Informativo maiojunho 2015 web

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1 Informativo da Província

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Sumário.2. Palavra do Editor

4. PerfilIrmão Osmar Lúcio da Silva – História de minha vida

6. História e Espiritualidade RedentoristaIrmãos Nicésio e Gregório – Mártires de MadriPadre Wilhelm Janauschek – Servo de DeusIrmão Marcel Van – Apóstolo do Amor

11. Planejamento e FormaçãoAnimação Missionária Redentorista – Nossa família reza e participa!Secretariado Vocacional – Somar forças em prol das Vocações RedentoristasSecretariado Vocacional – Planejamento 2015/2018

17. Nossa História RecuperadaProvíncia de São Paulo, Vice-Provinciais e Provinciais e seus governos – 1894 a 2014EPHPHATHA – Mas para que tanto PH?

21. Por falar em comunicação...Com as ondas curtas, Rádio RB2 transmite para todo o Brasil e países de outros continentes

24. Notícias e InformaçõesNova diretoria do Grupo Santuário – Nova gestão quer fortalecer missão da Editora SantuárioPe. Helder e Pe. José Luís Queimado – Nova gestão do A12.com quer aprimorar ferramentas e conteúdos de formaçãoPe. João Batista de Almeida – Novo reitor fala sobre desafios, surpresas e experiênciasMorre Pe. Eduardo, fundador das Irmãs Mensageiras do Amor Divino

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1. Palavra do Editor

As comunidades, conselhos, comissões e secretariados da Província de São Paulo estão num franco processo de organização, de planejamento de sua vida e de sua ação, em vista do novo quadriênio que já estamos vivendo. Reuniões, encontros, planejamento, planos e ações estratégicas são ferramentas usadas com largueza por todas as instâncias de ação da Província, em vista de uma Ação Evangelizadora e de um compromisso de vivência religiosa renovada e fortalecida.

Tempos Novos estamos vivendo, não resta nenhuma dúvida. Tempo de se viver a marca da colegialidade no exercício do poder que é acima de tudo serviço. Tempo de organizar a vida e a caminhada pastoral. E alguns frutos já estão sendo colhidos! Depois de muito tempo, realizamos um Retiro Espiritual para os superiores das comunidades, realizamos uma reunião planifi cadora com os párocos, reitores de igreja e vigários paroquiais e uma importante reunião com os membros das Comissões e Secretariados da Província que são ao todo 25.

Nossa Província Redentorista de São Paulo é um organismo vivo, complexo, dinâmico e quando somamos forças muito podemos realizar. O Ano da paz, o Ano da Vida Consagrada e o Jubileu da entrega do Ícone do Perpétuo Socorro à Congregação são chamados de atenção e ao mesmo tempo uma incisiva convocação.

Mas, em toda essa realidade de vida e de caminhada, um elemento se torna essencial: O testemunho de vida de tantos que doaram e

continuam doando suas vidas para que a Redenção se torne de fato Copiosa. Por isso, trazemos neste número de nosso Informativo Provincial o testemunho de vida do Irmão Osmar Lúcio e do Irmão Malachias em sua entrega vocacional. Trazemos o testemunho de vida e de doação pelo martírio dos irmãos Nicésio e Gregório que são do grupo dos Mártires de Madri; trazemos um resumo da vida do Servo de Deus o austríaco Padre Wilhelm Janauschek e um pouco da vida do Irmão Marcel Van, o Apóstolo do Amor.

Trazemos, porém, muito mais. Falamos de uma bonita experiência missionária como a Animação Missionária realizada pelos nossos estudantes junioristas; falamos da experiência do EPHPHATHA, recuperando um texto publicado pelo nosso ex-confrade Cyro Garcia. Trazemos os testemunhos e vivências daqueles que passam a exercer alguns serviços de coordenação, seja na Editora Santuário, no Portal A12.com e também no Santuário Nacional.

Tudo isso faz crescer em nós uma só convicção. Precisamos trabalhar, somar forças em prol das vocações e isso se faz, em primeiro lugar, pela vivência de nossa Consagração Religiosa.

A todos, um feliz bimestre, rico em ações e vivências como são os meses de maio e junho. uma boa leitura e um compromisso de vida que se renova.

Pe. Inácio Medeiros, C.Ss.R.Editor

[email protected]

Somar forçasem prol das vocações!

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Expediente.Capa.

INFORMATIVO DA PROVÍNCIAÓrgão da Província Redentorista de São Paulo Edição N. 242, Maio e Junho de 2015

Superior ProvincialPe. Rogério Gomes, C.Ss.R.

Coordenador EditorialPe. Mauro Vilela da Silva, C.Ss.R.

EditorPe. José Inácio Medeiros, C.Ss.R.

RevisãoAna Lúcia de Castro LeiteLuana Galvão

Design e DiagramaçãoHenrique BaltazarPamela Prudente

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2. Perfil

Irmão Osmar Lúcio da Silva História de minha vida

Quando eu pensei em entrar para o seminário, acreditava que iria levar uma vida diferente daquela que eu vivia. Primeiro, eu procurei o seminário dos Franciscanos, na cidade de Patos de Minas, que se localizava a três quadras de minha casa. Fui conversar com um frei franciscano, com a idade bem-avançada. Ele era irmão e me disse que os franciscanos não aceitavam ninguém para o seminário lá de Patos de Minas, mas não me indicou para nenhum outro lugar.

Perto de minha casa morava um rapaz que já estava no Seminário São Geraldo, em Potim- SP, querendo ser irmão. Quando ele veio de férias, conversei com ele, que, por sua vez, conversou com o Pe. Geraldo Bonotti. Pe. Geraldo me escreveu então uma carta pedindo que eu arrumasse meu enxoval e viajasse para o Potim. A partir disso, minha decisão foi muito rápida.

Antes de entrar para o seminário eu exercia a profissão de sapateiro, já com os meus 19 anos.

Eu não gostei e não gostava do Potim, mas tinha medo do Pe. Geraldo Bonotti, pois ele queria que eu voltasse para minha casa, alegando ser eu muito franzino. Tempos mais tarde, ele foi transferido para a Basílica, vindo em seu lugar

o Pe. Arlindo Santiago, que, sem me conhecer, disse: “Você não vai embora não!”

Padre Santiago disse que eu deveria estudar fora do seminário, escolhendo um colégio em Aparecida. Eu escolhi o COTECA, que era comercial. Ali eu me formei técnico em contabilidade.

Logo após minha Profissão Religiosa, o então Pe. Amador Leardini, Superior Provincial, transferiu-me para o convento do Santuário (Basílica Velha), onde trabalhei como porteiro e, por sinal, gostei muito.

Realizei-me muito cuidando da contabilidade, em algumas comunidades onde vivi, mas na maior parte eu atuei como sacristão, serviço que exerço até os dias de hoje em São João da Boa Vista.

Procuro sempre fazer a vontade de Deus e isso é a minha realização, pois depois de tantos anos de vida religiosa sou muito realizado e feliz.

De meus velhos companheiros de caminhada, Irmão Willibaldo, padre Izidro e meu atual companheiro de trabalho, Ir. Clemente, trago as melhores recordações.

Cruzes sempre existiram em minha vida e sem elas eu não posso viver.

Ir. Osmar Lúcio da Silva, C.Ss.R.São João da Boa Vista

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Irmão Osmar Lúcio da Silva

É estar em convivência com o povo mais carente, espiritual e materialmente, mostrando a este mesmo povo a bondade, o amor e a misericórdia de Deus .

Quando entrei para o seminário Santo Afonso pensando em ser padre, não me haviam falado sobre ser irmão. Sempre sentindo que havia ainda algo a ser encontrado, busquei conhecer o que era ser irmão e descobri finalmente o que faltava. Sou feliz por ser redentorista e irmão.

Santo Afonso é aquele que enxergou o apelo divino nos fatos do dia a dia, que viu no povo carente o Jesus que clamava por misericórdia, que esperava para ter vez e voz dentro da sociedade de sua época, e que também nos ensina a reconhecê-lo na sociedade atual. Em minha vida entendo isso como sendo o ponto básico do SER REDENTORISTA.

