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Contas da região autonoma da madeira

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N.º 414| Sexta-feira 23 de Setembro | Director: Luís Pedro Nunes

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O REI DA ILHA AFUNDA-SEMadeira quer sair do EuroGrécia diz que não é a Madeira

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2 | INDEPENDÊNCIA JÁ!oInimigoPúblico 23 de Setembro

Madeira poderá sair do Euro

RTP Madeira tem estado a emitir apenas música clássicaA RTP da Quinta da Vigia transmite exclusivamente música clássica des-de segunda-feira. O sinal de luto pelas fi nanças regionais não foi bem rece-bido pelos três madeirenses que sin-tonizam a estação e, cerca de 66,6% deles, já telefonaram a Jaime Ramos a pedir o circo de Monte Carlo e can-tigas de Max, em vez de requiems e David Fonseca, sobre imagens da “National Geographic” de orcas a caçar focas na praia, acompanhadas pelo rodapé “o continente não pode continuar a tratar assim a Madeira”. Os espectadores também reclamam igualdade com os continentais no acesso a Sónia Araújo. MB

Estradas de Portugal passa a usar bandeira da Madeira na sedeO governo decidiu que vai passar a associar empresas públicas endivida-das à Madeira, como forma de puni-ção e para surtir efeitos dissuasores no futuro. A Estradas de Portugal, que prevê chegar ao fi nal de 2011 com um endividamento superior a 2,5 mil milhões de euros, ultrapas-sando brutalmente o limite de 7% endividamento, vai passar a usar a maldita bandeira azul e amarela da “ilha desonesta”. O governo irá tam-bém içar a bandeira da Madeira na Parpública, Refer, CP, Transtejo, Par-que Escolar e hospitais EPE, sendo que as bandeiras serão colocadas a meia-haste, seguindo a proposta do comissário Oettinger.JH

Depois do buraco financeiro descoberto, a Madeira terá de declarar in-cumprimento e sair da zona euro. A saída da moeda europeia vai signifi-car quebras nos rendimentos dos trabalhadores madeirenses e diminui-ção da qualidade de vida para níveis semelhantes aos dos portugueses do continente. A nova moeda será o jardim, sendo que um euro será o equi-valente a 100 jardins. O centésimo do jardim será chamado de gaspar. JH

As mentiras de Alberto João Jardim estão a ser usadas pela Grécia para ten-tar recuperar a credibilidade internacional. George Papandreu, que há uma semana estava à beira do abismo, está a tentar ganhar um novo fôlego para adiar o “default”. “O buraco de 1891,3 milhões equivale a 115,3% do orçamento madeirense para o ano de 2011! São quase 40% do PIB da Madeira. Alguma vez era possível a Grécia esconder despesas de quase metade do nosso PIB? Escon-demos no máximo 10 ou 15%!”, afi rmou George Papandreu. JH

Com um desvio de quase 2 mil milhões de euros e sem vontade de assumir responsabilidades, o líder da Madeira já começou a usar a mesma lengalen-ga dos países periféricos. Com medo que as medidas de austeridade levem a Madeira à recessão em consequência da inibição do despesismo, Alberto João Jardim considera que a solução passa por triplicar a capacidade do Fundo Português de Estabilização Financeira da Madeira. “Se existissem os ‘lusobonds’, emissão conjunta de dívida pública do Continente e da Ma-deira, o desvio não tinha acontecido. Os ataques dos mercados do Conti-nente à dívida soberana da Madeira estão a levar-nos à ruína e as agências de ‘rating’ do Continente não param de baixar o ‘rating’ da Madeira. O Continente está a empurrar a Madeira para fora do Euro, mas eu não vou deixar”, avisou Jardim. JH

Grécia diz à UE que não é a Madeira

Alberto João Jardimdefende os “lusobonds”

Cronologia do défi ce da Madeira das mulatas de Zarco aos sifões de Jaime Ramos1419 – João Gonçalves Zarco inaugura a primeira rotunda com fonte de repuxo do mundo, em Câmara de Lobos, e manda a factura ao Infante D. Henrique, a quem chama-va, escreve Oliveira Martins, “o cubano”.

1425 – Introdução da cana do açúcar na ilha e, segundo Mattoso, do primeiro defesa-central sérvio no primitivo Marítimo.

