INSTRUCÕES PARA O CULTIVO DA ACEROLA -...

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- Sarah Brandão S. C. Barboza Edson Diogo Tavares Marcelo Brito de Me10 INSTRUCÕES PARA O CULTIVO DA ACEROLA

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Sarah Brandão S. C. Barboza Edson Diogo Tavares

Marcelo Brito de Me10

INSTRUCÕES PARA O CULTIVO DA ACEROLA

República Federativa do Brasil

Presidente Fernando Henrique Cardoso

Ministério da Agricultura e do Abastecimento

Ministro Arlindo Porto Neto

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa

Presidente Alberto Duque Portugal

Diretores Elza Angela Battaggia Brito da Cunha

Dante Daniel Giacomelli Scolari José Roberto Rodrigues Peres

CIRCULAR TÉCNICA No 6 Novembro, 1996

INSTRUCÕES PARA O CULTIVO DA ACEROLA

- Sarah Brandáo S. C. Barboza

Edson Diogo Tavares Marcelo Brito de Melo

Copyright e EMBRAPA - 1996

EMBRAPA-CPATC. Circular TBcnica. n06 Exemplares desta publicaçao podem ser solicitados ao: Centro de Pesquisa Agropecuária dos Tabuleiros Costeiros - CPATC Av. Beira-Mar. 3.250. Caixa Postal 44, CEP 49001-970. Aracaju-SE Tel (079) 21 7-1 300 - Ramal 57 -Telex: 792318

Chefe Geral: Jose Olino Almeida de Andrade Lima Chefe Adjunto de Pesquisa & Desenvolvimento: Ederlon R. de Oliveira Chefe Adjunto de Apoio Tecnico: Luiz Alberto Siqueira Chefe Adjunto Administrativo: Joao Ouintino de Moura Filho

Comitê Local de Publicações Presidente: Ederlon Ribeiro de Oliveira Membros: Amaury Apolonio de Oliveira

Edson Diogo Tavares Edson Eduardo Melo Passos Emanuel Richard Carvalho Donald

Jiciára Sales Damásio Luiz Mário Santos Silva Maria de Lourdes da Silva Leal Wilson Menezes Aragao

Grupo de Edson Eduardo Melo Passos (Coordenador)

análise: Joao Erivaldo Saraiva Serpa Luiz Mário Santos Silva

Composiçao/Diagramaçe3o: Aparecida de Oliveira Santana Maria Ester Gonçalves Moura

Revisao Gramatical: Jiciára Sales Damásio PrB-lmpressáo e Impressao: Gráfica e Editora Triunfo Ltda.

Fones: (079) 21 1 -6828/6830 Tiragem: 300 exemplares

BARBOZA, S.B.S.C.; TAVARES, E.D.; MELO, M.B. de. Instruções para o cultivo da acerola. Aracaju: EMBRAPA-CPATC, 1996. 42p. (EMBRAPA-CPATC. Circular Técnica. 6).

Acerola; Cereja-das-antilhas; Malpighia emarginata; Cultivo; Barbados cherry: Cultivation:

CDD: 634.23

CIRCULAR TECNICA. 6

1. ORIGEM E IMPORTANCIA

2. BOTÃNICA

3. FLORESCIMENTO E FRUTIFICACAO

4. CLIMA E SOLO

5. VARIEDADES E PROPAGACÃO

5.1. Variedades

5.2. Propagação 5.2.1. Propagação por sementes 5.2.2. Propagação vegetativa

6. INSTALAÇÃO DO POMAR

6 . 7 . Preparo do solo

6.2. Espaçamento

6.3. Plantio

7. ADUBAÇAO E CALAGEM

8. TRATOS CULTURAIS

8.1. Controle de ervas daninhas

8.2. Consórcio

8.3. Podas

9. DOENÇAS .

9.1. Doenças causadas por fungos

9.2. Doencas causadas por fitonematóides

7 0 . PRAGAS

7 7. COLHEITA

7 2 . RENDIMENTO

7 3 . REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

INSTRUCOES PARA O CULTIVO DA ACEROLA'

Sarah Brandho S. C. Barboza' Edson Diogo Tavares3 Marcelo Brito de Melo2

A acerola conhecida também como cereja-das- antilhas, originária da América Tropical, é um arbusto frutífero cujo cultivo vem se expandindo em nosso País. principalmente no Nordeste. Segundo Knight, citado por Alves (1995). o local exato de origem da acerola não é bem definido, devido a mesma ser conhecida em cultivo ou naturalizada, vegetando na região banhada pelo mar das Antilhas ou seja, sul do México, América Central e norte da América do Sul. Em 1946, quando foi descoberto o alto teor de vitamina C em frutos da acerola, teve início o plantio comercial da cultura em Porto Rico. se expandiu para os Estados Unidos (Havaí e Flórida) e Cuba.

A professora Maria Celene Cardoso de Almeida, da UFRPE, trouxe de Porto Rico em 1955, sementes de acerola que. posteriormente, foram multiplicadas e distribuídas em pequenas quantidades para vários locais do Nordeste e outras regióes do pais. Marino Neto (1 986) informa que a planta já era conhecida no Brasil há mais de 50 anos, no Estado de São Paulo.

A demanda por acerola é atribuída quase que exclusivamente ao conteúdo em vitamina C nos frutos, que pode atingir até 4.000mg1100g de polpa (Asenjo.

' Trabalho realizado no ãmbito do Contrato EMBRAPNEMDAGRO -~~ - -~ ~~~ ~ ~ ~~ ~

' E"g.-Agr., B:Sc.. Contrato EMBRAPNEMDAGRO. Av. Beira-Mar. 3.250. Caixa Postal 44. CEP 49001-970. Aracaju. SE. Eng.-Agr.. M.Sc.. EMBRAPNCPATC. Av. Beira-Mar. 3.250. Caixa Postal 44. CEP 49001-970. Aracaju. SE.

1959; Couceiro. 1985; Marino Neto. 1986). Além da vitamina C a acerola contém outras vitaminas e sais minerais de grande importância para o organismo humano: tiamina, riboflavina, niacina. ácido pantotênico, cálcio. fósforo, ferro e sódio.

