Informativo IQ - Maio 2016

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  • 7/25/2019 Informativo IQ - Maio 2016

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    DefesasMaioMonografias,dissertaese teses LEIA MAIS

    - 39 Reunio Anual da SBQ, em30/5-2/6. Local: Centro de Con-venes de Goinia (GO).Ver: http://www.sbq.org.br/39ra/

    - Curso Qumica Medicinal Basea-da em Produtos Naturais, em 11/6.Local: RJ.Ver: http://www.abq.org.br/cursos/quimica-medicinal-baseada-em-produtos-naturais_3.html

    - IV International Conference onAntimicrobial Research (ICAR2016),em 29/6-1/7. Local: Torremolinos,Malaga (Esp.).Ver: www.icar-2016.org

    - XVIII Encontro Nacional deEnsino de Qumica (ENEQ-2016), em25-28/7. Local: UFSC.Ver: http://www.eneq2016.ufsc.br/

    - VIII Escola de Modelagem Mo-lecular em Sistemas Biolgicos (8EMMSB-2016), em 22-26/8.Local: Bzios, RJ.Ver: http://www.emmsb.lncc.br/

    - 9 Encontro Nacional de Tecno-logia Qumica (ENTEQUI), em19-21/9. Local: Goinia, GO.Ver: http://www.abq.org.br/

    - 2 Simpsio Nordestino de Qumica(2 SINEQUI), em 8-10. Local: Tere-sina (PI).Ver: http://www.abq.org.br/sinequi/

    - 56 Congresso Brasileiro de Qumi-ca, em 7-11/11. Local: Belm, Par.Ver: http://www.abq.org.br/cbq/

    - The Brazilian Symposium onMedicinal Chemistry (BrazMed-Chem-2016), em 27-30/11.Local: Bzios, RJ.Ver: http://www.brazmedchem2016.com.br/

    Agenda

    Toda Mdia

    Ano VIII - n 97 | Maio - 2016

    Ensine em 3 minutos

    Em Foco: Luiz DavidovichAo tomar posse, em

    4/5, na Presidncia da ABC,o fsico Luiz Davidovich,Professor Titular do Insti-tuto de Fsica da UFRJ, noimaginou a dimenso dosdesafios que o aguardavam,como a fuso do MCTI como MC, e os cortes de recur-

    sos financeiros. A comuni-

    Organizada pelo British Coun-cile pela Fapesp, a primeira ediodo "FameLab" apontou o mate-mtico Jackson Itikawa, da USP,quem melhor explicou o seu tra-balho a um grupo de jurados nocientistas, em trs minutos.

    Ele coordena o Laboratriode Sistemas Integrveis e estudamodelo que exemplifica a teoriados infinitos da Matemtica. Emjunho Itikawa participar da fi-nal internacional, na Inglaterra.LEIA MAIS

    Cientistas vo intensicaratos pela volta do Ministrioda Cincia,Tecnologia eInovao - LEIA MAIS

    Royalties do petrleo podemgarantir educao pblicabsica e o ensino tcnico denvel mdio

    Proposta do senador Romrio(PSB-RJ), presidente da Comisso deEducao, Cultura e Esporte (CE) aprova-da em 7/6 e enviada para a Comisso deAssuntos Econmicos (CAE): dos 75%dos royalties do petrleo destinados educao, 30% se destinaro a programas/projetos de educao bsica da rede pbli-ca; 25% a programas de educao profis-sional e tecnolgica e 10% a educao dequalidade a pessoas com deficincia. Sa-de ficar com 25% restantes. LEIA MAIS

    Com recorde de municpios,sucesso da Obmep est nametodologia, diz coordenador

    Plataformas de 'vaquinhas vir tuais' ajudam abancar projetos de estudo

    Felipe Tiozo e Felipe Oliveira

    Mais de 17 milhes de estu-dantes de escolas pblicas do pas

    iniciaram, em 7/6, a primeira faseda 12 Olimpada Brasileira deMatemtica das Escolas Pblicas(Obmep-2016). O Encontro re-ne alunos do ensino fundamentale mdio de 99,59% dos munic-pios brasileiros. LEIA MAIS

    Felipe Tiozo e Felipe Oli-veira, ambos com 16 anos ealunos do Sesi/SP, criaramcampanha no site de crowd-funding, Catarse, e obtiveram

    R$ 6 mil. Em 2015 sagraram-secampees mundiais de robti-ca, frica do Sul, e precisavamde mais dinheiro para continu-ar estudando robs, em 2016.LEIA MAIS

    Jackson Itikawa (no centro, de jeans e camiseta) e seus colegas na Final do FameLab.

    dade cientfica e tecnolgicatem se mobilizado de muitasmaneiras, e o Prof. Davido-

    vich espera que isto possaser revertido, em prol dodesenvolvimento nacional.

