INTELIGÊNCIA MÚLTIPLAS FEIRA DA MATA

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Inteligências Múltiplas Na sala de aula FEIRA DA MATA/BA JUNHO/2012

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Inteligências Múltiplas Na sala de aula

FEIRA DA MATA/BA

JUNHO/2012

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Inteligências Múltiplas Na sala de aulaIlma Mendes de Almeida1

1.Mapa Resumido da Teoria das IMInteligência Componentes Centrais Sistemas Simbólicos Estados Finais Superiores

LingüísticaSensibilidade aos sons, estruturas, significados e funções das palavras e da linguagem

Linguagens fonéticas (por exemplo, inglês)

Escritor, orador (por exemplo, Virginia Woolf, Martin Luther, Jr.)

Lógico-Matemática

Sensibilidade a/e capacidade de discernir, padrões lógicos ou numéricos; capacidade de lidar com longas cadeias de raciocínio

Linguagens de computador (por exemplo, Pascal)

Cientista, matemático (por exemplo, Madame Curie, Blaise Pascal

EspacialCapacidade de perceber com exatidão o mundo visuoespacial e de realizar transformações nas próprias percepções iniciais

Linguagens ideográficas (por exemplo, chinês

Artista, arquiteto (por exemplo, Frida Kahlo, I.M. Pei)

Corporal-Cinestésica

Capacidade de controlar os movimentos do próprio corpo e de manipular objetos habilmente

Linguagem de sinais, braile* Atleta, dançarino, escultor (por exemplo, Jesse Owens, Martha Grahm, Auguste Rodin)

MusicalCapacidade de produzir a apreciar ritmo, tom e timbre; apreciação das formas de expressividade musical

Sistemas notacionais musicais, código Morse

Compositor, maestro (por exemplo, Stevier Wonder, Midori)

InterpessoalCapacidade de discernir e responder adequadamente aos estados de humor, temperamentos, motivações e desejos das outras pessoas

Sinais sociais (por exemplo, gestos e expressões faciais)

Conselheiro, líder político (por exemplo, Carl Rogers, Nelson Mandela)

IntrapessoalAcesso à própria vida de sentimentos e capacidade discriminar as próprias emoções; conhecimento das forças e fraquezas pessoais

Símbolo do Self (por exemplo, nos sonhos e trabalhos artísticos)

sicoterapeuta, líder religioso (por exemplo, Sigmund Freud, Buda)

NaturalistaPerícia em distinguir entre membros de uma espécie, em reconhecer a existência de outras espécies próximas e em mapear as relações, formalmente ou informalmente, ente várias espécies.

Sistema de classificação de cada espécies (por exemplo, Lineu); mapas de habitat

Naturalista, biólogo, ativista animal (por exemplo, Charles Darwin, E. O. Wilson, Jane Goodall)

1 Psicopedagoga/Pedagoga.Especialista em atendimento Psicopedagógico à universitários com dificuldades de aprendizagem

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Quadro. 2 – Mapa Resumido da Teoria das IM

Inteligência Sistemas Neurológicos(Áreas de Base)

FatoresDesenvolvimentais

Formas ValorizadasPelas culturas

Lingüística Lobos frontal e temporal esquerdo (por exemplo, áreas de Broca/de Wernicke)

“Explode” na infância inicial; permanece vigorosa até a velhice

Histórias orais, narração de histórias, literatura, etc.

Lógico-Matemática

Lobo parietal esquerdo, hemisfério direito

Tinge seu pico na adolescência e no início da idade adulta; as introspecções matemáticas superiores declinaram dos 40 anos

Descobertas científicas, teorias matemáticas, sistemas de contagem e de classificação, etc.

Espacial Regiões posteriores do hemisfério direito

O pensamento topológico na infância inicial dá lugar ao paradigma euclidiano por volta dos 9-10 anos; o olho artístico continua vigoroso na velhice.

