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INFORMATIVO ABPMC BP)VC I Periódico de comunicacao da Associacâo Brasileira de Psicoterapia e Medicina Comportamental. N° ii Janciro/97 Devido as mudanças dos nimeros de telefone na cidade de São Paulo, informamos o novo telefone da ABPMC: (011) 257-5691 EDITORIAL UM MES TRISTE Eu estava tentando decidir o que escreveria neste editorial.. por urn lado, queria comentar corn vocês sobre o sucesso que 101 flOSSO V Encontro em Aguas de Lindóia. Por outro lado, estava tern brando que ha dez anos, em janeiro de 1987, haviamos perdido a companhia da Dra. Maria Lucia Ferrara - nossa querida Tutu - o que merecia ser comentado também. No rnomento dessa indecisão, recebi a noticia da morte da Dr.3 Ligia Maria de Castro Marcondes Machado, no dia 20 de janeiro. Coincidências ou não, resolvi falar delas. Grandes cientistas, as duas foram minhas professoras, orientadoras na pos-graduacao e colegas de trabalho. Antes de mais nada, foram minhas amigas. Corn elas aprendi grande parte daquito que sei hoje - e tenho certeza, muitos de nos devem a elas urn born pedaco de suas forrnaçôes. A análise experimental do comportarnento pode crescer corn seus trabalhos, e o nümero de analistas experirnentais rnultiplicou-se corn a forrnacão e o fascinio que elas exerceram sobre pessoas. Perdemos duas e perdernos muito... A Ligia e a Tutu, minha saudade eterna. V E VI ENCONTROS 0 V Encontro ocorrido em Aguas de Lindóia foi urn enorrne sucesso. Gracas ao alto nivel das apresentaçães de nossos convidados e a intensa participacão da plateia, tivemos urn Encontro que proporcionou troca de informacoes, aprendizado e desenvolvimento da area. Nesse Encontro ficou claro que a produçâo cientifica brasileira não fica a dever em nada a produzida e apresentada nos Congressos internacionais. Por falar nisso, nossos convidados internacionais trouxeram também uma oportunidade ünica de debate, apresentando temas polernicos e atuais, além de inforrnacOes a respeito de como a Psicoterapia e a Psicologia Comportamental e Cognitiva tern sido trabalhada em seus paises. Urn destaque especial do V Encontro foram os monitores contratados e a Personal Eventos, que permitiram que a sua organizacão e realizacao fosse impecavel. Conforme prornetido aos convidados e aos congressistas, os textos apresentados e entregues a diretoria corn esta finalidade serão publicados em forma de livro, o qual no máxirno ate o nosso próxirno encontro, estará 1 venda. Ainda respeitando os congressistas e na tentativa de aumentar as possibilidades de troca de inforrnaçôes e de divutgacao de trabalhos cientificos, decidimos a partir deste numero publicar nos boletins os resumos das comunicaçOes apresentadas, cujos autores entregaram os disquetes durante nosso congresso. No entanto, mat acabado o V. ternos o VI Encontro para organizarrnos. Para isso, estamos nos baseando prirnordialmente nos dados que coletamos durante o Encontro de Aguas de Lindôia, de forma a podermos atender da melhor forma possivel aos pedidos de nossos associados. Alérn disso estarnos estudando o local do próxirho evento, já que recebemos algurnas criticas e reclamaçoes sobre o acesso a Aguas de Lindôia. Lernbrarnos ainda aos nossos associados que este é urn ano de eleição para a diretoria do biénio 98/99. Portanto, os interessados devem ir pensando e montando sua chapas para que elas sejam lancadas por ocasião do VI Encontro, que ocorrera em Setembro de 1997. Em norne da diretoria desejo a todos urn feliz 97, ainda mais produtivo do que foi 96. Roberto Alves Banaco Presidente da ABPMC DIRETORIA Presidente: Roberto Alves Banaco Vice-Presidente: Maria Luisa Guedes Primeira Secretária: Regina Christina Wietenska Segunda Secretária: Maly Delitti Terceiro Secretário: Nelson de Campos Nolasco Primeira Tesoureira: Sonia Beatriz Meyer Segundo Tesoureiro: Antonio Souza e Silva Ex-Presidentes: Bernard Pimentel Range Hého José Guilhardi

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INFORMATIVO

ABPMC BP)VC

I Periódico de comunicacao da

Associacâo Brasileira de Psicoterapia e Medicina Comportamental.

N° ii Janciro/97

Devido as mudanças dos nimeros de

telefone na cidade de São Paulo,

informamos o novo telefone da ABPMC:

(011) 257-5691

EDITORIAL

UM MES TRISTE

Eu estava tentando decidir o que escreveria neste editorial.. por urn lado, queria comentar corn vocês sobre o sucesso que 101 flOSSO V Encontro em Aguas de Lindóia. Por outro lado, estava tern brando que ha dez anos, em janeiro de 1987, haviamos perdido a companhia da Dra. Maria Lucia Ferrara - nossa querida Tutu - o que merecia ser comentado também.

No rnomento dessa indecisão, recebi a noticia da morte da Dr.3 Ligia Maria de Castro Marcondes Machado, no dia 20 de janeiro. Coincidências ou não, resolvi falar delas.

Grandes cientistas, as duas foram minhas professoras, orientadoras na pos-graduacao e colegas de trabalho. Antes de mais nada, foram minhas amigas. Corn elas aprendi grande parte daquito que sei hoje - e tenho certeza, muitos de nos devem a elas urn born

pedaco de suas forrnaçôes. A análise experimental do

comportarnento pode crescer corn seus trabalhos, e o nümero de analistas experirnentais rnultiplicou-se corn a forrnacão e o fascinio que elas exerceram sobre pessoas.

Perdemos duas e perdernos muito...

A Ligia e a Tutu, minha saudade eterna.

V E VI ENCONTROS

0 V Encontro ocorrido em Aguas de Lindóia foi urn enorrne sucesso. Gracas ao alto nivel das apresentaçães de nossos convidados e a intensa participacão da plateia, tivemos urn Encontro que proporcionou troca de informacoes, aprendizado e desenvolvimento da area. Nesse Encontro ficou claro que a produçâo cientifica brasileira não fica a dever em nada a produzida e apresentada nos Congressos internacionais.

Por falar nisso, nossos convidados internacionais trouxeram também uma oportunidade ünica de debate, apresentando temas polernicos e atuais, além de inforrnacOes a respeito de como a Psicoterapia e a Psicologia Comportamental e Cognitiva tern sido trabalhada em seus paises.

Urn destaque especial do V Encontro foram os monitores contratados e a Personal Eventos, que permitiram que a sua organizacão e realizacao fosse impecavel.

Conforme prornetido aos convidados e aos congressistas, os textos apresentados e entregues a diretoria corn esta finalidade serão publicados em forma de livro, o qual no máxirno ate o nosso próxirno encontro, estará 1 venda. Ainda

respeitando os congressistas e na tentativa de aumentar as possibilidades de troca de inforrnaçôes e de divutgacao de trabalhos cientificos, decidimos a partir deste numero publicar nos boletins os resumos das comunicaçOes apresentadas, cujos autores entregaram os disquetes durante nosso congresso.

