INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS COM SINVASTATINA NA …

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS Curso de Graduação em Farmácia-Bioquímica INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS COM SINVASTATINA NA POPULAÇÃO IDOSA DE 60 A 64 ANOS NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO – ESTUDO SABE – SAÚDE, BEM-ESTAR E ENVELHECIMENTO Aline Pereira Reis Trabalho de Conclusão do Curso de Farmácia-Bioquímica da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo. Orientador(a): Prof(a). Dra. Nicolina Silvana Romano Lieber São Paulo 2012

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

FACULDADE DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS

Curso de Graduação em Farmácia-Bioquímica

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS COM SINVASTATINA NA POPULAÇÃO

IDOSA DE 60 A 64 ANOS NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO – ESTUDO

SABE – SAÚDE, BEM-ESTAR E ENVELHECIMENTO

Aline Pereira Reis

Trabalho de Conclusão do Curso de

Farmácia-Bioquímica da Faculdade de

Ciências Farmacêuticas da

Universidade de São Paulo.

Orientador(a):

Prof(a). Dra. Nicolina Silvana Romano

Lieber

São Paulo

2012

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SUMÁRIO

Pág.

Lista de Abreviaturas .......................................................................... 1

RESUMO .......................................................................................... 2

1. INTRODUÇÃO 4

2. OBJETIVOS 8

3. MATERIAIS E MÉTODOS 9

4. RESULTADOS 10

5. DISCUSSÃO 15

6. CONCLUSÃO 19

7. BIBLIOGRAFIA 20

8. ANEXOS 24

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1

LISTA DE ABREVIATURAS

ATT Anatomical-Therapeutic-Chemical

AUC Área sob a curva

Cmax Concentração máxima plasmática

HDL Lipoproteínas de alta densidade

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IDL Lipoproteínas remanescentes

LDL Lipoproteínas de baixa densidade

OPAS Organização Pan-Americana de Saúde

SABE Saúde, Bem-estar e Envelhecimento

VLDL Lipoproteínas de densidade muito baixa

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RESUMO

REIS, AP. Interações medicamentosas com sinvastatina na população idosa

de 60 a 64 anos no município de São Paulo – Estudo SABE – Saúde, Bem-

estar e Envelhecimento. 2012.Trabalho de Conclusão de Curso de Farmácia-

Bioquímica – Faculdade de Ciências Farmacêuticas – Universidade de São Paulo,

São Paulo, 2012.

Palavras-chave: Dislipidemia, idosos, sinvastatina, interações medicamentosas

INTRODUÇÃO: O envelhecimento da população está associado a um alto

consumo de medicamentos, dentre eles as estatinas, para tratamento de

dislipidemias. As estatinas, em particular a sinvastatina, apresentam potencial

para interações medicamentosas, as quais são tipos especiais de respostas

farmacológicas, em que os efeitos de um ou mais medicamentos são alterados

pela administração simultânea ou anterior de outros. As respostas decorrentes da

interação podem acarretar potencialização do efeito terapêutico, redução da

eficácia ou aparecimento de reações adversas com distintos graus de gravidade.

Assim, justifica-se a necessidade de conhecer a população idosa exposta a essas

potenciais interações medicamentosas. OBJETIVO: Identificar medicamentos com

potencial de interação com sinvastatina utilizados por pessoas entre 60 e 64 anos

residentes no Município de São Paulo. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram

utilizados dados do Estudo SABE - Saúde, Bem-estar e Envelhecimento de 250

idosos de 60 anos a 64 anos entrevistados em 2006. Foram pesquisados os

medicamentos utilizados por esses idosos para verificar a prevalência de

potenciais interações com sinvastatina. As interações foram pesquisadas no

Micromedex e classificadas quanto à gravidade e à documentação existente.

RESULTADOS: Nove idosos (28,1%), cinco mulheres e quatro homens, estavam

em uso de medicações que possuíam potencial para interação medicamentosa

com a sinvastatina sendo que um idoso estava utilizando duas dessas

medicações.