Ir. Sérgio Augusto Malachias, C.Ss.R.Comunidade – Santuário Nacional

SerRedentorista

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3. História e Espiritualidade Redentorista

Irmãos Nicésio e Gregório Mártires de Madri

Quando estourou a guerra, fazia apenas dois anos que irmão Nicésio havia chegado a Madri, e nesses dois anos, com a humildade que lhe era característica, exerceu o cargo de hortelão. Pouco saía do convento, pouca gente o conhecia. Juntos, irmão Gregório e irmão Nicésio, no dia 20 de julho, abandonaram o convento e abrigaram-se na casa de dona Trinidad Bru, viúva e mãe do padre Lino, diocesano e amicíssimo dos Redentoristas, que só não entrou na Congregação por ser filho único e ter de cuidar da mãe. Morreu, também como mártir, sem realizar seu sonho.

Ali viveram em paz, desfrutando do ambiente de carinho daquela família, até 27 de julho, dia em que o porteiro do prédio, acompanhado de um motorista, bateu à porta de dona Trinidad intimando-a, de forma autoritária,

a tirar do prédio os dois religiosos. A bondosa mulher pedia-lhe educadamente, mas com insistência, que lhe desse mais algum tempo para conseguir outro lugar para abrigar seus hóspedes. O porteiro, no entanto, que não entendia de delicadezas, e com ameaças, manteve sua ordem.

Padre Lino, exibindo todo o porte de atleta que Deus lhe dera, saiu à porta e, com voz firme, replicou ao porteiro: “Pois eu lhe asseguro que, com grosserias assim, não sairão senão por cima de meu cadáver”. O porteiro retirou-se sem dizer uma palavra. Poucos dias depois, o corajoso padre Lino, grande como um gigante, mas ingênuo como uma criança, caiu varado por balas enquanto caminhava pela calçada.

Com uma documentação falsa que conseguiram para o irmão Gregório, ele e o irmão Nicésio saíram da casa de dona Trinidad e, com todo o cuidado, dirigiram-se a uma pensão na rua Pelayo. A proprietária da pensão preencheu a ficha de hóspedes e pediu ao irmão Gregório que assinasse. Mas aquele irmão Gregório, que

IRMãOS NICéSIO E GREGóRIO – DOIS IRMãOS A CAMINHO DO MARTÍRIO

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em seu contato com o mundo tanto aprendera, não havia aprendido a dissimular. Declarou que aquela cédula de identidade não era sua. Diante disso, é claro, não puderam ser aceitos na pensão. Estavam, literalmente, na rua.

Recomendados pela senhorita Maria Ruiz, apresentaram-se ao Comissariado de Chambery. O Comissário, porém, dizendo-lhes que ali a vigilância dos milicianos era implacável, e, se os acolhesse, colocaria em risco a ele e a todos os demais que ali trabalhavam, lamentou, mas nada pôde fazer. Apenas permitiu que ficassem num banco ao canto da sala, até que caísse a noite e se dispersassem as turbas e os milicianos que rondavam pela rua. Ali ficaram até a meia-noite.

Quando viram a rua livre de inimigos, saíram e dirigiram-se à rua Arrando, que o irmão Gregório conhecia muito bem, pois trabalhara bom tempo num imóvel dessa rua, reformando um sótão para transformá-lo em depósito do Editorial El Perpetuo Socorro. Esconderam-se ali por vários dias, enquanto durou o estoque de alimentos que traziam consigo. E, por mais dois, passaram sem comer praticamente nada, quando então foram socorridos por Maria Ruiz e Pepita Moreno.

Pepita, que tanto se desvelou por vários Redentoristas, visitava-os e levava-lhes alimentos, ao mesmo tempo em que procurava outro abrigo para eles. Mas foi Maria Ruiz quem acabou conseguindo a casa da família Quintanilla, na rua Covarrubias, a mesma rua do Editorial El Perpetuo Socorro. Como ninguém os viu entrar, tiveram mais alguns dias de paz.

Paz que durou pouco. Dia 14 de agosto, véspera da festa da Assunção, lá pelas duas da tarde, chegaram dois milicianos e levaram os irmãos. Não respeitaram nem a idade nem a doença do irmão Nicésio, que se achava de cama. Ao que tudo indica, ou foi o porteiro do prédio ou sua filha – “uma criatura perversa” –, como a classifica o padre Ibarrola, quem os denunciou.

Não se sabe quanto tempo ficaram no palácio de Valdeiglesias, transformado em casa de detenção para interrogatório e tortura, que foi para onde os levaram. O mais provável é que tenham sido mortos na madrugada da festa da Assunção, dia 15 de agosto de 1936.

Do irmão Nicésio contam que, com doçura na voz, disse ao chefe do pelotão: “E você se atreve a matar um velho, que pode ser seu pai e até seu avô?” E lhe deu um abraço. De um soldado, testemunha da execução, contam que saiu exclamando: “Que energia tem esse velho!” O primeiro a tombar foi irmão Gregório. Quando chegaram ao irmão Nicésio, pediu-lhes que o deixassem rezar uma oração. E, feita a oração, falou: “Agora podem disparar”. E eles dispararam. Em seguida, apenas juntaram os dois cadáveres e os abandonaram.

Quão maravilhosa se tornou essa estreita união, amarrada pela caridade! Esse é, seguramente, um dos mais belos feitos da história dos mártires redentoristas da Espanha.

Comunidade de Madri - 1930

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SuA VIDA

Padre Wilhelm Janauschek Servo de DeusNuma terça-feira, dia 16 de abril de 2014,

o Papa Francisco autorizou a promulgação de quatro novos decretos da Congregação para as Causas dos Santos, entre eles, o decreto do Servo de Deus padre Wilhelm (Guilherme) Janauschek, religioso da Congregação do Santíssimo Redentor, pertencente à Província de Viena, Áustria.

Padre Guilherme nasceu em Viena no dia 23 de outubro de 1859. Fez os votos como redentorista em Mautern, no dia 28 de abril de 1878, e foi ordenado na mesma cidade, no dia 29 de agosto de 1881. Depois de sua ordenação, foi destinado a trabalhar na formação. Em 1885, foi nomeado diretor do seminário em Leoben e, em 1890, mestre de noviços. Foi provincial da Áustria e continuou a exercer diversos ofícios.

Como Superior demonstrou sempre ser um homem de oração. Apesar de sua agitada vida, sentia muita alegria ao participar das missões,

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que pregou em diversas regiões da Áustria e da Alemanha, e, uma vez, na Rússia.

Toda a sua vida foi devotada ao sacramento da reconciliação, atendendo penitentes de todas as classes. Sua extraordinária santidade de vida era evidente para todos, sendo sempre muito agradável e companheiro. Padre Guilherme Janauschek morreu em Viena no dia 30 de junho de 1926. Sua causa de beatificação foi aberta em novembro de 1934.

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Irmão Marcel VanApóstolo do Amor

Estamos acostumados com redentoristas do Ocidente. Mas no Oriente há diversos países onde a Congregação floresce fortemente. Somos o grupo que mais religiosos tem na Oceania. Na Índia, Indonésia, Tailândia, Vietnã, Japão, Filipinas etc., há irmãos, padres e leigos que vivem com entusiasmo no seguimento de Jesus Cristo, como nos ensinou Santo Afonso. Por lá também estão as irmãs redentoristas.

O Vietnã sofreu diversas dominações, entre as quais a da França e depois dos Estados Unidos e os comunistas. Houve muito sofrimento na guerra. Ali, no norte do país, na pobreza, nasceu, dia 1 março de 1928, em Tonkin, Joaquim Nguyen Tan Van (mais conhecido com o nome religioso de Marcel Van). Era um menino pequeno e muito inteligente. Sua família era profundamente cristã. Passou uma infância feliz. Data marcante foi sua primeira comunhão: “Num instante, tornei-me como uma pequena gota de água perdida no meio do oceano. Agora, só resta Jesus e eu; e eu apenas sou o pequeno nada de Jesus”. Nessa altura, somente com 6 anos, nasceu-lhe um desejo: “Queria tornar-me padre para anunciar a Boa-Nova aos não crentes. Tomei a resolução de ser

uma flor sem fruto, a fim de espalhar perfume em toda a minha vida”, escreveu na autobiografia.

