INIBIDORES DE CORROSÃO - ABRACOde Corrosão, fundada em 17 de outubro de 1968, e tem como objetivo...

34
Ano 4 - Nº 14 Mar/Abr 2007 ESPECIAL INIBIDORES DE CORROSÃO ENTREVISTA Eduardo Cavalcanti, do INT, comenta sobre os biocombustíveis

Transcript of INIBIDORES DE CORROSÃO - ABRACOde Corrosão, fundada em 17 de outubro de 1968, e tem como objetivo...

Page 1: INIBIDORES DE CORROSÃO - ABRACOde Corrosão, fundada em 17 de outubro de 1968, e tem como objetivo congregar toda a comu-nidade técnico-empresarial do setor, difundir o estudo da

Ano 4 - Nº 14Mar/Abr 2007

ESPECIAL

INIBIDORES DE CORROSÃO

ENTREVISTAEduardo Cavalcanti,

do INT, comenta sobre

os biocombustíveis

01-C&P_14_CAPA 4/10/07 4:52 PM Page 1

Page 2: INIBIDORES DE CORROSÃO - ABRACOde Corrosão, fundada em 17 de outubro de 1968, e tem como objetivo congregar toda a comu-nidade técnico-empresarial do setor, difundir o estudo da

Atotech 8/1/06 3:38 PM Page 1

Page 3: INIBIDORES DE CORROSÃO - ABRACOde Corrosão, fundada em 17 de outubro de 1968, e tem como objetivo congregar toda a comu-nidade técnico-empresarial do setor, difundir o estudo da

Sumário

fotos da capae montagem: Intacta Design

6Entrevista

O Desafio dos BiocombustíveisEduardo Cavalcanti

8Matéria de Capa

Inibidores de Corrosão: confiabilidade e redução de custos

14ABRACO Informa

17Notícias do Mercado

18Artigo Instituição

26Atualização Transportes

33Meio Ambiente

34Opinião

É preciso parar de ensinar para voltar a aprenderOrlando Pavani Júnior

A revista Corrosão & Proteção é uma publi-cação oficial da ABRACO – Associação Brasileirade Corrosão, fundada em 17 de outubro de 1968,e tem como objetivo congregar toda a comu-nidade técnico-empresarial do setor, difundir oestudo da corrosão e seus métodos de proteção econtrole.

Av. Venezuela, 27 , Cj. 412 Rio de Janeiro - RJ - CEP 20081-310 Fone (21) 2516-1962/Fax (21) 2233-2892www.abraco.org.br

DiretoriaPresidenteEng. Pedro Paulo Barbosa Leite - PETROBRAS/NORTECVice-presidenteEng. Laerce de Paula Nunes - IECDiretor FinanceiroM.Sc. Gutemberg de Souza Pimenta -PETROBRAS /CENPES

Diretoria TécnicaEng. Aldo Cordeiro DutraDr. Eduardo Homem de S. Cavalcanti - INTJeferson da Silva - AKZO NOBEL

Dra. Olga Baptista Ferraz - INTDra. Zehbour Panossian - IPT

Comunicação e MarketingGeorge Vasconcelos

Conselho Editorial Eng. Aldo Cordeiro Dutra - INMETRO Dra. Denise Souza de Freitas - INT Eng. Jorge Fernando Pereira Coelho M.Sc. Gutemberg Pimenta - PETROBRAS -CENPESEng. Laerce de Paula Nunes - IEC Dr. Luiz Roberto Martins Miranda - COPPEDra. Zehbour Panossian - IPT

Conselho Científico M.Sc. Djalma Ribeiro da Silva – UFRNM.Sc. Elaine Dalledone Kenny – LACTECM.Sc. Hélio Alves de Souza JúniorDra. Idalina Vieira Aoki – USPDra. Iêda Nadja S. Montenegro – NUTECDr. José Antonio da C. P. Gomes – COPPEDr. Luís Frederico P. Dick – UFRGS M.Sc. Neusvaldo Lira de Almeida – IPT Dra. Olga Baptista Ferraz – INT Dr. Pedro de Lima Neto – UFCDr. Ricardo Pereira Nogueira – UniversitéGrenolle – FrançaDra. Simone Louise D. C. Brasil – UFRJ/EQ

Redação e PublicidadeAporte Editorial Ltda.Rua Emboaçava, 93São Paulo - SP - 03124-010Fone/Fax: (11) [email protected]

DiretoresJoão Conte - Denise B. Ribeiro Conte

EditorAlberto Sarmento Paz - Vogal Comunicaçõ[email protected]

Repórteres Henrique A. Dias e Carlos Sbarai

Projeto Gráfico/EdiçãoIntacta Design - [email protected]

FotografiaGilberto Rios e Intacta Design

GráficaVan Moorsel Gráfica e Editora

As opiniões dos artigos assinados não refletem aposição da revista. Fica proibida sob a pena dalei a reprodução total ou parcial das matérias eimagens publicadas sem a prévia autorizaçãoda editora responsável.

22

Fosfatização de Metais Ferrosos –

Parte 6 - Mecanismos de Fosfatização

por Zehbour Panossian e

Célia A. L. dos Santos

28

Conceitos sobre Pintura

por Eletrodeposição

por Nilo Martire Neto

30

Ensaios Acelerados de Corrosão

Atmosférica – Parte 2

por Carlos Alberto Maciel

Artigos Técnicos

C & P • Março/Abril • 2007 3

02-C&P_14_Sumário/Expediente 4/11/07 1:34 PM Page 1

Page 4: INIBIDORES DE CORROSÃO - ABRACOde Corrosão, fundada em 17 de outubro de 1968, e tem como objetivo congregar toda a comu-nidade técnico-empresarial do setor, difundir o estudo da

M CULTIVO QUE CONHECEMOS HÁ MAIS DE QUATRO SÉCULOS – E QUE JÁ FOI O ALICERCE

único da economia nacional – pode ser decisivo para que o Brasil, finalmente, possapleitear com alguma consistência um assento entre os países desenvolvidos. A cana-

de-açúcar, mola-propulsora de toda uma indústria de biocombustíveis, está em alta. E nãoapenas como commodity internacional. Ela é o evidente ponto de partida para a implanta-ção, em escala global, do tão sonhado mercado de combustível renovável.

Não à toa o presidente da maior potência do planeta – e de longe o maior consumi-dor de petróleo – reuniu-se duas vezes em menos de um mês com o presidente do Brasil. Aunião de Brasil e Estados Unidos, que respondem por mais de 70% da produção mundialde etanol, é uma indicação clara de que o tempo de dependência total dessa fonte energéti-

ca fóssil está se revertendo.Na esteira dessa expectativa positiva surgem informa-

ções de novos investimentos aos montes. Estima-se a cons-trução de centenas de usinas, pesquisas para o uso e distri-buição de biocombustíveis feitos a partir de outros grãosoleosos e gorduras, intensificação da pesquisa para o apro-veitamento total da cana, etc. Mas, não devemos nos enga-nar, temos um longo caminho pela frente tanto do pontode vista da produção, quanto do ponto de vista social.

Focando exclusivamente na produção, o setor de cor-rosão e proteção encontra o desafio (e a oportunidade) de investir para atender essa novademanda que será cada vez maior. O álcool combustível e o biodiesel vão requerer trabalhosespecíficos para ampliar a segurança e a economia de toda a cadeia produtiva, desde a pri-meira moagem da cana até o uso efetivo do biocombustível no automóvel, ou em outra apli-cação. Nesse caso, os novos mercados vão merecer atenção especial, pois esse biocombustí-vel terá que ser transportado e armazenado. De qualquer modo, é de se prever um bommomento para o setor no Brasil.

Parceria – A Aporte Editorial e a ABRACO comemoram um ano de efetiva e estrei-ta parceria, que possibilita a edição da Revista Corrosão & Proteção. Foi um período bas-tante produtivo e que consolidou a feliz iniciativa de retomada da revista de caráter técni-co-informativo. Os desafios foram – e são – grandes, porém a determinação de superá-losnão tem limites.

O apoio que temos recebido por parte dos anunciantes tem nos proporcionado con-dições de apresentar ao mercado um veículo com conteúdo editorial consistente e apresen-tação gráfica atraente. São estes elementos básicos que, em contrapartida, permitem retri-buir ao anunciante altos índices de leitura por parte da comunidade técnico-empresarial dosetor.

Felizmente, contamos com a competência dos nossos colaboradores que a cada ediçãoaprimoram os seus trabalhos e desdobram-se em apresentar aos leitores seus estudos, expe-riências e principais avanços tecnológicos. Afinal, compartilhar conhecimento é aprimorarsabedoria.

Os Editores

Na mira do desenvolvimentismoecológico

Carta ao leitor

As oportunidades com

esse novo mercado são

enormes, mas os desafios

também são grandiosos

4 C & P • Março/Abril • 2007

03-C&P_14_CartaLeitor 4/11/07 2:07 PM Page 1

Page 5: INIBIDORES DE CORROSÃO - ABRACOde Corrosão, fundada em 17 de outubro de 1968, e tem como objetivo congregar toda a comu-nidade técnico-empresarial do setor, difundir o estudo da

Entrevista

Eduardo Cavalcanti

NGENHEIRO METALÚRGI-co e de Materiais, formadopela PUC-RIO, mestre e

doutor em corrosão pela Univer-sidade de Manchester (Inglater-ra) e pesquisador do InstitutoNacional de Tecnologia (INT)desde 1984, Eduardo Cavalcantié um dos pioneiros na pesquisasobre biocombustíveis, tendo in-clusive ocupado o cargo de subse-cretário de Estado de Ciência,Tecnologia e Inovação do Gover-no do Rio de Janeiro, entre 2003e 2006, onde gerenciou o Progra-ma Estadual de Biodiesel.

De volta ao INT tem comoprincipal desafio estruturar e co-ordenar a Rede de Estudos e Pes-quisas sobre Armazenamento deBiodiesel do MCT, no âmbito doPrograma Nacional de Biodiesel,que envolve além do INT maisdoze instituições de pesquisa nopaís. Passam também por suasnovas atividades gerenciar o Co-mitê Brasileiro de Normalizaçãoem Corrosão – ABNT/CB 43,coordenar as atividades da Redede Laboratórios de Ensaios e deCalibração do Estado do Rio deJaneiro (Rede Rio Metrologia),além de trabalhar para a amplia-ção das atividades da Diretoria deNormalização da ABRACO eimplantação do Setor de Biocom-bustíveis na Divisão de Corrosãodo INT. “São desafios instigantes,e não são só meus. Afinal, a ques-tão dos biocombustíveis se im-

quando o INT liderou um pro-grama de pesquisas para mini-mizar perdas pela corrosão nossetores de produção e usuáriosdo álcool combustível?Avalio com muito otimismo. O de-senvolvimento alcançado no campodo álcool combustível a partir dafermentação da cana nos dá a lide-rança em termos de produtividade.Temos muito que avançar no cam-po dos biocombustíveis de segundageração, envolvendo processos de hi-drólise enzimática e de utilizaçãode biomassa celulósica. O Brasiltambém domina o campo da com-patibilidade de materiais e compo-nentes, sejam revestidos ou não, edo controle dos processos corrosivostanto na fase de produção quantona de utilização do álcool combus-tível. Já no biodiesel é diferente.Trata-se de produto biodegradável,higroscópico, com grande afinidadepelo oxigênio, que dependendo damatéria prima, pode apresentarelevada tendência à oxidação. Nes-se caso, a curva de aprendizado na-cional ainda se encontra nos seusprimeiros estágios, mas há umgrande esforço de avançar nessecampo. Não podemos, entretanto,colocar sob ameaça a credibilidadedo produto. Recordo-me quando doinício do programa de biodiesel ale-mão o produto começou a ser dis-tribuído e não houve muita preo-cupação com a questão da qualida-de, o que implicou em uma série deproblemas de corrosão, degradação

O Desafio dos BiocombustíveisO irreversível interesse comercial na produção de biocombustíveis vai ter um impacto

importante no setor de corrosão e proteção. O pesquisador do INT Eduardo Cavalcanti

avalia os desafios e oportunidades dessa nova ordem energética mundial

Por Alberto Sarmento Paz

põem para toda a sociedade bra-sileira”, observa Cavalcanti, queatendeu a reportagem da RevistaCorrosão & Proteção para deta-lhar alguns pontos desse novociclo econômico que vai impac-tar em todas as áreas do país.

Como será sua atuação no ins-tituto nesse retorno às pesqui-sas no INT?Minha atuação estará centrada naretomada das atividades direciona-das para o nicho dos biocombustí-veis. Trata-se de área temática emque o INT foi pioneiro na décadade oitenta, com as pesquisas paraálcool combustível. O recrudesci-mento do setor alcooleiro e a im-plantação do Programa Nacionalde Produção e Uso do Biodiesel tra-zem consigo uma enorme deman-da por estudos, projetos e consulto-rias sobre estabilidade (térmica,oxidativa e hidrolítica), corrosão,degradação, compatibilidade e rea-tividade de biodiesel e misturascom materiais e componentes, bemcomo o efeito de contaminantesabióticos e microbianos no estabe-lecimento de processos de corrosão edegradação. No tocante a projetosestarei conduzindo projetos comrecursos MCT, FINEP e FAPERJrecentemente liberados.

Como o senhor avalia o cená-rio atual para os biocombustí-veis, levando em conta sua ex-periência nos anos de 1980,

6 C & P • Março/Abril • 2007

04_C&P_14_Entrevista 4/11/07 1:32 PM Page 1

Page 6: INIBIDORES DE CORROSÃO - ABRACOde Corrosão, fundada em 17 de outubro de 1968, e tem como objetivo congregar toda a comu-nidade técnico-empresarial do setor, difundir o estudo da

do ao diesel. Quanto ao controle dacorrosão nas usinas de produçãoeste assunto é inteiramente domi-nado nas dez usinas de biodieselhoje em operação no país eu nãovejo maiores problemas, ao contrá-rio do que aconteceu nos primór-dios do Programa Nacional do Ál-cool, em que perdas considerá-veis foram observadas.

Como devem ficar os mercadosde energia e de alimentos coma evolução contínua do uso debiocombustíveis?Quanto ao mercado da energia ve-jo como um impacto positivo umavez que eleva a nossa cota de uti-lização de recursos renováveis namatriz energética brasileira, o queé bom para todos. Sobre o de ali-mentos, considero a tão propaladacompetição entre a produção de ca-na e de grãos para a geração de ener-gia e o seu destino para alimen-tação, como um pseudo-conflito.Apenas cerca de 4% das nossas ter-ras agriculturáveis são utilizadaspara o cultivo de biomassa ener-gética. Ainda temos muito que ex-pandir a nossa frente agrícola. Éóbvio que este processo tem que sedar de forma equilibrada e sob oestreito acompanhamento e a fisca-lização governamental sem excessosem termos de monocultura que trazgraves implicações ambientais. •

e entupimentos, notadamente nossistemas de injeção eletrônica. Assoluções vieram com a criação deuma organização de controle daqualidade, a AGQM. No caso bra-sileiro, a ANP faz parte do proces-so desde a primeira hora e tem sidoincansável na luta pela garantiada qualidade do biodiesel.