Trabalhos artísticos, sistemas de navegação, projetos arquitetônicos, invenções, etc.

Corporal-Cinestésica

Cerebelo, gânglios basais, córtex motor

Variam, dependendo do componente (força, flexibilidade, etc.) ou do domínio (ginástica, beisebol, mímica, etc.)

Artesanato, desempenhos atléticos, trabalhos dramáticos, formas de dança, escultura, etc.

Musical Lobo temporal direito É a inteligência que se desenvolve mais precocemente; os prodígios freqüentemente passam por uma crise desenvolvimental

Composições, execuções, gravações musicais, etc.

Interpessoal Lobos frontais, lobo temporal (especialmente o hemisfério direito), sistema límbico

Apego/vinculação durante os primeiros três anos é crítico

Documentos políticos, instituições sociais, etc.

Intrapessoal Lobos frontais, lobos parietais, sistema límbico

A forma da Fronteira entre o self e o outro nos três primeiros anos é crítica

Sistemas religiosos, teorias psicológicas, ritos de passagem, etc.

Naturalista Áreas do lobo parietal esquerdo são importantes para distinguir entre seres “vivos” e “inanimados”

Surge dramaticamente em algumas crianças bem jovens; a escolarização ou a experiência aumenta a perícia foral ou informal

Taxionomias raciais, conhecimento das ervas, rituais de caça, mitologias sobre espíritos de animais

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3 – Mapa Resumido da Teoria das IM

Inteligência Origens Evolutivas Presença em Outras Espécies

Fatores Históricos (relativos aos Estados Unidos atualmente)

Lingüística Notações escritas encontradas datando de 30.000 anos

Capacidade de nomear dos macacos

Transmissão oral mais importante antes da imprensa

Lógico-Matemática

Encontrados calendários e sistemas numéricos muito antigos

As abelhas calculam a distância através de suas danças

Mais importante com a influência dos computadores

Espacial Desenhos nas cavernas

Instituto de territorialidade em várias espécies

Mais importante com o advento do vídeo e de outras tecnologias visuais

Corporal-Cinestésica

Evidências do uso antigo de instrumentos e ferramentas

Uso de instrumentos nos primatas, tamanduás e outras espécies

Era mais importante no período agrário

Musical Evidências de instrumentos musicais já na Idade da Pedra

Canto dos pássaros Era mais importante durante a cultura oral, em que a comunicação era de natureza mais musical

Interpessoal Grupos de vida comunal eram necessários para caça/coleta

Apego materno observado em primatas e em outras espécies

Mais importante com o aumento da economia de serviços

Intrapessoal Evidências antigas de vida religiosa

Os chimpanzés se localizam diante de um espelho; os macacos sentem medo

Continua sendo importante, com a sociedade cada vez mais complexa e exigindo a capacidade de fazer escolhas

Naturalista Instrumentos de caça primitivos relevam entendimentos de outras espécies

Instituto de caça em numerosas espécies permitindo distinguir entre a presa e os outros animais

Era mais importante durante o período agrário, depois diminuiu a importância durante a expansão industrial, atualmente, a “capacidade de referente à terra” é mais importante do que nunca para preservar ecossistemas em risco

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Ponto-Chave na Teoria das IMAlém da descrição das oito inteligências e seus fundamentos teóricos, certos pontos do modelo

precisam ser lembrados:1. Toda pessoa possui todas as oito inteligências. A teoria das IM não é uma “teoria de tipos”,

para determinar qual inteligência se ajusta. Ela é uma teoria do funcionamento cognitivo, e propõe que cada pessoa tem capacidades em todas as oito inteligências. Evidentemente, as oito inteligências funcionam juntas de maneira única para cada pessoa. Algumas pessoas parecem possuir níveis de funcionamento extremamente elevados em todas ou na maioria das oito inteligências – por exemplo, o poeta-estadista-cientista-naturalista-filósofo alemão Johan Wolfgang Von Goethe. Outras pessoas, como as internas em instituições para pessoas com problemas de desenvolvimento, parecem possuir apenas os aspectos mais rudimentares das inteligências. A memória de nos se encaixa em algum lugar entre estes dois pólos – sendo altamente desenvolvido em algumas inteligências, modestamente desenvolvido em outras, e relativamente subdesenvolvido nas restantes.

