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1 Janeiro de 2019 Ano 4 Nº 37 • Janeiro 2019 Página 6 Página 9 6ª edição do Carta de Solos Página 3 Primeira certificação mundial em MPB Colheita de amendoim No dia 31 de janeiro, ocorre o lançamento de mais uma fase do consagrado programa +Cana, a versão 4.0, uma parceria entre Coplana, Socicana e IAC que resultou em uma mudança de paradigma no plantio. Esta edição terá maior alcance, podendo chegar a 50 agricultores, que terão autonomia para produzir a própria muda e elevar seu patamar de produtividade em cana. Iniciativa conecta pesquisadores a produtores KarlinhusMozzambani/Fotos: EwertonAlves, RenataMassafera

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1Janeiro de 2019

Ano 4 • Nº 37 • Janeiro 2019

Página 6 Página 9

6ª edição do Carta de Solos

Página 3

Primeira certificação mundial em MPB

Colheita de amendoim

No dia 31 de janeiro, ocorre o lançamento de mais uma fase do consagrado programa +Cana, a versão 4.0, uma parceria entre Coplana, Socicana e IAC que resultou em uma mudança de paradigma no plantio. Esta edição terá maior alcance, podendo chegar a 50 agricultores, que terão autonomia para produzir a própria muda e elevar seu patamar deprodutividade em cana.

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Uma nova produção de cana-de-açúcarO diretor do Centro de Cana/IAC Ribeirão Pre-

to, Dr. Marcos Landell, lembra que o +Cana tem sido uma importante ferramenta para a adoção de novos conceitos de produção. “Entre eles, a inclusão de novas variedades com maior po-tencial; canas com maior população de colmos, que conseguem perfilhar mais e, com isto, ge-rar uma expectativa de maior longevidade dos canaviais. Estas variedades são também mais adaptadas ao plantio e à colheita mecânica", ex-plicou Landell.

Ele completa que o programa está sendo apli-cado com grande sucesso em várias regiões do Brasil. “A ideia é que este +Cana 4.0 tenha maior poder de capilaridade no âmbito da Cooperativa e da Associação, possibilitando alcançar maior número de produtores, e assim promover a ver-ticalização de suas produtividades agrícolas, tornando-os mais sustentáveis.”

O vice-diretor do Centro de Cana, Dr. Mauro Xavier, ressalta o valor da interatividade. “Este projeto permitiu trazer o produtor para a instituição de pes-quisa e levar o pesquisador para dentro da propriedade agrícola, onde de fato as coisas acontecem. O ponto

forte é entregar a capacitação para o produtor fazer a gestão de seu material de propagação, mantendo qualidade no processo e abrindo di-versas outras perspectivas de desdobramento das tecnologias. Isso é fundamental, o produtor entender que ele pode resgatar a gestão sobre algumas etapas importantes do processo de produção de cana-de-açúcar.”

Revolucione seu patamar de produtividade em cana!Dia 31 de janeiro de 2019, às 8h30.

Auditório da Socicana, Guariba/SP.

Ricardo Bellodi Bueno

Rogério Consoni

Sérgio Pavani

Francisco Antonio de Laurentiis Filho

Expediente • Coplana - Cooperativa Agroindustrial - Diretoria: pres. - José Antonio de Souza Rossato Junior, vice-pres. - Bruno Rangel G. Martins e secretário - Francisco A. de Laurentiis Filho, superintendente - Mirela Gradim • Socicana - Associação dos Fornecedores de Cana de Guariba - Diretoria Executiva: Bruno Rangel Geraldo Martins, José Antonio de Souza Rossato Junior e Mauricio Palazzo Barbosa, superintendente - Rafael Bordonal Kalaki • Comitê de Comunicação - Carlos Eduardo Mucci, César Gonzales, Cezar Cimatti, Cristiane de Simone, Elaine Maduro, Eduardo Pacífico, Francisco Politi, Helton Bueno, José Marcelo Pacífico, Pablo Silva, Pedro Sgarbosa, Regiane Chianezi, Renata Montanari, Roberto Moraes, Valdeci da Silva • Produção - Neomarc Comunicação - Regiane Alves (Jorn. Resp., MTb 20.084), Renata Massafera (reportagens), Ewerton Alves (coordenação de projetos), Karlinhus Mozzambani (design e diagramação), Ana Paula Miani (coordenação de produção). • Contatos: [email protected], [email protected], [email protected]