Quais serão as novas oportuni-dades de P&D no campo dacorrosão com o aumento do in-teresse pelos biocombustíveis?Existem várias vertentes, mas acre-dito que a primeira relativa aomeio corrosivo diz respeito ao con-trole de qualidade envolvendo to-das as etapas da cadeia, da produ-ção à distribuição do álcool com-bustível, notadamente em novosmercados. Novas incidências de pro-cessos corrosivos têm sido reportadasnos EUA e Japão, como a corrosãosob tensão em tanques e componen-tes de aço inox e ataques às ligas dealumínio. O caso do biodiesel dife-rencia-se por ser um produto novo,que pode ser fabricado por diferen-tes rotas e a partir de diferentes ma-térias-primas. Por exemplo: o bio-diesel tende a perder as suas carac-terísticas essenciais em função dotempo de estocagem – alterações poroxidação que resultam, entre outras,na elevação da sua acidez. Nesse con-texto três grandes campos de P&Dse descortinam: correlação entre adecomposição do biodiesel e a inci-dência de processos corrosivos; fenô-menos de interface metal/biocom-bustíveis e, finalmente, pesquisas so-bre a compatibilidade de materiaismetálicos ou não com os biocom-bustíveis (veja mais na página 12)

Quais os principais aspectos re-lacionados à corrosão e degra-dação dos biocombustíveis noprojeto RioBiodiesel?O Programa Estadual de Biodieselconstitui-se de cinco módulos de a-tividades, com destaque para os depolíticas públicas e de ciência e tec-nologia. Conseguimos alavancar

com recursos da FINEP e da FA-PERJ dezesseis projetos para dozegrupos de pesquisa do Estado doRio de Janeiro. No tocante à corro-são e degradação estamos avaliandono LACOR/INT a estabilidade àoxidação, a tendência à biocorrosãoe a corrosividade do biodiesel. Osprimeiros resultados relativos à esta-bilidade, à oxidação e a tendência

à biocorrosão do biodiesel de sojaforam apresentados no I Congressoda Rede Brasileira de Tecnologia deBiodiesel de 2006. O paper com-pleto encontra-se disponível no sitedo Programa Nacional de Biodiesel:www.mct.gov.br

O Brasil tem tecnologia segurae de alta eficiência para armaze-nar e transportar álcool e bio-diesel?Com relação ao álcool, sim. Já notocante ao biodiesel temos queatentar para a importância da ma-nutenção da qualidade do produtodo Oiapoque ao Chuí. No momen-to cerca de 15 técnicos estão ini-ciando os seus trabalhos sob a lide-rança da ABNT e da ANP em umprojeto de norma sobre Armazena-mento e Distribuição de Biodiesel,o que demonstra a importância queo tema está merecendo. A predomi-nância dos biodieseis hoje produzi-dos advém da soja, que contém adi-tivo antioxidante, e do dendê, quepor ter em sua composição antioxi-dantes naturais não sofrem de gran-des problemas. À medida que am-pliamos a base de matérias-primas,utilizando-se novos óleos e gorduras,serão necessários novos estudos paraa preservação da qualidade quetambém é muito susceptível à con-taminação por água e microrganis-mos, notadamente quando mistura-

C & P • Março/Abril • 2007 7

O controle de qualidade na produção,

armazenamento e distribuição de biocombustíveis será

uma grande oportunidade para novas pesquisas“

04_C&P_14_Entrevista 4/11/07 1:32 PM Page 2

Page 7: INIBIDORES DE CORROSÃO - ABRACOde Corrosão, fundada em 17 de outubro de 1968, e tem como objetivo congregar toda a comu-nidade técnico-empresarial do setor, difundir o estudo da

8 C & P • Março/Abril • 2007

fotos: Intacta

05_C&P_14_MatériaCapa 4/11/07 1:21 PM Page 1

Page 8: INIBIDORES DE CORROSÃO - ABRACOde Corrosão, fundada em 17 de outubro de 1968, e tem como objetivo congregar toda a comu-nidade técnico-empresarial do setor, difundir o estudo da

Matéria de Capa

S INIBIDORES DE

corrosão são subs-tâncias ou mistu-

ras de substâncias queem condições adequa-das, no meio corrosi-vo, reduzem ou eli-minam os processos

de corrosão. Podem ser classica-mente tipificados quanto à suacomposição (orgânicos ou inor-

gânicos) e quanto ao seucomportamento (oxi-

dantes, não-oxidantes,anódicos, catódicos ou de

adsorção/fílmicos). O tipodo inibidor a ser utilizado

num processo industrial vaidepender dos resultados espe-

rados: inibir, retardar ou elimi-nar o agente corrosivo do meio;sendo que o seu principal objeti-vo é criar uma barreira de prote-ção entre o substrato metálicoe o eletrólito. Os materiaisbásicos usados como princí-pios ativos na formulaçãodesses inibidores são: áci-dos graxos, ácidos naftê-nicos, aminas orgânicas,cromatos, polifosfatos,nitritos, sulfitos, saisde zinco e de esta-nho.

Para as aplica-ções em petróleo e seus de-

rivados os inibidores de adsorção(orgânicos) são os mais comu-mente empregados, emboraexistam também alguns inibi-dores que atuem modificandoa rede cristalina do produto decorrosão. “Essas substâncias

polarizam as secções das superfícies metálicas em desequilíbrio elétri-co (zonas anódicas) e neutralizam o caráter ácido/corrosivo do fluido”,explica o engenheiro químico sênior e consultor técnico da Unidadede Negócios da Bahia da PETROBRAS, João Archanjo de Oliveira Fi-lho. No que diz respeito à prevenção da corrosão em caldeiras e águade refrigeração, o mais apropriado é o uso de inibidores inorgânicos eseqüestradores de oxigênio (compostos que reagem com o oxigêniopromovendo a desoxigenação do meio). “A presença deoxigênio cria áreas anódicas nos substratos, o que leva aoaumento dos processos corrosivos localizados, por isso éimportante a utilização dos seqüestradores de oxigênio”,complementa Archanjo.

Quanto ao álcool, atualmente, no Brasil, não são utili-zados inibidores de corrosão para o seu escoamento. “Pes-quisas estão em andamento em face à crescente demandaprojetada para os próximos anos. Já estão sendo viabiliza-dos corredores exclusivos para o escoamento de álcool, como objetivo de atender principalmente o mercado externo”, afirma oengenheiro da TRANSPETRO Carlos Alexandre Martins, um dosresponsáveis pela implementação do sistema de gerenciamento da cor-rosão interna da malha dutoviária da empresa.

Os inibidores de corrosão são fundamentais em vários segmentosindustriais, dos quais podemos destacar: o setor de autopeças (garan-tindo a preservação das partes externas de seus componentes), a avia-ção (na proteção das aeronaves), a construção civil (prevenindo o ata-que de cloretos nas estruturas de aço), os minerodutos (no transportede minério e carvão) e, sobretudo, a indústria de petróleoe gás. “Em função do escoamento de produtos corrosivospor dutos, faz-se necessária a aplicação dos inibidores paraque sejam utilizados materiais metálicos de custo maisbaixo na construção de equipamentos”, salienta Martins.

Para que o uso dessas substâncias seja favorecido, é im-portante manter as taxas de corrosão abaixo do limite dese-jado, evitando assim o vazamento de produtos para o meioambiente e a perda de produção. Além disso, o ambientedeve estar limpo e isento de impurezas ou incrustações quepossam interferir no contato entre o inibidor e a parte a ser protegida.“Também devem ser levados em conta, para o bom desempenho dosinibidores, fatores como: pH, peso molecular, temperatura, pressão,velocidade do fluido, entre outros. A seleção da dosagem necessáriapara inibir o processo corrosivo e as condições de armazenamento doproduto devem ter uma atenção especial por parte das empresas”,enfatiza o consultor do segmento de petróleo e professor de QuímicaIndustrial Robson Lewis, que atuou durante 30 anos no SistemaPETROBRAS.

Segundo a responsável pelo Laboratório de Corrosão de Proteçãodo Centro de Integridade de Estruturas e Equipamentos do Instituto

C & P • Março/Abril • 2007 9

João Archanjo deOliveira Filho

Preparação dos corpos de provapara o banho de caracterizaçãode ferrugem (Nace) no IPT

Carlos AlexandreMartins

Inibidores de Corrosão:confiabilidade e redução de custos

Os inibidores podem reduzir em até 95% a velocidade das reações de corrosão,

sendo fundamental para a maior vida útil dos dutos

05_C&P_14_MatériaCapa 4/11/07 1:21 PM Page 2

Page 9: INIBIDORES DE CORROSÃO - ABRACOde Corrosão, fundada em 17 de outubro de 1968, e tem como objetivo congregar toda a comu-nidade técnico-empresarial do setor, difundir o estudo da

zem em cerca de 95% a velocidade das reações de corrosão. Em umacondição de agressividade corrosiva podemos perder equipamentos deprodução de petróleo com nove milímetros de espessura em até trêsmeses. Com a utilização adequada dos inibidores, a vida útil dessesequipamentos aumenta em até 10 anos”, explica João Archanjo, ven-cedor do prêmio Inventor PETROBRAS em 2005 e 2006.

A fim de incrementar ainda mais a eficácia dos inibidores de cor-rosão, novas tecnologias vêm sendo desenvolvidas em todo o país,com destaque para as substâncias de baixo impacto ambiental.“Atualmente, os chamados inibidores verdes, à base de enzimas biode-gradáveis, estão sendo apresentados, com cada vez mais freqüência,nos diversos seminários técnicos do setor, visto que a preocupaçãocom o meio ambiente é constante e crescente”, afirma CarlosAlexandre Martins, que há quatro anos atua no controle de integrida-de de dutos da TRANSPETRO.

FornecedoresA Revista Corrosão & Proteção contatou empresas que atuam na

produção e prestação de serviços de inibidores de corrosão, para queelas possam apresentar ao mercado nacional o que existe disponível equais as inovações. A Kurita, em parceria com a empresa norte-ame-ricana Baker Petrolite, por exemplo, disponibiliza vários produtos ini-bidores de corrosão para dutos de transporte de derivados de petróleo,e agora também disponibiliza inibidores de corrosão específicos paraálcool (etanol). “A corrosão interna em sistemas de distribuição dederivados de petróleo é um problema reconhecido mundialmente há

SERVIÇOS DE LEVANTAMENTO DE CAMPO, PROJETO, FORNECIMENTO DE

EQUIPAMENTOS E MATERIAIS, MONTAGEM, PRÉ-OPERAÇÃO, INSPEÇÃO,OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE SISTEMAS DE PROTEÇÃO CATÓDICA PARA:

IEC - INSTALAÇÕES E ENGENHARIA DE CORROSÃO LTDA.Av. Pres. Vargas, 633 - 20º andar - Rio de Janeiro - RJ - CEP 20078-900

Tel.: (21) 2159-9264 - Fax: (21) [email protected] - www.iecengenharia.com.br

PROTEÇÃO CATÓDICA

Apor

te

� Adutoras� Fundações de Torres de Transmissão Elétrica� Gasodutos� Mineradoras� Navios e Embarcações� Oleodutos� Piers de Atracação� Plantas Industriais� Plataformas de Petróleo� Tanques de Armazenamneto� Terminais de Petróleo e Gás� Usinas Nucleares� Usinas Termoelétricas� Outras Estruturas Metálicas Enterradas

ou Submersas

de Pesquisas Tecno-lógicas do Estado deSão Paulo - IPT, Zeh-bour Panossian, hou-ve uma evolução

quanto aos resultados observa-dos pelos inibidores. “Durante apassagem do fluido, os inibido-res – que são adicionados ao pro-duto a ser transportado na ori-gem – se adsorvem nas paredesinternas do duto, constituindoem uma barreira que dificulta aocorrência da corrosão”, observaZehbour. “O ganho maior émesmo a maior confiabilidadedo sistema e maior vida útil dosdutos”, completa.

As vantagens citadas porZehbour levam a uma latenteredução dos custos por parte dasempresas. Uma aplicação bemgerenciada é capaz de aumentar avida útil de um duto de trans-porte, por exemplo, em até cincovezes. “Essas substâncias redu-

Zehbour Panossian

05_C&P_14_MatériaCapa 4/11/07 1:21 PM Page 3

Page 10: INIBIDORES DE CORROSÃO - ABRACOde Corrosão, fundada em 17 de outubro de 1968, e tem como objetivo congregar toda a comu-nidade técnico-empresarial do setor, difundir o estudo da

Tradição em excelênciade produtos e serviços,sintonizados em tempo realcom os principais avançostecnológicos da Europa.

Ap

orte

Av. Angélica 672 • 4º andarO1228-OOO • São Paulo • SP

Tel.: (11) 3825-7022 [email protected]

www.italtecno.com.br

TecnologiaAvançada noTratamento deSuperfície do Alumínio ede suas Ligas

TecnologiaAvançada noTratamento deSuperfície do Alumínio ede suas Ligas

mais de 50 anos”, lembra oresponsável da área de tec-nologia e qualidade da em-presa, Antonio R. P. Car-valho.

Para ele, além de pro-blemas relacionados com aintegridade dos dutos (ne-cessidade de paradas, altoscustos de manutenção, en-tre outros), a contamina-ção dos derivados transpor-tados com produtos de corrosão pode alterar as características de espe-cificação destes derivados, com prejuízos evidentes. “Um dos métodosmais efetivos de controlar a corrosão interna em dutos de derivados depetróleo é pelo uso de inibidores de corrosão”, comenta o responsávelda área de tecnologia e qualidade da empresa.

Carvalho informa que a Kurita/Baker possui vários tipos de inibi-dores de corrosão, incluindo produtos aprovados para adição em com-bustíveis de uso militar (normas MIL-I-25017, que especifica os adi-tivos aprovados pelas forças armadas norte-americanas, e DEFENCEStandard 91-91, que lista os produtos qualificados de acordo com osrequerimentos da NATO).

A GE - Water & Process Technologies, uma unidade da GeneralElectric Company, é uma empresa global no fornecimento de soluçõespara sistemas de água, efluentes e processos. “Solucionamos algunsdos desafios mais críticos de água, fornecendo água industrial e potá-vel, enquanto diminui a dependência de fontes de água fresca”, contaa coordenadora de marketing da empresa, Vera Di Tommaso. Paraconseguir isso, as tecnologias incluem dessalinização, membranasavançadas, soluções para separação e reuso da água e gerenciamento deefluentes e tecnologias para processos.

A GE Water & Process Technologies apresenta no Brasil sua novaplataforma global de produtos e serviços, que incorpora as capacida-des herdadas de BetzDearborn, Osmonics, Glegg, Ionics, Ecolocheme agora Zenon, em uma única fonte para oferecer soluções globaisrelacionadas com sistemas de água pura e processos, além de serviçosde tratamento de água para qualquer setor da indústria.

A Nalco Brasil é outro exemplo de empresa que fornece produtos,serviços e equipamentos para tratamento de água industrial, processose efluentes. São mais de 150 tipos diferentes de produtos para diversasaplicações, objetivando sempre melhorar a performance dos processosprodutivos onde são aplicados, segundo informa Gerente de Desen-volvimento Industrial, Paulo Santiago. “Desde a captação de água, pas-

foto

: GE

Banho de caracterização de ferrugem (Nace)

Equipamento de osmosereversa daGE

05_C&P_14_MatériaCapa 4/11/07 1:22 PM Page 4

Page 11: INIBIDORES DE CORROSÃO - ABRACOde Corrosão, fundada em 17 de outubro de 1968, e tem como objetivo congregar toda a comu-nidade técnico-empresarial do setor, difundir o estudo da

de resfriamento temos uma imensa gama de ativos: fosfato, zinco, moli-bidato, nitrito, fosfonato PBTC, silicatos, azóis”, revela Paulo Santiago.“Os investimentos anuais de mais de 70 milhões de dólares da Nalconos permitiram trazer para o mercado uma nova formulação em 2004,o chamado PSO (oligômero do ácido fosfino succínico) que desempe-nha ao mesmo tempo a função de inibidor catódico e dispersante paracarbonato de cálcio”.