O Japão foi o primeiro país a se interessar pela acerola como 'commodity'. criando mais de 12 produtos: suco, água de acerola. refrigerantes, sorvetes. iogurtes, bebidas lácteas, concentrados tipo "Taff-man". bombons, doces, balas, compotas, purês. todos contendo acerola, onde o elemento motivador é o teor de vitamina C. Lucas (1993) informa que a Alemanha registrou o consumo de 40 litros de suco de acerola per capita/ano.

O consumo de sucos de frutas tropicais tem aumentado principalmente na Europa e nos Estados Unidos, nos quais existe uma forte tendência para uma alimentação natural e mais saudável (Bliska & Leite. 1995). Os paises importadores que mais se destacam são o Japão, Holanda, Alemanha e Franca. Como fornecedores temos os Estados Unidos, paises do Caribe, Venezuela, Colômbia e alguns paises asiáticos.

Segundo o IBRAF (1995). em 1994. o Brasil produziu 23.000 t de frutas frescas de acerola em 2.804ha. A produtividade média nacional foi de 8.1 tlha e as perdas na propriedade foram de mais de 30% da producão. As indústrias de transformacão absorveram 15.000 t de frutas frescas em 1994, produzindo 11.250 t de polpa e frutas inteiras congeladas. O Brasil consome 85% dessa produção, 9.500 t/ano, enquanto os demais países consumidores não somariam mais que 4.000 t/ ano. O Japão consome em torno de 1.500 t/ano entre polpa e frutas congeladas e a Europa e Estados Unidos ambos de 2.000 t/ano aproximadamente.

No Brasil o crescimento do consumo interno aconteceu quase que espontaneamente. devido a facilidade de utilização dos saquinhos de polpa congelada

de 100g. distribuídos em bares. lanchonetes e residências de Norte a Sul do País. O consumo de frutas inteiras congeladas ou frescas foi superado pela polpa de frutas que revolucionou a demanda. As frutas frescas tem consumo insignif icante devido a sua vida curta, merecendo cuidados no que se refere a t6cnicas de conservaçao, melhoria de embalagens e transporte.

Os Estados da Bahia e de Pernambuco possuem juntamente uma área cultivada com acerola em torno de 800ha; no vale do Açu, no Rio Grande do Norte, a acerola também é produzida em escala comercial em uma área de 400ha. Os Estados do Piauí, Paraiba e Pará possuem respectivamente 200. 500 e 400ha plantados com acerola (Gonzaga Neto & Soares, 1994).

Em Sergipe a áiea plantada ainda é reduzida, em torno de 200ha. estando a maioria dos plantios localizada na regiáo sul do Estado. O cultivo da acerola no Estado é feito nos ecossistemas de tabuleiros costeiros e agreste. principalmente por pequenos produtores em áreas de 1 a 2ha. em solos predominantemente do tipo Podzdlico Vermelho-Amarelo, com precipitaçáo média variando de 900 a 1200mm anuais e temperatura média anual de 24-C.

A aceroleira é uma planta dicotiledônea, pertencente B família das Malpighiáceas. Tanto o nome da família como o do gênero Malpighia foram dados em homenagem ao naturalista e fisiologista italiano Marcello Malpighi (Couceiro, 1985) (Figura 1).

Argles, citado por Gonzaga Neto & Soares (1 995). informa que a acerola, em 1753, foi classificada por Linnaeus como Malpighia glabra e em 1762. o mesmo botânico deu o nome de Malpighia punicifolia a uma espécie similar ou idêntica. Segundo Asenjo (1959). estudos examinando os herbários de Linnaeus e outras

fontes, concluíram que esses dois nomes sáo realmente sinônimos, mas se aplicam a uma espécie diferente, sendo o nome correto Malpighia emarginata D.C. Esta denominação foi adotada recentemente no Conselho Internacional de Recursos Genéticos Vegetais (IBPGR, 1986). reunido em Roma na Itália (Alves, 1995).

A aceroleira é um arbusto ou árvore de pequeno a médio porte que pode atingir até 4m de altura (Simão. 1971). mas que. sob condições de plantio comercial. atinge 1.5 a 2.0m de altura (Alves, 1995). Apresenta tronco único ou ramificado, ramos densos e espalhados e &almente curvados para baixo. As folhas são opostas. com peciolo curto, ovaladas ou eliptico-lanceoladas. medindo de 2.5 a 7.5cm. de coloração verde-escuro e brilhante na face superior e verde pálido na inferior. Possui inflorescência com 2 a 4 flores em média. hermafroditas, de coloração rósea a violeta esbranquiçada.

Os frutos da aceroleira são drupas de forma arredondada, ovalada ou cônica e quando maduros. de cor vermelha, roxa ou amarela. As acerolas crescem isoladas ou em cachos de dois ou mais frutos sempre na axila das folhas. Apresentam peso variando de 3 a 16 gramas. em função basicamente do potencial genético da planta e das condições de cultivo (Gonzaga Neto & Soares, 1994). (Figura 2).

A aceroleira produz flores em abundância, contudo o índice de pegamento de frutos é pequeno, o que se deve à baixa eficiência de polinizaçao aberta (Yamane & Nakasone, 1961 ). Esses autores observaram que, quando a autopolinizaçáo e polinização cruzada foram feitas artificialmente o índice de pegamento de frutos foi maior. A autopolinização é regra geral. podendo ocorrer a polinização cruzada, sendo esta responsável pelo maior tamanho dos frutos (Couceiro, 1985). Do

aparecimento do botão floral a ântese da flor. decorrem em geral 7 dias. O ciclo floral. da ântese até o amadurecimento do fruto é de 21 a 25 dias (Alves. 1995). Batista (1991) obsewocr um ciclo variando de 22 a 32 dias (Figura 3).

A aceroleira começa a frutificar entre 1 .8 a 2.0 anos quando oriunda de estacas e entre 2.0 a 2.5 anos quando proveniente de sementes (Couceiro. 1984). Em condic6es de irrigação a acerola inicia a produção por volta dos 6 a 7 meses do plantio (Rosa Júnior, 1994). A vida útil de um pomar de acerola é 12 anos, contudo na região Nordeste do Brasil a substituição das plantas tem ocorrido entre 8 e 10 anos (Figura 4).