Opinião de produtores que já participam

“O +Cana foi um dos melhores projetos que a Coplana e a Socicana já fizeram. Fiz parte da primeira

etapa, e todos os produtores que como eu participaram deste projeto tiveram uma vantagem muito significativa,

uma vez que podemos ter muitas variedades de cana, que eram testadas em usinas e hoje o são dentro da

própria fazenda.” Ricardo Bellodi Bueno

“O +Cana foi um marco divisório na fazenda e na minha vida como produtor. Trouxe uma capacitação enorme, ferramentas que nós não encontramos em

lugar nenhum, e não é à toa que o +Cana ganhou um prêmio nacional, reconhecimento de tudo que vivenciamos: a parte técnica, a teoria sobre mudas,

nutrição, pragas e tudo o que está envolvido na produção de cana.” Rogério Consoni

“O projeto foi fundamental para os produtores, fazendo com que tivessem acesso a novas variedades de cana, aumentando a produtividade. Faço parte do

projeto piloto, a primeira onda. Hoje, 100% das minhas mudas são provenientes do +Cana.” Sérgio Pavani

“Eu participo desde a primeira fase e o considero muito interessante. Proporcionou o acesso a novas

tecnologias de plantio, novas variedades de mudas, uma propagação de variedades com rapidez muito

maior da que eu tinha antes, sem contar a capacitação técnica dos nossos funcionários pelo IAC.”

Francisco Antonio de Laurentiis Filho

Dr. Mauro Xavier

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A sustentabilidade nas práticas agrícolas e de-mais processos da propriedade tem sido um con-ceito fundamental no trabalho da Socicana com os associados. Como resultado deste empenho, em 2015, houve o reconhecimento internacional, a partir da certificação Bonsucro (iniciativa global que chancela a produção de cana-de-açúcar de acordo com critérios sustentáveis), validando a gestão de três condomínios agrícolas, nos aspec-tos ambiental, social, econômico e técnico.

Este trabalho tornou-se referência no setor su-croenergético e, em 2018, a certificação foi renova-da nos condomínios, somando uma área de 8.800 hectares e uma produção de 665 mil toneladas de cana-de-açúcar.

No final do ano, mais uma boa notícia: o condo-mínio Renato Trevizoli e outros também recebeu a certificação Bonsucro UE (União Europeia), no processo produtivo de MPB (Mudas Pré-Brotadas), o que o caracterizou como o primeiro do mundo neste sistema. Para isso, o associado atendeu a 11 princípios, 26 critérios e 79 indicadores. O con-domínio alcançou 97% na pontuação, maior índice da certificação em todo o Brasil, o que supera até mesmo as usinas que normalmente ficam entre 80% e 85%.

Trevizoli será o primeiro produtor a comerciali-zar MPB para todo o País, tendo como clientes di-retos as unidades industriais e outros produtores, que receberão matéria-prima com selo de susten-tabilidade, o que comprova a qualidade durante todo o processo de produção da muda.

Em um dos treinamentos realizados na proprie-dade no ano passado, o produtor comentou sobre

Socicana comemora a conquista de mais uma certificação BonsucroAssociado é o primeiro produtor do mundo a contar com o selo de sustentabilidade para MPB

suas expectativas. “Nós acreditamos que esta cer-tificação, num futuro muito próximo, trará valoriza-ção na comercialização da nossa cana e da nossa MPB. Acreditamos que as empresas que tiverem esta certificação terão uma facilidade maior de negociação com qualquer grupo que tenha seus produtos numa linha de exportação. Acreditamos, ainda, que futuramente quem não tiver algum tipo de certificação terá alguma restrição quanto às li-nhas de crédito: renovação de frota, planos de cus-teio, etc. A certificação nos ajusta às demandas de sustentabilidade e traz benefícios econômicos”, concluiu.

