Informativo IQ - Março 2016

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    A tabela pe-riódica é umsímbolo públicode química. Mas,ao passo que elaaumenta de ta-manho, preci-samos enfatizar

    que ciência não é simplesmente sobreproduzir listas, diz o colunista da re-

     vista “Nature”, Philip Ball. LEIA MAIS

    Para faci-litar o proces-so de ensino eaprendizagem

    da matemáti-ca nas escolasbras i l e i ras ,pesquisado-

    res da Faculdade de Educação (FE)da Universidade Estadual de Campi-nas (Unicamp) adaptaram uma série

    Ferramentas digitais auxiliam ensino e aprendizagemde matemática

    de ferramentas digitais desenvolvi-das por universidades portuguesas.

    As ferramentas encontram-

    -se no Portal HypatiaMat (http://www.hypatiamat.com/jogosOnli-ne.php) e apresentam conteúdosda área de forma lúdica e interati-

     va, e com recursos para professo-res e alunos. LEIA MAIS

    DefesasMarço

    M o n o g r a f i a s ,dissertações e tesesLEIA MAIS

    - 9º Simpósio Nacional de Bio-combustíveis (9º BIOCOM), em27-29/4. Local: eresina (PI).Ver: www.abq.org.br/biocom/

    - 24 a  Semana da Química, em9-13/5. Local: Local: Instituto deQuímica da UFRJ.Ver: www.semanadaquimica.org

    - Global Biotechnology Congress 2016,em 11- 14/5. Local: Boston (Massachu-setts, EUA).Ver: biotechnology-conference.us/

    - III Simpósio Internacional de

    Imunobiológicos, em 25/5. Local:Bio-Manguinhos.Ver: simposio.bio.fiocruz.br/

    - 39ª Reunião Anual da SBQ, em30/5-2/6. Local: Centro de Con- vençõ es de Goiânia (GO) .Ver: www.sbq.org.br/39ra/

    - IV International Conference on An-timicrobial Research  (ICAR2016),em 29/6-1/7. Loca l: orremolinos,Malaga (Esp.).Ver: www.icar-2016.org

    - XVIII Encontro Nacional de En-sino de Química (ENEQ-2016),

    em 25-28/7. Local: UFSC.Ver: www.eneq2016.ufsc.br/

    - 2º Simpósio Nordestino de Quími-ca (2º SINEQUI), em 8-10. Local:eresina (PI).Ver: www.abq.org.br/sinequi/

    Agenda

    Toda Mídia

    Ano VII - nº 95 | Março - 2016

    Percentual de biodiesel na produção do óleo dieselsubirá para 8%

    O governo federal sancionou,em 23/3, lei que aumenta de 7% para8% a proporção da mistura de bio-diesel no óleo diesel, a partir de mar-

    ço de 2017. O objetivo é fazer o paíscumprir metas ambientais, como asassumidas na COP-21. LEIA MAIS

    Em Foco: Francisco Radler

    Nova química reacendequestão elementar

    Michael Koenig é diretor exe-cutivo de Inovação e de programasde graduação da Darden School ofBusiness, Universidade de Virgí-

    nia (EUA). Ele acredita que alunosaté 30 anos sentem-se confortáveisno espaço digital.

    A inovação deveriaestar no ciclo básico

    Embrapii já fechou mais de R$ 120 milhões emprojetos de inovação

    Em 2015, a Empresa Brasileirade Pesquisa e Inovação Industrial ga-rantiu a aplicação de R$ 115 milhõesem 62 iniciativas com empresas, ge-ralmente para novos produtos.

    Há projetos na área de saú-de, cosméticos, polímeros e outrosmateriais, aeronáutica e óleo e gás.LEIA MAISJorge Guimarães, Diretor-Presidente

    da Embrapii. Foto: ABC.

    Foto: PEROBRAS

    Foto: www.hypatiamat.com/jogosOnline.php

    Nossa melhor geração

    LEIA MAIS

    Francisco Radler A. Neto

    - Química num laboratório

    infantil

    Outros Destaques

    O Laboratório Brasileiro deControle de Dopagem/LBCDestá pronto para os Jogos Olím-picos e Paraolímpicos de 2016.Com equipamentos de últimageração e equipe técnica afinada,dá os últimos retoques para en-frentar a maratona de trabalhoque irá de 16 de julho - abertura

    oficial na Vila Olímpica - até 18 de

    setembro, final da Paraolimpíada.

