Interior e Região - 13/04/2011

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O êxodo da educação Mais de 50 prédios que abrigaram escolas a partir dos anos 1960 estão abandonadas no interior de Bento Gonçalves. A falta de estudantes é reflexo do êxodo rural, que diminuiu a quantidade de alunos nas escolas. Vidros quebrados, portas arrombadas, teias de aranha, classes e materiais estragados com- põem o cenário de esquecimento dos prédios. A pro- posta é devolver esses espaços à comunidade, que utilizará o local conforme sua necessidade. páginas 4 e 5 Quarta-feira, 13 de abril de 2011 e Região Interior Vida de Interior Parteira de 96 anos revela segredos de vida página 3 São Gotardo Festa na Linha De Mari homenageia santo página 8 Estradas Rodovia dos Caminhos de Pedra é escondida pela vegetação página 6 Santo Isidoro Benção de mais de 50 máquinas agrícolas ocorreu em São Pedro página 8 Social Fotos das principais festas do Interior página 7

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Interior e Região - Jornal Semanário - 13/04/2011 - Edição n.º 2711 - Bento Gonçalves

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O êxodo da educaçãoMais de 50 prédios que abrigaram escolas a partir dos anos 1960 estão abandonadas no interior de Bento Gonçalves. A falta de estudantes é reflexo do êxodo rural, que diminuiu a quantidade de alunos nas escolas. Vidros quebrados, portas arrombadas,

teias de aranha, classes e materiais estragados com-põem o cenário de esquecimento dos prédios. A pro-posta é devolver esses espaços à comunidade, que utilizará o local conforme sua necessidade.

páginas 4 e 5

Quarta-feira, 13 de abril de 2011

e RegiãoInterior

Vida deInterior

Parteira de 96 anos revela segredos de vida

página 3

São Gotardo

Festa na Linha De Mari homenageiasanto

página 8

Estradas

Rodovia dos Caminhos de Pedra é escondida pela vegetação

página 6

SantoIsidoro

Benção de mais de 50 máquinas agrícolas ocorreu em São Pedro

página 8

SocialFotos das principais festas do Interior

página 7

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Educação na memória

O interior da cidade de Bento Gonçalves conta com, além de belíssimas paisagens naturais, prédios antigos abandonados que serviram como espaços de educação, a partir dos anos 60.

Em 1973 foi registrado o primeiro caso de abandono, na escola Riachuelo, Linha Pradel. O último, em 2009, no distrito de Faria Lemos. Mais de 35 anos de diferença em que o motivo permaneceu o mesmo: o êxodo rural é o grande responsável pelo esquecimento das pequenas escolas, chamadas carionhosamente por alguns moradores de ‘brizoletas’, colégios construídos no Rio Grande do Sul entre 1959 e 1963 no governo Leonel Brizola.

Sair do campo para ir a cidade implicou em diminuição da população rural, logo, também de alunos. Mesmo assim, mais de 30 veículos transportam diariamente os estudantes para a cidade ou para as sedes dos distritos, comprovando que a educação ainda é assunto de respeito na cidade.

O que decepciona é observar a falta de cuidado e o descaso com esses prédios, muitas vezes construídos pela comunidade, que carregou esperança e motivação na educação. A arquitetura antiga merecia ser valorizada ou então reaproveitada. Ao invés disso, teias de aranha, vegetação, vidros e materiais quebrados ocupam o lugar dos estudantes nas classes que, em muitas das 53 escolas, não existem mais. A sabedoria ocupou o espaço por algum tempo, enquanto os que são hoje pais e avós dividiam os livros com o trabalho rural.

Editorial

2 Quarta-feira, 13 de abril de 2011 Interior e Região

Você concorda com o fato de os alunos se deslocarem até escolas localizadas geralmente na sede dos distritos?

A voz do interior

Iraci OrssattoDona de casa Faria Lemos

Cecília de OliveiraDiretora da escola Lóris Reali

Vale dos Vinhedos

Moacir VonzAgricultorSão Pedro

CURTAS

Diamagramação: Maiara [email protected] Gráfico: Maiara AlvarezDireção: Henrique Alfredo [email protected]

Edição: Raquel Fronza [email protected]ão: Juliana [email protected] de Capa: Raquel Fronza

Caderno

Este caderno faz parte da edição 2711 de quarta-feira, 13 de abril de 2011, do Jornal Semanário

Interior e RegiãoSEDEWolsir A. Antonini, 451 - Bairro FenavinhoBento Gonçalves, RS54. 3455.4500

FOTOS RAQUEL FRONZA

Sim. As antigas escolas não

possuiam estrutura e

nem condições para os alunos.

