INGESTÃO DE ALIMENTOS
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INGESTÃO DE ALIMENTOS
Consumo Voluntário → quantidade de alimento
ingerido (ad libitum) por um animal ou grupo de animais durante
um certo período de tempo (24 hs)
Equilíbrio entre Alimentação e Produção →
queda da produtividade (Subalimentação) ou deposito excessivo
de gorduras (Superalimentação)
Custo de produção (manipulação das rações e
manejo produtivo adequado)
Fatores que concorrem para a subalimentação:
o Ingestão insuficiente de alimentos;
o Baixa digestibilidade dos alimentos;
o Aumento na necessidade de energia (final da gestação,
inicio da lactação);
o Competição pelo espaço abdominal com outros órgãos
(útero, gordura);
o Redução do metabolismo geral (estado de carência,
doenças);
o Pastagens de baixa qualidade
1. Adequação da dieta ao apetite
Controle da ingestão de alimento → Energia da
dieta (escolha do alimento e nível de ingestão)
“Adequar a quantidade e qualidade da dieta às exigências do
animal”
Alta Produção (crescimento, final de gestação,
inicio de lactação) → alimentos de alta digestibilidade e
densidade
Baixa Produção → reduzir a densidade de
nutrientes do alimento (evitando a deposição de gordura)
2. Definições quanto a ingestão
Refeição: períodos distintos em que os animais
se alimentam (pequenos intervalos, separados por intervalos
maiores).
Intervalo entre refeições: Intervalo mínimo
entre refeições calculado através de um estudo de comportamento
alimentar (Intervalos menores devem ser considerados como parte
de uma mesma refeição).
Fome: estado que estimula o animal a iniciar
uma refeição.
Saciedade: estado que leva o animal a
interromper uma refeição (alimentação).
Grau de fome: peso do alimento ingerido em
uma refeição, dividido pelo intervalo anterior a esta.
Grau de saciedade: peso do alimento ingerido
em uma refeição, dividido pelo intervalo posterior a esta.
Apetite: compulsão à ingestão de um nutriente
especifico e não da comida em geral.
Palatabilidade: impressão sensorial que um
animal recebe de um alimento (botões gustativos).
Ritmo de alimentação: peso do alimento
ingerido por unidade de tempo (decresce no final de cada
refeição).
Consumo potencial: peso do alimento
necessário para preencher as exigências nutricionais do animal
(pode ser menor que o consumo voluntário).
3. Controle da ingestão de alimentos
TEORIA DO FATOR ÚNICO: São teorias que se concentram
em um único e principal controlador do consumo.
Distenção Estomacal:
Consumo pode ser restringido pela capacidade física do
estomago ou rúmen e aumentos no volume de órgãos abdominais
(fase terminal da gestação) → redução da ingestão voluntária.
Medidas: Alteração da digestibilidade e na taxa de
passagem das forragens causa mudanças no consumo.
Teoria Glicostática
Consumo pode ser controlado pelos níveis de glicose no
sangue. A concentração de glicose no sangue aumenta após a
refeição e decresce antes da próxima refeição (controle do
hipotálamo através da insulina controlando o consumo).
Controle Termostático
O consumo é elevado na estação fria e reduzido na estação
quente esta alteração é relacionada com a termorregulação animal.
Para atender níveis de consumo necessários durante o verão
(dietas com maior densidade).
TEORIA DO FATOR MÚLTIPLO: O consumo alimentar não
é regulado por um fator isolado, mas por associações com o
sistema nervoso central (funções do consumo de energia ou
armazenamento são comandadas pelo cérebro).
“Energostasis”
O consumo é controlado pela necessidade de suprimento de
energia para alguns tecidos.
Fatores Sensoriais
A palatabilidade tem influencia sobre o consumo voluntário
(ração mais palatável pode estar neutralizando os sinais do
excesso de gordura).
4. Fatores da dieta que afetam a ingestão de alimentos
Digestibilidade e concentração de energia:
Alimentos de baixa digestibilidade tem sua ingestão voluntária
controlada por fatores físicos.
Proteína: A ingestão não é afetada pelo
conteúdo protéico da ração (dentro dos limites normais).
Deficiência e desequilíbrio de aminoácidos:
Tem o mesmo efeito da deficiência de proteína de um alimento
(suplementação de aminoácidos na ração, infusão no trato
gastrointestinal ou na circulação)
Deficiências e excesso de outros constituintes
da dieta: A deficiência de qualquer nutriente essencial causa
queda na ingestão de alimento.
o Deficiência: manganês, potássio, sódio, cobalto,
cobre, Vit. A, Vit. D, Vit. B12, Zinco.
o Excesso: Arsênico, flúor, molibdênio,sódio, selênio e
zinco (reduzem a ingestão voluntária)
Apetites específicos: A seleção dos alimentos
pode ser baseada no seu valor nutritivo ou na palatabilidade.
Deficiência especifica (eleva a ingestão de um determinado
alimento com o nutriente especifico).
Privação de água: A restrição de água causa um
decréscimo acentuado na ingestão de alimento (aumento da
viscosidade da dieta).
Fatores sensoriais: Palatabilidade tem forte
relação com o consumo alimentar. Outros fatores: Cor, forma,
odor, gosto.
5. Fatores ambientais afetando o consumo
Temperatura ambiental → refere-se à
temperatura efetiva do ambiente (umidade, radiação solar, chuvas
e vento). A temperatura tem influencia direta sobre o consumo de
alimento.
5.1. Ambientes Frios
Abaixo da temperatura critica → aumenta a taxa
de produção de calor (temperatura corporal) ocasionando um
aumento das exigências energéticas (aumento do consumo)
Temperaturas abaixo de -10ºC → habito
alimentar é interrompido (gado de corte)
5.2. Ambientes Quentes
Acima da zona de termoneutralidade a
temperatura corporal cresce e o consumo alimentar decresce
(reduzir o incremento calórico associada com a alimentação,
digestão, absorção e metabolismo)
5.3. Fotoperíodo
A diferença entre o dia e a noite → facilidade do
animal em ver sua comida e esta seqüência funciona como um
regulador das atividades diárias.
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5.4. Fatores Sociais
Animais tendem a ter menor consumo quando
estão isolados (maior consumo em grupo).
5.5. Distância da água
Animais (sistema extensivo) → caminham
longas distancias para ingerir água e quanto maior o deslocamento
menor será a ingestão de alimento.
5.6. Doenças
Doenças graves ou mesmo Infestação por
helmintos → grande decréscimo na ingestão de alimento.