Informativo do saber nº 02

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A doença falciforme é uma das doenças hereditárias mais comuns no Brasil. Sua alta incidência, a presença de manifestações clínicas importantes e alta taxa de mortalidade, principalmente na primeira infância,a tornam um problema de saúde pública no país. Observando os recortes étnico e social da população com a doença, entendemos que este é também um problema de ordem social. Por ser originária da África, a doença falciforme é prevalente em pessoas negras e sua chegada ao Brasil, pelos escravos africanos no início do século XVI, é ainda uma marca profunda que recai sobre esta população, que em sua maioria se encontra em risco social. Nesse contexto, a educação surge como um dos mais importantes fatores de mudança desta realidade. Criar perspectivas, abrir horizontes, ampliar possibilidades. Esses são os instrumentos que, junto ao acesso à saúde, transformarão uma realidade de exclusão e dor em um futuro de qualidade. Esse é o compromisso que somos chamados a assumir. Cada um de sua maneira, mas todos juntos. Sabendo, podemos cuidar. Unindo parcerias Maio/Junho 2014 Informativo do Projeto Saber para Cuidar - Cehmob-MG - nº 2 - Ano 1 Por Cláudia do Couto Sensibilização, formação e articulação Sabendo, podemos cuidar Educadores na transformação social Discussão da diversidade levada para sala de aula Aprender sempre mais Educação à distância como ferramenta de capacitação página 2 Editorial Nesta Edição Bruna Carvalho Hudson Menezes ACS/SEE-MG Página 4 Página 3 Seminário Saber para Cuidar realizado em 2012

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Informativo do saber nº 02

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Page 1: Informativo do saber nº 02

A doença falciforme é uma das doenças hereditárias mais comuns no Brasil. Sua alta incidência, a presença de manifestações clínicas importantes e alta taxa de mortalidade, principalmente na primeira infância,a tornam um problema de saúde pública no país.

Observando os recortes étnico e social da população com a doença, entendemos que este é também um problema de ordem social. Por ser originária da África, a doença falciforme é prevalente em pessoas negras e sua chegada ao Brasil, pelos escravos africanos no início do século XVI, é ainda uma marca profunda que recai sobre esta população, que em sua maioria se encontra em risco social.

Nesse contexto, a educação surge como um dos mais importantes fatores de mudança desta realidade. Criar perspectivas, abrir horizontes, ampliar possibilidades. Esses são os instrumentos que, junto ao acesso à saúde, transformarão uma realidade de exclusão e dor em um futuro de qualidade. Esse é o compromisso que somos

chamados a assumir. Cada um de sua maneira, mas todos juntos. Sabendo, podemos cuidar.

Unindoparcerias

Maio/Junho 2014

Informativo do Projeto Saber para Cuidar - Cehmob-MG - nº 2 - Ano 1

Por Cláudia do Couto

Sensibilização, formação e articulação

Sabendo, podemos cuidar

Educadores na transformação socialDiscussão da diversidade levada para sala de aula

Aprender sempre maisEducação à distância como ferramenta de capacitação

página 2

Editorial

Nesta Edição

Bruna CarvalhoH

udson Menezes A

CS/SEE-MG

Página 4

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Seminário Saber para Cuidar realizado em 2012

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Informativo do Saber: Doença Falciforme na Escola

A Cara do Saber Projeto

Sônia Pereira (Cehmob-MG)

Olá! Sou pedagoga e atuo na área da saúde, compondo a equipe multipro-fi ssional do ambulatório do Hemo-centro de Belo Horizonte/Fundação Hemominas, local de tratamento da doença falciforme.

Sempre defendi a proposta da rea-lização de um trabalho direcionado aos profi ssionais da escola, que pu-desse informar sobre a doença fal-ciforme e suas particularidades no contexto escolar.

Assim, gostaria de compartilhar com vocês a minha satisfação em parti-cipar do projeto “Saber para Cuidar: doença falciforme na escola”. Espero que esse projeto proporcione maior conhecimento e compreensão sobre a doença falciforme a toda equipe es-colar.

Acredito que a parceria dos setores da saúde, educação e controle social, como proposta que perpassa todo o projeto, pode contribuir para a ga-rantia do acesso, permanência e for-mação do aluno, enquanto cidadão de direito.

Sensibilização, formação e articulaçãoPor Cláudia do Couto

O projeto “Saber para Cuidar: doença falciforme na escola” surgiu da necessidade dos profi ssionais da educação conhecerem as especifi cidades do aluno com doença falciforme. Sob essa prerrogativa, foi pensada uma proposta que ultrapassasse a informação e que fosse capaz de inserir o profi ssional na rede de cuidados a esse aluno.

A partir da adoção de uma metodologia baseada no modelo lógico (planejamento, monitoramento e avaliação de projetos), foi elaborada a arquitetura do projeto, cuja proposta é fazer uma representação gráfi ca das ações: para remeter ao contexto escolar, o caderno como plano de fundo e três lápis formando o triângulo da bandeira de Minas Gerais. Cada um dos lápis representa os processos que norteiam nossas ações. No centro, o objetivo geral vem em destaque: “fortalecer a capacidade técnica e política dos profi ssionais de educação em doença falciforme na perspectiva da educação inclusiva e melhorar a qualidade da atenção integral às pessoas com doença falciforme”.

Primeiro, sensibilizar

Antes de falar da doença e das suas manifestações é preciso chamar a atenção para a pessoa com doença falciforme. Sensibilizar os profi ssionais da educação para a realidade dessa população que, como tantas outras presentes dentro de uma sala de aula, têm potenciais e limitações.

