Interacoes Medicamentosas

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Conexão que aproxima, informação que capacita. Número 05 | Abril 2015 INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS Caro(a) colega farmacêutico(a), Atualmente, o tema interações medicamentosas é um dos mais importantes da farmacologia para prática clínica dos profissionais da saúde, pois são fatores de risco para a ocorrência de reações adversas a medicamentos. O uso concomitante de vários medicamentos enquanto estratégia terapêutica e o crescente número desses agentes no mercado são alguns dos fatores que contribuem para ampliar os efeitos benéficos da terapia, mas que também possibilitam a interferência mútua de ações farmacológicas, podendo resultar em alterações dos efeitos desejados. Este módulo tem o objetivo de rever alguns princípios farmacológicos relacionados aos mecanismos das interações medicamentosas, os tipos de interações, as classes de medicamentos interativos, os grupos de pacientes expostos ao risco, além de sugerir medidas práticas para que você, farmacêutico, possa orientar o seu cliente e prevenir a ocorrência de reações indesejáveis decorrentes das interações não intencionais. Desejamos a todos uma boa leitura!

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Resumo sobre interações medicamentosas extraido do curso E-learing (Ao farmacêutico)

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Conexão que aproxima, informação que capacita.

Número 05 | Abril 2015

Interações medIcamentosasCaro(a) colega farmacêutico(a), Atualmente, o tema interações medicamentosas é um dos mais importantes da farmacologia para prática clínica dos profissionais da saúde, pois são fatores de risco para a ocorrência de reações adversas a medicamentos. O uso concomitante de vários medicamentos enquanto estratégia terapêutica e o crescente número desses agentes no mercado são alguns dos fatores que contribuem para ampliar os efeitos benéficos da terapia, mas que também possibilitam a interferência mútua de ações farmacológicas, podendo resultar em alterações dos efeitos desejados.Este módulo tem o objetivo de rever alguns princípios farmacológicos relacionados aos mecanismos das interações medicamentosas, os tipos de interações, as classes de medicamentos interativos, os grupos de pacientes expostos ao risco, além de sugerir medidas práticas para que você, farmacêutico, possa orientar o seu cliente e prevenir a ocorrência de reações indesejáveis decorrentes das interações não intencionais.Desejamos a todos uma boa leitura!

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INTRODUÇÃOA prescrição simultânea de vários medicamentos e sua administração é uma prática comum utilizada em esquemas terapêuticos clássicos. A associação entre vários medicamentos justifica-se, na tentativa de melhorar a eficácia terapêutica, reduzir os efeitos adversos de agentes farmacológicos, diminuir doses terapêuticas, prevenir a resistência, obter ações múltiplas e amplas e proporcionar maior comodidade ao paciente.

Entretanto, em alguns casos, a ocorrência da associação entre diferentes medicamentos não é devidamente avaliada, podendo resultar em prejuízos ao paciente, causar antagonismo ao efeito de uma das drogas, potencialização dos efeitos, reações adversas, aumento da toxicidade, e, em casos mais graves, ocasionar o óbito do paciente.

Quando ocorre uma interação farmacológica entre duas ou mais drogas pode ocorrer a interferência de uma das drogas sobre as outras, alterando o efeito esperado qualitativa ou quantitativamente. Assim, pode-se obter um sinergismo de ação ou um antagonismo parcial ou total desses efeitos.

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INTeRaÇões FaRmacOlógIcasO que é uma interação farmacológica e quais os tipos de interação existentes?

Baseia-se na resposta farmacológica ou clínica oriunda da interferência da ação de um determinado medicamento, alimento ou qualquer substância química sobre o efeito de outro medicamento, administrado previamente ou em concomitância ao primeiro.

As interações entre medicamentos podem ser classificadas em sinérgicas, quando o efeito da interação é maior que o efeito individual dos medicamentos, e antagônicas, quando o efeito da interação é menor que o efeito individual dos medicamentos ou quando há alteração/anulação da resposta farmacológica dos mesmos. O mecanismo de interação medicamentosa pode ser de caráter físico-químico, farmacodinâmico ou farmacocinético.