2. A maioria das pessoas pode desenvolver cada inteligência num nível adequado de competência. Embora um indivíduo possa lamentar suas deficiências numa determinada área e considerar seus problemas como inatos e intratáveis, Gardner sugere que praticamente todas as pessoas podem desenvolver todas as oito inteligências num nível razoavelmente elevado de desempenho, desde que recebam estímulos, enriquecimento e instrução apropriados. Ele menciona o Programa Suzuki de Educação de Talentos como um exemplo de como indivíduos de dotação musical biológica relativamente modesta conseguem atingir um nível sofisticado de proficiência no violino ou no piano, por meio de uma combinação das influências ambientais certas (por exemplo, a ajuda de um dos pais, exposição à música clássica desde bebê e instrução precoce). Esses modelos educacionais podem ser encontrados também em outras inteligências.

3. As inteligências, normalmente, funcionam juntas de maneira complexa. Gardner salienta que todas as inteligências, conforme descritas anteriormente são uma “ficção”: na vida não existe nenhuma inteligência isolada (exceto, talvez, em casos muito raros, em savants e indivíduos com dano cerebral). As inteligências estão sempre interagindo umas com as outras. Para preparar uma refeição, precisamos ler a receita (lingüística), possivelmente dividir a receita pela metade (lógico-matemática), criar um menu que satisfaça a todos os membros da família (interpessoal) e aplacar também o próprio apetite (intrapessoal). Da mesma forma, quando uma criança joga bola, ela precisa da inteligência corporal-cinestésica (para correr, chutar e pegar), da inteligência espacial (para orientar-se no campo e para antecipar as trajetórias das bolas) e das Inteligências lingüística e interpessoal (para conseguir defender seu ponto de vista durante uma disputa no jogo). As influências foram retidas de contexto na teoria das IM apenas com o propósito de examinarmos seus aspectos essenciais e aprendermos a usá-las efetivamente. Não podemos esquecer de colocá-las de volta em seus contextos específicos culturalmente valorizados quando terminarmos de estudá-las formalmente.

4. Existem muitas maneiras de ser inteligente em cada categoria. Não existe um conjunto-padrão de atributos que precisamos ter para sermos considerados inteligentes numa área específica. Conseqüentemente, uma pessoa pode não saber ler, mas ser altamente lingüístico, porque consegue contar uma história maravilhosamente ou tem um rico vocabulário oral. Da mesma forma, uma pessoa pode ser muito desajeitada num campo de futebol, mas possuir uma inteligência corporal-cinestésica superior quando tece um tapete ou cria uma mesa de xadrez marchetada. A teoria das IM

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enfatiza a rica diversidade de formas pelas quais as pessoas mostram seus talentos dentro de uma inteligência e também entre inteligências.

Quadro 4. – Oito Formas de Aprender

Crianças que são extremamente

PENSAM ADORAM PRECISAM DE

Lingüísticas em palavras ler, escrever, contar historias, fazer jogos de palavras

livros, fitas, materiais para escrever, papel, diários, diálogos, discussões, debates, histórias

Lógico-Matemáticas

raciocinando experimentar, questionar, resolver problemas lógicos, calcular

coisas para explorar e pensar, materiais científicos, manipulativos, idas ao planetário e ao museu de ciências

Espaciais por imagense figuras

planejar, desenhar, visualizar, rabiscar

arte, LEGOs, vídeos, filmes, slides, jogos de imaginação, labirintos, quebra-cabeças, livros ilustrados, idas a museus de arte

