Informativo do Núcleo Institucional de Promoção e Defesados Direitos da Mulher - NUDEM

Defensoria Públicade Mato Grosso do Sul

NudemANO 3 - 13ª Edição Especial: mês da mulher é todo mês | Fev / Mar / Abr 2017

Editorial

Na 13ª edição do boletim queremos

homenagear as mulheres, vitoriosas por não ter

receio de: aprender, mudar, acreditar, ir além,

melhorar, e incondicionalmente amar. Então,

buscamos dar destaque às mulheres,

personalidades que fazem a diferença em nosso

Estado, como a entrevistada Romilda Pizani,

educadora e militante do movimento negro.

Iniciamos o ano com diversos eixos traçados

para 2017, porém a principal meta é de também

atingir o interior do Estado. E, como o ano começa

depois do carnaval, trabalhamos janeiro e

fevereiro para os eventos alusivos ao Mês da

Mulher, março, onde as atividades são

intensificadas e geram demanda para o restante

do ano. No NUDEM na Capital e no interior, confira

os esforços despendidos e a colaboração dos

Defensores(as) atuantes no interior, retratados no

número de pessoas que participaram do

Workshop realizado no dia 10/03/17, sendo 1.190

espectadores em 33 cidades do interior do Estado.

Março é mês de lembrarmos as vitórias,

conquistas e avanços, além de claro, traçarmos as

estratégias para continuarmos a luta! Assim,

segue a sessão de eventos relacionados que

estão agendados, além de notícias, mitos e dicas

de filme e livro. Meu abraço a todos, em especial

às mulheres! Boa Leitura!

Edmeiry Silara Broch FestiCoordenadora do NUDEM

“Nunca se esqueça que

basta uma crise política,

econômica ou religiosa

para que os direitos das

mulheres sejam questionados.

Esses direitos não são permanentes.

Você terá que manter-se

vigilante durante toda a sua vida.”

Simone de Beauvoir

Entrevista

Nós ainda estamos na base da pirâmide

02

1 - Como começou sua militância nomovimento de mulheres negras?Romilda Pizani (RP) -

2 - Em que área você atua?RP -

3 - Educação em qual sentido?

Eu milito no movimentonegro há 22 anos, era adolescente ainda quandocomeçou a aflorar isso em mim. E de lá pra cá, aminha militância foi muito voltada para a questãoracial. Por ser mulher não dá pra fazer uma lutaracial sem se observar nesse contexto de sermulher negra nessa sociedade.

Eu faço parte do grupo Tez – Trabalho eEstudo Zumbi, que foi a primeira instituição adiscutir a questão racial no Estado de Mato Grossodo Sul. Ela existe há 32 anos e desde então váriasoutras instituições surgiram, em diversossegmentos. O grupo Tez é mais voltado para aeducação, mas eu também atuo na área dacultura.

Educação de uma forma geral. Hoje, uma daslutas do movimento negro é fazer com que a Lei10.639

seja implementada emsala de aula. E aí vem a nossa dificuldade, poisquando se fala em cultura negra, as pessoasfazem relação com as religiões de matriz africana,sempre muito estigmatizada. A nossa maior

RP -

(obriga a incluir no currículo oficial da Redede Ensino a obrigatoriedade da temática "Históriae Cultura Afro-Brasileira)

dificuldade é fazer com que o profissional deeducação tenha o entendimento sobre o que écultura. A cultura não está só relacionada àsreligiões africanas. Cultura é desde o seu falar,sentar, andar. Mas como estamos falando dapopulação negra e tudo o que está relacionadocom a negritude é de forma pejorativa, trabalharessa lei em sala de aula ainda é um desafio.

Hoje fazemos rodas de conversas nasescolas que nos chamam, ou voluntariamente, noscentros comunitários. A gente faz esse trabalhocom a sociedade e aí entendemos a dificuldadeque é, por conta dessa cultura que insiste empermanecer sobre gênero: a inferiorização damulher, a mistificação em torno da mulher negra, asexualização da mulher. São pontos que precisamser discutidos, aflorados, mas que essa cultura queainda existe não nos dá abertura ou tenta nosimpedir.

Para responder essa pergunta é preciso falarde duas décadas atrás. Nos últimos vinte anos épossível ver um avanço nas questões sociais.Apesar disso, as mulheres negras sofrem

4 - Na sala de aula há muitos desafios. Vocêtambém vê dificuldade em abordar as questõesrelativas à gênero?

5 - Quais as maiores dificuldades que a mulhernegra sofre nos dias de hoje?

RP -

RP -

ANO 3 - 13ª Edição Especial: mês da mulher é todo mês | Fev / Mar / Abr 2017

Entrevista com Romilda Pizani, educadora e militante do movimento negro

03

retaliações, como no mercado de trabalho, nomeio afetivo, no social.No mercado de trabalho, a cobrança é muito maior,por exemplo, se for pleitear uma vaga devendedora em uma loja não basta só ter o ensinomédio, tem que estar cursando uma faculdade eainda corre o risco de não ficar no emprego por sernegra. Nos relacionamentos afetivos, as mulheresnegras não costumam ser assumidas por seuscompanheiros. Hoje talvez você veja issoacontecendo com menos frequência, mas aindaexiste. Ainda é muito difícil ver a ascensão damulher negra e o respeito a ela. Nós ainda estamosna base da pirâmide, muitas como chefes defamília, sustentando na maioria das vezes comtrabalhos subalternos.

Há 20 anos nós não tínhamos encontros decrespos e cachos, não tínhamos tantos concursosde beleza de mulheres negras e essa visibilidade,praticamente não tínhamos juízas negras. Apósesses 20 anos, você pode ver mulheres negrascom seus cabelos soltos, com seus cargosprofissionais, ainda que poucas, mas é possívelver. E também vemos mulheres negras em salasde aula.

Não dá pra falar sobre os avanços sem falardo movimento negro unificado, sem falar no teatroexperimental negro deAbidias do Nascimento, quesão berços de resistência que com certezacontribuíram muito pra isso. E a educação, um doscaminhos principais para que a mulher negrativesse acesso a novos espaços sociais. Além doacesso às cotas, que também foi fundamental.