Mas aos 7 anos, pela extrema pobreza de sua família, foi levado para a “Casa de Deus”, instituição criada no final do século XVIII pelas Missões Estrangeiras, para instruir os fiéis, tendo como fim um possível futuro ingresso no seminário. Porém, o menino Van, de 7 anos, por ser novo e pobre, acabou por ser explorado pelos responsáveis e rapazes mais velhos. Sua fé profunda indispôs os outros. Entristecido por esse ambiente deplorável, fugiu. Viveu na rua. Foi colhido por uma senhora que pensava em vendê--lo para o tráfico de crianças. Fugiu novamente para viver na rua. Passou pela terrível escola da humilhação e da mendicidade.

No final de 1940, em uma confissão foi-lhe dito: “Se Deus te enviou a Cruz, é sinal que Ele te escolheu”. Na missa de Natal, experimentou uma alegria intensa: “Encontrei o tesouro mais precioso de minha vida… Por que razão meus sofrimentos me parecem tão belos? (…) Já não tinha medo de sofrer. Deus confiava-me uma missão: a de mudar o sofrimento em felicidade…” Voltou para aquela instituição. Em outubro de 1942, entrou

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para o seminário, dirigido pelos dominicanos. Foi nessa altura que fez a descoberta que mudou sua vida. Encontrou e leu a “História de uma alma”, de Santa Teresa do Menino Jesus. Tinha 14 anos. “Compreendi que Deus é Amor e que o Amor vive de todas as formas de Amor. Posso, pois, santificar-me através das pequenas ações… um sorriso, uma palavra ou um olhar desde que tudo seja feito por Amor. Que felicidade! Já não receio tornar-me santo. Encontrei, por fim, o meu caminho de santidade.”

Foi uma união extraordinária que passou a viver com a jovem santa carmelita de quem recebeu a graça de ouvir sua voz e que o tratava por “irmãozinho”. Confiou-lhe o segredo de sua experiência: “Não temas jamais a Deus… Ele só sabe amar…”. Van não foi padre, mas tornou-se religioso redentorista.

Rebentou, entretanto, a guerra entre o Vietnã e a França, desembocando na divisão do país. Foi nessa ocasião que Marcel Van optou por ser testemunha de Jesus desafiando o poder comunista do Norte. Disse: “Nada me pode retirar a arma do Amor… Decido ir, para que haja alguém que ame a Deus no meio dos comunistas… Minha morte tornar-se-á vida para muitos. Minha morte marcará o início da paz para o Vietnã”. Assim falava

um jovem redentorista vietnamita. Ofereceu-se voluntário para Hanoi, capital do norte do país que ficara sob regime comunista, quando todos fugiam de lá. Consequentemente, foi preso em 1955.

Com apenas 27 anos, começou sua agonia. Por não renegar sua fé, foi acusado de propaganda reacionária, sentenciado a 15 anos num campo de reeducação. Mas nem assim vacilou: “Sou vítima do Amor e o Amor é toda a minha felicidade”. Entre as centenas de detidos, ele foi a luz e o reconforto de todos: “É bem necessário que me dê aos outros… Deus fez-me saber que cumpro sua vontade”. Porque não apresentou evolução em sua “reeducação”, as medidas endureceram-se contra ele. Foi mantido no isolamento, acorrentado, não tendo direito a visitas nem correio.

Morreu esgotado a 10 de julho de 1959. Tinha 31 anos. Sua causa de beatificação já foi introduzida como confessor da fé. Podemos dizer com muita segurança que é um redentorista muito conhecido. Deixou muitos escritos de grande profundidade mística, espiritualidade que bebeu de sua experiência com Santa Teresinha.

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Animação Missionária RedentoristaNossa família reza e participa!

Planejamento e Formação 4.

Você já ouviu falar da Animação Missionária Redentorista? Ainda não?

Esse trabalho nasce por volta dos anos 80, feito pelos estudantes redentoristas, durante a teologia, e coloca em prática o conteúdo adquirido nos estudos, promovendo, desde o tempo de seminário, o fortalecimento dos trabalhos missionários da Província Redentorista de São Paulo. A Animação Missionária é uma missão popular encabeçada pelos estudantes de teologia.

Qual é o objetivo central dessa Animação Redentorista? A Animação é um trabalho extraordinário, tempo especial de evangelização. Seu objetivo principal é suscitar a participação consciente e ativa da comunidade, ou seja, levar a comunidade, por meio da vivência concreta da

ANIMAçãO MISSIONáRIA, ObjETIVOS, METAS E ORGANIzAçãO

fé, a continuar a proposta do seguimento de Jesus Cristo, Caminho, Verdade e Vida. Esse trabalho acontece mediante o pedido escrito pelo pároco. Após aprovação dos estudantes, uma equipe é designada para preparar todas as fases que formam a Animação.

Hoje, a Animação Missionária Redentorista é conduzida pelos junioristas redentoristas da Província de São Paulo e da Vice-Província de Recife, acontecendo sempre no início das férias de fim de ano. Desse modo, a equipe de Animação tem o ano todo para preparar e organizar as fases iniciais.

A primeira fase é de conhecimento da paróquia a ser missionada, e percepção da expectativa do pároco e das comunidades.

1ª Fase:

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“A Animação é um trabalho extraordinário, tempo especial de evangelização. Seu objetivo principal é suscitar a participação consciente e ativa da comunidade, ou seja, levar a comunidade, por meio da vivência concreta da fé, a continuar a proposta do seguimento de Jesus Cristo, Caminho, Verdade e Vida.”

A segunda fase é de mobilização de todo o povo, colocando-o a par do trabalho. Tempo de fazer conhecer as lideranças e suscitar novas, bem como preparar os agentes coordenadores e auxiliares para cada setor nas diversas comunidades. Cada um desses coordenadores fica com dois auxiliares e com um número de 9 a 15 casas para preparar e rezar antes da Animação acontecer.

2ª Fase:

A terceira fase é o momento da formação cristã para todos esses agentes que foram suscitados e da organização de alguns setores que ainda não estavam prontos.

Além dos junioristas, participam também alguns padres, freiras, seminaristas e leigos. Essa etapa da Animação tem programação para toda a semana e para todos os públicos. Durante toda a semana tem celebrações de manhã e à noite, novenas, momentos de bênçãos à tarde, encontros com crianças e jovens. São dias para reavivar a fé e o compromisso cristão de cada um, vivendo e crescendo em comunidade, para que assim possamos experimentar o amor de Deus. E algo muito próprio de nossa Animação são as visitas de casa em casa. São visitas fraternas, que pretendem animar principalmente aqueles que se encontram distantes da comunidade. Buscamos, como o papa Francisco, criar a cultura do encontro para “unidos em Cristo, com Maria, viver e crescer em comunidade”.

A animação missionária redentorista nasce da inspiração de nosso fundador, Santo Afonso de Ligório, que sempre acreditou na força redentora de Jesus Cristo agindo no encontro com as pessoas, sobretudo as mais pobres e desamparadas.A quarta fase é o período do envio

missionário dos agentes. Cada coordenador leva a capelinha missionária de seu setor. Cada setor escolhe seu santo, ou santa, de devoção que ficará na capelinha. É nessa fase que eles são enviados para rezar a novena nas casas em preparação da Animação.

Terminada a novena, chega à 5ª Fase da Animação. A paróquia em festa recebe a imagem peregrina de Nossa Senhora Aparecida, vinda do Santuário Nacional, com os diversos missionários e missionárias que trabalharão nesse tempo forte de evangelização.