    O LBCD é o mais completoda América Latina dispondo, hoje,de um sistema de nano-eletrone-bulização para cromatografia emnano escala. Isto o torna capaz demonitorar, num único procedi-mento, centenas de substâncias de

    diferentes classes farmacológicas.

    O investimento do governofederal (Esporte e Educação), foide R$ 134 milhões, dos quais R$54 milhões destinaram-se à com-pra de equipamentos. LEIA MAIS

    Philip Ball

    Michael Koenig

    Novas gera-ções podem vira aprender atra-

     vés dos jogos...“Ele destacoua importânciadas mudançasna tecnologia,para a educação.”LEIA MAIS

    http://www.nature.com/news/new-chemistry-revives-elementary-question-1.19145http://www.hypatiamat.com/jogosOnline.phphttp://www.hypatiamat.com/jogosOnline.phphttp://www.hypatiamat.com/jogosOnline.phphttp://www.jornaldaciencia.org.br/edicoes/?url=http://jcnoticias.jornaldaciencia.org.br/9-ferramentas-digitais-auxiliam-ensino-e-aprendizagem-de-matematica/http://www.semanadaquimica.org/http://biotechnology-conference.us/http://simposio.bio.fiocruz.br/http://cts.vresp.com/c/?FormatexResearchCent/5307e65d61/1038f71fca/4aae6419c0http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2016-03/embargo-aguardar-paulo-vitorhttp://www.jornaldaciencia.org.br/edicoes/?url=http://jcnoticias.jornaldaciencia.org.br/3-embrapii-ja-fechou-mais-de-r-120-milhoes-em-projetos-de-inovacao/http://blogs.oglobo.globo.com/antonio-gois/post/qualidade-do-ensino-ainda-e-precaria-mas-nunca-tivemos-uma-geracao-de-criancas-com-caracteristicas-tao-favoraveis-ao-aprendizado.htmlhttp://oglobo.globo.com/sociedade/conte-algo-que-nao-sei/michael-koenig-cientista-politico-especialista-em-educacao-inovacao-deveria-estar-no-ciclo-basico-18936819http://oglobo.globo.com/sociedade/conte-algo-que-nao-sei/michael-koenig-cientista-politico-especialista-em-educacao-inovacao-deveria-estar-no-ciclo-basico-18936819http://blogs.oglobo.globo.com/antonio-gois/post/qualidade-do-ensino-ainda-e-precaria-mas-nunca-tivemos-uma-geracao-de-criancas-com-caracteristicas-tao-favoraveis-ao-aprendizado.htmlhttp://www.jornaldaciencia.org.br/edicoes/?url=http://jcnoticias.jornaldaciencia.org.br/3-embrapii-ja-fechou-mais-de-r-120-milhoes-em-projetos-de-inovacao/http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2016-03/embargo-aguardar-paulo-vitorhttp://cts.vresp.com/c/?FormatexResearchCent/5307e65d61/1038f71fca/4aae6419c0http://simposio.bio.fiocruz.br/http://biotechnology-conference.us/http://www.semanadaquimica.org/http://www.jornaldaciencia.org.br/edicoes/?url=http://jcnoticias.jornaldaciencia.org.br/9-ferramentas-digitais-auxiliam-ensino-e-aprendizagem-de-matematica/http://www.hypatiamat.com/jogosOnline.phphttp://www.hypatiamat.com/jogosOnline.phphttp://www.hypatiamat.com/jogosOnline.phphttp://www.nature.com/news/new-chemistry-revives-elementary-question-1.19145

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    O LBCD no Rio 2016

    Informativo IQ - Segundo a mídia esportiva, o Brasil querfazer uma Olimpíada limpa e encerrar sua participaçãonos Jogos do Rio, em agosto próximo, sem casos dedopagem. Em que o LBCD poderá contribuir para isto?

    Francisco R. de Aquino Neto - Ocontrole de dopagem atual envolve a par-ticipação de muitos parceiros. A AgênciaMundial Anti-Dopagem (AMA, “WADA”)determina que os países tenham suas pró-prias agências nacionais. No Brasil, a Auto-ridade Brasileira de Controle de Dopagem(ABCD). Esses organismos têm conexõesde inteligência, mundial, para rastrear pos-síveis situações que favoreçam a dopagem(tráfego de substâncias, médicos e demais

    profissionais que assistem atletas e que te-

    nham histórico de dopagem, etc.). A partirdaí, realizam a supervisão do controle dedopagem em suas esferas de influência, re-alizando coletas surpresa (fora de compe-tição) e coletas em competição, de modo adetectar fraudes. E, em especial, de modo aatuar de forma preventiva, mostrando que,se doparem, serão flagrados.

