Informativo 1268

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Nesta edição

www.bancariosdf.com.br Brasília, 28 de julho de 2010 Ano 16 - Número 1.268

CAMPANHA NACIONAL 2010

Seminário dos Funcionári-os do BRB neste sábado. Inscreva-se no site.Página 4

Reunidos entre os dias 23 e 25 de julho no Rio de Janei-ro, exatos 628 delegados de todo o país, entre os quais

24 de Brasília, aprovaram a pauta final de reivindicações da categoria para a Campanha Nacional 2010. Entre os principais eixos estão a pre-servação e ampliação do emprego, fim das metas abusivas e do assédio moral, mais saúde e melhores con-dições de trabalho e de segurança, participação nos lucros e resultados (PLR) maior, valorização dos pisos salariais e reajuste salarial de 11%. As reivindicações foram definidas pelo plenário da 12ª Conferência Nacional dos Bancários. A pauta será entregue à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) em agosto.

Os 628 delegados eleitos - sendo 433 homens e 195 mulheres -, além de 40 observadores, representaram bancários de 25 estados e do Distrito Federal. “A conferência é o coroa-mento de processo de discussão com a categoria, que incluiu consultas aos bancários por parte dos sindicatos, assembleias nas bases, encontros esta-duais e conferências regionais”, desta-cou o presidente do Sindicato, Rodrigo Britto. Ele enfatiza a necessidade de os bancários estarem preparados para, dentro do espírito de unidade que caracteriza a categoria, somar forças para os próximos embates, que não serão fáceis. “Só assim conseguiremos avançar”, afirmou Britto.

Mesa com BB e CaixaAlém disso, está mantida a estra-

tégia de mesa única de negociações com a Fenaban para as questões gerais com mesas concomitantes para as reivindicações específicas por bancos, como o Banco do Brasil, que ainda precisa resolver demandas urgentes como PCCS, cumprimento da jornada de 6 horas e plano odon-tológico, e a Caixa Econômica, onde há pendências em relação ao PFG.

Bancários querem aumento real, piso do Dieese e fi m do assédio moral

Campanha de mídiaInspirado no tema “Outro mundo

é possível” do Fórum Social Mundial, que comemora 10 anos em 2010, o mote da mídia da campanha dos ban-cários este ano é “Outro banco é pre-ciso”. A ideia é mostrar que é preciso outro sistema financeiro, que respeite e valorize bancários e clientes e que esteja a serviço da sociedade.

Com o slogan “Pessoas em 1º lugar”, a imagem do cartaz mostra um grupo de pessoas, com várias cores, simbolizando a diversidade étnica e racial do povo brasileiro. En-tre elas, há um negro, uma das raças discriminadas pelos bancos, confor-me apontou o Mapa da Diversidade. Também aparece um cadeirante, um dos símbolos da discriminação das pessoas com deficiência, cuja cota de 5% do quadro de funcionários não vem sendo cumprida pelos bancos.

Emprego Mais contratações Ampliar a contratação de

mulheres, negros e pessoascom deficiência, garantindoigualdade de oportunidades

Garantia de emprego

Remuneraçãoe Previdência Reajuste salarial de 11%

(inflação do período mais5% de aumento real)

PLR de três salários maisR$ 4 mil para cada funcionário

Piso salarial no valor do salário mínimo do Dieese (R$ 2.157,88)

Saúde do Trabalhador Fim das metas abusivas Combate ao assédio moral Proteção contra os riscos

de acidente de trabalho ou doença ocupacional

Segurança Bancária Assistência médica e psicológica

às vítimas de assaltos, sequestros ou extorsões

Ampliação dos equipamentosde prevenção

Adicional de risco de vidade 30% para agências,postos e tesouraria

As principaisresoluções da12ª Conferência Nacional dosBancários:

Eleições 2010 Os delegados presentes à 12ª

Conferência Nacional dos Bancá-rios também discutiram a eleição deste ano para a Presidência da República. A avaliação que pre-valeceu é de que existem dois projetos distintos em disputa. Um deles, representado pela candida-tura Serra (PSDB), significa uma volta ao passado, com políticas sociais e econômicas contrárias aos interesses dos trabalhadores e novas privatizações. O outro projeto, puxado pela candidatura Dilma (PT), representa a conti-nuidade das políticas de desenvol-vimento econômico com inclusão social, geração de empregos e respeito aos trabalhadores - ini-ciadas pelo governo Lula. Em ra-zão disso, o plenário aprovou o apoio à Dilma Rousseff.