3ª Fase:

4ª Fase:

5ª Fase:

E quEM PARTICIPA DA ANIMAçãO?

Frater Reinaldo Benjamim, C.Ss.R.Estudante de Teologia

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issio

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Secretariado Vocacional Somar forças em prol das Vocações Redentoristas

Utilizar e direcionar todas as forças da Província de São Paulo para promover as vocações Redentoristas são os principais objetivos da nova equipe de promotores vocacionais da Província de São Paulo, que assume a pastoral pelos próximos quatro anos.

No início deste ano, todas as Unidades da Congregação do Santíssimo Redentor trocaram seus governos provinciais, procedimento que acontece a cada quatro anos. Devido a essas mudanças, houve também uma redistribuição dos trabalhos pastorais. Assim, a equipe do Secretariado Vocacional Redentorista da Província de São Paulo ganha nova composição. Os junioristas Fr. Daniel Siqueira e Fr. João Paulo Oliveira, que já integravam a equipe de promotores vocacionais, ganham a companhia dos padres José Torres, William Betônio e Lucas Emanuel, e ainda a do irmão João Batista de Viveiros.

Com uma equipe mais numerosa, o Secretariado Vocacional terá representantes em outros setores da Província. Padre Lucas Emanuel é o responsável pela promoção vocacional na equipe de Missões, já padre William Betônio,

também diretor da Rádio Aparecida, auxiliará a equipe na área de comunicação.

“Quando o Governo Provincial nomeia um missionário que trabalha nos Meios de Comunicação, outro nas Missões Populares, outros ainda no processo de formação, para fazer parte do Secretariado Vocacional, ele deseja que o assunto vocação seja dinamizado em todos os setores de nossa província e que se crie uma cultura vocacional que envolva a todos”, ressaltou irmão Viveiros.

O Secretariado Vocacional conta também com o trabalho da Irmã Eliana Oliveira da Cruz, Mensageira do Amor Divino, para os serviços de secretaria, e da leiga Thamara Gomes, como jornalista.

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NOVOS DESAFIOS E POSSIbIlIDADES

A partir da proposta do novo Governo Provincial para a Pastoral Vocacional Redentorista, a equipe desenvolveu um planejamento para o quadriênio que se inicia, com objetivos e estratégias concretas para um efetivo trabalho em prol das vocações. Além disso, o grupo pretende ampliar as ações vocacionais e conscientizar os jovens a respeito das diversas vocações. “Nossa atuação vocacional não se restringe à vocação para a vida religiosa e sacerdotal. Queremos que os jovens se juntem a nós e meditem sobre o chamado que Deus faz a todos, para que possam escolher com maturidade o rumo de suas vidas e realizar o projeto de Deus”, comentou Pe. José Torres.

Um dos principais desafios da nova equipe é alcançar o jovem de hoje, conectado e cheio de

possibilidades ao seu redor, e levá-lo a refletir sobre a própria realização, de acordo com os critérios cristãos para a vida. Dentro desse contexto, o Secretariado Vocacional se mostra disposto a adequar e ampliar suas formas de comunicação direta com a juventude, utilizando os principais veículos de comunicação como a Rádio Aparecida, TV Aparecida, Portal A12.com, Editora Santuário e o Santuário Nacional, a principal vitrine do trabalho redentorista, em favor das vocações.

“Acredito que o principal desafio seja mostrar nesses meios de comunicação, principalmente aos jovens, que responder ao chamado de Deus é gratificante. Que não tem nada de “cafona” assumir a vocação à qual foi chamado. E que é muito legal ser redentorista”, destacou padre William Betônio.

Os novos promotores agradecem o trabalho desenvolvido pelo padre Anísio Tavares e pelo irmão Ernesto Coelho à frente da Pastoral Vocacional Redentorista, e ainda pela Irmã Marlene Inês Teixeira, que integrou a equipe nos últimos cinco anos.

Pe. William Betônio

Irmã Eliana Oliveira da Cruz

Fr. Daniel Siqueira

Fr. João Paulo16 Informativo da Província

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ObjETIVO GERAl:

Secretariado Vocacional Planejamento 2015/2018

“Missionários Redentoristas: Fortes na fé, alegres na esperança, fervorosos na caridade, sempre dados à oração, suscitando vocações para que a redenção seja abundante “

Impulsionar a Promoção Vocacional da Província de São Paulo, direcionando todas as forças da Unidade para promover as vocações Redentoristas.

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18 Informativo da Província18 Informativo da Província

ObjETIVOS E ESTRATéGIAS:

EquIPE DOS PROMOTORES VOCACIONAIS:

EquIPE DE APOIO:

1. Utilizar todos os meios de comunicação social, nos quais a Província está inserida, para a promoção das vocações.

2. Aproveitar o espaço de evangelização do Santuário Nacional para divulgar e promover o carisma e a espiritualidade Redentorista.

3. Fazer das Missões Redentoristas um espaço de promoção das vocações nas comunidades e paróquias que estão recebendo a Missão.

4. Desenvolver em nossas Paróquias e Comunidades uma cultura vocacional que as conscientize da importância das vocações dentro da Igreja.

5. Conscientizar os nossos confrades e formandos do compromisso e da corresponsabilidade com as vocações conforme a Constituição 79.

6. Envolver os grupos leigos associados à espiritualidade Redentorista na promoção e acompanhamento das vocações.

Pe. José de Lima Torres, C.Ss.R.Ir. João Batista de Viveiros, C.Ss.R.Fr. Daniel Benedito Antonio dos Santos Siqueira, C.Ss.R. Fr. João Paulo Oliveira, C.Ss.R.Pe. William dos Santos Betônio, C.Ss.R. (Comunicação)Pe. Lucas Emanuel Almeida, C.Ss.R. (Missão)

Ir. Eliana Cruz, MAD (Secretaria)Th amara Gomes (Jornalista)

Pe. Lucas Emanuel Almeida

Jornalista: Th amara Gomes

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Nossa História Recuperada 5.

Província de São PauloVice-Provinciais e Provinciais e seus governos – 1894 a 2014

SuPERIORES DE MISSãO E VICE-PROVINCIAIS (1894 A 1944)

01. Pe. Gebardo Wiggermann: 1894 a 190402. Pe. Roberto Hansmaier: 1904 a 191203. Pe. José Clemente Heinrich: 1912 a 191504. Pe. João Batista Kiermeyer: 1915 a 192105. Pe. Tiago Klinger: 1921 a 192606. Pe. Estevão Maria Heigenhauser: 1926 a 193007. Pe. Francisco Wand: 1930 a 193508. Pe. Leonardo Heckl: 1935 a 1939

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SuPERIORES PROVINCIAIS (1944 A 2015)

09. Pe. Geraldo Pires de Souza: 1939 a 1947•ÚltimoVice-Provinciale1ºSuperiorProvincial10. Pe. Antônio Ferreira Macedo: 1947 a 195511. Pe. josé Ribolla: 1955 a 1969 12. Pe. Amador leardini: 1969 a 19751º Conselho: Pes. Brandão, Ruben LemeGalvão, Ângelo Licatti e Francisco

Vieira da Costa2ºConselho:Pes.FranciscoVieiradaCosta(VigárioProvincial),OlivoZolin,

Marcos Mooser e João Ribeiro de Carvalho13. Pe. josé Carlos de Oliveira: 1975 a 19791ºConselho:Pes.AntônioSilva,AfonsoPaschotte(Croon),PedroFréeNoé

Sotilo 2ºConselho:Pes.JoséUlysses(VigárioProvincial),JoãoBarbosa,NoéSotiloe

Clodoaldo Montoro14. Pe. josé ulysses da Silva: 1979 a 19851ºConselho:Pes.JoãoBarbosa(VigárioProvincial),ClodoaldoMontoro,Noé

Sotilo e Jadir Teixeira2ºConselho:Pes.CarlosdaSilva,JoséRibolla,JadirTeixeiraeHélioLibardi15. Pe. Carlos da Silva: 1985 a 19901ºConselho:Pes. JoséMoacyr (VigárioProvincial),DomingosSávio,Carlos