    Nesta entrevista, exclu-siva ao INFORMATIVO

    IQ, ele trata deste e de

    outros assuntos, e diz queinvestir em C/T buscaruma sada para a crise dopas. LEIA MAIS

    Luiz Davidovich

    - Ponto de Vista: Giselle Perez

    - Prmio Inovao White

    Martins/ PUC-Rio

    Outros Destaques

    http://cts.vresp.com/c/?FormatexResearchCent/5307e65d61/1038f71fca/4aae6419c0http://cts.vresp.com/c/?FormatexResearchCent/5307e65d61/1038f71fca/4aae6419c0http://www.brazmedchem2016.com.br/http://www.brazmedchem2016.com.br/http://www.brazmedchem2016.com.br/http://www.bv.fapesp.br/namidia/noticia/121805/ensine-em-3-minutos/http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/237172/Cientistas-v%E3%AF%ADintensificar-atos-pela-volta-do-Minist%E9%B2%A9o-da-Ci%EA%AE%A3ia-Tecnologia-e-Inova%E7%A3%AF.htmhttp://www.brasil247.com/pt/247/brasil/237172/Cientistas-v%E3%AF%ADintensificar-atos-pela-volta-do-Minist%E9%B2%A9o-da-Ci%EA%AE%A3ia-Tecnologia-e-Inova%E7%A3%AF.htmhttp://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/eu-estudante/ensino_educacaoprofissional/2016/06/07/ensino_educacaoprofissional_interna,535388/royalties-do-petroleo-podem-garantir-educacao-publica.shtmlhttp://www.jornaldaciencia.org.br/edicoes/?url=http://jcnoticias.jornaldaciencia.org.br/10-com-recorde-de-municipios-sucesso-da-obmep-esta-na-metodologia-diz-coordenador/http://www.correiodoestado.com.br/brasilmundo/vaquinhas-virtuais-ajudam-a-bancar-projetos-do-ensino-medio-a/277836/http://www.correiodoestado.com.br/brasilmundo/vaquinhas-virtuais-ajudam-a-bancar-projetos-do-ensino-medio-a/277836/http://www.jornaldaciencia.org.br/edicoes/?url=http://jcnoticias.jornaldaciencia.org.br/10-com-recorde-de-municipios-sucesso-da-obmep-esta-na-metodologia-diz-coordenador/http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/eu-estudante/ensino_educacaoprofissional/2016/06/07/ensino_educacaoprofissional_interna,535388/royalties-do-petroleo-podem-garantir-educacao-publica.shtmlhttp://www.brasil247.com/pt/247/brasil/237172/Cientistas-v%E3%AF%ADintensificar-atos-pela-volta-do-Minist%E9%B2%A9o-da-Ci%EA%AE%A3ia-Tecnologia-e-Inova%E7%A3%AF.htmhttp://www.bv.fapesp.br/namidia/noticia/121805/ensine-em-3-minutos/http://www.brazmedchem2016.com.br/http://www.brazmedchem2016.com.br/http://cts.vresp.com/c/?FormatexResearchCent/5307e65d61/1038f71fca/4aae6419c0
  • 7/25/2019 Informativo IQ - Maio 2016

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    Novo presidente da ABC

    Informativo IQ -Aps oito anos de um matemtico frente da ABC, quais os planos de um fsicopara a entidade?

    Luiz Davidovich - No ltimo man-dato, a presena nacional da Academia Bra-sileira de Cincias foi reforada atravs dacriao das Vice-Presidncias Regionais, quepromovem atividades nas diversas regies dopas, e tm sob sua responsabilidade a eleiodos membros afiliados de cada regio (jovenspesquisadores, com idade mxima de 40anos, que se tornam membros da Academiadurante um perodo de cinco anos tambminovao da Diretoria anterior). Pretende-mos reforar essa presena nacional, incenti-

    vando reunies regionais que levantem ques-tes de interesse local e tambm promovama cincia desenvolvida pelos membros da

    ABC, incluindo os afiliados.