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Cinco idosos (15,6%) estavam sujeitos a interações medicamentosas entre

sinvastatina e levotiroxina sódica.Um idoso (3,1%) estava fazendo uso do

anlodipino e levotiroxina sódica.Um idoso (3,1%) estava fazendo uso de

carbamazepina juntamente com a sinvastatina. Um indivíduo (3,13%) fazia uso de

anlodipino e um idoso (3,1%) estava também fazendo uso de bezafibrato.

CONCLUSÃO: Apesar de serem conhecidas na literatura as principais interações

medicamentosas da sinvastatina percebe-se que há uma quantidade importante

de indivíduos que fazem uso de medicações que possuem tais interações. Mais

importante do que saber que existem essas interações é saber o que essas

interações podem ocasionar e quais as medidas necessárias para assegurar a

segurança dessa terapia bem como a sua eficácia. Os prescritores precisam ter

conhecimento dos medicamentos utilizados pelos idosos para realizarem

prescrições seguras.

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1. INTRODUÇÃO

No Brasil, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no

censo de 2000 referem que, naquele ano, o percentual de pessoas de 60 a 64

correspondia a 2,7 % da população total.1 O mundo está passando por uma

transformação demográfica sem precedentes e, em 2050, o número de pessoas

acima de 60 anos aumentará de 600 milhões a quase 2 bilhões, e se prevê a

duplicação do percentual de pessoas de 60 anos ou mais, passando de 10% para

21%. Esse incremento será maior e mais rápido nos países em desenvolvimento,

onde se prevê que a população idosa se multiplique por quatro nos próximos 50

anos.2

As mudanças demográficas dos idosos são acompanhadas por mudanças

epidemiológicas, especialmente de morbimortalidade. As doenças do aparelho

circulatório foram a primeira causa de morte entre os idosos brasileiros, nas

últimas décadas: em 1980, 44,7%, em 1991, 40% e, em 1996, 38,1% do total de

óbitos.3 Em decorrência do aparecimento de doenças crônico-degenerativas e

suas complicações, os pacientes com mais de 60 anos são os principais

consumidores da farmacoterapia moderna, sendo que 80% tomam, diariamente,

no mínimo, um medicamento e utilizam mais medicamentos que qualquer outro

grupo etário e, quando hospitalizados, recebem entre oito a quinze medicamentos

por dia. 4,5

As dislipidemias consistem em modificações nos níveis lipídicos na

circulação, caracterizando qualquer alteração envolvendo o metabolismo lipídico,

sendo classificadas em primárias (origem genética) ou secundárias (causadas por

outras doenças ou uso de medicamentos: hipotireoidismo, diabetes melito (DM),

síndrome nefrótica, insuficiência renal crônica, obesidade, alcoolismo, icterícia

obstrutiva, uso de doses altas de diuréticos, betabloqueadores, corticosteróides,

anabolizantes).6,7 Os principais lipídios envolvidos na dislipidemia são o colesterol

e os triglicerídeos. Esses lipídios são insolúveis no sangue e por isso precisam ser

empacotados em complexos lipídicos-proteicos macromoleculares chamados

lipoproteínas para que possam ser exportados para outros órgãos.As lipoproteínas

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são classificadas de acordo com sua composição lipídica e proteica. As principais

classes são: quilomícrons, lipoproteínas de densidade muito baixa (VLDL),

remanescentes (IDL), lipoproteínas de baixa densidade (LDL) e lipoproteínas de

alta densidade (HDL). Os quilomícrons e VLDL são os principais transportadores

de triglicerídeos da dieta e endógenos, respectivamente, enquanto que o LDL e o

HDL transportam, principalmente, o colesterol entre o fígado e órgãos extra-

hepáticos. 8

O maior impacto das dislipidemias nas doenças cardiovasculares se deve

às hiperlipidemias. As dislipidemias, em especial as hiperlipidemias, causam

alterações do sistema de hemostasia, aumentando a formação da placa

aterosclerótica, quer induzindo a formação de trombos que irão ocluir as artérias,