No entanto, mat acabado o V. ternos o VI Encontro para organizarrnos. Para isso, estamos nos baseando prirnordialmente nos dados que coletamos durante o Encontro de Aguas de Lindôia, de forma a podermos atender da melhor forma possivel aos pedidos de nossos associados. Alérn disso estarnos estudando o local do próxirho evento, já que recebemos algurnas criticas e reclamaçoes sobre o acesso a Aguas de Lindôia.

Lernbrarnos ainda aos nossos associados que este é urn ano de eleição para a diretoria do biénio 98/99. Portanto, os interessados devem ir pensando e montando sua chapas para que elas sejam lancadas por ocasião do VI Encontro, que ocorrera em Setembro de 1997.

Em norne da diretoria desejo a todos urn feliz 97, ainda mais produtivo do que foi 96.

Roberto Alves Banaco Presidente da ABPMC

DIRETORIA

Presidente: Roberto Alves Banaco Vice-Presidente: Maria Luisa Guedes

Primeira Secretária: Regina Christina Wietenska Segunda Secretária: Maly Delitti

Terceiro Secretário: Nelson de Campos Nolasco Primeira Tesoureira: Sonia Beatriz Meyer

Segundo Tesoureiro: Antonio Souza e Silva

Ex-Presidentes: Bernard Pimentel Range Hého José Guilhardi

2 Boletim Informativo ABPMC - N° Ii, Janeiro/1997 1 Ainda sobre o Behavioris-mo Radical*l

Mecca Chiesa

0 sistema explanatôrio do behaviorismo radical focaliza-se nas relacaes entre pessoas que se comportam (ou outros organismos), condicôes que estabelecem a ocasiâo ("setting conditions") para o comportamento e suas consequências: comportamento em seu contexto. Ele rejeita uma visão dualista da pessoa, que a divide em comportamento e algo a mais, e que, consequentemente, trata o comportamento como a manifestaçào superficial de processos que ocorrem em algum outro nivel inacessivel, inobservâvel e, usualmente, hipotético. Comportamento é um fenômeno que ocorre naturalmente, acessivel a análise cientifica sem necessidade de recorrer a conceitos metafIsicos conceitualmente confusos, ou pressupostos filosóficos inerentes a filosofia ocidental. A abordagem é empiricamente validada em ambientes de laboratOrio e em contextos clinico, educacional e trabalho social, através de dernonstraçôes de relacóes ordenadas, entre comportamento e

contexto em que ocorre, feitas por analistas de comportamento A pessoa no behaviorismo radical é concebida como um individuo ünico, concepçâo essa que é elaborada nas estratégias de pesquisa da análise do comportamento e, consequentemente, nas suas assercôes cientificas. Pessoas, neste sistema, sào todos indivisiveis, operando e interagindo

* 0 presente texto é a traduçao do cap.9 Chiesa, M. (1994). Radical Behaviorism: the Philosophy and the Science. Boston: Authors Cooperative, Inc., Publishers. Traducao de Hélio José Guithardi e Patricia Piason Queiroz.

corn seus ambientes, mudando e sendo mudadas pelo contexto e pelas consequências dos seus cornportamentos; um conceito idêntico a rede de relacoes dinâmicas de Capra (Capra, 1983, p. 32) no mundo da fisica contemporãnea. Relaçães entre organismos e seu mundo consistem

foco das expficaçöes causais, expressas em termos teóricos integrativos que explicam comportamento através do tempo sem a necessidade de elos mecanicistas entre eventos funcionalmente dependentes.

Urn compromisso corn o método cientIfico continua a distinguir psicologia de filosofia, uma visão da qual poucos psicólogos discordariam. Por outro lado, entretanto, nem todos os psicólogos estão comprometidos corn o mesmo tipo de ciéncia. 0 compromisso de Skinner foi corn uma ciência descritiva, observacional e integradora, que nâo requer estruturas ou mecanismos mediadores responsáveis pelas relacOes de causa-efeito; uma ciência caracterizada por uma visâo relacional de seu objeto de estudo (contida em sua definicão) e uma filosofia que nâo separa pessoas em comportamento e sistemas internos. Ela procura descrever (explicar) como pessoas e ambientes interagem, o efeito que pessoas tern na produção de consequências no seu ambiente e o efeito que o ambiente tern na modelagem e rnanutencâo de repertórios comportamentais. Poucos psicólogos estão comprometidos corn este tipo de ciência, a maioria concebendo causacào como contigua e sequencial, requerendo elos na cadela para explicar comportamento.

A participacão de Mach na discussâo do século XIX sobre interpretacâo e modelos causais na fisica encontra eco nas preocupaçães de Skinner sobre ciência natural na psicologia do

século XX. As preocupacães de Mach em relacâo aos sistemas explanatórios mecanicistas não estavam voltadas para o status ontológico de constructos hipotéticos (como átomos, vortices, particulas e outras entidades mediadoras postuladas pelos fisicos de seu tempo), mas para preocupaçôes cientificas, filosóficas e rnetodolôgicas mais amplas (Bush, 1968). Similarmente, debates sobre eventos ou estruturas psicolôgicas são frequentemente confundidos hoje nas discussães ontológicas: existem memôria, mente, e estados mentais em geral? Estes debates assurnem uma nova forrna quando vistos da perspectiva de uma filosofia de ciência. EIes tornam-se debates sobre o significado de explicacão, sobre o conceito de causacão usado e sobre o valor pragmático de teorias e modelos teóricos. Para parafrasear Brush (1968): "Algumas das questOes cientificas discutidas por Skinner não estão ate hoje resolvidas, isto sem falar das questOes filosóficas ou metodológicas". Behaviorismo, como um rnovimento histôrico, concentrou-se nas preocupacOes cientificas e metodológicas e produziu uma mudança na direção de métodos mais de acordo corn aqueles das ciências naturais. Alguns behavioristas, de qualquer modo, acharam impossIvel ir além do referencial mecanicista do século XIX. A psicologia contemporânea continua adotando

referencial input - sistema - output (S-0-R) daqueles primeiros behavioristas.

0 behaviorismo radical pertence a uma filosofia de tradiçâo cientifica que explicitamente rejeita interpretaçöes mecanicistas de fenOmenos naturais e recusa descrever o comportamento, de organismos, humanos ou não, através de principios mecanicistas. Sua relação corn outras tradicOes, corn as quais compartilha o tItulo Behaviorismo, é mais propriamente histórica do que filosófica; não se

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preocupa nem corn conexôes S-R de reflexos condicionados como fizeram Pavlov e Watson, nem corn estruturas mediadoras entre input ambiental e output comportamental como erarn as psicologias S-O-R de Tolman e Hull. 0 comentário de Eysenck, "Não ha düvida que a pesquisa contemporânea no campo da cognição representa uma forte reaçao contra a abordagem simples do behaviorismo"(Eysenck, 1984, p. 20), agora parece curiosa, tendo em vista o reconhecimento da relaçâo entre a tradiçâo S-0-R de Edward C. Tolman e a psicologia cognitiva contemporânea. A afirmaçâo de que Skinner estava interessado nas funçOes input- output, e a implicação de que uma critica ao sistema pavioviano funciona como uma critica ao sistema skinneriano também parece curiosa, dado que Skinner divergiu da tradição pavloviana bern cedo na sua carreira de pesquisa. Mahoney e outros que igualam o behaviorismo radical corn o behaviorismo de Pavlov, Watson, Tolman ou Hull, recaem no erro que apresenta o behaviorismo como uma unidade filosôfica- metodológica, ao invés de urn marco histôrico. Mahoney, erroneamente, tambérn atribuiu a causação da bola de bithar ao behaviorismo radical e, consequentemente, é infundada sua afirmação que o behaviorismo radical "se isolou e se distanciou de novas perspectivas sobre a natureza e da prática ôtima de investigação cientifica" (Mahoney, 1989, p.1373). Muito da psicologia contemporànea está de fato baseada no pensamento mecanicista, uma concepção de causaçao que é linear e contigua, e está consequentemente sujeita a esta critica. Ironicamente, o behaviorismo radical não está.