    Pretendemos tambm aumentar a visibi-lidade da ABC na mdia, focalizando temascientficos de interesse da populao. A ABCtem publicado diversos estudos com propos-

    tas de poltica pblica, sobre a Amaznia, aeducao em diversos nveis, os recursos h-dricos, as doenas negligenciadas, a medicinatranslacional. Vamos intensificar a produode estudos e propostas. Um grupo de estudosimportante est sendo formado para formataruma proposta de cincia para o Brasil.

    Alm disso, estamos desenvolvendo umdocumento sobre ensino superior, que atu-aliza um estudo anterior da Academia, pu-blicado em 2004, e que motivou novos pro-

    jetos de Universidade, como a UniversidadeFederal do ABC.

    Estaremos tambm dando uma atenoespecial para a educao em cincias, que muito deficiente no pas. E, claro, a ABCestar sempre ativa na defesa do desenvol-

    vimento cientfico e tecnolgico do Brasil.

    Luiz Davidovich gra-

    duado em Fisica pela Pontif-

    cia Universidade Catlica do

    Rio de Janeiro (1968) e dou-

    torado em Fsica pela Uni-

    versity of Rochester (1975).

    Preside, desde maio ltimo,

    a Academia Brasileira de

    Cincias (ABC). Profes-

    sor Titular da Universidade

    Federal do Rio de Janeiro.

    Tem experincia na rea de

    Fsica, com nfase em p-

    tica Quntica e Informao

    Quntica atuando, principal-

    mente, nos seguintes temas:

    emaranhamento quntico,

    descoerncia, dispositivos

    para computao qunti-

    ca, reconstruo de estados

    qunticos, teoria do laser,

    metrologia quntica. tam-

    bm membro da Academia

    de Cincias do Mundo em

    Desenvolvimento (TWAS)

    e da National Academy of

    Sciences (EUA). Em 2000,

    foi agraciado com a Gr-Cruz

    da Ordem Nacional do Mri-

    to Cientfico, com o Prmio

    TWAS de Fsica, em 2001,

    e com o Prmio lvaro Al-

    berto (CNPq) e a MedalhaTamandar (Marinha do

    Brasil), em 2010. Fellow da

    Optical Society of America.

    Recm-chegado da China, Luiz Davidovich cita este pas como exemplo, ao mencionar os investi-mentos sistemticos em P&D, com destaque para a pesquisa bsica. Os chineses, observa ele, preten-

    dem atingir 2020 com 2,5% do seu PIB investido em P&D!

    Informativo IQ -Seguramente, a atual situaodo apoio federal (e de muitos estados) pesquisacientca e tecnolgica a pior, desde a criao

    dos Fundos Setoriais no incio da dcada passada.O Senhor concorda com este diagnstico?O que a ABC pode fazer para reverter essa situao?

    LD - De fato, estamos vivenciando umacrise profunda. Cortes sucessivos no ora-mento para cincia e tecnologia, aps 2010,levaram a uma situao de insolvncia dasagncias financiadoras, com srios prejuzospara a formao de novos pesquisadores epara a continuidade das atividades de pes-quisa e desenvolvimento. Projetos estratgi-cos como a explorao sustentvel da Ama-

    Parece at que os economistas que aju-

    dam a formular polticas pblicas tiveram

    uma formao deciente: no tiveram em

    seu currculo um curso que mostrasse o pa-

    pel essencial da cincia e da tecnologia

    na teoria e na prtica econmica...

    (LD)

  • 7/25/2019 Informativo IQ - Maio 2016

    3/93 Informativo IQ - Maio 2016

    Informativo IQ -Sobre a recente fuso do MCTI com Comunicaes,o que acha a ABC?

    LD - Tudo indica que essa fusofoi fruto de uma penada burocrticairrefletida. No tem sentido. Qual a

    relao entre C&T e a Anatel, a Em-presa de Correios e Telgrafos, asconcesses de rdio e televiso?