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2 Sindicato dos Bancários de Brasília

Alvo de bandidos, as agên-cias bancárias de todo o país se tornaram um dos lugares mais perigosos

para se trabalhar. Preocupados com o aumento do número de assaltos e de violações em caixas eletrônicos instalados no interior dos bancos, os trabalhadores que participaram do grupo de discussão sobre segu-rança aprovaram uma série de me-didas para garantir maior assistência e proteger a vida dos bancários.

Entre os itens aprovados pela 12ª Conferência Nacional dos Ban-cários estão assistência médica e psicológica às vítimas de assaltos, se-questros ou extorsões; a ampliação dos equipamentos de prevenção; adicional de risco de vida de 30% para agências, postos e tesouraria; proibição de transporte de valores e guarda das chaves pelos bancários, e estabilidade provisória para vítimas de assaltos, sequestros e extorsões.

Prática comum, o transporte

No limite, categoria exige maior garantiade vida e assistência às vítimas de assaltos

SEGURANÇA BANCÁRIA

SISTEMA FINANCEIRO

de dinheiro e chaves de cofres por parte dos bancários foi condena-do pelos integrantes do grupo de discussão. Nas cidades pequenas, o funcionário de banco é transfor-mado pelos patrões em transpor-tador de valores, sem nenhuma segurança. “Isso cria muitos riscos, sendo que não é raro ver bancário

sendo assaltado nessa situação”, denunciou Ademir Wiederkehr, co-ordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária e secretário de Imprensa da Contraf-CUT.

Os trabalhadores ainda discuti-ram outras medidas de prevenção contra assaltos, como a porta de se-gurança com detectores de metais

antes do autoatendimento, câmeras de filmagem com monitoramento em tempo real, vidros blindados nas fachadas, divisórias individualizadas na bateria de caixas e entre os cai-xas eletrônicos, instalação de vidros nos guichês de caixas e colocação de biombos em frente aos caixas.

Poucos avanços Antes da discussão de propos-

tas, Wiederkehr fez um relato sobre o andamento das negociações com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que vêm acontecendo na Mesa Temática de Segurança Bancá-ria. “São poucos os pontos onde tive-mos avanços efetivos, que esperamos transformar em novas cláusulas na nova convenção coletiva. Teremos de pressionar os bancos na Campanha Nacional para avançar mais, até por-que a Fenaban já sinalizou que pre-tende retomar a mesa de negociação após a Campanha Nacional”, afirma.

A incansável luta dos bancários pela regulamentação do artigo 192 da Constituição Federal continua. Mesmo com o arquivamento pelo Congresso Nacional do projeto de lei que prevê a implementação do texto, a categoria, reunida em sua 12ª Conferência Nacional, não vai descansar enquanto não aprovar a proposição. Além dessa peregri-nação, os trabalhadores querem a regulamentação da remuneração dos executivos, democratização e ampliação do Conselho Monetário Nacional (CMN), regulamentação do papel social dos bancos e extin-ção dos correspondentes bancários.

“Os bancários, em consonância com as necessidades da população, aprofundaram as discussões sobre um modelo de sistema financeiro nacional que tenha como finalida-de oferecer crédito que impulsione o desenvolvimento e a geração de emprego, e não de enriquecimen-to dos banqueiros, como ocorre

Pela regulação do artigo 192 e acesso ao crédito

hoje”, frisa Jeferson Meira, diretor do Sindicato.

As propostas que nortearam os debates da 12ª Conferência Nacio-nal dos Bancários já vinham sendo germinadas antes da realização do encontro. As ideias centrais vieram das conferências regionais.

A Contraf-CUT está reinician-do discussão sobre o projeto criado

pela categoria em 1992, através da antiga Confederação Nacional dos Bancários (CNB), que regulamenta o artigo 192. Entre os objetivos, está a democratização do sistema, de forma que os trabalhadores, assim como outros setores da sociedade, participem da definição de itens fun-damentais para a economia do país e que hoje são decisões tomadas

somente pelos técnicos do Banco Central, a exemplo da taxa de juros.

A regulamentação do setor é um consenso entre todos os traba-lhadores.

Na avaliação do presidente do Sindicato, Rodrigo Britto, a apro-vação do artigo 192 deve conside-rar a questão dos empregados de todo o sistema financeiro. “Atual-mente os sindicatos só discutem a organização da categoria no ramo financeiro como um todo e a regu-lamentação de tudo isso com leis. Entretanto, precisamos avançar no debate. Caso existisse uma regula-mentação, a crise financeira inter-nacional de 2008 poderia ter sido evitada”, explica Rodrigo.

Em relação à remuneração dos executivos das instituições financei-ras, as entidades sindicais propõem a participação dos trabalhadores na definição da resolução do Banco Central que pretende regrar os bô-nus desses profissionais.

