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SUPORTE ASSESSORIA EMPRESARIAL - SUPORTE@PORTALSUPORTE.COM.BR PG. 1/10 www.portalsuporte.com.br A norma ABNT NBR 18801 e a Segurança no Trabalho CONTEÚDO 1 SEGURANÇA NO TRABALHO Conheça a norma ABNT NBR 18801:2010 sobre segurança no trabalho 2 RÁPIDAS Saiba o que está acontecendo no mundo dos sistemas de gestão 3 FAQ Veja respostas para algumas das dúvidas relativas a sistema de gestão 4 RECICLAGEM DE EMBALAGENS Artigo sobre o valor econômico da reciclagem de embalagens A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) publicou em 1º de Dezembro de 2010 a norma brasileira NBR 18801:2010 Sistema de gestão da segurança e saúde no trabalho - Requisitos. A norma é válida a partir de 1º de Dezembro de 2011. A norma foi elaborada pela Comissão de Estudo Especial de Segurança e Saúde Ocupacional (ABNT/CEE-109) e está baseada na norma OHSAS 18001:2007 e na OIT. Seções Estrutura da norma A NBR 18801 segue uma estrutura semelhante a outras normas de gestão, tendo os seus elementos alinhados com o modelo do PDCA. Uma novidade interessante nessa norma é que os requisitos estão distribuídos de acordo com as diversas fases do ciclo PDCA, deixando bem claro o relacionamento entre eles. A figura na página 8 mostra o que a norma chama de “modelo brasileiro de sistema de gestão de SST”. Observa- se que a norma procura abranger também a segurança fora do local do trabalho (3.4.5). Os 3 primeiros elementos (3.1 a 3.3) são estruturais: participação dos trabalhadores, controle social (acesso as informações pelas partes interessadas) e política de SST. O elemento 3.4 apresenta requisitos gerais, aplicáveis a todo o sistema de gestão. A partir do elemento 3.5 (Planejar), começa o relacionamento direto com o ciclo do PDCA. Este elemento apresenta requisitos referentes a: Identificação, avaliação e controle de riscos; Gestão de mudanças; Requisitos legais e outros; Objetivos de SST; Programa de gestão. O elemento 3.6 aborda a parte do executar do PDCA. Ele contém requisitos com relação a: R e c u r s o s , f u n ç õ e s , responsabilidades, atribuições e autoridades; Competência, treinamento e experiência; Procedimentos de SST; Comunicação; Documentação; Controle de documentos; Controle operacional; Preparação e resposta a emergências. A etapa da verificação do ciclo PDCA é contemplada no elemento 3.7. Os requisitos são: Monitoramento e medição do desempenho; Avaliação de conformidade; Identificação e análise de acidentes e incidentes, não conformidade, ação corretiva e ação preventiva; Controle de registros; Auditoria interna INFORMATIVO SUPORTE EDIÇÃO Nº 5 MARÇO 2011 Informativo Suporte Continua na página 9...

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A norma ABNT NBR 18801 e a

Segurança no Trabalho

CONTEÚDO

1SEGURANÇA NO TRABALHOConheça a norma ABNT NBR 18801:2010 sobre segurança no trabalho

2RÁPIDASSaiba o que está acontecendo no mundo dos sistemas de gestão

3 FAQVeja respostas para algumas das dúvidas relativas a sistema de gestão

4 RECICLAGEM DE EMBALAGENSArtigo sobre o valor econômico da reciclagem de embalagens

A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) publicou em 1º de Dezembro de 2010 a norma brasileira NBR 18801:2010 Sistema

de gestão da segurança e saúde no trabalho - Requisitos. A norma é válida a partir de 1º de Dezembro de

2011. A norma foi elaborada pela Comissão de Estudo Especial de Segurança e Saúde Ocupacional

(ABNT/CEE-109) e está baseada na norma OHSAS 18001:2007 e na OIT.

SeçõesEstrutura da norma

A NBR 18801 segue uma

estrutura semelhante a outras normas de gestão, tendo os seus elementos alinhados com o modelo

d o P D C A . U m a n o v i d a d e interessante nessa norma é que os requisitos estão distribuídos de

acordo com as diversas fases do ciclo PDCA, deixando bem claro o relacionamento entre eles. A figura na página 8 mostra o que a norma

chama de “modelo brasileiro de sistema de gestão de SST”. Observa-se que a norma procura abranger

também a segurança fora do local do trabalho (3.4.5).

Os 3 primeiros elementos (3.1 a

3.3) são estruturais: participação dos trabalhadores, controle social (acesso a s in fo r maçõe s pe l a s pa r t e s interessadas) e política de SST.