Macleod (1970) igualou 0 sistema skinneriano corn a doutrina newtoniana de homem, concluindo que consideraçôes skinnerianas de comportamento hurnano são análogas as consideraçães de

fenômenos fisicos expressos em termos de particulas fIsicas em interação. Tendo em vista os argumentos apresentados neste livro, tal descrição não tern nenhuma semelhança corn as consideraçães skinnerianas. Não ha "particulas em interaçáo" nas interpretaçães do comportarnentais analiticas de comportamento. 0 resumo de Capra, "behavioristas ainda adotam a referencial mecanicista e, frequenternente, defendem-no como a ünica abordagem cientifica para a psicologia, desta rnaneira limitando, claramente, a ciência ao referencial newtoniano clássico" (Capra, 1983, p.181), apesar de dirigido a Skinner, clararnente, aplica-se as outras tradiçôes comportamentais e a muitas das psicologias contemporàneas, mas não ao behaviorismo radical. Sobre a ciéncia newtoniana, Skinner declara explicitamente: "Uma ciência do comportamento humano não pode ter copiado exatamente a geornetria ou a mecãnica newtoniana porque seus problemas não são necessariamente do mesmo tipo"(Skinner, 1938, p. 437).

E lamentável que os erros persistentes do behaviorismo, mecanicismo e dualismo sejam repetidos em descriçöes do behaviorismo radical pelos participantes do debate da visão do novo mundo. Lamentável porque o behaviorismo radical e a análise do comportamento tern muito a contribuir para este debate. Tao importante como 0 6 para o pensamento cientIfico e para prática, e corn interesses que se estendern muito além dos muros da academia, o debate tern irnplicacóes para a maneira pela qual nós nos relacionamos corn nosso ambiente global e para as problemas criados e sofridos pelas pessoas. Participantes desse debate tern citado a ramo errado da psicologia contemporânea como urn exemplo da visão do veiho mundo da ciência mecanicista, dualista, newtoniana/cartesiana. E

ainda, eles não tern conseguido reconhecer as sernelhanças entre suas prôprias preocupacoes e as de B. F. Skinner e, ao desconsiderar o behaviorismo radical, por té-lo como urn exemplo da visão de mundo fora de moda, não conseguem reconhecer a importância da filosofia de Skinner para o seu próprio argumento. Os comentários deste capitulo sugerem uma contribuição para o debate sobre a visão do novo mundo que pode surpreender alguns de seus participantes.

Enfrentando uma Crise Global

Existe uma semelhança fundamental nos argumentos de Skinner e Capra (1983) corn relacão a urgência dos problemas globais modernos e a necessidade de urn novo modo de pensar para superã-los. Skinner argumentou: "A maioria dos pensadores concorda que o mundo está em sérias dificuldades. Urna guerra nuclear pode significar urn inverno nuclear que destruiria todas as coisas vivas; os combustiveis fósseis não durarão para sempre, e muitos outros recursos essenciais estão próximos do esgotamento; a terra torna-se progressivarnente menos habitãvel; e tudo isso é agravado pelo crescimento populacional que resiste ao controle. 0 momento critico pode não estar claro, mas a ameaça é real" (Skinner, 1987, p.1). Capra começa 0 Ponto de mutacao: CiOncia, Socicdade e a Cultura Emergente justapondo 0 custo do programa arnericano de arrnas nucleares corn a análise estatistica da subnutriçâo, fome e o acesso precário aos programas de saüde que são tIpicos da vida em muitas das naçôes mais pobres do mundo. A ameaça de uma catastrofe nuclear, poluição industrial, superpopulação e o fim do equilibria ecolágico do planeta, são todos citados como aspectos da crise global moderna: "uma crise de proporcão e urgência sem precedentes em toda a história da

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humanidade"(Capra, 1983, p.1). Skinner e Capra concordam

que o mundo estâ ameaçado de muitas formas importantes por aspectos do comportamento humano. Ambos visam identificar as origens dessa crise global e oferecer uma soIuço abrangente. Neste ponto seus argumentos divergem, mas suas conclusOes podem estar mais próximas do que a discussão sobre a visão de urn novo mundo poderia antecipar.

Capra aponta como causa original uma ênfase equivocada na ciência: "Nossa cultura se orgulha de ser cientifica; nosso tempo é mencionado como Era Cientifica. E dominada pelo

pensamento racionaf, e o conhecimento cientifico é, frequentemente, considerado a unica forma aceitável de conhecimento. Em geral não se reconhece que pode haver conhecimento intuitivo ou percepçáo que seja igualmente vâlido e confiável. Esta atitude, conhecida como cientificismo, é generalizada, impregnando nosso sistema educacional e todas as outras instituicöes sociais e polIticas"(Capra, 1983, pp. 22-23). Ele argumenta que nossa compreensão e controle da natureza tern melhorado muito através da ciência, mas nossa compreensão e controle dos problemas sociais não tern melhorado de rnodo similar: "Conhecirnento cientifico e tecnológico tern crescido muito desde que os gregos embarcaram na aventura cientIfica no sec. VI A.C. Mas, durante estes 25 séculos, tern havido pouco progresso na condução de problemas sociais" (Capra, 1983, pp. 25-26). Desde o século XVII, ele argumenta, a fisica tern dado a direção para outras ciências-biologia, ciência médica, psicologia, economia e assim por diante- e estas modelaram-se no referencial conceitual e na metodologia da fisica clássica. Capra define este referencial como a "visão

mecanicista do mundo", e argumenta que a concepco mecanicista da realidade dominou os séculos XVII, XVIII e XIX quando "pensou-se que a matéria era base de toda existéncia, e o mundo material era visto como uma multidâo de objetos separados reunidos numa imensa mâquina. Como as máquinas feitas por humanos, pensou-se que a máquina cósmica era composta de partes elementares. Consequentemente, acreditou-se que fenômenos complexos sempre poderiam ser entendidos, reduzindo-os a seus blocos básicos de construçâo e procurando os mecanismos através dos quais eles interagiam"(Capra, 1983, pp.31 -32). Esta visão mecanicista dos fenômenos da natureza, ele argumenta, estâ agora profundamente enraizada em nossa cultura, e sustenta a interpretação metodolOgica e teórica de ramos de ciência que se modelaram de acordo corn a visão de mundo newtoniana: "Sempre que psicôlogos, sociôlogos, ou economistas quiseram ser cientIficos, eles se voltaram para os conceitos básicos da fisica newtoniana"( Capra, 1983, p.32).

