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Dezembro de 2010 [INTERNET E LIBERDADE DE OPINIÃO] Faculdade de Economia Universidade de Coimbra Internet e Liberdade de Opinião José Silva Dezembro de 2010 Coimbra

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Dezembro de 2010  [INTERNET E LIBERDADE DE OPINIÃO] 

 

 

 

 

Faculdade de Economia

Universidade de Coimbra

 

 

Internet e Liberdade de Opinião

 

 

 

 

 

 

 

 

 

José Silva

 

Dezembro de 2010

Coimbra

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Universidade de Coimbra Faculdade de Economia

Internet e Liberdade de Opinião

Trabalho realizado no âmbito da cadeira de Fontes de Informação Sociológica

(Oficina de Projecto I), do curso de Sociologia, leccionada pelo professor Paulo

Peixoto.

Autor do Trabalho:

- José Valentim Cunha da Silva

- Nº 2008028708

Imagens da capa retiradas de:

http://www.google.pt/images?um=1&hl=pt‐

pt&biw=1280&bih=709&tbs=isch:1&sa=1&q=internet+e+opiniao&aq=f&aqi=&aq

l=&oq=&gs_rfai= 

 

 

Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra 

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Índice

 

1. Introdução ............................................................................................... 1 

2. Estado das Artes ...................................................................................... 2 

2.1. A internet, rádio e televisão ............................................................. 2 

2.2. História da Internet .......................................................................... 3 

2.3. Internet em Portugal ........................................................................ 4 

2.4. Criminalidade Informática ................................................................ 5 

3. Descrição detalhada da pesquisa ............................................................ 7 

4. Avaliação da página da Internet .............................................................. 9 

5. Ficha de Leitura ....................................................................................... 10 

6. Conclusão................................................................................................. 14 

7. Referências Bibliográficas ........................................................................ 15 

 

ANEXO A – Página da Internet Avaliada 

ANEXO B – Texto suporte da ficha de leitura 

ANEXO C – Lei nº109/2009, de 15 de Setembro 

 

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José Silva   Página 1  

 

1. Introdução

O  presente  trabalho  tem  como  título:  “Internet  e  Liberdade  de  Opinião”, 

realizado  no  âmbito  da  cadeira  de  Fontes  de  Informação  Sociológica  (Oficina  de 

Projecto  I).  Este  trabalho  aborda  o  fenómeno  da  internet,  nomeadamente  a  sua 

expansão no mundo, incluindo Portugal.  

De  todos os  temas  apresentados, este  foi o que me  suscitou mais  interesse, 

uma vez que a sua  intemporalidade e o seu constante desenvolvimento são  factores 

de análise muito interessantes. 

Como é um tema muito abrangente decidi  incidir o meu trabalho centralizei a 

minha  atenção  no  impacto  da  Internet  na  sociedade,  (“sociedade  de  informação”). 

Desta forma dividi o estado das artes em quatro subtemas: 

1. A internet, rádio e televisão 

2. História da Internet 

3. Internet em Portugal 

4. Criminalidade informática 

 

De  seguida  faço uma descrição detalhada da minha pesquisa e da página de 

internet avaliada: 

http://www.isoc.org/ 

E  concluo  o  meu  trabalho,  com  a  elaboração  de  uma  ficha  de  leitura

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José Silva   Página 2  

 

2. Estado das Artes

2.1. Internet, rádio e televisão

A internet é sem sombra de dúvidas um meio de comunicação com uma grande

influência no quotidiano das pessoas. Ela permitiu uma nova forma de comunicação a

nível mundial. Inicialmente, o seu acesso era restrito a uma certa parte da população,

pois como era um meio de comunicação escasso só as pessoas com um grande poder

económico puderam aceder a esta.

Com o passar dos tempos o seu uso começou a ser cada vez mais vulgarizado,

permitindo assim, um acesso menos restrito. A internet sempre teve um carácter

atractivo, principalmente pelas funções que permitia desempenhar, nomeadamente o

contacto com uma população mundial, ligada pela mesma rede. Isto era algo que dantes

não era tão simples. O contacto com outras pessoas era feito via telemóvel/telefone e,

mesmo assim, não permitia um contacto com várias pessoas em simultâneo.

Todavia, ainda existe uma grande discrepância no que respeita ao acesso da

Internet, nomeadamente entre o hemisfério Norte e Sul do mundo, por exemplo, o

acesso à Internet é muito maior na Europa do que na África do Sul.