    Portanto, no Brasil e mesmo na Américado Sul, o LBCD é peça fundamental ao rea-

    lizar as análises nas amostras coletadas.

    IQ - Dos Jogos Pan Americanos de 2007 e da nossa últimaCopa das Confederações de 2013, o que mudou para oLaboratório Brasileiro de Controle de Dopagem, ex-LabDop?

     As análises de urina e sangue dos nossos atletas estarãoacompanhando a metodologia mais moderna e maisprecisa que hoje se pratica em muitos dos laboratórioscredenciados pela WADA espalhados pelo globo?

    desde 1984, Coordenador do La-boratório de Apoio ao Desenvol- vimento ecnológico (LADEEC/IQ), do qual faz parte o atual La-boratório Brasileiro de Controle deDopagem (ex-LABDOP).

    Ele explicou que em maio de2015 o LBCD foi reacreditado juntoà WADA, voltando a fazer análisespara controle antidopagem do es-

    porte nacional e sul-americano, in-clusive os eventos testes do Rio2016.

    Agora devidamente equipadocom o que existe de mais moderno,o LBCD continua participandode workshops  de discussão so-bre técnicas analíticas novas.Em março último, membros doLaboratório estiveram em Colônia,Alemanha, quando apresentarammétodo de monitoramento simul-tâneo de centenas de substânciasem tempo menor, “ Comprehensiveanalyses by liquid chromatogra-phy-Q-orbitrap mass spectrometry:

    fast screening of peptides and smallmolecules”. Um desafio a ser en-frentado para as análises duranteos Jogos Olímpicos e Paralímpi-cos de 2016.

    O Prof. Radler é membro titularda Academia Brasileira de Ciên-cias, desde 2000. Recebeu o titulode Comendador da Ordem Na-cional do Mérito Científico (2010),reconhecido pelas suas atividadestécnico científicas por diversasentidades (e.g., Medalhas SimãoMathias (SBQ), Lavoisier (CRQ IIregião), Paschoal Senise (ENQA),

    Remolo Ciola (Semicro), WalterMors (SBQ-Rio); Prêmio Petro-bras de ecnologia, e Precursorda Espectrometria de Massas noBrasil (BrMass)

    Nesta entrevista ao INFORMATIVO IQ, o Professor Francisco Radler explica, dentre outros, o investi-mento do Laboratório na formação de mão de obra, participações em encontros cientícos interna -cionais e equipamentos já instalados. Hoje, por exemplo, são 12 espectrômetros de massas com anali-sador de alta resolução, do tipo ORBITRAP.

    São poucos laboratórios no mundo a possuírem algo semelhante. Além do que, o LBCD foi o pionei-ro a desenvolver um método analítico capaz de monitorar mais de 400 substâncias em uma única e

    rápida análise. Em maio de 2015 foi reacreditado junto à WADA (World Anti-Doping Agency) .

    FRAN - O LAB DOP estava no auge desua capacidade técnica no PAN 2007. Infe-lizmente, a obsolescência de equipamentoscientíficos e sua superação tecnológica ocorrecada vez mais rápido. Estima-se que, de cincoa sete anos sejam necessários para atualizar osequipamentos. Por falta desse investimento,o LAB DOP teve sua acreditação revogadapela WADA pois seus equipamentos estavam

    ultrapassados e, assim, não éramos maiscapazes de detectar as quantidades ínfimasde substâncias dopantes exigidas pela WADA.Assim sendo, nos testes trimestrais da WADA

    para avaliação da capacidade de detecção doslaboratórios, por três vezes o LAB DOP não“enxergou” as substâncias testes. Em nosso jar-gão, obtendo falso-negativos.

    Uma situação que não preocupa os atle-tas, pois o que poderia acontecer, ao contrário,seria o LAB DOP não detectar quantidadesmuito pequenas de substâncias na urina dos

    atletas. Por outro lado, para o Sistema de Con-trole de Dopagem, atletas que tivessem inter-rompido a utilização de substâncias proibidashá muito tempo não seriam flagrados.

    Francisco Radler A. Neto é,

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    O investimento realizado no LBCDampliou a capacidade de detecção muitoalém do usual para a maioria dos la-boratórios acreditados.

    ecnologias recentes e avançadascomo o analisador de massas Orbitrap(de alta resolução), sistemas de nano-ele-

    tronebulização e acoplamentos das cro-matografias gasosa e líquida com anali-sadores triplo quadrupolo permitirammelhorar em muito o desempenho dos

    sistemas de detecção; com reflexos nasensibilidade e seletividade das análises.

