futuro digno e sorridente.

Os modelos económicos tal como

os conhecemos assentam no

crescimento económico ilimitado.

Só que o planeta é finito e os seus

recursos também.

Para além disso, temos visto que o

crescimento económico de

uns é sinónimo de pobreza

e exclusão social de muitos

outros, sejam pessoas, grupos de

interesses ou países. É igualmente

sinónimo de devastação de

florestas, poluição dos oceanos, de

alterações climáticas profundas, de

desigualdade a todos os níveis, de

fome e dor, de vazios existenciais

e de infelicidade. O planeta está a

ser destruído e com ele todos nós,

incluindo as gerações futuras.

A mudança impõe-se e é

inevitável, independentemente

de a querermos ou não. É algo

profundamente natural a todos os

sistemas do universo.

A questão que devemos colocar é:

uma mudança em direção a quê?

como?

Conta uma história que a dois

comandantes foi dada uma missão.

A um cabia levar o seu navio para

o oceano, navegar e desviar-se dos

icebergs. Ao outro comandante foi-

lhe pedido que levasse o seu navio

para o oceano mas com o objetivo

de chegar ao continente que ficava

do outro lado do mesmo.

Pois bem, enquanto que o primeiro

comandante tinha por objetivo

navegar, desviando-se dos icebergs

mas sem chegar a qualquer destino

definido, o segundo comandante

sabia que tinha de chegar ao outro

lado do oceano e que pelo caminho

tinha de estar muito atento para se

desviar dos icebergs.

TERRA...a nossa casa!

Em que mundo queremos viver?

Quando não se sabe para onde se vai, qualquer caminho serve.

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Que ensinamento podemos

retirar daqui?

Quando não sabemos para

onde vamos, qualquer caminho

serve, mas quando sabemos o

ponto onde queremos chegar,

quaisquer que sejam os desafios,

os obstáculos e os desvios, se nos

mantivermos focados no ponto

de chegada, poderemos sempre

ajustar a nossa ação sem perder

de vista onde queremos chegar.

Por isso, a questão que se deve

colocar neste momento em

relação à Mudança, entre muitas

outras possíveis, é: que futuro

queremos em conjunto construir

em Câmara de Lobos?

Dito de outra forma...Em que

mundo queremos viver e deixar

para as gerações futuras?

A mudança em direção a quê?

Inevitavelmente em direção a

estilos e modos de vida mais

simples, mais de acordo com os

ritmos da natureza, sustentáveis,

num planeta onde a Ética do

Cuidado, a Paz e o AMOR, estão

presentes.

A mudança em direção ao

futuro que se pretende construir.

E que futuro é esse? aquele

que em conjunto, de forma

participada e responsável formos

capazes de fazer, no presente que

é HOJE.

É preciso cuidar do Planeta para as gerações futuras!

Quem sou EU?

Uma Nova História sobre as Pessoas Charles Eisenstein

O mundo que vemos

à nossa volta é

baseado na história

de que somos seres

humanos separados

(de nós), entre outros

seres separados, num

universo igualmente

separado de nós.

Como seres separados de tudo e de todos,

precisamos de dominar, sobretudo quando

nos sentimos ameaçados. Queremos ter

o poder sobre os outros e até sobre a

natureza.

Mas esta história está a ficar obsoleta e já

não ressoa mais em nós, gerando crises sem

precedentes, a todos os níveis e em todo o

mundo.

Nós sabemos dentro de nós que este

não é o mundo que queremos para os

nossos filhos e para os filhos deles. Mas o

que estamos nós a construir dentro e fora

de nós, em cada momento?

Nas últimas décadas, com os avanços da

física quântica, da biologia, da neurociência

e da astronomia entre outros, uma nova

história sobre as pessoas e a sociedade que

seremos capazes de construir começa a

emergir.

As nossas mentes ainda não a conseguem

ver e compreender, mas a partir do

momento que ela encontra ressonância

dentro de nós, no nosso Coração, temos a

responsabilidade de AGIR, começando por

nós.

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Agenda 21Câmara de Lobos

01 VALORIZAR AS PESSOAS,

estimulando o capital humano

do Município e reforçando a

Coesão Social.

02 APOSTAR NO TURISMO

e na animação cultural como

fator de afirmação de Câmara

de Lobos.

03 DINAMIZAR A ECONOMIA

LOCAL e adotar políticas

municipais de desenvolvimento

sustentável.

OBJETIVOS estratégicos

Vivemos hoje um tempo novo! Um tempo

socialmente diferente. Com a globalização das

coisas, das gentes e das ideias, os processos e as

estruturas sociais, económicas, politicas e culturais

sofreram profundas transformações. O mundo

mudou!

Afirmei que o tempo das grandes obras já lá vai,

tiveram o seu desenvolvimento em momento

oportuno, e agora é chegada a hora de realizar ações

e obras de proximidade que terão, não tenho dúvidas,

um impacto positivo na vida das pessoas.”

