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Instituição de Ensino Santa Izildinha
Alyson Azevedo
Juliana Santos Mosso
Ruan Carlos Veríssimo
Evolução e contrastes entre as empresas Apple e Microsoft
no período atual.
São Paulo – SP
2010
Instituição de Ensino Santa Izildinha
Evolução e contrastes entre as empresas Apple e Microsoft
no período atual.
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado pelos alunos Alyson Azevedo, Juliana Santos Mosso e Ruan Carlos Veríssimo (3°B) como requisito parcial para a obtenção do título Técnico em Gestão Empresarial da Instituição de Ensino Santa Izildinha. Orientador: Prof. Cléber Anselmo.
São Paulo – SP
2010
AGRADECIMENTOS.
Iniciamos esta nova fase de nossas vidas agradecendo imensamente ao nosso
orientador Prof. Cléber Anselmo, cuja presença e persistência fez com que este
trabalho fosse realizado.
Agradecemos à esta instituição, seu corpo de Direção e Administração, que abriram
a oportunidade de adquirir conhecimentos, e consequentemente, testar nossas
competências e qualidades.
Igualmente agradecemos à nossa família, cujo apoio nos fizeram dedicar à este e
outros trabalhos.
Finalmente, agradecemos aos nossos colegas que participaram direta e/ou
indiretamente para a conclusão deste Trabalho de Conclusão de Curso.
RESUMO.
O presente trabalho identifica e analisa a evolução e contrastes de
administração das empresas multinacionais Microsoft e Apple, a partir do estudo e
consulta de matérias sobre seus fundadores, respectivamente Bill Gates e Steve
Jobs e de conseqüentes conclusões sobre ambos. Sendo a Microsoft uma das
maiores empresas de Software mundiais, a própria cria estratégias de valorização
do funcionário e de marketing para que haja um sucesso da mesma sobre a
concorrência, ao passo que a Apple utiliza-se de métodos e alternativas,
principalmente em que se diz respeito ao design do produto, para uma obtenção de
idéias criativas e simples. O trabalho também apresenta o diferencial e as
semelhanças das duas empresas, como o processo de gestão empresarial, a
relação entre as mesmas, o desenvolvimento tecnológico caracterizado pela
administração de Gates e Jobs, os históricos destas, dentre outras características
que criaram os cenários atuais da informática e dos PCs (personal computers).
Portanto, este Trabalho de Conclusão de Curso pode ser definido como uma
possível análise do processo empresarial da Apple e da Microsoft, criando possíveis
conclusões referentes à centralização de poderes das mesmas, e o modo pelo qual
as mesmas revolucionaram o modo de interpessoalidade com a tecnologia. O
contexto no qual a Microsoft e a Apple estão inseridas permite identificar fatores que
são fundamentais para a compreensão dos seus respectivos desenvolvimento e
administração.
Palavras-chave: Administração, Apple, Bill Gates, Microsoft, Steve Jobs.
ABSTRACT.
The present study identifies and analyzes the trends and contrasts of the
multinational companies, such as Microsoft and Apple, and their administration,
based on the study and consultation on matters of its founders, respectively, Bill
Gates and Steve Jobs and consequent conclusions about both companies. Microsoft
is one of the largest software companies worldwide, and it creates its own strategies
to value the employee, using marketing as a tool to success over the competitors,
while Apple uses methods and alternatives, especially when referring to product
design, to obtain simple and creative ideas. This study also shows the difference and
similarities of both companies, such as business process management, the
relationship between them, the technological development characterized by the
administration of Gates and Jobs, the history of both companies and founders,
among other characteristics that created the current scenario of computers and PCs
(personal computers). Therefore, this study can be defined as a possible business
process analysis of Apple and Microsoft, creating possible conclusions regarding the
power centralizations, and the way they have revolutionized the interpersonal
technology. The context which Microsoft and Apple are embedded can identify
factors that are essential to the understanding of their development and
administration.
Key words: Administration, Apple, Bill Gates, Microsoft, Steve Jobs.
SUMÁRIO.
Introdução
Capítulo 1 – Microsoft
Capítulo 2 – Apple
2.1. iNovação
2.2. iMarketing
2.3. iMacintosh
2.4. PowerPC
2.5. iNesperado
2.6. iMusic
2.7. Curiosidades
Capítulo 3 – Rivais ou Parceiras?
3.1. Relações Entre as Empresas
3.2. Comparações
Capítulo 4 – Jobs Steve, Show Man.
Conclusão.
Referências.
1
INTRODUÇÃO
O presente trabalho irá colocar em pauta duas empresas: Apple e
Microsoft. Falando sobre a forma diferenciada de administração dessas empresas
desde de 1977 ate hoje, tendo como objetivo mostrar toda a influência que elas
fizeram no mundo moderno.
Escolhemos esse tema, pois essas empresas revolucionaram o modo com
que as pessoas se relacionam com a tecnologia, tendo em vista a influencia que os
dois administradores Steve Jobs e Bill Gates tiveram no mercado da informática e
nas pessoas, com o intuito de facilitar tanto empresas quanto consumidores finais,
com a invenção do PC (Personal Computer).
Mostraremos o desenvolvimento do mercado da informática focando na
concorrência entre Apple e Microsoft, colocando em pauta o modo de administração
utilizado por dois dos homens mais revolucionários e inteligentes do mundo
contemporâneo, Bill Gates e Steve Jobs.1
Um dos fatos que ocasionou a nossa pesquisa foi a falta de visão de
mercado da IBM2, que não enxergou o mercado com computadores domésticos
(PC), e por isso ultrapassada pela Apple e Microsoft. Também a falta de visão do
Steve Jobs ao deixar que Bill Gates visse seus projetos do Macintosh.
1 BURKE, Martyn – Piratas do Vale do Silício. Estados Unidos: Half Entertaimentes/St Nick's.
Distribuição WB/TNT.1999. 95 min. 2 Segundo a revista ‘The Economist’.
2
CAPÍTULO I
1. A Microsoft
Na década de 70, os japoneses ultrapassaram os americanos nas
indústrias automobilística e eletrônica. Era questão de tempo até Tóquio tornar-se a
potência econômica mundial. Passadas três décadas, o império do oriente
cambaleia e os Estados Unidos nunca foram tão prósperos. Tudo por causa da
indústria da informática, um rolo compressor de US$ 700 bilhões cujo principal motor
se chama Microsoft, a companhia mais rica e poderosa do ramo industrial mais
importante atualmente.