“Há quase duas décadas que as novas tecnologias beneficiam de uma publicidade em todos os quadrantes como nenhuma outra actividade social, política, desportiva ou cultural. Paradoxalmente, quase ninguém ousa criticá-las, nem levantar a questão de saber se, por um lado, merecerão desfrutar de tal estatuto no espaço público e se, por outro, corporizam um progresso de tal forma incontestável que justifique as veementes vozes que clamam pela imperiosa necessidade de “modernização.” Para muitos, o número de computadores ligados à Internet parece ser o índice mais seguro do grau de desenvolvimento de um país, ou mesmo do seu grau de inteligência.” (Walton, 2000: 75 a 76).

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José Silva   Página 3  

A internet fez com que as pessoas começassem a usar este veículo de

comunicação, inicialmente por curiosidade e mais tarde por dependência. Vive-se cada

vez mais num espaço comum a todos os utilizadores, denominado de “ciberespaço”.

“ (…) ciberespaço faz (…) parte das rotinas da vida quotidiana. Quando lemos o nosso correio electrónico, enviamos mensagens para um painel de notícias electrónico ou reservamos bilhetes de avião através de uma rede de computadores, estamos no ciberespaço. No ciberespaço, podemos conversar, trocar ideias e adoptar identidades fictícias que nós próprios criamos. (Turkle, 1997:12)

O seu progresso e a melhoria do seu sistema de navegação transformou-a de uma

simples rede de comunicação a um instrumento poderoso de negócios a nível mundial.

A sua utilização levou à criação de um conceito que definisse a influência deste veículo

na sociedade, originando assim a sociedade de informação. No entanto, a internet não

iria simplificar a circulação da informação de uma forma pacífica, talvez inicialmente

fosse assim, mas com o seu progresso esta circulação não foi tão pacata, logo se entra

em confrontos devido a pontos de vista muito divergentes.

Claro está que a Internet não veio substituir a rádio ou a televisão, no entanto,

rapidamente foi possível aceder à rádio e à televisão através da Internet. A existência de

um sistema de regulação permitiu a sobrevivência da televisão e da rádio, caso contrário

a liberdade de informação iria ser uma desordem progressiva.

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José Silva   Página 4  

 

2.2. História da Internet

 

A ascendente da Internet nasceu em 1969, de um projecto desenvolvido nos

EUA, do Ministério da Defesa (Department of Defense). Chamava-se ARPANET e

tinha como objectivo a interligação de computadores utilizados em centros de

investigação com fins militares.

Após a sua apresentação pública em 1972, a ARPANET continuou a crescer

durante os anos 70, no entanto, continuava a ser uma rede muito controlada pelos

serviços militares e inacessível a abundantes grupos académicos internacionais e dos

EUA inclusive. “O ARPANET foi uma das primeiras redes da história da Internet

actual” (Wikipédia, 2010). E foi em 1983, com a aceitação dos protocolos TCP/IP na

ARPANET, esta rede foi conectada com outras redes, tornando-se cada vez mais

popular.

 

 

 

 

   

 

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José Silva   Página 5  

 

2.3. Internet em Portugal

Em Portugal, desde o ano 2000, estão disponíveis os serviços ADSL

(Asymmetric Digital Subscriber Line), - isto é, uma tecnologia de comunicação que

permite a transmissão de dados ou informação através de uma linha telefónica ou

modem, sendo este último um dispositivo que modela determinada informação para um

formato digital para que este possa ser transmitido através da Internet. No entanto só em

2002, é que estes serviços foram aceites pela população.

Segundo a Wikipédia (2010), estima-se que a população portuguesa tem uma

percentagem de 50%, relativamente à adesão a estes serviços.

Em Portugal as empresas que “dominam” este mercado, são essencialmente

duas: a Portugal Telecom e a Sonae. Com o desenvolver das tecnologias, estas empresas

oferecem diversos serviços tanto a redes domésticas como a redes empresariais.

No nosso país, diversas foram as medidas estabelecidas para que não fossem

violados quaisquer direitos de personalidade, segundo Marques, “Será garantido o

direito à intimidade da vida privada, (…) A informática não poderá ser usada como

arma política, (…) Há que preservar a vida privada contra todas as formas – tradicionais

e modernas – da sua violação” (1975: 68 a 69).