O elemento 3.4 apresenta requisitos gerais, aplicáveis a todo o sistema de gestão.

A partir do elemento 3.5 (Planejar), começa o relacionamento direto com o ciclo do PDCA. Este elemento apresenta requisitos

referentes a:

Identificação, avaliação e controle de riscos;

Gestão de mudanças;Requisitos legais e outros;Objetivos de SST;

Programa de gestão.

O elemento 3.6 aborda a parte do executar do PDCA. Ele contém requisitos com relação a:

R e c u r s o s , f u n ç õ e s , responsabilidades, atribuições e autoridades;

Competência, treinamento e experiência;Procedimentos de SST;

Comunicação;Documentação;Controle de documentos;Controle operacional;

Preparação e resposta a emergências.

A etapa da verificação do ciclo

PDCA é contemplada no elemento 3.7. Os requisitos são:

Monitoramento e medição do

desempenho;Avaliação de conformidade;Identificação e análise de acidentes e incidentes, não

conformidade, ação corretiva e ação preventiva;Controle de registros;

Auditoria interna

INFORMATIVO SUPORTE EDIÇÃO Nº 5! MARÇO 2011

Infor mativo Suporte

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RÁPIDASO QUE ESTÁ ACONTECENDO NO MUNDO DOS SISTEMAS DE GESTÃO

INFORMATIVO SUPORTE EDIÇÃO Nº 5! MARÇO 2011

ISO/FDIS 14066

A norma ISO/FDIS 14066 Greenhouse

gases - Competence requirements for greenhouse

gas validation teams and verification teams (Gases

de efeito estufa - Requisitos de competência para

times de validação e times de verificação de gases

de efeito estufa) começou a circular para votação

pelos países membros da ISO em Janeiro e tem

prazo até 18 de Março de 2001 para o final da

votação. Este é o último estágio no fluxo de

elaboração de uma norma ISO.

Toyota

A Toyota anunciou no dia 26 de Janeiro um dos maiores

recalls da história automotiva. Se trata de um recall mundial,

envolvendo 21 modelos diferentes e 1,7 milhão de veículos

fabricados entre 2000 e 2009. Apesar dos problemas

enfrentados a cerca de um ano com o recall de 3,4 milhões de

veículos no Estados Unidos, a Toyota manteve a posição de

maior fabricante de veículos do mundo (8,4 milhões em

2010). O recall atual não está relacionado com nenhum

acidente reportado. Aparentemente a empresa pretende agir

de forma preventiva dessa vez e evitar que a sua reputação

seja comprometida novamente caso voltem a acontecer

acidentes graves com os veículos Toyota. Este recall envolve

1,3 milhão de veículos montados no Japão.

ISO/DIS 14045A norma ISO/DIS 14045 Environmental management - Eco-efficiency assessment of product systems - Principles, requirements and guidelines (Gestão ambiental - Avaliação da eco-eficiência de sistemas de produtos - Princípios, requisitos e orientação) começou a circular para votação pelos membros da ISO em Janeiro e tem prazo até 21 de Junho de 2001 para o final da votação. Este é o penúltimo estágio no fluxo de elaboração de uma norma ISO.

ISO 28000

O organismo de certificação Rina (Registro Italiano

Navale), anunciou recentemente o lançamento no Brasil

do serviço de certificação de organizações na norma ISO

28000:2007 Especificação para sistemas de gestão da

segurança da cadeia de fornecimento. Esta norma foi

desenvolvida em função de uma demanda da indústria de

transporte e logística por uma norma comum de gestão

da segurança. Iniciativas locais como o Singapore Trade

Partneship (STP) e TAPA já existem há algum tempo,

mas a ISO 28000 e a primeira norma internacional sobre

o assunto, sendo mais abrangente que as iniciativas

mencionadas.

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FAQVeja a resposta para algumas das suas dúvidas

As normas ISO 14001:2004 e OHSAS 18001:2007

estabelecem que os objetivos devem ser

mensuráveis, quando praticável. Isso significa

que pode ficar a critério da organização definir objetivos mensuráveis?

