INSTRUMENTOS PARA QUALIDADE E RASTREABILIDADE · dade e rastreabilidade dos produtos de montanha A...

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Instrumentos para a quali- dade e rastreabilidade dos produtos de montanha A qualidade é um dos fatores mais importantes para os pro- dutos de montanha. A sua me- lhoria através de um sistema eficaz de rastreabilidade e controlo poderá ajudar a criar um produto de montanha de alta qualidade e compeƟƟvo. Atualmente estão disponíveis instrumentos modernos que garantem a qualidade ao longo de toda a cadeia de abasteci- mento e que podem ser oƟmi- zados e adotados. A relação custo/beneİcio resultante do uso destes instrumentos tam- bém deve ser explorada para ver com qual conjunto de ins- trumentos se obtém o máximo de qualidade e rentabilidade. Instrumentos políƟcos Existem várias políƟcas da União Europeia que apoiam a melhoria da qualidade e rastreabilidade: A menção de qualidade facultaƟva “Produto de Montanha” (Reg. UE nº 1151/2012) poderá ajudar a mostrar a verdadeira origem e qualidade do produto, protegendo assim os agricultores de montanha e os consumido- res; As medidas FEADER (Reg. UE nº 1307/2013) da PAC (PolíƟca Agrícola Comum), tal como o Art.º 16 – Regimes de qualidade para os produtos agrícolas e os géneros alimenơcios; ou o Art.º 45 InvesƟmentos, podem apoiar a melhoria da qualidade e rastreabilidade dos produtos de monta- nha. A Secção 3 das medidas da Organização Comum de Mercado relaciona- das com a rotulagem e apresentação no sector vinícola pode ser interes- sante para os produtores de vinho. Tal como o Art.º 150 – “Regulação da oferta de queijo com uma denominação de origem protegida ou uma indicação geográfica protegida”, no caso dos produtores de leite. Cofinanciado pela Direcção-Geral da Agricultura e do Desenvolvimento Rural da União Europeia www.newcapmountain.eu INSTRUMENTOS PARA QUALIDADE E RASTREABILIDADE

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Instrumentos para a quali-dade e rastreabilidade dos produtos de montanha

A qualidade é um dos fatores mais importantes para os pro-dutos de montanha. A sua me-lhoria através de um sistema eficaz de rastreabilidade e controlo poderá ajudar a criar um produto de montanha de alta qualidade e compe vo. Atualmente estão disponíveis instrumentos modernos que garantem a qualidade ao longo de toda a cadeia de abasteci-mento e que podem ser o mi-zados e adotados. A relação custo/bene cio resultante do uso destes instrumentos tam-bém deve ser explorada para ver com qual conjunto de ins-trumentos se obtém o máximo de qualidade e rentabilidade.

Instrumentos polí cos

Existem várias polí cas da União Europeia que apoiam a melhoria da qualidade

e rastreabilidade:

A menção de qualidade faculta va “Produto de Montanha” (Reg. UE nº

1151/2012) poderá ajudar a mostrar a verdadeira origem e qualidade do

produto, protegendo assim os agricultores de montanha e os consumido-

res;

As medidas FEADER (Reg. UE nº 1307/2013) da PAC (Polí ca Agrícola

Comum), tal como o Art.º 16 – Regimes de qualidade para os produtos

agrícolas e os géneros alimen cios; ou o Art.º 45 – Inves mentos, podem

apoiar a melhoria da qualidade e rastreabilidade dos produtos de monta-

nha.

A Secção 3 das medidas da Organização Comum de Mercado relaciona-

das com a rotulagem e apresentação no sector vinícola pode ser interes-

sante para os produtores de vinho. Tal como o Art.º 150 – “Regulação da

oferta de queijo com uma denominação de origem protegida ou uma

indicação geográfica protegida”, no caso dos produtores de leite.

Cofinanciado pela Direcção-Geral da Agricultura e do Desenvolvimento Rural da União Europeia

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INSTRUMENTOS PARA QUALIDADE E RASTREABILIDADE

Mon Lait: uma marca de produtores baseada na menção “Montanha”

Contexto A Associação dos Produtores de Leite de Montanha (APLM), criada em de-zembro de 2010, é o culminar de 3 anos de trabalho desenvolvido por agricultores no Maciço Central, os quais procuraram enraizar a produção de leite e os seus instrumentos de transformação nas zonas de monta-nha.

Os obje vos da APLM são :

Ancorar a produção de leite de montanha nas zonas de monta-nha;

Juntar os produtores de leite da região montanhosa do Maciço Central;

Con nuar a promover a marca do produto lácteo Mon Lait, a primei-ra marca de leite de montanha que é propriedade dos produtores de leite, entre os grandes distri-buidores.

Resultados

Existem 1040 produtores que são

membros, espalhados por 7 regi-

ões do Maciço Central.

Existe um contrato com a TERRA

LACTA, a qual produz as embala-

gens do Mon Lait na sua fábrica

em Theix.

1 milhão de litros vendidos com a

marca Mon Lait desde junho de

2013.

4 grandes retalhistas nacionais

estão a vender o Mon Lait (disponível em 30 lojas no final de

2013 e em 90 lojas no final de

2014).

As vendas duplicaram quando os

produtores fizeram promoções.