A fisica moderna, ele argumenta, tern destruido a visão dos fenômenos naturais como mecânicos e do universo como uma grande máquina, e é hora para outras disciplinas cientificas irem buscar suas pistas nessa nova visão do universo - na concepção orgãnica ou relacional da natureza. Fenômenos naturais, na fisica moderna, não são feitos de partes separáveis e distintas, mas de inter-relaçôes: "no século XX... a fisica tern passado por vãrias revoluçães conceituais que claramente revelarn as Iimitaçôes da visâo mecanicista do mundo e conduzem para uma visâo orgãnica, ecolãgica do mundo... 0 universo não é mais visto como uma máquina, feito por uma multidão de objetos separados, mas aparece como todo harmonioso, indivisivel; uma rede

de relacOes dinâmicas que inclui o observador hurnano" (Capra, 1983, p. 32). Capra sugere que poderiamos avançar de alguma forma na direção de aliviar as caracteristicas da crise global, se a concepção orgânica da natureza, revelada na fisica moderna, fosse adotada por outras ciências, se outras ciências desistissem de interpretaçöes mecanicistas dos seus objeto de estudo e reconhecessem sua totalidade harmoniosa, indivisivel.

Capra e outros perderarn a oportunidade de sugerir que o behaviorismo radical pode muito bern ser a proposta não mecanicista, não-dualista, orgãnico/relacional que Iibertará a psicologia, permitindo-lhe adotar uma ciéncia dentro da nova visão de mundo oferecida pela fisica moderna, por terern equivocadamente atribuido ao behaviorismo radical a tradição histôrica errada e a filosofia de cléncia errada.

Ciência e Comportamento Humano

Skinner concordou corn Capra sobre a questão da crise global e, do mesmo modo, argurnentou que a ciéncia progrediu imensarnente desde o tempo de Platão e Aristóteles, mas que nossa compreensão das questöes humano-sociais não progredirarn igualmente: "fisica e biologia gregas são agora apenas de interesse histórico (nenhurn fisico ou biólogo moderno se voltariam a Aristóteles em busca de ajuda), mas os diálogos de Platão ainda são indicados para estudantes e citados como se lançassem luz sobre comportamento hurnano. Aristóteles poderia não entender uma página da fisica ou biologia moderna, mas Socrates e seus amigos teriam pouco problerna em acompanhar a maloria das discussães atuais sobre as questães humanas. E, no que concerne a tecnologia, fizemos

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grandes progressos no controle dos mundos fisico e biológico, mas nossas práticas em governo, educação e muito de econorna, ainda que adaptadas a condiçães muito diferentes, não progrediram muito" (Skinner, 1971, p.11).

Skinner argumentou que a ciência é nossa força. Ele também reconheceu, como Capra, que ela pode ser e tern sido mal utilizada. Ele contestou as crIticas de que deverlamos abandonar a ciência, por causa de seu mau uso, argumentando, por outro lado, que o problema nâo é a ciência mas o comportamento daqueles que lidam corn a ciência e dos que a aplicam. E verdade que alguns dos problemas descritos por Skinner e Capra como fatores da crise global atual são produtos da ciência, mas a ciência por Si mesma não é a culpada. 0 outro lado da ciência é que ela produz o alivio de muito do sofrimento, fome e doença. Skinner identificou o problema como sendo o comportamento daqueles que usarn e abusam da ciência e defendeu aplicar o poder da análise cientifica a este campo, assim como ela é aplicada a outros.

Abandonar a ciência seria urn passo regressivo corn resultados desastrosos: "lnfelizrnente nôs não podemos parar; encerrar a pesquisa cientifica agora significaria urn retorno a fome, a peste e aos trabaihos exaustivos de uma cultura escrava" (Skinner, 1953, p.5). Rejeitar uma anâlise cientifica do comportamento humano é deixar de avançar na posição em que nos encontramos agora. E, continuar a abordagem rnecanicista, caracteristica da maior parte da psicologia contemporãnea, referencial que separa pessoas em comportamento e algum outro sistema mais fundamental, não traz nenhum novo conhecimento nas maneiras pelas quais as pessoas interagem corn seu ambiente. Explicaçöes dentro desse referencial ocorrem em abordagens teóricas envolvendo constructos

hipotéticos- self, motivacão, atitude, atribuição, rede semântica, teoria da mente e assim por diante. Afirma-se que os constructos geram e explicarn o comportamento, incluindo, portanto, o comportamento que preocupa Capra e Skinner, comportamento que resulta em guerra, poluição, fome, crescimento da natalidade, desenvolvimento e construcão de armas, e assirn por diante. Ao se basear nestes constructos como explicaçao decorre que se o comportamento é para ser alterado, então Os constructos precisam ser alterados- mas, não existe nenhum modo lógico de alterar constructos hipotéticos. 0 referencial não oferece nem alternativa, nem solucao. Uma análise cientifica de como pessoas interagem nos seus mundos, como condicOes antecedentes e consequentes afetam 0 comportamento, apresenta a possibilidade de alterar comportamento. Visto que o comportamento é funcionalmente relacionado a eventos no contexto no qual ele ocorre, então a mudança pode ser alcançada pela anâlise destas relaçôes e alteração de aspectos do contexto. Afastar-se da ciência não é a solução: examinar a ciência como ela é praticada na psicologia revela que o referencial relacional do behaviorismo radical oferece possibilidades para uma mudanca sem paralelo corn a abordagem mecanicista.

Ao longo de sua vida, Skinner continuamente enfrentou a tarefa de desenvolver métodos e termos empiricamente válidos para explicar comportamento. Ele defendeu consistenternente o referencial relacional para o objeto de estudo da psicologia, elaborando, pacientemente, como isto poderia ser alcançando dentro de uma tradiçâo cientifica. 0 sucesso dos rnétodos analIticos do comportamento em uma ampla gama de ambientes aplicados, fortalece a visâo que este referencial descritivo, observacional

e integrativo é apropriado para lidar corn problernas de comportamento humano. Behaviorismo radical prove uma posiçâo filosófica estável e coerente dentro da psicologia de hoje.

Referèncias

Brush, S.G. (1968). Mach and atomism . Synthese, 18, 192-215.

Capra, F. (1983). The turning point: Science, society and the rising culture. London: Fontana.

Eysenck, M.(1984). A handbook of cognitive psycology. London: LawrenceErlbaurn.

Macleod, R.B. (1970). Newtonian and Darwinian conceptions of man, and some alternatives. Journal of the History of the Behavioral Sciences, 6, 207-218.

Mahoney, M.J. (1969). Scientific psychology and radical behaviorism. American Psychologist, 44, 1372-1377.

Skinner, B.F. (1938). The behavior of organisms. New York: Appleton-Century-Crofts.

Skinner, B. F.(1953). Science and human behavior. New York: MacrniHan.

Skinner, B. F.(1956). Critique of psychoanalytic concepts and theories. In H. Feigi & M. Scriven (Eds.), The foundations of science and the concepts of psychology and psychoanalysis. Minnesota Studies in the Philosophy of Science (Vol. I, pp. 77-87). Minneapolis: University of Minnesota Press.

Skinner, B. F.(1971). Beyond freedom and dignity. New York: Knopf.