As respostas podem acarretar desde a potencialização do efeito terapêutico até a redução da sua eficácia, além da produção de reações adversas, com diferentes graus de gravidade. Podem ainda fazer com que não seja obtido o efeito desejado do medicamento. Portanto a interação entre medicamentos pode ser:

• útil ou benéfica, inclusive esperada por quem a prescreve;

• adversa, por causar respostas desfavoráveis ou não previstas na proposta terapêutica;

• pouco significante, por apresentar pequeno ou nenhum significado clínico.

As interações benéficas são utilizadas com finalidade terapêutica em diversas patologias.

exemplo: no tratamento da hipertensão arterial severa, a combinação de medicamentos com mecanismos de ação diferentes potencializa o efeito do anti-hipertensivo e reduz, de forma mais eficiente, a pressão arterial. O ácido acetilsalicílico com dipirona sódica, quando administrados juntos, têm suas ações analgésicas potencializadas.

Por outro lado, as interações podem acentuar os efeitos indesejados dos medicamentos ou interferir na eficácia terapêutica, colocando em risco a vida do paciente. Por exemplo, a administração de barbitúricos com álcool pode levar o paciente ao estado de coma.

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Ao mesmo tempo que a descoberta de novos medicamentos, o acesso cada vez maior a eles e seu uso concomitante na prática clínica ampliaram os benefícios terapêuticos para os pacientes, também aumentaram a interferência mútua de diferentes ações farmacológicas.

A incidência de uma interação indesejada aumenta proporcionalmente em relação ao número de fármacos prescritos, principalmente quando os mesmos são associados em dose fixa (fármacos na mesma preparação farmacêutica, como um comprimido ou cápsula). Estima-se que ocorram interações medicamentosas em 3% a 5% dos pacientes que recebam poucos fármacos (dois a três medicamentos). Esse índice aumenta para 20% quando os pacientes utilizam de 10 a 20 medicamentos.

Embora na prática clínica todos os indivíduos submetidos a terapia farmacológica com dois ou mais medicamentos estejam expostos aos efeitos das interações medicamentosas, determinados grupos são certamente mais susceptíveis, por exemplo, os idosos, os portadores de doenças crônicas, os usuários de dispositivos para infusão de medicamentos intravenosos ou de sonda enteral e os internados em unidades de terapia intensiva.

Nos idosos, a degeneração dos sistemas orgânicos, o excesso de medicamentos prescritos, o tempo de tratamento, a

prática da automedicação, os inúmeros distúrbios de órgãos ou sistemas responsáveis pela farmacocinética dos medicamentos e as dificuldades de percepção, compreensão e comunicação por parte do idoso são alguns dos fatores que aumentam a possibilidade de interações adversas.

Os portadores de doenças crônicas como cardiopatias, hepatopatias, nefropatias, os que apresentam afecções do sistema imunológico (câncer, síndrome da imunodeficiência adquirida, lúpus, artrite reumatoide) e aqueles submetidos à terapia com agentes imunossupressores (corticosteroides, quimioterápicos antineoplásicos, modificadores de respostas biológicas, entre outros) são expostos a protocolos de tratamento com múltiplos medicamentos e por tempo prolongado, o que pode provocar reações indesejáveis capazes de agravar o quadro fisiopatológico já instalado.

QUaIs pacIeNTes esTÃO maIs sUscepTíveIs a INTeRaÇões FaRmacOlógIcas e QUal a INcIDêNcIa Das mesmas?

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Os usuários de cateteres venosos e os de sonda para dieta enteral são frequentemente portadores de distúrbios do sistema digestório, capazes de afetar o movimento e aproveitamento das moléculas dos medicamentos no organismo. A maceração de comprimidos ou drágeas como forma de administração dos medicamentos pela sonda enteral pode facilitar a associação de agentes não compatíveis entre si, causando reações indesejadas. Além disso, os nutrientes da dieta podem interferir na ação dos medicamentos.

Nos pacientes de unidades de terapia intensiva, a infusão contínua de medicamentos vasoativos e a administração contínua de outros (antibióticos, analgésicos, ansiolíticos, antieméticos) são comuns e necessárias; em contrapartida, constituem situações potenciais para ocorrência de interações adversas, especialmente quando os cuidados necessários em relação à compatibilidade entre os medicamentos e os intervalos de administração entre eles não são levados em conta.