    O Ministrio de Cincia e Tecno-logia foi criado h mais de 30 anos,aps uma longa campanha da comu-nidade cientfica e tecnolgica. Nose trata de um ministrio criado par-ra atender a um ou outro partido po-ltico. Sua criao sinalizou uma po-ltica de Estado, uma vontade do pasde romper barreiras de longa data,reflexos de um passado dominadopelo extrativismo. Trata-se de umministrio com uma prxis singular,com projetos e recursos submetidos avaliao de comisses tcnicas, ecom grande transversalidade, poisnecessariamente, deve interagir comoutros ministrios que tm ativida-

    des na rea de cincia e tecnologia.

    Temos agora uma sinalizaoem sentido contrrio. A cincia e a

    tecnologia foram rebaixadas, estorepresentadas agora por duas se-cretarias, entre cinco ao todo, abai-

    xo da Secretaria Executiva do novoMinistrio. Alega o Ministro queessa fuso fortalecer a rea, por serum Ministrio mais forte. Resta ver. complicado juntar duas reas todesconexas em termos de atividadese prticas polticas.

    Alega tambm que essa fusooferece possibilidades de interaointeressantes para a cincia e tecno-logia. Bem, interaes importantes jexistiam, devido transversalidadedo Ministrio de Cincia e Tecnolo-gia, com diversos outros Ministrios,como o da Sade, o da Educao, ode Minas e Energia, o da Indstria eComrcio, o da Defesa, e vrios ou-tros. Nem por isso imaginamos quetodos esses devem ser fundidos emum nico mega Ministrio...

    Enfim, esperamos que essa fusovenha a ser revertida, em benefciodo desenvolvimento nacional.

    znia, do mar territorial, as atividadesespaciais, o reator multipropsito, oprojeto Sirius para o Sncrotron emCampinas, esto paralisados por faltade recursos. Tambm paralisada est arede de Institutos Nacionais de Cinciae Tecnologia (INCTs), que tem dadoimensas contribuies ao desenvolvi-mento cientfico e tecnolgico do pas.Cortes de bolsas atingem diretamenteo futuro do pas, limitando a formaode novos pesquisadores.

    Alega-se que a crise econmicademanda cortes em todas as reas.Essa afirmao equivocada, comodemonstrado pelas atitudes tomadaspor outros pases, em pleno perodo de

    crise. A China tem aumentado sistema-ticamente o investimento em P&D nos

    ltimos anos, dando especial atenoao financiamento da pesquisa bsica,pois sabem que da podero vir grandesrevolues cientficas e tecnolgicas.Pretendem chegar em 2020 com 2,5%do PIB investido em P&D. A UnioEuropia decidiu alcanar 3% do PIBem P&D, tambm em 2020. Coria doSul e Israel j investem 4% do PIB emP&D. Os EUA investem 2,8% do PIB.No Brasil, remamos contra a corrente:estima-se que o pas investe apenas cer-ca de 1,2% do PIB em P&D!

    O investimento em P&D a sa-da para a crise! Especialmente emum pas como o Brasil, que tem suasexportaes ainda dominadas por

    matrias primas, esse investimento essencial para garantir um futuro

    sustentvel, para mudar o perfil daproduo nacional.

    Parece at que os economistasque ajudam a formular polticas p-blicas tiveram uma formao defi-ciente: no tiveram em seu currcu-lo um curso que mostrasse o papelessencial da cincia e da tecnologiana teoria e na prtica econmica...

    A ABC tem um papel importantede esclarecer a sociedade, e em parti-cular os governantes, sobre os imen-sos riscos para o futuro do pas em-butidos na poltica restritiva adotadanos ltimos anos. o que estamosfazendo agora, indo aos jornais, con-

    versando com parlamentares, enfim,tentando reverter essa situao.

    Projetos estratgicos, como o Sirius para o LNLS (no a lto)e o de Atividades Espaciais (acima) esto paralisados, porfalta de recursos. Fotos: lnls.cnpem.br e ppbio.inpa.gov.br

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    4/94 Informativo IQ - Maio 2016

    LD - Conheo com mais detalhesa OBMEP, no estou familiarizadocom as outras iniciativas. A OBMEP uma atividade que atinge 18 milhesde crianas em todo o pas, est pre-sente em praticamente todos os mu-nicpios brasileiros. Tem estimuladoo interesse pela matemtica, o que se

    evidencia pela melhora significativa,nessa disciplina, dos estudantes bra-sileiros no teste Pisa.