Skinner, B. F.(1987). Why we are not acting to save the world. In B.F. Skinner, Upon further reflection (pp. 1-14). Englewood Cliffs, NJ: Prentice-Hall.

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RESUMOS DE ALGUNS TRABALHOS APRESENTADOS DURANTE 0 V ENCONTRO DA ABPMC

o PSICOTERAPEUTA COMO S° PARA A NORMALIDADE: ATUAcAO JUNTO A UM CLIENTE COM "SINDROME DE PANICO* PINHEIRO, M.A. e SANT'ANNA, R.0

0 cliente, do sexo masculino. 41 anos, procurou a clinica da Universidade Estadual de Londrina, acompanhado de urn irmão, para se submeter a psicoterapia. 0 processo terapêutico niciou-se corn a atenção do terapeuta voltada para as queixas do cliente. Nessa fase inquirlu-se sobre as caracteristicas das queixas, suas conseqüéncias para o dia a dia do cliente, sobre o histôrico de vida e de everitos relacionados as queixas. Foram realizadas cinco sessôes que trouxerarn informaçOes sobre urn quadro caracterizado como "sindrome de pânico", corn a prirneira crise ocorrida ha aproxirnadarnente 15 anos. Esta fase teve como objetivo responder as expectativas do cliente; falar sobre seus problernas para solucionâ-Ios corn a ajuda do terapeuta, bern como mostrar aos cliente que o terapeuta conhecia, agora, corn detaihes, seus problernas. Numa segunda fase (a partir da sexta sessão) o terapeuta rnudou seu foco de atencão, agora voltado para o presente, para aspectos do dia a dia incompativeis corn as queixas, para detaihes comportarnentais - postura, olhar, modo de falar e andar, aparência, presentes na sessão, para possibilidades de atividades, em casa, nos arredores, nas sessöes, etc. São descritos os processos dessa rnudanca tanto em relação ao terapeuta corno em relacao ao cliente. Apos seis meses de psicoterapia, corn sessães sernanais, 0 cliente alérn de não se referir mais as crises de pânico, preenche seu dia a dia corn atividades relacionadas a prOpria casa, sai de casa corn frequência sozinho, visita lugares antes evitados, tais como: aeroporto, ruas movirnentadas, sobe alguns andares de elevador, lugares püblicos, viadutos, dirige mobilete quando vai buscar o fliho na escola, etc. 0 procedimento terapêutico possibilita a discussão de se caracterizar 0 contexto terapéutico como urn estimulo discriminativo para a normalidade. 0 presente procedirnento psicoterapêutico fundamentou-se na proposta apresentada por Rodolpho Carbonari Sant'Anna em: "Urna

Anâlise de Relatos Verbais na Prirneira Pessoa no Contexto Clinico", Psicologia: Teoria e Pesquisa, 1994, vol. io, no 3, pp. 489-494; "Conceito de Histôria de Reforçarnento e Explicação no Behaviorisrno", Ill Encontro da ABPMC, Carnpinas, 1994. e '0 Psicoterapeuta como Estirnulo Discriminativo para a Normalidade", IV Encontro da ABPMC. Campinas, 1995. **Departamento de Psicologia Geral e Anãlise do Comportamento da Universidade Estadual de Londrina - PR

ANALISE FUNCIONAL DE CASO UNICO: POSSIVEIS EFEITOS VARIAVEL TERAPEUTA A0 LONGO DO TRATAMENTO CLINICO Autora: MARIA RITA ZOEGA SOARES DE AZEVEDO Orientadora: MARIA APARECIDA TREVISAN ZAMBERLAN UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

0 objetivo do presente relato foi o de avaliar a efetividade de dois corn ponentes de delineamento rnetodologico (A, B, A', B') sobre urn estudo clinico de caso Onico do comportamento de urna criança, sexo masculino, corn 12 anos de idade, cuja famIlia (mae e principalmente a tia) foi solicitada a participar do processo de terapia, fornecendo dados e sendo orientada corn relação a rnudancas no comportarnento inapropriado da criança . A tia do cliente participou do programa de tratamento como agente e mediadora da Iiberação de conhingências no sisterna social. Para atender os objetivos da pesquisa, tres fases de terapia foram descritas: a primeira delas consistiu de 47 sessöes (incluindo, Avaliaçao e Intervenção); a segunda, consistiu de 35 sessöes (Avaliaçao e lntervencao) e a terceira fase consistiu de 4 sessöes de Avaliação (Seguimento) ate o presente mornento. Cada fase de atendirnento foi desenvolvida por uma terapeuta, sendo que todo o processo foi conduzido por trés terapeutas. Os procedimentos de avaliaçao consistiram de urna variedade de técnicas de coleta de dados e os procedimentos de intervenção utilizararn principios e técnicas derivados, priricipalrnente do Behaviorismo Radical, corn aplicacöes clinicas (Hayes, el al, 1987; Kohlemberg, 1987). Os resultados demonstrararn que houve urna rnudanca gradual ao longo das fases (A para B e de A'para B'). A tendência e nivel das frequências foram medidos por incremento e desaceleracão de comportamentos especificos, que classiuicarnos como: adaptativos (apropriados) e inadaptativos (inapropriados), de acordo corn o seu uso funcional em determinadas circunstàncias ambientais. Cornportarnentos clinicarnente relevantes (CRBs) que ocorreram em sessOes tarn bern foram descritos, dernonstrando, assirn. sua aplicabilidade na pesquisa em clinica.

1NTERVENçA0 TERAPEUTICA: ESTRATEGIAS VERBAIS PARA BLOQUEIO DO COMPORTAMENTO EVITATIVO. MARIA ZILAH DA SILVA BR,ANDAO; JOAO GARCIA DE CAMPOS**. Universidade Estadual de Londrina.

Cliente de 36 anos, casado, pais separados e pai morto por alcoolismo. Apresentou crises epiléticas e de nervosisrno controladas por medicarnentos. Procurou psicoterapia porque se achava 'estranho". Identiticou-se em sessöes, comportamentos verbais associados a não-verbais na relação interpessoal, envolvendo inibição social, sentirnentos de inadequacao, hipersensibilidade a avaliação negativa, medo de rejeição e/ou puniçao; apesar do grande desejo de contato social. Foram trabalhados estes comportamentos evitativos, pela evocacão, anãlise e rnodelagern verbal, possibilitando ao cliente a modificação de tais comportamentos corn a consequente elevaçao da valorizaçao pessoal e dos seritimentos de auto-eficãcia e auto-estima. * Docente do Departarnento de Psicologia Geral e Anãlise do Comportarnento da Universidade Estadual de Londrina. ** Aluno do curso de especializaçao em Psicoterapia na Anãlise do Cornportarnento da Universidade Estadual de Londrina

AFILIE-SE OU RENOVE SUA AFILIAçA0.