Pedro Coelho, excerto do discurso de Tomada de Posse (2013)

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O FUTUROque queremos!

R ealizar o Futuro é permitir sonhar, imaginar, definir o

que queremos e passar à ação para realizar esse futuro, hoje, no que está ao nosso alcance, a partir do lugar onde estamos. A agenda 21 local indica-nos um caminho possível. No caso de Câmara de Lobos, ela remete-nos para a construção de um mundo melhor para todos sem exceção, incluindo as gerações futuras e o próprio ambiente, assente em cinco “(...) vetores considerados orientadores da vocação coletiva futura do concelho: as pessoas, o mar, a agricultura, o turismo e a economia local.” Diz respeito a toda a gente (dos mais novos aos mais idosos) e toda a paisagem organizacional do território (empresas, escolas, centros de saúde, centros de emprego, instituições de solidariedade social, associações, coletividades, município, juntas de freguesia, serviços da segurança social, igreja, centros paroquiais e santas casas da misericórdia, entre outros), porque ela concerne a todos, enquanto coletivo. A agenda 21 de Câmara de Lobos traz-nos da dimensão individual (EGO) para a dimensão coletiva (ECO), em torno de um desenvolvimento participado, tendo por base um modelo económico responsável e sustentado. Responsável na gestão dos recursos existentes, sejam do planeta, dos territórios, das organizações ou das pessoas; responsável no cuidado para com o planeta e na construção do Bem-Estar de todos.

04 INCENTIVAR a

modernização da AGRICULTURA

e a dinamização da economia

do MAR.

OBJETIVOS estratégicos

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Integrado no espírito da Agenda 21

Local e no seu eixo estratégico – as

PESSOAS – o programa Intervenção

Social Participada, constitui uma das

suas dimensões de operacionalização

que não pode ser desligada das

demais que integram a totalidade da

intervenção do município.

Pretende-se promover um

desenvolvimento “(...) que satisfaz as

necessidades do presente sem

comprometer a capacidade das

gerações futuras de satisfazerem

as suas próprias necessidades|e,

de forma integrada|(...) aumentar

a qualidade de vida da população e

conseguir comunidades locais não só

ambientalmente sustentáveis mas

também sustentáveis nos outros

aspetos. Isto revela a necessidade

da eficiente integração dos aspetos

económicos, sociais, ambientais e de

boa governação”1.

1 Município Câmara de Lobos.

De forma participada pelos cidadãos

e pelas organizações que intervêm no

concelho, pretende-se, entre outros,

fazer um diagnóstico social, definir

o conceito de Bem-Estar e elaborar

uma proposta de programa de

intervenção, que será publicamente

apresentada até ao final do corrente

ano.

i n t e r v e n ç ã o s o c i a l p a r t i c i p a d a

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guia

de

recu

rsos

...

Este Guia, enquanto instrumento de caráter informativo, tem como principais

objetivos valorizar e dar visibilidade ao trabalho social desenvolvido pelas

Instituições e em simultâneo reforçar o trabalho em rede, permitindo às

instituições e aos cidadãos conhecer melhor as respostas sociais existentes.

Pretende-se igualmente contribuir para um processo de diagnóstico e

aprofundamento da realidade social do concelho, através de um maior

envolvimento de todos os parceiros sociais no processo de tomada de decisões,

com vista à planificação de futuras medidas de política social municipal que

sustentem o bem-estar comum.

Na construção deste caminho, contamos com o envolvimento de TODOS os

parceiros sociais e instituições, cuja participação e contributo foi fundamental

para a elaboração deste trabalho.

Reconhecendo ainda a relevância de outras instituições de fora do concelho que

prestam apoio social às PESSOAS de Câmara de Lobos, é nosso objetivo futuro

inclui-las numa próxima atualização deste Guia.

Nota: o texto apresentado constitui parte integrante da mensagem do Sr. Presidente, no Guia de

Recursos, disponível para consulta online em www.cm-camaradelobos.pt .

Conhecer para uma intervenção mais concertada e eficaz.

ROTEIRO dos Trabalhos

Uma Visão genérica.....

10

01. Objetivos 02. Agenda 03. Participantes9:30 Receção 10:00Sessão Abertura Presidente Câmara Municipal de Câmara de Lobos

10:15 Apresentação do Guia Recursos

10:30 O Planeta, as Pessoas e o Bem-Estar de Todos no Centro das Políticas

11:45 Oficina de Participação Intervenção Social Participada: Onde estamos? Para onde queremos ir? Como?

13:00 Almoço 14:15 Workshop Intervenção Social Participada: Das Ideias à Ação

16:30 Grupo Dinamizador Um Passo para a Ação.