Corporal-Cinestésicas

por meio de sensações somáticas

dançar, correr, pular, construir, tocar, gesticular

dramatização, teatro, movimento, coisas para construir, esportes e jogos de movimento, experiências táteis, aprendizagem prática

Musicais por meio de ritmos e melodias

cantar, assobiar, cantarolar, batucar com as mãos e os pés, escutar

tempo para cantar, idas a concertos, tocar música em casa e na escola, instrumentos musicais

Interpessoais percebendo o que os outros pensam

liderar, organizar, relacionar-se, manipular, mediar, fazer festa

amigos, jogos de grupo, reuniões sociais, eventos comunitários, clubes, mentores/aprendizados

Intrapessoais em relação às suas necessidades, sentimentos e objetivos

estabelecer objetivos, meditar, sonhar, planejar, refletir

lugares secretos, tempo sozinhas, projetos e escolhas no seu ritmo pessoal

Naturalista por meio da natureza e das formas naturais

brincar com os animais de estimação, cuidar do jardim, investigar a natureza, criar animais, cuidar do planeta Terra

acesso à natureza, oportunidade de interagir com os animais, instrumentos para investigar a natureza, (por exemplo, lupas e binóculos)

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Atividades para Ensinar a Teoria das IM

Naturalmente, você vai querer ir além de uma simples explicação verbal no modelo, e deve tentar ensinar o modelo em todas as oito inteligências. Existem várias maneiras de apresentar o modelo ou de seguir a apresentação de cinco minutos com atividades de reforço e experiências suplementares. Aqui estão alguns exemplos:

01- Dia da Profissão. Se você costuma trazer membros da comunidade para falar à turma sobre suas profissões, comece a contextualizar essa atividade dentro de uma estrutura de inteligências múltiplas. Traga um editor para falar sobre as atividades envolvidas na “capacidade com palavras”, uma contadora para falar sobre como usa sua “capacidade numérica” para ajudar as pessoas, e uma arquiteta para explicar a utilidade da “capacidade com imagens” em sua profissão. Outros convidados do dia da profissão poderiam ser um atleta (capacidade corporal), um músico profissional (capacidade musical), um advogado (capacidade com pessoas), uma pessoa que começou um negócio (capacidade com o eu) ou um veterinário (capacidade com a natureza). Mas não esqueça que cada profissão, normalmente, envolve várias inteligências, e talvez você queira discutir como cada papel reúne uma combinação de inteligências de uma maneira única. Essas apresentações são extremamente importantes para enfatizar para os alunos que cada uma das inteligências desempenha um papel vital no sucesso das pessoas no mundo. Talvez você queira falar antes com os convidados sobre o modelo, de modo que possuam usá-lo em sua apresentação. Ou você pode simplesmente falar depois de suas apresentações, relacionando aquilo que eles disseram ou fizeram com uma ou mais das oito inteligências.

02- Pesquisas de Campo. Leve os alunos a lugares na comunidade onde cada uma das inteligências seja particularmente valorizada e praticada. Algumas saídas poderiam incluir uma biblioteca (capacidade com palavras), um laboratório de ciências (capacidade lógica), uma fábrica de veículos (capacidade manual), uma estação de rádio (capacidade musical), uma empresa de relações públicas (capacidade com pessoas), o consultório de uma psicóloga (capacidade c o eu) e um zoológico (capacidade com a natureza). Ver essas inteligências em contexto dá aos alunos um quadro de “vida real” mais exato da Teoria das IM do que poderíamos dar dentro de uma sala de aula.

03- Biografias. Façam os alunos estudarem as vidas de pessoas famosas que se destacaram em uma ou mais das inteligências (veja Gardner 1994). Os assuntos de estudo poderiam incluir Vinícius de Moraes (capacidade com palavras), Leopoldo Nachbin (capacidade lógica), Tarsila do Amaral (capacidade com imagens), Daiane Santos (capacidade corporal), George Chico Buarque (capacidade musical), Irmã Dulce(capacidades com pessoas), Sigmund Freud (capacidade com o eu) e Manuelzão (capacidade com a natureza). Faça com que as pessoas estudadas sejam representativas das atmosferas de gênero, culturais, raciais e étnicas de seus alunos. Para exemplos de pessoas famosas em cada inteligência que superaram incapacidades e dificuldades específicas.