quer interrompendo o fluxo sanguíneo e causando morte tecidual. 9 A formação

da placa aterosclerótica inicia-se com a agressão ao endotélio vascular devida a

diversos fatores de risco como elevação de lipoproteínas aterogênicas (LDL,

IDL,VLDL, remanescentes de quilomícrons), hipertensão arterial ou tabagismo. No

Brasil, em um estudo de 1997, foi observada uma prevalência de dislipidemias de

33% em idosos de 60 a 95 anos. 10

As estatinas são os medicamentos de escolha para se reduzir o LDL-

colesterol, LDL-C, lipoproteínas de baixa densidade, em adultos (18%-55% em

média). 11 Sua ação ocorre por inibição da HMG-CoA redutase que é a enzima

chave na síntese do colesterol, fato que leva à menor síntese de colesterol

hepático, e ao aumento da expressão dos receptores da LDL na superfície do

fígado.12 A biossíntese de colesterol a partir de acetil CoA está demonstrada na

figura 1. Consequentemente, haverá menor síntese e remoção das VLDL e LDL

pelo fígado. As estatinas elevam também o HDL-colesterol de 5%-15% e reduzem

os triglicérides, de 7%-30%, podendo assim, também ser utilizadas nas

hipertrigliceridemias leves a moderadas.

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6

Figura 1. Biossíntese de colesterol a partir de acetil CoA 13

As estatinas diminuem eventos isquêmicos coronarianos, necessidade de

revascularização do miocárdio, mortalidade cardíaca total e acidente vascular

cerebral. 12 As estatinas são bem toleradas com boa margem de segurança

durante a utilização prolongada. A sinvastatina é uma lactona inativa e depois de

ingerida é hidrolisada ao β-hidroxiácido correspondente. Esse é o principal

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metabólito e é o inibidor da HMG-CoA redutase, uma enzima que catalisa um

passo precoce e limitante da taxa de biossíntese do colesterol.14

Esse fármaco possui ligação proteica de 94 a 98%. Metabolizado pela

CYP3A4 no fígado, a excreção se dá pela urina e peles fezes: 13% é excretado

pela urina e 58% através de excreção fecal.15

Os efeitos colaterais não são frequentes, mas um dos mais sérios está

relacionado à ação hepatotóxica, com possível aumento das enzimas aspartato e

alanina transaminases. Miopatias, com evolução a rabdomiólises e insuficiência

renal, são raras, mas são efeitos graves associados ao uso de estatinas. Parece

que o uso concomitante de estatinas com eritromicina, ciclosporina, niacina e

fibratos aumenta o risco de miopatias em 10-30% dos pacientes. 13 A miopatia é

definida como qualquer patologia muscular, adquirida ou herdada, que pode

ocorrer durante toda a vida. A rabdomiólise é um possível efeito colateral do uso

das estatinas, e consiste em necrose muscular com liberação de constituintes

musculares na circulação. A severidade dos casos varia desde elevações

enzimáticas leves sem mialgia, assim como dores musculares sem elevações

enzimáticas, até casos severos de insuficiência renal aguda e óbito.15 Em 2007,

seis estatinas eram empregadas clinicamente: lovastatina, pravastatina,

sinvastatina , derivado semi-sintético, e fluvastatina primeiro agente totalmente

sintético, derivado de mevalonolactona produzido na forma racêmica. A nova

geração de estatinas sintéticas, enantiomericamente puras, é representada por

atorvastatina e rosuvastatina. 13 A sinvastatina é a estatina que se encontra

disponível no programa Farmácia Popular no Brasil.17

Pacientes idosos, por normalmente apresentarem diversas co-morbidades,

frequentemente fazem uso de polifarmácia, a qual pode ser definida como o uso

de muitos medicamentos simultaneamente. Quanto maior o número de

medicamentos usados concomitantemente, maior o risco de interações

medicamentosas e sabe-se que as sinvastatinas apresentam interações

medicamentosas importantes.