Arthur e Antônio Souza2ºConselho:Pes.FlávioCavalca(VigárioProvincial),CarlosArthur,Alberto

Pasquoto e Domingos Sávio16. Pe. Hélio de Pessato libardi: 1990 a 19961ºConselho:Pes.JoséRibolla(VigárioProvincial),LuisMajellaDelgado,Luiz

Gonzaga Scudeler e Ferdinando Mancilio2º Conselho: Pes. José Ulysses (Vigário Provincial), Benedito Sergio, César

Moreira e Victor Hugo17. Pe. Carlos da Silva: 1996 a 20021ºConselho:Pes.JoércioGonçalves(VigárioProvincial),DarciNicioli,Antônio

Souza e Ir. Viveiros2ºConselho:Pes.DarciNicioli,JoércioGonçalves,JoséUlysseseAntônioSilva18. Pe. josé ulysses da Silva: 2002 a 2005Conselho: Pes. Luis Rodrigues (Vigário Provincial), Afonso Savassa, José Belo

e Ir. Viveiros19. Pe. luís Rodrigues batista: 2005 a 20141ºConselho:Pes.LuisCarlosdeOliveira(VigárioProvincial),EliasGuimarães,

Marlos Aurélio e Domingos Sávio2º Conselho: Pes. Mauro Matiazzi (Vigário Provincial), Elias Guimarães,

Marcelo Araújo e Luiz Gonzaga Scudeler3ºConselho:Pes.DarciNicioli(VigárioProvincial),InácioMedeiros(Vigário

Provincial), Jorge Sampaio, Sebastião Fernandes e Luiz Gonzaga Scudeler20. Pe. Rogério Gomes: 2015 a 2018Conselho: Pes. João Batista, Daniel Antonio, Inácio Medeiros (Vigário

Provincial) e Luiz Cláudio

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EPHPHATHANota do redator: Nos últimos anos vem renascendo o trabalho com a Juventude, graças ao empenho da JUMIRE, Juventude Missionária Redentorista. Várias iniciativas estão sendo desenvolvidas. Por isso, é bom voltar na história, recordando o ano de 1979 e um movimento de jovens que usava e abusava do PH. O artigo é do Pe. Cyro Garcia e foi publicado no Informativo Provincial n. 57, de fevereiro de 1979.

21Informativo da Província

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22 Informativo da Província

MAS PARA quE TANTO PH?

De vez em quando a gente tem um bom pensamento... é coisa que acontece com todos nós. O padre Tarcísio e eu estávamos viajando para a Missão de Eldorado, MS. Papo vai, papo vem... comentamos os problemas dos jovens depois das missões: “Algo tem de ser feito! Mas o que nós vamos fazer?”

Sob os olhares severos e desconfiados do padre Elias Coelho, geramos uma criança: EPHPHATHA. Escolhemos esse nome bastante comum, que corre na boca do povo, para chamar a atenção. Seria um dia de encontro, um “Encontrãozinho”, para os jovens de Tietê, Laranjal Paulista e Porangaba, cidades paulistas missionadas. Tínhamos consciência de que essa criança não resolveria os problemas da juventude, mas seria uma experiência a mais para o trabalho da Pós-Missão, um subsídio a mais para a formação e crescimento dos jovens. Voltamos para casa. Arrumamos o berço da criança, fizemos os primeiros contatos com os vigários, montamos a Equipe de Propaganda com os seminaristas e o Grupo de Jovens de Tietê e ela ficou dormindo, quando partimos para outra missão.

Na volta, percebemos que ela havia crescido bastante. Os seminaristas de Tietê se desdobraram em cuidados e a Equipe de Propaganda estava em plena atividade. A curiosidade era grande: “O que vai ser esse negócio aí? Como a gente lê esse nome?”

Era hora de montar o esquema do Encontrão. Esquentamos a cabeça e outra parte do corpo, durante quatro dias. Agora era preciso encontrar as melhores pessoas para formar a equipe. Foi muito fácil. Gente capacitada é o que não falta. O padre Alberto seria o coração da criança, o animador do encontro. O padre Tarcísio iria apresentar a criança, fazer a síntese do dia. O padre Cyro falaria sobre a vocação cristã. O padre Hélio Libardi, com toda a sua impetuosidade, iria discorrer sobre a caminhada do jovem, o que lhe acontece e como deveria agir. Tudo preparado, contávamos com as orações de todos.

Finalmente, no dia 10 de dezembro de 1978, aconteceu a apresentação da criança, então adolescente: O dia do Encontrão. Participaram

cerca de mil jovens. Veio muito mais gente do que esperávamos. A responsabilidade aumentou. Mas Deus se fez presente e deu tudo certo. Tudo correu muito bem. Sem exageros, a participação dos jovens foi edificante. Atenciosos, reflexivos, pacientes. Suportaram heroicamente o calor do barracão de festas do Seminário Santa Terezinha. Com a alegria e expontaneidade dos jovens, foi um dia sério, de muita reflexão.

A finalidade do EPHPHATHA era levar os jovens a uma conversão mais radical para Deus, segundo o homem Jesus Cristo, que impulsiona a assumir uma atitude cristã e consciente no mundo. Foi muito acentuada a necessidade de se ter uma fé amadurecida que leva à participação na comunidade e à transformação do ambiente onde se vive.

Dois destaques do dia: O primeiro foi a jarra do padre Alberto. Esvaziar a água suja, esvaziar-se de si mesmo, do egoísmo, de tudo o que não presta. Encher a jarra aos poucos com água limpa: Encher--se de Deus, aos poucos, até transbordar, levar Deus para o mundo. No momento em que a água transbordou na jarra, os jovens espontaneamente começaram a aplaudir. Entenderam, viveram o rito. O segundo foi a missa, com o Rito Penitencial e a confissão. Ali percebemos toda a ação de Deus naqueles jovens. Eles saíram animados, mas não com um entusiasmo vazio. Antes de tudo, eles viam a grande responsabilidade que têm de transformar, de revolucionar. Valeu a pena!

Não temos condições de falar sobre os frutos. Logo em seguida, saímos de férias e as transferências caíram sobre nossas cabeças. O EPHPHATA é uma criança que nasceu, cresceu, apareceu e agora está a espera de mais uma manifestação. Mas quando será? Aceita-se um pai adotivo, no ano internacional da criança.

Pe. Cyro Garcia, C.Ss.R.

Nota: outras experiências foram realizadas sim, e nos anos subsequentes outras

experiências de trabalho com os jovens seriam realizadas, como os Encontrinhos nas Escolas

do Pe. Antônio Queiroz e o Redentorello.

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23Informativo da Província

Por Falar em Comunicação... 6.

curtas, Rádio RB2Com as ondas

Transmite para todo o Brasil e Países de Outros Continentes

Se só a responsabilidade de transmitir alegria, informação, mensagens de fé e emoções para os moradores de Curitiba e região metropolitana já é grande, ela é infinitamente maior quando se fala das proporções que a RB2 atinge – e aqui cabe a tradução literal de “infinitamente”, segundo o Dicionário Aurélio: num grau muito elevado.

Isso porque a primeira rádio criada no estado do Paraná não conquista apenas os ouvintes de Ondas Médias, que se encaixam entre as frequências de 535 kHz e 1650 kHz, estando a RB2 representada pelos 1430 kHz. Ouvintes de rádio de todo o país – e até mesmo os de fora dos limites geográficos brasileiros – estão sintonizando a rádio pelas ondas curtas. A antiga B2 disponibiliza os 49 metros (6.040 kHz), os 31 metros (9.725 kHz) e os 25 metros (11.935 kHz), que permitem que a programação chegue aos ouvidos de

A Primeira rádio do estado do Paraná recebe correspondências de outros estados e países, como japão, Estados unidos e Rússia.