4. CLIMA E SOLO

A aceroleira cresce e produz de forma satisfatoria em climas tropical e subtropical. Temperaturas médias em torno de 25°C a 27°C são consideradas ideais para o cultivo. Desenvolve-se bem. desde o nível do mar até 800m de altitude.

Um regime pluviométrico de 1.300 a 1.700mm bem distribuídos concorre para uma maior produção de frutas de maior tamanho e melhor qualidade. Precipitações acima de 1.800mm favorecem a formação de frutos aquosos com menor teor de açúcares e vitamina "C" (Couceiro, 1985). A planta desenvolve-se bem em solos nas faixas de pH 4.5 até 6.5. profundos. argilo- arenosos com boa drenagem. pois é sensível a solos encharcados.

5.1. Variedades

Apesar de bastante difundida e de estar se adaptando bem as condições de cultivo no Brasil, em

especial na Região Nordeste. a acerola f o i introduzida no País através de sementes e ainda hoje esta é a forma de propagação mais utilizada, disto resulta a inexistência de variedades definidas, ocasionando grande variação entre plantas e produtividades médias muito baixas (Figura 5).

E m diversos Estados brasi leiros como Pernambuco. Bahia. Ceará e Sergipe, estão sendo desenvolvidos programas de seleção de genótipos de diversas origens, visando selecionar para as nossas condições clones mais adaptados, mais produtivos e com características de fruto mais adequadas.

5.2. Propagação

A acerola pode ser propagada por via sexual (sementes) e por via vegetativa, através de estaquia e enxertia.

5.2.1. Propagação por sementes

Das sementes de acerola u m grande percentual apresenta mB formação o u ausência completa d o embrião. o que provoca um percentual de germinação de 20 a 30 %. A perda do poder germinativo é rápida.

A obtenção de sementes de plantas matrizes selecionadas é da maior importância para manter maior uniformidade, produtividade e longevidade do pomar. Nâo

se dispõe n o comércio de sementes

selecionadas.

A semeadura pode ser feita em qualquer época do ano. já que os canteiros deverão ser irrigados diariamente. Os canteiros que servirão de sementeira devem possuir- as seguintes dimens6es: 1 ,O a 1.2m de largura por 10m de comprimento e 0.1 5m de altura. Para cada metro quadrado de canteiro deve- se colocar 5 l itros de esterco de curral curtido, 1009 de superfosfato simples e 309 de cloreto de potássio, que devem ser misturados com a terra do canteiro. A semeadura deve ser feita após 15 dias em sulcos de l c r n de profundidade e distanciados 10cm entre si, sendo as sementes distribuídas uma ao lado da outra.

A emergência ocorre de 20 a 30 dias. Quando as mudas atingem 10cm de altura realiza-se a operação de repicagern. que consiste em transportar as mudas sadias para sacos plásticos. quando são entáo eliminadas aquelas fracas. defeituosas e doentes.

As mudas devem ser formadas à meia sombra (50% de insolação), havendo uma aclirnataçáo 15 dias antes d o plant io definitivo. Quatro meses após a repicagem as mudas devem estar com 30 a 40cm de altura podendo ser levadas para o campo (Figura 6).

5.2.2. Propagaçáo vegetativa

Em face da grande variabilidade genética exibida pela aceroleiia quando propagada por sementes. é imprescindível o desenvolvimen- to de técnicas de propagacão vegetativa que assegurem a uniformidade na formação dos pomares, reproduzindo as características de- sejadas das matrizes selecionadas.

Estaquia - Ainda não existe consenso quanto ao melhor t ipo de estaca (herbácea. semilenhosa o u lenhosa) e quanto à necessidade do uso de hormònios vegetais para promover o enraizamento. Apesar dos avanços verificados, ainda não existe uma técnica universalmente aceita que possa ser utilizada pelos viveiristas. Devem ainda ser definidos o melhor tipo e tamanho da estaca, a época de sua retirada, o uso ou não de hormònios, e fatores inerentes a própria planta como juvenilidade e estado nutricional.

Enxer t ia - Apesar da maior rapidez na obtenção da muda de aceroleira, quando se usa a estaquia ao invés da enxertia, a utilização deste último método apresenta algumas vantagens comparativas que devem ser consideradas. As mudas propagadas por enxertia apresentam, via de regra. u m sistema radicular mais vigoroso e portanto mais agressivo e mais profundo. explorando assim um maior volume de solo. Além disso. a presença da raiz pivotante. da muda enxertada, confere uma maior sustentaçao da planta no solo. Na região do Submédio São Francisco tem sido observado o tombamento de plantas propagadas por estaca. devido à ação d o vento. A variabil idade dos porta-enxertos provenientes de sementes é reduzida quando se faz uma rigorosa seleção das plantas fornecedoras e das plântulas no transplantio.

Em exper imento real izado pela EMBRAPA-CPATSA comparou-se três processos de enxertia: garfagem de topo em fenda cheia; garfagem lateral em inglês simples; e borbulhia de placa em janela aberta. sendo que os índices de pegamento foram respectivamente 40.0. 73.3 e 86.7%.

Em Sergipe tem sido utilizado o método de garfagem de topo em fenda cheia com

90% de pegamento. Para realizaçáo da enxertia deve-se utilizar:

Plantas matrizes pré-selecionadas com alta produtividade. boa qualidade de frutos, vigorosas e livres de pragas e doenças de onde serâo retirados os garfos; Cavalos com 3 a 4 meses de idade com diâmetro em torno de 0.5 a 0.6cm: Garfos com comprimento em torno de 15cm. apresentando 6 a 8 gemas e mesmo diâmetro dos cavalos.

Uti l izando-se canivete bem af iado decota-se o cavalo a uma altura entre 10 e 15cm acima do solo, faz-se um corte vertical de 1.5 a 2.0cm de profundidade no centro da superfície cortado. para inserçáo do garfo. no qual se faz de cada lado da sua extremidade inferior, 2 incisóes em forma de cunha, com aproximadamente 1.5 a 2,Ocm de comprimento. Na regiáo de uniao do cavalo com o garfo, deve-se amarrar firmemente uma fita plAstica, cobrindo-se toda a superfície cortada. Recomenda-se cobrir o garfo ate abaixo do ponto de enxert ia. c o m u m saquinho p lást ico transparente. Irrigar diariamente e retirar as brotaçóes d o cavalo para estimular a brotacão das gemas do garfo. De 3 a 4 meses após a enxertia as mudas podem ser levadas ao campo. A preparaçáo dos cavalos e a enxertia podem ser realizadas em r ipado rúst ico, ut i l izando-se para cobertura folhas de coqueiro ou tela tipo sombrite (Figura 7).