Acredito que as cotas são e foramfundamentais para esse empoderamento eapropriação e eu temo a continuidade do programadevido ao cenário político do Brasil, pois sãonesses momentos de crise que a população negraé mais atingida, por ser a grande massa, queprecisa trabalhar para ter o mínimo do que énecessário para sobreviver. Não trabalha paraviajar no fim do ano ou ir para um bom restaurantecomemorar o aniversário dos filhos. A populaçãonegra trabalha para pagar a luz, a água e o gás, asnecessidades básicas.

É preciso ter uma capacitação para osfuncionários nesses órgãos, de acordo com aespecificidade de cada segmento. Há uns três

6 - Você comentou que as coisas mudaram nosúltimos 20 anos. Como era antes?

7 - O que foi necessário para que essamudança, embora pequena, tenha acontecido?

8 - O Brasil vive uma crise política, você temeque essas políticas sejam retiradas?

9 - Voltando à violência contra a mulher negra,o que é preciso melhorar nas instituições deatendimento?

RP -

RP -

RP -

RP -

anos, estava tendo uma ação contra a violênciadoméstica na Afonso Pena, dessas com faixas nosinal, e eu e minha filha estávamos no semáforoesperando para atravessar, quando ouvimos umaspessoas da própria ação conversando: “mas amulher que apanha e continua com o marido temmais é que apanhar mesmo”. Por essas razões,capacitações são tão necessárias. Outra questãoé o atendimento integral a sua família. A mulhernegra não costuma estar sozinha, normalmentetem filhos. Também é importante trabalhar aeducação, com cartilhas específicas, numalinguagem popular; eventos nas comunidades,sempre com um atrativo que chame essa mulher,porque senão ela não vai, por receio do marido.Tem que mascarar o evento.

A questão financeira, porque ela tá lá nacomunidade, sem o passe de ônibus dela e dosfilhos, pois ela não vai sair pra ir à delegacia edeixar os filhos. Quando chega a fazer isso, éporque ela já sofreu violência por muito tempo. Edepois que ela denuncia, vem o medo de nãosaber para onde ir, com crianças. E aí ela sesubmete a essas violências. São inúmeros casosde mulheres que se separam dos maridos depoisque os filhos chegam à maioridade.

Sim. Os negros são pouco representados nosmeios de comunicação. Hoje vejo que existe ummodismo social, se eu tenho uma empresa, eu nãoquero estar fora daquilo que é chamadoeticamente correto. Eu não quero que minhaempresa seja vista como discriminatória, entãovou lá e contrato uma negra, coloco ela na capa darevista. Na maior rede de televisão brasileira temosatores negros atuando. Na novela malhação, porexemplo, é possível ver personagens negros, masnunca como pro tagon is tas e sempreestereotipados. Aí temos novelas como “Cor dopecado” e uma série chamada “sexo e as negas”.Os nomes sempre remetem à sexualização damulher negra.

Em 2015, tivemos a primeira marcha nacionaldas mulheres negras em Brasília, foi lindo!Enquanto militante eu procuro ouvir mais. O quenós fazemos são trabalhos de empoderamento.Rodas de conversa, seja na capital, seja no interior.Nós estamos sempre dialogando, tentandoconstruir sempre da melhor forma possível. É umtrabalho de formiguinha.

10 - Há algum impedimento que dificulta oacesso das mulheres negras aos serviços?

11 - Os padrões de beleza impostossocialmente são um problema para asmulheres negras?

12 - Pensando no mês de março, o que você,enquanto mulher negra, pensa que ainda énecessário para se lutar?

RP -

RP -

ANO 3 - 13ª Edição Especial: mês da mulher é todo mês | Fev / Mar / Abr 2017

04

O NUDEM, em continuidade com um de seusprincipais eixos de atuação, a educação emdireitos, através da parceria de diversos setores dasociedade realizou durante todo o mês de março,em razão da comemoração do Dia Internacionalda Mulher, diversas atividades que trataram detemas relacionados à igualdade de gênero e osdireitos da mulher.

Com o olhar focado principalmente para aeducação, visou-se incluir a discussão sobre aigualdade de gênero dentro das instituições deensino, favorecendo a análise e facilitando osprocessos de reflexão sobre os estereótipos e asdesigualdades, fundamental para a formação deprofessoras e professores. Assim, o NUDEM, emparceria com a Escola Superior da DefensoriaPública (ESDP), com as Secretarias Estadual eMunicipais de Educação e com as SubsecretariasEstadual e Municipal de Políticas Públicas para asMulheres, realizou, no dia 10 de março, oWorkshop “Por uma escola mais democrática –

pensando feminilidades e masculinidades”, que foitransmitido ao vivo para todo o Estado de MatoGrosso do Sul.

O evento contou com três palestras, realizadaspela assessora da ONU Mulheres e especialistado gênero, educação e masculinidades, Vanessado Nascimento Fonseca, pela Defensora Públicade Defesa da Mulher, Thaís Dominato SilvaTeixeira, e pelo Professor de Ciências Sociais,Thiago Duque. Na capital reuniu mais de 162d i re to res (as ) e /ou coordenadores (as )pedagógicos(as) de escolas particulares,

estaduais e municipais, público alvo do Workshope que dever atuar como disseminadores(as) dasinformações aos demais docentes.

No mesmo dia, 10 de março, no períodomatutino, foi realizada conversa com todos(as)os(as) Defensores(as) e assessores(as) da Capitalsobre "O Papel dos Homens na Prevenção daViolência contra a Mulher", com a palestranteVanessa do Nascimento Fonseca.

Nos dias 6 e 14 de março, a equipe do Núcleoproferiu palestras para as famílias beneficiárias doPrograma Bolsa Família nos CRAS Guanandi eEstrela Dalva, de tema “Gênero, a violência contraa mulher e seus direitos”.

ANO 3 - 13ª Edição Especial: mês da mulher é todo mês | Fev / Mar / Abr 2017

Nudem na Capital

Na foto: Vanessa do Nascimento Fonseca; PatríciaElias Cozzolino, Diretora da ESDP/MS; Edmeiry

Silara Broch Festi, Coordenadora do Nudem; ThiagoDuque e Thaís Dominato Silva Teixeira.

05

No dia 08 de março, pela manhã, a palestra foino DETRAN e tratou do tema “Gênero e Direitos daMulher”, para aproximadamente 150 funcionárias.