Link

da

RB2

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24 Informativo da Província

ONDAS CuRTAS

DExISTAS

Mas, afinal de contas, o que são as chamadas Ondas Curtas? Assim como a Amplitude Modulada (AM) e a Frequência Modulada (FM), as Ondas Curtas são faixas de radiodifusão, mas utilizadas para emissões a longa distância. Chamadas de HF, sigla para o termo inglês High Frequency, são aquelas ondas que operam no espectro de frequência dos 3.000 kHz a 30.000kHz. Trata-se, portanto, da alta frequência.

A origem do termo “Ondas Curtas” se deu quando foi constatado que o comprimento dessas ondas era menor do que o das outras, chamadas de longas ou médias. Devido a seu comprimento, as Ondas Curtas podem se propagar a grandes distâncias, sendo aplicadas, além do rádio, para a efetiva comunicação com aviões e embarcações, por exemplo.

Como está diretamente ligada com o ambiente, já que é a camada da atmosfera chamada de ionosfera que conduz as ondas do rádio, a hora do dia, a estação do ano e a atividade solar influenciam na sintonia de emissoras em Ondas Curtas. Assim, é comum que à noite consigamos sintonizar emissoras de diversos países.

E é isso que tem ocorrido com a RB2. O Japão, por exemplo, cujo fuso horário é contrário ao do Brasil, tem sido um dos países que se comunica com a emissora através de cartas e e-mails. Como lá já é de noite enquanto aqui o sol ainda brilha, eles facilmente acompanham a programação diária da RB2.

A essas pessoas, cujo hobby é ouvir emissoras de variados países através das ondas curtas, é atribuído o nome de “dexistas”. Elas constantemente se correspondem com as emissoras em questão, falando sobre a qualidade do sinal e a programação.

Mas, além da própria diversão, os “dexistas” têm um objetivo bem mais específico: mostrar à própria emissora e a outras pessoas a importância de que as ondas curtas sejam mantidas pelas emissoras.

pessoas de variadas crenças, culturas, línguas e linguagens.

Prova disso são as correspondências físicas, virtuais e via celular, que têm chegado à emissora. São contatos feitos de cidades de todos os estados brasileiros, sem deixar de citar o Distrito Federal. E, como as ondas curtas ultrapassam – e muito – o limite nacional, há ouvintes de países como Japão, Estados Unidos, Rússia, Uruguai e Chile, que fazem questão de contar que a RB2 é facilmente ouvida por lá.

Parque das Antenas

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25Informativo da Província

uMA RáDIO NA CONTRAMãO DAS PREVISõES

Ao existir para proporcionar alegria, sentimentos, informação e estabelecer comunicações, o rádio viu caírem por terra as muitas das teorias que afirmavam que seu fim estava próximo – e olha que eles vêm sendo criados desde que a televisão ganhou espaço!

O que ocorre é que quem ouve o rádio não, necessariamente, deixa de assistir a programas televisivos, muito menos deixa jornais e revistas passarem despercebidos. Até a internet é usada por muitos ouvintes. As rádios on-line, inclusive, vêm ganhando bastante espaço. Mas o rádio provou que cada meio de comunicação tem seus encantos, sendo o desse veículo o mais forte deles: a paixão. Isso porque quem escuta o rádio torna--se fiel às programações, porque, diferentemente do que encontra na TV, na internet e nos meios impressos, vê nele um amigo, um companheiro fiel.

Além disso, não há, até os dias de hoje, quem supere o rádio em quesitos como o encantamento, a surpresa e a imaginação. As transmissões de futebol são um bom exemplo. Quem é que nunca deparou, em estádios de futebol, com espectadores que, ao mesmo tempo em que veem o jogo, seguram o rádio no ouvido? É que, com

esse aparelho criado pelo padre gaúcho Roberto Landell de Moura, em 1900, as transmissões não são frias. Ao contrário disso, elas são feitas com amor, com atenção, de forma a alcançar o íntimo de cada um dos milhões de ouvintes.

A agilidade é outro ponto que merece destaque. Enquanto que para publicar uma notícia de primeira mão no impresso ou na internet é preciso que alguém dedique um tempo escrevendo, na rádio basta que os microfones sejam abertos. A TV sai perdendo também porque se joga fora mais tempo posicionando a câmera e editando, por exemplo.

O rádio ainda está de pé, e quem se dá a chance de ouvi-lo confere a informação e o entretenimento com muito mais qualidade apenas apertando um botão. É certo que o padre Landell, ao inventar o rádio, sabia que se tratava de um aparelho promissor, mas com certeza ele nem desconfiava que sua criação tomasse tais proporções. Se estivesse vivo, aliás, ele se orgulharia de o rádio estar vivendo até hoje – e prometendo perdurar por muitos e muitos anos.

Os três prefixos da RB2 em ondas curtas são:

ZYE 725 6.040 KHZOnda de 49 metros: Alcançando estados como São Paulo e Rio de Janeiro

ZYE 725 9.725 KHZOnda de 31 metros: Alcançando estados mais distantes do Paraná, como Minas Gerais e Goiás

ZYE 725 11. 935 KHZOnda de 25 metros: Alcança outros países

Dayane WolfJornalismo – RB2

Tran

smiss

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Méd

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26 Informativo da Província

7. Notícias e Informações

26 Informativo da Província

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27Informativo da Província

Nova Diretoria

Nova gestão quer fortalecer missão da editora saNtuário

Desde o início do mês de janeiro de 2015, o Grupo Santuário, composto pelas editoras Santuário, Ideias & Letras, a Gráfica Santuário e as Livrarias Santuário, está sob nova direção. A meta da equipe que assumiu é dar continuidade ao trabalho da diretoria anterior e fortalecer a missão do Grupo, com foco no trabalho em equipe.

Integram a nova direção o padre Ferdinando Mancilio, que permanece desde a gestão anterior como diretor de Periódicos; o padre Mauro Vilela, que responde pela direção Administrativa, direção da Gráfica e direção Comercial; padre Fábio Evaristo Resende Silva, responsável pela direção Editorial; e padre Marlos Aurélio da Silva, que agora coordena a Editora Ideias & Letras.

Padre Mauro Vilela diz ter recebido a missão de coordenar a Gráfica e as áreas administrativa e comercial com muita alegria. “A Editora Santuário é um meio de evangelização dos Missionários Redentoristas que, há mais de um século, vêm trabalhando para comunicar através de livros e impressos uma mensagem de paz e esperança, aproximando as pessoas do coração do Cristo Redentor”, justifica.

Ao chegar à Editora, padre Mauro teve uma boa impressão da estrutura da empresa. “Vejo que os padres Jorge, Júnior, Marcelo e Ferdinando dedicaram-se muito nesses últimos anos para dar passos administrativos modernos”, ressalta.

Ele possui larga experiência na área administrativa e antes atuava na TV Aparecida. Mesmo assim, ele avalia que a mudança é grande e, por isso, será preciso conhecer bem a realidade da empresa. “Quero conhecer também o que faz cada um dos 349 colaboradores que temos”, pontua. Ainda de acordo com o religioso, por enquanto ainda não há um plano de ação elaborado. O que existe de concreto é que a direção trabalhará em conjunto, com cada diretor dando amparo e colaborando com a área do outro. “Nossa Congregação tem por missão o trabalho em grupo”, justifica.

Padre Fábio Evaristo avalia a nova atribuição como um imenso desafio, cujo objetivo final é contribuir com a missão das editoras Santuário e Ideias & Letras. O missionário atuava como formador em seminários mantidos pela Congregação e, paralelamente à tarefa, dedicava-se às atividades pastorais e aos estudos de Filosofia, inclusive tendo feito mestrado na Pontifícia Universidade de São Paulo (PUC-SP).

Ele acredita que, ao assumir a direção editorial, terá a oportunidade de conhecer muitas pessoas e aprender muito com todas elas. “Também espero, dentro de um espírito de equipe, contribuir para o crescimento e aprimoramento do trabalho já realizado”, diz.

Com os padres que compõem a nova diretoria, ele pretende empenhar-se constantemente para que as editoras cresçam

do Grupo Santuário

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28 Informativo da Província

e alcancem ainda mais a vida de tantas pessoas, levando formação humana e religiosa de qualidade.