Sim. Os alunos tem que ir onde a educação for melhor.

SIm, assim os alunos já se acostumam

com mais crianças, já que

essas escolas novas são

maiores.

*A Associação Carlos Barbosa de Futsal (ACBF) realiza nesta sexta-feira, 15 de abril, a grande festa para comemorar o seu aniversário de 35 anos. O evento será aberto para toda a comunidade e acontece no Salão Paroquial de Carlos Barbosa, com início às 19h30min. Os ingressos estão à venda, com o valor de R$ 15,00 adulto e R$ 8,00 para crianças entre 6 e 12 anos.

*A Prefeitura Municipal de Garibaldi promove no próximo sábado, dia 16, a Festa da Páscoa 2011, juntamente com mais uma edição da Rua do Lazer. O evento é uma promoção conjunta entre as secretarias de Educação e Cultura e Esporte e Lazer, e integra as atividades do PELC – Programa Esporte e Lazer da Cidade, realizado numa parceria entre Prefeitura e Ministério dos Esportes. A programação inicia às 14h, na Praça da Martini, e contará com brinquedos infláveis, cama elástica, distribuição de lanche surpresa para as crianças, recreação com animadores, entre outras atrações. Além disso, o clube de mães da comunidade São Miguel participará do evento com a comercialização de lanches e produtos coloniais.

* A Prefeitura de Bento Gonçalves, através da Secretaria de Desenvolvimento da Agricultura, promove o Programa Municipal de Qualificação da Agricultura Familiar. O programa tem o objetivo de apoiar os agricultores no cultivo e na adiministração das propriedades, através de vários cursos. Os cursos serão realizados nos distritos de Tuiuty, Faria Lemos,Vale dos Vinhedos, Pinto Bandeira e São Pedro.Serão abordados os temas: Gestão Rural-Básico, Operação e manutenção de tratores fruteiros, Processamento de frutas e hortaliças e Operação e matutenção de turbo atomizadores, ministrados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural(SENAR).

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FOTOS RAQUEL FRONZA

Histórias do Interior 3Quarta-feira,13 de abril de 2011Interior e Região

Longevidade

Mãos que carregaram vidasCom 96 anos, Suzana trabalhou ajudando mães por mais de 30 anos, atuando como parteira

Onze filhos, 22 irmãos, 20 netos e 14 bisnetos. Esses

são alguns números escritos na memória de Suzana Fantin, a simpática bisavó de 96 anos, completados em março des-te ano. Com uma trajetória de vida que orgulha seus familia-res, por 30 anos sua profissão foi trazer novas vidas ao mun-do: Suzana atuou como partei-ra, e perde a conta de quantas crianças já viu nascer.

“Foi quando perdi minha se-gunda filha que eu decidi ser parteira, pra poder dar a luz às minhas crianças. Eu perdi uma, mas jurei que seria só essa”, conta, em dialeto ita-liano, dona Suzana. Sua filha morreu logo após o nascimen-to, devido à dona de casa es-tar sozinha na hora do parto,

e não ter, até então, conheci-mentos da área.

Dona Suzana herdou da mãe o dom de lidar com novas vi-das. Ela não sabe contabilizar quantas crianças recém-nas-cidas já passaram por suas mãos, mas em uma recente festa promovida no interior de Bento Gonçalves, uma ho-menagem deu a idéia de quan-tas pessoas devem agradecer a dona de casa por sua vida: “Foi pedido para que todos os que eu fiz o parto levantassem a mão. Praticamente o salão inteiro levantou”, orgulha-se.

Para ela, saber o momento em que o parto pode ser rea-lizado é fundamental. Quan-do percebido grau de risco ou situações arriscadas, ela pre-feria não atender e ordenava:

“Isso é caso para hospital”. Em sua família, ela trabalhou no parto de dois filhos e seis ne-tos, garantindo a vocação pa-ra a profissão.