A Microsoft foi fundada em 1975, por Bill Gates e Paul Allen. O seu
primeiro produto foi uma versão de Basic para um computador Altair. Em 1980, a
IBM escolheu a Microsoft para fornecedora do sistema operativo do seu IBM PC,
iniciando assim uma parceria. A Microsoft chamou este sistema operativo MS-Dos
(Microsoft Disk Operating System). Foram lançadas quatro versões do MS-Dos. A
primeira em 1980; a segunda em 1983, a terceira em 1984 e a quarta versão em
1988. A Microsoft chegou ainda a pensar em lançar o DOS protegido como DOS 5,
mas decidiram mudar o nome para OS/2. Ao mesmo tempo haviam criado o
Windows 1.0 como um ambiente gráfico e de programação para rodar sobre DOS.
Diferenças técnicas de opinião e o ponto de vista da IBM de que o Microsoft
Windows era uma ameaça ao OS/2, provocaram um racha entre as duas
3
companhias, e a Microsoft percebeu que não precisava mais da IBM, pois o MS-Dos
já tinha um domínio enorme no mercado, o que levou à dissolução da associação.
Em 1987, a Microsoft lançou então a versão 2.0 do Windows. Três anos
depois lançou o Windows 3.0, que rodava aplicações DOS em modo virtual, portanto
melhor que o OS/2 1.3. A IBM ainda lançou o OS/2 2.0, inclusive com uma interface
melhorada, a WorkPlace Shell (WPS). A WPS era muito diferente do que as pessoas
esperavam, a configuração inicial era muito pobre e feia. Em contraposição o
Windows modo virtual tinha muitos acionadores, uma interface familiar, por isso
superou o OS/2 2.0.
A Microsoft foi surpreendida com a repentina explosão da Internet, na
qual não apostava. Rapidamente reestruturou os seus produtos, que passaram a
estar orientados para a Internet. Os produtos, de maior destaque, da Microsoft são
os sistemas operativos, Windows95/98, Windows NT, as linguagens de
programação Visual C++ e Visual Basic e o Office (englobam aplicações como o
Access, Word, Excel e PowerPoint). Atualmente é a maior empresa fornecedora de
sistemas operativos e aplicações para PC compatíveis. As ações não param de
subir e a empresa está avaliada em bilhões. Se hoje a Microsoft é líder de mercado,
deve-se ao esforço que teve com o desenvolvimento dos seus produtos. As
primeiras versões dos seus produtos não eram bem aceitas, mas versões
posteriores tornaram-se verdadeiros sucessos. Entre os produtos de maior sucesso
destacam-se o sistemas operativos Windows, as ferramentas de programação e o
Office e Internet Explorer. Apesar de dominar o mercado de PCs compatíveis, a
Microsoft possui produtos para o Apple Macintosh.
A Microsoft é o maior caso de sucesso empresarial da história americana.
Após 27 anos, a empresa detém o monopólio virtual do mercado, com 90% dos PCs
4
rodando seus programas. Em 1998, tinha cerca de 25,7 mil funcionários, e faturou
US$ 15,5 bilhões em um ano fiscal e possuía US$ 10 bilhões no banco. O mercado
acredita que tem potencial para multiplicar seu faturamento em pelo menos 15
vezes. Todo esse otimismo extraordinário a transforma na segunda empresa mais
valorizada do mundo (atrás apenas dos US$ 254 bilhões da GE) e a maior da
informática3. A gigante Microsoft ultrapassou a Esso e a Coca-Cola e deixou a
concorrente IBM a ver navios: com vendas de US$ 78,5 bilhões – ela vale US$ 101
bilhões, menos da metade do que vale a Microsoft (seu valor estimado é de US$ 216
bilhões). Como conseqüência de todo esse sucesso é que três dos quatro homens
mais ricos do mundo estão ligados à Microsoft. Paul Allen, seu co-fundador, é o
terceiro, com US$ 21 bilhões. Steve Ballmer, braço direito de Gates, é o quarto, com
US$ 10,7 bilhões. William Henry Gates III, o Bill Gates ou simplesmente Bill, como é
chamado pelos funcionários, possui um capital de aproximadamente US$ 51 bilhões.
Quando questionado sobre todo esse dinheiro, a resposta de Bill Gates é sempre a
mesma: “São apenas ações. No momento em que começar a vendê-las, o preço
despenca.”
Os funcionários da Microsoft também afirmam que o valor das ações
depende das oscilações do mercado e que seu preço está alto e pode cair amanhã.
Querem passar a impressão de que isso não é importante, embora milhares deles
possuam sua parte do capital acionário. Afirmam que estão na Microsoft porque a
empresa é dinâmica, há oportunidade para crescer e desenvolver novos projetos,
que o ambiente é agradável etc. Mas, isso não é convincente, principalmente porque
seus salários estão abaixo da média de mercado. Aí está uma das tacadas de gênio
de Gates. Para manter os melhores programadores, os mais brilhantes cientistas e
3 Por Vinicius Pontes, segundo Microsoft Informática Ltda.
5
os mais audaciosos, dá ações a cada um deles no momento da admissão. Mas o
dinheiro só pode ser retirado após quatro anos e meio no emprego. Em 1986,
quando a empresa abriu seu capital, 1.100 funcionários receberam opções de
compra de três mil ações, no valor de US$ 150 mil. Desses funcionários, quem
nunca vendeu nenhuma ação ganhou a cada ano fiscal uma nova para cada em seu
poder (ou uma nova para cada duas, em 1991 e 1992). Em 1998, esse cidadão
possui 216 mil ações, ou US$ 33,5 milhões. Salário? Quem precisa de salário se
trabalha na Microsoft há dez anos?
As conseqüências dessa supervalorização levaram a empresa a abolir em
1990 a venda de três mil ações a cada novo funcionário. Isso porque em 1990 os
empregados desde 1986 poderiam vender seu lote. A Microsoft corria o risco de
sofrer uma “fuga de cérebros”, com milhares de pessoas pedindo as contas para se
aposentar ou pior: abrir a sua própria Microsoft. A partir de 1991, cada novo
empregado do império Microsoft que fosse trabalhar nas áreas de software e
marketing passou a receber 1.800 ações. No ano seguinte, o total baixou para
1.100. Para cada ano de permanência na empresa, se teria direito a um novo lote,
vencendo numa data diferente do anterior. Isso tornou a Microsoft a empresa de
menor rotatividade de mão-de-obra de toda a indústria, mesmo pagando os menores
salários. A empresa não revela o número de funcionários que se tornaram
milionários.