    Alm disso, essa olimpada nose limita prova. Material didtico

    de qualidade distribudo s esco-las. Os estudantes que se destacamso acompanhados, obtm bolsas deiniciao cientfica quando ingres-sam em cursos superiores, frequen-temente na rea de engenharia.

    Recebem tambm bolsas de mes-

    trado e doutorado em matemtica,que pode ser cursado independente-mente (e, no caso do IMPA, simulta-neamente) com uma graduao emcurso superior.

    H tambm um programa cha-mado de OBMEP na Escola, que dbolsas para professores habilitados,os quais devem submeter um proje-to sobre como melhorar o ensino dematemtica em suas turmas.

    Acho que essas olimpadas fazem

    sentido desde que sejam comple-mentadas por outras medidas, comoessas que acabei de mencionar.

    Informativo IQ -Olimpadas de Matemtica (OBMEP/IMPA/MCTI), aWorldSkills Competition, em agosto passado, SP, e mais recentementea FameLab, patrocinada pelo British Council, estimulam os competidoresa dar o melhor de si: enfrentam desaos, aprimoram o conhecimento e soobrigados a participar/competir, sejam eles alunos de escolas pblicas,tcnicos prossionais ou pesquisadores explicando para leigos o que fazemnos seus laboratrios. O que a ABC acha de competies deste tipo?

    Informativo IQ -O Senhor professor/pesquisador do Instituto de Fsicada UFRJ. D aulas duas vezes por semana na PG, assiste a colquios, etc.Nesta rotina, fcil conciliar o seu trabalho com a atividade da Academia,

    rgo de maior representatividade da pesquisa no pas?

    LD -No nada fcil. Especial-mente na situao vivida agora pelarea de cincia e tecnologia, que amar-ga recursos escassos, com riscos para asobrevivncia de vrios programas im-portantes para o pas, e com mudanasinstitucionais preocupantes.

    A ABC est na linha de frenteda defesa do desenvolvimento cien-tfico e tecnolgico, e isto d mui-to trabalho neste momento difcil.J em tempos normais, a atividade intensa, com a produo de estu-dos, a organizao de simpsios e apresena em reunies regionais. Pro-curo dividir o trabalho com minhaDiretoria, mas o Presidente acaba

    sendo mais solicitado.Manter as atividades profissio-

    nais , no entanto, muito importan-

    te, afinal sou um cientista, no possodeixar de lado aquilo que essencialna minha vida, a atividade de pes-quisa, a formao de pesquisadores,e a divulgao da cincia, especial-mente entre os jovens estudantes.

    Projetos na Amaznia, tambm sob ameaa por falta de recursos. Acima, imagens da Reserva Florestal Adolpho Ducke,administrada pelo INPA. Acima, um exemplo de explorao sustentvel. Fotos: ppbio.inpa.gov.br

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    5/95 Informativo IQ - Maio 2016

    Ponto de Vista

    Giselle Perez

    qumica formada no

    IQ (1988) e ex-aluna

    de IC dos Professores

    Joel Jones Jr. e Bruce

    Kover. Mestre

    Cervejeira certificada

    pela Siebel/Doemens

    (Chicago/Munique)

    e degustadora

    treinada na Flavor

    Active(Oxford,

    Ingl.), Green Belt,

    e membro daAmerican Society

    Brewing Chemist

    (ASBC), EUA.

    Em 1992 foi

    contratada como

    analista pela Cia.

    Cervejaria Brahma,

    participando

    das vrias fuses

    (Antarctica,

    Quilmes,

    Anheuserbush,

    Interbrew), at a

    formao daAmBev/ABI.

    Tem participao

    em workshops,

    Ela participou da 24 Semana da Qumica, do IQ, no incio de maio. Mestre Cervejeira da AmBev,Giselle responsvel por dois laboratrios e uma cervejaria experimental do Centro de Inovaes Tec-nolgicas, em So Paulo. Ali so desenvolvidos os prottipos dos lanamentos comerciais de cervejas,chs gelados, guas com sabores, etc. da AmBev.

    Aqui, ela trata do seu trabalho e da sua carreira, destacando aspectos da formao acadmicaobtida no Instituto de Qumica, nalizada em 1988. No perodo, foi aluna de IC dos Professores BruceKover e Joel Jones Jr. Hoje ela aplica os ensinamentos tambm em apresentaes nas Feiras Interna-cionais que frequenta e nos cursos que ministra.