Ao contrário da norma ISO 9001:2008, que no

requisito 5.4.1 estabelece que os objetivos devem ser mensuráveis, o requisito 4.3.3, das normas ISO 14001:2004 e OHSAS 18001:2007 estabelece que eles devem ser mensuráveis, quando praticável. Mas isto não

significa que a organização tenha total liberdade para definir objetivos mensuráveis ou não. A intenção é evitar objetivos do tipo: “Diminuir o consumo de energia elétrica”. A

organização precisa quantificar o quanto pretende diminuir este consumo, de forma a avaliar objetivamente se o objetivo foi atendido, e alocar os recursos necessários

para atendê-lo. Objetivos do tipo: “Restaurar uma determinada área”, são mais difíceis de quantificar, já que é difícil medir o nível de “restauração” da área. Nesse caso, não seria praticável mensurar o objetivo. A avaliação de atendimento

teria que ser menos objetiva, mas nem por isso totalmente subjetiva. Critérios podem ser definidos para avaliar quando a restauração da área atingiu o nível mínimo

desejado, como o retorno de fauna nativa ao local. Além disso, deve se observar que melhoria contínua é definida na ISO 14001 como aprimoramento do desempenho ambiental e que

desempenho ambiental é definido como “resultados mensuráveis da gestão da organização dos seus aspectos ambientais”. Ou seja, a melhoria contínua precisa ser demonstrada através de resultados mensuráveis. Na OHSAS 18001, as

definições criam um conflito com o requisito 4.3.3. Objetivo de SSO é definido como “meta de SSO, em termos de desempenho de SSO…”, e desempenho é definido de forma

similar a ISO 14001 (“resultados mensuráveis”). Ou seja, pela definição de objetivo, ele precisa ser mensurável. Em termos de auditoria, no caso desse conflito, prevalece o

requisito em 4.3.3.

Quais são as organizações que podem obter

certificação na especificação técnica ISO/TS

16949:2009?

A FAQ 01 de Outubro de 2009 do IATF (International Automotive Task Force), organização responsável, junto com a ISO, pela especificação técnica ISO/TS 16949, esclarece essa questão.

Qualquer organização na Cadeia Automotiva de Fornecimento que atenda o critério abaixo, pode obter certificação na ISO/TS 16949:2009:

1. Escopo1.1.Geral

Esta especificação técnica, em conjunto com a ISO

9001:2008, define os requisitos do sistema de gestão da qualidade para o projeto e desenvolvimento, produção e, quando relevante, instalação e serviço de produtos automotivos.

Esta especificação técnica é aplicável a locais (“sites”) da organização onde peças de produção e/ou serviço, especificadas pelo cliente, são fabricadas.

2. “Automotivo” deve ser entendido como incluindo o seguinte: carros, caminhões (leves, médios e pesados), ônibus e motocicletas.

3. “Automotivo” deve ser entendido como excluindo o seguinte: Industrial, Agricultura, Off-Highway (mineração, florestais, construção, etc.).4. Local (“site”)

Localização onde processos de manufatura de valor agregado ocorrem.

5. Manufatura:

Processo de fazer ou fabricar:Materiais de produçãoPeças de produção ou serviço

Montagens, ouTratamento tér mico, soldagem, pintura,

tratamento superficial, ou outros serviços de acabamento

Um ponto importante neste esclarecimento é “peças de produção e/ou serviço especificadas pelo cliente”. Isto significa que organizações que produzem apenas para o

mercado de reposição, não podem obter certificação ISO/TS 16949. É necessário ter um cliente automotivo definindo as especificações. Quando o cliente é consumidor

final, quem define as especificações é a própria organização.

INFORMATIVO SUPORTE EDIÇÃO Nº 5! MARÇO 2011

Tem alguma dúvida sobre sistema de

gestão? Envie um email com a sua dúvida

para [email protected] que

vamos procurar responder nas próximas

edições do Informativo Suporte.

VEJA O NOVO CATÁLOGO D

E

TREINAMENTOS DA SUPORTE

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IntroduçãoParticipação das embalagens na composição do lixo

O Brasil produz diariamente cerca de 170.000 toneladas de lixo urbano (resíduos sólidos). Uma parcela significativa (80%) é enviada

para "lixões" - isto é, depósitos a céu aberto sem qualquer controle de poluição, que contaminam lençóis

freáticos, fontes de água para consumo humano, e também o próprio ar. Os depósitos de

l i x o a c é u a b e r t o s ã o organismos vivos, produtores de líquidos efluentes e gases tóxicos. Hoje, a maioria das

cidades brasileiras utiliza lixões, ou aterros sanitários, para tratar o lixo.

Ao analisarmos o resíduo sólido urbano brasi leiro, verificamos que cerca de 60%

é composto por matéria orgânica - isto é, alimento que está sendo desperdiçado. Quando comparamos com

cidades americanas, onde o resíduo orgânico varia entre 8 e 12%, temos a verdadeira

dimensão do problema. O alimento, para ser produzido, utiliza recursos naturais, produtos

químicos e grande quantidade de água. Durante o seu transporte, o combustível consumido (petróleo) gera poluição atmosférica, causadora

do efeito estufa e danos à saúde da população nos grandes centros urbanos.