17:30 Encerramento Vereadora Pelouro da Intervenção Social, Educação e Juventude

AHBVCL - BombeirosAssoc. Cult. Recreat. EstreitoAssoc. Desenv. Norte RAMC. S. P. do Carmo C.P.C.J. Câmara de Lobos Câmara de Lobos Viva - ADC CAO - Câmara de Lobos - DRECAP - Câmara de Lobos - DRECasa do Povo - Curral das Freiras Casa do Povo - Estreito Casa do Povo - Jardim Serra Casa do Povo - Quinta Grande Casa do Povo - Câmara de Lobos Centro de Saúde de C.ª Lobos Centro Social P. Santa Cecília

Entre outros....

Criar as condições e os contextos mais favoráveis à participação dos Cidadãos e ao estabelecimento de parcerias, com vista ao desenvolvimento de um programa de intervenção social participada, plenamente integrada na visão estratégica de Câmara de Lobos para o território e para as PESSOAS.

“Podemos não fazer grandes coisas,

mas fazemos as pequenas coisas

com muito Amor.”Madre Teresa de Calcutá

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04. Momentos 05. Resultados

Oficinas de Participação

Onde estamos? Para onde

queremos ir? Como?

WorkshopIntervenção Social Participada: Das

ideias à ação

Entre outros:

1. Um sentimento de Esperança generalizado e de Confiança num projeto que pode vir a assumir -se como um projeto-piloto na Madeira;

2. Uma vontade de se trabalhar em conjunto;

3. Um Grupo Dinamizador;

4. Uma Rede de Contactos para facilitar o processo de recolha de informação para o Diagnóstico Social;

5. Uma Rede de Facilitadores de Oficinas de Participação que abrange todas as freguesias do concelho;

6. Coragem, Alegria e Interajuda.

Clube de Emprego do EstreitoDelegação Escolar C.ª Lobos Direção Regional de Educação EB23 da TorreEB23 Estreito Câmara de Lobos Fundação D. Jacinta O. Pereira Instit. da Seg. Social da MadeiraInstituto de Emprego da MadeiraInvest. Hab. Madeira - EPEJ. Freguesia da Quinta Grande J. Freguesia da Quinta Grande J. Freguesia de Câmara de Lobos J. Freguesia do Curral das Freiras Polícia de Seg. Pública - C.ª LobosUnid. Op. Saúde Pública C.ª Lobos

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“Você nunca sabe que resultados virão da

sua ação. Mas se não fizer nada, não existirão resultados.” Mahatma Ghandi

Criar as melhores condições para um processo participativo constitui sempre um enorme desafio, qualquer que seja

o contexto e os grupos em presença.

Se por um lado temos de conduzir o processo por forma a criar experiências positivas a todos os participantes e

sobretudo a chegar a resultados concretos para a ação, por outro lado, temos de assegurar condições físicas (espaço e

ambiente) e psicológicas (segurança e confiança) de bem-estar para todos os intervenientes, para que: a) a partilha e a

discussão de ideias sejam profícuas e edificantes; b) todos os participantes tenham igual possibilidade de participar e

sintam que o seu contributo é útil e respeitado.

Os desafios que o contexto atual nos coloca, mostra-

nos claramente que é preciso Agir de forma integrada e

concertada, e neste agir transformamo-nos inevitavelmente

e ajudamos a mudar o que nos rodeia.

Tendo por base uma técnica de participação denominada de

World Café ou Café de Bagdad devido à sua origem, convidou-

se todos os participantes a dividirem-se em 5 grupos, com um

mínimo de 10 pessoas cada e a instalarem-se nas cinco mesas de trabalho – os cafés!

Numa periodicidade de cerca de 15 minutos, os “clientes dos cafés” eram convidados a mudar de café e assim

sucessivamente até que todos os grupos tivessem passado por todos os cafés, assegurando-se desta forma uma

participação bastante alargada em todos os temas em análise.

Cada café, tinha um dono que tinha por função, receber os novos clientes, enquadrá-los no tema em debate no seu café

e criar as melhores condições de participação de todos. Era ainda da responsabilidade do dono do café a apresentação

de forma sintetizada, dos resultados finais dos trabalhos de cada café.

Tendo presente o título da Oficina de Participação, o processo participativo realizou-se em torno de um conjunto de

temas. A saber:

1. Intervenção Social Participada e Integrada.

As PESSOAS!

2. Conhecer para melhor Intervir, em conjunto.

O Diagnóstico Social.

3. Definir o Bem-Estar com Todos.

4. Construir o Futuro.

“Em 2020 as pessoas de Câmara de Lobos são

mais Felizes!”

5. A Mudança começa em Mim.

Contextos de Participação efetiva com Resultados para a Ação

OFICINAS DE PARTICIPAÇÃO Onde estamos? Para onde queremos ir?

Como?

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Após a apresentação dos Resultados dos trabalhos resultantes em cada café, impunha-se um salto. O salto

necessário para uma ação mobilizadora, participada e integrada, onde todos tinham de encontrar o seu

espaço e a possibilidade de darem o seu contributo, por mais pequeno que fosse.

Foi assim, que no âmbito do workshop realizado durante a parte da tarde, todos os participantes foram

convidados a darem um passo concreto no sentido da identificação do que cada um poderia fazer no âmbito

duma ação conjunta e concertada.