Parte da delegação de Brasília no plenário da Conferência: discussão da pauta final

Os bancários exigem um sistema financeiro voltado para os interesses nacionais

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328 de julho de 2010

EMPREGO E SAÚDE

REMUNERAÇÃO

A Campanha Nacional da ca-tegoria não é composta apenas de um índice de reajuste salarial. Envolve outras remunerações que complementam o salário e a renda futura dos bancários. Neste ano, os trabalhadores do ramo finan-ceiro definiram o que vão negociar com os banqueiros: reajuste sala-rial de 11% (inflação do período mais 5% de aumento real), parti-cipação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 4 mil para cada funcionário, e piso salarial no valor do salário mínimo do Dieese (R$ 2.157,88).

Também ficou acertado que a categoria vai trabalhar pela elevação do auxílio-refeição, cesta-alimenta-ção, 13ª cesta-alimentação e auxílio-creche/babá para o valor de um salá-

Bancários reivindicam aumento real,PLR mais justa e piso do Dieese

rio mínimo para cada item, além de plano de previdência complementar para todos os bancários.

“Nossas reivindicações são o reflexo do que os bancários querem:

valorização do trabalho. E isso obvia-mente envolve uma melhor remune-ração financeira”, lembra o diretor do Sindicato Eduardo Araújo. Segun-do o dirigente, o movimento sindical

não abre mão de um reajuste salarial acima da inflação, PLR mais justa e aumento do piso salarial. “Os bancos deveriam priorizar a valorização do capital humano de suas empresas”, completa.

MudançasOs delegados também apro-

varam alterações na redação atu-al da convenção coletiva para a cesta-alimentação e para a PLR. Pela nova proposta de redação da PLR, os empregados dispensados sem justa causa ou que pedirem demissão terão direito a 1/12 do salário por mês trabalhado ou a fração superior a 15 dias. Na cesta-alimentação, o novo texto assegu-rará o crédito por todo o período de afastamento do bancário.

Divididos em grupos para discutir os quatro eixos da Campanha Nacional 2010 – emprego, remu-

neração e previdência, saúde do trabalhador e segurança e sistema financeiro – bancários de todo o país definiram suas reivindicações para os assuntos considerados prioritários.

Em relação ao emprego, a ca-tegoria decidiu centrar forças em mais contratações, ampliação da contratação de mulheres, negros e pessoas com deficiência, garantindo igualdade de oportunidades, garan-tia de trabalho e qualificação e re-qualificação profissional.

“A precarização do trabalho bancário é um dos principais pro-blemas a serem enfrentados pela categoria. Além de colocar os clien-tes para trabalharem nos caixas ele-trônicos (automatização excessiva do sistema), os banqueiros desvir-tuam a função do correspondente

Mais contratações e fim das metas abusivas e do assédio moral

bancário, profissionais com atri-buições praticamente iguais às dos bancários”, critica Cinthia Damas-ceno, diretora do Sindicato.

SaúdeA disseminação desenfreada do

assédio moral em todas as dependên-cias bancárias levou a categoria a re-

forçar, mais uma vez, em uma confe-rência nacional sua preocupação com a prática no ambiente ocupacional. Reunidos no Rio de Janeiro, os tra-balhadores rechaçaram essa e outras ações que ameaçam o bem-estar e o desempenho do bancário no seu dia a dia. A lista de reclamações inclui as metas abusivas, item apontado como

grande causador da perseguição. “Também exigimos proteção

contra os riscos de acidente de tra-balho, prevenção de adoecimento e promoção da saúde da mulher, além de assistência médica, hospitalar, odontológica e medicamentos”, re-força Fabiana Ueldara, secretária de Saúde do Sindicato.

Em 2010, continua a luta por aumento real de salário e valorização do piso

O combate à violência organizacional é um dos principais eixos

Grupo de emprego aprova resoluções: mais contratações

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428 de julho de 2010

Presidente Rodrigo Lopes Britto ([email protected]) Secretária de Imprensa Rosane Alaby Conselho Editorial Alexandre Severo (Caixa), Antonio Eustáquio (BRB), Rafael Zanon (BB) e Rosane Alaby (Bancos Privados)Jornalista responsável e edição Renato Alves Editor assistente Rodrigo Couto Redação Thaís Rohrer, André Shalders ePricilla Beine (estagiária) Editor de Arte Valdo Virgo Diagramação Marcos Alves Webmaster Elton Valadas Fotografi a Agnaldo Azevedo Sede EQS 314/315 - Bloco A - Asa Sul - Brasília (DF) - CEP 70383-400 Telefones (61) 3262-9090 (61) 3346-2210 (imprensa) Fax (61) 3346-8822 Endereço eletrônico www.bancariosdf.com.br e-mail [email protected] Tiragem 20.000 exemplares Distribuição gratuita Todas as opiniões emitidas neste informativo são de responsabilidade da diretoria do SEEB-DFSindicato dos Bancários de Brasília