1480 – Cristóvão Colombo casa com a fi lha do capitão donatário do Porto Santo. A conta do bolo e da lua-de-mel chegou ao Terreiro do Paço, na semana passada, para Vítor Gaspar pagar.

1755 – Terramoto no continente provocado pelo baque do Marquês de Pombal depois de ter recebido vários molhos de contas vencidas da Madeira, um abalo estimado em 9.0 na escala de Richter ou de 4 pontos na TSU, na escala de Poul Thomsen.

1801 – Primeira invasão inglesa. Os ingleses resolvem ir-se embora, no ano seguinte, depois de Jorge III de Inglaterra fi car maluco com a quantidade de contas da Madeira que queriam que ele pagasse.

1901 – D. Carlos visita a Madeira e é alvo de um atentado regicida com os mortífe-ros cocktails do Machico (despesas de construção civil pagas sem recibo envolvidas em aguardente de cana).

1943 – Nasce Alberto João Jardim. Ou, como reza a lenda, por ter sido ano de elei-ções, é inaugurado Alberto João Jardim.

2011 – FC Porto contrata Kléber ao Atlético Mineiro, não paga nada ao Marítimo e Jardim pede um empréstimo ao Banco Mundial para ir buscar Lionel Messi. MB

NÃO É POR MAL:

ELE DISTRAI-SE

E O DINHEIRO SALTA

PARA O BURACO

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oInimigoPúblico 23 de SetembroSÓ FICAMOS COM O RONALDO | 3

Trichet pensa que cada madeirense tem uma namorada top model russa em casaO presidente do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet, pediu uma auditoria conjunta BCE/FMI/UE para garantir que cada madeirense não tem uma na-morada top model russa para sustentar, como indicia uma primeira leitura das contas da região. Trichet es-tudou a “Hola!”, para se inteirar do assunto, e teme que a idolatria pelo estilo de vida de Ronaldo tenha conse-quências orçamentais cataclísmicas. “Todos nós, que já andámos nessas cavalarias, sabemos que uma Irina dá quase tanta despesa como um Jorge Mendes”, analisa Trichet. MB

TGV na Madeira adiado por 6 mesesA descoberta do buraco de quase 2 mil milhões de euros na Madeira já provocou mudanças no projecto da rede de alta velocidade para a Região Autónoma da Madeira. A li-nha Calheta-Câmara de Lobos-Machico, a linha Ponta do Sol-Porto Moniz-Ribeira Brava e a linha Santa Cruz-Santa-na-São Vicente foram adiadas por seis meses, sendo que apenas vai avançar já a linha Funchal-Porto Santo e a linha Funchal-Poceirão. JH

Governo Regional da Madeira gastou 5 milhões de euros em água Evian para regar as plantas da Floresta LaurissilvaO Instituto Nacional de Estatística e o Banco de Portugal estiveram a analisar as despesas de manutenção da fl ores-ta de 15.000 hectares da Laurissilva, considerada em 1999 pela UNESCO como Património da Humanidade. Além da fotossíntese mais cara de sempre, os jardineiros usavam ancinhos, enxadas, forquilhas, alviões, sachos, foices, ga-danhas, cunhas, guilhos e podas de ouro de 24 quilates com diamantes de 32,77 quilates. JH

Cientistas estudam gene do relativismo ético dos madeirenses que depois disto tudo ainda votem no Jardim

As eleições regionais na Madeira estão a ser um tubo de ensaio para novos estudos na área da Neurologia. Deze-nas de especialistas já estão na Madeira a analisar a po-pulação, utilizando a neuroimagem e testes neuropsico-lógicos que mapeiam as áreas cerebrais. “Estou a fazer uma análise neurofi siológica de acordo com as preferên-cias políticas dos eleitores. A esmagadora maioria dos madeirenses apresenta lobos frontais, o sistema límbico, o giro cíngulo, a amígdala temporal e o hipocampo, que regulam os aspectos éticos, ainda mais lesados que os eleitores de Oeiras e de Gondomar. O resultado é a pro-dução de respostas anormais ou patológicas nos âmbi-tos da cognição, julgamento moral e pensamento ético. Estas pessoas votariam no Jardim mesmo que o buraco fosse de 5 mil milhões de euros, 10, 20, 50 mil, não há diferença absolutamente nenhuma”, revelou o especia-lista. JH