As duas principais causas para este problema são um sistema de

d i s t r ibu i ção pouco efic i en te, principalmente de produtos "in natura", e a falta de embalagens adequadas para o mercado brasileiro.

Um produto embalado resiste mais ao transporte, tem maior vida útil para ser comercializado e apresenta

diminuição no custo final do alimento.

Um das principais tipos de

embalagens utilizados atualmente são as assépticas (longa vida) que representam, no Brasil menos do que 1% do lixo total (0,3% nos EUA).

J á a s l a t a s d e a lu m í n i o , correspondem, no Brasil, a menos de 1% dos resíduos urbanos (cerca de

1% nos EUA – 1,7 milhão de toneladas por ano). A lata de aço corresponde a 3% do lixo domiciliar

das grandes cidades brasileiras (1,3% nos EUA).

No Rio de Janeiro, as garrafas PET correspondem em média a

1,4% em peso do lixo urbano. Na coleta seletiva, o PET representa em média 17% dos reciclados separados.

No Brasil, o vidro corresponde a 3% dos resíduos urbanos. Nos EUA, o índice é de 6,6%, equivalente a

11,3 milhões de toneladas por ano.Com relação às embalagens de

plástico rígido, o peso varia muito conforme a cidade. No Rio de

Janeiro, por exemplo, o plástico rígido corresponde a 15% do lixo, mas em Curitiba a fatia é de 6%.

No Rio de Janeiro, o papelão - incluindo o papel ondulado - corresponde a 4,1% do lixo. Nos

EUA, o papel ondulado constitui

INFORMATIVO SUPORTE EDIÇÃO Nº 5! MARÇO 2011

R e c i c l a g e m d e

E m b a l a g e n s

A foto mostra o lixão de Brasília (sem trocadilhos). É em lixões como esse que a maior parte do lixo urbano no Brasil vai parar.

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12,2% do peso d o s r e s í d u o s urbanos antes

da reciclagem, totalizando 23,9

milhões de toneladas.O plástico filme representa

entre 5% e 10% do peso do lixo,

conforme a região. No Rio de Janeiro, eqüivale a 9,7% do lixo (3,2 milhões de toneladas).

C o n c l u i n d o , p o d e m o s m i n i m i z a r e s t e p r o b l e m a descartando o lixo de forma adequada (aterros controlados) ou

simplesmente gerando o mínimo possível destes resíduos, em especial os orgânicos. Neste sent ido,

podemos dizer que uma embalagem não é uma fonte de poluição e sim uma arma contra o desperdício de

alimentos e a geração de lixo orgânico nas cidades, que é

depositado de forma inadequada pela maioria dos municípios b ra s i l e i ro s , con taminando o ambiente.

Valor de mercadoO mercado para reciclagem

A reciclagem como solução ao acúmulo do resíduo sólido urbano é a pós-consumo. A ISO 14020,

quando estabelece os requisitos de rotulagem ambiental , apenas permite a valorização de um

produto com o adjetivo reciclável àqueles materiais que são de fato reciclados após o uso, no país que tenha um sistema organizado de

coleta que permite o recolhimento do material e seu envio à planta de reciclagem. Da mesma forma, o uso

da expressão “contém material r e c i c l a d o ” d e v e r e v e l a r a

concentração média realmente usada na composição do material. Como qualquer outro processo industrial a reciclagem mecânica

deve ser economicamente viável, o que requer, entre outros fatores, que haja garantia de fornecimento

contínuo de material para ser reciclado e que o produto final tenha valor agregado, o que está associado

à qualidade desse produto. A qualidade depende da tecnologia de reciclagem e do desenvolvimento de processos adequados para seleção e

limpeza do material pós-consumo. Para isso, a qualidade do recuperado deve ser compat íve l com as

propriedades exigidas pela aplicação proposta. Além disso, deve-se considerar as restrições legais. Em

princípio, embalagens PET não podem ser recicladas para produzir

Preço do material reciclável*

Cidade

Preço do material reciclável*Preço do material reciclável*Preço do material reciclável*Preço do material reciclável*Preço do material reciclável*Preço do material reciclável*Preço do material reciclável*Preço do material reciclável*Preço do material reciclável*Preço do material reciclável*