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José Silva   Página 6  

2.4. Criminalidade Informática

 

Antes de mais, em que consiste a criminalidade informática?  

 “Realização de uma acção que, reunindo as características que delimitam o  conceito de  crime,  seja  levado a  cabo utilizando um meio  informático, seja hardware ou software” (Miguel Rodriguez, s.d.)  

Por outro lado, no que respeita à legislação da criminalidade informática, sabe‐se 

que  foi  promulgado  em  1991  a  Lei nº109/91 (Diário da República de 17 de

Agosto de 1991), no entanto esta lei já foi reformulada por comunicado do Ministério 

da Justiça no ano de 2009. No entanto nas disposições gerais na lei encontramos não a 

definição de criminalidade informática, mas sim a de Falsidade Informática, na qual se 

encontra explicitamente registado em que consiste este tipo de crime:

“Quem,  com  intenção  de  provocar  engano  nas  relações  jurídicas, introduzir,  modificar,  apagar  ou  suprimir  dados  informáticos  ou  por qualquer  outra  forma  interferir  num  tratamento  informático  de  dados, produzindo dados ou documentos não genuínos,  com a  intenção de que estes  sejam  considerados  ou  utilizados  para  finalidades  juridicamente 

como se o fossem…” (in Lei nº109/2009, de 15 de Setembro)1  Uma  das  características  da  Internet  é  a  sua  rapidez  de  comunicação,  o  que 

torna fácil o acesso a tudo e a todos. Mas esta característica nem sempre é benéfica, o 

que  origina  muitas  vezes  a  violação  de  imposições  e  normas  previamente 

estabelecidas,  apropriando‐se  de  “bens  informáticos”  de  outrem.  Neste  segmento, 

diversos  têm  sido os artigos e posteriores punições para quem  violar essas mesmas 

regras. E uma das vantagens da  Internet é o seu carácter  imprevisível e facilidade de 

acesso  a  todo  o  tipo  de  informação,  “Foi  sem  dúvida  a  informática,  com  muito 

particular  virulência  que  imprimiu  a  formas  de  devassamento  da  vida  privada” 

(Ascensão, 2001:14). 

 

 

                                                            1 Lei em Anexo. 

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José Silva   Página 7  

O  governo  português  tem  tomado  diversas  medidas  em  prol  da  defesa 

daqueles que viram violada a sua intimidade pessoal,

 

“De  acordo  com  o  Executivo,  a  proposta  de  revisão  do  Código  Penal contempla o alargamento das penas alternativas à prisão para  crimes de menor  gravidade  (…)  A  proposta  prevê  também  o  aumento  da responsabilidade  penal  de  pessoas  colectivas  (empresas,  associações  e fundações) por  violação das  regras de  segurança,  (…) dolo  informático  e nas comunicações…” (Público, 2006) 

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José Silva   Página 8  

3. Descrição detalhada da pesquisa

 

Na realização deste trabalho o primeiro obstáculo com o qual me deparei foi a

escolha do tema, visto que todos eles eram bastante interessantes.

Inicialmente, o tema por mim escolhido havia sido “As novas religiões em

Portugal”, no entanto após posterior reflexão optei pelo tema “Internet e liberdade de

opinião”, visto que estudar o impacto da tecnologia na sociedade pareceu-me deveras

interessante. Depois de estudar algumas fontes, fiz uma planificação com os pontos que

achava pertinentes para tratar neste trabalho. Deste modo, incidi a minha pesquisa sobre

os seguintes tópicos: A internet, rádio e televisão, História da Internet, Internet em

Portugal, Criminalidade informática.

Inicialmente é sempre um tanto complicado a elaboração do trabalho, mas caso

façamos um esboço torna-nos as coisas muito mais fáceis, e foi o que me ajudou na

realização deste trabalho académico. As principais fontes de pesquisa que utilizei, foram

o recurso a livros e alguma pesquisa na Internet.

Centrei a minha pesquisa bibliográfica, essencialmente, na biblioteca da

Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra. Através do catálogo da

biblioteca, fiz uma pesquisa simples (opção “qualquer campo”) com o título do trabalho

<Internet e liberdade de Opinião>, no qual não obtive nenhum resultado.

Visto que a pesquisa inicial não surtiu quaisquer frutos, decidi ser mais

específico na pesquisa, separando os assuntos que realmente me interessavam.