Organizações feministas, populares esocialistas de todo o mundo convocaram umagreve internacional das mulheres no 8 de marçopara defender os direitos reprodutivos e contra aviolência, entendida como a violência econômica,institucional e interpessoal. O NUDEM e a Casa daMulher Brasileira não ficaram de fora, houve umaparalização dos trabalhos por meia hora, noperíodo vespertino, como forma de protesto.

ANO 3 - 13ª Edição Especial: mês da mulher é todo mês | Fev / Mar / Abr 2017

Nudem na Capital

06

No dia 9 de março, a coordenadora do NUDEM,, falou sobre a

“violência contra a mulher e os números queassustam”, no Seminário - Nossa Luta é Todo Dia:nenhum direito a menos, realizado pelosDeputados Estaduais Amarildo Cruz, Cabo Almi,João Grandão e Pedro Kemp.

Ainda no dia 9, a psicóloga do Núcleo, Keila deOliveira Antônio, coordenou disscussão comacadêmicos(as) de psicologia da UniversidadeCatólica Dom Bosco - UCDB sobre o filme “AsSufragistas”, parte da programação especial daUniversidade em comemoração ao dia da Mulher.

Nos dias 22 e 23 de março, o NUDEM realizoupalestras na Associação de Pais e Amigos dosExcepcionais –APAE, para pais e professores(as),contando com um público aproximado de 70ouvintes em cada dia.

Edmeiry Silara Broch Festi

E no dia 31 de março, a equipe psicossocial e aDefensora Pública de Defesa da Mulher, ThaísDominato Silva Teixeira, encerraram com chave deouro os trabalhos extrajudiciais do mês de março,

ANO 3 - 13ª Edição Especial: mês da mulher é todo mês | Fev / Mar / Abr 2017

Nudem na Capital com palestra e dinâmicas na Escola MunicipalNagen Jorge Saad, para mais de 300 alunos ealunas do 5º, 6º e 7º anos. O evento realizado noperíodo matutino fez parte da semana deconscientização pensada pela Escola e foiresultado do Workshop “Por uma escola maisdemocrática”, realizado no dia 10 de março.

A Defensora Thaís resumiu como foi o evento: “Foidemais! Nossa equipe se emocionou várias vezes.Perceber que as meninas entenderam que nãoprecisam sempre ser princesas; que meninosentenderam que devem auxiliar nas tarefas decasa, e ouvi-los dizer que é o machismo oresponsável pela violência, passando a pensarsobre a igualdade e questionando as injustiças,tudo isso não tem preço. Fecho o mês dasmulheres de alma lavada e com a esperançarenovada. Tenho certeza de que as crianças farãouma revolução, pois são muito antenadas sobre otema.”

07ANO 3 - 13ª Edição Especial: mês da mulher é todo mês | Fev / Mar / Abr 2017

O Workshop ‘ ’Por uma escola maisdemocrática - pensando masculinidades efeminilidades’’, foi transmitido ao vivo para todo oEstado, e teve 1.190 espectadores em 33 cidadesdo interior do Estado.

Como na Capital, o público alvo também foramos diretores (as), coordenadores (as) pedagógicos(as), professores (as) das entidades de Ensinoparticulares, municipais e estaduais de MatoGrosso do Sul

A organização foi encabeçada pelo Núcleo dePromoção e Defesa dos Direitos da Mulher(Nudem), pela Escola Superior e contou com osesforços dos Defensores(as) Públicos(as) dointerior e com o apoio das Prefeituras e SecretariasMunicipais para sua realização. Saiba quaisforam:

– Prefeitura Municipal; –

Secretaria Municipal de Educação;– Secretaria Municipal de Educação; –

Secretaria Estadual de Educação;

Amambai AnastácioAnaurilândia

AngélicaAparecida do

Taboado AquidauanaBandeirantes, Bonito, Costa Rica, Coxim,Deodápolis, Dois Irmãos do Buriti, Dourados

Glória deDourados Iguatemi

ItaquiraíMaracaju

Mundo Novo NaviraíNioaque e Nova Alvorada do Sul

Nova Andradina, Paranaíba, PedroGomes e Porto MurtinhoRio BrilhanteRio Negro RioVerde de Mato Grosso e São Gabriel do Oeste

Sete QuedasSonora

Terenos TrêsLagoas

– Câmara de Vereadores; ,

-Secretarias Municipais de Educação;

– Prefeitura Municipal; -Secretaria Municipal de Educação; –

Câmara de Vereadores; (eventoaconteceu na própria sede da Defensoria Pública);

– Prefeitura Municipal; ,- Câmara de

Vereadores;– Prefeitura Municipal;

- Secretaria Municipal de Educação;- Secretaria Estadual de Educação;

–

Prefeitura Municipal; – Câmara deVereadores; - Secretaria Municipal deEducação; – Prefeitura Municipal;

- Câmara de Vereadores.

Seguem algumas fotos deste momento:

Na foto: equipe psicossocial do NUDEM, equipe daE.M Nagen Jorge Saad e a Defensora Pública no

momento em era questionada por um aluno sobre areforma da previdência e como afetaria as mulheres.

O NUDEM segue com o projeto de educação emdireitos durante todo o ano, para solicitação depalestras ou capacitações envie-nos um e-mailpara: nudem@defensoria.ms.def.br

Nudem no Interior

Por uma escola mais democrática

08 ANO 3 - 13ª Edição Especial: mês da mulher é todo mês | Fev / Mar / Abr 2017

Amambai - MS

Anastácio - MS

Angélica - MS

Bandeirantes - MS

Costa Rica - MS

Coxim - MS

Maracaju - MS

Mundo Novo - MS

09ANO 3 - 13ª Edição Especial: mês da mulher é todo mês | Fev / Mar / Abr 2017

Pedro Gomes - MS

Rio Negro - MS

Rio Verde de Mato Grosso - MS

Terenos - MS

12/04 – Palestra na Escola MunicipalProfessora Ione Catarina Gianotti Igydio

20/04 – Cerimônia de Posse das Conselheirasdo Conselho Estadual dos Diretos da Mulher,triênio 2017/2019.