Cristiane de Simone, da área de Projetos e Sus-tentabilidade da Socicana, lembra que os treina-mentos contribuem não só para a certificação, mas promovem melhorias significativas nos pro-cessos agrícolas, gerenciais e financeiros. “Propor-cionamos este treinamento com a ajuda do con-sultor externo, Daniel Lobo, para mostrar as etapas que devem ser cumpridas, a fim de conquistar me-lhorias contínuas para a propriedade”, explicou.

Informações sobre programas e certificações em cana-de-açúcar, contato com a área de

Projetos e Sustentabilidade: (16) 3251-9299.

Equipe da fazenda durante treinamento

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Socicana e CTC discutem“Manejo, meiosi e mercado”

As palestras sobre manejo, meiosi e mercado, realizadas no dia 11 de dezembro, em Guariba, trouxeram informações relevantes e práticas, de acordo com os produtores presentes. A iniciativa foi resultado de uma parceria entre Socicana e CTC, Centro de Tecnologia Canavieira.

“Parabéns pela organização. A Socicana deveria fazer eventos deste tipo a cada três meses, pelo menos. Foi muito útil”, afirmou o associado José Wagner Carqui.

ManejoRafael Lima, representante técnico de vendas do

CTC, falou sobre manejo varietal, lembrando que atualmente, os associados da Socicana têm aces-so às variedades, por meio de uma parceria entre a Associação e o Centro de Tecnologia. A principal orientação ao produtor na escolha da variedade é aderir ao projeto Carta de Solos, realizado pela Co-plana, para ter as informações sobre os diferentes tipos de solo e do ambiente de produção.

MercadoNa sequência, o gerente de Negócios e Marke-

ting do CTC, Luiz Antônio Dias Paes, lembrou que o setor estava “patinando” havia muito tempo em produtividade e que a seca, até novembro de 2018, havia prejudicado os canaviais. O gerente falou ainda sobre usinas que estavam encerrando as

atividades e sobre o excedente de açúcar na safra 2017/2018. A perspectiva para 2019, porém, era mais positiva. “Na safra anterior, o nível de endi-vidamento estava elevado, com consolidação ao invés de expansão e superávit do açúcar. Para a safra 2018/2019, esperamos a manutenção do consumo de etanol, do preço do petróleo e da polí-tica de preços da Petrobras; além do Renovabio e possível déficit de açúcar”, concluiu.

MeiosiIvo Bellinaso, especialista em solos e pesquisa-

dor científico da Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais (Cetec/MG), abordou o treinamento em meiosi, citando as vantagens do sistema, com destaque para a possibilidade do uso também da cantose.

Produtividade para resultados O presidente da Socicana, Bruno Rangel Geral-

do Martins, disse que os dados apresentados po-deriam ser parâmetro para melhores resultados. “Há alguns anos temos lidado com um cenário de dificuldades, que levou à situação atual de preços. Uma das formas de diminuir este viés de preços ruins é aumentar a produtividade. Neste sentido, é importante escolher as variedades certas nos locais certos. Este é o objetivo de palestras como esta, oferecer soluções e novas possibilidades para incrementar a produção”, avaliou.

Carqui: evento muito útil para atualização sobre os cuidados com a lavoura

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O superintendente da Socicana, Rafael Bordo-nal Kalaki, salientou a importância do encontro. “Foi muito interessante esta dinâmica de oferecer palestras com abordagens técnica e de mercado. A meiosi é uma técnica que traz muitos benefícios. O produtor deve estar atento para aumentar sua produtividade. Além disso, o evento trouxe uma vi-

são de mercado mais positiva, o que pode dar um novo ânimo aos associados”, comentou o superin-tendente.

Para mais informações, entre em contato com o Departamento Técnico da Socicana:

(16) 3251-9270.