A 12ª Conferência Nacional dos Bancários contou este ano com a co-bertura on line da Rede de Comuni-cação dos Bancários, equipe formada por profissionais de comunicação da Contraf-CUT, sindicatos e federações bancárias de todo o país. Além de ter mobilizado este ano um número re-corde de profissionais, a Rede trouxe ainda duas novidades: a transmissão ao vivo, via TV Web, e reportagens

Rede de Comunicação dos Bancários faz cobertura on line da Conferência

em vídeo dos principais eventos da conferência.

“A realização da cobertura nes-ses moldes mostra o acúmulo e o potencial que a categoria tem para colocar suas pautas para a socieda-de, através da comunicação. A ideia é que essa estrutura se mantenha e até seja ampliada durante a Cam-panha Nacional deste ano e para o futuro”, destaca a secretária de Im-

prensa do Sindicato, Rosane Alaby. O Sindicato dos Bancários de

Brasília havia testado a transmissão ao vivo via internet em seus eventos an-teriores, como o Ciclo de Palestras e o 6º Congresso dos Bancários, levan-do a tecnologia para a Conferência Nacional a pedido da Contraf-CUT.

“Para os profissionais de comu-nicação, experiências como essa são extremamente positivas. Em primei-

ro lugar porque trabalhar em equipe permite que façamos uma cobertura mais ampla da Conferência e ao mes-mo tempo com mais profundidade dos assuntos abordados. Mas também é importante porque estreita os laços profissionais e pessoais entre nós, que fazemos a comunicação das entidades sindicais no dia a dia”, avalia José Luiz Frare (Coelho), coordenador da Rede de Comunicação dos Bancários.

Além das propostas de rei-vindicações, o 6º Congresso dos

Bancários de Brasília, realizado na sede do Sindicato no último dia 17, elegeu os 24 delegados que

representaram o DF na Conferência Nacional. A delegação foi composta

de antigos e novos diretores e diretoras, que levaram as decisões de Brasília para o encontro, parti-ciparam dos paineis e dos grupos

temáticos de trabalho e da constru-ção da pauta de reivindicações

aprovada pela plenária final.

Seguindo a tradição de mais de uma década, o Sindica-to realiza neste sábado (31) em sua sede o Seminário dos

Funcionários do BRB. O objetivo é traçar a estratégia para o banco na campanha nacional da categoria e também deliberar sobre a pau-ta de reivindicações específicas. A decisão de realizar o evento ao final de semana é mais uma forma de democratizar a participação de todo o corpo funcional, uma vez que somente os delegados sindicais estão autorizados a terem o ponto justificado para atividades realizadas

Seminário dos Funcionários do BRB neste sábado (31) defi nirá pauta específi ca

durante o expediente.“Discutiremos a inserção do

BRB na campanha nacional dos bancários, a pauta específica, as-sim como as perspectivas para o futuro da instituição diante das eleições para governador”, infor-ma o secretário-geral do Sindica-to, André Nepomuceno. Para o encontro, o Sindicato convidou o candidato ao governo do DF pelo PT, Agnelo Queiroz, cuja presença foi confirmada para as 10h. O Sin-dicato quer debater com o candi-dato seus compromissos para com o BRB e seus funcionários.

Programação9h – Café da manhã

9h30 – Abertura

9h45 – Conjuntura político-econômica

10h30 – Informes sobre a 12ª Confe-rência Nacional dos Bancários

11h – Discussões e deliberações sobre a pauta específica do BRB

13h – Assembleia para aprovação da pauta específica

Atenção: Tanto o seminário quanto a assembleia serão abertos a todos. Para se inscrever, acesse www.ban-cariosdf.com.br

PLRConforme notícia veiculada

pela grande imprensa, o BRB deve apresentar lucro líquido superior a R$ 100 milhões no primeiro se-mestre deste ano. Pelo acordo adi-tivo de PLR, esse montante pode propiciar a divisão de até 15% do lucro líquido.

O Sindicato reivindica que o banco faça o pagamento da PLR tão logo o balanço seja divulgado como reconhecimento ao esforço coleti-vo dos funcionários que propicia-ram o alcance desse resultado.

O presidente do Sindicato, Rodrigo Britto, (de preto), durante a Conferência