29/04 – Palestra no Memorial da CulturaIndígena

13/05 – Palestra na Escola Municipal JoãoCândido De Souza

Local: Rua Dois Irmãos, s/n, Q. 270 – JardimNoroesteHorário: 8 horas

Local:Auditório 25 da Casa deAssistência Social eda Cidadania – CASCHorário: 8 horas

Local: Rua Terena, s/n - Bairro TiradentesHorário: 8 horas

Local: RuaAbraãoAnache 1273 – JardimAnacheHorário: 8 horas

Agenda

10 ANO 3 - 13ª Edição Especial: mês da mulher é todo mês | Fev / Mar / Abr 2017

Estrelas além do tempo(2016)

O filme trata da história de três mulheres negrasamericanas que participaram do então ambiciosoprojeto da Nasa e é em torno dela que gira maiorparte da trama. Não diz só sobre a questão daraça. Tem também a perseverança feminina emconquistar seus espaços. Inteligência emocionalnão faltou à essas três. Há discrição na luta. Asvitórias são fruto de competência e merecimento.É um filme leve que deixa muitas marcas. Asegregação racial e a diferença de gênero são asmais gritantes.

Histórias de Ninar para

Garotas Rebeldes

C e m h i s t ó r i a s q u eprovam a força de umcoração confiante: opoder de mudar o mundo.Que essas valentesmulheres inspirem vocês.Que os retratos delasimprimam em nossas filhas e filhos a profundaconvicção de que a beleza se manifesta em todasas formas, cores e idades. Em “Histórias de ninarpara garotas rebeldes” tudo o que podemos sentiré esperança e entusiasmo pelo mundo queestamos construindo. Um mundo onde gênero nãodefina quão alto você pode sonhar nem quão longevocê pode ir. “Um livro absolutamente necessáriopara embalar qualquer garota ou mulher queconhecemos”. - Geri Stengel, Forbes “Essashistórias de ninar transformarão princesas emmulheres que mudarão o mundo”. - Taylor Pittman,The Huffington Post.

Estrelas além do tempo(2016)

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Histórias de Ninar para

Garotas Rebeldes

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Estrelas além do tempo(2016)

O filme trata da história de três mulheres negrasamericanas que participaram do então ambiciosoprojeto da Nasa e é em torno dela que gira maiorparte da trama. Não diz só sobre a questão daraça. Tem também a perseverança feminina emconquistar seus espaços. Inteligência emocionalnão faltou à essas três. Há discrição na luta. Asvitórias são fruto de competência e merecimento.É um filme leve que deixa muitas marcas. Asegregação racial e a diferença de gênero são asmais gritantes.

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Estrelas além do tempo(2016)

O filme trata da história de três mulheres negrasamericanas que participaram do então ambiciosoprojeto da Nasa e é em torno dela que gira maiorparte da trama. Não diz só sobre a questão daraça. Tem também a perseverança feminina emconquistar seus espaços. Inteligência emocionalnão faltou à essas três. Há discrição na luta. Asvitórias são fruto de competência e merecimento.É um filme leve que deixa muitas marcas. Asegregação racial e a diferença de gênero são asmais gritantes.

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Garotas Rebeldes

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Estrelas além do tempo(2016)

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Estrelas além do tempo(2016)

O filme trata da história de três mulheres negrasamericanas que participaram do então ambiciosoprojeto da Nasa e é em torno dela que gira maiorparte da trama. Não diz só sobre a questão daraça. Tem também a perseverança feminina emconquistar seus espaços. Inteligência emocionalnão faltou à essas três. Há discrição na luta. Asvitórias são fruto de competência e merecimento.É um filme leve que deixa muitas marcas. Asegregação racial e a diferença de gênero são asmais gritantes.

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Histórias de Ninar para

Garotas Rebeldes

C e m h i s t ó r i a s q u eprovam a força de umcoração confiante: opoder de mudar o mundo.Que essas valentesmulheres inspirem vocês.Que os retratos delasimprimam em nossas filhas e filhos a profundaconvicção de que a beleza se manifesta em todasas formas, cores e idades. Em “Histórias de ninarpara garotas rebeldes” tudo o que podemos sentiré esperança e entusiasmo pelo mundo queestamos construindo. Um mundo onde gênero nãodefina quão alto você pode sonhar nem quão longevocê pode ir. “Um livro absolutamente necessáriopara embalar qualquer garota ou mulher queconhecemos”. - Geri Stengel, Forbes “Essashistórias de ninar transformarão princesas emmulheres que mudarão o mundo”. - Taylor Pittman,The Huffington Post.

Estrelas além do tempo(2016)

O filme trata da história de três mulheres negrasamericanas que participaram do então ambiciosoprojeto da Nasa e é em torno dela que gira maiorparte da trama. Não diz só sobre a questão daraça. Tem também a perseverança feminina emconquistar seus espaços. Inteligência emocionalnão faltou à essas três. Há discrição na luta. Asvitórias são fruto de competência e merecimento.É um filme leve que deixa muitas marcas. Asegregação racial e a diferença de gênero são asmais gritantes.

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Filme

Estrelas além do tempo(2016)

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Livro

BBC Brasil – 07/03/2017Chega ao STF primeira ação que pode levar àampla legalização do aborto.

EL PAÍS - 21/03/2017Brasil despenca 19 posições em ranking dedesigualdade social da ONU.

Foi protocolada nanoite de segunda-feira a primeira ação que pede alegalização ampla do aborto, para qualquergestação com até 12 semanas.Atualmente, a interrupção da gravidez só épermitida no país em três casos: se a mulher correrisco de morrer por causa da gestação; se afecundação ocorreu por estupro; se o feto éanencéfalo (sem cérebro) e, portanto, nãoconseguirá sobreviver após o parto. Nas demaissituações, a gestante que fizer aborto pode sepresa por até três anos, enquanto médicos querealizarem o procedimento podem ser condenadosa até quatro. A ação, à qual a BBC Brasil teveacesso antecipadamente, foi movida pelo PSOL,com assessoria técnica do instituto de bioéticaAnis.É função do Supremo, quando provocado por umaação, analisar se leis vigentes no país estão emdesacordo com a Constituição Federal. Nessecaso, o partido solicita que a Corte declare que osartigos do Código Penal (lei de 1940) quecriminalizam o aborto desrespeitam preceitosfundamentais, como o direito das mulheres à vida,à dignidade, à cidadania, à não discriminação, àliberdade, à igualdade, à saúde e ao planejamentofamiliar, entre outros.