Paulo Santiago informa também que o uso destes inibidores acom-panhados da tecnologia TRASAR permite um monitoramento contí-nuo, on-line, em tempo real, assegurando a dosagem correta de formaa inibir processos corrosivos e incrustantes, ao mesmo tempo que evitao seu desperdício. “Na linha de equipamentos temos medidores de cor-rosão on-line tanto para água de resfriamento como para condensadospermitindo a detecção mais imediata de ocorrência de problemas e aobservação de tendências que nos permite a adoção de ações pró-ativasna proteção dos equipamentos envolvidos”, comenta o gerente dedesenvolvimento industrial da Nalco.

Paulo Santiago esclarece que este equipamento faz parte da nossatecnologia mais recente, o 3D Trasar, lançado também em 2004 nosEUA e na América Latina, que almeja o monitoramento e gerencia-mento on-line dos três principais itens de controle em um sistema deresfriamento: corrosão, incrustação e microbiologia. “Trata-se de tec-nologia inovadora e que, com apenas dois anos do lançamento, jáconta com mais de 3000 implementações em unidades industriais nomundo”, revela. •

PINTURA TÉCNICA INDUSTRIAL

Rua Manoel Faria Fernandes, 62206786-300 Taboão da Serra SPTel.: (011) 4138-4232 – 4137-5012 [email protected] www.promarpintura.com.br

PROMAR TRATAMENTO ANTICORROSIVO LTDA.

• Aeronáutica• Álcool e Açúcar

• Alimentícia• Caldeiraria

• Construção Civil• Fertilizante• Hidroelétrica• Mecânica Pesada

• Mineração• Papel e Celulose

• Petrolífera• Química

• Saneamento Básico• Siderúrgica• Têxtil• Transporte (aéreo/náutico/ferroviário/terrestre)

Revestimento com resinas epoxídicas, poliuretânicas,betuminosas, alquídicas e outras

TRATAMENTO ANTICORROSIVO COM GRANALHA DE AÇO,ÓXIDO DE ALUMÍNIO E MICROESFERAS DE VIDRO

Av. Dr. Assis Ribeiro, 586103827-000 São Paulo SP

Tel.: (011) [email protected]

Instalações do laboratório

de teste da Nalco

sando por todas as etapas de pré-tratamento (clarificação, filtração,abrandamento, osmose reserva,desmineralização), pelos princi-pais usuários (torres de resfria-mento, sistemas de resfriamentofechado, caldeiras de baixa, mé-dia e alta pressão) até chegar notratamento de efluente, seja físi-co-químico ou biológico”, expli-ca. Segundo Paulo Santiago, aNalco também possui tecnologiapara beneficiar processos quími-cos e petroquímicos, de produçãode papel e celulose, siderúrgicos.“Especificamente na linha de ini-bidores de corrosão para sistemas

NOVAS FRENTES DE P&D NA ÁREA DE BIOCOMBUSTÍVEIS

Segundo Eduardo Cavalcanti, pesquisador do InstitutoNacional de Tecnologia – INT, existem três principais ver-tentes em P&D com o aumento do mercado de biocombus-tível. A primeira recai sobre novos estudos envolvendo corre-lações entre a cinética de decomposição do biodiesel e mistu-ras e a incidência de processos corrosivos abióticos, formaçãode gomas e depósitos e de processos de biocorrosão e biodegra-dação. “Isso porque vai impactar a questão da necessidadede desenvolvimento de aditivos e inibidores multifuncinaise geração de conhecimento de novas tecnologias de preven-ção e controle ao longo das etapas de armazenamento e dis-tribuição, num país de dimensões continentais e clima dife-renciado”, observa Cavalcanti.

A segunda vertente diz respeito à interface metal/bio-combutíveis, envolvendo novos revestimentos sejam orgâni-co ou inorgânicos. E, finalmente, o especialista destaca oconjunto de pesquisas com foco em materiais metálicos ounão-metálicos, como, os elastômeros, envolvendo estudos decompatibilidade de materiais e produtos com o biodiesel emisturas, inclusive de novas misturas ternárias com álcoolanidro. “Procurando preencher esta lacuna, o INT está ini-ciando a criação de rede de estudos e pesquisas, com recursosda FINEP, intitulada: REDEARMAZBIODI. Até o mo-mento treze instituições de pesquisa integram este projeto”,conta Cavalcante.

Empresas interessadas em participar da REDEARMAZ-BIODI poderão entrar em contato enviando mensagem pa-ra o endereço eletrônico: [email protected].

foto

: Nal

co

05_C&P_14_MatériaCapa 4/11/07 1:22 PM Page 5

Page 12: INIBIDORES DE CORROSÃO - ABRACOde Corrosão, fundada em 17 de outubro de 1968, e tem como objetivo congregar toda a comu-nidade técnico-empresarial do setor, difundir o estudo da

CONFIRA EM NOSSO SITE O CONTEÚDO TÉCNICO

Seja um sócio ABRACO e faça parte dodesenvolvimento tecnológico do setor

Associe-se ABRACO

BIBLIOTECAPara auxiliar a comunidade técnico-empresarial,

servindo como fonte de pesquisa, recuperação edisseminação da informação, a ABRACO possuiuma Biblioteca especializada em corrosão,proteção anticorrosiva e assuntos afins. Seu acervoé composto por livros, periódicos, normas técnicas,trabalhos técnicos, anais de eventos e fotografias.

Os serviços prestados pela Biblioteca incluempesquisa bibliográfica, consulta local, repasse de trabalhos técnicos e publicações (livros técnicos eanais da ABRACO).

Mais informações poderão ser obtidas através do nosso site: www.abraco.org.br,pelo e-mail [email protected] ou pelo tel.: (21) 2516-1962

CURSOS• Pintura industrial• Corrosão• Inspeção e monitoramento da corrosão• Proteção catódica• Revestimentos anticorrosivos

CD do LATINCORR 2006, o maior evento de corrosão daAmérica Latina. Atualize-se com o acesso aos 304 trabalhos técnicos,11 conferências plenárias e 10 palestras técnico-comerciais apresentadas no evento.

ALGUNS DOS BENEFÍCIOS RESERVADOSAOS NOSSOS ASSOCIADOS: √ Descontos em cursos e eventos promovidos

pela ABRACO√ Descontos na aquisição de publicações da

ABRACO, livros técnicos e trabalhos da área√ Pesquisa gratuita em nossa biblioteca√ Recebimento da revista Corrosão & Proteção√ Link da home page da empresa com o nosso

site (sócio empresa)√ Inserção da empresa e de seu perfil em nossa

home page (sócio empresa)

CATEGORIAS

• Sócio Empresa: Patrocinador e Coletivo

• Sócio Individual• Sócio Aspirante

PRÓXIMO EVENTO√ 9º COTEQ - Conferência Internacional

sobre Tecnologia de Equipamentosde 12 a 15 de junho de 2007 - Salvador - BA Informações adicionais: www.abende.org.br/coteq.html

Realização:

C&P_14_Associe-se 4/10/07 9:22 AM Page 1

Page 13: INIBIDORES DE CORROSÃO - ABRACOde Corrosão, fundada em 17 de outubro de 1968, e tem como objetivo congregar toda a comu-nidade técnico-empresarial do setor, difundir o estudo da

14 C & P • Março/Abril • 2007

A ABRACO - Associação Brasileira deCorrosão e o IPT – Instituto de PesquisasTecnológicas do Estado de São Paulo orga-nizaram, em 28 e 29 de março, o seminá-rio de Pintura de Manutenção Industrial.Foram dois dias em que especialistas dosegmento de pintura de manutenção in-dustrial tiveram a oportunidade de discutiras tendências atuais do mercado, as novastecnologias de produtos, de aplicação paraprevenção da corrosão em estruturas, equi-pamentos e plantas de processo.

“O evento serviu para mostrar que essesegmento está realmente interessado nacertificação profissional das pessoas queatuam na área de pintura de manutenção,fundamental para a melhor qualificação daprestação desse serviço industrial. Esse éum mercado que deve ter normas técnicas ea ABRACO quer propiciar essa certificaçãoaos profissionais do setor”, comenta o pre-sidente da entidade, Pedro Paulo BarbosaLeite.

Segundo o presidente da ABRACO, ca-pacitar profissionais que possuam experi-ência como pintor industrial e encarregadode pintura industrial nos conhecimentosteóricos necessários à sua qualificação pro-fissional, é uma das tarefas primordias desua gestão à frente da entidade. “Esse é umdesafio da ABRACO e estou concentradoem conquistá-lo”, explica Leite.

O presidente da ABRACO disse ainda, durante a reali-zação do evento, que pretende criar escritórios regionais daentidade. “Já estamos em processo avançado de negocia-ções e esperamos com a criação dos escritórios regionais da

Seminário reúne especialistas de todos os segmentos da pintura de manutenção industrial

ABRACO Informa

Pedro PauloBarbosa Leite

Olga BaptistaFerraz

Simone Maciel

Da esq. para à dir.: Fernando L. Fragata, Celso Gnecco,Joaquim P. Quintela, Pedro Paulo Barbosa Leite

ABRACO atender um número cada vez maior de profis-sionais que buscam ampliar seus conhecimentos”, concluiPedro Paulo Barbosa Leite.

O engenheiro e gerente de treinamento técnico daSherwin-Williams do Brasil, Celso Gnecco, que participoudo seminário, avalia que a ABRACO e o IPT conseguiramreunir as maiores autoridades do setor de pintura de manu-tenção industrial. “Eu posso dizer que os trabalhos apre-sentados durante os dois dias de seminário foram de altís-simo nível”, comenta Gnecco.

Outro participante do evento que compartilha da mes-ma opinião de Celso Gnecco, é o engenheiro químico epesquisador do CEPEL – Centro de Pesquisas de EnergiaElétrica, Fernando de Loureiro Fragata. “Também acheique o seminário reuniu especialistas do mais alto escalão dosegmento de pintura de manutenção industrial, sem con-tar a qualidade dos assuntos que foram abordados duranteo evento”, relata Fragata.

A doutora Olga Baptista Ferraz, do INT – InstitutoNacional de Tecnologia, marcou presença no seminário eelogiou muito a qualificação dos palestrantes assim comodos assuntos que foram discutidos durante os dois dias doseminário. “Eu gosto muito desse tipo de seminário. Achoque os profissionais participantes e os palestrantes foramdo mais alto nível”, conclui Olga.

O seminário aconteceu nas dependências do IPT e reu-niu cerca de 100 profissionais de empresas ligadas às ativi-dades de prevenção, fabricação, aplicação e pesquisa, cen-tros e institutos de pesquisa, gerentes, supervisores e pes-soas ligadas ao segmento. A coordenadora de eventos daABRACO, Simone Maciel, finaliza com um agradecimen-to especial aos patrocinadores do evento. “São parceirosque têm contribuído com o desenvolvimento do setor”. Oevento teve como patrocinadores as empresas: Blasting, IEC,Tintas Jumbo, International Paint, Lemasa e Renner.

foto

s: G

ilber

to R

ios

06_C&P_14_ABRACO Informa 4/11/07 11:30 AM Page 1

Page 14: INIBIDORES DE CORROSÃO - ABRACOde Corrosão, fundada em 17 de outubro de 1968, e tem como objetivo congregar toda a comu-nidade técnico-empresarial do setor, difundir o estudo da

Henkel visita ABRACO

Fábrica daHenkel, localizada emItapevi, região da GrandeSão Paulo

A ABRACO teve a satisfação de receberrepresentantes do Grupo Henkel, o mais novoassociado da entidade, para uma visita às insta-lações da Associação, apresentação da divisãoatuante na área anticorrosiva e seus interessesna área.

A Associação Brasileira de Corrosão dá asboas-vindas ao Grupo Henkel e deseja que os

frutos desse mais novo apoio sejam refletidosdiretamente na comunidade técnica.

O Grupo Henkel opera em três áreas estra-tégicas de negócios: Higiene Doméstica, Cui-dados Pessoais e Adesivos, Selantes e Trata-mento de Superfícies. Presente em cerca de125 países, a Henkel fechou 2006 com umfaturamento de 12 bilhões de euros.

06_C&P_14_ABRACO Informa 4/11/07 11:30 AM Page 2

Page 15: INIBIDORES DE CORROSÃO - ABRACOde Corrosão, fundada em 17 de outubro de 1968, e tem como objetivo congregar toda a comu-nidade técnico-empresarial do setor, difundir o estudo da

ABRACO Informa

Dando continuidade aos objetivos firmados no Convênio de CooperaçãoTecnológica, a ABRACO e o IPT trazem para São Paulo o curso paraQualificação de Inspetor de Pintura Industrial NI, a ser realizado de 16 a 21de abril, no Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo –IPT. Mais uma oportunidade para os profissionais que desejam atuar na áreae se qualificarem junto ao SEQUI/ PETROBRAS, além de ser mais umauxílio para o mercadoque precisa de profissio-nais capacitados. A procu-ra superou as expectativase as vagas foram preenchi-das já no final de março. • Mais informações sobrecursos e eventos para 2007em www.abraco.org.br

Convênio de Cooperação Tecnológica ABRACO - IPT

Entrada do IPT, na Cidade Universitária,

em São Paulo

International Paint

No dia 14 de fevereiro a diretoria da ABRACO visi-tou a associada International Paint, empresa do grupoAkzo Nobel. Funcionários e diretores da Associaçãopuderam conhecer os profissionais que atuam na divi-são de proteção anticorrosiva e as modernas instalaçõesda empresa, com destaque para o centro de treinamen-to, laboratório e a unidade industrial, que abastece todoo Mercosul.

A ABRACO parabeniza a Internacional Paint portoda qualidade apresentada e agradece a oportunidadede extrema importância no relacionamento Associação-Associado.

06_C&P_14_ABRACO Informa 4/11/07 11:30 AM Page 3

Page 16: INIBIDORES DE CORROSÃO - ABRACOde Corrosão, fundada em 17 de outubro de 1968, e tem como objetivo congregar toda a comu-nidade técnico-empresarial do setor, difundir o estudo da

C & P • Fevereiro/Março • 2006 5

Notícias do Mercado

A Brascon anuncia o Eneseal, um sistemade revestimento líquido elastomérico paraaplicações sobre superfícies de metal, madeira,concreto ou galvanizadas.

A empresa informa que o uso reduz osgastos com manutenção, pois após a aplicaçãoo líquido forma uma película protetora alta-mente durável, com enorme resistência à cor-rosão e aos raios UV. • Mais informações:

[email protected]

Criada em março de 1993,por mais de 50 empresas doramo de tratamento de superfí-cies, a Centralsuper foi consti-tuída inicialmente para desen-volver um trabalho de recupe-ração e preservação ambiental.A partir de uma política am-biental comum e da união deesforços logísticos, foi implan-tado um centro de atendimen-to direcionado às empresas detratamento de superfícies vi-

sando atender a todas as necessidades do setor, mantendo ainda, parceirosde comprovada eficiência, que desenvolvem serviços em áreas especializadas.

Hoje, quase 14 anos após sua fundação, o projeto encontra-se alicerçadoem bases sólidas, e a Centralsuper oferece ao mercado de tratamento desuperfícies serviços nas áreas de análises químicas (como caracterização deefluentes industriais e de resíduos sólidos), de potabilidade de água, debanhos galvânicos, entre outros. Na área de resíduos sólidos, sua política degestão ambiental propiciou a implantação de uma unidade de destinação deresíduos galvânicos, atendendo empresas de todos os portes, onde os resí-duos são processados e transformados em matérias primas, não gerandonenhum subproduto agressivo ao meio ambiente.