As interações medicamentosas são tipos especiais de respostas

farmacológicas, em que os efeitos de um ou mais medicamentos são alterados

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pela administração simultânea ou anterior de outros, ou através da administração

concorrente com alimentos. As respostas decorrentes da interação podem

acarretar potencialização do efeito terapêutico, redução da eficácia, aparecimento

de reações adversas com distintos graus de gravidade ou, ainda, não causar

nenhuma modificação no efeito desejado do medicamento.18As interações podem

ser classificadas em importante, moderada e secundária, de acordo com sua

gravidade. A importante se refere à interação que pode trazer risco à vida ou que

requeira uma intervenção médica para minimizar ou evitar eventos adversos

graves. A interação medicamentosa moderada pode resultar na exacerbação da

condição do paciente e /ou requerer uma mudança na terapia e a interação

secundária é aquela que tem efeitos clínicos limitados que normalmente não

requerem importantes mudanças na terapia. As interações medicamentosas

também podem ser classificadas de acordo com a documentação. São

classificadas em excelente, boa, razoável e desconhecida. É classificada como

excelente quando há estudos controlados que estabeleceram de modo claro a

existência da interação. É considerada boa quando a documentação sugere com

veemência a existência da interação, mas faltam estudos controlados realizados

de modo adequado.É classificada como razoável quando a documentação

disponível é insatisfatória, mas as considerações farmacológicas levam os clínicos

a suspeitar da existência da interação; ou a documentação é boa para um

medicamento farmacologicamente similar. Classificada como desconhecida

quando não se tem informações referentes às interações medicamentosas.19

2. OBJETIVO

O objetivo desse trabalho foi identificar medicamentos com potencial de interação

com sinvastatina utilizados por pessoas entre 60 e 64 anos residentes no

município de São Paulo, no ano de 2006.

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3. MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 População pesquisada

Trata-se de estudo transversal de base populacional, que utilizou dados do

Estudo SABE - Saúde, Bem-estar e Envelhecimento. O projeto SABE foi

coordenado pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) com o objetivo

de coletar informações sobre as condições de vida dos idosos residentes em

áreas urbanas de metrópoles de sete países da América Latina e Caribe.20 No

Brasil, foi realizado pela primeira vez entre pessoas com 60 anos e mais, que

viviam na região metropolitana do Município de São Paulo, no ano de 2000. Nesse

ano foram obtidas informações sobre 2143 idosos, sendo chamada essa amostra

de A00.

Em 2006, procedeu-se o primeiro seguimento da população amostrada em

2000. Dos indivíduos entrevistados naquele ano, 1115 foram localizados e

reentrevistados no ano de 2006. As perdas referem-se a óbitos, recusas em

participar, mudanças de endereço, entre outros. Esta amostra foi chamada de

A06.

Paralelamente à realização da pesquisa com a coorte A, introduziu-se uma

nova coorte composta por 298 indivíduos de 60 a 64 anos residentes, no ano de

2006, na área urbana do Município de São Paulo. Este grupo, chamado de coorte

B06, correspondem a 318.245 idosos do município. O objeto desse trabalho foram

os 250 idosos pertencentes desse grupo que faziam uso de pelo menos um

medicamento. A amostra foi composta de modo que esses idosos representassem

todos os idosos dessa faixa etária residentes no município na ocasião da

pesquisa. Detalhes sobre a metodologia utilizada para compor a amostra podem

ser verificados em outra publicação21.

3.2 Variáveis

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O questionário original era composto de 11 seções às quais foram

acrescidas, em 2006, 4 novas seções.

A variável de interesse foi o uso de medicamentos, determinado a partir das

Questões: “O(a) sr.(a) poderia me mostrar os remédios que atualmente está

usando ou tomando?” e: “O(a) sr.(a) poderia me dizer o nome dos remédios que

está usando ou tomando?”.