País aparece entreos 10 mais desiguais do mundo. Além da diferençaentre ricos e pobres, levantamento ressaltadesvalorização e baixa representatividade damulher na sociedade brasileira. As desigualdadessocial e de gênero se acentuaram no Brasil. Esse éo diagnóstico revelado pelo Programa das NaçõesUnidas para o Desenvolvimento (PNUD), o Índicede Desenvolvimento Humano (IDH), com dados de2015, divulgado nesta terça-feira. O país ocupa o79º lugar entre 188 nações no ranking de IDH, queleva em conta indicadores de educação, renda esaúde, mas despencou 19 posições naclassificação correspondente à diferença entre

FatosNotícias&

11ANO 3 - 13ª Edição Especial: mês da mulher é todo mês | Fev / Mar / Abr 2017

ricos e pobres. A desigualdade brasileira tambémcresce nas comparações de gênero. Embora asmulheres tenham maior expectativa de vida e maisescolaridade, elas ainda recebem bem menos queos homens no Brasil. A renda per capita da mulheré 66,2% inferior à de pessoas do sexo masculino.No índice de desigualdade de gênero, o paísaparece na 92ª posição entre 159 paísesanalisados, atrás de nações de maioria religiosaconservadora, a exemplo de Líbia (38ª), Malásia(59ª) e Líbano (83ª). Também é baixa arepresentatividade da mulher no CongressoNacional. O comparativo entre número decadeiras em parlamentos indica que as mulheresbrasileiras ocupam somente 10,8% dos assentos.O número é inferior à média mundial (22,5%) e atémesmo ao de países com IDH baixo, como aRepública Centro Africana, última colocada doranking, que tem 12,5% de seu parlamentoocupado por representantes do sexo feminino.

O Plenário aprovou nestaquarta-feira (22) projeto que proíbe o uso dealgemas em presas grávidas durante os atosmédicos e hospitalares preparatórios para arealização do parto. O texto também proíbe aprática durante e logo após a presa dar à luz.Agora, o projeto segue para a sanção presidencial.O Projeto de Lei da Câmara (PLC) 23/2017 tornalei uma medida já prevista em um decretopresidencial editado em setembro de 2016, pelopresidente Michel Temer. A inclusão da medida noCódigo de Processo Penal torna o decreto umapolítica de Estado. A limitação no uso de algemastambém estava prevista na Súmula Vinculante 11,editada em 2008 pelo Supremo Tribunal Federal.

O valor autorizado para gastos comatendimento à mulher em situação de violênciacaiu 61% em 2017 em relação ao ano passado. Osrecursos destinados à rubrica passaram de R$42,9 milhões em 2016 para R$ 16,7 milhões nesteano –R$ 3,6 milhões já foram usados. Os dadossão do portal do orçamento do Senado Federal. Omontante voltado ao incentivo a políticas de

Agência Senado - 23/03/2017Projeto que proíbe algemas em presas duranteo parto vai à sanção.

Poder 360 - 25/03/2017Governo reduz em 61% verba paraatendimento à mulher em situação deviolência.

autonomia das mulheres também sofreu corteconsiderável neste ano. De R$ 11,5 milhões em2016, o valor passou para 5,3 milhões em 2017,uma redução de 54%. Do total autorizado paragastos neste ano, R$ 309,6 mil foramdesembolsados. Em contrapartida, a quantialiberada para a central de atendimento à mulhersubiu 13%. Saiu de R$ 31,9 milhões no Orçamentode 2016 para R$ 36,2 milhões em 2017, umavariação de 13%.

AministraMaria Thereza, do Superior Tribunal de Justiça,acolheu na sexta-feira (24) uma liminar para que aex-primeira-dama do Rio de Janeiro AdrianaAncelmo passe a cumprir prisão domiciliar. Aesposa do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB)estava detida preventivamente em Bangu 8, zonaoeste da capital do Estado, desde dezembro de2016. A decisão, sob a justificativa de que os filhosdo casal estavam sem os cuidados do pai e da mãe(ambos presos), foi antecedida por um vaivémjurídico. No dia 17 de março, o juiz da 7ª VaraFederal Criminal do Rio, Marcelo Bretas, permitiu aida de Adriana Ancelmo para casa. A liminar foirevogada em seguida por um desembargador doTribunal de Justiça do Rio, sob o argumento de quea prisão domiciliar representava uma “quebra deisonomia com as milhares de mães presas que nãorecebiam o mesmo benefício”. Agora, o STJconfirmou a liberação. Em meio às decisões, veio àtona o debate sobre a impunidade no Brasil e asituação das mulheres encarceradas – a maiorparte delas negra, pobre e sem acesso aosmesmos direitos que a ex-primeira-dama.

Desde 2016, com a implementação do MarcoLegal da Primeira Infância, a lei brasileira autorizaque grávidas e mães com filhos de até 12 anostenham a prisão provisória convertida em prisãodomiciliar – Adriana Ancelmo tem um filho de 11anos e um de 14. O direito é também estendido ahomens que comprovem serem os responsáveispela criação das crianças. Na prática, no entanto, ocódigo não é aplicado como deveria peloJudiciário.São hoje 34 mil mulheres presas no Brasil, o que

Nexo – 27/03/2017O que o caso da ex-primeira-dama do Rio dizsobre prisão domiciliar para mulheres. Desde2016, a lei determina que mulheres em prisãopreventiva grávidas ou com filhos de até 12anos podem cumprir a pena em casa.

O que diz a lei sobre prisão domiciliar paramulheres:

autonomia das mulheres também sofreu corteconsiderável neste ano. De R$ 11,5 milhões em2016, o valor passou para 5,3 milhões em 2017,uma redução de 54%. Do total autorizado paragastos neste ano, R$ 309,6 mil foramdesembolsados. Em contrapartida, a quantialiberada para a central de atendimento à mulhersubiu 13%. Saiu de R$ 31,9 milhões no Orçamentode 2016 para R$ 36,2 milhões em 2017, umavariação de 13%.