Quando falamos na Microsoft, as pessoa podem imaginar que precisam
trabalha sete dias por semana, ou que acabam “morando” no emprego, passam
noites diante dos PCs. Nem tudo isso é verdade. Há três anos, para desenvolver o
Windows 98, mil pessoas trabalharam numa maratona de seis meses, sete dias por
semana. Isso sem falar na mão-de-obra gratuita de 400 mil programadores em todo
6
o mundo (400 no Brasil) que se dispuseram a testar várias versões à caça de 100
mil bugs4 escondidos nos 21 milhões de linhas de programação.
Bill Gates afirma continuamente que o maior capital da Microsoft são seus
funcionários. Para mantê-los, ele faz uso das ações, já que paga pouco e não
oferece creche. Mas há regalias. A sede da Microsoft, em Redmond, um subúrbio de
Seattle, é um complexo de 40 edifícios baixos cercados por parques e quadras
esportivas. Os 13 mil funcionários que trabalham lá só usam terno ou tailleur em
ocasiões realmente necessárias. Ficam a maior parte do tempo à vontade. Tão à
vontade que em 1990 a diretoria passou uma circular proibindo os funcionários de
andar descalços.
Na Microsoft, cada pessoa tem sua própria sala. Novos prédios são
construídos seguidamente, pois se contratam em média 30 pessoas por semana.
Cada funcionário tem direito a uma salinha de 2,5 por três metros onde cabe uma
mesa com o devido PC, uma estante e uma cadeira. Só os diretores têm direito a
alguns metros quadrados a mais. A sala dos vice-presidentes, por exemplo, é duas
vezes maior que o padrão. E o escritório de Gates não é muito maior do que isso.
Mas isso não é importante, pois, segundo o próprio Bill Gates, o objetivo da
Microsoft é criar novas tecnologias de software para tornar mais fácil, mais rentável e
mais agradável o uso dos computadores.5
4 Defeito 5 Melissa Quintanilha é carioca, formada em informática e mestre em design. User Experience
Designer na Microsoft em Redmond, Washington.
7
CAPITULO II
2. A Apple
O que leva milhares de americanos a formarem longas filas em frente às
lojas para comprar um smartphone? Qual a fórmula mágica para ser uma das
empresas de tecnologia mais respeitadas de todo o mundo? Conheça um pouco
sobre a história da Apple, marca responsável por produtos inovadores e que
enlouquecem uma legião de fãs a cada lançamento.
Quem diria que dois garotos hippies da Califórnia realizariam o sonho de
levar o computador – uma ferramenta, até então, desconhecida de muita gente –
para dentro das casas de todo o mundo? Pois bem, é assim que começa a história
da Apple.
Em 1976, Steve Jobs e Steve Wozniak6, dois jovens apaixonados por
inovação, faziam parte de um grupo que montava seus próprios computadores de
forma bastante artesanal. Foi em um dormitório de faculdade que a Apple
Computers Inc. surgiu, trazendo à tona o Apple I, projeto de um computador
bastante avançado para a época, mas que foi recusado por empresas já
consolidadas, como a Atari e a HP (Hewlett-Packard).
Embora não tenha sido um grande sucesso de vendas, o Apple I, que era
apenas a placa de circuito e custava cerca de 600 dólares (o que hoje equivale a
5000 dólares), foi um bom começo e deixou os rapazes esperançosos. A placa de
6 é um engenheiro de computação, fundador da Apple Computers
8
circuito era geralmente armazenada em uma caixa de madeira, de modo bastante
rústico.empresas já consolidadas, como a Atari e HP.
O que era um sonho hippie, acabou se transformando na maior promessa
da tecnologia e, mais que isso, em um culto. Afinal, há quem diga que ao comprar
um produto Apple, você não está simplesmente adquirindo um MP3 Player ou um
computador, mas sim um estilo de vida.
2.1 iNovação
Com aperfeiçoamentos notáveis, o Apple I ganhou um sucessor: o Apple
II. Lançado em 1977, ele fez muito sucesso, apesar de seu preço elevado – cerca de
1,200 dólares, o que hoje equivale a 10 mil dólares. Com características
semelhantes às presentes nos computadores de hoje, o Apple II vinha em um
gabinete de plástico e com um teclado incorporado. O modelo foi tão bem aceito no
mercado, que perdurou até o inicio dos anos 90.
Do Apple II em diante, a empresa resolveu apostar forte nos
computadores com interface gráfica e mouse, idéia que Jobs afirma ter “sido
emprestada” da Xerox, empresa onde computadores com interface gráfica eram
desenvolvidos há tempos.
Para Jobs, a Xerox tinha em mãos uma idéia brilhante, mas não sabia ao
certo o que fazer com ela. A qualidade das interfaces gráficas e dos próprios
computadores não era satisfatória e o preço era exorbitante. Então, Jobs pegou os
9
computadores da Xerox como base para sua inspiração e trouxe inovações de cair o
queixo ao mundo dos computadores.
Em 1983, um grande passo: o lançamento do “Lisa”, um computador
avançado com 1MB7 de memória RAM8, dois drives9 de disquete10, disco rígido de
5MB e um monitor de 12 polegadas. Com uma interface muito bem elaborada e uma
suíte de aplicativos equivalente ao Office atual o Lisa tinha tudo para ser um
sucesso absoluto, se não fosse o preço: 10 mil dólares da época.
Um ponto negativo para as vendas, dois pontos para a experiência da
empresa, que utilizou o “Lisa” como base para o Macintosh, em 1984. Com
configurações semelhantes à de PCs da época, o Macintosh trazia o sistema
operacional Mac OS 1.0, responsável também por popularizar a interface gráfica.
2.2 iMarketing
A era Macintosh não representa apenas inovações nos produtos, mas
também no modo com que empresa alcançava seus clientes e em como os
computadores Apple tornaram-se objetos de desejo. Foi com o Macintosh que Steve
7 O Megabyte (MB) é uma unidade de medida de informação que equivale a 1 000 000 Bytes
8 Memória de acesso aleatório (do inglês Random Access Memory, frequentemente abreviado para
RAM) é um tipo de memória que permite a leitura e a escrita, utilizada como memória primária em
sistemas eletrônicos digitais. 9 Unidade de armazenamento ou de leitura de dados,
10 Disquete é um disco de mídia magnética removível, para armazenamento de dados.
10
Jobs resolveu arriscar e, no intervalo do Super Bowl11, um comercial que deixou
milhões de americanos de olhos arregalados.
“Quando uma propaganda acaba se tornando um elemento da cultura
pop, é porque ela deu certo.” Assim diz Steve Jobs, a respeito de propagandas
como à do iPod12 e o bordão “Get a Mac” que, assim como a propaganda de 1984,
conquistou muitos adoradores dos produtos Apple e tiveram grande repercussão no
mundo todo.