Tendo em consideração o tempo para a realização deste

momento de trabalho, colocou-se o foco na ação de muito

curto prazo (o que podemos fazer desde já?) que fosse, ao

mesmo tempo, facilitadora e estruturante da intervenção

que se avizinha.

Pretende-se lançar publicamente o programa Intervenção

Social Participada até ao final do presente ano, e portanto,

para que isto possa acontecer numa base alargada de

participação, o que precisa de ser feito e o que pode ser

feito desde já. A saber:

1. Constituição de um Grupo Dinamizador do processo;

2. Definir o Bem-Estar através da realização de Oficinas de

Participação;

3. Diagnóstico Social, integrando os resultados da

participação dos cidadãos e profissionais, nos diversos

contextos criados para o efeito;

4. Proposta do programa Intervenção Social Participada,

integrado na visão para o território e para as PESSOAS.

Para uma Ação Corresponsável

WORKSHOP Intervenção Social Participada: Das ideias à ação

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1. O que está a acontecer em 2020? (que evidências nos mostram que as pessoas são mais felizes)

2. Como funcionam as instituições e as equipas? 3. Como são as relações entre as pessoas?

Intervenção Social participada e integrada. As PESSOAS!1. Que contributos posso dar? 2. Quem são as fontes de informação (concelho/freguesia)

3. Que informação temos? 4. Que informação precisamos e não temos?

Definir o Bem-Estar com Todos.

A Mudança começa em mim!

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Construir o Futuro. “Em 2020 as

pessoas de Câmara de Lobos são mais felizes!”

1. Quais os principais problemas?

2. O que queremos ao invés disto?

3. O que pode ser feito?

4. O que podemos fazer em conjunto?

Conhecer para

melhor intervir em conjunto. Diagnóstico

Social1. Cidadãos: quem escutar já?

2. Profissionais e Dirigentes?

3. Quem nos pode ajudar?

4. Mobilizar para a Participação: o que posso fazer?

1. SER

2. SABER (mais e melhor sobre mim? o que me faz sentir

bem? o que me irrita ou angustia?)

3. FAZER (o que posso fazer já hoje para ser uma pessoa melhor?)

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Principais (Áreas) Problemas Identificados

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UM OLHAR... Intervenção Social Participada e Integrada - As PESSOAS!

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Conhecer para melhor intervir em conjunto

Diagnóstico Social Políticas Territoriais exigem conhecimento

partilhado de todo o território.

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Preconiza-se a conceção de políticas

que sejam capazes de:

> integrar uma capacidade reflexiva,

> englobar a generalidade das

pessoas e das famílias e não

somente as mais desfavorecidas

ou as que se encontram expostas a

determinados tipos de riscos,

> combinar diferentes setores,

recursos, aproximações e métodos,

numa lógica de complementaridade

e não de renovada exclusão,

> ter presente uma efetiva e concreta

participação comunitária.

Neste contexto, a noção de Diagnóstico

Social Partilhado introduz a perspetiva

de um projeto social que vai além da

fragmentação dos conhecimentos

especializados e competências de

cada um dos atores sociais. Privilegia

claramente a noção de dinâmicas

de construção de um saber coletivo

estruturado em interação no decurso

da ação, permitindo a redescoberta

partilhada do território e dos seus

habitantes, remetendo-nos para uma

redistribuição do poder do saber e

uma aproximação da realidade social

pluridisciplinar e multissetorial.

O Diagnóstico Social Partilhado, no

âmbito do desenvolvimento social

territorial, constrói-se com um

grande número de intervenientes (a

população, as organizações com e sem

fins lucrativos, os poderes públicos) de

um mesmo território, numa dinâmica

de Rede que se desenvolve e reforça

numa horizontalidade, onde o respeito,

a autonomia, a corresponsabilização,

a transparência e a partilha

(recursos, informação e poder) são

requisitos necessários ao seu bom

funcionamento. Porém, no plano

prático, estes requisitos chocam com

culturas organizacionais estruturadas

numa lógica vertical bastante

hierarquizada e que funcionam num

registo de “fechamento” face a tudo os

que as rodeia.

Nota disto foi dada pelos próprios

participantes que têm perfeita

consciência das limitações e

obstáculos com que se deparam no

“terreno”. Com a identificação dos

mesmos, registou-se a vontade de

os ultrapassar em conjunto, de forma

construtiva, colocando efetivamente os

cidadãos no centro das preocupações

e do programa de Intervenção Social

Participada a definir.

R

EDE DE INTERLOCUTORES

para Acesso de Informação nas

organizações (presentes).

Criando sinergias e

rentabilizando esforços num

profundo respeito pelas funções

de cada organização – enquanto

fonte de informação - e pelas

questões éticas associadas

ao acesso de informação,

pretende-se com esta Rede

de Interlocutores, facilitar o

acesso à informação útil para

Diagnóstico Social nas diversas

áreas e fomentar desde já o

trabalho em parceria.