AministraMaria Thereza, do Superior Tribunal de Justiça,acolheu na sexta-feira (24) uma liminar para que aex-primeira-dama do Rio de Janeiro AdrianaAncelmo passe a cumprir prisão domiciliar. Aesposa do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB)estava detida preventivamente em Bangu 8, zonaoeste da capital do Estado, desde dezembro de2016. A decisão, sob a justificativa de que os filhosdo casal estavam sem os cuidados do pai e da mãe(ambos presos), foi antecedida por um vaivémjurídico. No dia 17 de março, o juiz da 7ª VaraFederal Criminal do Rio, Marcelo Bretas, permitiu aida de Adriana Ancelmo para casa. A liminar foirevogada em seguida por um desembargador doTribunal de Justiça do Rio, sob o argumento de quea prisão domiciliar representava uma “quebra deisonomia com as milhares de mães presas que nãorecebiam o mesmo benefício”. Agora, o STJconfirmou a liberação. Em meio às decisões, veio àtona o debate sobre a impunidade no Brasil e asituação das mulheres encarceradas – a maiorparte delas negra, pobre e sem acesso aosmesmos direitos que a ex-primeira-dama.

Desde 2016, com a implementação do MarcoLegal da Primeira Infância, a lei brasileira autorizaque grávidas e mães com filhos de até 12 anostenham a prisão provisória convertida em prisãodomiciliar – Adriana Ancelmo tem um filho de 11anos e um de 14. O direito é também estendido ahomens que comprovem serem os responsáveispela criação das crianças. Na prática, no entanto, ocódigo não é aplicado como deveria peloJudiciário.São hoje 34 mil mulheres presas no Brasil, o que

Nexo – 27/03/2017O que o caso da ex-primeira-dama do Rio dizsobre prisão domiciliar para mulheres. Desde2016, a lei determina que mulheres em prisãopreventiva grávidas ou com filhos de até 12anos podem cumprir a pena em casa.

O que diz a lei sobre prisão domiciliar paramulheres:

ricos e pobres. A desigualdade brasileira tambémcresce nas comparações de gênero. Embora asmulheres tenham maior expectativa de vida e maisescolaridade, elas ainda recebem bem menos queos homens no Brasil. A renda per capita da mulheré 66,2% inferior à de pessoas do sexo masculino.No índice de desigualdade de gênero, o paísaparece na 92ª posição entre 159 paísesanalisados, atrás de nações de maioria religiosaconservadora, a exemplo de Líbia (38ª), Malásia(59ª) e Líbano (83ª). Também é baixa arepresentatividade da mulher no CongressoNacional. O comparativo entre número decadeiras em parlamentos indica que as mulheresbrasileiras ocupam somente 10,8% dos assentos.O número é inferior à média mundial (22,5%) e atémesmo ao de países com IDH baixo, como aRepública Centro Africana, última colocada doranking, que tem 12,5% de seu parlamentoocupado por representantes do sexo feminino.

O Plenário aprovou nestaquarta-feira (22) projeto que proíbe o uso dealgemas em presas grávidas durante os atosmédicos e hospitalares preparatórios para arealização do parto. O texto também proíbe aprática durante e logo após a presa dar à luz.Agora, o projeto segue para a sanção presidencial.O Projeto de Lei da Câmara (PLC) 23/2017 tornalei uma medida já prevista em um decretopresidencial editado em setembro de 2016, pelopresidente Michel Temer. A inclusão da medida noCódigo de Processo Penal torna o decreto umapolítica de Estado. A limitação no uso de algemastambém estava prevista na Súmula Vinculante 11,editada em 2008 pelo Supremo Tribunal Federal.

O valor autorizado para gastos comatendimento à mulher em situação de violênciacaiu 61% em 2017 em relação ao ano passado. Osrecursos destinados à rubrica passaram de R$42,9 milhões em 2016 para R$ 16,7 milhões nesteano –R$ 3,6 milhões já foram usados. Os dadossão do portal do orçamento do Senado Federal. Omontante voltado ao incentivo a políticas de

Agência Senado - 23/03/2017Projeto que proíbe algemas em presas duranteo parto vai à sanção.

Poder 360 - 25/03/2017Governo reduz em 61% verba paraatendimento à mulher em situação deviolência.

ricos e pobres. A desigualdade brasileira tambémcresce nas comparações de gênero. Embora asmulheres tenham maior expectativa de vida e maisescolaridade, elas ainda recebem bem menos queos homens no Brasil. A renda per capita da mulheré 66,2% inferior à de pessoas do sexo masculino.No índice de desigualdade de gênero, o paísaparece na 92ª posição entre 159 paísesanalisados, atrás de nações de maioria religiosaconservadora, a exemplo de Líbia (38ª), Malásia(59ª) e Líbano (83ª). Também é baixa arepresentatividade da mulher no CongressoNacional. O comparativo entre número decadeiras em parlamentos indica que as mulheresbrasileiras ocupam somente 10,8% dos assentos.O número é inferior à média mundial (22,5%) e atémesmo ao de países com IDH baixo, como aRepública Centro Africana, última colocada doranking, que tem 12,5% de seu parlamentoocupado por representantes do sexo feminino.

O Plenário aprovou nestaquarta-feira (22) projeto que proíbe o uso dealgemas em presas grávidas durante os atosmédicos e hospitalares preparatórios para arealização do parto. O texto também proíbe aprática durante e logo após a presa dar à luz.Agora, o projeto segue para a sanção presidencial.O Projeto de Lei da Câmara (PLC) 23/2017 tornalei uma medida já prevista em um decretopresidencial editado em setembro de 2016, pelopresidente Michel Temer. A inclusão da medida noCódigo de Processo Penal torna o decreto umapolítica de Estado. A limitação no uso de algemastambém estava prevista na Súmula Vinculante 11,editada em 2008 pelo Supremo Tribunal Federal.

O valor autorizado para gastos comatendimento à mulher em situação de violênciacaiu 61% em 2017 em relação ao ano passado. Osrecursos destinados à rubrica passaram de R$42,9 milhões em 2016 para R$ 16,7 milhões nesteano –R$ 3,6 milhões já foram usados. Os dadossão do portal do orçamento do Senado Federal. Omontante voltado ao incentivo a políticas de

Agência Senado - 23/03/2017Projeto que proíbe algemas em presas duranteo parto vai à sanção.

Poder 360 - 25/03/2017Governo reduz em 61% verba paraatendimento à mulher em situação deviolência.