2.3 iMacintosh
Em 1985, o sucesso do Macintosh pareceu desestabilizar a empresa, que
resolveu demitir Steve Jobs e acabou por ficar também sem Steve Wozniak, que
voltou para a faculdade. A partir de então, os computadores da Apple perderam o
brilho e traziam uma interface desatualizada para os padrões da época, com
características que desagradavam os consumidores.
Esta foi uma verdadeira fase de declínio, em que os inovadores e
poderosos computadores da maçã não representavam ameaça alguma para
concorrentes como a Microsoft e desapontavam os fãs. Foi apenas em 1991 que a
Apple começou a acordar de seu pesadelo e lançou o primeiro PowerBook, um
computador portátil que reconquistou o público, alcançando um grande sucesso nas
vendas.
11
Um dos maiores eventos esportivos dos EUA 12
Uma série de tocadores de áudio digital projetados e vendidos pela Apple.
11
2.4 PowerPC
Apesar de estar reencontrando a estabilidade, a Apple buscava novas
tecnologias que pudessem bater de frente com os PCs, seu grande inimigo. A
escolha foi os processadores PowerPC, um processador rápido e co-produzido pela
IBM. Em 1994, a primeira leva de computadores PowerPC entrou no mercado e,
apesar das expectativas, não foram tão bem aceitos assim.
A incompatibilidade dos processadores PowerPC com os utilizados
anteriormente nos Macs, fizeram com que todos os programas tivessem de ser
reescritos, causando uma tremenda dor de cabeça tanto para desenvolvedores
quanto para os usuários.
A solução da Apple foi criar um programa para emulação dos softwares, o
que causava lentidão e vários problemas no sistema. Assim que o tempo passou, os
softwares começaram a ser desenvolvidos apenas para processadores PowerPC,
amenizando o problema. Mesmo assim, até hoje se discute se a decisão da Apple
pelo PowerPC foi correta.
2.5 iNesperado
Apesar de todas as ações tomadas pela empresa, em 1995 a Apple
continuava em uma certa crise. Com problemas para compra de peças e montagem
de produtos, a empresa ainda teve de lidar com questões jurídicas envolvendo a
Microsoft e seu Windows 95, que copiou descarada mente a interface gráfica do
Mac.
12
No final de 96, Steve Jobs – fora da Apple desde 1985 - já estava com
uma empresa de tecnologia montada e a todo vapor. A NeXT13 estava
desenvolvendo computadores e tudo ia muito bem. Foi então que a Apple sentiu a
necessidade de ter Jobs de volta à empresa e a melhor solução foi comprar a NeXT.
De volta à Apple, as mudanças de Jobs foram essenciais para reerguer a
empresa. A começar pelo corte na linha de produtos que, segundo Jobs, era extensa
e complicada. O “guru” da tecnologia resolveu cortar a linha de computadores Apple
em menos da metade, uma decisão que rendeu bons resultados.
A partir de então, a Apple tem sido uma empresa robusta que surpreende
o mundo com seu design inovador e tecnologia de cair o queixo.
Alguns exemplos são o PowerBook G3, em 1998, um laptop avançado
para a época e cujo preço era acessível. No mesmo ano, o iMac revolucionou o
conceito de computador, trazendo os componentes internos dentro de um monitor. A
beleza do produto e a ausência dos já conhecidos cabos conectores chamou a
atenção do público jovem e colaborou com a popularização da marca.
2.6 IMusic
Em 2001, o grande lance da Apple: um player portátil de áudio e vídeo
digital que deixou o mundo em êxtase por seu design arrojado e novidades
tecnológicas. Até hoje o iPod é sinônimo de qualidade em player portátil e conta com
uma linha para variadas necessidades de tamanho físico e armazenamento.
13
NeXT, também conhecida como NeXT Computer, foi uma empresa criada por Steve Jobs em 1985
quando foi demitido da Apple.
13
Basta sair nas ruas, parques ou academias para ver pessoas com os
clássicos fones de ouvido brancos para lá e para cá. Com um marketing intenso e
design agradável, o iPod revolucionou a música e colocou a Apple novamente no
topo das paradas.
Ainda com a música em foco, a empresa lançou o iTunes, um player
moderno que armazena, organiza músicas e as sincroniza com o iPod. Junto ao
player, a “iTunes Store”, uma loja em que milhões de músicas podem ser compradas
online, por um preço razoável.
2.7 iNcrível
Também em 2001, o “Mac OS”, sistema operacional da Apple, sofreu
grandes mudanças e foi reconstruído tendo o UNIX14 como base. Extremamente
mais robusto e agradável, o sistema operacional Mac OS X é considerado, por
muitos, o melhor.
Em 2006, o MacBook, o famoso laptop branco da “maçã” (trocadilho com
‘Apple’, palavra inglesa que em sua tradução significa maçã), foi um sucesso de
vendas absoluto por trazer um processador Intel (Integrated Electronics Corporation)
e recursos interessantes por um preço bastante acessível se comparado a seus
antecessores.
Todos os computadores Apple de hoje trazem o processador Intel que
oferece mais rapidez, estabilidade e compatibilidade aos computadores da marca.
Mais que um hardware e sistema operacional de qualidade.
14
Unix é um sistema operativo portátil e multitarefa.
14
Mais recentemente, o que alavancou a marca foi o “iPhone”, um
smartphone de notável tecnologia, com funções de áudio, câmera, internet e muito
mais. Utilizando uma tela multitouch e uma versão reduzida do sistema operacional
Mac OS X, o iPhone vendeu mais de 1 milhão de unidades em apenas 74 dias.15
MacBooks poderosos, iMacs que carregam toda a potência de um computador
dentro do próprio monitor e iPhones cada vez mais versáteis. Além disso, a empresa
mostra ao público tecnologias que visam a portabilidade, como o incrível MacBook
Air e o iPod nano 3G, peças que provam o poder da Apple no mundo da tecnologia.
Mas como surgiu a ideia de ter como símbolo de uma empresa de
tecnologia uma maçã mordida? A versão mais plausível e conhecida é a que o
símbolo seria uma referência a Newton, que se deu conta da lei da gravidade ao
observar uma maçã caindo da macieira. Outra analogia possível seria com Adão e
Eva, os personagens bíblicos, em que a maçã representaria todo o conhecimento e
a mordida, a aquisição do mesmo.
O primeiro logo da empresa era um tanto quanto exagerado e representa
a cena de Newton e sua maçã. Não é preciso nem pensar duas vezes para ter
certeza de que o logo não iria fazer sucesso, afinal, ele vai totalmente contra um dos
mais fortes princípios de Jobs: a simplicidade. Percebendo tudo isso, Jobs caiu na
real e deu a luz a um dos mais famosos símbolos de todos os tempos: a maçã
mordida.