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Que contributos posso dar?

Levantamento de dados em parceria,

disponibilização de recursos das

instituições para uma ação comum,

criação de uma base de dados comum

para o diagnóstico social, agir de

forma integrada e complementar, são

algumas das ideias expressas para que

este projeto possa efetivamente ter

resultados práticos para o concelho,

para as instituições e para a sua

população.

Sublinha-se ainda, a abertura para o

conhecimento de outras experiências

implementadas em outros concelhos

e a necessidade de se promover

uma maior abertura para a partilha

e divulgação de informação entre as

instituições.

Que fontes de informação? Constituem fontes de informação,

cada uma das instituições presentes

no concelho, através dos seus diversos

serviços e projetos, com destaque para

o Instituto da Segurança Social pela

natureza das suas funções.

Uma atenção especial deverá ser

igualmente dada aos Relatórios

de Estágios académicos, trabalhos

científicos e os documentos produzidos

pelas diversas Comissões existentes e

universidades.

A população foi igualmente identificada

como fonte de informação a privilegiar.

O que precisamos?

Entre outros, precisamos de

aprofundar o conhecimento sobre

as reais necessidades da população;

uma maior abertura dos serviços e

das instituições para a partilha da

informação; análise e tratamento dos

dados de forma integrada, tendo por

base uma visão estratégica de médio/

longo prazo para o concelho.

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Intervenção Social Participada e Integrada

O que podemos fazer em

conjunto?

Ao invés dos problemas queremos.... entre outros....

»mais igualdade de opor-tunidades, respeito, solidariedade, cidadania, emprego, menos indivi- dualismo e mais jovens com objetivos de futuro; » uma sociedade satisfeita / feliz que promova a corresponsabilidade; »políticas integradas e articuladas que valorizem o potencial do território e das pessoas e que as respeitem como um todo. Melhores redes de transportes e dotação fi-nanceira para a intervenção; »do ponto de vista da intervenção social, uma maior articulação entre o económico e o social. Trabalho em parceria assente em equipas e na comunidade, com recursos humanos qualificados.

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O que pode ser feito..... » Criar mais oportunidades para uma participação cívica mais consciente.

» Olhando e agindo com o Coração, importa escutar, compreender, encaminhar e orientar, num estreitar de relação

onde a proximidade e a confiança se devem fazer presentes.

» COM as pessoas deve ser percorrido um caminho capaz de possibilitar uma maior consciência do que as

rodeia e do mundo em que querem viver,

» potenciando a descoberta dentro de cada um e do coletivo onde se inserem, de algumas das

soluções e respostas que as ajudem a ultrapassar ou a lidar com os problemas com que se

confrontam no dia a dia.

» Neste âmbito, assume pertinência olhar para a Educação como um eixo estratégico

de mudança, devendo ser repensados os modelos educativos vigentes.

» Sublinha-se ainda, a necessidade de uma “rede de transportes alternativas mais

compatíveis com os horários das pessoas”,

» a desburocratização e descentralização dos serviços e das respostas, bem como uma maior

rentabilização e melhor “distribuição dos recursos, informação e conhecimentos”.

» Acresce como possível de ser feito por todos e entre todos, o trabalho em parceria, a formação

adequada às necessidades, a partilha de informação e a melhoria da comunicação.

» Relativamente à comunicação reforçou-se ainda a necessidade de um plano de comunicação e marketing do

concelho por forma a reforçar e valorizar a identidade local.

O que podemos fazer em conjunto? > Estarmos disponíveis para a mudança, o diálogo, a escuta, a participação em ações de formação e

oficinas participativas com dinâmicas que potenciem a partilha e a construção conjunta de

respostas;

> Sermos corresponsáveis por um concelho melhor para todos sem exceção, olhando

para cada cidadão com a dignidade e o respeito inerente à sua condição de

humano, integrando e potenciando o melhor de cada um;

> Trabalhar em rede e em parceria de forma articulada para

melhor rentabilizarmos os recursos existentes. Refletir em

conjunto regularmente. Partilhar conhecimentos e

construir “soluções criativas e inovadoras”;

> Apostar mais na educação, no

empreendedorismo, na intervenção

social e na participação

orientada para o

emprego.

RelatórioIntervenção Social Participada

22

5 março

2015

Definir o Bem-Estar com Todos.... Escutar os cidadãos, os políticos, os dirigentes e os profissionais....

“Ouvir os não ouvidos”

foi uma das respostas encontradas pelos participantes e dá nota da grande necessidade deste processo de escuta

quer seja em torno das questões do Bem-Estar quer seja para aprofundar o conhecimento acerca dos problemas,

das potencialidades e da realidade local, duma forma geral. Parece que ninguém pode ficar de fora deste processo de

escuta se efetivamente se quer pensar Câmara de Lobos com uma visão estratégica largamente partilhada por todos.

A ARTE DE ESCUTAR...