ABPVC A ABPMC está aceitando propostas de inscriçSo de novos sôcios para 0 ano de 1997 e renovação para aqueles sOcios que estiverem em dia com a anuidade de 1996. A taxa a ser paga é anual. Lembramos que Os associados recebem o boletim informativo constando noticias sobre a psicologia comportamental no Brasil e no mundo e textos traduzidos (inéditos em portugues) de autores da abordagem. Além disso, Os SÔCIOS gozam de descontos nos eventos realizados por esta associação, que, alérn do Encontro anual estã tambem organizando eventos regionais por todo o Brasil. Para afiliar-se, preencha o formulário abaixo e encaminhe-o juntarnente corn urn cheque nominal a ABPMC no valor correspondente a anuidade de 1997 e corn provante de matricula, no caso de estudante a Rua Itapeva, n° 490, cj. 56 - São Paulo - SP - CEP 01332-902. E importante que o preenchimento do form ulário seja o mais completo possivel, para que possamos ter urn perfil dos nossos sócios. Aqueles que ja enviararn a sua ficha de inscriçSo completa em 1996, pedimos que preencharn somente Os dados que eventualmente forem alterados. Caso necessite de mais fichas de inscrição, você pode xerocopiar esta ficha. Os valores estabelecidos para a anuidade de 1997 foram:

I lriscriçao Nova Renovacao* Sôcio Profissional R$ 130,00 R$ 95,00 Pós-Graduando R$ 100,00 R$ 75,00

[tudante de Graduação R$ 70,00 R$ 55,00 Sa considerada renovaçSo a inscriçSo de sOcio que

a anuidade de 1996. Contribuintes ate 1995 deverSo inscrever-se como novos sOcios.

Você pode pagar a sua anuidade em 2 cheques, urn para a data de inscrição e

outro para 30 dias. Estes valores e estas condiçöes de pagto.

serão mantidos ate o dia 30 de abril de 1997.

DADOS PESSOAIS

Norne Corn pleto:.

Data de Nascimento I / Local (cidade-estado):

Instituição na qual trabaiha/estuda: Cidade:

Endereco Residencial:

Bairro: Cidade: UF: CEP:

TeI:( ) FAX:( ) E-MAIL:

Endereco Consultório/Trabalho:

Bairro: Cidade: UF: CEP:

TeI:( ) FAX:( ) E-MAIL:

FORMAçA0 ACADEMICA (*)

Graduacão em EJPsicoiogia UMedicina IJOutros

Data: Instituiçâo:

Titulo do Trabalho de Conclusão de Curso:

Mestrado (indicar area de concentracão):

Data: Instituição:

Titulo da Dissertaç5o:

Doutorado (indicar area de concentraçâo):

Data: Instituiçâo:

Titulo da Tese:

(*) No caso de estudantes, favor colocar data (ano) provâvel de titulaçâo.

OUTROS CURSOS REALIZADOS

Instituiçao:

Instituicão:

Instituiçào:

ATIVIDADES PROFISSIONAIS (Indique as duas mais importantes)

Datas de inicio e término do exercicio:

Natureza da atividade: Area:

Temas/problemas abordados:

Instituiçâo/Em presa:

Função/Cargo:

Datas de inicio e término do exercicio:

Natureza da atividade: Area:

Temas/probemas abordados:

Instituição/Empresa:

Funcão/Cargo:

ATIVIDADES ORGANIZATIVAS Caso já tenha participado de comités, coordenaçôes, diretorias, etc. de sociedades cientificas e/ou profissionais, por favor, indique aquelas que considerar mais significativas.

Cargo/Função:

Entidade: Data: / / a

Cargo/Funçáo:

Entidade: Data: / / a

ARFAS DF INTERESSEJPESOUISA

2.

Bolelim Informativo ABPMC - N it, Janeiro/1997 I

SIMILARIDADES E DIFERENAS NA SJAcAO PSICOTERAPEUTICA: COMPORTAMENTO NAO-VERBAL DO PSICOTERAPEUTA EM DIFERENTES ABORDAGENS TEÔRICAS. *MARIA ESTER RODRIGUES - Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Essa pesquisa teve por objehvo observar e descrever o comportamento não verbal de três psicoterapeutas de abordagens diferenciadas, a fim de identificar Similaridades e Diferencas entre os mesmos, tendo como pano de fundo teôrico a literatura prOpria da Comunicacâo Não Verbal e o movimento denominado Integraçao Terapêutica. Foram analisadas fitas gravadas de 9 sessães psicoterapêuticas, três sessôes de cada terapeuta. As categorias de comportamento selecionadas foram registradas em intervalos de 10 segundos. Todos os terapeutas apresentaram comportamentos descritos na literatura como tipicos de afmacao , empatia e/ou interesse no interlocutor, mostrando-se como pessoas potencialmente reforcadoras. Foram observadas algumas diferencas no comportamento, provavetmente ligadas a abordagem teôrica de cada terapeuta, como a presenca de toque do paciente, apresentado somente pelo terapeuta Reichiano; a malor quantidade de fala e de movimentacão generalizada (mãos, bracos, cabeca etc.), apresentada pela terapeuta Comportamental e a reducão de frequència desses mesmos comportamentos no caso da terapeuta Lacaniana. As principais diferenças encontradas residern na frequencia corn que cada categoria é apresentada por cada terapeuta, ao inves de residirern na ocorrènCia ou auséncia de ocorrência das mesmas. * A pesquisa faz parte da elaboração de Monografia apresentada em Julho/96, como requisito parcial na otencão do ttulo de Espeaalista em Psicologia Clinica - Behaviorismo, em curso ofertado pelo Departamento de Psicologia da Universidade Federal do Paraná.

ORIENTAçAO SEXUAL: RELATO DE INTERvENcAO REALIZADA EM UMA UNIDADE DA FEBEM. DENtS ROBERTO ZAMIGNANI e GISLAINE CALDAS COUTINHO BAUMGARTH*

Urn trabalho de orientação sexual foi desenvolvido na unidade da FEBEM (Fundaçao para o Bern Estar do Menor) de Franco da Rocha**. Os sujeitos da intervenção foram 40 jovens de 12 a 17 anos, infratores prirnários (em delitos considerados graves), provenientes em sua grande maioria de uma população de baixo poder aquisitivo. A intervençao consistiu de doze encontros semanais, de cinquenta minutos de duracão, em grupos de dez adolescentes. Nesses encontros eram realizadas dinâmicas e discussôes sobre temas relativos a sexualidade, relacionamento humano, familia, contracepcão e doenças sexualmente transmissiveis. A experiencia permitiu a avaliacão das possibilidades desse tipo de intervenção numa populaço corn estas caracteristicas. Alguns fatores observados confirmaram a viabilidade desse tipo de trabalho corn esta população, e perrnitiram a reavaliacao e construção de uma proposta para novas intervençöes:

o crescimento paulatino do interesse pelo trabalho. a dificuldade inicial para se referir aos terna discutidos, também aos poucos superada. a relacão de liberdade e respeito construida. o aumento da procura de orientação e exames medicos a respeito de doenças sexualmente transmissiveis e outras(relatado pela diretoria da casa).

Alunos de 10° periodo da Faculdade de Psicologia da PUC-SP. ** 0 trabalho foi realizado como estágio no nücleo de Saüde do Adolescente, do quinto ano da Faculdade de Psicologia da PUC-SP, e teve a supervisäo da Professora Vera Gifoni.