A Apple pode ser considerada um fenômeno impressionante que está
tirando o sono de muitas empresas como a própria Microsoft. Cada vez que Steve
Jobs sobe ao palco com seu visual minimalista para anunciar um novo produto, o 15
http://www.apple.com/pr/library/2007/09/10iphone.html
15
mundo para. Afinal, todos querem saber o que a mais inovadora empresa do Vale do
Silício anda aprontando e ninguém quer perder a chance de dar uma mordida na
maçã.
“A Apple Inc”., sob o comando do CEO (Chief executive officer) Steve
Jobs, tornou-se uma referência mundial no que se diz respeito ao ramo de aparelhos
eletrônicos e informática. O sucesso da empresa deve-se, em partes, pelas
estratégias diferenciadas adotadas pela mesma, que aposta em “negócios e designs
diferenciados para se transformar em um dos maiores impérios de aparelhos
eletrônicos”.
Durante a época entre 1980 e 1990, período em que Steve Jobs
permaneceu afastado dos negócios por decisão de John Sculley, presidente da
Apple Inc. em tal tempo, a empresa passou um períodos de crise e declínio, só
retornando ao seu habitual sucesso quando Jobs retomou seu antigo cargo,
contratando uma nova equipe de executivos para ajudá-lo a gerenciar a empresa.
Como resultado, em cinco anos as vendas anuais da Apple triplicaram, assim como
duplicou a participação de mercado do Mac e elevou as ações da Apple em
1300%.16
Todos porventura, e em suas respectivas épocas, introduziram um
novo modo de relacionamento com seus clientes, assim como os computadores
Apple se tornaram, possivelmente, um dos êxitos do século XX.
Uma análise mais profunda do diferencial da Apple remete-se
possivelmente pelo fato der ser uma companhia capaz de produzir software e
hardware, além de investir em métodos para facilitar a navegação dos usuários.
16
(ALMANAQUE SARAIVA, 2010, pg. 81)
16
Seus produtos são resultados de uma “otimização de uma tecnologia em relação à
concorrência. A Apple foi capaz de introduzir ações inovadoras, mudar os rumos de
eletrônicos e consolidar um patrimônio avaliado em 70 bilhões de dólares.”, e graças
à capacidade administrativa de Steve Jobs, como se observa no trecho a seguir:
Steve Jobs também trabalha a imagem da empresa de forma
diferenciada dos concorrentes. Com uma percepção extremamente
aguçada de tecnologia e negócio, Jobs consegue despertar o desejo
de compra nas pessoas sem falar muito sobre a companhia ou dar
entrevistas para a imprensa, e, mesmo assim, atinge diretamente o
consumidores.(Op.cit:ibidem).
Leander Kahney, repórter que cobre a Apple Inc. há mais de doze anos, e
autor das obras The Cult of Mac (Kahney, Leander. The Cult of Mac. San Francisco,
Calif.: No Starch Press, 2004) e The Cult of iPod (Kahney, Leander. The cult of iPod
/ Leander Kahney. California : No Starch Press, 2005), descreve Jobs em seu
terceiro livro, A Cabeça de Steve Jobs como:
[...] Considerado um líder notável as indústrias de tecnologia
de informação e entretenimento [...], Jobs é um elitista que
considera a maioria das pessoas imbecil, mas faz gadgets fáceis de
serem utilizados por qualquer idiota. É obsessivo e tem pavio curto,
mas constrói parcerias sólidas e duradouras com gênios criativos
17
como Stever Wozniak [...]; É budista e antimaterialista, mas faz
produtos para mercados de massa em fábricas asiáticas e os
promove com domínio absoluto da linguagem da propaganda.
Segundo a mesma obra, Steve Jobs adotou "traços de sua personalidade
(nos quais são, respectivamente: foco, despotismo, perfeccionismo, elitismo, paixão
e espírito inventivo) para conduzir a Apple, empresa que fundou e preside, ao
triunfo". Portanto, uma das possíveis conclusões que podem ser retiradas a partir da
leitura da obra é que esse é o diferencial da Apple, e mais, de Steve Jobs como uma
personalidade – como exemplo, Steve Jobs vê a embalagem de seus produtos não
somente como uma questão de gosto e elegância, mas como uma experiência
importante do consumidor no que se diz respeito ao uso do novo produto (A Cabeça
de Steve Jobs (Inside Steves Brain), 4ª reimpressão. 2008). O diretor geral da Apple
também é, possivelmente, conhecido por controlar cada um dos demais aspectos da
experiência do consumidor - dos anúncios da TV às lojas de varejo.
Atualmente, a Apple Inc. é uma multinacional única com uma mistura de
tecnologia, design e marketing.
18
Curiosidades
� O “i” encontrado na frente do nome de vários produtos da marca (iPod,
iPhone, iMac) originalmente representava a “internet” mas, passado algum tempo,
adquiriu a conotação de pessoal, uma vez que “I”, em inglês, significa “eu”.
� iPods compatíveis com o sistema operacional “Windows” não
começaram a ser vendidos até 2002.
� O primeiro slogan da empresa era “Byte into an Apple” (frase ambígua
para um byte dentro de uma maçã ou morda uma maçã).
� A grande maioria das pessoas que compram um produto da Apple,
permanecem fiéis à marca.
� Os usuários Mac podem conhecer um pouco mais sobre a história da
Apple utilizando um software gratuito chamado “MacTracker”. O programa traz
informações técnicas e imagens sobre todos os produtos já lançados pela empresa
até hoje.
19
CAPITULO III
Rivais ou Parceiras
O ressurgimento da Apple e do Macintosh possivelmente representa um
sinal de menos para a Microsoft. Será? Não necessariamente. Vinte por centro das
vendas no varejo do MS-Office correspondem à versão para Mac, conforme a
empresa de pesquisa NPD. E mais: entre os compradores do ”Windows Vista
Business” e “Ultimate” no varejo, 10% são usuários do Macintosh.
Esses números indicam que, ao contrário do que pensa o senso comum,
o que é bom para a Apple também pode ser bom para Microsoft. Aliás, a história das
duas empresas, sempre vistas como rivais, tem muitos traços de cooperação.
No início (anos 80), a Apple tinha um computador à frente de tudo que
existia. O Mac já apresentava interface gráfica, facilidade de uso e mouse. Só não
tinha programas de produtividade. Então a Microsoft entrou na área com o Excel e o
Word para Mac. Isso, sem dúvida, ajudou a firmar o micro da Apple do mercado.