Desenvolve também seu papel social junto às empresas, com a implan-tação e gerenciamento do PCMSO – Programa de Controle de Medicina eSaúde Ocupacional e PPRAG – Programa de Preservação de RiscosAmbientais Galvânicos, ambos com caráter de prevenção, rastreamento ediagnóstico precoce dos agravos à saúde do trabalhador, além de prevenir eavaliar a ocorrência de riscos ambientais. Ainda, a Centralsuper dispõe deum departamento de serviço de despachante para obtenção e renovação delicenças de produtos controlados pelo Ministério do Exército, PolíciaFederal, Polícia Científica e IBAMA – Instituto Brasileiro de Meio Am-biente e dos Recursos Naturais Renováveis.

Enfim, é um exemplo acabado da máxima: “que a soma do todo é maiorque as partes que o compõe”. • Mais informações: [email protected]

Centralsuper. Na vanguarda do associativismo

Revestimento líquido

Armazenamento de resíduos sólidos geradospelas empresas de galvanoplastia

06_C&P_14_ABRACO Informa 4/11/07 11:30 AM Page 4

Page 17: INIBIDORES DE CORROSÃO - ABRACOde Corrosão, fundada em 17 de outubro de 1968, e tem como objetivo congregar toda a comu-nidade técnico-empresarial do setor, difundir o estudo da

Artigo Instituição

Divisão de Corrosão e Degradação - DCOR

DIVISÃO DE CORROSÃO E

Degradação do InstitutoNacional de Tecnologia

INT - DCOR conta com três la-boratórios para execução de pro-jetos de desenvolvimento tecno-lógico e serviços especializados:• LABORATÓRIO DE CORROSÃO

E PROTEÇÃO – LACOR• LABORATÓRIO DE ENSAIOS

DE H2S, CO2 E CORROSIVI-DADE – LAH2S

• Laboratório de Biocorrosão eBiodegradação – LABIOO LAH2S e o LABIO foram

criados a partir da necessidade deexpansão por demanda induzidado setor de Óleo & Gás, em1995 e 2002, respectivamente.

LACORCriado no ano de 1980 para

apoiar as ações da Secretaria deTecnologia Industrial do Mi-nistério da Indústria e Comérciono âmbito do Programa Nacio-nal do Álcool. Até o início dosanos 90, teve sua atuação dire-cionada para o desenvolvimento

de pesquisas relacionadas aos fenômenos de corrosão então observadosnos setores de produção, transporte e de utilização do álcool combus-tível. Avaliar a compatibilidade de materiais, caracterizar a corrosivida-de do álcool etílico hidratado combustível (AEHC), estabelecer as for-mas de controle da corrosão pelo álcool, e definir para o Departamen-to Nacional de Combustíveis os termos da especificação do AEHChoje vigente foram as principais realizações da DCOR neste período.

A partir de 1988, expandiu gradualmente as suas linhas de atuaçãoprocurando também atender às necessidades de pesquisa e de serviçosdos demais segmentos do setor produtivo. Atualmente o LACOR dis-põe de uma equipe extremamente capacitada de especialistas comdoutorado e mestrado. Tendo em vista a crescente demanda desenvol-ve projetos de pesquisa e de aperfeiçoamento tecnológico em corrosãoe proteção, além de ensaios normalizados, testes comparativos, avalia-ção de produtos e estudos de falhas por corrosão.

Cabe salientar que o LACOR é o primeiro e único laboratório decorrosão do país credenciado pelo INMETRO. Integra desde 1996 aRede Brasileira de Laboratórios de Ensaio (RBLE) coordenada peloINMETRO, o que o credencia para executar um conjunto de ensaiosde corrosão com materiais, produtos e revestimentos, em consonânciacom os requisitos estabelecidos pela Norma NBR/ISO/IEC 17025,adotada em vários países para o reconhecimento da capacitação delaboratórios junto aos organismos internacionais de credenciamento.

Com o recrudescimento das atividades em biocombustíveis nopaís, encontra-se nucleando um grupo de competência em estudos decorrosão e degradação de materiais em contato com biodiesel e mistu-ras de biocombustíveis de nova geração. Projetos de desenvolvimentotecnológico vêm sendo conduzidos sob a coordenação do Dr. EduardoCavalcanti.

Por OlgaBaptista Ferraz

1

Dotada de três laboratórios altamente especializados, LACOR, LAH2S e LABIO, a DCOR do INT

contribui para o desenvolvimento dos setores de Petróleo e Gás e Biocombustíveis

2

18 C & P • Março/Abril • 2007

Fig.1 - LACOR: Microscopia ótica de alta definição para avaliação da morfologia da

corrosão e ataque localizado

Fig. 2 - LACOR: Avaliação do descolamento

catódico de revestimentos paradutos enterrados

07_C&P_14_Instituição 4/11/07 11:33 AM Page 1

Page 18: INIBIDORES DE CORROSÃO - ABRACOde Corrosão, fundada em 17 de outubro de 1968, e tem como objetivo congregar toda a comu-nidade técnico-empresarial do setor, difundir o estudo da

LAH2STrata-se do único laboratório independente

no país para a realização de estudos e homologa-ção de produtos para uso em exploração e trans-porte de Óleo & Gás, na presença de H2S e CO2.

Implantado em 1995, estimulado pelaPETROBRAS/CENPES/TMEC, realizou seusprimeiros trabalhos sob a supervisão da FBTS nobiênio 95-96 e, a seguir, passou a ofertar ensaiosde forma independente. Assim, foi desenvolvidano período 96-2001 competência técnica emensaios de hidrogenação e em testes de suscepti-bilidade à corrosão sob tensão pelo H2S, envol-vendo um projeto e ensaios especializados. Osprimeiros estudos foram voltados para a avalia-ção de aços expostos em ambientes contendoH2S e CO2, atendendo não só à PETROBRAS,como também empresas e fornecedores da áreade petróleo no Brasil.

No período de 2001-2002, em função dacrescente demanda de ensaios de corrosão asso-ciados, a solicitação mecânica investiu no equi-pamento de Baixa Taxa de Deformação (BTD).

A partir de demandas da PETROBRAS/CENPES/TMEC, em 2003, enfocando ensaiosde corrosão associados à solicitação mecânicainvestiu no desenvolvimento de testes de corro-são-fadiga, visando obter taxas de propagação detrincas de aços empregados na área de exploraçãoe produção de petróleo submetidos a H2S e CO2.Estes vêm sendo efetuados no Laboratório deEnsaios Mecânicos da Divisão de Ensaios Mecânicos, Metalografia eDureza do INT – LAMEC/DEMP, sob coordenação do LAH2S/DCOR. Assim, o LAH2S vem atuando em projetos de avaliação daintegridade de equipamentos em serviço com H2S e CO2 e realizandoensaios que simulam as condições encontradas em fundos de poços depetróleo.

C & P • Março/Abril • 2007 19

3

4 5

Fig. 3 - LACOR: Estudo da substituição de revestimentos à base do cromo hexavalente através da

técnica de impedância eletroquímica

LABIO Em outubro de 2002, foram

iniciadas atividades de biocorro-são e biodegradação na DCOR,tendo em vista a crescente de-manda do setor de Óleo e Gáspelo estudo da corrosão associadaa microrganismos. Os primeirostrabalhos desenvolvidos foram apartir de uma linha de pesquisajá em estudo na Divisão envol-vendo a caracterização do pó pre-to – resíduo de corrosão em gaso-dutos. Complementarmente, fo-ram efetuadas análises microbio-lógicas relacionadas com micror-ganismos causadores de biocor-rosão nestes resíduos.

A partir de 2004, com a reali-zação de concurso público einvestimentos do INT na área debiocorrosão, houve a possibilida-de de criação do LABIO. Desdeentão, através de prestação de ser-viços e projetos de pesquisa, o

Fig. 5 - LAH2S: Ensaios de determinação da tenacidade

à fratura de aços especiais

6

Fig. 4 - LAH2S/LAMEC: Ensaios de corrosão sob fadiga. Determinaçãoda Taxa de Propagação de Trinca

Fig. 6 - LAH2S: Ensaios de corrosãosob tensão induzidapor sulfetos

07_C&P_14_Instituição 4/11/07 11:33 AM Page 2

Page 19: INIBIDORES DE CORROSÃO - ABRACOde Corrosão, fundada em 17 de outubro de 1968, e tem como objetivo congregar toda a comu-nidade técnico-empresarial do setor, difundir o estudo da

da divisão são chefiados por Dra.Denise Souza de Freitas – LA-COR, Engª Sonia Maria Coelhode Souza – LAH2S e Dra. MárciaTeresa S. Lutterbach – LABIO.

Infra-EstruturaNo último biênio, a DCOR/

INT tem direcionado investi-mentos para microscopia ótica dealta definição informatizada, taiscomo microscopia eletrônica(MEV) e de força atômica (AFM)ingressando na era nanométrica,aumentando a capacidade deanálise dos processos de corrosãoem escala sub-micro. Financia-mentos do MCT, FINEP e PE-TROBRAS viabilizarão nossa

atuação em novos campos como, por ex., nanotecnologia. A DCOR conta com um conjunto de equipamentos específicos

para estudos de processos de corrosão e proteção anticorrosiva, comdestaque para:• Câmaras de exposição à névoa salina, à umidade saturada, ao dió-

xido de enxofre e a raios ultra-violeta (UV), as quais simulamatmosferas naturais marinhas, rurais e industriais;

• “Loop” de testes para avaliação de peças do sistema de GNV paraveículos nas etapas de baixa, média e alta pressões;

• Balanças analíticas de alta precisão para ensaios de perda de massa;• Potenciostatos para execução de ensaios potenciostáticos, poten-

ciodinâmicos e galvanostáticos de estudo de processos de corrosão;• Analisadores de freqüência para execução de ensaios de impedân-

cia eletroquímica;• Microscópios e estereomicroscópios para determinação do tipo de

corrosão, da densidade e profundidade de ataque localizado;• Microscópio ótico para estudos de processos de biocorrosão.• Espectrômetro de fluorescência de Raios-X para determinação de

produtos de corrosão, revestimentos metálicos, etc.;• Equipamentos para caracterização de revestimentos metálicos e

tintas anticorrosivas; • Espectrômetro para Análise de Íons para identificação de íons cau-

sadores da corrosão;• Autoclaves para ensaios a altas temperaturas e altas pressões;• Equipamentos para ensaios de corrosão associada a esforços mecâ-

nicos lineares e cíclicos;• Anéis de teste “Proof Rings” para ensaios de corrosão sob tensão

em presença de H2S e CO2; • Capela de Fluxo Laminar; • Contador Eletrônico de Colônias;• Estufa de Cultura Bacteriológica;• Estufa para Esterilização e Secagem; • PCR Real Time Applied BIO System.

Produção Técnica e ColaboradoresA divisão possui expressiva produção técnica e científica, com tra-

balhos publicados em revistas indexadas e em anais de congressos

laboratório já expandiu de suaárea física inicial para atender àsdemandas existentes e a outrasem negociação.

O LABIO conta hoje comuma equipe de cinco técnicos.Foi montado respeitando as re-gras exigidas para o trabalho depesquisa em laboratórios demicrobiologia não esquecendotambém os aspectos de seguran-ça. Hoje em dia dispõe de infra-estrutura de pessoal, equipamen-tos e material de consumo, tor-nando possível a realização detrabalhos de biocorrosão emáguas industriais e nos setores deÓleo & Gás e de minérios.

Em parceria com a PETRO-BRAS, está sendo implementadadentro do LABIO uma área debiologia molecular, que atravésde técnicas elaboradas e moder-nos equipamentos apoiará os tra-balhos em biocorrosão.

EquipeA DCOR é constituída de 8

tecnologistas e 17 bolsistas, lide-rados pela Dra. Olga Baptista Fer-raz. Dentre estes, 7 são doutorese 3 são mestres. Os laboratórios

20 C & P • Março/Abril • 2007

7

Fig. 7 - LABIO: Análises microbiológicas para detecção e quantificação de bactérias redutoras de sulfato (BRS)

07_C&P_14_Instituição 4/11/07 11:33 AM Page 3

Page 20: INIBIDORES DE CORROSÃO - ABRACOde Corrosão, fundada em 17 de outubro de 1968, e tem como objetivo congregar toda a comu-nidade técnico-empresarial do setor, difundir o estudo da

A Qualidade dos Processos MR Platingagora com Certificação ISO 9001

MR Plating Comércio de Produtos Químicos Ltda.Rua Macedônia, 490 – Cumbica – Guarulhos – SP07223-000 – Tel.: (11) 6446-5081 – Fax: (11) 6446-5081 www.mrplating.com.br – [email protected]

Pré-TratamentoDesengraxante químicos, eletrolíticos à aspersão por ultrasom, sais ácidos para decapagem e inibidores

Linha Protetiva Zinco alcalino isento de cianetos, zinco-ácido e cianídricos, cromatizantes hexa-trivalentes, selantes e vernizes

Linha Decorativa Cobre alcalino, cobre ácido, níquel semi-brilhante, brilhante, banhos de cromo catalisados e linha completa para ABS

Linha Funcional Cromo duro, estanho e níquel químico

Óleos e FosfatosFosfato de zinco; fosfato de ferro; fosfato de manganês; refinadores de camada; neutralizadores; removedores de tinta; óleos protetivo deslocadores de água; óleos protetivo não deslocadores de água; pasta e óleos para deformação à frio.

O SISTEMA DE GESTÃO DE QUALIDADE CONQUISTADO PELA MR PLATING PROPORCIONARÁAOS SEUS CLIENTES A EXCELÊNCIA EM PROCESSOS PARA GALVANOPLASTIA

Apor

te

Olga Baptista FerrazPHd. - Chefe da Divisão de Corrosão e Degradação - DCORInstituto Nacional de TecnologiaContato com a autora:[email protected]

nacionais e internacionais. Desenvolve projetos de pesquisa, serviçostecnológicos de alta especialização e executa ensaios credenciados paraavaliação de produtos. Além disso, sua liderança técnica ministra cur-sos e palestras.

Áreas de atuação• Corrosão pelo H2S e CO2 em poços de petróleo, plataformas, “risers”,

dutos, etc.; • Inibidores de corrosão para operações de acidificação e fluidos de

completação;• Inibidores de corrosão para exploração e produção de gás natural;• Revestimentos metálicos e tintas anticorrosivas;• Estudos de alternativas ao cromo hexavalente; • Resíduos de dutos de gás natural; • Biocombustíveis: corrosividade, compatibilidade, biodepósitos e

estabilidade;• Biocorrosão em águas industriais e nos setores de Óleo & Gás e de

minérios;• Técnicas eletroquímicas modernas para estudos de processos de

permeação e de interface; • Estudo da formação de enxofre elementar no transporte do gás

natural;• Desenvolvimento de sensores para a detecção da corrosão em dutos;• Avaliação de sistemas alternativos de tratamento de água de refri-

geração.

Principais parceiros, clientese financiadores

Entre seus principais parcei-ros e clientes, podemos citar:PETROBRAS (Unidades deProdução e CENPES); Transpe-tro, Samarco; CTDUT, Vallou-rec & Mannesmann do Brasil,UFRJ, PUC.