“Eu fazia porque gostava, e queria ajudar as pessoas”. Os utensílios que utilizava para o trabalho eram garrafa de álcool, panos limpos, água e tesourinha.

Receita de vida

Alimentar-se bem e gostar de quem vive ao seu redor. Essa é a lição que Suzana deixa, ladea-da pela sua mais nova compa-nheira, a “Fifi”, pássaro que não a abandona em nenhum mo-mento. Dona Suzana é natural

da Linha Colussi, em Faria Le-mos, mas morou por mais de 50 anos em Monte Belo do Sul. Atualmente, reside no bairro Li-corsul, mas afirma sentir muita falta de viver na “colônia”

O passarinho ‘Fifi’ é o seu melhor amigo

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acharia melhor ficar perto de casa para estudar, mas já que não tem mais aula aqui, o jei-to é sair”, conclui.

Quem também lamenta so-bre a situação em que se en-contra a escola é Vilma Strapa-zzon, de 40 anos, que estudou na escola. “É uma pena. Quan-do passo por lá, me sinto mal,

porque era uma escola tão bo-nita”. Porém, Vilma entende que não é válido financeira-mente que a escola continue funcionando, mas tem o de-sejo de que pelo menos o pré-dio estivesse conservado. “Ele se encontra agora no meio da capoeira, das ervas, do mato”. Mãe de duas estudantes, ela elogia o serviço de transporte municipal, que fornece, além de uma van, passagens escola-res para a filha que frequenta

a escola em um bairro de Ben-to Gonçalves.

Leocir Lerin, morador de São Pedro, pensa de forma diferente. Com a escola Pre-sidente Roosevelt localizada próximo a sua casa, ele pensa que é vantagem transportar as crianças para a sede do dis-trito, distante 5 km. “O trans-porte escolar nunca falhou. É mais vantajoso para o municí-pio, em termos de gastos, que as crianças vão para a cidade”. A escola não abriga mais aulas há mais de dez anos. A família de Lerin doou o terreno para a construção do espaço, que mede 42x500m. “Para reapro-veitar a escola, precisaríamos mexer no teto, assoalho, pra-ticamente reformar tudo. Não vale a pena”, conta.

O histórico do abandono

Em um primeiro momento, as escolas eram construídas

de madeira para após, passar à alvenaria. Conforme a secre-taria municipal de Educação, a primeira escola a ser abando-nada foi a Escola Municipal Ria-chuelo, localizada na Linha Pra-dela, em 1973. O último prédio desativado foi o da Escola Mu-nicipal de Ensino Fundamen-tal Euclides Cunha, de Faria Le-mos. Esta escola abrigava no último ano cerca de oito alu-nos, o que prova o declínio do número de estudantes.

4 Quarta-feira, 13 de abril de 2011 Interior e Região

Escola localizada no Vale Aurora ficou sem classes e mesas

Educação

Mais de 50 escolas abandonadas54 prédios das escolas municipais do interior do município estão abandonados, desde 1973. Falta de alunos na zona rural é o principal motivo pela desistência das escolas, localizadas em terrenos doados por moradores da época

Sair do interior para viver na cidade, deixando de la-

do o trabalho de agricultor, tem sido normal nos últimos anos em Bento Gonçalves. O êxodo rural acabou deixan-do consequências também na educação do município, já que, em virtude dessa mudança de hábitos, restaram poucos alu-nos nos distritos. A falta de es-tudantes no interior do muni-cípio ocasiona migração dos jovens que ainda vivem no in-terior para colégios maiores, localizados na cidade ou dis-tantes de suas casas, fazen-do com que o abandono to-me conta das antigas escolas, construídas em terrenos doa-dos pelas famílias. A estimati-va é de que cerca de 54 prédios estejam sem aulas.