Novamente seleccionando a opção “qualquer campo”, decidi fazer uma pesquisa com a

palavra <Internet>, na qual obtive cem registos, mas visto que a maioria deles era

literatura estrangeira e muito direccionada para as questões mais económicas, decidi

fazer uma nova pesquisa com os mesmos critérios das pesquisas anteriores, mas com as

palavras <Internet e sociedade>, pesquisa que me deu oito resultados, sendo que, os que

achei mais pertinentes foram os seguintes:

Internet e sociedade, uma tradução de Maria da Graça Pinhão;

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José Silva   Página 9  

Estudos sobre o Direito da Internet e da Sociedade de Informação, de José de

Oliveira Ascensão (2001);

O primeiro parecia-me bastante interessante, mas o empréstimo não era

autorizado. Procurei esse mesmo livro na tentativa de o consultar dentro da biblioteca,

mas também não o encontrei.

Ora, com a insuficiência de resultados na pesquisa anterior decidi fazer uma

nova pesquisa, desta vez, com a opção “por assunto” e com as palavras <Internet e

Liberdade de Opinião”, na qual, não obtive nenhum resultado específico, embora os

resultados próximos apresentados também foram bastante úteis.

Na Internet baseei a minha pesquisa essencialmente, no motor de busca Google.

Iniciei a minha pesquisa simples por <Internet> da qual obtive cerca de 1.670.000.000

resultados. Posteriormente efectuei outra pesquisa simples por <Internet e liberdade de

Opinião>, e esta deu-me cerca de 1.430.000 resultados. No entanto, os resultados

obtidos eram em grande parte “ruído” o que me levou a incidir mais na leitura de livros.

Embora o meu trabalho revele a utilização de poucas fontes, apercebi-me que

todas as que obtive tinham uma certa sintonia no tratamento do assunto o que me levou

a optar por um número mais reduzido de fontes.

 

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José Silva   Página 10  

 

4. Avaliação da Página da Internet

 

Seguindo a ordem de trabalhos proposta, realizei a avaliação de uma página da

internet, página essa da organização Internet Society (www.isoc.org).

A Internet Society (ISOC) é uma organização sem fins lucrativos, que se destina

a promover a internet segundo uma política de normas e educação para o uso desta por

todos, em todo o mundo. Tudo isto através de uma governação aberta e inclusiva.

Esta página tem informação de qualidade relativamente à minha temática,

internet e liberdade de opinião. Está estruturada através de oito separadores de fácil

utilização, que se ligam a temas específicos. Entre eles encontram-se as publicações, os

eventos e a educação.

No que toca ao carácter ilustrativo, esta página é um pouco formal, dado que

apresenta em baixo número de imagens. É uma página gratuita de rápido carregamento,

tendo-se, também, a possibilidade de fazer doações para se levar a internet àqueles que

ainda não conhecem este meio de comunicação. Assim, com esta página podemos fazer

contribuições e ao mesmo tempo informarmo-nos sobre esta organização e as

actividades que tem agendadas para assegurar a internet a todas as pessoas, de todo o

mundo.

Considero, portanto, que a informação presente nesta página é credível,

permitindo os contactos dos seus membros e das suas sedes.

Em conclusão, considero a página www.isoc.org muito acessível, embora não

tenha uma versão em português, o que pode criar uma barreira linguística. Conta com

um conteúdo bastante interessante e diversificado. Sendo, também, uma página de fácil

acesso e navegação.

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José Silva   Página 11  

5. Ficha de Leitura

 

Titulo da publicação: Sociologia Problemas e Práticas

Autor: Maria de Lurdes Rodrigues e João Trocado da Mata

Local onde se encontra: Na internet, disponivel em: < 

http://www.scielo.oces.mctes.pt/pdf/spp/n43/n43a10.pdf> 

Data da publicação: 2003

Local de edição: Oeiras 

Editora: Celta Editora

Título do capítulo: A utilização de computador e da internet pela população

portuguesa.

Número de páginas: 161‐178

Palavras-chave: Sociedade de Informação

Assunto: O uso da internet na população portuguesa

Data da Leitura: Dezembro de 2010

Notas sobre os autores:

Maria de Lurdes Rodrigues nasceu em Lisboa, a 19 de Março de 1956), é professora

universitária e política portuguesa.