1. INTeRaÇões FaRmacêUTIcas (OU INcOmpaTIbIlIDaDe)

São interações do tipo físico-químicas que ocorrem quando dois ou mais medicamentos são administrados na mesma solução ou misturados no mesmo recipiente, e as características do produto obtido são alteradas, inviabilizando a terapêutica.

As interações farmacêuticas ocorrem fora do organismo, durante o preparo e na administração dos medicamentos parenterais, geralmente devido à incompatibilidade entre os agentes misturados ou ao veículo adicionado. Quase sempre resultam em precipitação ou turvação da solução, mudança de coloração ou mesmo inativação do princípio ativo do medicamento.

Por exemplo:

• heparina, incompatível com aminoglicosídios e diazepam;

• sulfato de morfina, incompatível com furosemida e fenitoína.

cOmO as INTeRaÇões FaRmacOlógIcas pODem seR classIFIcaDas? Os mecanismos envolvidos no processo de interação podem acontecer:

• durante o preparo;

• no momento da absorção, da distribuição, da metabolização e da eliminação do medicamento;

• na ligação ao receptor farmacológico.

Dessa forma, as interações são classificadas de acordo com a fase farmacológica em que ocorrem:

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2. INTeRaÇões FaRmacOcINéTIcas

São aquelas que interferem no perfil farmacocinético do medicamento e podem afetar o padrão de absorção, distribuição, biotransformação ou de excreção.

Fase De absORÇÃO

Estas interações atuam no processo de transferência do medicamento do local de administração para a corrente sanguínea, onde fatores como o fluxo sanguíneo do trato gastrintestinal, pH, motilidade, dieta, presença de outras substâncias e até mesmo o tipo de formulação farmacêutica podem interferir.

exemplos: a absorção de uma droga pode ser reduzida por drogas que diminuem a motilidade do trato digestivo (como a atropina ou opiáceos) ou acelerada por drogas procinéticas (como a metoclopramida). Drogas que são ácidos fracos são absorvidas em meio ácido, logo, sua absorção será diminuída por antiácidos (por exemplo, bloqueador H2 e barbitúricos). O contrário vale para as drogas que são bases. A absorção pode ser reduzida pela formação de compostos insolúveis (como o Cálcio ou o Ferro). Parafina pode reduzir absorção de drogas lipossolúveis. Inibidores da monoaminoxidase (IMAO’s) impedem a degradação da tiramina (substância presente no queijo, vinho, chocolate, abacaxi, presunto, etc.) no trato gastrointestinal (TGI), e, se forem absorvidos em uma refeição rica em tiramina, podem causar efeito vasopressor agudo.

Fase De DIsTRIbUIÇÃO

Estas interações afetam o mecanismo de deslocamento do medicamento da circulação sistêmica para os tecidos. Ocorre pela competição das drogas por proteínas plasmáticas, e depende da interação da droga A com albumina e da concentração da droga B. A droga livre é a que tem efeito, logo, ao ocorrer deslocamento de uma droga, haverá aumento dos efeitos e da toxicidade da droga deslocada.

exemplo: a administração conjunta de aspirina e fenilbutazona com varfarina sódica eleva a concentração sérica do anticoagulante e o potencial hemorrágico.

Fase De bIOTRaNsFORmaÇÃO OU meTabOlIzaÇÃO

As interações que alteram o processo de metabolização dos medicamentos interferem na atuação das enzimas hepáticas que os transformam em frações menores e hidrossolúveis. Essas enzimas podem sofrer indução ou inibição por drogas.

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A indução enzimática pode resultar no aumento da metabolização de um ou mais medicamentos e, consequentemente, na redução dos níveis plasmáticos das doses administradas, levando a uma diminuição nos efeitos e tolerância (exemplos: barbitúricos, fenitoína, rifampicina, etanol, carbamazepina, fenilbutazona, fumo, anti-histamínicos, haloperidol, griseofulvina).