Existe uma diferença entre Ouvir e Escutar. Ouvir, ouvimos tudo, o que queremos e o que não queremos, mas escutar

é uma arte. Escutar é abrir o nosso coração ao Outro. É recebê-lo na nossa “casa” e dar-lhe toda a atenção que merece.

Só assim será possível um processo genuíno de participação e de empenho de todos. Criar as melhores condições

para a participação é criar um espaço de confiança, de humildade, de abertura e amor, para que sem juízos de valor ou

julgamentos, as pessoas se possam expressar e implicar no processo, de forma sincera e genuína.

REDE DE FACILITADORES PARA A PARTICIPAÇÃO EM TORNO DO BEM-ESTAR

Se por um lado, num processo de escuta dos cidadãos importa chegar a uma base cada vez mais alargada de

participação dos cidadãos, por outro ressaltam de imediato as limitações humanas para o efeito, se olharmos

unicamente para cada uma das organizações, per si.

Olhando para o território de Câmara de Lobos é possível encontrar uma paisagem organizacional composta por

diferentes organizações e profissionais que estão, em cada freguesia, em contacto mais directo com os cidadãos. A

avaliar pela informação da caixa ao lado, esta Rede de Facilitadores para a Participação é já uma amostra do que é

possível fazermos em conjunto e do seu efeito multiplicativo.

O QUE NOS PODE AJUDAR A MOBILIZAR? entre outros...

» A relação que estabelecemos com os Outros. Respeitar a sua dignidade e a condição de Pessoa é fundamental.

Acresce o Saber Escutar;

» A nossa capacidade de genuinamente criarmos os melhores espaços de liberdade, diálogo, debate e reflexão;

» Informar de forma transparente e alargada. Devem ser asseguradas as condições para que todos tenham acesso

ao conhecimento sobre a visão, as estratégias, os resultados dos espaços de participação, os diagnósticos e planos de

ação realizados. Informar igualmente dando visibilidade às ações que se vão desenvolvendo;

» Motivar, monitorizar e encontrar soluções que garantam a sustentabilidade das soluções encontradas e dos

processos em curso.

RelatórioIntervenção Social Participada

23

5 m

arço

20

15

05 Agricultores, pescadores

e empresários

03

População idosa

07 Representantes das comunidades

10 Dirigentes e

Responsáveis Políticos

04 Pais, Educadores e

adultos, em geral.

01 Identificar, Mobilizar,

Escutar, Devolver

06 Públicos associados a

problemáticas específicas

08

A própria Parceria

02

Crianças e Jovens

09 Profissionais das

instituições locais

D

EFINIÇÃO DO BEM-ESTAR

Uma aproximação possível....

» 23 facilitadores organizam pelo menos duas

Oficinas de Participação, cada um = 56 oficinas

x 10 participantes em cada Oficina = 560

participantes

» se cada participante responder em média

com 4 respostas a cada uma das 3 questões =

6.720 respostas

» se considerarmos ainda, neste processo

os 23 facilitadores em contexto de formação,

teremos um total de:

» 583 participantes » 6996 respostas a

considerar para a definição do Bem-Estar dos

cidadãos de Câmara de Lobos.

E tudo isto, se o processo for muito bem

organizado, pode ser conseguido em apenas 4

dias. O que vos parece? Sentem-se motivados

para começar?

RelatórioIntervenção Social Participada

24

5 março

2015

EM 2020 AS PESSOAS DE

CÂMARA DE LOBOSsão MAIS

FELIZES!...

C

om o convite para imaginar, sonhar... eis os resultados....

As pessoas têm um nível de consciência de si e dos outros que lhes permite pensar e agir de

forma generosa, simples e responsável.

A população tem capacidade de decisão. Valoriza-se a PESSOA, na sua dimensão do Ser ao

invés do Ter. As pessoas fazem o que gostam e superam objetivos.

As artes têm um lugar importante e

contribuem para a Felicidade.

A

economia é pensada com o

pressuposto do ganho mútuo e o

sistema educativo é pensado em função do

desenvolvimento pessoal, encarando cada

criança como ser único e por isso, a educação

é personalizada.

Vive-se em equilíbrio e toda a gente participa

ativamente nos debates sobre o seu concelho,

conhecendo e divulgando as novas experiências e partilhando o conhecimento.

A

s Instituições do concelho trabalham em redes colaborativas, muito

fruto do planeamento comum, da união, da coesão e da comunicação

aberta existente entre todos. Otimizam-se meios e recursos através de

uma visão integrada do concelho e de novos processos de organização e

funcionamento dentro de cada instituição.

Os gestores e responsáveis políticos escutam a população e os

profissionais que com eles trabalham, para a definição de políticas locais

e programas específicos para as necessidades identificadas.

As equipas são multidisciplinares e interinstitucionais. Intervêm de forma concertada, através

de modelos de intervenção inclusivos desde o seu processo de conceção até à forma de

envolvimento dos públicos mais desfavorecidos ou excluídos.

