Informativo - IPEF Notícias - Bioenergia e Bioprodutos LQCE

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Matérias publicadas no informativo IPEF Notícias - Abril/2010. Publicação do Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais - IPEF, em parceria com o Departamento de Ciências Florestais da Esalq/USP Piracicaba. Estagiária de jornalismo responsável pela redação. Íntegra: http://www.ipef.br/publicacoes/ipefnoticias/ipefnoticias202.pdf

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  • IPEF Notcias - Maro/Abril de 2010

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    Universidade

    Avanos nos estudos de bioenergia e bioprodutos realizados no LQCE promovem sustentabilidade

    Nos ltimos trs anos, os Laboratrios Integrados de Qumica, Celulose e Energia (LQCE), do Departamento de Cincias Florestais da Esalq, vem intensificando ainda mais seus trabalhos na linha de bioenergia e bioprodutos. Trata-se de estudos que utili-zam recursos florestais materiais fibrosos (madeira) e no fibrosos (leos, resinas, corantes, gomas, etc) para desenvolver energia de biomassa e bioprodutos com foco no aproveitamento sustentvel.

    Sob a coordenao do professor Jos Otvio Brito, o chamado Grupo de Bioener-Otvio Brito, o chamado Grupo de Bioener-Otvio Brito, o chamado Grupo de Bioenergia e Bioprodutos de Base Florestal forma-do por alunos de graduao, especializao, ps-graduao e ps-doutorado da Esalq/Usp e de outras instituies acadmicas do Brasil e exterior. Essas linhas de trabalho tm sido muito demandadas pela sociedade atual, j que trazem embutidas o conceito do retorno ao uso de produtos mais naturais e menos agressivos ao meio ambiente, afirma o professor.

    Na rea de bioenergia, uma das princi-pais linhas de trabalho refere-se avaliao de gases do efeito estufa (GEE) vinculados produo de carvo vegetal, principalmente destinado ao uso siderrgico. Isso inclui a alocao de equipamentos de ltima gera-o, que permitem a avaliao das emisses de gs carbnico, metano, dentre outros gases. O Brasil est alinhado com a atual demanda mundial, no sentido de tambm reduzir sua emisso de gases do efeito estufa. O setor de produo de carvo vegetal expli-citamente emissor e o LQCE faz o inventrio desses gases, em condies laboratoriais e de campo, explica o Prof. Brito.

    O inventrio realizado pelo LQCE funciona com um indicador do potencial a ser explorado pelas empresas em relao rea de crditos de carbono, o que vai ao en-contro do estmulo ao desenvolvimento do

    Mercado Brasileiro de Reduo de Emisses (MBRE) que , inclusive, um dos objetivos da Poltica Nacional sobre Mudana do Clima (PNMC), lei federal aprovada pelo Senado em novembro, que fixa a meta nacional voluntria de reduzir as emisses dos GEE entre 36,1% e 38,9%, at 2020.

    Ainda na linha de bioenergia, o LQCE vem desenvolvendo estudos visando a agre-gao de melhores caractersticas biomas-sa, mediante tratamento trmico, no que se denomina processo de termorretificao ou torrefao. Tais tcnicas permitem no somente o aumento do valor energtico da biomassa, mas, sobretudo, a homogeneiza-o do material, tonando-o mais estvel na sua aplicao como substituto dos derivados do petrleo. Essa rea de pesquisa conta com dois programas de intercmbio com a Frana, um financiado pelo convnio FAPESP-INRA (Fundao de Amparo Pesquisa do Estado de So Paulo e Institut National de la Recherche Agronomique) e outro pelo programa CAPES/COFECUB (Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior e Comit Francs

    de Avaliao da Cooperao Universitria e Cientfica com o Brasil). O professor Brito destaca a importncia desse tipo de ao: Esses programas proporcionam recursos para a aquisio de equipamentos, alm de resultarem em uma importante interao de recursos humanos, por conta do intercmbio de docentes, pesquisadores e estudantes que se encontra em andamento.

    O LQCE tambm est inteiramente capacitado para realizar avaliaes visando a caracterizao da biomassa, incluindo as principais anlises demandadas para a ade-quada definio das aplicaes energticas desse material e seus derivados.

    rea de bioprodutos firma parcerias com a indstria

    Nos ltimos anos, a linha de pesquisa do LQCE envolvendo bioprodutos se potencializou. A equipe vem realizando experimentos com extratos obtidos das rvores (gomas, resinas, leos, etc), que resultam em produtos de interesse para a indstria de cosmticos (perfumaria, higiene e corantes) e para a indstria txtil (tingi-mento de tecidos). Segundo o professor Brito, j foram estabelecidos contatos que caminham para a definio de aplicaes desses produtos em escala industrial, in-cluindo potenciais possibilidades de registro de patentes, com o apoio da Agncia USP de Inovao. Nesse contexto, conta muito a utilizao de resduos de processamento da madeira, na ideia da ampliao do leque de alternativas para o aproveitamento desses materiais. Existe um conceito muito forte no sentido de promover o reaproveitamento de materiais que seriam descartados e que, em geral, causam problemas ambientais nas suas deposies, explica o Prof. Brito.