A inibição enzimática pode acarretar lentidão na biotransformação do medicamento e de outros que tenham sido administrados de forma simultânea, aumentando o tempo de ação farmacológica e levando a uma redução da eliminação, aumento dos efeitos e da toxicidade (exemplos: dissulfiram, corticosteroides, cimetidina, inibidores da MAO, cloranfenicol, halopurinol e ISRS).

Fase De excReÇÃO

Estas interações atuam na função renal, uma vez que os rins constituem a principal via de eliminação. Assim, a taxa de excreção de vários medicamentos pode ser modificada por meio de interações ao longo do néfron. Podem ocorrer por alterar a taxa de filtração, inibir a secreção tubular, diminuir a reabsorção, alterar o fluxo urinário, alterar o pH urinário. Quanto ao pH urinário, a urina ácida favorece a excreção de drogas básicas.

exemplo: o bicarbonato de sódio é utilizado para aumentar a excreção de ácidos fracos em casos de intoxicação por barbitúricos.

3. INTeRaÇões FaRmacODINâmIcas

Provocam modificação do efeito bioquímico ou fisiológico do medicamento e ocorrem no local de ação dos fármacos (receptores farmacológicos), sendo capazes de causar efeitos semelhantes (sinergismo) ou opostos (antagonismo).

O efeito sinérgico produz um tipo de resposta farmacológica a partir da associação de dois ou mais medicamentos, cuja resultante é maior do que a simples soma dos efeitos isolados de cada um deles. O sinergismo pode ocorrer:

1. por adição: com medicamentos que possuem os mesmos mecanismos de ação;

2. por somação: com medicamentos que possuem mecanismos diferentes de ação;

3. por potencialização: com medicamentos que atuam em diferentes receptores farmacológicos.

No caso do efeito antagônico, a resposta farmacológica de um medicamento é suprimida ou reduzida na presença de outro, muitas vezes pela competição gerada pelo mesmo sítio receptor. Esse tipo de interação pode gerar tanto respostas benéficas como acarretar ineficácia do tratamento.

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Exemplos de interações farmacodinâmicas:

assOcIaÇÃO INTeRaÇÃO mecaNIsmO De aÇÃO UsO / eFeITO

naloxona morfina Antagonismo Competição por receptor

Nos quadros de depressão respiratória causados pela morfina

maleato de enalapril hidroclorotiazida Sinergia Agem por diferentes

modosAumenta o efeito anti-hipertensivo

propranolol salbutamol Antagonismo Competição por receptor Ineficácia

ácido acetilsalicílico dipirona Sinergia Possuem os mesmos

mecanismos de açãoEfeito analgésico será adicionado

QUe FaTORes lIgaDOs à aDmINIsTRaÇÃO DOs meDIcameNTOs pODem levaR a Uma INTeRaÇÃO?Um dos fatores que podem levar à ocorrência de interações medicamentosas é como o medicamento é administrado. São vários fatores, entre os quais se pode citar:

via de administração: algumas interações só são possíveis quando os dois medicamentos são administrados pela mesma via, como a oral, pois os dois ou mais fármacos ficarão em contato por mais tempo, aumentando a chance de ocorrência de interações. Assim, se essas drogas forem administradas por vias diferentes, ocorre uma diminuição da possibilidade da interação.

Tempo de administração: o intervalo curto entre a administração de uma droga ou outra pode aumentar a possibilidade de interação, por isso o conhecimento antecipado de interações entre os fármacos permite a escolha de horários para administração, de modo a diminuir o máximo possível a ocorrência de interações adversas.

Tempo de tratamento completo: muitas das reações de interação só aparecem após algum tempo de tratamento, podendo variar de algumas horas a várias semanas para que ocorram.

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posologia: muitas das interações são dose-dependentes, isso é, quanto maior a dose dos fármacos envolvidos, maior a possibilidade de interação. Porém, isso pode ser diferente para drogas potentes, como fármacos utilizados no tratamento do câncer, em que mesmo pequenas doses podem levar à ocorrência de interações.

apresentação: a forma de apresentação do medicamento (líquido, comprimidos, drágeas, liberação gradual) pode influir na possibilidade de interação. Por exemplo, medicamentos de liberação gradual ficam mais tempo presentes no organismo, podendo então interagir com outras drogas que o paciente vier a ingerir.