12 ANO 3 - 13ª Edição Especial: mês da mulher é todo mês | Fev / Mar / Abr 2017

representa 7,4% do total de presos do país,segundo o relatório “Mulheres sem Prisão”, feitopelo ITTC (Instituto Terra, Trabalho e Cidadania).Cerca de 80% delas são mães e cumprem penaem regime fechado – embora não hajainformações que precisem a idade dos filhos esobre quantas mulheres deveriam estar em prisãodomiciliar. Segundo o relatório “Mulheres sem

Prisão”, há nos boletins de ocorrência uma

supressão de informações sobre a maternidade, o

que dificulta a implementação da lei.

Entre 2000 e 2010, houve um aumento de 261% da

população feminina presa, mais que o dobro da

população masculina. A maioria dessas mulheres

não possui antecedentes criminais, têm

dificuldade de acesso a empregos formais, é

jovem, negra e foi presa devido a algum

envolvimento com o tráfico de drogas.

A ex-primeira-dama do Rio de Janeiro está presa

preventivamente desde dezembro de 2016, no

Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu,

zona oeste carioca.

Ela é ré em seis processos da operação Lava Jato,

acusada de participar de um esquema de

corrupção liderado por seu marido, Sérgio Cabral

O caso de Adriana Ancelmo:

Filho (PMDB), governador do Estado entre 2007 e

2014. Mas ainda não está condenada. Ancelmo

responde por corrupção, lavagem de dinheiro,

pertencimento a organização criminosa e evasão

de divisas.

No dia 17 de março, Bretas concedeu o benefício

da prisão domiciliar com o argumento de que os

filhos do casal estavam sendo privados

simultaneamente do convívio do pai e da mãe –

Cabral também está preso em Bangu. As crianças

estão atualmente sob cuidados do irmão, filho

mais velho do ex-governador, o deputado federal

Marco Antônio Cabral (PMDB).

A condição para que Ancelmo volte para a casa é a

de que ela não tenha acesso a telefone, nem

internet. Visitas devem ser autorizadas pela Polícia

Federal e deixarem seus próprios eletrônicos na

portaria, antes de entrar no apartamento – que

passou por uma inspeção.

No dia 20 de março, no entanto, o desembargador

federal Abel Gomes suspendeu a liminar, dizendo

que a decisão poderia “criar expectativa” para

outras mulheres presas. A defesa de Ancelmo

então recorreu ao STJ (Superior Tribunal de

Justiça), que reafirmou a decisão inicial de Bretas.

Por Beatriz Montesanti

Datas

comemorativas

MARÇO

ABRIL

MAIO

08/0321/0324/03

27/04 –30/04 –

01/05 –17/05 –18/05 –28/05 –

30/05 –

– Dia Internacional da Mulher.– Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial.– Dia Internacional para o Direito à Verdade para as Vítimas de Graves Violações dos

Direitos Humanos.

Dia Nacional da Trabalhadora Doméstica.Dia Nacional da Mulher.

Dia Internacional das Trabalhadoras.Dia Internacional contra a Homofobia.Dia Nacional de Combate aoAbuso e à Exploração Sexual de Crianças eAdolescentesDia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher e Dia Nacional de Redução da Morte

Materna.Dia de Luta pela Maior Participação Política das Trabalhadoras Rurais.

13ANO 3 - 13ª Edição Especial: mês da mulher é todo mês | Fev / Mar / Abr 2017

Incontáveis as situações onde as mulheres,apesar de terem merecido destaque e teremefetivamente realizado muitas conquistas, ficaramà sombra de homens, a revista eletrônica M deMulher destacou dez dessas situações em que oshomens levaram a fama em cima de feitoshistóricos por mulheres:

Costumava-se pensar que os desenhos nascavernas tivessem sido feito por homens, porémum estudo feito em 2013, pela Pennsylvania StateUniversity, descobriu que na maior parte das vezesé provável que os desenhos tenham sido feitos pormulheres;

Ada Lovelace, matemática, atualmente tem sidoatribuída como a inventora do primeiro softwareem um computador. Por muito tempo sua criaçãofoi desmentida por homens, historiadores, e erataxada de “maníaca depressiva, com as maisinacreditáveis alucinações”;

Muitas mulheres tiveram de usar uma identidademasculina, como vestir-se de homem, cortarcabelos e esconder os seios, para que pudessemdefender seus países. É o caso das incríveis MariaQuitéria, Brasileira, da norte-americana “Sam”

Blaylock e da sueca, Elisa Bernerström;

1. PINTURAS RUPESTRES NAS CAVERNAS

2. NACOMPUTAÇÃO

3. NO EXÉRCITO

4. INVENÇÕES

5. NACIÊNCIA

“Clothes wringer”, um “espremedor” de roupas quefoi inventado em 1888, nos Estados Unidos, e queé usado até hoje, foi inventado por uma mulhernegra, Ellen Eglin. Para que o artefato pudesse servendido, no entanto, o comprador da invenção(que lhe pagou a quantia de 18 dólares para, maistarde, enriquecer às suas custas) foi quemassumiu a criação;

As mulheres retratadas em “Estrelas Além doTempo”, essenciais para que os cientistas daNASA conseguissem enviar o homem ao espaço,foram informadas através de um boletim dainstituição o seguinte: “Ai de vocês se fizerem umcomputador, já que o engenheiro de projetostomará o crédito por qualquer coisa inteligente echeia de glória que você faça”.

Henrietta Leavitt, de Harvard, que morreu semnenhum prestígio, descobriu a relação entre obrilho e a pulsão das estrelas.