Vidros quebrados, portas das salas de aula arrombadas, teias de aranha, classes enfer-rujadas, poeira, mato nos ar-redores e até árvores dentro dos prédios. Em alguns qua-dros, ainda se veem datas e escritos. Assim algumas das escolas do interior, que foram construídas a partir dos anos 70, se encontram. Conforme o prefeito de Bento Gonçalves, Roberto Lunelli, os mais de 50 prédios caíram no esque-cimento a partir dos anos 90, quando não era viável manter as escolas pela quantidade de alunos. Ele conta que algumas abrigavam apenas oito alunos e financeiramente não havia

possibilidade de mantê-las.Os terrenos onde foram

construídas essas escolas eram, em sua maioria, doados por famílias moradoras dos distritos. Segundo Lunelli, a proposta de reutilização dos colégios é que os espaços se-jam devolvidos à comunida-de, e não diretamente a quem doou. Equipes administrati-vas, líderes e outros respon-sáveis pelos distritos terão a posse dos locais, que poderão abrigar diferentes atividades que a comunidade optar.

Atualmente, existem em fun-cionamento em Bento Gonçal-ves 40 escolas municipais, in-cluindo ensino infantil. Três escolas estaduais ainda ofe-recem aulas nos distritos de São Pedro, Faria Lemos e São Valentin, todas de ensino fun-damental. Já no âmbito muni-cipal, existem seis escolas em funcionamento: em Pinto Ban-deira e no Vale dos Vinhedos, o que significa que todos os distritos possuem escolas de ensino fundamental. Somando todas as localidades, cerca de 377 alunos frequentam o ensi-no escolar no interior.

Situação de abandono

Cada distrito abriga, pelo menos, duas escolas abando-nadas. No Vale Aurora, a antiga Escola de Ensino Fundamen-tal Segundo Lazzari, além das

árvores que invadiram o pré-dio, abrigam enxames e outros animais.

Em alguns distritos, as esco-las ainda abrigam aulas de ca-tequese, como na antiga esco-la Doróther Müller. Porém, o fato de a atividade acontecer no espaço não impede que as grades e os brinquedos este-jam enferrujados. Entre Pinto Bandeira e São Pedro, a esco-la Presidente Roosevelt tam-bém era local de aulas religio-sas, em uma das salas, que se mantém conservada.

Pais e Estudantes

“É um crime ver essa escola caindo”, lamenta o morador da linha São Miguel, pertencente a São Pedro, Antônio Dall Os-bel, de 73 anos. Ele lembra que, além de ter auxiliado a construir a escola, na épo-ca, o material era fornecido pela prefeitura e a comunidade trabalhava, oferecendo a mão de obra. O antigo prédio da es-cola Davi Canabarro foi ergui-do há mais de 60 anos, e traz boas memórias ao caminhonei-ro. Na opinião de Dall Osbel, o patrimônio deveria ainda ser mantido, por carregar senti-mentos da comunidade.

Seus filhos também passa-ram pelas classes da escola, e ele conta que na linha onde reside, existem mais de dez crianças que se deslocam ao colégio da sede do distrito. “Eu

Árvores dividem espaço nas paredes das escolas Vegetação tomou conta da antiga escola Segundo Lázzaro

É um crime ver essa escola caindo aos pedaços

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5Quarta-feira, 13 de abril de 2011Interior e Região

O transporteescolar

Para os alunos de todas as escolas que fecharam na zona rural, é oferecido transporte escolar, segundo a secreta-ria de Educação. Atualmen-te, circulam 36 veículos lo-cados que fazem o trajeto das

linhas interioranas até a se-de do distrito. Os estudantes que precisam ir até a cidade para estudar nas escolas de ensino médio contam com vale-transporte ou também serviços de veículos terceiri-zados. No total, 1600 alunos utilizam o transporte subsi-diado pelo município.

Atividades nas escolas

Três colégios abandonados foram ocupados pelos mora-dores para abrigar ativida-des diferentes, com a auto-rização do poder municipal. No distrito de São Pedro, a antiga escola Ângelo Ber-

tarelo é agora utilizada pe-la Associação de Moradores do local, e também é sede do grupo de cantos.

No Vale dos Vinhedos, o Ceacri Toquinha da Amiza-de funciona na antiga escola Maurício Cardoso. E, em São Miguel, a escola Davi Cana-barro agora serve como mu-

seu da comunidade.A secretaria de Educa-

ção também informou que, quando encerradas as ativi-dades, alguns líderes comu-nitários receberam cópias das chaves de todos os pré-dios, para que os morado-res utilizassem o espaço pa-ra eventuais reuniões.