Professora Associada do ISCTE-IUL, onde lecciona desde 1986. Aí concluiu o

doutoramento em Sociologia, em 1996, e prestou provas de agregação, em 2003. Foi

representante nacional no Working Party of R&D and Innovation Survey

no Eurostat (1996-2002), presidente do Observatório das Ciências e das Tecnologias do

Ministério da Ciência e da Tecnologia (1997-2002) e representante nacional no Grupo

Indicadores para a Sociedade da Informação da OCDE (1999-2002). Exerceu ainda

actividades de consultoria e gestão de recursos humanos e formação profissional em

diversas instituições.

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Dezembro de 2010  [INTERNET E LIBERDADE DE OPINIÃO] 

 

José Silva   Página 12  

É autora de dezenas de artigos publicados em revistas científicas e obras colectivas e

dos seguintes títulos monográficos: Sociologia das Profissões (1997), Os Engenheiros

em Portugal (1999) e A Escola Pública pode fazer a Diferença (2010).

 

João José Trocado da Mata 

Nasceu a 14 de Setembro de 1969. Licenciado em Sociologia pelo Instituto

Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE). Doutorando em Sociologia no

ISCTE.

Director-Geral do Gabinete de Estatística e Planeamento da Educação (GEPE)

do Ministério da Educação (2007-2009). Coordenador do Plano Tecnológico da

Educação (2007-2009). Director, em exercício, do Gabinete de Informação e Avaliação

do Sistema Educativo (GIASE) do Ministério da Educação (2006-2007). Director-

adjunto do GIASE (2005-2006). Professor no ISCTE (2004-2005). Director do

Observatório da Sociedade da Informação e do Conhecimento (2003-2004)

Coordenador das publicações:

«Treading the Path to the Knowledge Society: Patterns of ICT Diffusion in

Portugal» (UMIC, 2003)

«Sociedade da Informação: Principais Indicadores Estatísticos, 1995-2001» (OCT,

2002)

Co-autor do artigo «A Utilização de Computador e da Internet pela População

Portuguesa» (Sociologia Problemas e Práticas, n.º 43, 2003)

Co-autor do livro «10 Anos de Mecenato Cultural em Portugal» (OAC, 1997)

 

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José Silva   Página 13  

Resumo:

 

O artigo consiste na análise da aplicação de um inquérito que tinha como objecto

de estudo a utilização de computador e da internet em Portugal, no ano de 2002. Este foi

um estudo realizado com o intuito de dar um contributo para uma melhor análise das

condições sociais e para a generalização e massificação do acesso às tecnologias da

informação e da comunicação.

 

Estrutura

Inicialmente, os autores explicam em que contexto é que surge o conceito de

sociedade de informação. Este surge por meio de diversos debates académicos,

englobando características económicas e sociais, por forma a explicar traços e

características das sociedades pós-industrializadas.

A sociedade de informação edificou-se através de reconhecimentos relacionados

com várias transformações de essência sócio-económica, tecnológica e cultural,

nomeadamente, pela micro – electrónica e pelas comunicações que passaram a ser

dominantes na sociedade. A existência de cada vez mais profissões científicas e

tecnológicas levou a que os portugueses ficassem um tanto dependentes da tecnologia.

Na actualidade, o conceito de sociedade de informação é muito popular,

passando por abordagens analíticas até intervenções políticas. No entanto, a sociedade

de informação traz consigo os problemas com os quais nos deparamos na internet, – a

violação da privacidade – mas existe a ideia de que o potencial tecnológico tudo

consegue resolver, principalmente questões do foro social. Estes inconvenientes das

tecnologias tem sido alvo de estudo quer no plano político, quer no plano sociológico.

À semelhança do que se vive noutros países como os EUA ou o Japão, desde a

década de 70, a difusão das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) devem

assentar sobre três pressupostos básicos liberais: 1. Progresso técnico como base do

progresso social; 2. Livre concorrência; 3. Igualdade de oportunidades.

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José Silva   Página 14  

Em muitos estados membros da UE, diversos foram os países que lançaram

debates públicos evolvendo agentes intelectuais e a sociedade civil. Também diversas

foram as medidas políticas de intervenção para uma melhoria da acessibilidade da

população nacional aos meios tecnológicos, visando uma melhoria em diversos

sectores: social, económico e de instrução, para que a população fosse mais ou menos

homogénea em relação às TIC.