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Ano de 2019 com perspectivas mais positivas para a produção de cana

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“Uma iniciativa com resultados positivos”: esta foi a opinião dos produtores que recebe-ram no dia 12 de dezembro, em Guariba, os relatórios da sexta edição do projeto Carta de Solos. A iniciativa, coordenada pelo departa-mento de Tecnologia Agrícola e Inovação, contou com a participação de 10 cooperados e tem suporte do Instituto Agronômico (IAC).

Como nas edições anteriores, na entrega técnica é abordada a aplicação dos conceitos e classificações obtidas. As palestras são rea-lizadas pelos pesquisadores Dr. André Cesar Vitti e Dr. Hélio do Prado, da Apta Regional Polo Centro-Sul, e Dr. Marcos Landell, diretor do Centro de Cana IAC/Ribeirão Preto.

Vitti destacou os fatores de produtividade que envolvem a cana-de-açúcar. E como "a carta de solos é fundamental para definir os tipos de preparo de solo, épocas de plantio, de corte e alocação varietal”.

Hélio do Prado, pedólogo (especialista em estudos de solos) mais antigo em atividade no Brasil, falou do desenvolvimento radicu-lar nos diversos tipos de solo: o latossolo (presente em 51% das áreas dos produtores desta edição; o argissolo (19%); e o neossolo (20%). “Nos solos que são pobres, até a um metro de profundidade, precisamos usar ges-so para fazer a correção”, lembrou. Segundo ele, entre outras questões, o projeto amplia o conhecimento sobre o teor de argila direta-mente no campo, o que é indispensável para a classificação.

Landell explicou questões que envolvem o manejo varietal. “As variedades têm de ser facilitadoras. É preciso uma evolução do con-ceito de manejo adotado. Vamos trabalhar di-

6ª edição do Carta de SolosDez cooperados recebem relatórios

retamente com a redução do dé-ficit hídrico para conseguir mais produtividade”, explicou.

Os produtores disseram estar satisfeitos com o serviço. “Este relatório é muito bom. Foi a pri-meira vez que eu fiz minha car-ta de solos, e valeu a pena para reconhecer meu ambiente de produção e alocar a melhor va-riedade”, conta Tiago Scandelai da Cunha.

Marisa Trevizoli comentou que é a segunda vez que utiliza o serviço. “Já tínhamos feito das outras propriedades, e o resulta-do foi tão interessante que opta-mos por fazer nesta propriedade que adquirimos há algum tem-po. Saber o tipo de solo nos per-mite alocar a variedade correta”, disse.

Pablo Humberto Silva, gestor do departamento de Tecnolo-gia Agrícola e Inovação, lembra da importância do serviço para o produtor. "A Carta de Solos é um pilar estratégico e estrutural na produção de cana-de-açú-car. Visa à rentabilidade para mitigar os riscos da atividade e é realizada uma única vez, com desdobramentos e benefícios significativos, além de um custo de investimento inferior a uma tonelada de cana/hectare.

Tiago Scandelai da Cunha

Marisa Trevizoli

Pablo Humberto Silva

Dr. André César Vitti

Dr. Marcos Landell

Dr. Hélio do Prado

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Dez cooperados recebem relatórios

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Uso de fungicidas na cultura da cana-de-açúcar

O uso de fungicidas na cana-de-açúcar ainda é pouco comum, se comparado à sua utilização em outras culturas, como soja, amen-doim, milho e algodão.

As principais estratégias de controle das doenças fúngicas na cana são a erradicação de variedades susceptíveis e a implantação de variedades tolerantes e resistentes. Como exemplo, a SP81 3250 está praticamente erradicada dos canaviais paulistas, devido à sua susceptibilidade à ferrugem alaranjada (Puccinia kuehnii), doença in-troduzida no Brasil em 2009.

A substituição de variedades não deve ser o único método de controle, pois existem aquelas que, apesar de susceptíveis a doen-ças fúngicas, possuem elevado potencial produtivo. Dessa forma, podem ser manejadas com fungicidas e manter o seu potencial de produção. Portanto, é relevante que o produtor adote o uso de fungi-cidas no canavial, incorporando essa prática no processo produtivo.

