Interação vírus célula Aspectos Gerais
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Interação vírus célula– Aspectos Gerais
Tatiana Castro
Departamento de Microbiologia e Parasitologia (UFF)
Interação Vírus - Célula
• Relacionada ao ciclo de replicação do vírus
• Efeitos primários da infecção viral na célula:
- Ausência de alteração morfológica
- Replicação pode causar: Efeito citopático
Lise celular (Morte)
Transformação maligna
Interação Vírus - Célula
Morte celular ocorre:
• Inibição da transcrição do RNA da célula hospedeira
• Inibição do processamento de RNAm célula
hospedeira
• Inibição da síntese de macromoléculas (proteínas)
• Acúmulo de produtos virais (DNA, RNA, proteínas)
que podem ser tóxicos para a célula
Interação Vírus - Célula
Citomegalovírus em CC (H & E):
inclusão nuclear com aparência
de um “olho de coruja”
Formação de Corpúsculos de Inclusão:
Efeito citopático:
Interação Vírus - Célula
Transformação maligna:
•Produtos da replicação viral são oncogênicos
• Caracterizada por alteração da morfologia celular:
-Perda da morfologia
- Crescimento celular alterado e perda da inibição de contato
-Não responde a sinais do ciclo celular associado ao
crescimento e maturação da célula (imortalidade)
-Síntese contínua do DNA, alterações cromossomiais,
aparecimento de novos Ag de superfície,
Interação Vírus - Célula
Transformação maligna: papilomavírus
humano e câncer
Prevalência no
câncer cervical
Ação dos
oncogenes
virais
Integração do
genoma
viral
Integração do genoma viral
Interação Vírus - Célula
Transformação maligna: papilomavírus
humano e câncer
Fonte de infecção: hospedeiro doente (facilmente reconhecido)
hospedeiro portador (dificilmente reconhecido)
Quem é portador ????
Importantes na
manutenção da circulação
do vírus
Patogenia das viroses
Patogenia das viroses
Processo de desenvolvimento de uma doença:
Transmissão Penetração Disseminação
Replicação Lesão Doença
Características do vírus: Virulência
Características do hospedeiro
- Do vírus
• Dose
• Virulência: capacidade do vírus de produzir doença no
hospedeiro
- Do hospedeiro
• Genética
• Idade
• Estado nutricional
• Estado hormonal
• Estado imunológico
A suscetibilidade ou resistência à infecção
depende:
Suscetibilidade celular receptores (tropismo)
Permissividade celular replicação do vírus na célula
Patogenia das viroses
Cadeia do processo infeccioso: transmissão
Horizontal
Vertical
Direta: Contato (pele, mucosas)
Indireta: aerosóis
veículos (água e alimentos)
vetores
fômites
iatrogênica
Mãe para o feto
Portas de Entrada
Gênero
Pele mordedura de animal picada de artrópode inoculação por seringas abrasão
Rabdovírus Arbovírus Retrovírus Papilomavírus
Mucosas
Trato respiratório
contato direto
aerossóis
Ortomixovírus
Paramixovírus
Trato gastrintestinal
ingestão Rotavírus
Coronavírus
Trato genital contato sexual
inseminação artificial
Herpesvírus
Conjuntiva Adenovírus
Transmissão vertical in utero
via placenta Parvovírus
Portas de Entrada
Cadeia do processo infeccioso: transmissão
Infecção localizada
Infecção disseminada
Viremia Neuronal
Papilomavírus
(verrugas e
condilomas)
Vírus
associados à
gastrenterites
(Rotavírus)
Cadeia do processo infeccioso: disseminação
Tipo de infecção
Sintomas Replicação do vírus
Resposta Imune
Transmissão Manifestação da infecção
Exemplo
Aguda (clinicamente aparente)
+ + + + doença Rotavírus (diarréia)
Sub-clínica (inaparente)
- + + + assintomática
Portador são Febre aftosa
Cadeia do processo infeccioso: tipos de infecção
Tipo de infecção
Sintomas Replicação do vírus
Resposta Imune
Transmissão Manifestação da infecção
Exemplo
Crônica + / - + + Não elimina o vírus do organismo
retrovírus
Latente - - + - Herpesvírus
Recorrência + + + +
Cadeia do processo infeccioso: tipos de infecção
Tipo de infecção
Sintomas Replicação do vírus
Resposta Imune
Transmissão Manifestação da infecção
Exemplo
Congênita + + - + Morte fetal, aborto,
Parvovírus suíno
Cadeia do processo infeccioso: tipos de infecção
Patogenia das viroses