A infraestrutura para o de-senvolvimento de projetos é fi-nanciada pelo MCT, FINEP,PETROBRAS, FAPERJ eCNPq. •

07_C&P_14_Instituição 4/11/07 11:34 AM Page 4

Page 21: INIBIDORES DE CORROSÃO - ABRACOde Corrosão, fundada em 17 de outubro de 1968, e tem como objetivo congregar toda a comu-nidade técnico-empresarial do setor, difundir o estudo da

22 C & P • Março/Abril • 2007

Artigo Técnico

Fosfatização de Metais FerrososParte 6 - Mecanismos de Fosfatização

fato diácido de zinco e/ou man-ganês e/ou cálcio. Neste caso,formam-se fosfatos duplos dezinco e ferro ou de manganês eferro ou fosfato de zinco neutro efosfato de manganês neutro,sendo todos eles resistentes à oxi-dação pelo ar. Com a adição dosfosfatos diácidos de metais biva-lentes, os revestimentos passam aser classificados como revesti-mentos de pseudo-conversão. Osbanhos de fosfatização ditos depseudo-conversão são soluçõesácidas diluídas, sendo os seuscomponentes presentes nas con-centrações da ordem de algumasdezenas de gramas por litro(LORIN, 1974, P.4). O uso desoluções diluídas não é funda-mentado por questões econômi-cas, mas sim, para facilitar a dis-sociação das substâncias presen-tes na solução. Os principaiscomponentes de um banho defosfatização são:• ácido fosfórico livre cuja fun-

ção é manter os fosfatosmetálicos na forma de diáci-dos, que são os fosfatos solú-veis. Na ausência do ácido li-vre, o fosfato diácido presen-te na solução transforma-seem fosfato monoácido e/ouneutro somente pela ação datemperatura (em banhos defosfatização adotam-se tem-peraturas elevadas para acele-rar o processo de formação dacamada fosfatizada). Alémdisso, o ácido fosfórico livretem a função de determinar oataque inicial do metal sobreo qual será formada a camadade fosfatização;

• fosfato diácido solúvel de fór-mula molecular geral Me (H2PO4)2

onde Me é um cátion metáli-

ecanismos deFosfatização

Revestimentos de pseudo-conversão

Composição básica dosbanhos de fosfatização

Conforme visto anterior-mente, o tempo para formaçãode camadas fosfatizadas a partirde uma solução de ácido fosfóri-co diluído é muito elevado, ra-zão pela qual esta prática não éadotada comercialmente. Umadiminuição sensível do temponecessário para a formação de ca-madas fosfatizadas é conseguidaquando se adiciona à solução deácido fosfórico um fosfato deferro primário, o fosfato diácidoferroso (que é solúvel). Com estaadição, decorrido um temporelativamente curto, já se notasobre a peça de aço a formaçãode uma camada fosfatizada.Apesar de ser visível, a camadafosfatizada assim obtida apresen-ta baixo desempenho quandocomparada ao desempenho dascamadas fosfatizadas produzidasatualmente. Isto é atribuído aofato da camada de fosfato ferro-so, em contato com o ar, trans-formar-se em fosfato férrico, oque é acompanhado com modi-ficações do parâmetro reticular,fato que determina a diminuiçãodo poder de ancoramento e por-tanto do poder protetivo decamadas fosfatizadas oleadas ouengraxadas. Mesmo assim, ascamadas de fosfato ferroso olea-das apresentam melhor desem-penho do que o aço oleado (semfosfatização). Melhores resulta-dos são obtidos quando se adi-ciona ao ácido fosfórico um fos-

co bivalente, por exemplo,Fe2+, Zn2+, Mn2+, Ca2+ ou Ni2+,sendo o mais largamente uti-lizado o fosfato diácido dezinco, (lembrar que estes fos-fatos são solúveis). A sua fun-ção é a redução do tempo deformação da camada fosfati-zada;

• aceleradores ou oxidantes(por exemplo: nitratos, clora-tos, nitritos, peróxido, ou,um oxidante orgânico), cujafunção é acelerar as reaçõesresponsáveis pela formaçãoda camada fosfatizada e oxi-dar os íons ferrosos prove-nientes do ataque do aço (nocaso de se fosfatizar um metalferroso). Com a oxidação, for-mam-se íons férricos que dãoorigem ao fosfato férrico neu-tro que, sendo este insolúvel,decanta constituindo a gran-de parte da lama gerada peloprocesso de fosfatização.

No próximo item, a funçãode cada um destes componentesserá discutida detalhadamente,sendo abordado o mecanismo deformação das camadas fosfatiza-das. Para tanto, será consideradoo sistema de fosfatização maisutilizado que é uma soluçãodiluída de ácido fosfórico e fosfa-to diácido de zinco.

Mecanismo de fosfatizaçãoem solução diluída de ácidofosfórico contendo fosfatodiácido de zinco

Quando se mergulha umapeça de aço em uma solução deácido fosfórico contendo fosfatodiácido de zinco, ocorre um ata-que do ferro pela ação do ácidofosfórico, a saber:

Características dos revestimentos de pseudo-conversão

Por Célia A. L.

dos Santos

Por Zehbour

Panossian

08_C&P_14_ZehbourCelia 4/11/07 11:36 AM Page 1

Page 22: INIBIDORES DE CORROSÃO - ABRACOde Corrosão, fundada em 17 de outubro de 1968, e tem como objetivo congregar toda a comu-nidade técnico-empresarial do setor, difundir o estudo da

128). A reação responsávelpela precipitação do fosfatoneutro seria:

3Zn(H2PO4)2 ➠ Zn3(PO4)2 + 4H3PO4

• uma outra teoria afirma quea nucleação ocorre nas regi-ões anódicas, devido ao enri-quecimento desta região comíons ferrosos, o que determi-na a precipitação do fosfatode ferro neutro. Segundo es-ta teoria, sobre o fosfato de fer-ro começa a se formar a ca-mada do fosfato de zinco. Es-ta teoria é corroborada pelo fa-to de se encontrar sempre com-postos de ferro na interfacecamada fosfatizada/substratoquando estas são analisadas;

• outros autores acreditam ain-da que há formação de fosfa-to duplo de ferro e de zincoamorfo nos microanodos (de-vido ao enriquecimento destaregião com os íons ferrosos) ea formação de fosfato de zin-co neutro cristalino nos mi-crocatodos (devido à elevaçãodo pH desta região). As rea-ções responsáveis seriam:

Microcatodos3Zn(H2PO4)2 ➠ Zn3(PO4)2 + 4H3PO4

MicroanodosFe2+ + 2ZnHPO4 ➠ FeZn2 (PO4)2 + 2H+

• a outra teoria afirma que háprimeiro a formação de umafina camada de compostos(óxidos e fosfatos) de ferro IIe de ferro III e sobre esta finacamada ocorre a nucleação ecrescimento da camada fosfa-tizada. Esta teoria também écorroborada pelo fato ante-riormente citado, que entre acamada fosfatizada e o subs-trato são detectados, por aná-lise, compostos de ferro.Alguns autores acreditam,

ainda, que além dos fosfatos du-plos e neutros, a camada fosfati-zada pode conter íons complexos

2H+ + 2e ➠ H2

Fe ➠ Fe2+

+ 2e

Neste estágio, denominadoPrimeiro Estágio, conforme po-de ser observado pelas reações, oácido fosfórico comporta-se co-mo o ácido clorídrico ou sulfúri-co, ou seja, tem ação puramentecorrosiva. A reação de corrosãodo metal ocorre nas regiões anó-dicas, o que determina o enrique-cimento desta região com íons deFe2+. A reação de redução do íonhidrogênio, e, portanto, a de for-mação do gás hidrogênio, ocorrenas regiões catódicas, o que deter-mina o aumento do pH da solu-ção nestas regiões. Este conceito éamplamente aceito pela maioriados pesquisadores que estuda osmecanismos de fosfatização.

Já para o Segundo Estágiodo processo de fosfatização, que éo início da formação da camadafosfatizada, existem vários meca-nismos propostos, a saber (LORIN,1974, P.42-49):• nas regiões catódicas, devido

à elevação local do pH, ocor-re a formação dos primeirosnúcleos da camada fosfatiza-da, com precipitação do fos-fato de zinco neutro. Algunsestudos mostraram que é ne-cessário elevar o pH até valo-res compreendidos entre 4 e5 para o início da precipita-ção do fosfato insolúvel, ou-tros indicam valores entre 5 e6. Alguns autores contestameste mecanismo, alegandoque nas condições operacio-nais dos banhos de fosfatiza-ção, principalmente os apli-cados por aspersão, dificil-mente chegar-se-ia a valoresde pH tão elevados. Já outrosautores afirmam que os ba-nhos de fosfatização são for-mulados de tal maneira queuma pequena elevação de pHjá seria suficiente para a pre-cipitação do fosfato neutro(BIESTEK & WEBER, 1976, P.

principalmente de ferro III, taiscomo [(Fe(PO4)2]

3- e [Fe(PO4)3]6-

(LORIN, 1974, P.15). Isto ocorredevido à oxidação do Fe2+ paraFe3+, pela ação do oxigênio dis-solvido na solução fosfatizanteou pela ação de algum oxidantepropositadamente adicionado.

De uma maneira simplifica-da, pode-se dizer que a formaçãoda camada fosfatizada ocorre daseguinte maneira:• formação do fosfato de zinco

neutro devido ao aumento dopH, de acordo com a reação:

3Zn(H2PO4)2

➠ Zn3(PO4)2 + 4H3PO4

• formação do fosfato duplo dezinco e de ferro devido aoaumento de íons ferrosos, deacordo com a seguinte reação:

Fe2+

+ 2ZnHPO4 ➠ FeZn2 (PO4)2 + 2H+

Convém citar que o equilí-brio estabelecido no seio do ba-nho, que mantém os fosfatosprimários solúveis, praticamen-te não é influenciado pelas rea-ções acima citadas, visto que taisreações ocorrem na interfacemetal/banho.

A seguir, será visto como asconstantes de equilíbrio das rea-ções envolvidas influenciam navelocidade das reações do pro-cesso de fosfatização.

Constantes de equilíbrio efatores que influenciam navelocidade das reações defosfatização

Durante a fosfatização ocor-rem vários tipos de reações, deacordo com o item anterior. Parafalar a respeito das constantes deequilíbrio, considere-se nova-mente um banho de fosfatizaçãocontendo ácido fosfórico diluídoe fosfato diácido de zinco. Quan-do se mergulha uma peça de açoneste banho, as seguintes reaçõespodem ocorrer na interfacemetal/banho:

C & P • Março/Abril • 2007 23

Cristalino

Amorfo

08_C&P_14_ZehbourCelia 4/11/07 11:36 AM Page 2

Page 23: INIBIDORES DE CORROSÃO - ABRACOde Corrosão, fundada em 17 de outubro de 1968, e tem como objetivo congregar toda a comu-nidade técnico-empresarial do setor, difundir o estudo da

• num banho contendo fosfatode zinco, a quantidade deácido fosfórico livre é maiordo que a de um banho defosfato de manganês ou fos-fato de ferro, e portanto, opH dos banhos de fosfato dezinco é menor do que o pHde banhos de fosfato de man-ganês ou de ferro;

• quando se tem um fosfatodiácido férrico num banhode fosfatização, este transfor-ma-se rapidamente em fosfa-to férrico neutro, pois o valorde K é muito elevado (290).De fato, nos banhos de fosfa-tização, adicionam-se subs-tâncias para oxidar os íons fer-rosos (Fe2+) em férricos (Fe3).Com isto forma-se o fosfatoférrico que, sendo insolúvel,precipita-se e forma a lama.

Os valores de K aumentamcom a temperatura. No caso dofosfato de zinco, tem-se os se-guintes valores:

K = 0,013 para T = 25ºC

K = 0,029 para T = 37ºC

K = 0,71 para T = 98ºC

Estes valores ilustram bem ofato de que a velocidade de for-mação das camadas fosfatizadasaumentam com o aumento datemperatura.

Como o objetivo é a forma-ção da camada fosfatizada, éconveniente representar a equa-ção da constante de equilíbrioem termos da concentração defosfato de zinco neutro, a saber:

O denominador do segundotermo desta equação nada mais édo que a acidez livre1 de um ba-nho de fosfatização. Já o nume-rador pode ser escrito em termosda acidez total2 da seguintemaneira:

[ Zn(H2PO4)2 ] = acidez total – acidez livre

Posto isto, a relação anterior-mente citada pode ser escrita daseguinte maneira:

Nos banhos de fosfatização, aacidez total é sempre muitomaior do que a acidez livre. Demodo que a equação apresentadapode ser escrita com aproxima-ção da seguinte maneira:

A relação apresentada indica,de maneira simplificada, a quan-tidade de fosfato formada comosendo função da acidez total, aci-dez livre e da constante de equilí-brio da reação de formação defosfato de zinco terciário. Por estarelação, pode-se concluir:• quanto maior a relação entre a

acidez total e a acidez livre,maior é a velocidade de for-mação da camada fosfatizada;

• a quantidade de fosfato depo-sitada aumenta com o au-mento da acidez total e dimi-nui com o aumento da acidezlivre. Para o caso da acidezlivre, este fato está ilustradona Figura 1.

24 C & P • Março/Abril • 2007

→2H+

+ 2e H2

Fe Fe2+

+ 2e

Zn(H2PO4)2 + Fe2+

FeHPO4 + ZnHPO4 + 2H+

Zn(H2PO4)2 + Fe2+

FeZn(HPO4)2 + 2H+

Zn(H2PO4)2 ZnHPO4 + H3PO4

3ZnHPO4 Zn3(PO4)2 + H3PO4

3Zn(H2PO4)2 Zn3(PO4)2 + 4H3PO4

Para efeito de simplificação,considere a última reação. Paraesta, a constante de equilíbrio édada por:

A constante K varia com a na-tureza do íon metálico do fosfatodiácido e neutro, da temperaturae do pH do banho. Quanto maioré o valor de K, maior será a velo-cidade de formação dos fosfatosinsolúveis constituintes da cama-da fosfatizada.

Os valores de K a uma tem-peratura de 98ºC, para diferentesíons metálicos, são os seguintes(LORIN, 1974 P.34):

íon férrico (Fe3+

) ➠ K = 290

íon de zinco (Zn2+

) ➠ K = 0,71

íon de manganês (Mn2+

) ➠ K = 0,040

íon ferroso (Fe2+

) ➠ K = 0,0013

Pelos valores de K pode-seconcluir que:• para a mesma concentração e

temperatura, o fosfato do íonmetálico com maior valor deK formar-se-á primeiro. As-sim, dentre os quatro íons me-tálicos, o fosfato férrico for-mar-se-á primeiro, seguido,nesta ordem, pelo fosfato dezinco, fosfato de manganês efinalmente pelo fosfato deferroso;

• a velocidade de formação deuma camada à base de fosfatode zinco é muitas vezes maiorde que a de uma camada àbase de fosfato de manganêsou a de fosfato ferroso;

K =[ Zn3(PO4)2 ] . [ H3PO4 ]

4

[ Zn (H2PO4)2 ]3

[ Zn3(PO4)2 ] =K [ Zn(H2PO4) 2 ]

3

[ H3PO4 ]4

[ Zn3(PO4)2 ] = Kacidez total – acidez livre

acidez livre

[ Zn3(PO4)2 ] ≅ Kacidez total

acidez livre

Fig 1 - Massa de camada fosfatizadae massa de ferro dissolvido em funçãoda acidez livre durante a fosfatizaçãode um aço em banho de fosfato dezinco acelerado com nitrito, a 60ºC(RAUSCH, 1971)

Fosfatoinsolúvel

Acidez livre

08_C&P_14_ZehbourCelia 4/11/07 11:36 AM Page 3

Page 24: INIBIDORES DE CORROSÃO - ABRACOde Corrosão, fundada em 17 de outubro de 1968, e tem como objetivo congregar toda a comu-nidade técnico-empresarial do setor, difundir o estudo da

9ª COTEQ - Conferência Internacional sobre Tecnologia de Equipamentos

Evento ABRACO

Mais informações através do nosso site: www.abraco.org.br, pelo e-mail: [email protected] ou pelo tel.: (21) 2516-1962

Um dos mais renomados eventos para a indústria nacional.