A bióloga Nettie Stevens, que publicou umapesquisa fa lando sobre como são oscromossomos – e não fatores ambientais – quedeterminam o sexo de um organismo. No mesmoano, um cientista homem chega à mesmaconclusão – e ganha toda a fama;

Mitos

Dez vezes em que mulheres foram incríveis

e homens levaram a fama

14 ANO 3 - 13ª Edição Especial: mês da mulher é todo mês | Fev / Mar / Abr 2017

6. DIVERSÃO

7. LITERATURA

8.ARTE

O jogo “Banco Imobiliário” ou “Monopoly” foi criadooriginalmente pela feminista norte-americana,Elizabeth Magie, em 1903, porém muito comum acriação ser atribuída ao empresário, CharlesDarrow, que entrou em contato com o jogo no anode 1932, ganhando uma fortuna com acomercialização do jogo;

Mary Wollstonecraft Shelley, em 1818, de formaa n ô n i m a , p u b l i c o u s u a o b r a - p r i m a ,“Frankenstein”. Por conta da assinatura doprefácio, muitos passaram a acreditar que o livrohavia sido escrito por seu marido, o poeta PercyBysshe Shelley. Por volta de 1823, foi que o nomede Mary começou a aparecer nas capas dos livros,mesmo assim muitos continuaram atribuindo aohomem o crédito pela história;

A mais famosa obra do artista francês MarcelDuchamp é “Fonte”. Há quem diga, porém, quequem lhe “inspirou” a criá-la foi uma amiga, abaronesa Elsa von Freytag-Loringhoven. Ainda,

Camille Claudel, escultora e amante de Rodin,trabalhou por anos a seu serviço. Dizem que édifícil distinguir o trabalho dos dois, mas você játinha sequer ouvido falar dela?

Dorothy Lucile Tipton, talentosa pianista norte-americana, não é conhecida por ninguém por estenome, a razão: para poder tocar nos bares de jazzque almejava, ela teve de assumir a identidade de“Billy Lee Tipton“, pois ouviu de muitos donos deestabelecimentos que sim, ela era boa, só queninguém contrataria uma mulher.

Nas Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro, anadadora húngara Katinka Hosszú que ao ganharuma medalha de ouro e quebrar recordes napiscina não ganhou destaque na mídia e, sim, seumarido e treinador. A rede norte-americana NBCchegou a escrever, ao lado de uma foto do moço,“aqui está o homem responsável”.

9. MÚSICA

10. ESPORTE

Fonte: http://mdemulher.abril.com.br/cultura/10-vezes-mulheres-foram-incriveis-homens-levaram-credito/

Campanhas

#mandaprints

A campanha de iniciativa do ThinkOlga, com oconteúdo facilitado pela Avon, levanta a seguintebandeira:

Transformar a internet em um lugar mais seguropara as mulheres, sem pedir licença: nossosvídeos, textos, fotos, músicas, pensamentos eideias serão compartilhados e não vamos aceitardesrespeito, ameaças e objetificação como

respostas aceitáveis ao conteúdo que produzimos.Vamos tirar prints, mandar para a polícia e exigirnossos direitos.

Entendemos o silêncio como uma reação demedo, mas nem sempre ele nos protege, entãovamos fazer barulho: registrar, denunciar eresponsabilizar aqueles que tornam a web umpesadelo para nós.

15ANO 3 - 13ª Edição Especial: mês da mulher é todo mês | Fev / Mar / Abr 2017

Além do registro do Boletim de Ocorrência,você também poderá:

Dependendo da gravidade do caso, preservaressa prova registrando uma Ata Notarial emqualquer Cartório de Notas (“Tabelionato deNotas”). A Ata Notarial é elaborada por umTabelião, e como este tem “fé pública”, tododocumento lavrado por ele tem plena validadejurídica, ou seja, ninguém poderá contestar issoem um processo judicial (nem mesmo o Juiz). NaAta Notarial, o Tabelião descreverá o fato ocorrido,inserido prints de imagens/páginas e links,detalhando o conteúdo que está sendovisualizado. Você poderá também solicitar aoTabelião que faça o armazenamento seguro desseconteúdo no próprio Cartório de Notas (ele gravaráum CD para você, e registrará esse material noCartório);

1.

2.

3.

4.

Consultar um(a) Defensor (a) Público (a) ouadvogado(a), para saber quais medidasjudiciais/extrajudiciais que poderão ser tomadas;

Se houverem publicações com conteúdoofensivo/indesejado na internet, este poderá serretirado através de Notificações Extrajudiciaiselaboradas por um (a) Defensor (a) Público (a) ouadvogado(a);

Se houver a prova da identidade da pessoa queestá fazendo isso contra você (você tem comoprovar que é seu ex-namorado, por exemplo) e sevocê tem os dados pessoais desse indivíduo(nome completo, endereço, etc) você poderádirigir-se ao Juizado Especial Criminal (JECrim) desua cidade parar dar início à um processo criminalcontra ele, a fim de buscar a condenação peloscrimes praticados.

Fonte: http://thinkolga.com/mandaprints/

16

Defensoria Pública de Mato Grosso do SulDefensoria Pública-Geral do Estado

Núcleo Institucional de Promoção e Defesa dos Direitos da MulherNUDEM

Luciano Montalli

Fábio Rogério Rombi

Defensor Público-Geral do Estado

Subdefensor Público-Geral

Eliana Etsumi Tsunoda

Edmeiry Silara Broch Festi

Colaboradora desta edição:Lucas PellicioniNatália Gonçalves LemosRomilda Pizani

Arte, revisão e diagramação:

Escola Superior da Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul

Núcleo Institucional de Promoção e Defesa dos Direitos da MulherNUDEM

Centro Judiciário de Solução de Conflitos, Núcleo de Mediação

Defensoria Pública de Defesa da Mulher - Casa da Mulher Brasileira

2ª Subdefensora Pública-Geral

Defensora Pública de Defesa da MulherCoordenadora do NUDEM

–Assessor de Imprensa–Assessora Jurídica

– Educadora e militante do movimento negro

Moema Urquiza -Assessoria / Escola Superior da Defensoria Pública de MS

Rua Raul Pires Barbosa, 1.519 - Bairro Chácara Cachoeira79040-150 - Campo Grande-MSEmail: escolasuperior@defensoria.ms.gov.brFone: (67) 3317-4427

Rua Joel Dibo, 238 - Centro79002-060 - Campo Grande-MSEmail: nudem@defensoria.ms.gov.brFone: (67) 3313-5943

Rua Joel Dibo, 238 - Centro79002-060 - Campo Grande-MSFone: (67) 3313-5918

Rua Brasília, S/N, Lote 10A, Quadra 2 - Jardim ImáCampo Grande-MSFone: (67) 3304-7589

EXPEDIENTE DENUNCIE

ANO 3 - 13ª Edição Especial: mês da mulher é todo mês | Fev / Mar / Abr 2017