Obviamente, a Microsoft também saiu ganhando.
E os ganhos não se resumiram à venda de licenças do software. Quando
a empresa de Bill Gates lançou o Windows – especialmente, o 3.0, de 1990, que foi
realmente a versão que passou contar -, pesou muito a seu favor a experiência
acumulada em escrever aplicações para uma plataforma gráfica.
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As finadas Lotus (ex-rainha das planilhas) e WordPerfect (ex-senhora
absoluta dos processadores de texto) perderam muito por não ter essa experiência.
Essas empresas deixaram de perceber que o Windows vinha para durar e entraram
tarde no mercado das janelas. Além disso, quando resolveram tirar o atraso,
meteram os pés pelas mãos. Acostumadas à programação para o mundo DOS, não
se sentiram muito à vontade no Windows.
Mas a aproximação Apple-Microsoft não pára aí. Quem acompanha o
mercado há mais tempo sabe que a Apple está agora num período de renascimento.
No tempo das vacas magras, quando muitos achavam que a empresa de Jobs iria
desaparecer, a Microsoft chegou a investir 150 milhões de dólares na concorrente.
Isso foi em 1997. Depois de batalhas jurídicas, a MS pagou 100 milhões de dólares
à empresa da maçã para fechar um acordo. De quebra, fez o investimento.
Portanto – apesar de todas as brigas –, as empresas são, digamos assim,
sócias. Agora, os novos produtos da Apple – exatamente os que vêm puxando o
renascimento, ou seja, o iPod e o iPhone – são outros quinhentos. Esses
dispositivos lideram uma área nova que pode ter muitos desdobramentos para o
futuro e, aí sim, representar uma verdadeira competição para a Microsoft.
2.2 Relações Entre as Empresas
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Segundo Bill Gates em seu livro “A Estrada do Futuro” (1995, Editora Cia
das Letras), o futuro da informática está inclinado a seguir a revolução digital, sendo
a “estrada da informação um caminho com um impacto significativo em todas as
dimensões da vida humana”. Gates também afirma em sua obra as novas vantagens
e desvantagens do mundo moderno, globalizado por redes digitais de alta
velocidade, uma das razões pelo qual o mesmo dita que foi fator significativo do
avanço da Microsoft.
A nova era tecnológica possivelmente afetou os métodos de
relacionamento, o sistema econômico que gera negócios, os intervalos de tempo e
os ambientes, uma vez que qualquer pessoa “pode ter acesso a todo tipo de
informações que lhe interessar. A estrada do futuro fez a revolução de
comunicações e vidas de quaisquer pessoas inseridas neste contexto”. O debate
que Bill Gates, criador da Microsoft e da ‘Estrada do Futuro’ propõe é que haja um
entendimento da revolução da informática da tecnologia, no qual uma possível
análise leva a crer que Bill Gates foi e é um dos guias e precursores deste novo
tempo.
Já Steve Jobs, segundo Kahney Leander, autor da obra 'A Cabeça de
Steve Jobs', cita que o criador do Mac e da Apple geralmente "evita uma sequência
definida ou um design passo-a passo, no qual os produtos são passados de uma
equipe para a próxima e há poucas idas e vindas entre os diversos departamentos
(pg. 40)" como um diferencial de Jobs perante a nova era tecnológica. Analisando a
questão, pode-se possivelmente chegar à conclusão que o design do produto, da
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tecnologia, é um fator essencial para atrair o consumidor, e consequentemente, um
grande êxito e prestígio na nova era tecnológica.
Steve Jobs, a partir da análise de tais fatos, é persistente e perfeccionista
quanto aos detalhes, como a busca da excelência. Os espíritos dos produtos
inspiraram uma abordagem singular de desenvolvimentos dos mesmos na Apple.
Sob a orientação de Jobs, desenvolvem-se produtos ao longo "de rodadas quase
infinitas de modelos e protótipos que são constantemente editados e revistos. Isto se
aplica tanto ao hardware quanto ao software", exemplifica Leander. Os produtos,
portanto, passam por diversos especialistas, entre designers, programadores,
engenheiros e gerentes, com revisões a todo o momento — e o processo se torna o
ciclo de vida do produto especificado. "E um processo fluido e interativo, que às
vezes significa voltar à prancheta de desenho ou até mesmo abandonar o produto
por completo. Os produtos da marca vêm constantemente ganhando prêmios de
design, grandes e pequenos, instilando em seus consumidores uma fidelidade que
beira a mania. (pg.30)".
Assim, a busca da excelência por Jobs é o segredo do notável design da
Apple. Para Jobs, design não é decoração. Não é a aparência superficial de um
produto. Não é apenas a cor ou os detalhes estilísticos. Para ele, design é a maneira
como um produto funciona. Design é função, não forma. E para se compreender
corretamente como o produto funciona, ele tem que ser totalmente discutido no
processo de design.
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Como parte de um processo de aperfeiçoamento e desenvolvimento da
microinformática, a Apple planejou as localizações das filiais de suas lojas com
cautela, usando dados do censo e informações sobre seus usuários registrados, tais
como número de usuários registrados da Apple na área, certos dados demográficos,
especialmente idade e renda média por domicílio, proximidade de escolas e
universidades importantes, e das principais estradas interestaduais.
A Microsoft, por sua vez, iniciou um processo generalizado de
investimentos para tornar o uso dos PCs fácil, prático e popular. Exemplos de tal
evolução percebem-se nas novas tecnologias tais como reconhecimento de voz,
entendimento de imagens, sistema de conexão sobre os desejos e gostos do
usuário para auxiliá-lo “na procura de informações, e segurança no que se diz
respeito de transações comerciais através da Internet.”
Bill Gates, em entrevista à revista brasileira ISTOÉ, também afirmou que a
Microsoft tem um comprometimento de longo prazo com o mercado brasileiro,
através de investimentos no mercado e no seu consequente crescimento e
tecnologia. "O Bradesco, por exemplo, tem 200 mil clientes usando seus serviços via
Internet. É mais do que qualquer banco americano", disse o criador da Microsoft,
analisando possivelmente uma fonte de lucros. Igualmente preocupado com a
educação, cita também as disparidades entre os países desenvolvidos e
subdesenvolvidos e a sua respectiva relação com a educação, e projeta um futuro
otimista à ambos, projeção que o mesmo fez com uma a Microsoft, e que talvez
tenha sido um dos fatores responsáveis pelo imenso sucesso desta.