    Encontra-se, também, o LBCD nafronteira tecnológica das análises de con-trole de dopagem para detectar trans-fusão de sangue, eritropoientina (EPO)

    e seus biossimilares e afins (agora cha-mados pela classificação genérica maisabrangente de Agentes Estimuladoresde Eritropoiese, “Erythropoiesis-Stimu-lating Agents” (“ESAs”), hormônicos,como o Hormônio do Crescimento(hGH), fatores de liberação hormonais,dopagem genética, etc.

    Essa dificuldade foi superada quan-do o Governo Federal entendeu que oinvestimento em atualização tecnoló-gica do laboratório era muitíssimo su-perior à capacidade de arrecadação dopróprio LAB DOP.

    A partir daí, investiu-se mais deR$ 130.000.000,00 (cento de trinta

    milhões de reais) na construção delaboratório adequado, compra de equi-pamentos de última geração, concur-sos e contratação de técnicos e profes-sores e sua capacitação para constituir onovo LBCD, já acreditado pela WADAdesde maio de 2015.

    Uma vez acreditado, o LBCD tema capacidade mínima equivalente atodos os laboratórios acreditados pela

    IQ - Estas Olimpíadas reunirão uma massa de atletas de diferentes países,além do Brasil: do Leste Europeu, dos Estados Unidos, da França etc,Isto aumentará o leque de monitoramento de vocês. Como isto se dará?

     As substâncias utilizadas, por ex. diferem de país a país?De uma modalidade para outra?

    FRAN - A diversidade de origem dosatletas não afetará o dia a dia do Laborató-rio. A acreditação conferida pela WADAexige que todos os laboratórios anali-sem o mesmo painel de substâncias, in-cluídas na Lista de Substâncias Proibidas.

    É importante realçar que isto nãoquer dizer que todas as substâncias estãoidentificadas nesta lista. Ela proíbe tam-bém todas as demais substâncias comestrutura ou atividade biológica simi-

    lar às proibidas e toda substância quenão for medicamento ou suplementoaprovado pelos órgãos competentes.A WADA e a Associação dos Direto-

    res de Laboratórios Acreditados pelaWADA (“WAADS”) encarregam-sede disseminar essas informações portodos os laboratórios acreditados.

    WADA. E com uma enorme vantagemde estar com o parque de equipamen-tos mais moderno de todos, devido aoinvestimento “Olímpico”. Como nãopode deixar de ser, espera-se que o la-boratório envolvido nos Jogos Olímpi-cos e Paralímpicos tenha a tecnologiade ponta para realizar suas funções.

    Judô

    Arremesso de peso

    Ciclismo

    Lançamento de dardo

    Futebol

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    IQ -  Ao lançarem mão das substâncias proibidas, os atletas procuram diluí-las. As concentrações na urina, por ex., atualmente são diluídas na proporçãode 50 nanogramas por mililitro de urina. Os equipamentos utilizados paraanálise, com técnicas diferentes para diferentes classes de substâncias a

     serem monitoradas são, hoje, de extrema sensibilidade. Do que vai dispor oLBCD para a Rio-2016 ?

    FRAN -  O LBCD já dispõe deequipamentos de última geração queusará em praticamente todos os 20processos de análise a serem realiza-das durante a Rio-2016. No caso dasanálises de urina e sangue, buscandomoléculas em níveis cada vez meno-res e com diversidade molecular cada

     vez maior, os carros-chefe são os siste-mas de cromatografia com fase líquidaou gasosa acoplados a espectrômetrosde massas em tandem (analisadores tri-plo quadrupolares), bem como croma-tógrafos líquidos acoplados a espectrô-metros de massas de alta resolução commassa exata obtida por analisadores

    “Orbitrap”. O que há de mais moderno,sensível e seletivo no momento.

    Apenas como um exemplo, acombinação cromatografia líqui-da analisador de massas Orbitrap,permite que mais de 450 substânciassejam analisadas simultaneamente,com maior sensibilidade e seletivi-

    dade, quando comparada a técnicasmais tradicionais. Esta possibilidadede reunir substâncias em um mesmoprocedimento reduz o tempo de aná-lise e o investimento em equipamen-tos, pessoal, etc. O que permite aoslaboratórios orientarem seus investi-mentos para detecção de formas dedopagem que ainda estão por vir.Cromatógrafos com fase líquida acoplados a espectrômetros de massas de alta resolução, com massa exata obtida por

    analisadores Orbitrap. Na foto à direita, o Prof. Radler à frente de equipamento do sistema de nano-eletronebulização paracromatografia em nano-escala. Foto: Divulgação Rio-2016.