Já o novo diretor da Ideias & Letras, padre Marlos Aurélio, acredita que os desafios e complexidades existentes ao iniciar o novo trabalho são também chances para seu crescimento e desenvolvimento. “Senti que a partir de agora não serei apenas um consumidor de livros, mas vou poder contribuir na produção de alguns deles”, aponta. Para o missionário, esse deve ser um passo bastante significativo em sua trajetória pessoal, já que ele atua também como docente.

“Na vida acadêmica, o livro representa um instrumento imprescindível na formação dos estudantes e por isso sempre fiz e faço uso deles. Porém, na função de diretor editorial vou ter a oportunidade de participar bem de perto do

TRANSIçãO

A mudança no comando é praxe nas estruturas da Congregação do Santíssimo Redentor, que mantém as editoras e outros meios de comunicação, e visa a dinamizar a vida religiosa dos sacerdotes que atuam nesses locais. “Ficar demasiadamente num mesmo trabalho pode criar certa inércia ou pouco dinamismo. Por isso, essa mobilidade nos é muito saudável, amadurece-nos em nossa disponibilidade como religiosos”, explica o diretor de Periódicos, padre Ferdinando Mancilio.

Ele atua na Editora Santuário há quase dois anos, mas já esteve na empresa em outro período, por seis anos consecutivos. Padre Ferdinando espera que a mudança de comando promova a continuidade do trabalho que vinha sendo realizado pela equipe anterior. Para o missionário redentorista, o fundamental, nesse processo, é a missão da Editora Santuário. “Nós a temos muito clara em nossa cabeça e também no coração, por isso, sabemos por onde devemos e queremos caminhar”, acrescenta.

A equipe anterior de direção organizou um trabalho de transição, para que tudo pudesse ser passado aos novos diretores. De acordo com o padre Mauro Vilela, o processo foi bastante tranquilo e necessário. “Sem transição, é impossível a continuidade do projeto desenhado por nossos antecessores”, esclarece. “Somos muito gratos aos padres Marcelo, Jorge e Júnior, que pacientemente nos apresentaram e nos introduziram nos trabalhos que envolvem os diversos departamentos”, diz padre Fábio Evaristo. Ele também estende os agradecimentos aos colaboradores da empresa, que têm ajudado no processo de adaptação.

Deniele SimõesJornal Santuário

Padre Mauro Vilela (diretor Administrativo, Comercial e de Livrarias), Padre Ferdinando Mancilio (diretor de Periódicos) e Padre Fábio Evaristo Resende Silva (diretor Editorial)

processo de elaboração dos livros”, justifica. Ao falar sobre a direção compartilhada, padre Marlos lembra que, quando se tornam redentoristas, os padres e irmãos assumem um projeto que não é mais pessoal, mas de grupo.

“Ficar demasiadamente

num mesmo trabalho pode criar certa

inércia ou pouco dinamismo “

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Entrevista

Nova gestão do a12.com quer aprimorar ferrameNtas e coNteúdos de formação

Ampliar a ação evangelizadora da Igreja e proclamar o Evangelho aos homens e mulheres no mundo de hoje estão entre os objetivos do Portal A12.com, que desde o início de fevereiro de 2015 está sob nova direção. Assumiram essa missão o padre José Luís Queimado, como diretor executivo, e Padre Helder José, como diretor de projetos.

No início deste ano, todas as Unidades da Congregação do Santíssimo Redentor trocaram seus governos provinciais, procedimento que acontece a cada quatro anos. Esses novos governos vão enriquecer ainda mais o trabalho do Governo-Geral e do Capítulo Geral em 2016. Devido a essas mudanças de governo, houve também uma redistribuição dos trabalhos pastorais.

Pe. Helder e Pe. José Luís Queimado

Para Padre José Luís Queimado, a meta principal para este ano é investir no crescimento do Portal de Nossa Senhora Aparecida, firmando--se ainda mais como referência de veículo de informação católico. “Usando de metáforas, posso dizer que as gestões passadas tiveram o mérito de construir a obra. Sofreram com as licenças para aquisição do terreno; suaram muito para conseguir os materiais de construção; e conseguiram contratar pessoal capacitado para fazer a obra funcionar! Hoje, com a estrutura toda pronta, cabe a nós, a nova gestão, maximizar o potencial da obra. Em poucas palavras, a preocupação anterior era a de criar e a de colocar o Portal no ar; a nossa é a de enriquecer o Portal, que já se firmou, com conteúdo de qualidade e torná-lo mais potente e abrangente”, avalia.

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30 Informativo da Província

Padre José Luís Queimado revela que o principal sonho é que esse Portal possa ser um centro de catequese, de formação e de aprofundamento dos internautas que o procuram.

“Tendo Nossa Senhora Aparecida como Patrona do Portal, as expectativas são sempre as melhores, afinal, a missão dela é tornar seu Filho Jesus Cristo sempre mais conhecido e amado, e essa é a principal missão do A12”, acrescentou o diretor.

Por Polyana GonzagaPortal A12.com

Natural de Itaporanga, no sudoeste paulista, Padre José Luís Queimado é um dos padres mais jovens da Província Redentorista de São Paulo. Trabalhou nas Santas Missões Populares, na Pastoral da Periferia da cidade de São Paulo e na Pastoral do Santuário Nacional de Aparecida.

Para o diretor de projetos, padre Helder José, o universo da internet impõe-nos uma nova visão de mundo, de relação entre as pessoas, de

organização social – e a Igreja não pode se situar distante dessa realidade. “Fazemos parte deste mundo com todos os seus desafios, e somos chamados a testemunhar o Evangelho de Jesus em todos os meios, inclusive no virtual. O Portal A12.com cumpre esse propósito desde sua concepção e deverá se manter sempre ciente de sua missão.”

Ele acredita que, ao assumir a direção de projetos, tem a oportunidade de contribuir com o processo de amadurecimento do trabalho implantado, melhorando a cada dia seus conteúdos. “Isso despertará um maior interesse de seus destinatários e consequente aumento de visitação. Situá-lo entre os maiores portais do país será o nosso desafio, mas mantendo seus valores, como O Portal da Casa da Mãe Aparecida”, completou.

Padre Helder possui experiência na área de comunicação, tendo atuado no Santuário do Divino Pai Eterno, em Goiás, e, posteriormente, na direção de produção da TV Aparecida. “Assim, fui designado aos trabalhos no Portal A12.com e assumo meus compromissos com disposição sincera e grande esperança, sempre dando graças a Deus!”, completou.

Equipe Portal A12 / 2015

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31Informativo da Província 31Informativo da Província

Entrevista

Novo reitor fala soBre desafios, surpresas e eXperiÊNcias

No dia 2 de fevereiro de 2015, o padre João Batista de Almeida tomou posse como novo reitor do Santuário Nacional de Aparecida. Ao voltar 11 anos depois, a primeira impressão foi de surpresa com o crescimento do Santuário.

Um mês depois, ele conversou com o Jornal Santuário sobre os desafi os do cargo e sobre as experiências que acumulou nas missões onde atuou.

Pe. João Batista de Almeida

“Vivi sete anos na Região Norte. Só agora, com a televisão, Aparecida tem alguma visibilidade lá. Naquela região, Aparecida ainda é desconhecida. Agora, para a Igreja aqui do Sul, Sudeste, Centro-Oeste e parte do Nordeste, Aparecida é uma referência. O Santuário se tornou um grande catequista e o grande altar onde o Brasil celebra diariamente

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32 Informativo da Província

jS – quAIS SãOS OS MAIORES DESAFIOS DE ASSuMIR A REITORIA?

jS – COMO ESTãO OS PREPARATIVOS PARA A CElEbRAçãO DO ENCONTRO DA IMAGEM DE NOSSA SENHORA DE APARECIDA? Há CONFIRMAçãO SObRE A PRESENçA DO PAPA FRANCISCO?

jS – COMO O SENHOR Vê A IMPORTâNCIA DO SANTuáRIO DE APARECIDA PARA A IGREjA DO bRASIl?

jS – O SENHOR ATuOu NA DIOCESE DE COARI. COMO O SENHOR AVAlIA AS MISSõES PROMOVIDAS PElA CNbb NA AMAzôNIA?