04 -Planos de Aula. Dê uma aula, de oito maneiras diferentes, sobre um determinado assunto ou área específica de habilidades. Explique de antemão para os alunos que você vai ensinar esse assunto usando cada uma das oito inteligências e que eles devem prestar especial atenção a como cada uma das inteligências é incluída. Depois da aula, peça que os alunos descrevam o uso que você fez de cada inteligência. Esta atividade requer que eles reflitam sobre os processos necessários para cada inteligência e reforça sua consciência metacognitiva. Talvez você também queira perguntar que

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método ou métodos específicos eles preferiram. Desta maneira, você ajuda cada aluno a compreender que estratégias ele prefere usar para aprender alguma coisa nova.

05- Atividades Experimentais Rápidas. Uma maneira experimental de apresentar a Teoria das IM é fazer com que os alunos realizem oito atividades, cada uma das quais se vale primariamente do uso de uma inteligência. Por exemplo, eles podem escrever alguma coisa (“Escrever um poema curto que você conhece.”), usar a matemática (“Diga-me quanto tempo é um milhão de segundos?”), desenhar (“Desenha a figura de um anima.”), correr (“Vá lá fora e corra até o final do quarteirão e volte.”), cantar (“Vamos cantar juntos ‘Se Essa Rua Fosse Minha’.”), Compartilhar (“Vire-se para uma colega e conte alguma coisa boa que lhe aconteceu nesta semana.”), refletir (“Feche os olhos e pense sobre o momento mais feliz da sua vida – você não precisa compartilhá-lo com ninguém.”) e observar a natureza (“Olhe pela janela e veja quantas coisas vivas e formações naturais você consegue perceber.”). Ajuste as atividades ao nível de capacidade de alunos, escolhendo atividades que praticamente qualquer pessoa pode fazer, e apresentando àqueles que não podem fazê-las uma versão modificada das atividades. Você pode usar esta abordagem antes ou depois de descrever explicitadamente os “oito tipos de capacidade”. Não deixe de perguntar aos alunos quais atividades eles preferem, e lembre-se de relacionar cada atividade a uma (ou mais) das oito inteligências.

06- Murais nas Paredes. Entre em uma sala de aula norte-americana típica e é provável que você em cartaz de Albert Einstein na parede. Einstein é um bom representante das inteligências múltiplas porque ele usou várias delas em seu trabalho, incluindo a espacial, a corporal-cinestésica e a lógico-matemática. Em vez de pendurar em cartaz de Einstein, pendure oito cartazes na parede, cada um representando uma pessoa especialmente proficiente em uma das inteligências. Ou pendure uma faixa dizendo “Oito Formas de Aprender” ou “É Assim que Nós Aprendemos na Escola”, e mostre fotos de alunos da escola usando cada uma das inteligências.

07- Prateleiras de Exibição de Produtos. Exiba produtos feitos pelos alunos ma escola que exijam o uso de cada uma das oito inteligências. Exemplos: ensaios, histórias ou poemas (capacidade com palavras), programas de computador (capacidade lógica), desenhos ou pinturas (capacidade com imagens), peças musicais (capacidade musical), projetos tridimensionais (capacidade corporal), projetos cooperativos (capacidades com pessoas), projetos individuais (capacidade com o eu) ou simulações de ecossistemas (capacidade com a natureza). Os produtos podem ser exibidos em uma prateleira, em uma caixa de vidro ou sobre uma mesa, e trocadas regularmente, de modo que todos os alunos tenham a chance de exibir suas realizações. Assegure-se de que em cada produto esteja o nome da inteligência ou inteligências necessárias para produzi-lo.