Quanto às suas características, os fungicidas registrados para a cultura da cana-de-açúcar são de ação protetora e sistêmica. Apre-sentam controle preventivo e curativo, garantindo a sanidade das folhas e, consequentemente, a manutenção e/ou incremento da atividade fotossintética da planta, o que acarreta em incremento de produtividade.

O momento da aplicação é de extrema importância para garantir máxima eficiência do produto, sendo necessário considerar se há ou não a ocorrência da doença na planta, qual o nível de infecção da doença, o clima e as previsões climáticas. A pulverização adequada também é importante na eficácia dos fungicidas, pois garante a de-posição do produto no alvo.

Enfim, para fazer um bom uso dos fungicidas e “colher” seus be-nefícios, é fundamental consultar um engenheiro agrônomo da Co-plana.

João Gabriel Moreno Ancheschi

Engenheiro Agrônomo da Coplana - Regional Jaboticabal

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Colheita de amendoim

Além da lucratividade ter início na escolha das áreas, com predomínio de bons solos para o culti-vo de suas lavouras, as boas práticas agronômicas não podem ser deixadas de lado.

O bom emprego de técnicas de manejo irá resul-tar na máxima eficiência, diminuindo seus custos, levando a melhores resultados de produtividade e, consequentemente, maior ganho financeiro.

Após a instalação das lavouras é recomendável realizar um bom monitoramento de pragas e doen-ças, evitando sua proliferação e também minimi-zando os danos na cultura. Para isso, devemos ficar atentos ao correto manejo fitossanitário das plantas, com a manutenção da sanidade da cul-tura até o fechamento do ciclo, que poderá ser de 125 a 150 dias, de acordo com as características varietais.

Eduardo Lavecchia PacíficoGerente de Área Filial II - Regional Jaboticabal

Valdeci Malta da SilvaGerente de Originação - Unidade de Grãos

Maturação para máximo potencial Já no final do seu ciclo, é importante ter

cuidado para que a colheita do amendoim seja realizada no momento correto, com 65% ou mais de maturação fisiológica dos seus grãos. Dessa forma, os grãos estarão com a sua máxima carga de massa, resul-tando em melhor qualidade da matéria-pri-ma e, consequentemente, maior rentabilida-de da lavoura.

Para sabermos quando este índice foi atingido, é necessário realizar a amostragem de vagens: no mínimo, coletar 5 subamos-tras aleatórias de vagens de amendoim no campo. Após a coleta, deve ser feita a téc-nica de raspagem das vagens para determi-nar o grau de maturação. E, de acordo com a coloração obtida, será possível saber se a lavoura está apta ou não para a colheita.

É imprescindível usar as ferramentas de maturação para colher no momento certo. Caso contrário, no final da colheita, parte do dinheiro fica no campo, e o produtor não usufrui de todo o esforço empreendido até então. Aproveite as tecnologias disponíveis e todo o conhecimento técnico dos profis- sionais da Coplana. Sem dúvida, isso irá fa-zer a diferença nos resultados.

Benefícios agronômicos e econômicos para quem realiza no tempo certo

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11Janeiro de 2019

“Aplicação de Agrotóxicos com Pulverizadores em Barra”: este foi o curso ministrado para produ-tores e colaboradores das propriedades rurais, em três dias (5, 6 e 7 de dezembro), pelo Serviço Na-cional de Aprendizagem Rural (Senar). O curso foi viabilizado pela parceria entre a Socicana e o Sin-dicato Rural de Guariba e foi realizado nas instala-ções do Sindicato.

Entre os temas transmitidos pelo instrutor Natal Magalhães Viana, estiveram a redução de desper-dício de produto, melhor aproveitamento e con-dições da aplicação e, acima de tudo, exigências legais na aplicação.

“É muito importante o produtor e seu funcio-nário conhecerem a NR 31 e a NR 6, que são nor-mas regulamentadoras que tratam de cuidados com agrotóxicos e segurança no trabalho. Estas normas são impostas pelo Ministério do Trabalho e Emprego, ou seja, o curso é uma exigência do MTE”, comentou o instrutor do Senar.