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O ínicio desta revolução na microinformática, liderada por Gates e Jobs,
respectivamente criadores da Microsoft e Apple (Mac), possivelmente tenha sido
gerada pelas diferenças de administração, controle e planejamento de ambos, ao
invés de suas semelhanças. Ao passo que Bill Gates escreveu seu primeiro
programa de computador quando o mesmo possuía treze anos de idade, baseando-
se em um jogo da velha, e usando "um computador enorme, desajeitado e lento" -
onde o autor descreve seu fascínio por software; Steve Jobs, juntamente com
Stephen Wozniak, ambos com vinte e um anos de idade, fundaram a Apple na
garagem de seus pais
Gates também implica que o caminho da tecnologia é similar ao de uma
auto-estrada, exemplificado na passagem da obra ‘A Estrada do Futuro’ (pág. 16):
“(...) a metáfora da auto-estrada, no entanto, não chega a ser
totalmente correta. O termo sugere paisagens e situação
geográfica, uma distância entre vários pontos, implica a idéia
de que é preciso viajar para ir de um lugar a outro. Na verdade,
um dos aspectos mais extraordinários da nova tecnologia das
comunicações é justamente a eliminação das distâncias. Tanto
faz que a pessoa com quem você estiver entrando em contato
se encontre na sala ao lado ou num outro continente, porque
essa rede altamente intermediada não estará limitada por
milhas ou quilômetros (...)”
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Steve Jobs, em seu contraste, implica que existe um formula para
obtenção do sucesso, através de métodos simples e possivelmente eficazes, nos
quais são, segundo a análise do mesmo e de Leander:
� Seja um déspota;
� Gere alternativas e escolha a melhor;
� Crie os projetos;
� Simplifique;
� Não tenha medo de começar do zero;
� Evite o Efeito Osborne17;
� Não cuspa no prato em que come;
� Quando se trata de idéias, qualquer coisa vale;
� Encontre uma maneira fácil de apresentar novas idéias;
� Não ouça seus compradores.
Ainda sobre a posição de Apple, seus produtos eletrônicos são
geralmente projetados buscando a melhoria das funções (maior valor), tanto no que
se diz respeito à antigos e novos processos de criações, sendo o funcionamento
alimentado pelas expectativas do consumidor. Entretanto, diferentemente do que
ocorre com a Microsoft e seus produtos, uma das facetas de controle de Steve Jobs
17
Efeito Osborne se caracteriza por um conjunto de estratégias de pré-anuncio de produtos, que
posteriormente leva eliminação da demanda.
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é a simplicidade 'declarada', ou seja, a "consequência da busca para fazer do
produto algo muito simples".
Além disso, grande parte das empresas, segundo Leander, abordam seus
usuários e perguntam-lhes o que querem (feedback). A Apple destaca-se por evitar
estudos elaborados com usuários, baseia-se no contexto de que algo que seja
desnecessário ou confuso deve ser removido, a fim de uma melhor experiência por
parte do mesmo. Em parte, a situação é devido ao possível controle monopolizador
de Steve Jobs, desde o design, software até o hardware, e portanto talvez seja a
definição da Apple no setor de tecnologia, trazendo estabilidade, segurança e
facilidade de uso. Ainda segundo o autor da 'A Cabeça de Steve Jobs', e autor de
grandes best-sellers envolvendo a Apple, "em um mercado para consumidores,
design, confiança, simplicidade, bom marketing e embalagens elegantes são todos
recursos primordiais. O círculo está se fechando — a companhia que faz tudo é a
que está mais bem posicionada para liderar" (pg.102)
Desde os últimos trinta anos da sua fundação, a Apple manteve a sua
postura de controlar todos os processos e é hoje a última e única empresa de
computadores verticalmente integrada. O próprio Steve Jobs define o seu processo
de criação vertical, ou seja, para os consumidores, em uma declaração à revista
americana Time: “As raízes da Apple são voltadas para criar computadores para as
pessoas, e não para as corporações”.
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O crescimento do mercado de PCs, no início, devia-se às vendas
corporativas, que valorizavam sobretudo preço e padronização, acima de facilidade
de uso. Mas o crescimento do mercado, hoje, está no entretenimento digital e nos
consumidores domésticos que desejam esta forma de entretenimento, além de
comunicação e criatividade: são três áreas que favorecem a Apple.
Comparações
• Apple – Steve Jobs
• Microsoft – Bill Gates
• Apple – Gestão voltada a si mesma (fechada)
• Microsoft – Gestão aberta e expansionista
• Apple – Inovadora arrojada economicamente
• Microsoft – Segura e cautelosa em questões econômicas
• Apple – Empresa voltada para o conhecimento
• Microsoft – Empresa voltada para o conhecimento
• Apple – Confiança excessiva na marca
• Microsoft – “Jogadas” de marketing conjunta com parceiros
• Apple – Instabilidade de Gestão
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• Microsoft – Estabilidade de Gestão
• Apple – Criação de novos mercados, reestruturação de mercado
existentes, Centralização de poderes
• Microsoft – Gestão seccionada
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CAPITULO IV
Jobs Steve, Show Man.
Biotipo franzino, uma blusa preta básica, calça jeans, tênis “surrado” e
admirado por todos que assistem suas apresentações. Steve Jobs, fundador da
Apple, é um dos mais reconhecidos executivas da atualidade pela sua incrível
capacidade de envolver e seduzir platéias e devido ao extremo sucesso dos
produtos inovadores de sua organização.
A tranquilidade, emoção e o carisma que Steve Jobs transmite em suas
apresentações, principalmente nos lançamentos de algum produto novo da Apple,
chamam a atenção pela facilidade de converter prováveis compradores em clientes,
e clientes em entusiastas.
Fascinado pelo formato utilizado nas apresentações de Steve Jobs, um
dos principais especialista em técnicas de comunicação norte-americano, Carmine
Gallo, estudou mais sobre as táticas e técnicas empregadas pelo dirigente da Apple
em suas exposições, que acabou rendendo o livro “Faça como Steve Jobs – e
realize apresentações incríveis em qualquer situação“.
De acordo com o especialista Gallo, o sucesso das apresentações de
Jobs é devido ao executivo não vender produtos, mas sim experiências, na qual,
suas exposições são verdadeiros acontecimentos. Algo concreto que pode ser
facilmente observado sobre as bem-sucedidas apresentações de Steve Jobs está no
30
YouTube: nenhum outro executivo de grande empresa tem tantos vídeos
disponíveis. Gallo afirma que, enquanto escrevia o livro, somavam mais de 35 mil
vídeos do empresário no canal - enquanto que o presidente da gravadora Virgin,
Richard Branson, por exemplo, contava com cerca de mil.