Pomares implantados com mudas enxertadas iniciam a produçáo aos cinco meses. enquanto aqueles formados de sementes só começam a produzir a partir dos dez meses. É importante saber se as mudas foram produzidas por estaquia o u por enxertia, como também adquiri-las de entidades ou produtores credenciados. que garantam a qualidade das mesmas.

Uma boa muda de acerola tem as seguintes características:

Propagação vegetativa (estaquia o u enxertia): Material genético selecionado (sementes. estacas e garfos); . Ausência de pragas e doenças; Altura de 30 a 40cm a partir do colo.

6. INSTALAÇÃO DO POMAR

6.1. Preparo do solo

As operações utilizadas no preparo do selo para implantação de pomares de acerola sáo as mesmas realizadas para outras fruteiras: roçagem, destoca. araçáo e gradagem. Deve-se realizar uma araçáo seguida de duas gradagens. A calagem. quando necessária. deve ser realizada com base na análise de solo, após a primeira gradagem. distribuindo-se o calcário a lanço por toda a área.

A área deve ser preparada de modo que favoreça um bom desenvolvimento das raizes. Para tanto. os solos ideais sáo aqueles areno-argilosos, bem drenados e profundos. O pH deve se situar entre 4.5 e 5.5 e deve-se preferir áreas planas o u levemente onduladas. Em terrenos com declive

acentuado deve-se fazer o plantio em curvas de nível. evitando assim a erosão.

As covas devem ter as dimensdes de 40 x 40 x 40cm. Na abertura da cova. a terra dos primeiros 20cm deve ser separada da terra do fundo. No mínimo, 30 dias antes do plantio. deve-se realizar o preparo da cova, que consiste na mistura da terra da su~erfície com os adubos recomendados.

6.2. Espaçamento

Em virtude do preço da terra e dos custos com máo-de-obra a tendência por espaçamentos mais densos tem crescido cada vez mais. 0 s plantios devem proporcionar elevada produtividade por unidade de área, possibilitando o retorno mais rápido do capital investido. Em solos de maior fertilidade natural e quando se fizer uso da prática de irrigaçáo deve-se optar pelos espaçamentos maiores. pois as plantas tenderão a ter um maior crescimento. Nas regiões tropicais, quando a planta encontra condições de umidade e nutriçáo adequadas tem crescimento rápido e contínuo.

O espaçamento ideal será aquele que possibilitar a obtenção de uma maior produçáo por área, permitindo que, mesmo com o pomar adulto. se realizem todas as práticas culturais recomendadas. Para tanto deve-se optar pelo uso de formatos retangulares, mantendo uma maior distância nas ruas, permitindo a passagem de trator e implementos. Entre as plantas na linha. essa distância poderá ser bem menor, pois não haverá necessidade da passagem de máquinas. Os espacamentos recomendados sáo: 5m x 31-13: 5m x 2.5m e 41-17 x 2.5m. que correspondem a

respectivamente 666. 800 e 1.000 plantas por hectare.

6.3. Plantio

O plantio deve ser realizado no início do período chuvoso. que em Sergipe corresponde aos meses de abril e maio. As mudas de acerola devem ir para o campo quando atingirem 30 a 40cm de altura, dos 4 aos 6 meses de idade. Devem ser amarradas a tutores, com mais ou menos 80cm de altura para evitar tombamento e permitir um crescimento ereto da planta.

O plantio deve ser realizado em dias nublados tendo-se o cuidado de retirar o saco plástico e nSo danificar o torráo. A muda deve ser colocada no nível do terreno. compactando-se a terra em volta do torrão.

7 . ADUBACÃO E CALAGEM

A adubação é uma das piáticas agrícolas de maior utilizaçáo Porém, para ter um adequado aproveitamento. requer alguns cuidados essenciais. Deve ter como resposta uma boa produtividade e portanto não pode ser feita de forma indiscriminada.

Os níveis de fertilidade natural dos solos podem variar muito dentro de uma mesma regiáo. Além disso. cada planta reage ao seu modo aos diferentes nutrientes enquanto o seu potencial de absorçáo náo pode ser alterado por uma maior dosagem de adubo.

Para que a adubaçáo e a calagem sejam realizadas da melhor forma possível é necessário o resultado da análise do solo, pelo qual sáo indicados os níveis dos nutr ientes existentes n o solo e recomendadas as

quantidades de calcário e de adubos que devem ser aplicadas. A época de realização da análise do solo deve ser. de no mínimo, quatro meses antes do plantio, para que a calagem. caso necessária, seja realizada dois meses antes do plantio.

No preparo da cova é realizada a adubaçao de fundação que consiste na aplicação de 20 litros de esterco de curral curt ido (como fonte de nitrogênio e de micronutrientes) e de adubos fosfatado e potássico. em quantidades calculadas com base no resultado da análise de solo, que servirá também para o calculo das adubaçbes de cobertura. de acordo com a Tabela 1.

TABELA 1. Recomendaçbes de adubacáo em N, P,O, e K,O em gramas por planta para a cultura da acerola.

litros de esterco de curral curtido

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2:' ano').

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É importante frisar que. no caso da planta de acerola a aplicação de esterco de curral curtido tem. além do objetivo nutricional, o de aumentar a atividade

NITROG~NIO Mineral

organico

FÓSFORO(solo) ppm P (Mehlich)

0 - 1 0

1 1 - 2 0

21 - 4 0

POTASSiO(soio) ppm K (Mehlichl

O - 40

41 - 80

81 - 160

80

20.

150 60

1 O0 40

70 20

1 O0 80

70 80

40 30

1 O0

20

80

60

30

120

80

40

150

120

80

40

180

120

60

microbiológica do solo visando minimizar a ocorrência de nematóides.