    Nado sincronizado Pólo aquático

    IQ - Por se tratar de uma olimpíada internacional, o número de atletasparticipantes é muito maior. Os resultados das análises, porém, não levarãodez dias para serem processados, tal como acontece numa rotina normaldo laboratório, e terão de ser executados em 24 horas.Os riscos de umaanálise incorrer em erro é maior?

    FRAN -  Não há risco maior deerro; ao contrário: como virão colabo-rar com o LBCD quase 100 especialis-tas dos demais laboratórios acreditados,durante os JO&P2016 estarão reunidosno LBCD os mais renomados cientistasde suas áreas de conhecimento, voltadospara o controle de dopagem.

    A preocupação é apenas logís-tica, para que o LBCD permita aos

    mais de 240 profissionais que atuarãodurante os Jogos de operar em três

    turnos 24 h por sete dias, liberandoresultados em 24h. Assim sendo,

    um laboratório “Olímpico” tem suacapacidade de rotina multiplicada

    por pelo menos umas 10 vezes. Daío enorme investimento que foi feito

    no LBCD.

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    IQ - O laboratório tem participado de vários workshops internacionais sobrenovas substâncias em uso no atletismo, o seu metabolismo e formas decontrole. O Senhor poderia relatar como foi o último encontro, em Colônia,em fevereiro de 2016?

    FRAN - Os workshops de Co-lônia realizam-se anualmente e reú-nem entre 100 a 120 especialistas querepresentam os 34 laboratórios acredi-

    tados pela WADA, além de alguns es-pecialistas internacionais selecionados.rata-se de evento de cunho fechado,pois é parte da estratégia do sistema de

    IQ - Sistematicamente, a WADA divulga listas com novas substânciasproibidas incluídas. Como foi o caso do Meldonium. Muitos atletas nãotomam conhecimento desta lista, e admitem fazer uso delas por problemasde saúde; como foi o caso da tenista russa Maria Sharapova. É possível umatleta de elite usar uma substância e não saber que ela agora faz parteda lista não- recomendada da WADA?

    FRAN - Dificilmente um atle-ta pode alegar desconhecimento.Ainda mais, que todo atleta dealto rendimento sabe que nadapenetra em seu organismo sem aaprovação do seu médico.

    aekwondo Boxe

    Vôlei de praia

    controle de dopagem, não divulgar osavanços tecnológicos das análises.A preocupação é não fornecer ele-mentos para fomentar uma indústriade alta tecnologia da dopagem.

    Equipe do LBCD durante a visita de membros da WADA, em novembro de 2015. Foto: C. Wickert.

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    O Instituto de Química e a Esco-la de Educação Infantil da UFRJ (EEI/UFRJ) pretendem ser parceiros e iniciar,a partir de abril, projeto de extensão vol-tado para a criação de um laboratóriode ciências nas dependências da EEI,no campus da Cidade Universitária.

    O projeto, que é coordenado peloProfessor Waldmir Nascimento de Arau-

     jo Neto, inclui outros cinco professoresdo Instituto e professores da Faculdadede Farmácia/ campus Macaé e do Ins-tituto de Física. O Núcleo de Educaçãoà Distância (NEaD/UFRJ) também estápresente. Ele abrangerá as áreas de quí-mica, física, biologia e matemática, e foiaprovado pelas Congregações das duasunidades acadêmicas.

    De acordo com a Professora Ales-

    sandra Sarkis, diretora da EEI, e Edmil-son Ferreira, técnico de assuntos edu-cacionais e Coordenador do Clube deCiências da Escola, a ideia é trabalhar

    Professoras Alessandra Sarkis e Aline Crispim. Esta última,Vice-Diretora da EEI e Coordenadora Administrativa.

    Edmilson Ferreira

    IQ - No atletismo, os relatórios da WADA têm apontado casos de dopagemem equipes inteiras, conivências de comissões técnicas, e recomendadoa suspensão das mesmas na Rio-2016. Isto ocorreu com a Rússia, emns de 2015, e também com o Quênia. É difícil criar no atleta a ideia detreinar e competir sem lançar mão de substâncias ilegais para melhorar odesempenho? Como estimular o esporte limpo?