“DEFENDEREI A MADEIRA ATÉ AO ÚLTIMO CÊNTIMO DA REPÚBLICA”INIMIGO PÚBLICO abre as suas páginas ao exercício do contraditório de Alberto João Jardim

+A canalhice política da extrema-esquerda socialista, conluiada com a maçonaria e o complexo industrial-mi-litar da banana Chiquita, pretendia que a Madeira fi casse de braços cruzados a ver o Benfi ca recusar a OPA de Joe Berardo, o Jardim Gonçalves a ser corrido do BCP ou o nosso Cristiano Ronaldo a pintar as unhas dos pés.Reitero ao povo de inteligência superior madeirense e porto-santense que foi em legítima defesa da autonomia que abri um buraco nas contas de 1.113,3 milhões de eu-ros. O Jaime Ramos até diz que podem ser mais mas que a mariconera estava rota e, quando deu por ela, já tinha perdido umas tantas facturas.Foi em legítima defesa da Madeira que torrei uns euros, sim, tal como foi em legítima defesa que a Alemanha in-vadiu a Polónia, que os madeirenses só casam com pri-mos direitos, que aquele indivíduo, o Hannibal Lecter, comeu umas tantas pessoas e foi em legítima defesa que o Marco do Big Brother deu um pontapé na fronha da gorda.Fora isso, cumprimentos para o nosso pessoal. Um abra-ço deste que tanto vos deve. Sou capaz de ter mais contas para pagar pelo Natal. Alberto João Jardim

Como esconder 1.113,3 milhões na Laurissilva com o Photoshop

Importação de caviar russo para os lobos-marinhos das Ilhas Desertas 317

Coletes-de-forças e Xanax de Jaime Ramos 24

Monumento ao Joe Berardo desconhecido 179

Barris de imperiais e morcela para festa do Chão da Lagoa 237

Poda, canteiros e rega da Floresta Laurissilva 14

Piquetes de arremesso de maracujás ao representante da república 0,3

Tratamento de Photoshop do arquipélago no Google Earth 182

Borrifadores de Chanel Nº. 5 em todos os exemplares da coluna de Alberto João Jardim no “Jornal da Madeira” 158

MB 1.113,3

• Dinheiro gasto em droga não é despesa, é investi-mento no sector import/export nacional;

• Dinheiro gasto em subornos não é despesa, é investimento na economia paralela portuguesa;

• Dinheiro gasto em fornicar prostitutas não é despesa, é investimento em políticas de apoio à natalidade;

• Dinheiro gasto em travestis e transexuais não é despesa, é investimento em políticas de igualda-de social;

• Dinheiro gasto em jogo não é despesa, é investi-mento no turismo nacional qualidade;

• Dinheiro gasto em arrumadores não é despesa, é investimento em políticas de mobilidade urbana;

• Dinheiro gasto em arrumadores não é despesa, é investimento em políticas de apoio social aos desfavorecidos;

• Dinheiro gasto em acções do BPN não é despesa, é investimento na capitalização da banca nacio-nal. VE

O investimento segundo o MBA de Alberto JoãoAlberto João Jardim justifi cou o pantagruélico

défi ce da Região Autónoma da Madeira dizendo

que “não é despesa, é investimento”. Eis como

todos os portugueses, e não apenas Alberto João

Jardim, podem dessa forma tornar-se empreen-

dedores que investem no seu País.

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4 | JARDIM ANIMA A NOSSA VIDAoInimigoPúblico 23 de Setembro

Relação entre o défi ce da Madeira, o duplo queixo de Jardim e a classifi cação do Marítimo na Liga

Conclusão: o Marítimo tornou-se no Dragões Sandinenenses insular por culpa do comunismo e da maçonaria ao mesmo tempo que Jardim fi cou de papo cheio de tantos primeiros-ministros e ministros das Finanças que comeu durante mais de três décadas. MB