• Entrevista do Especialista Carmine Gallo Sobre Steve Jobs
(Livro)
“1 - Steve Jobs tem uma reconhecida capacidade de envolver e seduzir o
público. Mas o que torna as pessoas ficarem tão interessadas nas suas atuações?
Suas apresentações são diferentes de qualquer apresentação da
maioria das pessoas que já vi. Eles são mais como eventos teatrais:
completos, com um elenco de apoio (outros), cenários deslumbrantes (lindo
slides), e até mesmo acessórios (manifestações do produto). Enquanto a
maioria das apresentações são apenas mostras de dados e de estatísticas,
uma apresentação de Steve Jobs pretende informar, educar e entreter.
2 - Quais são as principais técnicas utilizadas por Steve Jobs que você
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destacaria como importantes no processo de atrair as pessoas?
Em primeiro lugar, manter o seu slides simples. Se você usar o
PowerPoint ou software de apresentação Keynote Apple, deve sempre usar
mais imagens do que texto. Há muito pouco texto em uma apresentação de
Steve Jobs.
Em segundo lugar, desenvolver uma descrição de uma frase para o seu
produto ou serviço. Quando Steve Jobs apresentou o MacBook Air, em janeiro de
2008, ele chamou de “mais fino notebook do mundo.” Quando ele introduziu o IPad
no início deste ano, Jobs descreveu como um “dispositivo mágico e revolucionário”.
Como você descreveria o seu produto no Twitter, um post de 140 caracteres ou
menos? Esse é um bom exercício.
Em terceiro lugar, não se sinta como se precisasse carregar a
apresentação inteira sozinho. É possível utilizar outros membros de sua
equipe para co-apresentar com você. A apresentação de Steve Jobs não é um
show de um só homem.
Jobs 3 - Em sua apresentação, Jobs normalmente usa camisa preta,
jeans e tênis de um dia-a-dia, certo? Você acha que esta forma mais informal de
apresentação também pode ser considerada uma técnica para tornar o público mais
confortável nestes eventos?
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Faça o que fizer não se vista como Steve Jobs! Use o que é
apropriado para o seu público e para a cultura da empresa em que atua. Caso
as pessoas do meio em que esteja inserido estejam vestidas de ternos, então
se apresente de terno. Steve Jobs tem um aspecto icônico. Acima de tudo,
lembre-se que o guarda-roupa de Jobs é adequado para a cultura do Vale do
Silício (sua região).
Se você sair vestindo jeans azul, tênis, e blusa preta em suas
apresentações passará a idéia que está tentando copiar Steve Jobs, ou seja,
uma reprodução. É preciso ter personalidade e identificar as suas melhores
virtudes e características para usá-las e atrair seu público.
4 - É evidente, principalmente, o carisma que Steve Jobs passa em suas
aparições na mídia. Essa é uma característica necessária para um bom orador?
Steve Jobs tem “carisma”, fazendo suas apresentações parecerem
que estão sendo feitas sem esforço algum. Você sabe como ele consegue
isso? Com prática. Muita e muita prática. Nada é um por acaso em sua
apresentação, sua segurança e desenvoltura só vem depois de horas de
ensaios exaustivos.
5 – Baseado no executivo da Apple, qual conselho você deixaria para
aqueles que querem melhorar sua maneira de expressar-se na frente dos outros?
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Steve Jobs não se tornou um orador excepcional durante a noite. Ele
está trabalhando em seu ofício ao longo de décadas. Para sobressair em
qualquer embarcação é preciso trabalhar duro, praticar bastante e ter
confiança naquilo que está fazendo. Com isso, é possível ter mais sucesso na
hora de se apresentar para uma platéia.”
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Conclusão
As marcas Apple e Microsoft carregam consigo muito mais que apenas
hardware e software.
Carregam a história de dois homens que viraram mitos na sociedade
mundial pelos seus aspectos junto ao mundo do conhecimento/informação/gestão.
É impensável pensar em Apple e Microsoft sem acoplar imediatamente as
figuras de Steve Jobs e Bill Gates.
O conhecimento e a maneira como estas organizações olham o mundo,
criaram uma nova perspectiva na disseminação de informação pelo planeta.
A partilha de informação nunca foi tão grande como nos tempos atuais,
onde os meios possibilitam tal processo.
A quebra de paradigmas é a cada dia mais usual.
Não existem domínios absolutos de mercado nem tão pouco segurança
incondicional.
O sistema força as organizações a se atualizarem, criarem novos meios,
desenvolver soluções, inovações pertinentes as necessidades de mercado.
A APPLE e Microsoft surgem em uma época carente de iniciativas deste
género, o que acarreta de forma sublime na criação das duas maiores potências do
Software mundial, onde a IBM e outras grandes corporações ficam para trás. O
conhecimento e os meios para obtenção dos mesmos, fizeram destas duas
organizações “ícones” de uma sociedade voltada para “o saber”, a partilha e o
inovar.
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No Século XVII se falava em Iluminismo. No Século XIX a imprensa era a
grande arma para o conhecimento, nas décadas de 80 e 90 da nossa era, o termo
“média” e comunicação de massa passam a fazer parte de uma rotina.. mas é com
estas duas organizações que o mundo mergulha num mundo binário de acesso fácil
ao conhecimento.
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Referências Eletrônicas:
‘BURKE, Martyn – Piratas do Vale do Silício. Estados Unidos: Half
Entertaimentes/St Nick's. Distribuição WB/TNT.1999. 95 min
PEROZZO, Matheus Adami. Microsoft X Apple – O duelo de esteriótipos,
25/07/2008. Disponível em: <http://casadogalo.com/microsoft-x-apple-o-duelo-de-
estereotipos>. Acesso em: 05/06/2010
WIKIPEDIA. Apple, 02/04/2009. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Apple>.
Acesso em: 07/06/2010.
DE MELLO, Fábio Bandeira. Microsoft e Apple. Disponível em:
<www.administradores.com.br>. Acesso em 07/2010.
RASMUSSEN, Bruna. A História da Apple, 18/05/2009. Disponível em:
<http://www.baixaki.com.br/info/2114-a-historia-da-apple-a-marca-da-maca.htm>.
Acesso em 05/2010.
Referências Bibliográficas:
GATES, Bill. A Estrada do Futuro. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. 1ª ed.
KAHNEY, Leander. A cabeça de Steve Jobs. Rio de Janeiro: Agir, 2009. . 2. ed.
Almanaque Saraiva. ‘A Maçã Mais Desejada do Mundo’, pgs. 88 e 89. Agosto,
2010, #52.
GALLO, Carmine. Faça Como Steve Jobs. São Paulo: Leya Brasil, 1ª ed.