Natal lembra que o curso traz à tona as partes agrícola, técnica e jurídica. Por isso, a importância da aprovação das pessoas que participaram. “Ti-vemos a parte teórica e a prática e, para finalizar, temos uma avaliação na qual é necessário obter 85% de aproveitamento. Caso contrário, o partici-pante não recebe o certificado”, disse, referindo-se

Curso sobre pulverização Cumprimento da legislação foi destaque entre participantes

às 24 horas de aula do curso. Segundo o instrutor do Senar, as certificadoras requisitam o curso por questões legais e aspectos relacionados à susten-tabilidade.

As aulas teóricas foram ministradas na sede do Sindicato Rural de Guariba e a aula prática aconte-ceu em uma área ao lado da Fundição Baldan. Os participantes, entre colaboradores de várias pro-priedades e produtores, gostaram do aprendizado e declararam que muitas informações foram novi-dade. “Eu já havia feito este curso há alguns anos, mas a lei muda, e é importante estarmos atualiza-dos. Aprendi muita coisa nova”, comentou José Erivaldo, colaborador do produtor Paulo Rodrigues.

João Antônio de Moura e Roberto Fernandes da Silva, colaboradores do produtor Mário Willian Lemos, também já haviam feito um curso similar, mas destacaram a necessidade de atualização. “As leis sempre mudam, precisamos aprender o que mudou”, disse Roberto. “Esta reciclagem é muito importante para nos manter atualizados”, re-forçou João Antônio.

O produtor Cláudio Malzoni Filho fez o curso pela primeira vez e achou muito interessantes as informações passadas. “As normas de segurança e utilização de EPI (Equipamento de Proteção Indi-vidual) devem ter a devida importância exigida pela lei. Achei o curso muito interessante. Os organiza-dores estão de parabéns”, resumiu Cláudio. Para mais informações sobre treinamentos para seus colaboradores, procure pelo Departamento

Técnico da Socicana: (16) 3251-9270.

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Normas regulamentadoras são exigência do Ministério do Trabalho

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143,7

3

2ª Q J

UL14

0,65

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0

1ª Q A

GO14

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150,3

5

2ª Q A

GO14

6,43

150,7

1

1ª Q S

ET14

7,27

153,3

1

2ª Q S

ET15

1,89

149,6

2

1ª Q O

UT14

9,41

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4

2ª Q O

UT14

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8

1ª Q N

OV13

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0

2ª Q N

OV12

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FRA 1

7/18

SAFR

A 18/

19

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160

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160

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1ª Q A

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FRA 1

7/18

SAFR

A 18/1

9

2ª Q A

BR12

1,90

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1

1ª Q M

AI12

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128,1

3

2ª Q M

AI12

8,87

140,0

2

1ª Q J

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3,63

138,1

4

2ª Q J

UN13

4,90

143,1

2

1ª Q J

UL13

7,87

147,1

7

2ª Q J

UL13

9,83

152,3

9

1ª Q A

GO14

4,16

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0

2ª Q A

GO14

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2

1ª Q S

ET15

0,01

157,1

4

2ª Q S

ET15

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150,7

1

1ª Q O

UT15

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6

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UT14

6,02

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4

1ª Q N

OV14

0,79

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6

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114,1

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72,58

53,15

53,63

53,04

56,66

51,90

68,91

67,94

56,40

52,64

52,66

58,30

62,15

61,80

53,66

57,20

63,17

60,57

56,19

53,65

60,05

MESE

S DA S

AFRA

SAFR

A 17/

18SA

FRA 1

8/19

ABR

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-

R$/SC

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44,10

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45,76

45,06

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Font

e: Cir

cular

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FECH

AMEN

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8/19

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5

2ª Q M

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3

1ª Q J

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7

2ª Q J

UN12

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8

1ª Q J

UL13

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3

2ª Q J

UL13

8,01

150,3

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1ª Q A

GO14

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3

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GO14

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ET15

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7

2ª Q S

ET15

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7

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7

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UT14

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3

1ª Q N

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SAFR

A 17/

18SA

FRA 1

8/19

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