Pneu, árvore caída, vidros quebrados e muito mato fazem frente à antiga escola Presidente Rossvell, localizada em São Pedro, próximo à Pinto Bandeira

Vegetação tomou conta da antiga escola Segundo Lázzaro O cadeado já avisa que na escola não ocorrem mais aulas Brinquedos de escola acabaram ficando enferrujados

FOTOS RAQUEL FRONZA

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6 Quarta-feira, 13 de abril de 2011 Interior e Região

Apesar de a população do distrito de São Pedro ter

bons motivos para comemo-rar, devido ao asfalto inau-gurado recentemente, o des-cuido tem tomado conta da rodovia VRS-855, desconten-tando os moradores. O mato tem escondido as placas de trânsito e de identificação do distrito, atrapalhando o trá-fego de veículos e pedestres, já que o trecho não possui acostamento.

Ana Lovera, moradora da comunidade Santo Antoni-nho, afirma já ter reclamado diversas vezes para o órgão de controle responsável, o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (DA-ER). “Não podemos mais ca-minhar na rodovia. Em al-guns trechos, a capoeira tapa toda a visão”, lamenta. Ela afirma que cobras ficam es-condidas na vegetação, o que lhe causa medo. Sobre o tem-po em que o trecho não apre-senta melhorias, ela declara: “Saí de férias em dezembro e já estava assim. Estamos em abril e, até agora, nada”.

Quem concorda com Ana é o morador Moacir Vonz, que afirma já ter solicitado ajuda ao DAER diversas vezes. “É preocupante, o pessoal pre-cisa andar no meio da rodo-via, já que não tem visão pe-

Estradas

O mato invade os CaminhosTrecho asfaltado apresenta vegetações que atrapalham a visão de placas de trânsito e informativas

la lateral da pista”.Conforme a assessoria de

imprensa do DAER, a supe-rintendência localizada em Bento Gonçalves realiza re-paros e limpezas nas rodo-vias da região periodica-

O trecho dos Caminhos de Pedra conta com asfaltamento, porém, vegetação atrapalha população

Embrapa

Seminário sobre Pequenas Frutas acontece em julho

Um dos principais eventos nacionais de atualização técni-ca sobre o cultivo de frutas vr-melhas, o Seminário Brasilei-ro sobre Pequenas Frutas, terá a sua sexta edição nos dias 14 e 15 de julho, em Vacaria, RS. O Seminário acontecerá jun-to ao Centro de Eventos Bor-tolon (Rua Ramiro Barcelos, 471 – Centro), em uma promo-ção conjunta da Embrapa Uva e Vinho, Embrapa Clima Tem-perado, Emater-RS/Ascar, pre-feitura de Vacaria, UCS e Uni-versidade do Estado de Santa

mente. No trecho de 4,28 quilômetros, que vai de São Pedro até o entroncamento com a ERS-448 (p/ São Mar-cos), um trevo está sendo construído, e o DAER aguar-da a liberação de um aditivo

RAQUEL FRONZA

Catarina (Udesc).Segundo o supervisor de Co-

municação e Negócios da Em-brapa Uva e Vinho, Alexandre Hoffmann, o evento é o ponto de encontro de produtores e técnicos e o espaço para troca de informações sobre a produ-ção de morango, amora-preta, framboesa, mirtilo e physalis com qualidade, e para o de-bate sobre a comercialização. A experiência italiana do co-operativismo, as tecnologias de produção e as alternativas de mercado serão abordados.

para concluir a obra, que se-gue em andamento com rit-mo lento. A expectativa é de que dentro de 20 dias, em condições climáticas favorá-veis, sejam executados repa-ros e a limpeza no trecho.

O asfaltoObra de Pavimentação PoliédricaTrecho: Santuário Nossa Senhora do Caravagio ao Entroncamento com a ERS-448 (p/ São Marcos) Extensão: 4,92 kmEmpresa: Toniolo Busnello S/A Túneis, Terraplenagens e PavimentaçõesCusto da obra: R$ 5,1 milhõesPrevisão de entrega: 4 meses.