Existe uma relação entre a freqüência de aplicação de adubos e a sua eficiência. Em geral. o maior parcelamento melhora a eficiência; no entanto, existem condiçbes especificas que determinam a época de realizar a adubação, que devem ser realizadas com o solo úmido, em circulo. na projeção da copa da aceroleira. Nas condições de Sergipe. o período recomendado para a aplicação de adubos se restringe a 5 ou 6 meses. Nas adubações em cobertura a quantidade recomendada de nitrogênio deve ser parcelada em três vezes e a de potássio em duas vezes. A quantidade de fósforo deve ser aplicada de uma única vez, na primeira adubação.

Quanto ao$- micronutrientes são poucas as informações relativas'eos sintomas de deficiência em acerola. Segundo Marino Neto (1986). nos terrenos alcalinos deve ser feita a aplicação de micronutrientes. utilizando-se formulaçóes do tipo "FTE" de liberação lenta, sendo recomendada a fórmula "BR 9" que contem zinco (6.0%). boro (2.0%). cobre (0.8%). ferro (6.0%). manganês (3.0%) e molibidênio (0.1 %).

Em plantios de acerola em Sergipe. tem-se observado sintomas visuais de deficiência de micronutrientes, principalmente de Zn e Mn. Sugere-se a aplicação foliar de sulfatos de zinco e manganês nas concentrações de 0.2 a 0.3%. após uma brotação intensa.

8. TRATOS CULTURAIS

A acerola teve sua di fusão como cul tura comercial iniciada há poucos anos, e por isso ainda não se dispóe de um número suficiente de estudos sobre o melhor manejo com a cultura.

8.1. Controle de ervas daninhas

Para que as plantas possam desenvolver todo o seu potencial de produçáo náo devem sofrer a concorrência de outras plantas. Para tanto deve ser realizado o controle das ervas daninhas, que poderá ser feito por capina manual - que é o método mais utilizado - ou mecanizada. roçagem ou com o uso de herbicidas. Em todos os casos deve-se tomar cuidado para não ferir o tronco e as raízes, que são superficiais. Deve ser mantida sem ervas a área de projeção da copa e mais um metro.

8.2. Consórcio

Nos primeiros anos de vida do pomar, no espaço entre linhas de plantas pode-se plantar culturas intercalares, como feijáo, amendoim, batata-doce e mandioca ou fruteiras como abacaxi, mamáo ou maracujá. As culturas intercalares devem manter um metro de distância das plantas de acerola e receber adubaçáo especifica, para náo prejudicar a cultura principal.

8.3. Podas

Existe unanimidade nos trabalhos realizados de que a poda é uma prática essencial para a aceroleira. devendo ser realizada em todas as fases da cultura a partir da formacáo da própria muda. Dentre os vários objetivos para os quais a poda é realizada, podemos destacar para a acerola: conduzir a planta na forma

. desejada: manter a fruteira produzindo somente em locais que facilitem os tratos culturais e a colheita e eliminar ramos doentes o u que prejudicam o desenvolvimento normal da planta. Anualmente as plantas adultas devem ter sua altura reduzida para 1.5 a 2m. visando principalmente facilitar a colheita.

Poda de formação - No plantio as mudas devem ter de 30 a 40cm e deverá0 ser conduzidas em haste única. sendo amarradas a um tutor. A haste única deve ter sua gema apical podada com 50cm. sendo com isto estimulada a brotacáo das gemas laterais. Dos ramos laterais que surgem devem ser deixados 3 ou 4 ramos em diferentes alturas. distribuídos radialmente nos 20cm terminais da haste principal.

Poda de condução - A poda de conducáo é essencial para a manutençáo da conformacáo desejada da planta. Esta prática deve ser executada após a colheita (após um ciclo fenológico de produção), quando a planta estiver praticamente sem flores ou frutos. Deve-se eliminar ramos ladrbes e mal localizados e também as brotações que surgem nos ramos principais, especialmente as que se dirigem para o solo. Deve-se fazer o "levantamento da saia" da planta a uma altura de 50 a 60cm para evitar o contato dos ramos com o solo, evitando assim o surgimento de doenças.

S. DOENÇAS

As plantas de acerola estáo sujeitas ao ataque de doenças causando manchas necróticas nas folhas. ramos. lesões nos frutos e agentes formadores de galhas nas raizes.

9.1. Doenças causadas por fungos

Antracnose Colletotrichum gloeosporioides Penz.- constitui-se na mais difundida enfermidade da acerola no Brasil, ocasionando manchas necróticas nas folhas que, com a evolução. destrói o limbo foliar. Nos frutos causa manchas pequenas. enegrecidas, podendo aumentar a área necrosada (Couceiro, 1985: Trindade er al., 1993; Freire er al., 1994). Outra espécie de

antracnose C. dematium causa nas folhas os sintomas de coloração creme nos tecidos necrosados e ocorrência de um halo marrom espesso que com a evolução deixa perfurações no limbo (Freire et a/.. 1994: Freire. 1995).

Cercospora ou mancha-das-folhas - causada pelo fungo Cercospora bunchauae Chup & Muller, pode ocasionar sérios danos a folhagem chegando a promover intensa desfolhação na planta (Couceiro. 1985; Marino Neto. 1986; Freire. 1995). 0 s sintomas são as formações de manchas necrbticas de cor marrom medindo de 1 a 5 m m de diâmetro, arredondadas e às vezes irregulares. nas duas faces das folhas que amarelecem e caem (Gonzaga Neto & Soares, 1994). As manchas frequentemente localizadas no ápice ou nas bordas do limbo foliar são circundadas por u m típico halo necrotico (Trindade et a/.. 1993; Freire, 1995).

Fungo Myrothecium ror idum - ataca as folhas causando mancha de cor cinza com círculos concêntricos. mostrando mais severidade em condições de viveiro e quando ocorrem precipitações pluviais mais intensas (Freire et a/.. 1994; Freire. 1995).

Verrugose Sphaceloma sp. - causa lesóes nas folhas, nos ramos novos e nos frutos verdes (Couceiro. 1985; Trindade et a/., 1993; Freire et a/., 1994: Freire. 1995). Em infeccões severas as folhas podem apresentar o limbo retorcido (Freire, 1995).