O uso de 5 medicamentos ou mais foi considerado como polifarmácia,

neste estudo. Os medicamentos foram classificados de acordo com a

Classificação Anatomical Therapeutic Chemical (ATC).22 A base de dados

Micromedex foi utilizada para verificação de quais fármacos possuem interação

medicamentosa com a sinvastatina. As interações foram classificadas segundo a

gravidade e a documentação disponível. As interações podem ser classificadas

em importante, moderada e secundária, de acordo com sua gravidade, conforme

apresentado na introdução. De acordo com documentação disponível podem ser

classificadas em excelente, boa, razoável e desconhecida.

3.3 Vieses do método

Devido a erros de digitação no banco de dados algumas medicações foram

desconsideradas e isso pode ter trazido prejuízos ao presente trabalho, pois talvez

alguma dessas medicações pudessem ter interações medicamentosas com a

sinvastatina. Foram desconsideradas também medicações fitoterápicas e

homeopáticas. Essas medicamentações foram descritas como desconhecidas nas

tabelas para que não se perdesse a quantidade total de medicações utilizadas por

cada indivíduo.

4. RESULTADOS

Duzentas e noventa e oito pessoas entre 60 e 64 anos foram entrevistadas;

duzentas e cinquenta pessoas desse grupo, 91 homens e 159 mulheres, faziam

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uso de pelo menos uma medicação, e a média de uso de medicamentos da

população total do estudo era de 6,7 medicamentos por indivíduo. A figura 2

mostra a porcentagem de idosos que faziam uso de um, dois, três até catorze

medicamentos concomitantemente. Oitenta e sete pessoas (34,8%) faziam uso de

polifarmácia.

Figura 2. Número de medicamentos utilizados por idosos de 60 a 64 anos residentes no Município de São Paulo - 2006

Trinta e dois idosos (12,8%) relataram fazer uso de sinvastatina. Desses,

vinte eram do sexo feminino (62,5%) e doze do sexo masculino (37,5%). Trinta e

um idosos faziam uso de outros medicamentos além da sinvastatina.A média de

medicamentos utilizados por esses trinta e dois idosos foi de sete medicamentos

cada, o que é praticamente igual a média da população total do estudo. Desse

grupo de 32 indivíduos, 19 (59,3%) faziam uso de 5 medicamentos ou mais sendo

essa porcentagem maior do que aquela encontrada na da população total do

estudo o que pode indicar uma maior chance de ocorrência de interações

medicamentosas.

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12

Na figura 3 tem-se a divisão do grupo de idosos entre aqueles que fazem

uso da sinvastina e os que não fazem uso da mesma e na mesma figura podemos

verificar a porcentagem de idosos que praticam polifarmácia em cada subgrupo.

Figura 3 . Uso de sinvastina e prática de polifarmácia (5 medicamentos ou mais) por idosos de 60 a 64 anos residentes no Município de São Paulo - 2006

Na figura 4 tem-se a quantidade de medicamentos usados pelos idosos em

uso de sinvastatina e a porcentagem de idosos em uso desses medicamentos.

Figura 4 - Número de medicamentos utilizados por usuários de sinvastatina entre idosos

residentes no Município de São Paulo – 2006

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Das cinquenta e cinco medicações citadas em uso concomitante com

sinvastatina, quatro possuem potencial para interação medicamentosa com esse

fármaco. Nove idosos (28,1%), cinco mulheres e quatro homens, estavam em uso

dessas medicações, sendo que um idoso estava utilizando duas medicações com

potencial para interação medicamentosa.

Os fármacos citados pelos idosos com potencial de interação

medicamentosa com a sinvastatina foram: anlodipino, bezafibrato, carbamazepina

e levotiroxina sódica. A figura 5 mostra a porcentagem de indivíduos em uso

desses medicamentos.