A realização desse evento tem como objetivo principal promover a troca de idéias,

somar experiência e ampliar negócios, através da presença de profissionais de

liderança na integridade Estrutural de Equipamentos de Ensaios Não Destrutivos,

Inspeção, Corrosão e Pintura.

A ABRACO tem um encontro marcado com você,

de 12 a 15 de junho em Salvador, Bahia.

Realização:

1 Acidez livre refere-se a quantidade de íons H+ dissociados presentes nobanho fosfatizante.

2 Acidez total refere-se a quantidade íons H+ dissociados e combinados[H2(PO4 )

- e H(PO4 )2-] presentes

no banho fosfatizante.

Na próxima edição, serãoabordados, mais profundamente,os efeitos provocados pela acideztotal, acidez livre e pela relaçãoacidez total/acidez livre, na for-mação das camadas de fosfato.

REFERÊNCIASBIBLIOGRÁFICASBIESTEK, T.; WEBER, J. 1976.

Electrolytic and chemical conversioncoatings. 1st ed.Wydawnictwa: Porteceilles. 432p.

LORIN, G. 1974. Phosphating ofmetals. Great-Britain: FinishingPublications. 222p.

RAUSCH, Werner, 1990. The phosphating of metals. 1st. ed. GreatBritain: Redwood Press, 416p.

Além disso, a expressão apre-sentada mostra claramente que,num processo de fosfatização, arelação entre a acidez total e aacidez livre é um parâmetro quepode ser utilizado para o con-trole do banho, o que de fato éfeito na prática.

Convém lembrar que asconsiderações apresentadas fo-ram formuladas tendo comobase um banho simples conten-do ácido fosfórico e um fosfatodiácido de zinco. Os acelerado-res adicionados aos banhos defosfatização modificam estasituação (BIESTEK & WEBER,1976, P.137). A velocidade deformação da camada fosfatizadanão pode ser analisada, apenas,pela relação apresentada, sendofortemente influenciada pelotipo e concentração do acelera-dor utilizado. •

Contato com as autoras:[email protected] / [email protected]: (11) 3767-4036

Zehbour PanossianInstituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo– IPT. Laboratório de Corrosão e Proteção –LCP. Doutora em Ciências (Fisico-Química)pela USP. Responsável pelo LCP.Célia A. L. dos SantosInstituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo– IPT. Laboratório de Corrosão e Proteção –LCP. Doutora em Química (Fisico-Química)pela USP. Pesquisadora do LCP.

08_C&P_14_ZehbourCelia 4/11/07 11:36 AM Page 4

Page 25: INIBIDORES DE CORROSÃO - ABRACOde Corrosão, fundada em 17 de outubro de 1968, e tem como objetivo congregar toda a comu-nidade técnico-empresarial do setor, difundir o estudo da

cará legitimado o período de vigência dos seus certificados ou oprazo máximo de validade até 29 de fevereiro de 2008, consideran-do-se sempre o prazo que for menor. As prescrições deste artigo sãoválidas apenas para os certificados emitidos até 01 de março de2006. Para os certificados emitidos após essa data, aplicar-se-á odisposto no artigo 3º desta Portaria.

Este RAC não é aplicável para produtos radioativos, gases (excetoaerossóis) e embalagens com massa líquida total superior a 400 Kg e/oucujo volume exceda a 450 L e as embalagens refabricadas. Logo, esteRAC se aplica às embalagens recondicionadas e reutilizadas

Foi publicado, na Resolução 1644/06 da Agência Nacional deTransporte Terrestre - ANTT (re-publicada em 29/12/06), que qual-quer embalagem que, em função do material que a constitui, for capazde ser reutilizada (ex: tambores metálicos, bombonas de plástico rígi-do), deve ser ensaiada e avaliada quanto à sua conformidade, pela auto-ridade competente, somente quando nova. O expedidor é responsávelpela reutilização da embalagem e deve examinar se a mesma está livrede defeitos que possam comprometer sua capacidade de suportar osensaios de desempenho antes de cada reutilização. Este tipo de emba-lagem só deve ser recarregada com conteúdo idêntico ou com produ-tos similares compatíveis ao utilizado inicialmente.

Foi publicada também a Portaria nº 250 de 16/10/2006, que apro-va o RAC para embalagens de 450 L até 3.000 L - Contentores Inter-mediários para Granéis – IBC’s com os seguintes prazos para entrar emvigor:• 01 (um) ano para que as embalagens fabricadas a partir da data de

publicação da Portaria sejam homologadas segundo a Resolução -ANTT 420/2004.

• 02 (dois) anos ou o prazo de validade do certificado de aprovação,aquele que for menor, para os modelos aprovados em outrosmodais de transporte. Para se enquadrar nesta condição, os mode-los tem que possuir certificado emitido até 30/11/2006.

• Os usuários de contentores intermediários para granéis (IBC), uti-lizados no transporte terrestre de produtos perigosos, deverão, acada 2 (dois) anos e 6 (seis) meses, realizar inspeção periódica juntoa um Organismo de Inspeção Acreditado pelo Inmetro

• Todos os fabricantes e importadores de contentores intermediáriospara granéis (IBC), utilizados no transporte terrestre de produtosperigosos, deverão obter a autorização para uso do Selo de Iden-tificação da Conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro daAvaliação da Conformidade - SBAC.

Todas as embalagens para transporte de produtos perigosos deverãoatender a ensaios de desempenho descritos na Resolução ANTT420/04.

Atualização Transportes

Autora revê portarias do INMETRO e resoluções da ANTT que regem os controles

necessários para as embalagens utilizadas no transporte de produtos perigosos

Embalagem Homologada Amplia a Segurança das Operações

ECENTEMENTE O INMETRO

publicou Portaria nº 326de 11/12/2006 (revoga a

Portaria nº 10 de 24/01/2006)aprovando o RAC - Regulamentode Avaliação da Conformidade,para embalagens de até 400 Kg/450 L, estabelecendo que: • As embalagens utilizadas no

transporte terrestre de produ-tos perigosos deverão ser certi-ficadas por Organismos deCertificação de Produtos(OCP) acreditados pelo Ins-tituto Nacional de Metrolo-gia, Normalização e Quali-dade Industrial – Inmetro, noprazo máximo de 12 (doze)meses, contados a partir de 25de janeiro de 2006 (Art 3º).

• A comercialização do estoqueremanescente de embalagensnão certificadas, utilizadas notransporte terrestre de produ-tos perigosos, deverá ser feitaem um prazo máximo de 06(seis) meses, contados a partirde 26 de janeiro de 2007. Osprodutos perigosos envasadosaté 25 de julho de 2007, emembalagens não certificadas,terão, como prazo máximopara transporte, a data de suavalidade.

• Os envasadores de produtosperigosos deverão, a partir de25 de janeiro de 2007, darinício à identificação das em-balagens, utilizadas no trans-porte terrestre, com a data doenvasamento e a validade doproduto perigoso envasado.

• As embalagens aprovadas emprocessos de avaliação da con-formidade, realizados por au-toridades competentes nosmodais marítimo e aéreo, fi-

Por GlóriaSantiago Marques

Benazzi

26 C & P • Março/Abril • 2007

09_C&P_14_Atualização 4/11/07 1:30 PM Page 1

Page 26: INIBIDORES DE CORROSÃO - ABRACOde Corrosão, fundada em 17 de outubro de 1968, e tem como objetivo congregar toda a comu-nidade técnico-empresarial do setor, difundir o estudo da

• No transporte de produtosperigosos fabricados no paíscuja distribuição envolva maisde uma modalidade de trans-porte, além da terrestre, seráaceito, no transporte terrestre,o uso de embalagens certifica-das pelo modal mais restritivo(Inclusão 1.1.1.2.2)

Está sendo reanalisado pelaANTT o item 1.1.1.2.2 de modoa não deixar dúvidas quanto aotransporte terrestre de produtoshomologados em outro modalsem destino direto a um porto oua um aeroporto

Com a publicação da novaResolução 1644/06 da ANTT,foram alterados alguns itens daResolução 420/04, principal-mente no Capítulo 3. Disposi-ções aplicáveis ao transporte deprodutos perigosos fracionadosem quantidades limitadas por:a) embalagem interna

(Seção 3.4.2);b) unidade de transporte

(Seção 3.4.3).c) comércio varejista (3.4.4.2)

Nessas condições, é possíveldispensar expedições com quan-tidades limitadas de produtos pe-rigosos do cumprimento de algu-mas exigências deste Regula-mento.

Lembramos, ainda, que os re-síduos classificados como perigo-sos pela Resolução 420/04, pelaNBR 10004 ou pela Convençãoda Basiléia deverão ser transpor-tados em embalagens homologa-das, atendendo às exigências esta-belecidas nas Portarias citadasanteriormente. •

• Os ensaios deverão ser executados em um Laboratório acreditado eacompanhados por um Organismo de Certificação de Produto -OCP que emitirá o Certificado de homologação com reconheci-mento pelo Inmetro.

As embalagens devem ser construídas de maneira a se evitar qual-quer perda de conteúdo quando preparadas para transporte, perda essaque pode ser causada nas condições normais de transportes, por vibra-ção ou por mudança de temperatura, umidade ou pressão (resultanteda altitude).

Os produtos perigosos deverão ser acondicionados em embalagensde boa qualidade, que sejam resistentes o suficiente para suportar oschoques e carregamentos normalmente encontrados durante o trans-porte, incluindo o transbordo entre unidades de transportes e/ou entreos armazéns, bem como qualquer remoção de um palett ou sobreem-balagem para um subseqüente manuseio manual ou mecânico.

As Embalagens Simples e Compostas somente poderão ter sua cer-tificação requerida pelo fabricante da embalagem, e as EmbalagensCombinadas poderão ter sua certificação requerida ou pelo fabricanteda embalagem ou pelo fabricante do produto a ser transportado (soli-citante), que ficará com a responsabilidade pelo conjunto.

Após concluído todo o processo de Certificação das embalagens,além da aposição da marca da Organização das Nações Unidas -ONU, as embalagens deverão ter a Marca da Conformidade, confor-me Portaria nº 73/06 do Inmetro.

A Resolução 420/04 da ANTT cita que as expedições com origemou destino aos portos ou aeroportos, que atendam às exigências esta-belecidas pela Organização Marítima Internacional - OMI ou pelaOrganização Internacional de Aviação Civil - OACI serão aceitas paratransporte terrestre. Com a publicação da Resolução 1644/06 daANTT, foram incluídos dois itens, de modo facilitar o transporte deprodutos embalados em outros países e homologados em outrosmodais, são eles:• Produtos perigosos importados já embalados no exterior, cujas

embalagens atendam às exigências estabelecidas pelo modal aéreo,marítimo ou terrestre, serão aceitos para o transporte terrestre nopaís (Inclusão1.1.1.2.1).

C & P • Março/Abril • 2007 27

Gloria Santiago Marques BenazziEngenheira Química pela UFRJ, atuou no INMETRO, sendo responsável pela fiscalização de veículos que transportam produtosperigosos entre 1991 e 1996, período em que foi responsável pelaelaboração de regulamentos técnicos para o setor. É coordenadora daCE da ABNT/CB-16 de Transporte Terrestre de Produtos Perigosos. Contato com a autora: [email protected]

Exemplo de Codificação das Embalagens Homologadas

Dezena do ano de fabricação

Código do país que concedeu a autorização

4G/X 30/S/06 BR/RD-30S/1003-06

un

Modelo aprovado

Código do fabricante/solicitante

Caixa de Papelão Ondulado

Aprovado para grupos I, II e III

Peso bruto (Kg)

Presença de conteúdo sólidoou embalagem interna

09_C&P_14_Atualização 4/11/07 1:30 PM Page 2

Page 27: INIBIDORES DE CORROSÃO - ABRACOde Corrosão, fundada em 17 de outubro de 1968, e tem como objetivo congregar toda a comu-nidade técnico-empresarial do setor, difundir o estudo da

Artigo Técnico

Eletroforese catódica: um pouco de história e as conseqüências positivas

de sua aplicação na indústria automobilística

28 C & P • Março/Abril • 2007

Conceitos sobre Pintura por Eletrodeposição

ponentes do motor, entre ou-tras, estão sendo protegidos poreste fantástico filme de tintaepóxi-uretânica de baixíssimaespessura, ao redor de 20 micra,a qual resiste a todos os testesde todas as normas automotivaseditadas pelo mundo relaciona-do a um fundo anticorrosivo.

Não foi fácil para os pesqui-sadores desta tecnologia desen-volver produtos funcionais, poiso estudo envolveu áreas da ci-ência, como a Química de Polí-meros, Físico-Química, Mecâ-nica, Hidráulica e Eletricidade.Fornecedores de insumos, fa-bricantes de tintas, de equipa-mentos e clientes, alocaramenormes recursos para chegar,nos dias atuais, à unanimidadequanto à eficiência deste siste-ma fantástico de pintura indus-trial. Eu entendo que esta foi amaior conquista obtida em pro-teção anticorrosiva para bens deconsumo, como é o caso dosautoveículos. Embalados pelosucesso alcançado pela indústriaautomobilística, inúmeros ou-tros segmentos beneficiaram-sedesta tecnologia, no qual hou-vesse condições para o uso deuma tinta a estufa de alta resis-tência à corrosão, com baixocusto, com a vantagem adicio-nal de uma cobertura uniformeem todo o objeto.

Como negócio de tintas, aEletroforese é considerada pelosfabricantes de tintas como umaespecialidade com produçãopróxima as 400 mil toneladas/ano, considerada pequena secomparada com o total de tin-tas comercializadas em todo omundo.

PINTURA INDUSTRIAL POR

eletrodeposição teve umgrande incremento de

utilização na década de 80, quan-do as indútrias automobilísticasreuniram todos os esforços parareduzir os níveis de corrosãodos seus veículos, associandotambém a necessidade do au-mento de produtividade nossistemas de pintura de então.Com base nestas duas princi-pais diretrizes, acabou-se poreleger o processo denominadoEletroforese Catódica comoaquele que teria as maioreschances de atender a estes re-quisitos no que dizia respeito aum fundo anticorrosivo.

O sistema em si caracteriza-se por uma aplicação por imer-são elétrica, de uma tinta diluí-da em água, pouco poluente,capaz de cobrir objetos comple-xos como as carrocerias mono-bloco, que, na época, já ganha-vam as preferências dos “desig-ners”. Recobriam-se todas asáreas internas e externas, cavi-dades, caixas ocas, colunas, etc.,de uma forma uniforme atravésde um filme delgado de tintaanticorrosiva com boas proprie-dades de aparência e isenta dedefeitos.

O processo foi de tal formaaceito que passados mais de 20anos, acrescido de várias me-lhorias na tecnologia, pratica-mente os 63 milhões de veícu-los produzidos hoje pelo mun-do estão sendo pintados comesta tinta. Somados a este “radi-cal drive” em pintura de carro-cerias, hoje praticamente todasas autopeças em aço, tais comorodas, longarinas, acentos, com-

Esta tecnologia tem uma in-comparável capacidade de pin-tar grande número de peças emprocessos contínuos, cujo tem-po de eletrodeposição fica abai-xo dos três minutos, mesmo emse tratando de peças de geome-tria complexa, sendo invencívelna comparação da relação decusto - benefício.

O filme de tinta apresentaalta qualidade e uniformidade,performance em processo cons-tante, onde os banhos têm cer-ca de 80% de água e menos de2% de solventes orgânicos, isen-tos de pigmentos tóxicos comoo Cromo e o Chumbo e fáceisde serem controlados em linha.

As peças podem variar desdeum pequeno veículo popular ouum cortador de gramas, até umgigante como uma máquinaagrícola, por exemplo, obten-do-se igualmente filmes, extre-mamente homogêneos e isentosde defeitos como escorridos,micro furos, acúmulos, etc.