Estas equipas detêm uma enorme capacidade para aproveitar as potencialidades existentes

(nas pessoas e nos territórios) e estão em permanente formação com vista ao

desenvolvimento das suas competências técnicas, pessoais e sociais.

O que está a acontecer?

Como funcionam as Instituições e as Equipas?

RelatórioIntervenção Social Participada

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5 m

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20

15

EM 2020 AS PESSOAS DE

CÂMARA DE LOBOSsão MAIS

FELIZES!...Como são as relações entre as Pessoas?

As relações entre as pessoas são caracterizadas fundamentalmente pela aceitação de si e

do outro, pelo reconhecimento de que ninguém é perfeito nem ninguém sabe tudo. Existe

uma felicidade coletiva. As necessidades básicas estão satisfeitas, os serviços

descentralizados e, existe igualdade que é transversal a todos. Os jovens estão

motivados e existe uma “boa vizinhança” entre todos.

Valorizam-se as relações, o SER e o FAZER.

“É aquilo que eu faço que

avalia aquilo que eu sou.”

RelatórioIntervenção Social Participada

26

5 março

2015 A Mudança começa em Mim!

T

alvez muito fruto da nossa herança cultural,

estamos sempre à espera que alguém decida e faça

por nós.

Face ao que não gostamos e não concordamos, vamo-

nos conformando e aceitando que tudo seja como

é, porque simplesmente sempre foi assim e nada

há a fazer. Mudar é impossível e nem vale a pena

tentar. Gastamos as nossas energias e acabamo-

nos sempre por chatear. Com alguma segurança,

penso poder afirmar que todos nós sem exceção, em

algum momento das nossas vidas, já passou por uma

situação em que a nossa reação foi esta.

Mas será que isto tem sempre de ser assim? Claro

que não!

Sublinho uma ideia já referida neste documento.

Vivemos tempos de profundas mudanças a todos os

níveis. Os sistemas e as organizações tal como os

conhecemos estão a colapsar e a mudança faz-se

presente, mas esta já é uma mudança com contornos

diferentes dos até aqui conhecidos. Ela já não é

somente um fenómeno externo a nós.

A par da crise mundial e nacional que se vive, um

novo paradigma vai-se libertando da sua fase de

gestação. Serena e lentamente vai emergindo e com

este, dentro de nós algo de diferente vai acontecendo.

Vamos despertando para outras compreensões da

Vida e neste processo vamo-nos (re)descobrindo e

encontrando outras formas de nos relacionarmos com

os outros, com as situações que experienciamos e com

a realidade que nos cerca.

A mudança cá fora começa largamente dentro

de nós. E para que este processo seja o mais

consequente possível, eis que a humildade, a alegria,

a responsabilidade, a abertura e a capacidade de

auto-aceitação são algumas das qualidades que

todos temos e que atualmente se impõem. Na

presença destas capacidades não será mais possível

esperar que os outros façam por nós. Ninguém nos

pode mudar a nós próprios, a não ser nós mesmos.

Ninguém pode mudar a nossa forma de ser, de sentir,

de nos relacionarmos ou a nossa atitude na Vida.

Só nós. E quando isto acontece, tudo muda à nossa

volta.

O grupo presente nos trabalhos deixou bem claro esta

Vontade de mudar e a capacidade para o fazer. Claro

que nem todos estarão no mesmo registo e no mesmo

nível de empenhamento, mas no tempo e no ritmo

de cada um, com AMOR tudo pode acontecer. Basta

ajudarmo-nos uns aos outros, respeitarmo-nos e

aceitarmo-nos tal como somos acreditando que todos

temos um potencial para descobrir e que é na relação

de um EU com um OUTRO, que isso acontece.

Ser criança para ser feliz, para ser simples e amar todas as coisas.

27

RelatórioIntervenção Social Participada

28

5 março

2015 Grupo

DinamizadorUm grupo de trabalho com a missão de UNIR em torno de uma Estratégia comum...

Definir algumas indicações básicas do funcionamento do Grupo03

A té ao final do corrente ano, uma proposta de

programa Intervenção Social Participada, resultante de um processo integrado e participativo bastante alargado é apresentada publicamente e um pacto territorial para a intervenção é assinado. Esta é a formulação do principal resultado a atingir com o trabalho deste grupo, constituído por uma organização de cada uma das seguintes áreas: Saúde, Emprego, Formação, Educação e Habitação. Acrescem ainda o Município e o ISS da Madeira. A partir do momento em que se encontrem indicados os representantes de cada uma das organizações identificadas no workshop, urge uma primeira reunião para apresentação e definição do Plano de Trabalho deste Grupo. As questões que se devem aqui colocar podem ser basicamente quatro: Para que até ao final do corrente ano seja apresentada publicamente uma proposta de programa de Intervenção Social Participada, o que precisamos de fazer? Quem faz? Com quem? Até quando? A simplicidade, a alegria, a comunicação, a transparência, a humildade, a responsabilidade no cumprimento das tarefas, a participação de todos, a integração dos diversos setores, a cooperação e a complementaridade deverão ser alguns dos princípios norteadores da ação deste grupo. Os documentos produzidos e a informação neles contida deve ser simples e acessível a todos.