Figura 5. Porcentagem de idosos de 60 a 64

anos residentes no Município de São Paulo – 2006 em uso de medicamentos com

potencial de interação com a sinvastatina

Cinco idosos (15,6%) estavam sujeitos a interações medicamentosas entre

sinvastatina e levotiroxina sódica. Um idoso (3,1%) estava fazendo uso do

anlodipino e levotiroxina sódica, além da sinvastatina. Um idoso (3,1%) estava

fazendo uso de carbamazepina juntamente com a sinvastatina.Um indivíduo

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(3,13%) fazia uso de anlodipino e um idoso (3,1%) estava fazendo uso de

bezafibrato. A figura 6 mostra, entre os idosos que fazem uso da sinvastatina, a

porcentagem desses que estão sujeitos às interações medicamentosas e a

associação desse fato com a prática de polifarmácia.

Figura 6 . Interação medicamentosa e prática de polifarmácia (uso de 5 medicamentos ou mais) por idosos, de 60 a 64 anos, usuários de sinvastatina, residentes no Município de São Paulo - 2006

Pode-se notar que a grande maioria dos idosos (77,8%) que utilizam

medicamentos que possuem interação medicamentosa com sinvastatina também

fazem uso de 5 medicamentos ou mais. O grupo de idosos que não usam

medicamentos que tem interação com sinvastatina está mais homogêneo em

relação à prática de polifarmácia;há apenas diferença de 1 idoso entre o grupo

que usa 5 medicamentos ou mais do grupo que faz uso de 4 medicamentos ou

menos.

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Segundo o Micromedex, a interação da sinvastatina com a levotiroxina e

com a carabazepina são moderadas, enquanto as interações com o bezafibrato e

com o anlodipino são consideradas interações importantes. Em relação à

documentação, a interação com anlodipino, carbamazepina e levotiroxina sódica

são consideradas boas, enquanto a interação com o bezafibrato é considerada

razoável.

5. DISCUSSÃO

Nesse trabalho verificou-se que 28% dos idosos em uso da sinvastatina

utilizavam medicamentos com potencial de interação medicamentosa com a

mesma. 77% desses idosos faziam uso de cinco medicamentos ou mais. Os

idosos que utilizavam medicamentos com interação medicamentosa conhecida

com sinvastatina estavam em uso de quatro medicações em que duas tinham

interações classificadas como moderadas e duas como importantes. Tais

combinações de fármacos poderiam aumentar a incidências de eventos adversos

graves ou interferir na eficácia dos tratamentos. Antes da prescrição seria

importante conhecer essas interações para que seja feita uma prescrição segura e

eficaz.

Quanto aos medicamentos usados com potencial de interação

medicamentosa com a sinvastatina, a levotiroxina sódica é utilizada para

reposição ou suplementação hormonal em pacientes com hipotireoidismo

congênito ou adquirido de qualquer etiologia (exceto no hipotireoidismo transitório,

durante a fase de recuperação de tireoidite subaguda). Nesta categoria, incluem-

se: cretinismo, mixedema e hipotireoidismo comum em pacientes de qualquer

idade (crianças, adultos e idosos) ou fase (por exemplo, gravidez); hipotireoidismo

primário resultante de déficit funcional, atrofia primária da tireóide, ablação total ou

parcial da glândula tireóide, com ou sem bócio; hipotireoidismo secundário

(hipofisário) ou terciário (hipotalâmico). Supressão do TSH hipofisário no

tratamento ou prevenção dos vários tipos de bócios eutireoidianos, inclusive

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nódulos tireoidianos, tireoidite linfocítica subaguda ou crônica (tireoidite de