PE. jOãO bATISTA – Dar sequência a um trabalho que vem sendo feito há 120 anos, quando os redentoristas chegaram aqui. Não há uma ruptura, existe uma sequência. Por isso o Santuário vem registrando esse crescimento em nosso serviço, que é acolher os devotos de Nossa Senhora, celebrar com eles, orientá-los e, na medida do possível, incentivá-los a ter uma participação ativa em sua comunidade local. Disso decorrem algumas necessidades, como a estrutura de acolhimento, trabalhar o conteúdo da evangelização e assim por diante. A diferença é que estamos no século XXI, e algumas situações mudaram. Não no objetivo, mas sim na metodologia.

PE. jOãO bATISTA – Ninguém tem essa confirmação. Acho que nem ele mesmo. Estamos trabalhando na perspectiva de que o Papa venha

PE. jOãO bATISTA – Vivi sete anos na Região Norte. Só agora, com a televisão, Aparecida tem alguma visibilidade lá. Naquela região, Aparecida ainda é desconhecida. A verdade é essa.Agora, para a Igreja aqui do Sul, Sudeste, Centro--Oeste e parte do Nordeste, Aparecida é uma referência, porque recebeu da CNBB o título de Santuário Nacional e também porque, através da televisão, do rádio e da internet, os brasileiros acompanham as celebrações e recebem as informações de Aparecida. O Santuário se tornou assim um grande catequista e o grande altar onde o Brasil celebra diariamente.

PE. jOãO bATISTA – Lá a Igreja ainda está em formação, em missão. A maioria dos agentes ainda é de fora. Por isso a preocupação da CNBB. A grande carência da Igreja do Norte é o agente, o missionário.A Igreja lá tem características diferentes. É muito mais centrada na vida em comunidade, muitas com atividades missionárias intensas. Vive-se mais a partilha, até por uma questão de necessidade, pois os recursos não são grandes. Um socorre o outro em suas necessidades.

jORNAl SANTuáRIO DE APARECIDA – quAIS AS PRIMEIRAS IMPRESSõES DO SENHOR AO VOlTAR AGORA COMO REITOR DO SANTuáRIO?

PADRE jOãO bATISTA DE AlMEIDA – A primeira impressão foi de surpresa, porque eu conhecia o Santuário de 11 anos atrás. Nesse tempo, evoluiu muito em serviços, em obras e até em número de peregrinos. Então, foi uma certa surpresa o que me ocorreu nos primeiros momentos.

e, como ele, claro, muitos peregrinos, muitas câmeras voltadas para Aparecida.Se tudo isso acontecer, e a gente espera que aconteça, aumenta nossa responsabilidade, claro, mas também aumenta nossa visibilidade. E aí temos de aproveitar para realizar o que é próprio do Santuário: a evangelização.

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33Informativo da Província

jS – AS MAIORES NECESSIDADES NA IGREjA AMAzôNICA ESTARIAM RElACIONADAS AO ASPECTO MATERIAl?

jS – quAIS OS MAIORES APRENDIzADOS, NESSE TEMPO EM quE TRAbAlHOu lá?

jS – O SENHOR TAMbéM ATuOu NOS ESTADOS uNIDOS. COMO é A REAlIDADE DE lá?

jS – A GENTE OuVE FAlAR DE CRISE VOCACIONAl NO MuNDO. ESSA CRISE TAMbéM ATINGE O bRASIl?

PE. jOãO bATISTA – Nem tanto, é mais pessoal mesmo. A pobreza não é o maior problema. É que depende muito ainda dos agentes, que são pouquíssimos. Há comunidades, por exemplo, que têm missa apenas uma vez ao ano, porque não há padres.Aqui, se não tem padre na comunidade, a pessoa pode ir até outra paróquia. Lá, as comunidades mais próximas estão a horas, até a dias de navegação.

PE. jOãO bATISTA – A alegria e a partilha. Não se precisa de muita coisa para viver lá. Nem cama se usa, é rede. Talher é apenas um: só se come de colher. A simplicidade do povo e da Igreja acaba sendo um ponto que facilita a ação pastoral. Agora isso também pode gerar algumas animosidades. As pessoas se acomodam com mais facilidade. Mas o que mais me encantou lá foram essa simplicidade e essa alegria. Outro elemento interessante é o acolhimento. Onde tem um, cabem nove. Ninguém lá deixa de ser acolhido.

PE. jOãO bATISTA – A Igreja Católica lá é minoria. A cada quatro americanos, um é católico. Por isso, eles são mais comprometidos com a comunidade.As paróquias não têm a extensão territorial que têm aqui. Lá, um pároco cuida da igreja, de uma escola e só. O relacionamento se torna muito mais próximo.A Igreja americana é formada por imigrantes. Você encontra pessoas da Irlanda, do Vietnã e, nas últimas décadas, latino-americanas. Lá, a Igreja tem um rosto latino e asiático, porque as vocações têm surgido principalmente desses grupos.

PE. jOãO bATISTA – Com certeza. Inclusive nós, redentoristas da província de São Paulo. E por quê? Primeiro porque a vocação sacerdotal e religiosa já não atrai tanto, hoje há muitas outras situações. Segundo, a mentalidade do mundo hoje é muito mais secularizada do que religiosa. Outro motivo é que os casais antes tinham muitos filhos. Hoje são dois, três, às vezes, um. São muitas razões, mas talvez a mais séria de todas sejamos nós, padres e religiosos. Falamos pouco sobre vocação. Nossos antepassados se empenhavam mais em convidar os jovens. É preciso chamar. Se não, ninguém vai vir.

Alexandre Santos Jornal Santuário

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34 Informativo da Província

Madre Felicy e Padre Eduardo,

fundadoresdas Mensageiras do Amor Divino

Morre Fundador

Falam os Leitores

Eduardo H. Moriarty nasceu em Boston, Massachusetts, USA, em 18 de fevereiro de 1917. Filho de Jeremiah Moriarty e Mary Theresa Moriarty, sendo seu pai da Irlanda e sua mãe do Canadá. Entrou para o Seminário da Congregação do Santíssimo Redentor, ainda muito jovem, sendo ordenado sacerdote em 1942.

No ano de 1946 veio transferido para o Brasil como missionário, iniciando seus trabalhos em Bela Vista-MS. Em seguida foi transferido para Aparecida-SP como professor de inglês no Seminário Santo Afonso. Em

Prezado Padre Inácio Medeiros, C.Ss.R.Editor do Informativo da Província:Viva Maria!Muito obrigado pelo Informativo da Província que tenho sido agraciado. Texto rápido

e bem elaborado tem me permitido seguir atento aos acontecimentos e programações da nossa Congregação Redentorista, sempre copiosa.

Parabéns pela importante decisão em estimular esses veículos de comunicação tão necessários quanto fundamentais para nossa formação espiritual e informação cultural. Com votos e orações para o bem-estar de toda a Comunidade Afonsiana, em particular desta Província, envio um fraterno abraço.

Pedro Luiz Dias

das Mensageiras do Amor Divino

Aparecida, exerceu grande apostolado entre os romeiros e aparecidenses, destacando-se na direção espiritual. Foi Missionário por muito tempo em terras paranaenses, até ficar liberado para acompanhar de perto o Instituto por ele fundado: as Mensageiras do Amor Divino.

Depois de uma vida longa, padre Eduardo Moryarty faleceu no dia 28 de março de 2015, aos 98 anos de idade. Até poucos dias antes de sua morte, ele celebrava todos os dias a Eucaristia.

Madre Felicy, que com ele fundou a Congregação das Mensageiras do Amor Divino, havia falecido no dia 15 de novembro de 2014.

34 Informativo da Província

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35Informativo da Província

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