Outras doenças causadas por fungos também foram detectadas causando a podridão mole dos frutos (Rhizopus sp.). Os frutos maduros exibem estruturas esbranquiçadas. posteriormente tornando- se escuras, recobrindo toda a superfície e caem prematuramente no solo (Freire et a/., 1994: Freire. 1995).

NOS ramos da aceroleira ocorre uma seca lenta ascendente, iniciando-se nas extremidades e progredindo em direção do caule. Às vezes a infeccão ocorre no sistema radicular, provocando a morte da planta. Também tem sido obsewada a ocorrência de cancros diretamente no caule e nos ramos. onde se formam rachaduras e lesões escurecidas que atingem o lenho. O agente causal é o fungo Lasiodiplodia theobromae (Botriodiplodia theobromae). A partir do sistema radicular necrosado já foram isolados Fusarium solani e L. theobromae (Freire et ai.. 1994).

M a n c h a d e a lga - causada por Cephaleuros virescens, restringindo-se, até o momento, apenas às folhas. 0 s sintomas são manchas arredondas, isoladas ou coalescentes. de aspecto velutino e coloração ferruginea (Freire et ai., 1994: Freire. 1995).

Cont ro le - Os patógenos foliares podem ser eficientemente controlados em viveiro de mudas através de pulverizacdes semanais com u m dos seguintes produtos: oxicloreto de cobre (3g11). benomil ( lg l l ) ou tiofanato metilico + clorotalonil ( l g l I) (Freire et ai.. 1 994).

Embora não existam produtos registrados para a acerola no Brasil, pesquisas mostram que os fungos C. gloeosporioides, C. dematium e C. bunchauae podem ser também eficientemente controlados com esses produtos (Gonzaga Neto & Soares, 1994; Freire. 1995). Clones ou variedades de frutos mais doces são dotados de grande resistência à cercosporiose, e as variedades ácidas de acerola apresentam diferentes graus de tolerância à doença (Marino Neto, 1986).

Segundo Freire (1995). o controle químico não deve ser utilizado próximo à colheita, pois ocasiona a presenca de resíduos tóxicos nos frutos de aceroleira. O curto período entre a fertilização e

maturação dos frutos (aproximadamente 22 dias) e as sucessivas frutif icaçóes anuais sugerem a utilização de produtos com curto período de carência ou em baixas concentrações. A ampla variedade genética encontrada na acerola no Brasil pode favorecer a seleção de materiais resistentes ou mais tolerantes aos fitopatógenos que atacam essa cultura. Trindade et a/. (1 993) estão desenvolvendo trabalhos visando o controle biológico e genético das doenças.

O controle da seca dos ramos e cancros no caule e ramos causados por L. theobrornae pode ser obtido com: a poda dos tecidos afetados dos ramos e a proteção das feridas com pasta cúprica.

9.2. Doenças causadas por. fitonematoides

Os nematóides das galhas Meloidogyne spp. têm sido observados em todas as regióes produtoras de acerola do Norte e Nordeste brasileiro (Freire, 1995). Em levantamento nematológico realizado nos perímetros irrigados da regiáo do Submédio Sáo Francisco, foram constatadas e identificadas duas espécies de fitonematóides M. incognita e M. javanica. Em condições de campo, as plantas mostram sintomas de enfraquecimento e redução no crescimento das folhagens e raízes. as quais reagem e emitem pequenas raizes laterais. que são também infectadas. A infecçáo das raízes prejudica a absorção de água e nutrientes do solo. afetando na produção e qualidade dos frutos. O ataque de nematóides nas mudas de acerola ocasiona o crescimento retardado, amarelecimento e queda das folhas, além das galhas, pipocas ou verrugas nas raizes (Choudhury & Choudhury, 1992).

Não existe controle químico para esses nematóides. Os autores acima recomendam que.

para a redução dos níveis populacionais de fitonematóides nos pomares. sejam adotadas as seguintes medidas:

Obter mudas sadias oriundas de solos não infestados com fitonematóides; Incorporar no solo leguminosas, no inicio de f lorescimento. por exemplo; Crotalaria spectabilis e C. paulinea, 20 dias antes do plantio das mudas sadias; Evitar a contaminação das áreas do pomar através de máquinas e implementos agrícolas. pois a terra aderida dissemina os nematóides. Realizar a desinfecçáo d o material com formaldeido a 2%.

0 s danos causados pelos nematóides na cultura da acerola ocorrem com intensidade muito variável em função da suscetibilidade das plantas (Piza Júnior & Kavati. 1993). Faz-se necessário que seja selecionado material que apresente características de resistência ou tolerância aos fitonematóides (Gonzaga Neto et a/.. 1994).

Sharma (1 994). citado por Freire (1 995). direciona. pesquisas para o controle biológico dos fitonematóides da acerola. Foi observada uma redução de nematóides das galhas (55-66%) 90 dias após a aplicação de Bacillus thuringiensis e S. thuringiensis var. israelensis. Chu (1 991 ). citado por Freire (1995). acha provável que mudas de acerola previamente infectadas com fungos micorrizicos arbusculares possam torna-se mais resistentes ao ataque de nematóides.

QUADRO 1. Resumo das principais doenças causadas por fungos. algas e nematóides em acerola no Brasil.

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; NOME VULGPR ,. "4, AGEN:E =$"*g ,& *@ ,@;, **,: e.h, $& ai. & .,. ,.. 1. Collerotrichum gloeosporioides Antracnose

2. Collerorrichum demarlum Antracnose

3. Cercospora bunchsuae Mancha das folhas. cercosporiose

4. Myrorhecium roridum Mancha-cinza

5. Sphaceloma sp. Verrugose

8. Rhizopus sp. Podridão dos frutos

7. Lesiodiplodia theobromse Seca dos ramoslcancros do caule

8. Fussrium solani Podridão das raizes 9. Cephaleuros Mrescens Mancha de alga

10. Meloidogyne incognifa Nematóides das galhas 11. Meloidogyne javenics Nematóides das galhas

1 2. Meloidoqyne arcuaria Nematóides das galhas

10. PRAGAS

O conhecimento sobre pragas que atacam a cultura da acerola n o Brasil limita-se a relatos de ocorrência de insetos e ácaros, sem identificação do nível de danos por eles causados. Sendo a exploraç6o comercial da acerola recente. não se dispde de recomendaçdes definidas para o manejo e controle de pragas.

