Inovação na docência

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Partindo da premissa que o modelo corrente de assimilação de conteúdos por meio avaliações discursivas ou objetivas não remetem ao real nível de reflexão crítica e atuação na prática profissional do docente após a graduação, foi proposto para os alunos do segundo ano do curso de Bacharelado em Turismo da Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO) que desenvolvessem produtos turísticos para como escore necessário para aprovação na disciplina de Planejamento e Organização do Turismo. Para tanto, após aulas expositivas sobre a importância de um Plano Interpretativo para destinações, orientou-se como atividade prática a construção de um projeto que fosse aplicável à realidade dos atrativos de Irati – PR, sobre um meio interpretativo não personalizado, podendo assim, ser disponibilizado 24 horas por dia, portanto, acessíveis a um amplo público. Com uma documentação teórica fundante, os alunos, divididos em grupos de três a quatro pessoas, formataram diferentes métodos vislumbrando diferentes possibilidades de estruturação turística do município. Por último, alguns grupos elaboraram de maneira proativa, além de projetos, modelos em escala real, sendo um deles, disponibilizado para a comunidade da cidade. PALAVRAS-CHAVE – Atividade Prática. Planejamento. Meios Interpretativos REFERÊNCIAS RESUMO CONSIDERAÇÕES FINAIS Leandro Baptista – Universidade Estadual do Centro-Oeste – [email protected] PRÁTICA PROFISSIONAL NO ENSINO SUPERIOR: O SABER-FAZER SUBSTITUINDO OS ESCORES ACERTO-ERRO DE AVALIAÇÕES OBJETIVOS ANASTASIOU, L. G. C; ALVES, L. P. Estratégias de Ensinagem. In: ANASTASIOU, L. G. C; ALVES, L. P. (Orgs.). Processos de Ensinagem na Universidade: pressupostos para as estratégias de trabalho em aula. Joinville, SC: UNIVILLE, 2003. p. 67-99. BAPTISTA, L; AMARAL, J. G. Educação ambiental e turismo – um enfoque sustentável à conservação de faxinais. In: ENCONTRO PARANAENSE DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL, 13, Ponta Grossa, 2011. Anais. Ponta Grossa: UEPG, 2011. CD-ROM. BRASIL. Política Nacional de Educação. Lei n° 9.795 de 27 de abril de 1999. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9795.htm>. Acesso em 22 mai. 2015. BRASIL. Governo Federal. Lei nº 9.985/2000. Brasília, 18 de julho de 2000. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9985.htm>. Acesso em: 08 abr. 2015. FORSTER, M. M. S; FAGUNDES, M. C. V. Inovações educativas na sala de aula universitária: ruptura paradigmática /resistência ao ethos regulatório? In: 29ª Reunião Anual da ANPEd. Caxambu - MG, 2006. HALL, S. A identidade cultural na pós-modernidade. 11. ed. Rio de Janeiro: DP & A, 1999. ICMBio – Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Plano de Manejo da Floresta Nacional de Irati. Fernandes Pinheiro, 2013. Disponível em: < http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/docs-planos-de-manejo/ flona_irati_vol1_pm.pdf>. Acesso em 08 abr. 2015. MOREIRA, J. C. Patrimônio Geológico em Unidades de Conservação: atividades interpretativas, educativas e geoturísticas. 2008, 428 f. Tese (Doutorado em Geografia). Programa de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2008. MURTA, S. T; ALBANO, C. (Orgs.) Interpretar o patrimônio: um exercício do olhar. Belo Horizonte: Ed. UFMG; Território Brasilis, 2002. TARDIF, M. Saberes Docentes e Formação Profissional. Editora Vozes, Petrópolis, Rio de Janeiro, 2002. Percebe-se no ambiente universitário, que tais situações de aproximação aluno e campo de trabalho são pouco utilizadas. Por acreditar que este ambiente deve, em primeira instância, favorecer a consciência crítica e a apropriação do conhecimento como fundamento para o desenvolvimento de novas percepções da realidade, a exposição de um problema sem uma resposta pronta exige reflexões subjetivas de interferência no meio para que então mudanças qualitativas possam ser aplicadas. Os produtos gerados com a experiência foram além das expectativas primárias. Mesmo ao ser frisado que os modelos reais não necessitavam de produção, 60% das equipes foram proativas e os construíram. Os demais, o fizeram em projeções virtuais, salientando que em 100% dos casos, o enfoque conceitual permeou a execução prática, onde a aquisição do conhecimento serviu como fundamento para a solução de problemas e não apenas para gerar o debate sem analogia prática- profissional. RESULTADOS Foram determinados cinco pontos de interesse turístico de Irati (PR), que não possuem nenhum tipo de meio interpretativo para auxiliar a compreensão do visitante sobre seus aspectos: ambientais, históricos e/ou culturais. Os locais escolhidos pelos alunos foram o Parque Aquático e de Exposição Santa Terezinha (A), Floresta Nacional de Irati (B), Palácio de Pinho ou “Casa do IAPAR” (C), Monumento Nossa Senhora das Graças (D) e a Fundação Edgard & Egas Andrade Gomes (E), popularmente conhecida como “Casa da Cultura”, como podem ser observados pela Figura 1: Figura 1 – Atrativos selecionados: Fonte: Google Imagens, 2015. Organizado pelo autor. Verificar o nível de compreensão do conhecimento teórico pelos alunos Analisar a assimilação entre teoria e prática de conteúdos trabalhados em sala de aula Planejar o desenvolvimento da atividade turística de Irati – PR Desenvolver meios interpretativos não personalizados em atrativos do município