08- Leituras. Para os alunos mais velhos você pode indicar leituras de qualquer um entre o crescente número de livros e artigos e sobre a Teoria das Inteligências Múltiplas.

09-Mesas de IM. Prepare oito mesas na sala de aula, cada uma claramente rotuladas com um sinal referente a uma das oito inteligências. Em cada mesa, coloque um cartão indicando a tarefa que os alunos devem fazer. Na mesa da capacidade com palavras, os alunos podem fazer uma tarefa de redação; na mesa da capacidade numérica, uma tarefa de matemática ou ciências; na mesa da capacidade com imagens, uma tarefa de desenho; na mesa da capacidade corporal, uma tarefa de construção; na mesa da capacidade musical, uma tarefa musical; na mesa da capacidade com pessoas, uma tarefa cooperativa; na mesa da capacidade com o eu, uma tarefa individualizada, e na mesa da capacidade com a natureza, uma tarefa envolvendo observar um animal ou uma planta. Diga aos alunos que procurem a mesa que para eles representa sua inteligência mais desenvolvida (não lhes fale de antemão sobre as tarefas ou eles escolherão a mesa com base na atividade). Faça com que trabalhem na tarefa por um tempo determinado (talvez cinco minutos) e então use sinal musical (como uma campainha) para indicar que chegou a hora de passar para a próxima mesa (no

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sentido horário). Continue até todos os alunos terem experimentado todas as tarefas. Converse sobre suas preferências e relacione cada tarefa com uma inteligência.

10-Caçada à Inteligência Humana. Se você está introduzindo a teoria das IM no início do ano, quando os alunos ainda não se conhecem muito bem “caçada à inteligência humana” é uma ótima maneira de ensinar aos alunos, experimentalmente, os oito tipos de inteligências e simultaneamente ajudá-los a conhecerem melhor os colegas. Essa atividade baseia-se na premissa de que cada um de nós é um “baú do tesouro”, cheio de dons especiais. Estes dons são as nossas inteligências. Às vezes, todavia, não estamos conscientes dos talentos dos outros, de modo que temos de fazer uma “caçada ao tesouro” – neste caso, uma “caçada à inteligência. Existem três regras básicas.

1- Os alunos devem executar as tarefas listadas, não simplesmente dizer

que são capazes de fazê-las.2- Quando um aluno realiza a tarefa de modo a satisfazer o “caçador”, ele deve colocar suas

iniciais no espaço em branco ao lado da tarefa apropriada na folha do “caçador”.3- Os “caçadores” devem pedir a cada pessoa para executar apenas uma tarefa; portanto, para

completar a caçada, um aluno precisa ter oito conjuntos diferentes de iniciais.

Você pode modificar as atividades incluindo tarefas adequadas às aptidões e capacidades dos seus alunos. Por exemplo, se você está trabalhando com alunos muito jovens, talvez queira substituir uma música de Mozart por Atirei o pau no gato. Você pode inclusive criar uma caçada baseada inteiramente em gravuras, na qual os alunos teriam de encontrar pessoas na sala que gostassem especialmente de fazer as coisas retratadas em cada gravura. Depois da atividade, lembre-se de vincular cada tarefa a uma inteligência diferente e de conversar sobre aquilo que os alunos aprenderam a respeito dos talentos ou das inteligências de cada um.