Aspetos inovadores

Toda a criação de gado é desenvolvida na zona de montanha; pelo me-nos 70% da alimentação dos rebanhos provém de explorações localiza-das na zona de montanha.

Os produtores também estão bem situados para promover os seus pro-dutos em lojas.

Foi desenvolvido um projeto de inves gação (INRA) com os parceiros do maciço para destacar as caracterís cas do leite de montanha e estudar a viabilidade de u lização de critérios específicos para definir o leite de montanha.

Projeto

Produção de produtos em parceria com as empresas de transforma-ção interessadas.

Criação de um modelo operacio-nal para a fileira leite de monta-nha.

Informação junto dos produtores de leite do Maciço Central dos procedimentos necessários para se tornarem membros da associa-ção.

Negociações comerciais com gran-des distribuidores.

Recrutamento de um responsável de marke ng e de um encarrega-do pela gestão da associação.

Promoção do produto em nome dos produtores que são membros da associação.

Cer ficação de carne de bovino no País Basco: Euskal Okela

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Contexto O obje vo da inicia va era melhorar a rastreabilidade da carne de bovino com o rótulo Euskal Okela, desde a exploração agrícola até à unidade de venda ao consumidor. Com isto seria possível controlar cada etapa da pro-dução e ao mesmo tempo informar o consumidor sobre a origem do produ-to.

Projeto

Desenvolvimento de um programa informá co inovador conhecido por “sistema de cer ficação e con-trolo” para implementar nos siste-mas de controlo dos talhos. O programa está em constante evo-lução, adaptando-se às diferentes condições de mercado.

Informar o consumidor e a socie-dade em geral sobre o que é o projeto Euskal Okela.

Publicidade/promoção constante para es mular os consumidores a procurar a marca cer ficada.

O projeto evoluiu desde o início da seguinte forma:

1994: instalação de um programa inovador ao nível do controlo em escala que permi rá cer ficar o Euskal Okela, que por sua vez está conectado à central de controlo.

Ano 2000-2001: Alteração do pro-grama informá co tornando assim possível a cer ficação da carne Euskal Okela, a qual incluirá um sistema de rastreabilidade indivi-dual (animal a animal).

Ano 2012: O sistema de controlo e cer ficação é instalado num com-putador externo. O balanço é co-nectado a um equipamento exter-no e ao centro de controlo via internet (em tempo real).

2013

AGRICULTORES REGISTADOS 1.001

FORNECEDORES DE ALIMENTO 30

ALIMENTOS PARA ANIMAIS 114

CANAIS EUSKAL OKELA 10.240

KG “EUSKAL OKELA” 3.060.267

MATADOUROS AUTORIZADOS 5

MERCADOS GROSSISTAS 8

INSTALAÇÕES DE DESMANCHA 5

PONTOS DE VENDA AUTORIZADOS 243

Resultados No ano 2013 os resultados foram os seguintes:

Contexto

O Parque Natural e Cultural de Val-dres é uma zona de desenvolvimen-to rural. Através da an ga marca relacionada com os valores naturais e culturais e com o controlo local, a região cria valor acrescentado e contribui para a vitalidade das co-munidades locais. Neste contexto, os produtos agrícolas são uma prio-ridade. Através deste trabalho a região de Valdres preserva e desen-volve valores importantes de cará-ter local, nacional e internacional para as futuras gerações.

O Parque Natural e Cultural de Val-dres estabeleceu como principal obje vo ser uma “arena” para a cooperação entre os municípios, o turismo, as organizações culturais e recrea vas, os agricultores e outros agentes. Assim, todos trabalham na criação de produtos e experiências que são únicas devido às suas cara-terís cas dis n vas. Ao fazer isto cria-se a iden dade de uma marca forte: Valdres. Por outras palavras, eles conferem uma marca à região com produtos agrícolas de marca atribuindo-lhe assim valor acrescen-tado ligado à origem do produto. Puras sinergias posi vas!

Os conteúdos desta ficha informa va são da única responsabilidade da Euromontana e não refletem as perspe vas da União Europeia.

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Um sabor das Montanhas Norueguesas

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Resultados

De forma geral, a inicia va tem como obje vo a criação de marcas para os diferentes produtos territoriais no sen do de destacar a sua origem e qualidade de forma a obter valor acrescentado.

De forma específica, a inicia va resul-tou em:

Valor e preço acrescentado dos produtos ao nível do consumidor e melhor pagamento para os agri-cultores;

fortalecimento da marca da região de Valdres.

Projeto

O es mulo do projeto foi a necessi-dade de uma nova forma de pensa-mento e de reunir o património da região de uma forma inovadora que pudesse promover o seu desenvolvi-mento.

Para isto eles criaram marcas para vários produtos, tais como:

Rakfish de Valdres: peixe fermen-tado – na sua maior parte truta de montanha;

Enchido de Valdres: produzidos com base em an gas receitas regionais;

“Stølsmjølk”: Leite das explora-ções agrícolas de verão de Val-dres.

O rakfish e os enchidos ostentam marcas territoriais para proteger os produtos da produção industrializa-da. Isto foi feito para proteger a for-ma tradicional de confecionar rakfish. O Rakfish de Valdres é o mais popular da Noruega e a nge o preço de mercado mais elevado no país. O mesmo acontece com os en-chidos de Valdres.

A marca stølsmjølk é uma das várias formas de promover Valdres como a principal área para a agricultura de montanha de verão na Noruega.