Hashimoto), bócio multinodular e, na regressão de metástases de neoplasias

malignas de tireóide tireotropino-dependentes como os carcinomas foliculares e

papilares (o carcinoma medular de tireóide geralmente não responde a essa

terapia). Também pode ser usado como agente diagnóstico nos testes de

supressão, auxiliando no diagnóstico da suspeita de hipertireoidismo leve ou de

glândula tireóide autônoma.23 Uma das possíveis causas de dislipidemia é o

hipotireoidismo e podemos notar que 6 idosos faziam uso de medicação

justamente com essa indicação. 9

O local de maior metabolização desse fármaco é o fígado e o mecanismo provável

da interação desses dois fármacos é que ocorre uma formação em excesso da

enzima CYP3A4 no fígado devido à sinvastatina, resultando no metabolismo

acelerado da levotiroxina sódica. Esses indivíduos precisam usar essa medicação

para suprir a necessidade hormonal que está diminuída. Os idosos devem ser

monitorados de perto por profissionais de saúde, pois o uso das medicações

concomitantemente resultará na diminuição das concentrações plasmáticas da

levotiroxina sódica diminuindo assim sua eficácia.24

De acordo com o Micromedex a interação da sinvastatina com a

carbamazepina é moderada. A carbamazepina é indicada no tratamento de

epilepsia, da mania aguda e tratamento de manutenção em distúrbios afetivos

bipolares para prevenir ou atenuar recorrências de síndrome de abstinência

alcoólica, neuralgia idiopática do trigêmeo e neuralgia trigeminal em decorrência

de esclerose múltipla (típica ou atípica), neuralgia glossofaríngea idiopática,

neuropatia diabética dolorosa, diabetes insípida central e poliúria e polidipsia de

origem neuro-hormonal. Essa administração concomitante reduz

significativamente a concentração plasmática máxima, o tempo de meia-vida de

eliminação e da área sob a curva, fração da dose que se encontra no

compartimento circulatório após administração da medicação, e mede a

disponibilidade sistêmica do fármaco, para a sinvastatina e seu metabólito ativo. A

carbamazepina é metabolizada através da CYP3A4 e o mecanismo provável para

essa interação é justamente a indução da CYP3A4 pela carbamazepina. A

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carbamazepina é um potente indutor de CYP3A4 e de outros sistemas

enzimáticos de fase I e II do fígado, e pode, portanto, reduzir as concentrações

plasmáticas de co-medicações, principalmente, as metabolizadas pela CYP3A4

através da indução dos seus metabolismos. 25 De acordo com Ucar et al. (2004) a

coadministração da carbamazepina com sinvastatina leva a uma diminuição dos

níveis de sinvastatina e com isso é esperada uma diminuição do efeito esperado

da sinvastatina. A interação é de importância clínica pois há necessidade de uma

dose maior de sinvastatina quando usada concomitante com a carbamazepina.26 É

muito importante, então, monitorar os níveis de colesterol desse indivíduo ou, se o

prescritor achar mais adequado, pode ser feito o ajuste de dose da sinvastatina ou

ainda a substituição da carbamazepina por uma outra medicação que possua a

mesma indicação mas que não tenha interação medicamentosa com a

sinvastatina.

O bezafibrato possui as mesmas indicações da sinvastatina. Essa interação

medicamentosa é muito importante, pois tanto a sinvastina quanto o bezafibrato

causam sozinhos eventos adversos relacionados à miopatia e rabdomiólise,

portanto, juntos aumentam as chances de ocorrência desses eventos adversos. 12

Nesse caso,seria importante avaliar se realmente há necessidade de prescrição

de dois fármacos com a mesma indicação; deve ser avaliado se não é mais

indicado ajustar a dose de um ou de outro para que o idoso utilize somente um

dos medicamentos e caso seja julgado necessária a administração de ambos os

medicamentos esse idoso deve ser acompanhado por profissionais de saúde a fim

de identificar e minimizar os possíveis eventos adversos decorrentes da

administração simultânea desses dois fármacos. Há estudos que mostram

vantagens farmacológicas da associação de sinvastatina e bezafibrato. De acordo

com Gavish et al. (2000) a combinação de estatina e bezafibrato foi considerada

mais eficaz que o tratamento com um único medicamento e quase nenhum evento

adverso significante.27 Há artigo que sinaliza que não há muitos dados disponíveis

sobre a segurança da associação de estatinas com bezafibrato e que pessoas

idosas, devido a utilização de múltiplos medicamentos, não devem usar terapia

combinada estatina-fibrato.28 Essa recomendação está de acordo com as

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18

Diretrizes Brasileira Sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose devido a

uma maior chance de ocorrência de eventos adversos como a rabdomiólise.9

Portanto, percebe-se a prescrição irracional dessa combinação de fármacos,

sugerindo a necessidade de educação continuada dos prescritores.