    FRAN - A simples identificaçãodessas práticas já é uma segurançapara o atleta limpo. A WADA comoorganismo global, articulado com aspolícias de fronteira, Interpol, indús-tria farmacêutica, atletas, federações e

    confederações, reúne o conhecimen-to necessário para detectar essas prá-ticas. É claro que práticas dessa natu-reza só  podem ocorrer em regimestotalitários, e com certeza os mesmosestão sob observação da WADA. As-

    sim sendo, esse esquema parece tersido detectado e desmontado na Rús-sia e no Quênia, e espera-se que assimcontinuará até que todos os paísesdeixem de querer impor suas políti-cas de governo ao esporte nacional.

    Química num laboratório infantil

    "Armário" de ciências da EEI/UFRJ.

    o letramento científico dos pequenosalunos da EEI - meninos e meninasentre quatro meses e seis anos - a partirdas perguntas feitas por eles espon-taneamente, fruto da curiosidade e daobservação diárias. “Vamos explorar aCiência na linguagem da química”,explicou ela.

    A Profª. Alessandra acha que saber

    explicar para as crianças pequenas osconceitos científicos, utilizando umalinguagem mais simples e descompli-cada, ajuda o professor a elaborar alinguagem concreta a ser usada, maisadiante, em turmas de alunos do nívelmédio. Ao que o Prof. Waldmir acres-centa: “É fácil você se esconder na lin-guagem da ciência”.

    Curiosidade

    Pequenos grupos de 15 alunos daEscola já estiveram no Planetário daGávea e, em 2015, visitaram o Museu

    da Vida, na FIOCRUZ. Para este se-mestre, a direção da EEI pretende le-

     var as crianças ao Museu do Amanhã,na Praça Mauá.

    A EEI, antes chamada de CrecheUniversitária Pintando a Infância, foireconhecida como unidade da UFRJem agosto de 2013. Ela funciona, desdeentão, atendendo ao público em geral,

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    dos quatro meses aos cinco anos e 11meses. Este ano foram oferecidas 25

     vagas para ingresso. O acesso se dá porsorteio público.

    “Por esta razão, muitas criançastêm interesse por assuntos voltadosao trabalho dos pais”, diz o técnicoEdmilson. “Aos quatro anos, já per-guntaram sobre os planetas, porquemuitas têm pais que trabalharam noObservatório do Valongo. Ou queremsaber quando começarão a aprender

    matemática.” A química também po-derá estar entre os assuntos a seremtratados por elas.

    O Prof. Waldmir acredita na possibi-lidade de mimetizar processos de um la-boratório de química. Ela vai minimizarimpactos de risco e insalubridade, mas

    com manutenção dos sentidos decor-rentes de uma atividade experimental(incluindo-se aí, o uso das ecnologiasDigitais de Informação e Comunicação),no contexto da Educação Infantil.

    Sugere, como exemplo, percebera transformação das cores como umsentido que pode ser atribuído à umatransformação química. ambém citaatividades lúdicas para criação de mo-léculas, entre outras. “As crianças pa-recem possuir certo imaginário acercade um laboratório de química. enta-

    remos desenvolver atividades paradialogar com este imaginário”, afirma.

    Defesas de Trabalhos

    Graduação

    Bacharelado em Química

    - A dependência entre coeficiente dedifusão, temperatura e viscosidade do

    Curso de Química

    - Estudos mecanísticos através de

    reações de troca isotrópica H/D: ati- vação do propano sobre catalisado-res de gálio suportados em zeólitasHZSM5. Autor: Fábio Jorge de Vas-concellos Júnior. Orientador: Arnaldoda Costa Faro Júnior. Co-Orientador:Victor de Oliveira Rodrigues. Em 18/3.

    - Desenvolvimento de materiais hí-bridos metalorgânicos de alumínio

    para captura de CO2 de efluentes ga-

    sosos de refinarias de petróleo e ter-

    moelétricas. Autora: atiana Pereirade Abreu. Orientadora: Jussara Lopesde Miranda. Em 18/3.

    - Avaliação da ação de extratos na-turais na estabilidade oxidativa dobiodiesel de óleo de fritura. Autora:Juliana Meneguete dos Santos. Orien-tadora: Eliane D’Elia. Em 16/3.

    - Síntese de candidatos a inibidores de

    incrustação inorgânica para aplicação

    na produção de petróleo nos camposdo pré-sal. Autor: Alan de VasconcelosBelvino da Costa. Orientadora: Michel-le Jakeline Cunha Rezende. Em 15/3.