Alberto João Jardim em estado de pânico, fumando charuto e bebendo champanhe Veuve Clicquot, recebe a equipa de reportagem do INIMIGO PÚBLICOFoi com nervosismo que o repórter do INI-MIGO PÚBLICO/ Madeira, cujo director é Luís Pedro Nunes Jardim, foi ao Palácio de Alberto João Jardim, entrevistar o líder da Madeira. A Madeira vive um escândalo fi nanceiro, que faz Madoff parecer um car-teirista que ataca no 57, do Cais do Sodré. O repórter do IP/ Madeira, Mário Botequilha Jardim, hesitou imenso antes de confrontar Alberto João Jardim com a mais difícil e in-conveniente das perguntas: “Tio Alberto,

não fi cou chateado por eu não ter aparecido na sua festa de aniversário, pois não? “. Der-retido o gelo inicial, o repórter confrontou Jardim com a delicada questão dos buracos: “ Tio, como é que se chamam estes queijos franceses com buracos que a empregada trouxe para o almoço? “. Por fi m, o repórter lançou a pergunta que nenhum jornalista ousa fazer a Jardim: “ Tio Alberto, não gosto de champanhe, posso abrir o Barca Velha? ”. AM

Alberto João Jardim não compreende os as-sobios continentais e açorianos de que tem sido vítima e deixou uma pergunta no ar: “Será porque sou bonito, rico e um grande estadista? É por terem inveja de mim. Não tenho outra explicação.” O Presidente do

Governo Regional não entende a sua exclu-são do troféu do mais sexy platina do “Cor-reio da Manhã” nem porque é que as mães dizem aos fi lhos “ou comes a sopa ou digo ao Alberto João para te mandar contas dele para tu pagares”. MB

Jardim diz-se perseguido porque é bonito, rico e um grande estadista

Pólvora dos foguetes de fi m de ano era enrolada em notas de cinco contosA pouco e pouco vai-se conhecendo o destino dos milhões gastos por Jardim desde 1978. O INIMIGO sabe que a pól-vora do célebre fogo-de-artifício da pas-sagem de ano do Funchal foi, durante décadas, enrolada em notas de cinco contos ou ofícios do Ministério das Fi-nanças a pedir justifi cações de despe-sas, cortados às tiras. Uma prática que só mudou há poucos anos: agora, por exemplo, a correspondência do Banco de Portugal ou do Tribunal de Contas vai, por abrir, directamente para o eco-ponto. MB

O Presidente do TC afi rmou que o orga-nismo “ aponta há vários anos para a necessidade de uma maior clareza nas contas públicas da Madeira”. O IP não duvida da honestidade de Oliveira Mar-tins, mas o alerta deve ter sido dado no bar Gingão, às 4 da manhã, ao som do “ I Wanna Be Sedated” dos Ramones, pois ninguém ouviu nada! A esquerda diz que na Madeira não existem os organismos que asseguram a Democracia em Portu-gal. Não é verdade. A Madeira tem uma

sede do TC, que desde 1980 funciona como churrasqueira e marisqueira! Na Madeira existe um edifício da Procura-doria-geral da República, que serve de discoteca! O DIAP está na Madeira, ser-vindo a sede para uma loja da estilista Fátima Lopes! A sede do Supremo Tribu-nal de Justiça é ocupada pela Zara! Já o edifício do Representante da República na Madeira é ocupado pela pizzaria “ Mamma Mia”. Estás a ver, Daniel Olivei-ra, estão lá todos! AM

Sede do Tribunal de Contas na Madeira funciona há 35 anos como restaurante/marisqueira

Gaspar fez manobra de Heimlich a Jardim para o obrigar a cuspir facturas por pagar que tinha engolidoAlberto João Jardim recebeu, ontem, a visita surpresa do ministro Gaspar, em missão terminator de fi scalização. Jar-dim, contou-nos Guilherme Silva, ten-tou esconder várias facturas por pagar do ministro das Finanças, metendo-as todas na boca ao mesmo tempo. Foi um erro: célere, Gaspar fez-lhe a manobra de Heimlich, obrigando-o a cuspir os do-cumentos e, logo a seguir, aplicou a Jar-dim a manobra de Steve Seagal, para que não repetisse a gracinha. MB

Imprensa internacional chegou à Madeira• “Madeira, a ilha desonesta” – Financial Times

• “Festa bunga-bunga nas fi nanças madeirenses” – La Stampa

• “A Madeira é bela como Carla Bruni mas as contas são sórdidas e cheias de esquemas como Sarkozy” – Libération

• “Jogaram merda no ventilador” – O Globo

• “Kursk português afunda-se no Atlântico com 250 mil tripulantes encarce-rados” – Vechernyaya Moskva

• “Octogenária madeirense engravidada in vitro com ADN de Hitler por ex-traterrestres mandou conta para o serviço nacional de saúde que a devol-veu e garante que não paga” – National Inquirer

• “Banana das Canárias teme contágio do default madeirense” – La Vanguardia

• “Cardozo promete mais golos à nação benfi quista” – A Bola MB

OH AMIGO CUBANO,

QUER UMAS

FACTURINHAS

PARA PAGAR?