    Coletor de Gases de Efeito Estufa

    Nos ltimos trs anos, os Laboratrios Mercado Brasileiro de Reduo de Emisses

    Cromatografia e calorimetria

  • IPEF Notcias - Maro/Abril de 2010

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    Notcias

    Editorial

    Publicao do Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais IPEF, em parceria com o Departamento de Cincias Florestais da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz.

    Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais - IPEFPresidenteArmando Jos Storni SantiagoVice-PresidenteGermano Aguiar VieiraDiretor ExecutivoLuiz Ernesto George BarricheloVice-Diretor ExecutivoWalter de Paula Lima

    Departamento de Cincias FlorestaisChefeJos Leonardo de Moraes GonalvesVice-ChefePaulo Yoshio Kageyama

    IPEF NotciasCoordenao Marialice Metzker Poggiani Diagramao e Projeto GrficoLuiz Erivelto de Oliveira JniorEstagiria de Jornalismongela Cndida Pereira da Silva

    ContatosCaixa Postal 530 - CEP 13400-970Piracicaba, SP, BrasilFone: +55 (19) 2105-8618Fax: +55 (19) 2105-8666E-mail: [email protected]/publicacoes/

    Tiragem: 4000 exemplaresGrfica: Editora Riopedrense

    Distribuio gratuita.Reproduo permitida desde que citada a fonte.

    No dia 1 de abril o IPEF completou seu 42 aniversrio com inmeros motivos de comemorao, dos quais destacamos os seguintes:

    Quadro associativo. Durante o ano de 2009 ocorreram trs fuses entre suas associadas e, com isso, seu nmero reduziu-se para 22: ArcelorMittal Florestas e ArcelorMittal Jequitinhonha tornaram-se ArcellorMittal BioEnergia, a Satipel foi incorporada pela Duratex e houve a fuso da Aracruz e VCP criando a Fibria. Em contra-partida foi admitida como associada a Forestal Oriental (Grupo UPM, ex-Botnia) do Uruguai. Na reunio do Conselho Deliberativo, realizada no ltimo dia 28, foram admitidas mais duas: CMPC Celulose Riograndense (ex-Aracruz-Guaba) e Montes Del Plata, tambm do Uruguai. Com isso retomamos o nmero de 25 associadas com expressivo aumento do total de rea plantada.

    Programas Cooperativos. Atualmente o IPEF contabiliza 14 programas cooperativos, nmero recorde em toda a histria do Instituto. Os programas lderes em nmero de participantes so o PROMAB - Programa de Monitoramento e Modelagem de Bacias Hidrogrficas (10), PTSM - Programa Temtico de Silvicultura e Manejo (14), PROTEF - Programa de Proteo Florestal (13), PCCF - Programa Cooperativo de Certificao Florestal (14) e PCPN - Programa Cooperativo de Populaes Ncleo (14). Nos demais programas as participaes variam de 5 a 8 associadas alm de outras empresas no-associadas que so aceitas em funo da contribuio que trazem aos mesmos. Atualmente, cerca de 15 no-associadas integram os diferentes programas.

    Plano Estratgico. Este plano foi concebido em funo da necessidade de se estabelecer o direcionamento do IPEF no atendimento de suas associadas para o mdio e longo prazos (dcada de 2010-20). A partir do workshop realizado em maio de 2009 e atravs de uma srie de reunies de trabalho que envolveram ex-presidentes e ex-diretores, coordenadores de temas do workshop, coordenadores e equipes tcnicas dos programas cooperativos e equipe do prprio IPEF, foram estabelecidos sete objetivos estratgicos (OE) e respectivas aes, a saber:

    OE 01. Contribuir para a evoluo e sustentabilidade da produo das florestas plantadas; OE 02. Contribuir para o planejamento sustentvel da expanso das florestas plantadas; OE 03. Fortalecer a utilizao dos conceitos e indicadores scio-ambientais nas florestas

    plantadas; OE 04. Gerar conhecimento sobre florestas plantadas e seus produtos para usos

    especficos e mltiplos; OE 05. Transferir tecnologia florestal apropriada ao produtor rural; OE 06. Expandir o conhecimento da Instituio por meio da realizao de parcerias com

    outras organizaes; e OE 07. Contribuir para a melhoria da capacitao dos profissionais que atuam na rea

    florestal.

    IPEF Unidade Monte Alegre. Conforme matria constante deste nmero do IPEF Notcias, a primeira fase de implantao da Unidade est sendo finalizada com as instalaes do Setor de Semente e Mudas. Visando diversificar sua atuao, o Setor tambm est instalando um viveiro de mudas para dar suporte aos programas cooperativos e produzir as denominadas estacas enraizadas, visando atender seus clientes tradicionais de sementes, principalmente viveiros de pequenos e mdios produtores. Com isso, nesta fase inicial, diversifica-se a opo tradicional de mudas seminais para mudas clonais.

    Luiz Ernesto George BarricheloDiretor Executivo

    ExpEdiEntE

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