PSICOTERAPIA ANALITICO FUNCIONAL NO TRABALHO DE PREvENcAO DA DEUNQUENCIA CONTE, F.C.S.; GRATAO, A. G.**; SILVEIRA, J.M.* PEREIRA, P, B.*** Universidade Estadual de Londrina - PR

O presente trabalho apresenta uma descriçao de urn processo de psicoterapia de grupo cujo objetivo era prevenir a delinquência. As estratégias de intervençâo terapèutica basearam-se na Psicoterapia Analitico-Funcional (FAP), conforme proposta por Kohlenberg (1987). Os atendirnentos semanais foram realizados corn urn grupo de cinco rneninos corn idades que variam de 11 a 14 anos. Para a constituicão do grupo, selecionou-se crianças e/ou pre-adotescentes, considerando-se o risco de engajamento em comportamentos deliquentes. Nessa fase, utilizou-se entrevistas e aplicacao do lnventário Youth Self-Report J.M. Achenbach (1991). Foram realizadas 41 sessOes, durante as quais, foram fortalecidas, por meio de modelagern direta, classes de comportamento competitivas corn aquelas identificadas em contextos facilitadores de delinquencia. Destacou-se o tratamento dado ao comportamento hostil em relacao a pessoas estranhas ao grupo, considerado urn CRB1. 0 enfoque analitico funcional propoe cinco regras para 0 comportamento do terapeuta. A observacão destas regras mostrou-se ütil para a prevenção de comportamentos delinquentes, uma vez que favoreceu a ocorrência de comportamentos incompativeis e competitivos corn o CRB1 observado.

* Professora do Departamento de Psicologia Geral e Análise do Comportamento da Universidade Estadual de Londrina e Terapeuta do Centro Londrinense de Análise Comportamento. ** Aluna do Curso de Especializaçao em Psicoterapia na Anãlise do Comportamento da Universidade Estadual de Londrina. ***professoras do Depto de Psicologia Geral e Análise do Comportamento da Universidade Estadual de Londrina.

8 1 Botetim Informative ABPMC - N It, .Janeiro/1997 1

CERTIFICADOS DO V ENCONTRO Devido a problemas em nossos computadores, alguns certificados tiveram que ser entregues via correio após o V Encontro. Segundo nossos arquivos, todos os certificados já forarn enviados. Caso haja algum problema, ou algum certificado ainda nao tiver sido recebido, por favor, entre em contato corn a secretaria pelo telefone (011) 257-5691 para que este seja providenciado o mais breve possivel.

VOCE QUER REVER ALGUMA MESA DO V ENCONTRO? As mesas redondas e palestras do V Encontro foram gravadas em video cassete e podem ser compradas pelo valor de R$ 20,00 a gravaçâo de uma mesa redonda, e R$ 15,00 a gravação de uma palestra. Consulte a secretaria da ABPMC para saber da disponibilidade do evento de seu interesse, pois as gravaçOes não são editadas e aigumas delas estão corn ma qualidade de gravação. 0 telefone para contato é (011) 257-5691

DELIBERAc0Es DA ASSEMBLEIA GERAL ORDINARIA A Assembleia Geral Ordinária realizada no dia 20 de setembro de 1996, em Aguas de Lindóia, teve como deliberacöes os seguintes pontos:

ABAC - A ABPMC aceita a doação do patrimãnio da ABAC Associação Brasileira de Análise do Comportamento, conforme proposta de seu ex-presidente Dr. SIlvio Paulo Botomé, que consiste em R$ 200,00 exemplares dos Cadernos de Análise do Comportamento; Arquivo corn nome e endereco dos sócios Proposta de Bernard Range de concessâo pela ABPMC de titulo de analista do comportamento: adiada a discussão do tema por

tempo indeterminado, devido ao fato da assembleia considerar que a Associação ainda não tern estrutura para este tipo de compromisso. Comissão Eleitoral para eleicão da próxirna gestão: Diretoria indicarâ os nomes. Prôximo congresso: Local a ser definido a critério da diretoria. Publicação dos textos referentes aos congressos anteriores: Hélio José Guilhardi compromete-se a providencia-la no prazo de 60 dias.

BOLETINS A diretoria da ABPMC recebeu os seguintes boletins informativos:

ABEIHOJE, da Associaçao Brasileira para o Estudo da lmpotência. ABEl - Rua Traipu, 523 - Perdizes - São Paulo - SP - CEP 01235-000 - Tel: (011) 862-3139 - E-mail: [email protected]

iNDEX BRASILEIRO DE SEXUALIDADE, elaborado pela SBRASH - Sociedade Brasileira de Sexualidade Humaria. Trata-se de sumário de publicaçSes em lingua portuguesa sobre sexualidade. Endereço para correspondêricia: Rua Traipu, 523 - Perdizes - São Paulo - SP - CEP 01 235-000 - Tel: (011) 862-3139

CURSOS EM CAMPINAS o Instituto de Análise de Comportamento realizou dois importantes eventos em Campinas no mês de outubro. No dia 18 as profesoras Dras. Tereza Maria Pires Sério e Maria Amália Abib Andery da PUC-SP deram urn curso sobre Linguagem e Pensamento corn duração de 4 hs para alunos e profissionais de Psicologia.

As professoras tiveram a oportunidade de se estender mais detalhadamente no tema em relacão a sua apresentacão no V Encontro em Aguas de Lindoia, conseguindo corn isso rnotivar os presentes a se organizarem em grupos de discussão para retomar (ou iniciar) o estudo do Verbal

Behavior de B. F. Skinner. Nos dias 22 e 23 o professor Dr. Emmanuel Zagury Tourinho da Universidade Federal do Pará deu urn curso de 10 hs corn o titulo "Subjetividade e Comportamento: contexto e aspectos gerais da proposta behaviorista radical". Sua apresentação muito estimulou a platéia, já que o tema é em si muito desafiador e o professor soube manter a inquietude intelectual dos presentes. Ambas as apresentaçães tiveram como pontos em comum: dar urn modelo de como estudar as obras de Skinner; propor uma análise critica do arcabouço teôrico skinneriano a partir de seus próprios referencials e pressupostos, isto é, fazer uma critica do sistema de dentro do próprio sisterna; e, finalmente, sugerir a continuacâo do estudo do behaviorismo radical de forma a contribuir, ainda que rnodestamente, para manter seu desenvolvirnento. Como outro ponto de destaque cabe apontar que o püblico presente, mais de sessenta participantes, uma vez mais revelou o crescente interesse que alunos e prouissionais tern revelado pelo behaviorismo radical. E urn importante sinaI para estimular a organizacão de eventos semelhantes em outros centros. Os interessados nos cursos e realizacóes do Instituto de Análise do Comportamento favor entrar em contato: Rua Josefina Sarmento, 249. Cambui. Carnpinas-SP. Cep 13025-260. Telefone (019) 2536833.