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oInimigoPúblico 23 de SetembroQUE SERIA DE NÓS SEM JARDIM? | 5

Anne Geddes deprimida com a dívida da Madeira desiste de tirar fotografi as a bebés fofi nhosPor causa das trapaçadas de Alberto João Jardim, a famosa fotógrafa australiana Anne Geddes – tratada por muitos por-tugueses como Anne Guedes, os mesmos que tratam o famoso fotógrafo Man Ray por Man Reis – deixou de acreditar na inocência inata das crianças e passou a considerar que todas elas, no fundo, são fala-baratos dissimulados como ele, retratando-as da maneira como Alberto João Jardim se dirige, na Festa do Chão Lagoa, aos “continentais”. Os fãs de Anne Geddes estão chocados e pedem-lhe que volte a fotografar crianças absolutamen-te ingénuas ou pelo menos que as retrate da maneira como António José Seguro se dirige, nos congressos do PS, à Angela Merkel. VE

Geógrafos dizem que ilhas têm mais tendência para esconder buracos fi nanceiros que penínsulasOs buracos fi nanceiros dos territórios não dependem apenas das característi-cas dos políticos. Alguns especialistas consideram que as condições geográ-fi cas e geológicas infl uenciam bastante a forma como as fi nanças públicas são geridas e são comunicadas a instâncias superiores. As penínsulas podem ter graves problemas económicos e fi nan-ceiros mas o facto de terem um pedaço de terra, por mais pequeno que seja, a ligar a uma região maior impede a ten-dência para a escamoteação das contas públicas. “Todas as ilhas tem uma maior tendência para a demência fi nanceira mas há níveis. As ilhas fl uviais, as ilhas oceânicas e as ilhas vulcânicas, como os Açores, são um pouco menos trapacei-ras. As ilhas continentais, que são ilhas que têm uma plataforma que as liga geo-morfologicamente a um continente, são as mais aldrabonas.”, explicou um espe-cialista. JH

Sede do Tribunal de Escritores de livros policiais reconhecem anos depois: a culpa não é do mordomo, é do Alberto João Jardim Escritores policiais anglo-saxónicos reuniram-se hoje em Londres e pediram desculpa aos mordomos por sempre os terem apontado como culpados pelos mais variados crimes, reconhecendo que a culpa de tudo é única e exclusivamente de Alberto João Jardim. De igual modo, escritores policiais nórdicos reuniram-se em Estocolmo e reconheceram que a culpa de tudo não é de uma socieda-de hipócrita e supostamente tolerante, mas do presidente da Região Autónoma da Madeira. Já a ANTRAL reuniu na sua sede e reconheceu, em nome dos taxistas portugueses, que a culpa de tudo poderá afi nal não ser totalmente dos pretos. VE

Dicionário de Português na Madeira não tem as palavras “ crise”, “ recessão” , “ austeridade “ ou “ impostos”Uma obra-prima do cinema é “ Pleasan-tville”, de Gary Ross (os pedantes espec-tadores da Cinemateca nunca a viram, para eles os fi lmes geniais são feitos por tailandeses chamados Apichattakama-gakulpong Weeratikatakatkasethakul). No fi lme, Tobey Maguire vive uma re-alidade dura, a que escapa vendo uma série passada em 1958, onde a vida é perfeita. Com um comando de TV má-gico, ele e a irmã, Reese Witherspoon, entram na série. Os portugueses são o Tobey, que vivem na austeridade, olhan-do com inveja para a Pleasantville “ Ma-deira”, onde a vida é perfeita. Tobey e Passos não querem mudar Pleasantville nem a Madeira. O FMI é a Reese, que destruiu aquela sociedade. Os habitan-tes de Pleasantville começam o fi lme a preto e branco e acabam a cores. Se o governo for justo, os habitantes da Ma-deira, que até aqui viveram a cores, te-rão de viver a preto e branco. Como os portugueses já vivem. AM