Processo de desenvolvimento de uma doença:
Penetração Disseminação Replicação Lesão Doença
Características do vírus: Virulência
Características do hospedeiro
Patogenia das viroses
Sequência de eventos imunológicos em uma infecção
viral
Resposta Imune e fatores relacionados
IDADE
Tanto o componente humoral quanto o celular são menos
competentes em indivíduos muito jovens e idosos
Interferência dos anticorpos maternos
NUTRIÇÃO
Desnutrição severa deprime mecanismos imunes não-
específicos e mediados por células
Deficiências específicas de aminoácidos, minerais (selênio,
zinco, ferro, magnésio), ou vitaminas (E, B6) deprimem a
imunidade humoral e celular
AMBIENTE
Fatores ambientais negativos (estresse) podem deprimir irregularmente
respostas imunes:
DOENÇA OU INFECÇÕES SIMULTÂNEAS E IMUNOSSUPRESSÃO
GENÉTICA
USO DE MEDICAMENTOS
GESTAÇÃO
Resposta Imune e fatores relacionados
a imunização
- Também chamada de natural ou inespecífica
- Barreiras naturais de proteção
- Mediada por diferentes células e moléculas
- Características peculiares:
1. Atua imediatamente após o contato com o agente
2. Não discrimina diferentes tipos de antígenos
3. Não possui memória imunológica
Resposta imune inata
Componentes da Resposta Imune Inata contra vírus
• Barreiras
• Inflamação
• Interferon tipo 1 (IFN-I)
• Células NK (Natural Killer)
• Células dendríticas (DCs)
Resposta imune inata
Portas de Entrada
Gênero
Pele mordedura de animal picada de artrópode inoculação por seringas abrasão
Rabdovírus Arbovírus Retrovírus Papilomavírus
Mucosas
Trato respiratório contato direto
aerossóis
Ortomixovírus
Paramixovírus
Trato gastro-intestinal ingestão Rotavírus
Coronavírus
Trato genital contato sexual inseminação artificial
Herpesvírus
Conjuntiva Adenovírus
Transmissão vertical via placenta Parvovírus
Resposta imune inata
Barreiras contra infecção
• Pele, pH levemente ácido
• Conjuntiva: Lágrimas
• Trato respiratório: Muco, IgA, movimentos ciliares
• Trato gastrointestinal: Baixo pH estomacal, bile e
enzimas proteolíticas
• Trato genital: Secreções vaginais, pH ácido
Resposta imune inata
Tipo I Tipo II
alfa ( ) beta ( ) gama ()
Estrutura Proteína Glicoproteína Glicoproteína
Produzido por Células infectadas Leucócitos
Células infectadas
Fibroblastos
Linfócitos T Células NK
Agente indutor Vírus Vírus Vírus e outros antígenos
Principal função
Estabelecer o estado antiviral
Modular o sistema imune
• Papel direto no controle das infecções virais
Indução e principais funções do IFN-I
na resposta inata
• Papel direto no controle das infecções virais
Indução e principais funções do IFN-I
na resposta inata
Mecanismo de ação dos Interferons tipo I
Presentes em tecidos linfóides periféricos
Mecanismos de ação:
1. Lise das células infectadas
2. ADCC (antibody-dependent cell mediated cytotoxicity) :
Possuem receptores para Fc
3. Produção de citocinas (IFNγ e TNF-)
Células NK (Natural Killer)
Resposta imune inata
Células NK
A lise das células infectadas é independente
do reconhecimento de antígenos.
Células NK Citotoxicidade celular dependente de
anticorpo (ADCC)
Resposta imune inata
RESPOSTA HUMORAL
Linfócitos B (plasmócitos) e anticorpos
Resposta imune adaptativa
- RESPOSTA CELULAR
Linfócitos T (CD4+) ou Th (helper ou auxiliares)
- Th1 e Th2
Linfócitos T (CD8+) ou citotóxicos
- Existem cinco classes de Igs com estruturas e funções diferentes
(IgM, IgD, IgA, IgG, IgE)
- Importância nas re-exposições.
Resposta humoral
- Mediada por linfócitos B e imunoglobulinas (Igs) ou anticorpos
- Igs são secretadas por plasmócitos
1. Neutralização
2. Aglutinação
3. Opsonização e
fagocitose
4. Ativação do
complemento
5. Lise mediada por
complemento
6. ADCC
7. Lise celular
mediada por
complemento e
dependente de
anticorpos
Resposta humoral
Anticorpos importantes no controle da infecção viral:
• IgM: marcador de infecção aguda
diagnóstico de infecção congênita
• IgG: imunidade à reinfecção
resposta vacinal
• IgA: imunidade de mucosa
(trato respiratório, trato gastrointestinal)