Pulgão - Lima (1 982) relata a ocorrência do pulgáo Aphis citricidus em diferentes regi6es produtoras, nos meses mais secos do ano. Durante a estação seca. nas áreas irrigadas do Submédio Sáo Francisco tem sido observado com freqüência o ataque do pulgão Aphis spiraecola (Gonzaga Neto & Soares, 1994). O pulg3o 6 u m pequeno inseto sugador da seiva da planta, encontrando-se em grande número nos brotos e folhas novas. Ao sugarem a parte final dos ramos. provocam seu murchamento e morte, o que leva a planta a emitir

brotos laterais. É comum o pulgáo atacar flores e frutos em formaçáo.

Cochonilha - Foram observadas nas brotaçaes e folhas da acerola a cochonilha parda (Coccus hesperidum). a cochonilha Cotonosa australiana também chamada pulgáo branco (Icerya purchasi) e a cochonilha (Saissetia sp) (Araújo & Minami, 1994: Boaretto & Brandáo. 1994). A cochonilha Orthezia praelonga vem sendo encontrada em plantios de acerola no Estado de Pernambuco durante todo o ano. acentuando-se nos meses de julho a dezembro (Cavalcanti & Barros, 1991 ). Em Sergipe já se constatou a ocorrência da espécie 0. praelonga como também de 0. insignis.

Mosca-do-fruto - Segundo Costa (1 993). há ocorrência da Ceratitis capitata causando prejuizos nos frutos de acepla, em determinadas épocas do ano. No Suriname foi'registrada a infestacão regular da mosca dos frutos do oriente (Dacus sp). O ataque de mosca-do-fruto determina o apodrecimento dos frutos, depreciando-os para comercialização. al6m de provocar alteraçáo no gosto e queda precoce nos mesmos (Boaretto & Brandáo, 1992).

Percevejo - Duas espécies foram encontradas na Florida: Leptoglossus phyllopus e Nezara viridula (Araújo & Minami, 1994). Warumby et al. (1994) citam a ocorrência da espécie Crinocerus sanctus. Esses insetos atacam os f ru tos desquali f icando-os para a comercialização.

Cigarrinha - Foi observada em pomares de acerola no Estado de Pernambuco a cigarrinha - Aethal ion reticulatum. Essa espécie de cigarrinha danifica o broto terminal da planta formando uma espuma de protecão da ninfa que sugando-o provoca a morte e seca. Outra espécie de cigarrinha (Membracis foliota) ataca ramos e f ru tos sugando-lhes a seiva. Geralmente, as

cigarrinhas ocorrem associadas com formigas e o fungo chamado fumagina (Warumby; Neto & Arruda, 1994).

Bicudo - Anthonomus flavus ataca flores e frutos em desenvolvimento, que lhe servem de alimento nas primeiras etapas do seu desenvolvimento (Gonzaga Neto & Soares, 1994).

Serra-pau - Em alguns pomares de acerola do Perímetro Irrigado de Nilo Coelho - BA. esse coleóptero tem atacado os frutos danificando-os para o mercado (Rosa Júnior. 1994).

Formiga - A saúva (A t ta spp.) pode desfolhar completamente as folhas das plantas jovens de acerola.

Lagartas, gafanhotos e esperanças - São registrados como pragas que podem atacar plantas de acerola causando danos nas folhas.

Ácaros - Algumas espécies de ácaros podem ocorrer ocasionando manchas prateadas ou acinzentadas, mais ou menos acentuadas nas folhas e frutos.

ALGUMAS MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE DE PRAGAS:

Fazer bom preparo do solo. revolvendo suas camadas:

Manter as plantas bem nutridas e conduzidas adequada- mente com podas de formação e limpeza permitindo assim uma melhor aeração e penetração da luz no interior da planta:

Utilizar matéria orgânica n o solo promovendo maior resistência às plantas;

Eliminar restos de cultura e plantas hospedeiras:

Recolher e enterrar frutos caídos no chão;

Plantar culturas intercalares preferencialmente com espécie que não se constituam em hospedeiras das pragas que ocorrem na aceroleira;

Quanto as moscas-das-frutas. deve-se fazer a coleta e enterrio de frutas atacadas e a aplicação de iscas tóxicas (melaço + água + triclorfom) a exemplo do que é feito com outras fruteiras:

As cochonilhas e os pulgões podem ser controlados com pulverizações de óleo mineral emulsionável na concentração de 0.5 a 1 % e calda de fumo.

11. COLHEITA

A acerola passa por uma série de alteraçóes durante os processos de maturação e senescéncia, tais como: degradação de clorofila paralelamente ao aparecimento de carotenóides; decréscimo na acidez. aumento dos açúcares redutores e acentuada perda na vitamina "C" (Alves et al., 1995).

A colheita deve ser realizada nas horas de temperatura mais amena. ou seja, no início da manhã (até as 9 horas) e no final da tarde (após as 15 horas). No período de produção plena. a colheita deve ser realizada 2 a 3 vezes por semana, ou diariamente, para evitar queda de frutos.

A operação de colheita é sem dúvida uma das mais delicadas e de maior custo no cultivo de acerola. No auge da safra em pomares em produção o rendimento de uma pessoa é de 40 a 50kg de frutos por dia (Gonzaga Neto & Soares, 1994).

Um importante fator a ser considerado na colheita é o estádio de maturação dos frutos. Alves (1993)

classificou os frutos de acerola em 6 estádios de maturaçâo de acordo com a coloração da casca:

1. totalmente verde; 2. virando mais verde que amarelo; 3. início da pigmentação. com predominância de

amarelo; 4. predominância de vermelho; 5. totalmente vermelho; 6. roxo ou vermelho escuro.

A fruta passa por estes estádios em apenas 5 dias em média. Os frutos onde há predominância do vermelho intenso apresentam teor de vitamina "C" menor. baixa acidez e elevado teor de açúcar. A colheita deve ser realizada neste estádio. quando os frutos destinam-se ao congelamento e processamento na forma de polpa ou suco. Em estádios iniciais de maturação (verde. verde-amarelado, início de pigmentação vermelha) os frutos apresentam maior teor de vitamina "C" e, portanto, devem ser colhidos nessas fases quando o teor de vitamina "C" é o que está se considerando (Figura 8).