Leitura da biografi a de Alberto João Jardim levou Anders Breivik a querer sentir-se dono e senhor de uma ilha A polícia norueguesa descobriu que An-ders Breivik era um pacato cidadão até ler a biografi a de Alberto João Jardim, fi -

cando obcecado com a Madeira, onde não são bem-vindos chineses ou indianos e em cujo Parlamento Regional não podem entrar de-putados da Oposição quando Cavaco Silva a visita, um local onde não existe multicul-turalismo nem multi-partidarismo. Breivik decidiu então sentir-se na ilha de Utøya como Alberto João Jar-dim na ilha da Madeira, um ente demiúr-gico, senhor da vida, da morte e da linha editorial dos jornais. A polícia acredita que Breivik era uma “toupeira” de Alber-to João Jardim na Maçonaria, organiza-ção que culpa pelo défi ce da Madeira e por não ser permitido fazer poncha com mais de 60º de álcool. VE

Senhoras da limpeza descobriram mais 100 milhões de dívida no caixote do lixo do governo regional Ontem de manhã cedo, por volta das 7 ho-ras, as senhoras que fazem a limpeza da sede do governo regional da Madeira de-tectaram uma nova dívida escondida no valor de 100 milhões de euros dentro de um caixote do lixo. As senhoras alertaram de imediato o ministro das Finanças, que se limitou a responder “Muito obrigado pela informação, senhoras”, o que demo-rou cerca de dez minutos, e o Tribunal de Contas. No mesmo caixote do lixo foram ainda encontrados dois preservativos usa-dos e um resto de Bollycao já bolorento. AP

Jardim pagou 5 milhões de euros para Paula Rego pintar passadeira em rua da MadeiraO Tribunal de Contas está a analisar algu-mas despesas de montantes elevados por serviços encomendados à Dama Ofi cial da Ordem do Império Britânico. Além das 10 passadeiras a 5 milhões de euros cada, Paula Rego terá sido contratada para criar sinalização horizontal em troca de 100 milhões de euros, tendo desenhado mar-cas orientadoras de sentidos de trânsito, duplos traços contínuos, marcas rodoviá-rias de cor amarela que indicam paragem de veículos, linhas de paragem “STOP”, lugares de estacionamento, linhas de ce-dência de passagem com símbolo trian-gular, zebras dos cruzamentos e linhas do BUS, sempre ilustradas com as típicas mulheres feias e animalescas. JH

SOBE & DESCEDESCEAlberto João Jardim Com os sucessivos buracos orçamentais descobertos na Madeira, a reputação internacional de Portugal enterra-se pouco a pouco, como a reputação do Domingos Paciência a cada jogo do Sporting. Alberto João Jardim pegou numa retroescavadora, espetou a garra hidráulica com toda a força no chão, encontrou o nosso caixão bem lá no fundo onde ele já se encontrava e, maldito seja, espetou-lhe o último prego.

SOBEAlberto João JardimO presidente do Governo Regional da Madeira reconheceu que ocultou as dívidas da região, sonegou informações sobre as pulhices fi nanceiras que fez ao longo dos últimos anos e mentiu descaradamente ao Governo da República. Reconhecer os nossos erros deliberadamente reiterados, moralmente reprováveis, eticamente deploráveis e judicialmente criminosos, é um começo. Alberto João Jardim está de parabéns.

Alberto João JardimTínhamos de Alberto João Jardim a ideia de um desbocado que faz o que lhe dá na gana com o descaro de um inimputável. Agora descobrimos um Alberto João Jardim capaz de metodica, paciente, ponderada e maquiavelicamente ludibriar toda a gente. Pensávamos, injustos e precipitados, que era igual a um caudilho folclórico como o Avelino Ferreira Torres, quando afi nal é um estadista da estatura política de um Henry Kissinger ou de um Dick Cheney. VE

A biografi a cuja leitura inspirou Anders Breivik

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6 | ALBERTO JOANISSESoInimigoPúblico 23 de Setembro de 2011

Cristiano Ronaldojogador que deu o seu melhor para responder a este inquérito Eu penso que sim. Penso que esta história toda é só para me atingir a mim, porque as pessoas têm inveja de eu ser rico e bonito e ter uma namorada que é boa todos os dias, incluindo Domingos e feriados. Pelo menos é o que eu penso que.