    - Utilização do método de extraçãoseqüencial para avaliar a distribuiçãodos metais Cu, Fe, Mg, Mn e Zn emfarinhas de resíduos de frutas. Autora:Natália Rodrigues Mantuano. Orien-

    tadora: Iracema akase. Em 14/3.

    Licenciatura em Química

    - Proposta de um novo programa deatomística para o ensino médio, coma inserção de conceitos de químicaquântica. Autora: Jaqueline da Sil-

     va Oliveira. Orientador: Mauro dosSantos de Carvalho. Em 18/3.

    - Construção de um titulador alterna-tivo e o uso de um indicador alternati-

     vo natural para medidas de pH. Autor:

    Leonardo dos Santos. Orientadora:Iracema akase. Co-Orientadora: a-tiana Chaves Lorençatto. Em 18/3.

    - Reflexões epistemológicas a respei-to do cotidiano no ensino de quími-

    ca através de abordagem CS. Autor:Roberto Xavier de Almeida. Orien-tador: Ricardo Cunha Michel (IMA/UFRJ). Em 17/3.

    - Contribuições da história da ciên-cia no Brasil para o ensino da quími-ca: José Bonifácio e a química. Autor:Daniel Alves Barcelos. Orientadora:Nadja Paraense dos Santos. Em 14/3.

    - A química do fogo e suas representa-ções. Autora: Michelle Ramos Caval-cante Fortunato. Orientador: WaldmirNascimento de Araujo Neto. Em 2/3.

    meio investigada através de medidaseletroquímicas. Autora: Daiane Cruz

    de Brito. Orientador: Guilherme Cor-deiro da Graça de Oliveira. Em 15/3.

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    Mestrado

    Pós Graduação

    - Experiência fílmica em sala deaula - contato entre linguagem cine-

    matográfica e o ensino de química.Autor: Rodrigo Vasconcelos Machadode Mello. Orientador: Waldmir Nasci-mento de Araujo Neto. Programa emEnsino de Química (PEQui). Em 31/3.

    - Experimentação e aprendizagembaseada em problemas em químicapara alunos do ensino médio. Autor:Brunno Martins eixeira. Orienta-dor: Guilherme Cordeiro da Graça

    de Oliveira. Programa em Ensino deQuímica (PEQui). Em 30/3.

    - A elaboração de um RPG (role playing game) como recurso pedagó-gico para uma educação ambientalcidadã. Autora: atiana Vianna Fran-cisco. Orientador: Joaquim FernandoMendes da Silva. Programa em Ensi-no de Química (PEQui). Em 30/3.

    - Análise das βN-alcanoil-5-hidro-xitriptamida em grãos de café verde(Coffea arabica L) por cromatografiagasosa / espectrometria de massas.Autora: Iris Gonçalves da Silva Mo-reira. Orientadoras: Claudia Mora-es de Rezende e Débora de AlmeidaAzevedo. Programa em Química(PGQui). Em 30/3.

    - Síntese de derivados 1,2,3-triazóli-cos do praziquantel para a melhorada aplicabilidade clínica no trata-mento da esquistossomose. Autor:Frederico Ricardo de Castro Noro-nha Junior. Orientadores: SabrinaBaptista Ferreira, Carlos Roland Kai-ser e Andrea Luzia Ferreira de Souza(UFRJ-Macaé). Programa em Química(PGQui). Em 23/3.

    - Emulsão de baixa densidade paraperfuração de poços em reserva-tórios depletados. Autora: Vanessa

    Santos Antunes. Orientadores: ReginaSandra Veiga Nascimento e Simone

    Pereira da Silva. Programa em Quí-mica (PGQui). Em 22/3.

    - Avaliação microbiológica e toxico-lógica de refrescos à base de guaraná.Autora: Marselle Marmo do Nasci-mento Silva. Orientadoras: MariaAlice Zarur Coelho (EQ-UFRJ) eKaren Signori Pereira (EQ-UFRJ).Programa em Ciência de Alimen-tos (PPGCAL). Em 22/3.

    - Proteínas e peptídeos no leite denutrizes adolescentes: proteômica, ati-

     vidade antimicrobiana e influência doperíodo lactacional. Autora: IsabeleBatista Campanhon Araújo. Orienta-dores: Alexandre Guedes orres e Már-cia Regina Soares da Silva. Programaem Ciência de Alimentos (PPGCAL).Em 21/3.