11 -Jogos de Tabuleiro. Você pode criar um jogo de tabuleiro baseado nas oito inteligências. Pegue uma folha de papelão e uma caneta hidrocor e desenhe o formato comum de uma estrada sinuosa dividida e vários quadrados pequenos. Atribua uma cor a cada inteligência e depois coloque um símbolo de inteligência adequadamente colorido em cada quadrado do tabuleiro. Depois faça oito conjuntos de cartões de 5 x 8cm, com oito cores de papel combinando com os símbolos coloridos do tabuleiro. Em cada conjunto de cartões escreva tarefas envolvendo o uso de uma inteligência específica. Aqui, por exemplo, estão algumas tarefas para a inteligência espacial no nível fundamental:

Caçada à Inteligência Humana

Encontre alguém capaz de:

----- cantarolar algumas notas de uma música de Mozart (Capacidade Musical)----- dançar um passo simples de dança (Capacidade Corporal)----- recitar pelo menos quatro linhas de algum poema (Capacidade com Palavras)----- explicar por que o céu é azul (Capacidade Lógica)----- contar brevemente um sonho recente (Capacidade com o Eu)----- desenhar um cavalo (Capacidade com imagens)----- dizer honestamente que se sente relaxado e à vontade relacionando-se com outras pessoas durante este exercício (Capacidade com Pessoas)

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Desenhe um cachorro em menos de trinta segundos. Encontre um objeto com a forma de um círculo dentro da sala de aula. Diga qual é a sua cor favorita. Descreva quatro coisas azuis que você vê na sala. Feche os olhos e descreva as imagens em sua mente.

Assegure-se de que a maioria das tarefas esteja dentro das capacidades de seus alunos. Depois pegue um par de dados e miniaturas de plástico como peças do jogo e comece a jogar!

12- Histórias, Músicas ou Peças Teatrais de IM. Seja criativo (a) e invente sua própria história, música ou peça teatral para ensinar a idéia das inteligências múltiplas (seus alunos podem ajudar). Você poderia, por exemplo, criar uma história sobre oito crianças, cada uma proficiente numa determinada inteligência, que não se relacionam muito bem entre si e são forçadas a viajar para terras mágicas distantes. Em cada terra elas encontram desafios que exigem a inteligência única de uma determinada criança. Por exemplo, as crianças chegam a uma terra onde, para serem compreendidas, as pessoas precisam comunicar-se através de cantos, de modo que a criança musical as orienta nessa terra. Em uma outra terra,elas caem num buraco e conseguem sair dele através do desempenho corporal de uma das crianças. No final da história, elas conseguem realizar sua tarefa (talvez recuperar uma jóia preciosa) porque utilizaram os talentos ou inteligências de todas as oito crianças. Esta história pode então ser usada como uma metáfora para o comportamento em sala de aula: nós precisamos respeitar e encontrar maneiras de valorizar os talentos e dons únicos de cada aluno. Uma história como esta poderia ser apresentada para outros alunos da escola como uma peça teatral, um espetáculo de marionetes ou um sinal.

Sem dúvidas existem muitas outras atividades que ajudariam a ensinar a Teoria das Inteligências Múltiplas aos alunos. O desenvolvimento dessas experiências deve ser um processo constante durante todo o ano. Depois que você introduzir algumas atividades, coloque um cartaz listando as oito inteligências, talvez na forma da Pizza de IM. Quando acontecer alguma coisa que parece relacionar-se a uma ou mais das oito inteligências, você pode usar o cartaz para enfatizar essa relação. Por exemplo, se vários alunos expressam um grande desejo de trabalhar juntos num projeto, você pode salientar que eles querem usar sua “capacidade com pessoas”. A uma aluna que criou uma ilustração visual excelente e adequada à tarefa, você pode dizer que ela realmente usou sua “capacidade com imagens” no trabalho. Ao modelar o uso prático da Teoria das IM nas atividades diárias de sala de aula, você ajudará os alunos nos a assimilar a teoria, e eles começarão a usar esse vocabulário para compreender sua vida de aprendizagem.

REFERÊNCIAS

ANTUNES, Celso. Jogos para a e s timulação das inteligências Múltipla s . 7 ed.. RJ:Vozes, 2000.

ARMSTRONG, Thomas. Int e ligências Múltiplas na s a la de aula. 2 ed. Porto Alegre: ARTMED Editora, 2001.

FONSECA, Vitor da. Aprender a aprende r : a e d ucabilidade cognitiva. . Porto Alegre: Artmed, 1998.