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Partindo da premissa que o modelo corrente de assimilação de conteúdos por meio avaliações discursivas ou objetivas não remetem ao real nível de reflexão crítica e atuação na prática profissional do docente após a graduação, foi proposto para os alunos do segundo ano do curso de Bacharelado em Turismo da Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO) que desenvolvessem produtos turísticos para como escore necessário para aprovação na disciplina de Planejamento e Organização do Turismo. Para tanto, após aulas expositivas sobre a importância de um Plano Interpretativo para destinações, orientou-se como atividade prática a construção de um projeto que fosse aplicável à realidade dos atrativos de Irati – PR, sobre um meio interpretativo não personalizado, podendo assim, ser disponibilizado 24 horas por dia, portanto, acessíveis a um amplo público. Com uma documentação teórica fundante, os alunos, divididos em grupos de três a quatro pessoas, formataram diferentes métodos vislumbrando diferentes possibilidades de estruturação turística do município. Por último, alguns grupos elaboraram de maneira proativa, além de projetos, modelos em escala real, sendo um deles, disponibilizado para a comunidade da cidade.

PALAVRAS-CHAVE – Atividade Prática. Planejamento. Meios Interpretativos

REFERÊNCIAS

RESUMO

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Leandro Baptista – Universidade Estadual do Centro-Oeste – [email protected]