STRESS 0 Professor Arrnando Rezende Neto, em parceria corn a DFC - Consultoria e Treinamento, desenvolveu o video: "Stress: Mantenha-o sob controle", dirigida a treinarnento empresarial e afins. Para obter inforrnaçöes: DFC-Consultoria e Treinamento: Rua da Consolacão, 2847 - cj. 21 - São Paulo - SP - Tel: (011) 3061-2899

Boletim Informative ABPMC - Nb 11, Janeiro/1997 I

ENCONTRO REGIONAL EM BELO HORIZONTE Desde a primeira reuniâo da ABPMC no Rio de Janeiro, em 1992, discute-se a expansão da Terapia Comportamental e da Anáhse do Comportamento por todo

Brasil. Em Belo Horizonte foi dado urn passo importante nessa direção, corn a criação do CONTEXTO: Nücleo de Interação em Análise do Comportamento de Belo Horizonte. 0 CONTEXTO é coordenado pelos analistas Ana Maria Se Sénéchal Machado, Maria Regina Assunção, Sandra Maria de Castro Bernardes e Sérgio Dias Cirino, e tern, como objetivo principal a promoção da Análise do Compotamento no Estado de Minas Gerais. Corn o apoio da ABPMC e da Livraria do Psicólogo e Educador de Belo Horizonte, o CONTEXTO promoveu no dia 09/11/96 o curso" Terapia Comportamental: 0 que é, e como funciona? ", ministrado pelo prof. Hélio José Guithardi e Wilton de Oliveira, para uma platéia atenta de 250 pessoas (190 estudantes e 60 profissionais). Para o primeiro semestre de 1997,

CONTEXTO já tern agendada a volta desses dois convidados e, também, as professoras Maria Amá}ia Abib Andery e Teresa Maria Pires Sério, para ministrar urn curso sobre Pensamento e Linguagem. Assim como este evento, a ABPMC está disposta a promover eventos regionais por todo o Brasil, corn o objetivo de expandir e divulgar a Análise do Comportamento. Para tanto, estamos contando corn nossos representantes locals, conforme proposto no V Encontro.

REPREsENTAcAO LOCAL Os sócios interessados em tornarern-se representantes locais da ABPMC em suas universidades, cidades ou regiôes podern entrar em contato corn a diretoria pelo correlo, propondo uma estratégia de atuacâo local.

GATEC - A TERAPIA COMPORTAMENTAL EM BELEM Em outubro de 96 recebemos urn comunicado da soda Simone Neno Cavalcante no qual informava sobre a existência do GATEC - Grupo de Análise e Terapia do Comportamento que tern como principais objetivos: (a) o estudo de temas relacionados a Anâlise do Comportamento corn ênfase no processo terapêutico; (b) o desenvolvimento de atividades voltadas para a atualizacao e divulgaço do conhecirnento produzido no âmbito da Análise do Comportamento e Terapia Comportamental e (c) a formacão e reciclagem de terapeutas comportamentais. 0 endereco para correspondência é Av. José Bonifácio, 656 ap. 1302 - Guamá - Belérn - PA - CEP 66063-01 0.

REALIDADE VIRTUAL Nücleo de Estudos e Pesquisas

em Psicologia Virtual vem desenvolvendo 0 recurso de realidade virtual imersiva corn pacientes fóbicos. 0 ncleo fica na: Rua Bariri, 294 - São Paulo - SP - CEP 05059-000 Tel: (011) 832-9075- Fax: (011) 831-1616

HIPERTENSAO Recebemos urn exemplar da cartilha "HIPERTENSAO: Você Precisa Saber", elaborada pela psicóloga Yone Maria Costa Neves, membro desta associação. Caso houver interesse, escreva para: Yone Maria Costa Neves - Av. Francisco Glicério, 1.121 - Ap. 51 - Carnpinas - SP - CEP 13012-000

MESTRE SOFTWARE Desenvolvido por pesquisadores do departamento de psicologia da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), o software "Mestre" é indicado para professores de pré-escola e lO grau, pals e profissionais de educacão. Para saber rnais: Rua Aifredo Lopes, 1717 - E3 - São Carlos - SP - CEP 13560-460 - Tel: (016) 271-1167 - (016) 272-6977

AGENDA 03 a 07 de marco de 1997: III

Congreso Internacional y IV Nacional de Psicologia Conductual. Granada, España. Associaciôn Espanola de Psicologia Conductual (AEPC): Apartado de Correos 3.061 - 18080 - Granada - Espana. Tel/Fax: 00-34-58-521937. E-Mail: aepc©platon.ugr.es

04 e 05 de abril de 1997 : Evento "Psquiatria e Psicologia no Hospital Geral. Integrando Especialidades: PSICOFARMACOLOGIA". A ser realizado no Instituto de Psiquiatria do HCFMUSP Maiores inforrnaçOes pelo telef one (011) 853-3531 e (011) 3067-6585, corn Sandra.

03 a 06 de abril de 1997, no Hotel Estoril, em Cascais, Portugal o V Latinis Dies e 0 30 Congresso Ibérico de Terapia Comportamental e Cognitiva. Secretaria: Goreti Janeiro, Teresa Pires. Serviço de Psicoterapia Comportamental Hospital J011o de Matos. Av. do Brasil, 53. 1799 LISBOA CODEX Tel: (00351-1) 797-1141 R. 211 ou 233. Fax 795-2989.

30 de abril de 1997. Data Lirnite para pagto parcelado da anuidade de 1997.

Maio de 1997, em Chicago, o Encontro da Association of Behavior Analysis (ABA)

6 a 11 dejulho, em São Paulo, o XXVI Congresso Interamericano de Psicologia. lnformaçoes : Rosa Maria S. de Macedo - Cx. Postal 66065 - São Paulo - SP CEP 05389-970 - E-mail: [email protected] - Home-page: http://www.usp.br/:o/sipcon97/sipcon97.htm

27 a 31 de agosto de 1997, na cidade de Fortaleza - CE - II Congresso Brasileiro de Psicoterapias, a ser organizado pela Sociedade Brasileira Para o Desenvolvimento das Psicoterapias. 0 endereço da SBDP é: Travessa Mauriti, 2460 - Marco - Belém - Parã - CEP 66093-170 Fone/Fax: (091) 246-5103 - E-Mail: [email protected]

24 a 27 de Setembro de 1997 em Veneza, o Encontro da European Association of Behavior and Cognitive Therapy (EABCT). Congress Studio International . Piazza dei Volontari, 4 - 20145 Milano. Tel (00.39-2) 3360-4949 - Fax: 3360-4939

30 de outubro de 1997. Data limite para envio de propostas para o World Congress Of Behavioral and Cognitive Therapies. Acapulco, Mexico.

13 a 16 de Novembro de 1997 em Miami , o Encontro da AABT.

21 a 26 de julho de 1998: World Congress Of Behavioral and Cognitive Therapies. Acapulco, Mexico. WBCT'98 - Program Committee. Apartado Postal 22-211 14091 - Tlalpan, Mexico D.F. Mexico City. MEXICO. Fax: (00-52-5) 665-5228. E-mail wcbct98@posgrado psicol unam.mx

A DIRETORIA DA ABPMC ESTA ACEITANDO PROPOSTAS DE EVENTOS PARA 0 VI EPICONTRO BRASILEIRO DE PSICOTERAPIA E MEDICINA C0MPORTAMENTAL QUE 000RRERA EM 1997. SE VOCE ESTIVER DESENVOLVENDO ALGUM TRABAIHO, OU GOSTARIA DE VER EM N0SSO PROXIMO ENCONTRO ALCUM TEMA ESPECIFICO, ENVIE SUA PROPOSTA PARA 0 ENDERE0 ABAIXO: -

APM AOC!AA0 BRADLEIRA 1[ PICOT[RAPIA [ MWUNIsJA CQMPOPTAMUiTAL

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Pun Iteva, 490 cl.56 - o Peulo -P CP-0122-902

lone (011) 2E7-S691 lex(01I) 2-4740

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