Basta, para isto, que o subs-trato seja condutivo e que per-mita submeter à cura em estufaao redor dos 175ºC. Há banhosde pintura espalhados pelo Bra-sil desde poucas centenas delitros até alguns automotivos,gigantescos, com cerca de 250mil litros cada, sendo eles capa-zes de pintar mais de 1.000 car-ros por dia.

O processo exige, no entan-to, que o substrato metálico es-teja limpo, isento de oleosida-des e poeira, além de ter umtratamento de conversão do ti-po fosfatizado. Em alguns veícu-los ou peças automotivas, as par-tes são compostas por uma jun-

Por Nilo

Martire Neto

10_C&P_ArtigoTecnico_Nilo 4/11/07 1:29 PM Page 1

Page 28: INIBIDORES DE CORROSÃO - ABRACOde Corrosão, fundada em 17 de outubro de 1968, e tem como objetivo congregar toda a comu-nidade técnico-empresarial do setor, difundir o estudo da

submetido a uma diferença depotencial, haverá a dissociaçãoiônica onde a miscela poliméri-ca migra para um dos pólos,trocando carga e coagulando-sesobre a peça, expulsando poste-riormente, por osmose, a águacontida no filme ainda nãocurado. Na etapa final de poli-merização térmica, os compo-nentes da película irão propor-cionar um filme liso de excelen-tes propriedades estéticas e pro-tetivas.

Abaixo segue um diagramarepresentativo desta pintura:

Reações no Anodo:2 H2O ———> 4 H

++ O2 + 4 e-

Reações no Catodo: 2 H2O + 2 e- ———> H2 + 2 OH

-

Além dos polímeros epo-xies, existem os acrílicos, am-bos reticulados com poliisocia-natos bloqueados que reagem atemperaturas entre 140 a 180ºCpelo tempo de 30 minutosatravés de estufas aquecidas aóleo, gás ou eletricidade, comcirculação de ar quente porconvecção direta ou indireta.Enquanto o sistema Epóxi émais utilizado como fundo an-ticorrosivo, o Acrílico, que per-de neste quesito, tem maior usocomo acabamento, pela boaretenção de cor e resistência aosraios solares. As mais recentespesquisas nesta tecnologia con-duzem para produtos de melhorperformance anticorrosiva, prin-

cipalmente nas arestas, e melho-ria de alastramento e enchimen-to do filme de tinta, proporcio-nando uma melhor aparência dapeça tratada.

Os sistemas de retificação sãoconstruídos para gerar energiacontínua de até 400 volts, for-necendo 1,058 ampéres/m2/ mi-nuto/micra de filme seco, narelação catodo: anodo de 4:1.

Abaixo, seguem algumas ca-racterísticas de um Fundo Epóxi:

Cores: Preto ou Cinza ou coloridos exceto branco.

Dados do Banho:Sólidos: 17,0 ± 2,0 % pH (25°C): 6,0 ± 0,4

Condições de deposição: Temperatura do banho (ºC): 30 ± 3Tempo de deposição (s): 180Tensão (Volts): 200 - 380Camada (um): 15 - 35

Condições de Cura:15 min. 175 ± 5 ºC.

Pré - Tratamento do Substrato:Fosfatização com zinco tricatiônico.

Nosso objetivo principal foirever alguns conceitos desta tec-nologia que apresenta ainda umgrande espaço para futuros de-senvolvimentos, os quais eu te-nho a convicção de que serãoalcançados nos próximos anos,ampliando ainda mais a utiliza-ção deste processo em outrasáreas da Pintura Industrial. •

C & P • Março/Abril • 2007 29

Nilo Martire NetoEngenheiro Químico com extensão emAdministração de Negócios - MBA pelaUSP. Gerente Técnico da BASF S.A.

ção de diversos metais, como oaço carbono laminado a frio, gal-vanizado ou mesmo o alumínio,exigindo que o filme eletroforé-tico, além de apresentar boa uni-formidade em espessura e apa-rência entre estes diferentessubstratos, tenha também óti-mas propriedades em proteçãocontra a corrosão bimetálica.

Neste sistema de pintura aperda de tinta é mínima, devi-do ao uso de equipamentos deultrafiltração os quais separamuma parte da água e compo-nentes abaixo de 20 Angstronscontidos nobanho de tin-ta, sendo queesta solução édepois utiliza-da nas lavagenssubseqüentes àeletrodeposi-ção e antes dacura, retornan-do posterior-mente à cubaprincipal. For-ma-se, assim,um sistema fechado onde todoo excesso de tinta aderida meca-nicamente sobre a peça e nãoeletrocoagulada, retorne ao ba-nho, sem prejuízos de perfor-mance. Esta é uma das etapasque faz o custo por metro serum dos menores, em se tratan-do de uma pintura industrial dealta performance. O processopermite também grande auto-mação, reduzindo custos comenergia e mão-de-obra. Quantoà instalação de pintura, hoje emdia o investimento está ao mes-mo nível das demais utilizadaspara tintas líquidas convencio-nais, ou à imersão, ou mesmo apó.

Quanto às característicasquímicas do polímeros catódi-cos, estes possuem radicais po-sitivos neutralizados por ácidosfracos do tipo acético ou lácti-co, transformando-o em ummaterial emulsionável. Ao ser

Contato com o autor:e-mail: [email protected]: (11) 4347-1258

10_C&P_ArtigoTecnico_Nilo 4/11/07 1:29 PM Page 2

Page 29: INIBIDORES DE CORROSÃO - ABRACOde Corrosão, fundada em 17 de outubro de 1968, e tem como objetivo congregar toda a comu-nidade técnico-empresarial do setor, difundir o estudo da

A ação de radiações UV tem um papel importante em tintas, devi-do a estas provocarem modificações químicas que levam a propagar acorrosão com facilidade.

O ensaio consiste em ciclos com fases de uma semana conformeASTM G 85, com outra semana conforme ASTM G 154 (Light andwater exposure apparatus). O número de ciclos varia de 6 a 12, depen-dendo da resistência do material.

CORROSÃO FILIFORMED 2803 - Standard Practice for Testing Filiform CorrosionResistance.

Possui três tipos de ciclos. No procedimento “A” os corpos de pro-va são submetidos a névoa salina conforme ASTM B 117 de 4 a 24horas. Após limpeza, são colocados em câmara de umidade não satu-rada 85% UR a 25ºC. No procedimento “B” (baseado na ISO 4623)não há limpeza dos corpos de prova. O procedimento “C” é idênticoao “A”, porém a câmara úmida é operada a 40ºC.

G 60 - Standard Test Method for conducting Cyclic HumidityTests.

Consiste em submeter os corpos de prova a ciclos de umidadevariável de 8 horas com imersão em solução a base de NaCl, CaCl2 eH2SO4.

A variação cíclica de umidade é obtida por duas torres; uma delasde umidificação e a outra de secagem. Na torre de umidificação, o arborbulha numa coluna de água cuja temperatura é controlada termos-taticamente. A torre de secagem contém sulfato de cálcio anidro pararetirada da umidade.

A maior desvantagem deste ensaio está nos casos em que é testadoum componente composto de mais de um tipo de metal.

Após diversos ciclos, existe a contaminação da solução, provocan-do a corrosão galvânica que a peça não é submetida durante o ensaio.

SAE J 1563 - Guidelines for Laboratory Cyclic Test.Apresenta definições gerais de como programar e realizar testes cí-

clicos, bem como diversas relações bibliográficas. Dos testes estudados,inclui aqueles que conduziram a melhores resultados até o momento.

PARTICULARESMuitas empresas desenvolveram, a partir de pesquisas internas,

ensaios próprios para atender suas necessidades específicas. Devido àimportância destas empresas e a representatividade, muitos destesensaios têm se propagado na indústria de sub-fornecedores.

Tabela de alguns exemplos de Ensaios Cíclicos particulares:• GM 9540 P/GM 4465 P • Volkswagen PV 1210• Renault D 17 2020/—B • Peugeot D 23 1461

(ECC1) e D 17 1686/—D • Volvo STD 1027• Nissan M 007 CCT 1/CCT 4 • BMW CCT

Artigo Técnico

Um breve resumo histórico do início até as últimas tendências mundias

Ensaios Acelerados de Corrosão Atmosférica - Parte 2

UTROS EXEMPLOSTRADICIONAIS DEENSAIOS CÍCLICOS:

PROHESION(ASTMG 85 - Standard Prac-tice for Modified Salt Spray(Fog) Testing/Anexo 5).

Conhecido como PROHE-SION, este ensaio foi desenvolvi-do por Harrisons and Timmonsentre 1960 e 1970, e tem sidobem sucedido para correlação deintemperismo de tintas de manu-tenção industrial.

Consiste em ciclos de 1 horade Névoa Salina a 24ºC com 1hora de secagem (dry off) a 35ºC.A solução do eletrólito utilizadaé mais diluída (0,05% NaCl),porém inclui outros eletrólitos(0,35% sulfato amônio).

À medida que se repetem osciclos, a concentração dos eletró-litos nos corpos de prova aumen-ta, sujeitando a uma ação em di-versas concentrações, e as peçasensaiadas alternam condições deumidade saturada e não saturada.

INTEMPERISMO ACELERADO(D 5894 - Cyclic Salt Fog/UV).

Esta norma vem ao encontrode necessidades da indústria detintas.

Por Carlos

Alberto Maciel

Fig. 1 –Exemplo de câmaraintemperismo(envelhecimento)por ciclos deultra violeta/condensação

1

30 C & P • Março/Abril • 2007

11_C&P_14_Ensaios parte2 4/11/07 11:43 AM Page 1

Page 30: INIBIDORES DE CORROSÃO - ABRACOde Corrosão, fundada em 17 de outubro de 1968, e tem como objetivo congregar toda a comu-nidade técnico-empresarial do setor, difundir o estudo da

Outro ítem que causa confu-são de interpretação é o da umi-dade relativa. Água em forma denévoa ou gotas (líquida) numambiente, não é uma certeza deambiente saturado (98% - 100%UR). Umidade relativa é umamedida da porcentagem da quan-tidade de vapor da água com rela-ção ao máximo da saturação paraaquela temperatura. O mais cor-reto seria utilizar medidas de umi-dade absoluta.

Tempos de TransiçãoO tempo de transição entre os

ambientes indicados pelo ensaio,tanto para procedimentos ma-nuais ou automáticos, pode serum fator que cause divergêncianos resultados.

Um sistema automático pos-sui a vantagem de padronizar comexatidão os tempos de transição.

Muitas normas não especifi-cam este tempo de transição sen-do que, o que pode ser aceitávelpara ensaios cíclicos com longosperíodos (de dias), pode não seraceitável em casos em que os pe-ríodos são curtos (horas).

9. ConclusãoDeve-se salientar que os en-

saios acelerados de corrosão e res-pectivos equipamentos utilizadosnão são “máquinas do tempo”, eque sempre é possível observar ascondições de uso do produtopara introduzir alterações noensaio, a fim de reproduzir a per-formace do produto durante avida útil (porém perde-se na nor-malização do ensaio).

Volkswagen PV 1210.Combina Ciclos de Névoa Salina, Repouso e umidade saturada.

Os tempos de transição são considerados dentro do próprio perío-do de cada evento.

7. Execução dos EnsaiosProcedimentos de ensaio podem ser manuais, nos quais o operador

utiliza diversos aparelhos e realiza em tempos determinados a tranfe-rência dos corpos de prova entre as diferentes condições; ou automáti-co, em que um mesmo equipamento é programado para automatica-mente variar as condições internas.

A vantagem de automatizar o processo, está em reduzir o trabalhodo operador (e os custos) e em evitar diferenças no resultado do ensaiodevido ao modo de efetuar as transferências entre os aparelhos.

Conforme verificação das principais normas de ensaios, os ambien-tes mais comuns de serem utilizados em testes cíclicos são névoa sali-na, umidade saturada, secagem e condição ambiente (23 ± 5ºC). Ostempos de cada fase variam de algumas horas a dias.

A fim de permitir abranger a possibilidade de um maior númerode tipos de testes num mesmo equipamento, um modelo de equipa-mento cíclico automático, que seja programável pelo próprio opera-dor, é mais útil.

8. Principais Cuidados em Testes Cíclicos

Correta interpretação dos ambientes solicitados.Como os testes cíclicos envolvem diferentes condições variáveis, é

preciso verificar com segurança que o equipamento utilizado consigareproduzir todas as condições solicitadas.

Por exemplo, muitos ensaios cíclicos solicitam um período em con-dições de repouso (laboratório). Estas condições são geralmente en-contradas em países de clima temperado. No caso do Brasil, para aten-der este requisito, o equipamento deve possuir climatizador ou os cor-pos em teste devem permanecer em laboratório com temperatura eumidade controladas.

Fig. 2 – Exemplos de câmaras de corrosão contínuas e cíclicas

2

TABELA - CICLO ENSAIO CONFORME PV 1210

Ciclo VW PV 1210

Período Evento Descrição conforme4 horas Névoa Salina DIN 50021-SS4 horas Repouso ( 23 +/- % C ) DIN 5001416 horas Umidade Saturada DIN 50017-KK

Fig. 3 –Exemplo de carta

psicométrica

3

C & P • Março/Abril • 2007 31

11_C&P_14_Ensaios parte2 4/11/07 11:43 AM Page 2

Page 31: INIBIDORES DE CORROSÃO - ABRACOde Corrosão, fundada em 17 de outubro de 1968, e tem como objetivo congregar toda a comu-nidade técnico-empresarial do setor, difundir o estudo da

Bibliografia:“ASTM Standardization News”.ROBERT BABOIAN, “Corrosion Test and Standards- Application and

Interpretation”, ASTM book, June 1995.GARDNER S. HAYNES , “ Cyclic Cabinet Corrosion Testing”, ASTM STP

1238, November 1995.KETOLA, GROSSMAN, “Accelerated and Outdoor Durability Testing of Organic

Materials”, ASTM STP 1202, June 1994.“P 228 Automotive Corrosion and Prevention Conference Proceedings”, Dearborn,

MI, December 1989.“P 250 - 5 th Automotive Corrosion and Prevention Conference Proceedings”,

October 1991. •

São inegáveis a importância eas vantagens conseguidas pelacomplementação dos ensaios tra-dicionais, entre eles o de névoasalina com os cíclicos.

Cada vez mais, através de no-vos ensaios de campo e desen-volvimentos em laboratórios,será possível publicar métodosde ensaios muito mais represen-tativos que o de névoa salina neu-tra. Sua normalização será ampla-mente utilizada para compararqualidade de componentes ouacabamentos com relação a cor-rosão atmosférica.

Também é conveniente ob-servar que o ambiente terrestreestá sujeito a alterações climato-lógicas, o que pode levar a futu-ramente ser necessário modificaralguns parâmetros do ensaio(entre eles podemos citar a chuvaácida, cuja potencialidade temaumentado nos últimos anos).

Carlos Alberto MacielEngenheiro Químico – Escola Politécncia da Universidade São Paulo, Diretor - BASSEquipamentos Ltda – Brasil / Thermotron Ind, Inc. - U.S.A. Vice-Presidente da CâmaraSetorial de Controle de Qualidade do CB 04 da ABNT. [email protected] Fax: 11 4161 2176

11_C&P_14_Ensaios parte2 4/11/07 11:43 AM Page 3

Page 32: INIBIDORES DE CORROSÃO - ABRACOde Corrosão, fundada em 17 de outubro de 1968, e tem como objetivo congregar toda a comu-nidade técnico-empresarial do setor, difundir o estudo da

Meio Ambiente

O Dízimo da Vida ou“A Urgência de Viver”

Longe de arrogar-me o direi-to de julgar – afinal os questiona-mentos também valem paramim, pergunto se, de fato, esta-mos agindo com ética em todasas questões de nossas vidas? Umajusta medida seria contabilizar oquanto deixamos de fazer (oudeixamos para depois), daquiloque poderíamos fazer já.