O anlodipino é indicado como fármaco de primeira linha no tratamento da

hipertensão, podendo ser utilizado na maioria dos pacientes como agente único de

controle da pressão sanguínea. É também indicado no tratamento da isquemia

miocárdica como fármaco de primeira linha, devido tanto à obstrução fixa (angina

estável) como ao vasoespasmo/vasoconstrição (angina de Prinzmetal ou angina

variante) da vasculatura coronária. 29 O uso concomitante de anlodipino e

sinvastatina podem resultar em um aumento da exposição à sinvastatina e

aumentar o risco de miopatia, incluindo rabdomiólise. Sabe-se que um dos fatores

de risco das dislipidemias é a hipertensão, então, é esperado que esses indivíduos

utilizem medicação anti-hipertensiva. O prescritor deverá avaliar se o anlodipino é

o fármaco mais indicado para tratamento da hipertensão nesses indivíduos que

fazem uso da sinvastatina. Há estudos que procuram estabelecer a segurança

com o uso concomitante de anlodipino e sinvastatina mostrando assim que há

preocupação com essa interação medicamentosa. De acordo com Nishio

Shinichiro et al.(2004) o anlodipino aumenta a concentração plasmática da

sinvastatina 30 mas, como conclusão do artigo, tem-se que a sinvastatina é mais

segura que o diltiazem e não chega a uma conclusão concreta da segurança do

uso do anlodipino com a sinvastatina. Não foi observado na literatura se é comum

esse tipo de associação na prática médica. No entanto, é de se imaginar que seria

uma combinação comum, caso o prescritor não tenha conhecimento da interação

medicamentosa, pois a sinvastatina é um dos fármacos mais prescritos para

dislipidemia e o anlodipino é amplamente prescrito a indivíduos com hipertensão

arterial.

A sinvastatina é vendida seguindo prescrição médica assim como o

bezafibrato e a levotiroxina sódica; a carbamazepina é vendida seguida da

retenção de receita.14,23,25,29 Assim, provavelmente os idosos tiveram a prescrição

dessas medicações. Se os idosos tiveram receituário para medicações com

Page 22: INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS COM SINVASTATINA NA …

19

interações medicamentosas conhecidas é necessário buscar a origem desse fato.

É de suma importância que os usuários de medicamentos sempre digam aos seus

médicos as medicações que fazem uso para que o prescritor tenha a sua

disposição todas as informações necessárias para uma prescrição segura.

6. CONCLUSÃO

Foram encontrados idosos residentes no Município de São Paulo em uso

de medicamentos com potencial para interações medicamentosas. Os idosos

pesquisados representam muitos indivíduos, pois se trata de uma amostra

representativa da população. Assim, pode ser grande a quantidade de pessoas

expostas a essas prescrições que podem ser perigosas para essa faixa etária.

Para diminuir o risco de eventos adversos, os prescritores devem conhecer todos

os medicamentos dos quais o idoso faz uso. Caso o médico, sabendo da interação

medicamentosa, ainda julgue que essa prescrição é a mais indicada a esse idoso,

faz-se necessário, então, que esses indivíduos sejam acompanhados para garantir

que os possíveis eventos adversos sejam identificados e minimizados e que a

eficácia dos tratamentos não seja prejudicada. Cabe aos profissionais de saúde

avaliar se o mais indicado é a mudança da terapia medicamentosa desses idosos

ou se é aplicável apenas o monitoramento desses idosos.

Page 23: INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS COM SINVASTATINA NA …

20

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8. ANEXOS

Anexo 1: Aprovação Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo-COEP.

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Anexo 2: Documento do Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Saúde

Pública da Universidade de São Paulo-COEP.com ciência do projeto.

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Data e assinatura do aluno(a) Data e assinatura do orientador(a)