    - Investigação de alvos moleculares visando o controle do vetor da doençade Chagas, Rhodnius prolixus: proteí-nas ligadoras de odor. Autora: Nathá-lia Faro de Brito. Orientadora: AnaClaudia do Amaral Melo. Programaem Bioquímica (PPGBq). Em 21/3.

    - Estabilidade física e química deemulsões de óleo de jussara (Euter-

     pe edulis M.) em água. Autora: AlineGabrielle Alves de Carvalho. Orien-tadores: Alexandre Guedes orrese Kelly Alencar Silva (EQ-UFRJ).Programa em Ciência de Alimentos(PPGCAL). Em 18/3.

    - Avaliação da ação estabilizante demucilagem de Chia (Salvia hispani-ca) e do biossurfactante de Yarrowia

    lipolytica  IMUFRJ 50682 em suco verde. Autora: Jully Lacerda Fraga.Orientadoras: Priscilla Filomena Fon-seca Amaral (EQ-UFRJ) e Kelly Alen-

    car Silva (EQ-UFRJ). Programa emCiência de Alimentos (PPGCAL).

    Em 16/3.

    - Prospecção e caracterização bioquí-mica e estrutural da enzima HB27 deThermus thermophilus. Autor: Leo-nardo Bartkevihi Di Piero. Orientado-ra: Cristiane Dinis Ano Bom. Progra-ma em Bioquímica (PPGBq). Em 16/3.

    - Caracterização geoquímica de pe-tróleos biodegradados dos Llanos

    Orientales, Colômbia, por cromatogra-fia gasosa bidimensionalmente abran-gente - espectrometria de massa.Autora: Elizabeth González Mateus.Orientadora: Débora de Almeida Aze-

     vedo. Programa em Química (PGQu).Em 14/3.

    - Condutividade térmica de mate-riais porosos nanoestruturados. Au-

    tora: Sunny Karelly Silva de Freitas.Orientador: Pierre Mothé Esteves.Programa em Química (PGQu).Em 11/3.

    - Prospecção de novos alvos biotec-nológicos: caracterização estrutural ebioquímica da enzima putativa C-43de Bacillus thuringiensis. Autor: Gui-lherme Caldas de Andrade. Orien-tadora: Cristiane Dinis Ano Bom.

    Programa em Bioquímica (PPGBq).Em 4/3.

    - Bases estruturais do mecanismo dehomodimerização e de reconheci-mento de mRNA do domínio RRM1do regulador pós-transcricional HuR.Autora: Carolina Lixa Victor Neves.Orientador: Anderson de Sá Pinheiro.Programa em Bioquímica (PPGBq).

    Em 1/3.

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    EXPEDIENTEInformativo IQ

    O informativo eletrônico é de responsabilidade da Direção do Instituto de Química da UFRJDiretora: Cássia Curan urci ([email protected]). Vice-Diretor: Claudio J. A. Mota ([email protected]).

    Jornalista responsável: Christina Miguez (Mb 13.058). Estagiária em Comunicação Visual-Design: Christina Lélis (Escola de Belas Artes/UFRJ).Envie suas dúvidas, colaborações, informes, pautas e sugestões para o INFORMAIVO IQ através do e-mail [email protected] de Química: prédio do C–Bloco A-7º andar. Ilha da Cidade Universitária–Cidade Universitária – CEP 21.941-590. el.: (21) 3938-7261.

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    Doutorado

    - Métodos biocatalíticos para a pre-paração de álcoois e aminas quirais.Autora: Amanda Silva de Miranda.Orientadores: Rodrigo Octavio Men-donça Alves de Souza e Leandro So-

    ter de Mariz e Miranda. Programa emQuímica (PGQu). Em 30/3.

    - Avaliação de esteroides androgê-nios endógenos derivados O-trime-

    tilsilila (O-MS) e Metoxiamino-tri-metilsilila (MO-MS) em amostrasde urina humana por cromatografiagasosa bidimensional abrangente aco-plada a espectrometria de massa por

    tempo de vôo (CGXCG-EMdV) eaplicação de um modelo de predição.Autora: Aline Campos de Azevedo daSilva. Orientadores: Henrique MarceloGualberto Pereira e Francisco Radler

    de Aquino Neto. Programa em Quí-mica (PGQu). Em 29/3.

    - Estudo da ação antioxidante decompostos de 4 coordenação e suas

    aplicações contra a agregação da al-fa-sinucleína. Autor: Tales de Pau-la Ribeiro. Orientador: Marcos DiasPereira. Programa em Bioquímica(PPGBq). Em 15/3.