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7Quarta-feira, 13 de abril de 2011Interior e Região

Sociais doInteriorNo domingo, 3 de abril, a comunidade de Faria Lemos comemorou a segunda edição da Sagra Trevisana. Na oportunidade, os moradores e visitantes puderam interagir com as tradições italianas.Foram reunidas mais de mil pessoas, que puderam conferir atrações como confecção de dressa, cestas e chapéus de palha, geléias artesanais, pães de forno, corais italianos e outras atividades.O evento foi promovido pelo Distrito de Faria Lemos, Associação Caminhos de Faria Lemos, Rota Cantinas Históricas e Associação Trevisani nel Mondo, com apoio da Prefeitura Municipal de Bento Gonçalves – Secretaria de Turismo.

Sagra

Gabriel Enderle, Doraci e Jurandi Possamai

Ari Busatto e Elci Buffon

Mais de 600 pessoas fizeram parte do almoço em honra à São Isidoro, que a comunidade do distrito de São Pedro homenageou no domingo, 10. Além da cerimônia e do almoço, a benção aos tratores e máquinas agrícolas foi dada aos agricultores presentes.

São Pedro

Arthur e Gabriela Baldissarelli na Linha 40 da Leopoldina

Padre Odair Risso, que celebrou a missa no distrito de São Pedro

Equipe de cozinheiras responsável pelo almoço de São Pedro

Darci Laim, Maria Otília e Adelma Valandro

Neida, Neivar e Mapilda Gasperin

FOTOS RAQUEL FRONZA

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8 Quarta-feira, 13 de abril de 2011 Interior e Região

Para abençoar o trabalho do agricultor

Festas

O salão da comunidade de São Pedro ficou peque-

no para as comemorações em honra a Santo Isidoro, no do-mingo, 10. A festa que iniciou às 10h, com missa campal, se-guiu com benção dos tratores e máquinas agrícolas e à tar-de. O almoço reuniu cerca de 600 pessoas.

Mais de 53 máquinas estive-ram presentes para receber a benção do padre Odair Risso, da paróquia de São Marcos, de Farroupilha. Para o padre, a im-portância de abençoar os uten-sílios de trabalho agrícola é ba-seada na proteção no campo. “Hoje estamos reunidos para agradecer pelos frutos colhidos nesta safra e pedir proteção nas próximas colheitas”. O pá-roco ainda conta que em diver-sos momentos a benção é for-necida, durante o ano, quando os agricultores solicitam.

O cardápio do almoço foi tra-

dicional italiano: sopa de ca-peletti, lesso, recheio, maio-nese, salada verde,maionese, tortéi, vitelo, carne de porco, churrasco, pão colonial, refri-gerante e vinho. Para a sobre-mesa, tortas também foram servidas. Os festeiros organi-zadores eram Zolimar e Cata-rina de Bona e Rene Cantelli e

Festividade homenageou Santo Isidoro, com benção dos tratores

Mais de 700 pessoas homenageiam São Gotardo

Linha De Mari

O salão da comunidade da Linha de Mari foi palco da festa em honra a São Gotar-do, no domingo, 10, que reu-niu mais de 700 pessoas, lo-tando por completo o espaço destinado à festa. Pela ma-nhã, o padre Celso Ciconet-to celebrou a missa votiva na pequena capela da localidade e dezenas de fiéis encheram a igreja para assistir à parti-cipação do coral da comuni-dade. Ao meio dia ocorreu o tradicional almoço de confra-ternização. Foi servido o pra-to tradicional da comida típi-

ca da região, junto a vinho e refrigerante.

Os festeiros deste ano foram os casais Antoninho e Ana da Costa Zonta, Márcio Silveira e Daiana Polono, Nedir e Zelin-da S. De Mari, Reinaldo e Re-giane M.S. Marin, Remi Paulo e Adejane De Mari. Foram fei-tas homenagens aos festeiros da edição passada e, ainda, sorteios de brindes, como ces-tas coloniais, para os presen-tes. Os festeiros, bem como a equipe administrativa da fes-ta, estavam satisfeitos com o público presente.Benção dos tratores foi dada pelo padre Odair Risso, de Farroupilha

Mais de 700 pessoas compareceram ao evento realizado no dia 10

Vanessa Pereira. Estima-se que mais de 700

pessoas passaram pelo evento, que contou com a presença do prefeito Roberto Lunelli e o se-cretário de Agricultura, Gilmar Cantelli. Durante a missa, três brindes foram sorteados para os agricultores, incluindo vale combustível para os tratores.

RAQUEL FRONZA

NOEMIR LEITÃO