PapelãoPapel

BrancoLatas Aço Alumínio

Vidro Incolor

Vidro Colorido

Plástico Rígido PET

PlásticoFilme

Longa Vida

Salvador

Vitória

Angra dos Reis

Rio de Janeiro

Farroupilha - RS

Porto Alegre

São Paulo

Assis - SP

Bauru - SP

Judiaí - SP

Santos - SP

Santo André -

SP

São José dos

Campos - SP

60 (p,l) 100 (p,l) 45 p 1.100 p 50 30 100 (p,l) 150 (p,l) 150( p,l) -""

131(p,l) 221(pl,) 16 1.405 p 20 10 221 (p,l) 255 (p,l) 85,3 (p,l) -

120 (p,l) 120 (p,l) 60 p 1.300 55 55 100 (p,l) 100 (p,l) 100 (p,l) -

190 (p,l) 220 (p,l) - 1.600 (p,l) 40 40 180 (p,l) 220 (p,l) 150 (p,l) -

100 (p,l) 70 (p,l) 20 500 30 30 130 (p,l) 270 (p,l) 130 (p,l) 40 (p,l)

140 250 48 1.400 55 55 190 250 130 45

- - - - - - - - - -

130 p 139 30 p 620 p - - 80 190 p - 40 (p,l)

70 (p,l) 120 l 30 1.400 p 30l 30 100 (p,l) 230 (p,l) 130 (p,l) 30 (p,l)

60 40 20 p 1.000 p 35 35 120 p 250 p 50 p -

15l 30 l 15 350 20 20 30 l 60 l - -

130 (p,l) 130 (p,l) 40 p 1.400 p 70 35 140 300 (p,l) 130 (p,l) 60 p

128 (p,l) - 59,5 p 770 p 30,5 30,5 50 l 95 (p,l) 130( p,l) -

p = prensadol = limpo*preço da tonelada, em Real

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novas embalagens PET para alimentos, já que o processo de r e c i c l a g e m n ã o g a r a n t e a descontaminação do material. Essa

restrição não existe para embalagens de alumínio, uma vez que o processo garante a descontaminação. Reciclar

u m a e m b a l a g e m p a r a a p r o v e i t a m e n t o c o m o n o v a embalagem é economicamente mais

i n t e r e s s a n t e , normalmente, do que reciclá-la para outros fins. O resultado é que

cerca de 95% das latas d e a l u m í n i o s ã o recicladas no Brasil.

Obviamente que o fato de serem facilmente t ranspor táve i s , por

serem amassadas sem muito esforço, ajuda neste resultado.

Nota-se, pela tabela

da página anterior, uma grande variação de preços. Supõe-se que

i s t o s e d e v e principalmente ao baixo preço do material em

relação ao seu peso, o q u e i n v i a b i l i z a e c o n o m i c a m e n t e o transporte por longas

d i s t â n c i a s . Conseqüentemente, o material reciclável deve

ser aproveitado num r a i o r e l a t i v a m e n t e pequeno em relação a onde se

encontra disponível. Nestas situações a lei da oferta e procura no local acaba provocando esta variação de preços. Além disso, quando o nível de

desemprego em uma região aumenta, a quantidade de pessoas que se volta para a economia informal também

aumenta, incrementando o número de catadores e diminuindo o preço, devido a concorrência.

Longa VidaEmbalagens assépticas

São três os processos possíveis para reciclagem das embalagens cartonadas:

1) Reciclagem das fibras -

Fe i t a e m u m e q u i p a m e n t o semelhante a um liqüidificador

gigante, o "hidrapulper", as fibras são

hidratadas com água, separando-se do alumínio/polieti leno. Após processo de purificação, podem ser usadas para produção de papel Kraft,

papelão ondulado, embalagens para ovos, etc. Essas três alternativas possuem mercados no Brasil.

2) Prensagem - Depois de picadas, as embalagens são prensadas

a altas temperaturas, produzindo chapas semelhantes à madeira, ideais para a produção de móveis e

divisórias.

3 ) I n c i n e r a ç ã o c o m

recuperação de energia - O

vapor gerado move uma turbina que produz energia elétrica a ser

distribuída para a população.Há pouca disponibilidade das

embalagens Longa Vida no lixo

urbano brasileiro. Atualmente, são recicladas as aparas e sobras da

p r o d u ç ã o d a s e m b a l a g e n s

cartonadas e material p ó s - c o n s u m o , derivados da coleta

seletiva realizada em algumas cidades do País. Na fábrica da

Tetra Pak de Monte Mor, no interior do Estado de São Paulo, o r e s í d u o d e

polietileno é enviado para rec i c l agem, servindo de matéria-

p r i m a p a r a a produção de uma série de itens de

p l á s t i c o ( s a c o s , brinquedos, peças, etc.). Já o material laminado é reciclado

integralmente para produção de papel - p a p e l h i g i ê n i c o ,

papel toalha, papelão o n d u l a d o e embalagens de polpa

moldada para ovos.A taxa de rec ic lagem de

e m b a l a g e n s L o n g a Vi d a n a Alemanha é de 65%. Para a indústria

alemã de papel e papelão, as fibras têm alto valor. Nos EUA a taxa de reciclagem deste material é 25%.