    Giselle Perez, na AmBev

    Informativo IQ -A Senhora responsvel, atualmente, por um laboratrio naAmBev. Qual papel o Instituto de Qumica teve na sua formao?

    congressos, feiras e

    treinamentos:

    Brau Munique;

    ASBC/ EUA: Palm

    Spring/ Chicago/

    Boston/Orlando/

    Hawa/Nova Iorque

    (EUA); ASBC/

    Canad: Victoria;

    Sensory/ Eurosense

    Bruxelas/Copenhague/ Berna/

    Chicago;

    Experimental

    Brewery/ Bruxelas;

    Pepsi Porto Rico;

    Lab Supervision/

    Copenhague;

    Glass Bottle/

    Nienburg Weser,

    Baixa Saxnia

    (Al.) e FIA Breda

    (Holanda).

    Realizou auditorias

    em cervejarias,maltarias e

    refrigeranteiras em

    pases diversos da

    Amrica Latina e

    Europa, entre outros:

    Brasil; Venezuela;

    Peru; Paraguai;

    Uruguai; Argentina;

    Portugal; Japo/

    Coria do Sul;

    China; Alemanha

    e Repblica

    Dominicana.

    Giselle Perez- Sou Gerente Cor-porativa de Desenvolvimento da rea

    de Facility & Service, do Centro deInovaes Tecnolgicas da AmBev.Esta rea compreende dois Laborat-rios e uma Cervejaria Experimental,onde so desenvolvidos os prottiposdos nossos lanamentos comerciais.

    Iniciei como Qumica, realizandoanlises de Cromatografia Gasosa e

    Lquida, tcnicas que foram aprendi-das na Graduao e aprimoradas naPs-Graduao. A Iniciao Cientfi-ca me ajudou muito na resoluo deproblemas, uma vez que outras ex-pertises (alm das tcnicas) desenvol-

    vidas durante este estgio foram am-plamente utilizadas durante a minhatrajetria profissional.Giselle Perez (primeira fila, terceira da direita para esquerda) e equipe do Laboratrio de Qualidade, Pesquisa e Inovaoda AmBev.

  • 7/25/2019 Informativo IQ - Maio 2016

    6/96 Informativo IQ - Maio 2016

    Informativo IQ -Em 2015, a AmBev foi classicada pela Great Place to Work(empresa internacional de consultoria e treinamento) dentre as 75 melhoresempresas brasileiras para se trabalhar. Como qumica, quais aspectos daempresa a Senhora poderia destacar como desaos e aprimoramentoao seu trabalho?

    GP- A AmBev tem sempre me-tas bastante desafiadoras. Porm, dao funcionrio ferramentas e treina-mentos necessrios para atingi-las.Incentiva o crescimento profissional,forma lderes que passam a ter o de-safio de desenvolver seus sucessores.Para isso, ela oferece cursos de Gestoe Liderana, treinamentos de cunhotcnico (Mestre Cervejeiro, AnliseSensorial, Estatstica e outros). Estes

    foram alguns treinamentos pelos quaispassei e que foram determinantes parachegar minha atual posio.

    Na minha opinio, outras carac-tersticas importantes da AmBev soo rigoroso controle de qualidade, apreocupao com a integridade dosprodutos, incentivo Inovao, a se-gurana dos funcionrios e a preocu-pao com o Meio Ambiente.

    A formao em Qumica se re-flete em cada um dos tpicos des-tacados acima, de forma direta. AAmBev tem em cada cervejaria/re-frigeranteira um laboratrio desti-nado ao Controle de Qualidade daproduo e ainda dois LaboratriosCorporativos (um de Qualidade eoutro de Pesquisa/ Inovao).

    Informativo IQ -Esta empresa costuma incentivar junto a seus funcionriostreinamentos e cursos no exterior, participao em feiras internacionais, etc.Qual conselho a Senhora d ao qumico recm-formado, interessado emtrabalhar na empresa?