Um texto que circula pela In-ternet, atribuído ao Rabino Hen-ry Sobel, fala justamente sobrefazer: “...nesta hora de oração, tal-vez mais do que em qualqueroutra, sentimos a urgência de vi-ver. Tedy Kollek, o dinâmico pre-feito de Jerusalém, propõe em suaautobiografia um 11º Manda-

mento: ‘Não serás paciente’. Aprimeira vista, tal mandamentoparece ir contra uma das virtudesmais valorizadas da humanida-de, pois a paciência é uma virtu-de. No entanto, ao refletirmos so-bre as palavras de Kollek, perce-bemos que elas contém umagrande sabedoria. A impaciênciaé necessária para remediar nossatendência tão humana de prote-lar. Pois a verdade é que, emmuitas áreas vitais de nossa exis-tência, somos pacientes demais.Esperamos demais para fazer oque precisa ser feito, num mundoque nos dá um dia de cada vez,sem garantias do amanhã. En-quanto lamentamos que a vida écurta, agimos como se tivéssemos

GRADA-ME A DEFINIÇÃO

de Ética dada por umamigo. Diz ele: “ser ético

ou fazer com ética, é fazer o quedeve ser feito, da maneira comodeve ser feito, mesmo quandonão há ninguém olhando”. Dasimples definição, salta-me aosolhos o verbo fazer.

Nestes dias em que a mídia,principalmente a televisiva, resol-veu divulgar os apelos da comu-nidade científica quanto aos re-sultados de pesquisas pertinentesàs questões de meio ambiente,somos todos impelidos a pensarsobre o nosso particular “fazer”.Ainda que tenha dúvidas quantoaos motivos da mídia, afinal o te-ma tem a dose requerida de alar-mismo e sensacionalismo, não po-demos deixar de nos questionarsobre o quanto estamos, de fato,empenhados em minimizar oimpacto de nossa existência sobreo tão combalido planeta Terra.

Se não com obras ou suges-tões grandiosas e impactantes,mesmo sem a “gloriosa” divulga-ção da mídia, o que realmentefazemos – ou podemos fazer –em contribuição com o planeta?Em nossas casas ou em nossosambientes de trabalho, fazemos a“nossa parte”, mesmo quandonão há ninguém olhando? Aque-la embalagem de plástico, quepoderia ser reciclada, a separa-mos? Ou, por estarmos compressa, acabamos por jogá-la nolixo comum – afinal, “as crian-ças” não estavam por perto... Oóleo da fritura é reservado paradescarte apropriado, ou simples-mente é jogado na pia, contri-buindo, sem saber, com um pou-quinho a mais de dificuldade noposterior tratamento da água?

Não temos um estoque inesgotável de tempo. É necessário fazer.

E fazê-lo agora, sem protelação

Por José AdolfoGazabin Simões

à nossa disposição, um estoqueinesgotável de tempo”.

Considerando, então, a desa-gradável sensação de que não hámuito mais tempo, é que os con-vido para, definitivamente, assu-mirmos o papel que nos cabe e aresponsabilidade por fazer algo,por mais simples que seja. Porexemplo, poderíamos nos com-prometer em contribuir com10%. Claro que não em dinhei-ro; digo em esforço e compro-metimento, ou seja, em atitude.Algo como o “pagamento” deum dízimo ao planeta (ou seja, anós mesmos): Nos empenhemosem consumir 10% menos; emeconomizar, no mínimo, 10%de água; 10% de energia elétrica;procuremos produzir 10% me-nos de lixo; reciclar 10% mais doque vimos fazendo; em andar decarro 10% menos ou andar à pé10% mais; em imprimir 10%menos folhas em nossas impres-soras. Enfim, nos empenhos emfazer um pouquinho mais pornossas vidas, pensando não indi-vidualmente, mas coletivamente.

Afinal, por mais catastróficas,alarmistas e sensacionalistas quesejam as previsões, não podemosnos esquecer que, sempre, a so-ma das partes é maior que o todoe, juntos, nossa capacidade derealização é infinita; ou, comodiz outro amigo: “aquilo que fa-zemos juntos, fortalece a muscu-latura que nos mantém unidos”.Então, permaneçamos unidos evivos, fazendo juntos. •

C & P • Março/Abril • 2007 33

“10% em atitute.

Este seria um

bom começo

para todo nós”

José Adolfo Gazabin SimõesDiretor do SINDISUPER e Centralsuper,Diretor da Galrei Galvanoplastia [email protected] fax: (11) 4075-1888

12_C&P_14_José Adolfo 4/11/07 11:45 AM Page 1

Page 33: INIBIDORES DE CORROSÃO - ABRACOde Corrosão, fundada em 17 de outubro de 1968, e tem como objetivo congregar toda a comu-nidade técnico-empresarial do setor, difundir o estudo da

Opinião

UM MUNDO CADA VEZ MAIS DIFÍCIL DE SE PERPETUAR PROFISSIO-nalmente, principalmente sem dispor do uso contínuo da inte-lectualidade mais formal, ainda assistimos tantos brasileiros sem

a formação acadêmica básica a serviço da competitividade organizacio-nal mais elementar!

Quantos brasileiros, ainda cedo, priorizam o trabalho ao brincar,quanto mais ao estudar, motivados pela regra da vida, imposta pelanatureza, da batalha de nos mantermos vivo. Tal conjuntura configurauma realidade irrefutável, no entanto, este artigo não quer privilegiaressa penumbra social, mas sim levantar uma outra questão que tenhovivido em minha atividade profissional: a dos cidadãos que freqüentarama escola, mas ainda continuam na marginalidade profissional!

Seria uma questão de mediocridade pessoal?! Um desses maus alu-nos que não deram o máximo de si durante o período das aulas?! Umexemplo de falta de base acadêmica durante o ensino fundamental queo limitou ao aprendizado posterior nos cursos de nível médio e supe-rior?! Seria aquele aluno “problema” que não gostava de estudar?! Umdaqueles alunos que veio daquela “péssima” escola?!

Não! Estou absolutamente convencido de que não! Esses argumen-tos não são, de longe, a melhor justificativa para esses casos!

Tenho vivido e experenciado os três papéis do ambiente educacio-nal, portanto, sou (e serei eterno) aluno, atuo também como professoruniversitário em cursos de graduação e pós-graduação, e ainda estouCEO de uma empresa de consultoria em gestão integrada especializa-da em gestão da transformação organizacional. Esta empresa tem atua-do, dentre outras atividades, no segmento de treinamentos técnicos emotivacionais e, com freqüência, nossos conteúdos programáticos po-dem ser configurados como corretivos ao conteúdo programático da es-cola tradicional. O que ensinamos deveria ter sido ensinado nos bancosde escola, mas infelizmente não o foram!

Nossa atividade tem procurado conscientizar as entidades de ensi-no brasileiras na aplicabilidade das práticas de excelência em gestão,adotadas pelas empresas públicas e privadas, como por exemplo, aCertificação ISO 9000 para Escolas, a norma ISO 9001:2000 especial-mente adaptada pela ABNT com aplicabilidade específica para entida-des de ensino. Poucas são as escolas que já se certificaram, ou até se inte-ressaram pelo assunto, por puro desconhecimento ou ignorância sobreessa possibilidade.

Essa experiência nos autoriza a interferir, razoavelmente, sobre a ne-cessidade de outras alternativas para a problemática do profissional for-mado academicamente, mas ainda muito mal colocado no ambientecorporativo organizacional. Embora formado, estes profissionais nãoservem para muita coisa!

Orlando Pavani Júnior

É preciso parar de ensinar para voltar a aprender

Um livre pensar sobre a atuação dos professores

Adm. M.Sc. Prof. Orlando Pavani JúniorConsultor Titulado CMC pelo IBCO/ICMCI - CRA 57.398Diretor Executivo da Gauss Consultores Associados Ltda.www.gaussconsulting.com.br – www.olhodetigre.com.brfone: (11) 4220-4950

Talvez a causa fundamental do problema residamesmo nos professores, quando insistem por culparos alunos pelo seu mau desempenho sem observarum pouco mais seus próprios espelhos para consta-tar o péssimo desempenho como professores que,“acham”, representam!

Será que as aulas deles seriam assistidas, comprazer, por eles mesmos?!

Será que eles mesmos não seriam reprovadosquando submetidos ao método de ensino atual? Se-rá que eles, os professores, também não teriam nota“D” no ENEM

Será que seria legítimo que os professores defi-nissem o conteúdo programático de suas discipli-nas? Será que eles seriam capazes de incluir naqueleconteúdo programático algo que não conhecessem,mas que, sabidamente, o mercado necessitasse?!

Será que o orgulho deles permitiria levá-los no-vamente aos bancos das escolas para reciclagem totalde seus meios de ensino? Será que saber o conteúdode sua disciplina é suficiente ou teriam também quesaber ENSINAR o mesmo conteúdo?!

Será que a classe toda seria realmente “burra”quando, depois daquela aula de física clássica e cha-ta, o professor aplica suas avaliações capciosas e ma-nifesta que a maioria (cerca de 70%) de seus alunossempre fica de exame?! Não caberia aqui uma refle-xão do professor que privilegiasse o ato de geraraprendizado ao aluno e não o mero ato de “arrotar”conhecimentos aos mesmos?!

Será que eles realmente fazem de tudo para con-tribuir com a vitória profissional daquele aluno?!

Será que este aluno é realmente o único culpado?!Com certeza não! O professor e toda a mesmice

universitária são os protagonistas da atual realidade.O aluno pode até ter sua culpa, mas é coadjuvante,e não protagonista da endemia! •

34 C & P • Março/Abril • 2007

13_C&P_14_Opinião 4/11/07 1:35 PM Page 1

Page 34: INIBIDORES DE CORROSÃO - ABRACOde Corrosão, fundada em 17 de outubro de 1968, e tem como objetivo congregar toda a comu-nidade técnico-empresarial do setor, difundir o estudo da

ACQUABLAST TRATAMENTO DE SUPERFÍCIES LTDA.www.acquablast.com.br

ADVANCE TINTAS E VERNIZES LTDA.www.advancetintas.com.br

AKZO NOBEL LTDA - DIVISÃO COATINGSwww.international-pc.com/pc/

ALCLARE REVEST. E PINTURAS LTDA.www.alclare.com.br

BLASTING PINTURA INDUSTRIAL LTDA.www.blastingpintura.com.br

BUCKMAN LABORATÓRIOS LTDA.www.buckman.com

CEPEL - CENTRO PESQ. ENERGIA ELÉTRICAwww.cepel.br

CIA. METROPOLITANO S. PAULO - METRÔwww.metro.sp.gov.br

COMÉRCIO E INDÚSTRIA REFIATE LTDA.www.vpci.com.br

CONFAB TUBOS S/Awww.confab.com.br

CORROCOAT SERVIÇOS LTDA.www.corrocoat.com.br

CYRBE IND. RECONDICIONAMENTO ROLOS LTDA.www.cyrbe.com.br

DECORPRINT IND. E COM. LTDA.www.orvic.com.br

DEPRAN MANUTENÇÃO INDUSTRIAL LTDA.www.depran.com.br

DETEN QUÍMICA S/Awww.deten.com.br

DUAL-TECH DO BRASIL TECNOLOGIA [email protected]

DUTOS QUÍMICA LTDA.www.dutosquimica.com.br

EBAK EMP. BRAS. DE MANUTENÇÃO INDUSTRIAL [email protected]

ELETRONORTE S/Awww.eln.gov.br

ELETRONUCLEAR S/Awww.eletronuclear.gov.br

ENGEDUTO ENG. E REPRESENTAÇÕES LTDA.www.engedutoengenharia.com.br

EQUILAM INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA.www.equilam.com.br

FCCATÓDICA PROTEÇÃO ANTICORROSIVA [email protected]

FIRST FISCHER CONSTRUÇÕ[email protected]

FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS S/Awww.furnas.com.br

G P NIQUEL DURO LTDA.www.grupogp.com.br

HENKEL LTDA.www.henkel.com.br

IEC INSTALAÇÕES E ENGª DE CORROSÃO LTDA.www.iecengenharia.com.br

IMPÉRCIA ATACADISTA LTDA.www.impercia.com.br

INT - INSTITUTO NACIONAL DE TECNOLOGIAwww.int.gov.br

INTECH ENGENHARIA LTDA.www.intech-engenharia.com.br

KURITA DO BRASIL LTDA.www.kurita.com.br

MAPS ENGENHARIA INDUSTRIAL LTDA.www.mapsei.com.br

METAL COATINGS BRASIL IND. E COM. LTDA.www.dacromet.com.br

MTT ASELCO AUTOMAÇÃO LTDA.www.aselco.com.br

MULTIALLOY METAIS E LIGAS ESPECIAIS LTDA.www.multialloy.com.br

NTI ZERUST INIBIDORES DE CORROSÃO VCI LTDA.www.zerust.com.br

NALCO BRASIL LTDA.www.nalco.com.br

NORDESTE PINTURAS E REVESTIMENTOS LTDA.www.nrnordeste.com.br

PERFORTEX IND. DE RECOB. DE SUPERF. LTDA.www.perfortex.com.br

PETROBRAS S/A - CENPESwww.petrobras.com.br

PETROBRAS TRANSPORTES S/A - TRANSPETROwww.transpetro.com.br

PETROQUIMICA UNIÃO S/Awww.pqu.com.br

QUALITY WELDING CONS., CQ, SERV. E TREINAM.www.qualitywelding.com.br

QUÍMICA INDUSTRIAL UNIÃO LTDA.www.tintasjumbo.com.br

RENNER HERMANN S/Awww.rennermm.com.br

RUST ENGENHARIA LTDA.www.rust.com.br

SACOR SIDEROTÉCNICA S/Awww.sacor.com.br

SHERWIN WILLIAMS DO BRASIL - DIV. SUMARÉwww.sherwinwilliams.com.br

SOCOTHERM BRASIL www.socotherm.com.br

SOFT METAIS LTDA.www.softmetais.com.br

TBG - TRANSP. BRAS. GASODUTO BOLIVIA-BRASIL www.tbg.com.br

TEC-HIDRO IND. COM. E SERVIÇOS [email protected]

TRIEX - SISTEMAS, COMÉRCIO E SERVIÇOS LTDA.www.triexsis.com.br

ULTRAJATO ANTICORROSÃO E PINT. INDUSTRIAISwww.ultrajato.com.br

UNICONTROL INTERNATIONAL LTDA.www.unicontrol.ind.br

VERTICAL SERVICE CONSTRUÇÕES [email protected]

VOTORANTIM METAIS ZINCO S.A.www.votorantim-metais.com.br

WEG INDÚSTRIAS S/A - QUIMICAwww.weg.com.br

W.O. ANTICORROSÃO E CONSTRUÇÕES LTDA.www.woanticorrosao.com.br

Empresas associadas à ABRACO

Associados ABRACO

A ABRACO agradece às empresas associadas pelo apoio e colaboração às diversas iniciativas da entidade, que possibilitam o

desenvolvimento de atividades culturais e de fomento comercial. A ABRACO espera estreitar ainda mais as parcerias com as empresas,

para que os avanços tecnológicos e o estudo da corrosão sejam compartilhados com a comunidade técnico-empresarial do setor.

C&P_14_Associados 4/10/07 9:23 AM Page 1