Cada tonelada de embalagem c a r t o n a d a r e c i c l a d a g e r a , aproximadamente, 650 quilos de

papel Kraft, economizando o corte de 20 árvores cultivadas em áreas de

INVESTOR NEWSLETTER ISSUE N°3! FALL 2009

Realizar a coleta de embalagens PET é normalmente menos rentável economicamente do que a coleta de latas de alumínio de bebidas, devido a dificuldade no transporte.

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INFORMATIVO SUPORTE EDIÇÃO Nº 5!MARÇO 2011

reflorestamento comercial. Os resíduos são transformados em papel toalha, sacos industriais, solados de s a p a t o , t a p e t e s d e c a r ro e

espaçadores de "pallets". No Brasil, é previsto o aumento da reciclagem dessas embalagens nos próximos

anos devido, principalmente, ao aumento do consumo, à expansão dos programas de coleta seletiva e o

desenvolvimento de novos processos tecnológicos.

Nos países que reciclam o material, as fibras de papel contidas

nessas embalagens valem cerca de US$ 70 a tonelada. No Brasil, a cotação média das fibras de papel

contidas nessas embalagens é de em média R$ 50/t, dependendo da região do país.

As caixinhas Longa Vida são f o r m a d a s p o r p a p e l ( 7 5 % ) , polietileno de baixa densidade (20%) e alumínio (5%). Para reciclá-las, o

primeiro passo é separar estes mater ia i s . I s to acontece em papeleiras, empresas especializadas

na produção e reciclagem de papéis: as embalagens são colocadas com água

em um equipamento chamado hidrapulper. Após 30 minutos de intensa agitação, as

fibras de papel são separadas do alumínio e do polietileno. O

líquido resultante é então filtrado e lavado para a recuperação

das fibras, que podem s e r u s a d a s p a r a produzir papel toalha, papelão ondulado, embalagens para

ovos, palmilhas de sapato, etc. As camadas de alumínio e

polietileno podem ser queimadas em

caldeiras especiais, com filtros para a purificação dos gases de exaustão ou em fornos de cal. Eles também

podem ser reutilizados em um

p r o c e s s o c h a m a d o ter moinjeção, usado para a produção das mais diversas peças

plásticas: canetas, réguas, peças de engenharia, etc.

O p r o c e s s o d e

reciclagem das fibras nas embalagens é viável economicamente, pois as

fibras têm um alto valor para a indústria de p a p e l / p a p e l ã o . N a A l e m a n h a e l a s s ã o

transformadas em papel-toalha e papel Kraft, utilizados na fabricação

de sacos industriais. A s e m b a l a g e n s

também podem ser

q u e i m a d a s e m incineradores, que é uma forma de reciclagem, pois o vapor gerado durante a combustão move uma

turbina que produzirá energia elétrica. Esse processo é conhecido como incineração com recuperação

de energia, sendo largamente

utilizado na Europa. Os produtos da combustão das embalagens Longa Vida são o gás carbônico (CO2), vapor d'água, ambos na forma

gasosa, e trióxido de alumínio na forma sólida (alumina), que é a matéria-prima para a produção de

alumínio, e é usado, também, como agente floculante em tratamento de

água ou como agente refratário em alto-fornos. As embalagens Longa Vida têm poder calorífico de 21.000 Btus por quilo. Uma tonelada de

embalagem Longa Vida, quando queimada, equivale à energia de cinco metros cúbicos de madeira ou

aproximadamente 40 árvores adultas ou 500 quilos de óleo combustível.

A embalagem reciclada pode voltar a ser embalagem, inclusive

nos EUA existem embalagens produzidas com fibras recuperadas após o consumo. Entretanto, existe

um limite para a adição de fibras recicladas para não afetar a

Camadas constituintes de uma embalagem asséptica, do tipo longa vida.

Fluxograma resumido do processo de reciclagem de embalagens assépticas.