GARDNER, Howard. Inteligências Múltiplas: A t e oria na Prática . Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.

GARDNER, Howard. Inteligência um conceito refo r m ulado . 2 ed.. RJ: Objetiva,2000.

GOLEMAN, Daniel. Inteligência Emociona l . RJ: Objetiva, 1995.

MACHADO, Luiz. D e scubra e use a sua intel i g ê n c ia e m o c ional. RJ: Ed.Cidade do Cérebro, 1997.

SMOLE , Kátia C. S. Inteligências Múltiplas – um novo olhar para a Educação. Atta midia e educação.

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ANEXOS

PERGUNTAS DE PLANEJAMENTO DE IM

OBJETIVO

Como posso introduzir números, cálculos, lógica, classificações ou habilidades de pensamento crítico? Como posso usar recursos

visuais, visualização, cor, arte ou metáfora?

Como posso introduzir a música ou os sons ambientais?

Como posso envolver todo o corpo ou usar experiências práticas?

Como posso usar a palavra falada ou escrita?

Como posso incluir a natureza?

Como posso evocar memórias pessoais ou deixar os alunos escolherem? Como posso fazer com

que os alunos compartilhem coisas com os colegas?

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OBJETIVO

FOLHA DE PLANEJAMENTO DE IM

Lógico-matemática

Espacial

Musical

Corporal -Cinestésica

Interpessoal

Intrapessoal

Naturalista

Lingüística

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Emília

1. Demonstração Lingüística . “Descreva Emília com suas palavras, oralmente ou em texto escrito livremente”.

2. Demonstração Lógico-Matemática . “Se Emília fosse um princípio científico, uma lei ou um teorema, qual seria?”

3. Demonstração Espacial . “Desenhe um rápido esboço mostrando alguma coisa que você acha que Emília gostaria de fazer que não está indicado no história.”

4. Demonstração Corporal-Cinestésica . “Usando mímica, mostre como você acha que Emília agiria em uma sala de aula.”

5. Demonstração Musical . “Se Emília fosse uma frase musical, como ela soaria ou que música ela seria?”

6. Demonstração Interpessoal . “Quem, na sua vida, é parecido com Emília (amigos, família, outros alunos, personagens de TV)?”

7. Demonstração Intrapessoal . “Descreva em poucas palavras seu sentimento pessoal em relação a Emília.”

8. Demonstração Naturalista . “Se Emília fosse um anima, qual ela seria? Por quê?”

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EMÍLIA A BONECA DE PANO

Emília, a boneca gente

De uma caixa de costuraPano, linha e agulhaNasceu uma menina valenteEmília, a boneca-gente

Nos primeiros momentos de vidaEra toda desengonçadaFicar em pé não podia, caíaNão conseguia nada

Emília, Emília, Emília

Mas a partir do momentoQue aprendeu a andarEmília tomou um pílulaE tagarelou, tagarelou a falar Ela é feita de panoMas pensa como um ser humanoEsperta e atrevidaÉ uma maravilha, Emília, Emília

Emília, Emília, Emília

Pra cada história ela tem um planoInventa mil idéiasNão entra pelo canoAh, essa boneca é uma maravílha

Emília, Emília, Emília

De uma caixa de costura

Pano, linha e agulhaNasceu uma menina valenteEmília, a boneca-gente

Nos primeiros momentos de vidaEra toda desengonçadaFicar em pé não podia, caíaNão conseguia nada

Emília, Emília, Emília

Mas a partir do momentoQue aprendeu a andarEmília tomou um pílulaE tagarelou, tagarelou a falar

Ela é feita de panoMas pensa como um ser humanoEsperta e atrevidaÉ uma maravilha, Emília, Emília

Emília, Emília, Emília

Pra cada história ela tem um planoInventa mil idéiasNão entra pelo canoAh, essa boneca é uma maravílha

Emília, Emília, Emília

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