O IBRAF (1 995) coloca como critérios objetivos procurados pelos compradores ( indústr ias que transformam a acerola) os seguintes itens:

brix: entre 7 e 7.5 graus; vitamina "C": 1.200mg1100g:

.cor: mais de 80% rosada, virando para o vermelho; tamanho do fruto: mais de 15mm de diâmetro; peso do fruto: mínimo de 49: firmeza da fruta, ausência de ferimentos.

Para atender a todas estas exigências torna-se necessário selecionar variedades que produzam frutos dentro dos padrdes citados.

0 s frutos colhidos quando há predominância do amarelo sobre o verde e armazenados em embalagens permeáveis tem uma vida útil pós-colheita de 7 dias,

sem frio, e 10 a 15 dias com uso do frio (+ 7°C). Após a colheita a acerola suporta de 4 a 5 dias a temperatura ambiente. quando colhida madura. e de 6 a 7 dias quando colhida verde.

A refrigeração da acerola após a colheita possibil ita a comercialização da fruta fresca em mercados próx imos por 1 0 dias. Entretanto o congelamento imediato da fruta recém colhida. da polpa ou suco concentrado é fundamental para viabilizar a comercialização em mercados mais distantes por um período mais longo (Carvalho & Manica, 1993).

De acordo com Alves et al. (1 995) e IBRAF (1 995). as operações atualmente recomendadas para manuseio pós-colheita da acerola são:

Seleção: deve-se descartar as frutas verdes, apodrecidas. com doenças. danificadas por insetos. bicadas por pássaros e muito amassadas. Separa-se as mais vistosas e coloridas para serem congeladas inteiras das demais que irão para a despolpadeira.

Lavagem: utiliza-se água clorada em concentraçáo de 0.5 a 1 % (50 a 100ml de hipoclorito de sódio1100 litros d'água) durante 30 segundos. Deve-se fazer a renovação da água. A lavagem pode ser feita também em esteiras rolantes adequadas para o uso de jatos d'água.

Preparo das frutas inteiras: as frutas sáo ensacadas em sacos de polietileno com capacidade para 0.5 a 1 ,Okg. pesadas. soldadas e congeladas.

Processamento de polpa: as frutas são colocadas inteiras na despolpadeira e a polpa ensacada em embalagens de 100g. 1 kg, 5kg. 12kg ou até tambores de 200 litros. A embalagem é selada e procede-se o congelamento.

Os equipamentos utilizados para o congelamento vão desde o "freezer" doméstico horizontal. passando por câmara fria. até conteiner refrigerado de 24 a 48m3.

COLHEITA a ( TRANSPORTE PARA UNIDADE BENEFICIADOR I

LAVAGEM R FRUTAS INTEIRAS

ACONDICIONAMENTO

PESAGEM

SOLDAGEM

ROTULAGEM

CONGELAMENTO

POLPA CONGELADA

DESPOLPAMENTO

ACONDICIONAMENTO

PESAGEM

SOLDAGEM

ROTULAGEM

CONGELAMENTO

12. RENDIMENTO

A partir dos 2 anos do plantio a produção vai aumentando até em torno dos 8 anos. A frutificacão ocorre de 3 a 7 vezes ao ano a depender do material utilizado, tratos culturais e se conduzida em condiçóes de sequeiro ou irrigação.

Uma aceroleira pode produzir de 20 a 60kgl planta/ano (Couceiro, 1985). No Campo Experimental de Bebedouro. em Petrolina-PE a colheita em plantas matrizes foi de 17kg/planta (Gonzaga Neto, 1994).

A média de produção é de 25kg/planta/ano correspondendo a uma produtividade de 16.6 t/ha, quando utilizado o espaçamento de 5m x 3m.

Na Tabela 2 são apresentados os coeficientes que devem ser utilizados no cálculo dos custos de implantação e manutencão de 1 hectare de aceroleiras.

TABELA 2. Coeficientes técnicos para implantaqáo de 1 hectare de aceroleira.

Espaçamento 5m x 3m (666 plantas).

.*. i , ̂r,,, ,," ..qdp Ege;c,~,~AC,,o.AO~,, r_g . iY: "' t 8' ,c ,&*!UNIDADE. ~UANTIDADE

'i - ,. **r -<*8 .*',.i .., , * ~ , - . .. . , ANO 1 ANO2

1. PREPARO DO SOLO E PLANTIO

Roçagem e destoca horaltrator 12 O '

Encoivera e queima dialhomem 06 O

Aplisaçao de salciirio dialhomem 02 O

Araçao e gradagem horaltretor 08 O

Marcaçao e soveamento dialhomem 1 O O

Piantioltutoramento dialhomem O 9 O

Adubaçao(covs1 dialhomem 03 O

2. TRATOS CULTURAIS E FITOSSANI'TARIOS

Podas dialhomem 03 05

Coroamento dialhomem 10 12

Roçagem ' horaltrator 04 04

Pulverizaçbes dialhomem 04 04

Adubacso dialhomem 05 05

3. INSUMOS E MATERIAIS

Mudas + 5% repbnta uma 700 O

Calciirio dolomitico tonelada 01 O

UrBia quilo 120 150

Superfosfato simples quilo 470 200

Cloreto de potiissio quilo 150 90

Esterco de gado metro cúbico 20 20

Formicida quilo 05 02

ln5ef"ia l ivo 02 02

Funpicida quilo 03 05

4. COLHEITA

Serviqos dialhomem 20 240

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m Fig. 1 - Planta de aceda Melpighia emerginata D.C.

C

t r

Fig. 2 - Intlonwc(kicic UCI ci~eroleíra com flores e frutos normais.

Fig. 4 - Aceroleire com frutos.

I Fig. 5 - Variaçéo fenotipica'* aceroleira.

, .

Fig. 6 - Muda formade para ser levada ao campo.

Fig. 7 - Enxertia de garfagem de topo em fenda cheia.

Fig. 8'- Frutos màduros de