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e s t r u t u r a d a e m b a l a g e m (rigidez). Quando a fibra de celulose

é reciclada, ocorre uma diminuição e m s e u

comprimento, isto é, ela é cortada d u r a n t e o

p r o c e s s a m e n t o d e n t r o d a s m á q u i n a s d e reciclagem. Isso

a c a r r e t a u m a d i m i n u i ç ã o n a q u a l i d a d e d o

papel, impedindo que a embalagem nova seja produzida com cartão

100% reciclado. As embalagens cartonadas

precisam ser lavadas após o consumo porque os restos de

alimentos contidos nelas dificultam o reprocessamento do material.

O p a p e l e x i s t e n t e n a s

embalagens cartonadas pode ser compostado para produção de humus utilizado em hortas e jardins.

Em outro processo, o material resultante da reciclagem das fibras (plástico/alumínio), que corresponde a 25% da mas sa in i c ia l da

embalagem, deverá ser reprocessado

em um forno de pirólise para recuperação do metal. O plástico existente servirá como combustível no mesmo forno de pirólise,

reduzindo o consumo de gás natural necessário para a fusão do alumínio.

A reciclagem é uma das formas

de resolver o problema do lixo, entretanto não é a única. A redução na fonte, isto é, reduzir o peso da

e m b a l a g e m p a r a p r o t e g e r determinado produto, ainda é a melhor opção. A incineração com re c u p e r a ç ã o d e e n e rg i a e m

incineradores com controle de emissão gasosa também é viável em algumas localidades. O aterro

s a n i t á r i o c o n t r o l a d o , t a m b é m d e v e s e r c o n s i d e r a d o p a r t e d o

Gerenciamento Integrado do Resíduo Sólido.Mais para que possa haver qualquer tipo de reciclagem

é essencial que seja feita a c o l e t a s e l e t i v a d a s embalagens. Uma forma de

internalizar este custo é criar mecanismos legais ou financeiros para que as

empresas se vejam forçadas

(mecanismo legal) ou pelo menos incentivadas a participar de forma a t i v a n e s t a a t i v i d a d e . E s t a participação pode ser através de

c a m p a n h a s e d u c a t i v a s , fornecimento de recipientes para coleta, suporte técnico às empresas

i n t e re s s a d a s e m re c i c l a r a s embalagens, etc. O mecanismo legal já existe para alguns produtos como:

óleo, baterias, lâmpadas e pneus.Algumas empresas já realizam

algumas dessas atividades aqui no Brasil por iniciativa própria, como é

o caso da Tetra-pak.A participação na coleta seletiva

pode ser feita, também, através de

suporte técnico a prefeituras de p e q u e n o s m u n i c í p i o s p a r a implantação de processos de coleta/

triagem.

Continua na próxima

edição

Coleta Seletiva: é um processo de separação do lixo doméstico nas próprias residências, evitando que

materiais nobres como alumínio, aço, vidro e papel sejam contaminados com matéria orgânica, prejudicando e encarecendo a sua reciclagem. Em muitos casos, a contaminação inviabiliza

completamente a recuperação dos materiais.

Campanhas educativas com origem na iniciativa privada ajudam no processo de coleta seletiva.

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A última etapa do PDCA, agir, é abordada pelos requisitos do elemento 3.8, que

estabelece como a análise crítica pela administração deve ser feita.

Comparando com a OHSAS 18001:2007Análise dos requisitos

A primeira diferença importante são as definições de acidente e incidente. A OHSAS 18001 define acidente como um tipo de incidente onde ocorreu lesão. Na NBR

18801, acidente é definido como um evento que resulta em conseqüências que podem causar lesões ao trabalhador. E incidente é definido como qualquer ocorrência não

programada que possa resultar em lesão. Ou seja, as duas definições parecem dizer a mesma coisa com palavras diferentes.

No requisito referente a participação dos trabalhadores

e feita menção explícita a Cipa, elegendo-a como forma principal de participação dos trabalhadores.

No elemento referente a política (3.3), a NBR 18801, requer que ela faça menção, além do que a OHSAS 18001 requer, ao comprometimento de todos com a melhoria contínua na prevenção de acidentes e o atendimento dos

requisitos legais aplicáveis as suas atividades, produtos e serviços. Neste último ponto temos um problema grave da norma. Atendimento a requisitos legais do produto, está

além, na maioria das vezes, do escopo de um sistema de gestão de SSO. Isto está mais ligado a disciplina da qualidade. Se um fabricante de preservativo, por exemplo,

não atende os requisitos legais relativos ao produto, isso não vai afetar a segurança e saúde dos trabalhadores. Pelo menos não no trabalho.