Joe Berardoempresário que quer que a troika se f *** .O que é preciso é transformar esta crise em oportunidades de business. Podiam fazer t-shirts todas rotas para vender aos turistas a dizer “My friend went to Madeira e tudo o que eu ganhei was this t-shirt esburacada”.

Alberto João Jardimindivíduo para quem um pacote de austeridade é o rabo de uma manequim.Eu não escondi dívida nenhuma! Simplesmente esqueci-me das facturas no bolso de umas calças que foram para a lavandaria. Qual é o problema?! Vocês aí nesse jornaleco também devem estar feitos com a Maçonaria.

Fátima Lopesestilista preferida do cão do CR7 .Não necessariamente. Os buracos podem ser extremamente sexy. Aliás, as minhas colecções são cada vez mais a imagem de marca da Madeira, porque apostam num jogo constante entre o que se mostra e o que se esconde.

INQUÉRITO | Patrícia Castanheira

Acha que estão a tentar denegrir a imagem da Madeira?

Assisti com atenção e natural es-tupefação ao INIMIGO PÚBLICO de hoje. Desde os tempos do Dr. Cunhal e seus anódinos acólitos

da Soeiro Pereira Gomes que não presen-ciava tamanha tentativa de branquear a

História. Para as luminárias de serviço que escrevem neste jornal, a culpa de tudo o que de execrável aconteceu ao País é de Alberto João Jardim. A ideia é popular, e pode até ser confortável, mas não é verda-deira. A culpa, como digo há mais de 50 anos, é do Alberto João Jardim, dos madei-renses, dos que não são madeirenses e, an-tes de mais, do actual inquilino de Belém. A culpa desta mediocridade em que nos atolámos é de todos os portugueses, à ex-cepção, honra lhe seja feita, do Dr. Soares. O Dr. Jardim pode ser culpado de muita coisa, mas não estava vivo na Monarquia

Constitucional, quando os apurados e di-ligentes esforços dos portugueses em sa-botarem a obra reformista do Fontes Pe-reira de Melo transformaram Portugal em pouco mais do que um protectorado bri-tânico. Agora, que somos de jure um pro-tectorado alemão, os portugueses culpam Alberto João Jardim. O director da polícia de uma nova série, A Balada de Hill Stre-et, diz sempre aos seus homem, antes de iniciarem o turno, para terem cuidado lá fora. Esse conselho não serve aos portu-gueses, porque é dentro de nós próprios que se escondem os perigos. VE

TOON | António Jorge Gonçalves

OPINIÃO INIMIGO

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Page 7: Inimigo publico

oInimigoPúblico 23 de Setembro de 2011JARDINISSES | 7

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PROCURA PRESIDENTE DO GOVERNO

REGIONAL DA MADEIRA (M/F)(PARA SALVAR REGIÃO AUTÓNOMA DA BANCARROTA)

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REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRAMISSA DE 7.º DIA

Lisboetas, portuenses, alentejanos, transmontanos, algarvios, beirões e restante família nacional participam que será celebrada missa pela falência da Região Au-tónoma da Madeira, hoje, dia 23/09/2011, às 17h30, no Mosteiro dos Jerónimos. Agradecem, desde já, a todos os credores que se dignarem a assistir a este piedoso acto, bem como a todos aqueles que, de alguma hipócrita ou irónica forma, lhe manifestarem o seu pesar.

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PROF. JARDIMGrande Conselheiro de Estado com 35 anos de experiência, político

conhecido em Todo o Mundo desde a semana passada, Líder Espi-

ritual com supermagia contabilística negra e branca, especialista

em todos os trabalhos fi nanceiros ocultos, trata e principalmente

esconde qualquer que seja o seu caso, mesmo colossal ou de difícil

resolução sem ser à custa dos contribuintes, como desvios orçamen-

tais, sobre-orçamentação de obras públicas, adulteração de fundos

comunitários e contabilidade criativa. Desfaz feitiços do Tribunal

de Contas e Planos Director Municipal. Cura problemas de AMOR à

mentira, NEGÓCIOS ilícitos, FAMÍLIA social-democrata, subsídio-

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Page 8: Inimigo publico

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