QUaIs sÃO as classes De meDIcameNTOs pOTeNcIalmeNTe INTeRaTIvOs?Os medicamentos precipitadores são capazes de arremessar outros agentes para fora do local de ação original e assim afetar o efeito desejado. Fazem parte desse grupo os indutores e inibidores enzimáticos (exemplos na tabela abaixo), os que são altamente ligados às proteínas plasmáticas (por exemplo, a aspirina, a fenilbutazona e as sulfonamidas) e os que alteram a função renal (por exemplo, a furosemida e a probenecida).

Os medicamentos denominados alvo ou objetos são aqueles que, quando passam por alguma alteração em sua dose (mesmo que pequena), proporcionam grande modificação no efeito. Nesses casos, a interação frequentemente resulta na diminuição da eficácia terapêutica do medicamento. Entretanto, para aqueles medicamentos que possuem estreito índice terapêutico, as interações produzem ampliação da toxicidade. São exemplos desses medicamentos os antibióticos aminoglicosídeos, os antiarrítmicos, os anticoagulantes, os anticonvulsivantes, os anti-hipertensivos, os glicosídeos cardíacos, os hipoglicemiantes, os quimioterápicos antineoplásicos e alguns imunossupressores.

Exemplos de inibidores e indutores enzimáticos:

INIbIDORes eNzImáTIcOs INDUTORes eNzImáTIcOs

alopurinol carbamazepina

cimetidina fenobarbital

corticosteroides rifampicina

dissulfiram griseofulvina

metronidazol tolbutamida

Um programa

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Elaborado por: Fabiana Calvi Norder Ribeiro - CRF-SP: 34499

Revisado e atualizado por: Simone Cristina Déo - CRF-SP: 61159

Referências: Page C, Curtis M, Sutter M, Walker M, Hoffman B. Farmacologia Integrada. 2ª Edição; Barueri – SP. Manole, 2004. Rang HP, Dale M.M., Ritter JM, Moore PK. Farmacologia. 5ª Edição. Rio de Janeiro – RJ. Elsevier Editora, 2003. SECOLI, SR. Interações medicamentosas: fundamentos para a prática clínica da enfermagem. Rev Esc Enf USP, v.35, n. 1, p. 28-34, mar. 2001. PR VADE-mécum – Guia de Interações Medicamentosas. Soriak Comércio e Promoções S.A. 2006. Franco et al. Interações medicamentosas: Fatores Relacionados ao Paciente (Parte I) Rev. Cir. Traumatol. Buco-Maxilo-fac., Camaragibe v. 7, n. 1, p. 17 - 28, jan./mar. 2007. Bergamaschi et al. Interações Medicamentosas: Analgésicos, Antiinflamatórios e Antibióticos (Parte II) Rev. Cir. Traumatol. Buco-Maxilo-fac., Camaragibe v.7, n.2, p. 9 - 18, abr./jun. 2007. Leão DFL et al. Avaliação de interações medicamentosas potenciais em prescrições da atenção primária de Vitória da Conquista (BA), Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, 19(1):311-318, 2014. ARONE, Maria Evanisa. Cálculos e Conceitos em Farmacologia. 16 ed. Rev. atual.- São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2013.

©Medley 2015. ®Marca Registrada. E-LEARNING INTERACOES MEDICAMENTOSAS – 06/04/15.Material destinado ao farmacêutico.Este texto foi revisado, atualizado e validado pela equipe técnica do Instituto Racine em 05/03/2015.

cONclUsÃOLembre-se que qualquer substância que seja consumida pelo indivíduo sem a intenção de promover um efeito terapêutico (como no caso dos alimentos, do tabaco etc.), poderá levar à ocorrência de interações medicamentosas com alguns medicamentos, causando alterações na eficácia terapêutica e na toxicidade dessas substâncias.

Assim, além de avaliar as características dos medicamentos prescritos, o farmacêutico deve dispensá-los e considerar os hábitos individuais de cada paciente, aconselhando-o a alterar seus hábitos para evitar possíveis complicações durante o tratamento. Esse acompanhamento deve ser permanente, contribuindo assim para o aprimoramento dos serviços prestados.