    GP- Para que o profissional con-siga participar dessas feiras, dos trei-

    namentos e cursos oferecidos pelacompanhia, indispensvel que ele

    Informativo IQ -Hoje, a empresa detentora de mais de uma centenade marcas de cerveja e de algumas dezenas de marcas de refrigerantes ebebidas no alcolicas, guas com sabor, chs gelados, etc. Bebidas maissaudveis e com menos acar. Como conciliar estes dois aspectos?

    GP - Cada marca tem um pblico

    diferente, assim como as bebidas. O quea AmBev consegue conciliar, mesmocom um portflio to diversificado, a qualidade dos produtos, aspectodo qual a companhia no abre mo.

    Algumas das marcas que fazem

    parte do portflio so: Antarctica,Brahma, Bohemia, Budweiser, Skol,Original, Stella Artois; os refrigerantes:Guaran Antarctica, Soda, Pepsi, Suki-ta, Antarctica Citrus e H2OH!; o isot-

    tenha ingls fluente, assim como dis-ponibilidade para viagens (nacionais

    e internacionais).

    nico Gatorade e o ch Lipton, alm do

    energtico Fusion e da Brahma 0,0%,totalmente sem lcool.

  • 7/25/2019 Informativo IQ - Maio 2016

    7/97 Informativo IQ - Maio 2016

    Informativo IQ -A Senhora Mestre Cervejeira, formada na Alemanha(Siebel/Doemens). O que faz este prossional? O que determina o gostode uma cerveja por ele fabricada?

    GP- A maior responsabilidade doMestre Cervejeiro AmBev garantir

    que o produto esteja sempre dentrodos padres de qualidade, atenden-do legislao em vigor e ao desenhodo produto. O Mestre Cervejeiro temcurso de Degustao e monitora cadaetapa da produo, garantindo assimque, no final do processo, a cervejaseja a melhor do mercado.

    Cada produto tem um perfil sen-sorial especfico, profundamente co-

    nhecido pelo Mestre Cervejeiro. Des-ta forma, qualquer desvio no sabor/odor/aparncia/qualidade detectadono s pelas anlises fsico-qumicase microbiolgicas, mas tambm pelassesses de degustao realizadas poreste profissional.

    Informativo IQ -Em 2014, as cervejas com baixo ou sem teor alcolico

    representaram menos de 9% do volume global de cervejas produzidas pelaAmBev. Uma das preocupaes da AmBev, at 2025, lanar uma cervejade baixo ou nenhum teor alcolico, para cada grupo de cinco novas marcasproduzidas. O que determinar o gosto destas cervejas com menos lcool?

    GP- A maior preocupao na ela-borao de uma cerveja sem lcool que sua caracterstica organolptica,ou seja, sua cor, o brilho, textura, sa-bor e cheiro estejam o mais prximopossvel do produto com lcool.

    Centro de Desenvolvimento Tecnolgico AmBev, em Guarulhos (SP). Foto: AmBev.

  • 7/25/2019 Informativo IQ - Maio 2016

    8/98 Informativo IQ - Maio 2016

    Detentor, desde maio ltimo, dotrabalho vencedor do Prmio Whi-te Martins Inovao - 2015 com oprojeto desenvolvido durante suadissertao no Programa de Ps Gra-duao em Biotecnologia Vegetal eBioprocessos, na Decania do CCS/

    UFRJ, Daniel Pousa Kurpan No-gueira no poderia estar mais sa-tisfeito com os louros da sua atual

    vida acadmica: tambm em maio,por concurso, tornou-se o mais re-cente professor-substituto do De-partamento de Bioqumica do Ins-tituto de Qumica.

    Ele obteve o Prmio WM, umaparceria com a PUC-Rio, com o tra-

    balho, Fixao de CO2 e produode cidos graxos poli-insaturadosatravs do cultivo de microalgas: oconceito de biorefinaria. Seus orien-tadores foram os Professores RicardoM. Chaloub e Anita Ferreira da Silva,do Laboratrio de Estudos Aplicadosem Fotossntese (LEAF/IQ).

    O Prmio WM integrou a XVIII

    Mostra PUC de 2015 e deu a Daniel/orientadores, R$ 10 mil. Este trabalhoatendeu a um dos desafios tcnicosdispostos no Edital, Produo de

    biodiesel a partir de microalgas, des-tacando-se, porm, por agregar um

    valor a mais: a utilizao da biomassade microalgas como matria prima de

    utilizao biotecnolgica em produtosda cadeia alimentar como suplemen-tos alimentares, por exemplo. Este foio conceito de biorefinaria destacadono estudo, explicou Daniel.