Por meio do inquérito realizado no ano de 2002, estimou-se que 47% da

população portuguesa usa computadores, e 32% tem acesso à internet. A termo

comparativo com sondagens e estudos feitos em anos anteriores, - na mesma população

– ficou claro o progressivo aumento do acesso às novas tecnologias de informação e

comunicação. No entanto, ainda existem alguns entraves ao acesso tecnológico, e por

meio dos inquéritos apresentados pode-se concluir que o uso das TIC está intimamente

ligado com o nível de instrução da população.

A utilização das TIC em Portugal, pode ainda relacionar-se com a natureza

profissional de cada indivíduo, onde também por meio do inquérito é clara a

discrepância de valores entre trabalhadores mais qualificados e trabalhadores não

qualificados.

Em suma, a utilização das TIC em Portugal ainda é muito heterogénea, pois

ainda existe uma “parcela” da população que não tem condições de acesso às TIC,

enquanto que, por outro lado, existem utilizadores bastante familiarizados com este

meio de comunicação, fazendo uma utilização diária do mesmo. Diversos são os

campos onde o acesso às TIC é decisivo, como o local de trabalho ou o meio

residencial. Normalmente, a educação dos filhos, as exigências profissionais e a

percepção da utilidade, são factores motivadores e justificativos para a aquisição de

equipamentos e serviços.

 

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Dezembro de 2010  [INTERNET E LIBERDADE DE OPINIÃO] 

 

José Silva   Página 15  

6. Conclusão

Ao longo deste trabalho apercebi-me que eu próprio sou “vítima” das TIC. Na

medida em que faço uso destas, praticamente todos os dias. Gostaria de ter tido mais

tempo para explorar este tema, nomeadamente, na vertente da Globalização. Pois este

tema é muito abrangente.

Pude aperceber-me que embora a legislação contra crimes informáticos exista,

raramente é posta em prática, e quando o é, não é levada ao seu extremo, o que acho

mal, na medida em que, se não se aplicarem punições correctas jamais se conseguirá

extinguir a criminalidade informática.

Este trabalho fez-me estar mais atento às “ratoeiras” que existem na internet,

embora já tivesse conhecimento de invasões de privacidade, no entanto nunca fui alvo

destas, pois tive sempre o cuidado de proteger a minha informação pessoal, mas

confesso que no meu grupo de amigos, já existiram algumas violações de privacidade. E

finalmente, espero ter conseguido corresponder aos objectivos que me foram propostos.

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Dezembro de 2010  [INTERNET E LIBERDADE DE OPINIÃO] 

 

José Silva   Página 16  

7. Referências Bibliográficas

 

I) Livros 

Ascensão, José de Oliveira (2001), Estudos sobre direito da Internet e da sociedade da 

informação. Coimbra: Almedina, 14. 

Marques, J.A. Garcia (1975), Informática e Liberdade. Lisboa: Dom Quixote, 68‐69. 

Turkle, Sherry (1997), A vida no ecrã : a identidade na era da Internet. Lisboa: Relógio 

d’Água, 12. 

Walton, Dominique,  (2000), E depois da  Internet?: para uma teoria crítica dos Novos 

Médias. Algés: DIFEL, 75‐76. 

 

II) Webgrafia 

 

ISOC (2010), “Internet Society”. Página consultada a 3 de Dezembro de 2010. Acedido em 

<www.isoc.org> 

 

PÚBLICO (2006), “Código Penal vai contemplar penas mais pesadas para violência doméstica 

e incêndios florestais”. Página consultada a 2 de Dezembro de 2010. Acedido em 

<http://www.publico.pt/Sociedade/codigo‐penal‐vai‐contemplar‐penas‐mais‐

pesadas‐para‐violencia‐domestica‐e‐incendios‐florestais_1253820> 

 

Rodriguez, Miguel (s.d.), “Conceito de crime Informático”. Sapo, 6 de Setembro. Página 

consultada a 3 de Dezembro de 2010. Acedido em 

<http://canais.sapo.pt/tecnologia/dhc/>  

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José Silva   Página 17  

 

 

Wikipédia  (2010),  “Internet”.  Página  consultada  a  4  de  Dezembro  de  2010. 

Acedido em 

<http://pt.wikipedia.org/wiki/Internet> 

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José Silva   Página 18  

 

ANEXO A