Nesse contexto, pretendemos estabelecer uma comunicação dialógica entre educação e saúde, seja em ofi cinas nas escolas, palestras em seminários e também com esse informativo. Queremos integrar saberes para gerar o reconhecimento desse aluno nos meandros de suas diferenças e na objetividade daquilo que o faz “igual”.

Próximos processos, próximos informativos

Nos próximos números do informativo detalharemos os outros dois “lápis” da nossa arquitetura. Esperamos você!

AconteceEntre os dias 20 e 22 de maio, a equipe do Saber para Cuidar irá ministrar um minicurso no encontro Conhecendo e Compartilhando Experiências II, realizado pela Magistra, na Região Metropolitana de BH, com inspetores escolares de todo o Estado.

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Informativo do Saber: Doença Falciforme na Escola

Educadores na transformação social

Olá, pessoal. Somos da Superinten-dência de Modalidades e Temáti-cas Especiais de Ensino/Diretoria de Educação Especial da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE-MG) e trabalhamos em prol da educação inclusiva. Somos responsá-veis por implementar indicadores de currículo, diretrizes pedagógicas para o aluno com defi ciência e transtornos globais do desenvolvimento (TGD) e altas habilidades, além de buscar par-cerias para inovações pedagógicas na área.

Atualmente, a SEE-MG, o Centro de Educação e Apoio para Hemoglobi-nopatias (Cehmob-MG), projeto do Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico da Faculdade de Medici-na da UFMG (Nupad) e da Fundação Hemominas, e a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), em parceria, desenvolvem o projeto “Saber para Cuidar: doença falcifor-me na escola”. Ele tem o objetivo de

fortalecer a capacidade técnica e polí-tica dos profi ssionais da educação em doença falciforme e educação inclusi-va e melhorar a qualidade da atenção integral às pessoas com doença falci-forme.

Com o compromisso assumido e o apoio de nossa Secretaria, temos o maior empenho no desenvolvimento das ações previstas. Nossa expecta-tiva na implementação desse proje-to junto às escolas estaduais é que o tema da doença falciforme venha so-mar valores importantes à discussão da diversidade na sala de aula, pro-movendo práticas inovadoras e rom-pendo preconceitos.

A importância desse projeto nas es-colas surge, principalmente, da nos-sa crença de que os educadores são, primordialmente, responsáveis pela transformação social. Fato esse que nossa realidade histórica sempre comprovou. Somos educadores para

promover, cada vez mais, valores hu-manistas e democráticos pelas práti-cas educacionais visando à efetivação da justiça social.

MAIS INFORMAÇÕES:

Não deixe de acessar o portal do Cehmob-MGLá você encontra vídeos, fotos, informações e reportagens sobre o Saber para Cuidar e demais projetos desenvolvidos pelo Centro: www.cehmob.org.br

www.cehmob.org.br

Por Ana Regina de Carvalho

Da esquerda para a direita: Ana Regina de Carvalho, Soraya Siqueira, Maria Luiza Vieira e Cristina Azevedo

Saber em Ação

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Informativo do Saber: Doença Falciforme na Escola

Aprender sempre maisPor Vanessa Almeida

É uma satisfação chegar a mais uma edição do nosso informativo e compartilhar com vocês os avanços obtidos na construção do curso que será oferecido à comunidade escolar por meio da educação à distância (EAD).

Para apresentar um trabalho que atenda às expectativas do nosso público, tanto na fundamentação teórica quanto sobre os objetos digitais de aprendizagem, a equipe foi capacitada pela designer instrucional e coordenadora pedagógica do projeto, Sara Belo Lança. No mês de fevereiro, ela conduziu uma ofi cina de produção de material midiático pedagógico com os conteudistas e colaboradores da EAD.

Numa parceria com o Centro de Apoio à Educação a Distância da UFMG (CAED), os futuros tutores do curso

estão participando de uma capacitação específi ca com o intuito de se aprimorar. Tudo para apresentar um curso de excelência para você. Vale lembrar que a seção “Além da Rede” é o espaço para o compartilhamento de experiências vivenciadas por nossos parceiros no cuidado dos alunos com doença falciforme. Queremos receber e divulgar seu relato/depoimento.

Você faz parte dessa rede!

Centro de Educação e Apoio para Hemoglobinopatias (Cehmob-MG ) – Coordenação Geral: José Nelio Januario e Mitiko Murao. Coordenação Técnica do Saber para Cuidar: doença falciforme na escola: Isabel Castro, Cristiane Rust . Redação técnica: Ana Regina de Carvalho, Cláudia do Couto, Sônia Pereira e Vanessa Almeida. Instituições realizadoras: Ministério da Saúde, Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais, Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais, Fundação Hemominas. Instituição parceira: Associação de Pessoas com Doença Falciforme e Talassemia de Minas Gerais (Dreminas). Assessoria de Comunicação Social da Faculdade de Medicina da UFMG: Gilberto Boaventura (Reg. Prof. MG 04961JP). Edição: Mariana Pires e Rafaella Arruda Projeto Gráfico e Diagramação: Luiz Romaniello. Atendimento Publicitário: Desirée Suzuki. Boletim de circulação online www.cehmobmg.mg.gov.br. Contato: [email protected]. É permitida a reprodução de textos, desde que citada a fonte.

Expediente

Além da rede

Encaminhe suas sugestões por meio do e-mail: [email protected]

Grupo técnico e colaboradores do Saber para Cuidar assistem à ofi cina de EAD

Bruna Carvalho