A NBR 18801 dá mais ênfase a questão da mudança e

a analise de riscos associada, dedicando um sub-elemento inteiro a ela. Esta ênfase maior e compreensível, já que esse é um requisito da norma OHSAS 18001 que,

normalmente, não e bem abordado nos sistemas de gestão

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S GSST

ELEMENTOS

Prevenção e controle de riscos

Melhora contínua de desempenho em SST

Pa

rtic

ipa

ção

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tra

ba

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Co

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Inci

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tra

ba

lho

Princípios

Cultura de prevenção em

SSTTrabalhador

Empregador

Governo

Pro

cess

o t

rip

art

ite

OIT

Participar em SSTCumprir instruções de SST

Implantar cultura preventiva

Garantir ambiente saudável e

seguro

Envolver trabalhador em SST

Fomentar políticas e programas de SST

RE

GR

AS

FU

ND

AM

EN

TO

S

SISTEMA ABERTO

AMBIENTE DE TRABALHO

Continuação da página 1

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ÁREA DE ATUAÇÃOA Suporte Assessoria Empresarial atua há quatorze anos no m e rc a d o , d e c o n s u l t o r i a , treinamento e auditoria de sistemas de gestão. Os seus profissionais possuem larga experiência em sistemas de gestão da qua l idade , meio ambiente, saúde e segurança, re s pon s ab i l i d ade soc i a l e qualidade laboratorial.

EQUIPE DO INFORMATIVO SUPORTEHenrique LeocádioEditor - Diagramador

Carlos Heitor SabaráRedator - Revisor

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de SSO.Com relação aos objetivos a NBR

18801 acrescenta requisitos relativos a o r g a n i z a ç ã o a s s e g u r a r a

compatibilidade e integração do sistema de SSO com outros sistemas e gestão dos riscos aos trabalhadores,

fornecedores, clientes e comunidade. Como seção de terminologia não d e fi n e f o r n e c e d o r, c l i e n t e o u

comunidade, não se sabe exatamente a abrangência do requisito. Seriam somente os fornecedores e clientes que tem acesso ao local de trabalho ou os

fornecedores e clientes, fora do local de trabalho, que possam ter contato com produtos da organização. Riscos a

comunidade seriam os riscos no evento de uma emergência apenas ou os riscos a saúde referentes a poluição.

Com relação a responsabilidade e autoridade, a identidade da alta direção e/ou do seu representante deve ser conhecida e aceita. Esta é a única

menção a representante da alta direção e não fica claro se é obrigatório indicar um. Mas o maior problema é com

relação a aceitar a identidade da alta direção. Aceitar por quem? E se ela não for aceita?

De acordo com a NBR 18801, o trabalhador deve ter habilidades e competência com base na qualificação, habilitação, capacitação, autorização

e/ou pré-requisitos legais. Aqui o termo competência é usado de uma maneira diferente de como aparece em

outras normas de gestão, incluindo alguns termos comuns em documentos legais brasileiros como qualificação e

habilitação. A norma só define autorização e capacitação.

Com relação aos procedimento, eles devem sensibilizar as pessoas que

t r a b a l h a m s o b o c o n t ro l e d a organização para, entre outras coisas, gerem comportamentos e atitudes

adequadas e levem os conhecimentos de SST para fora do local de trabalho. Os dicionários da língua portuguesa

( A u r é l i o e H o u a i s s ) d e fi n e m comportamento e atitude como sinônimos, embora em psicologia eles não sejam.

A norma NBR 18801 possui diversos problemas de redação. Alguns deles, como exemplificados acima,

graves. Outros, são apenas de concordância entre o parágrafo principal e os sub-itens do elemento,

como no elemento 3.6.4 que específica que organização deve estabelecer um sistema de comunicação para ter comprometimento no desenvolvimento

e na revisão das políticas e dos objetivos de SST.

Em nossa opinião, uma revisão

deveria ser publicada o mais rápido possível.

Esquema deCertificação

Ainda não se sabe se vai haver um

esquema de certificação para essa norma. Se ele for criado, será, certamente, pelo Inmetro, como acontece com a norma NBR 16001,

sobre responsabilidade social. Contudo, mesmo que seja criado um esquema de c e r t i fi c a ç ã o , a q u a n t i d a d e d e

organizações interessadas não deve ser alta. Assim como acontece com a norma NBR 16001. Esquemas de

certificação baseados em normas nacionais não vão atrair organizações globais (nacionais ou estrangeiras), que precisam demonstrar para a matriz,

clientes, e/ou acionistas internacionais o seu comprometimento com a segurança e saúde no trabalho. Estas

organização vão sempre preferir esquemas e normas internacionais que sejam amplamente reconhecidas.

Mesmo organizações que operam apen a s n o m erc ado n ac ion a l , costumam dar preferência a normas internacionais.