PRÁTICA PROFISSIONAL NO ENSINO SUPERIOR: O SABER-FAZER SUBSTITUINDO OS ESCORES ACERTO-ERRO DE AVALIAÇÕES

OBJETIVOS

ANASTASIOU, L. G. C; ALVES, L. P. Estratégias de Ensinagem. In: ANASTASIOU, L. G. C; ALVES, L. P. (Orgs.). Processos de Ensinagem na Universidade: pressupostos para as estratégias de trabalho em aula. Joinville, SC: UNIVILLE, 2003. p. 67-99.BAPTISTA, L; AMARAL, J. G. Educação ambiental e turismo – um enfoque sustentável à conservação de faxinais. In: ENCONTRO PARANAENSE DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL, 13, Ponta Grossa, 2011. Anais. Ponta Grossa: UEPG, 2011. CD-ROM.BRASIL. Política Nacional de Educação. Lei n° 9.795 de 27 de abril de 1999. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9795.htm>. Acesso em 22 mai. 2015.BRASIL. Governo Federal. Lei nº 9.985/2000. Brasília, 18 de julho de 2000. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9985.htm>. Acesso em: 08 abr. 2015.FORSTER, M. M. S; FAGUNDES, M. C. V. Inovações educativas na sala de aula universitária: ruptura paradigmática /resistência ao ethos regulatório? In: 29ª Reunião Anual da ANPEd. Caxambu - MG, 2006.HALL, S. A identidade cultural na pós-modernidade. 11. ed. Rio de Janeiro: DP & A, 1999.ICMBio – Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Plano de Manejo da Floresta Nacional de Irati. Fernandes Pinheiro, 2013. Disponível em: < http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/docs-planos-de-manejo/flona_irati_vol1_pm.pdf>. Acesso em 08 abr. 2015.MOREIRA, J. C. Patrimônio Geológico em Unidades de Conservação: atividades interpretativas, educativas e geoturísticas. 2008, 428 f. Tese (Doutorado em Geografia). Programa de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2008.MURTA, S. T; ALBANO, C. (Orgs.) Interpretar o patrimônio: um exercício do olhar. Belo Horizonte: Ed. UFMG; Território Brasilis, 2002.TARDIF, M. Saberes Docentes e Formação Profissional. Editora Vozes, Petrópolis, Rio de Janeiro, 2002.TILDEN, F. Interpreting our heritage. [S.I.] University of North Carolina Press, Third Edition, 1977.ZANON, E. S; MAGALHÂES, L. H; BRANCO, P. M. C. Educação Patrimonial: Da teoria à prática. 1ª Edição. Unifil: Londrina, 2009. Disponível em: <http://www.unifil.br/portal/arquivos/publicacoes/Livro_Educacao_Patrimonial.pdf>. Acesso em 22 mai. 2015.

Percebe-se no ambiente universitário, que tais situações de aproximação aluno e campo de trabalho são pouco utilizadas. Por acreditar que este ambiente deve, em primeira instância, favorecer a consciência crítica e a apropriação do conhecimento como fundamento para o desenvolvimento de novas percepções da realidade, a exposição de um problema sem uma resposta pronta exige reflexões subjetivas de interferência no meio para que então mudanças qualitativas possam ser aplicadas.Os produtos gerados com a experiência foram além das expectativas primárias. Mesmo ao ser frisado que os modelos reais não necessitavam de produção, 60% das equipes foram proativas e os construíram. Os demais, o fizeram em projeções virtuais, salientando que em 100% dos casos, o enfoque conceitual permeou a execução prática, onde a aquisição do conhecimento serviu como fundamento para a solução de problemas e não apenas para gerar o debate sem analogia prática-profissional.

RESULTADOSForam determinados cinco pontos de interesse turístico de Irati (PR), que não possuem nenhum tipo de meio interpretativo para auxiliar a compreensão do visitante sobre seus aspectos: ambientais, históricos e/ou culturais. Os locais escolhidos pelos alunos foram o Parque Aquático e de Exposição Santa Terezinha (A), Floresta Nacional de Irati (B), Palácio de Pinho ou “Casa do IAPAR” (C), Monumento Nossa Senhora das Graças (D) e a Fundação Edgard & Egas Andrade Gomes (E), popularmente conhecida como “Casa da Cultura”, como podem ser observados pela Figura 1:

Figura 1 – Atrativos selecionados:

Fonte: Google Imagens, 2015. Organizado pelo autor.

Verificar o nível de compreensão do conhecimento teórico pelos alunos Analisar a assimilação entre teoria e prática de conteúdos trabalhados em sala de aula Planejar o desenvolvimento da atividade turística de Irati – PR Desenvolver meios interpretativos não personalizados em atrativos do município