    O trabalho vencedor

    Ele explicou que, da biomassa demicroalgas podem ser obtidos bio-produtos, como os cidos graxospoli-insaturados (PUFA, do inglsPoly Unsaturated Fatty Acid), cons-titudos por molculas de lipdeos,fundamentais numa dieta saudvel.cidos graxos poli-insaturados esti-mulam a produo de lipoprotenasde alta densidade (o "bom colesterol"),capazes de prevenir o surgimento dealgumas doenas cardiovasculares,como a arteriosclerose.

    Tradicionalmente, a White Martinstem forte atuao no segmento dos ga-ses industriais e se preocupa com ques-tes da sustentabilidade, conservao

    Daniel Pousa Kurpan Nogueira

    do meio ambiente e biodiversidade.O Laboratrio de Estudos Aplica-dos em Fotossntese, por sua vez,estuda, dentre outros, a captao do

    dixido de carbono (CO2) por meiodas microalgas.

    Atualmente, o LEAF detentorde uma coleo de microalgas demais de 180 cepas, de origens diver-sas, que se prestam a estudos aplica-dos fotossntese. No caso do traba-lho de Daniel, ele buscou uma cepa(Isochrysis galbana/ LEAF-500) quese prestasse no s para a fixao doCO2, mas capaz de tambm acumu-lar quantidades expressivas de outrosbioprodutos de interesse comercial.

    No PBV, Daniel defendeu suadissertao em 2014, e atualmen-te aluno de Doutorado do mesmoprograma, tambm orientado pelosProfs. Chaloub e Anita. Com a dis-sertao produziu o artigo, Impact

    of temperature and light intensity ontriaclylglycerol accumulation in mari-ne microalgue, publicado na revistaBiomass and Bioenergy, edio ja-neiro de 2015.

    Daniel recebe o Prmio White Martins Inovao. Na foto, atrs, seus orientadores, os Professores Ricardo M. Chaloub eAnita F. da Silva. Foto: White Martins

    Por Dentro do IQ: Prmio White Martins Inovao/ PUC-Rio

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    Defesas de Trabalhos

    Graduao

    Licenciatura em Qumica

    - A avaliao dos sistemas escolares ea subordinao s demandas do mer-cado: o caso dos exames Saerjinhono Estado do Rio de Janeiro. Autora:Ana Carolina Monteiro. Orientador:Luiz Claudio dos Santos. Em 25/5.

    Mestrado

    Ps Graduao

    - Avaliao da capacidade de biorredu-o e atividade citotxica de comple-xos de CO3+candidatos pr-frma-cos antitumorais ativados por hipxia.Autora: Rafaella Rebecchi Rios. Orien-tadores: Marciela Scarpellini e MarcosDias Pereira. Programa em Qumica(PGQu). Em 6/5.

    Doutorado

    - Processamento da criolita da minade Pitinga (AM) para recuperao decido fluordrico e elementos estrat-gicos. Autora: Jssica Frontino Pauli-no. Orientadores: Julio Carlos Afonsoe Reiner Neumann (CETEM). Progra-

    ma em Qumica (PGQu). Em 30/5.

    - Identificao rpida deMycobate-rium bovisem carcaas bovinas, leitee caracterizao genotpica de cepascirculantes na regio Centro-Oestedo Brasil. Autor: Ricardo Csar Ta-

    vares Carvalho. Orientadores: Vnia

    Margaret Flosi Paschoalin e Eduardo

    Eustquio de Souza Figueiredo (FA-NUT-UFMT). Programa em Cinciade Alimentos (PPGCAL). Em 19/5.

    - Ladquiz. Autor: Bruno de AlmeidaBastos. Orientador: Antonio Carlosde Oliveira Guerra. Em 3/5.

    - Avaliao da atividade antimicrobia-na de extratos de Dioscorea piperifoliafrente a microrganismos patogni-cos. Autora: Paula Monteiro Lopes.Orientadoras: Daniela Sales Alviano(IMPG/UFRJ) e Celuta Sales Alviano(IMPG/UFRJ). Programa em Cinciade Alimentos (PPGCAL). Em 2/5.

    EXPEDIENTEInformativo IQ

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