Definir um Plano de Trabalho01

02Mtilina quem haedo, ne in des rei pessme moli ferivir lost omnotemena.

Definir um sistema de comunicação eficaz entre todos

RelatórioIntervenção Social Participada

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5 m

arço

20

15

Apoiar a dinamização da Rede de Facilitadores da Participação04

Organizar e apoiar o Processo Participativo06

Criar Base de dados comum com indicadores para Diagnóstico Social08

07Mtilina quem haedo, ne in des rei pessme moli ferivir lost omnotemena.

Validar documentos com toda a parceria e integrar contributos

Apoiar a apresentação e discussão Pública do programa de Intervenção09

Apoiar a elaboração dos documentos Diagnóstico Social e proposta de

Programa

05

EM JEITO

DE CONCLUSÃO....

RelatórioIntervenção Social Participada

30

5 março

2015

Mais do

que uma Intervenção

Social seto- rializada, no

âmbito da qual os “públicos-alvo” são meros consumidores

dos dispositivos sociais e intervenções socioeducativas de caráter mais assistencialista

ou caritativo, preconiza-se em Câmara de Lobos a conceção de

programas integrados através dos quais se pretende:

a) englobar a totalidade das PESSOAS, no seu contexto de vida quotidiana e não somente as

mais desfavorecidas ou em risco; b) combinar diferentes setores, recursos,

aproximações e métodos, numa lógica de complementaridade;

c) ter presente uma efetiva e concreta participação comunitária;

d) conceber o social como indissociável do ambiente cultural, ecológico, económico, político e espiritual em que tem lugar.

Só por isto, o desenvolvimento social em Câmara de Lobos deixa antever uma mudança inevitável, simultaneamente estruturante e estruturadora de novas formas de ser, saber e fazer. Anuncia relações sociais duma outra

natureza, apela à mudança das práticas profissionais e organizacionais, mobiliza novas competências e reclama ferramentas e saberes específicos do

domínio do fazer. Trata-se de passar da lógica de “quintal” , à lógica da intervenção estratégica,

numa dinâmica participativa; dos procedimentos de cuidado e paternalismo, para os de responsabilização e participação; do tratamento dos problemas do concelho ao

desenvolvimento do mesmo. Realizar o Futuro é o objetivo.

O desafio foi lançado e aceite por todos os que participaram nos trabalhos deste dia. Mais se juntarão no âmbito da Agenda XXI e do PDM, entre outros.

Diz um sábio que o caminho faz-se caminhando, passo a passo. Permitam-se experimentar, errar, dar o vosso melhor e já que vão fazer..... que façam com alegria e muito AMOR.

Realizar o Futuro...

RelatórioIntervenção Social Participada

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5 m

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Mais do

que uma Intervenção

Social seto- rializada, no

âmbito da qual os “públicos-alvo” são meros consumidores

dos dispositivos sociais e intervenções socioeducativas de caráter mais assistencialista

ou caritativo, preconiza-se em Câmara de Lobos a conceção de

programas integrados através dos quais se pretende:

a) englobar a totalidade das PESSOAS, no seu contexto de vida quotidiana e não somente as

mais desfavorecidas ou em risco; b) combinar diferentes setores, recursos,

aproximações e métodos, numa lógica de complementaridade;

c) ter presente uma efetiva e concreta participação comunitária;

d) conceber o social como indissociável do ambiente cultural, ecológico, económico, político e espiritual em que tem lugar.

Só por isto, o desenvolvimento social em Câmara de Lobos deixa antever uma mudança inevitável, simultaneamente estruturante e estruturadora de novas formas de ser, saber e fazer. Anuncia relações sociais duma outra

natureza, apela à mudança das práticas profissionais e organizacionais, mobiliza novas competências e reclama ferramentas e saberes específicos do

domínio do fazer. Trata-se de passar da lógica de “quintal” , à lógica da intervenção estratégica,

numa dinâmica participativa; dos procedimentos de cuidado e paternalismo, para os de responsabilização e participação; do tratamento dos problemas do concelho ao

desenvolvimento do mesmo. Realizar o Futuro é o objetivo.

O desafio foi lançado e aceite por todos os que participaram nos trabalhos deste dia. Mais se juntarão no âmbito da Agenda XXI e do PDM, entre outros.

Diz um sábio que o caminho faz-se caminhando, passo a passo. Permitam-se experimentar, errar, dar o vosso melhor e já que vão fazer..... que façam com alegria e muito AMOR.

Câmara Municipal de Câmara de LobosPraça da Autonomia9304-001 Câmara de LobosTel: 291 911 080 Fax: 291 944 499Web: www.cm-camaradelobos.pt Email: [email protected]

Relatório